Solos e Nutrição de Plantas
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Item Avaliação ambiental na implementação do empreendimento sucroalcooleiro na região de Capixaba, Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2010-12-21) Gomes, Marcos Antonio; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/4746294114730004; Magalhães, Marcos Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770499E6; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8Esse estudo foi realizado na região leste do Estado do Acre com a área de influência indireta do empreendimento sucroalcooleiro abrangendo parte dos municípios de Capixaba, Rio Branco, Plácido Del Castro, Senador Guimard e Xapuri. O objetivo foi analisar os efeitos das modificações no uso do solo, com a substituição da pastagem pelo cultivo da cana-de-açúcar, no equilíbrio hidrológico regional. Nas principais classes de solos da área de influência foram abertas trincheiras (perfis) e coletadas amostras de solos dos respectivos horizontes para análises físicas, químicas e mineralógicas. Foram elaborados mapas temáticos de solos, aptidão agrícola e do modelo digital de elevação hidrológicamente consistente das bacias hidrográficas inseridas na área de estudo. O resultado das análises de solo permitiu inferir que para as principais classes de solos (Latossolos e Argissolos) a aptidão agrícola dos solos é favorável ao cultivo da cana-de-açúcar e a substituição do uso atual do solo com pastagens degradadas pelo culitvo da cana-de-açúcar irá conferir melhores condições de infiltração e percolação de água nas bacias hidrográficas dos rios Acre, Abunã, Xipamano e Iquiri, favorecendo o abastecimento do lençol freático e disponibilidade superficial de água.Item Caracterização de solos e modificações provocadas pelo uso agrícola no assentamento Favo de Mel, na região do Purus Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-14) Araújo, édson Alves de; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Alvarenga, Ramon Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783596Y6Atualmente, no Acre, as pastagens extensivas e projetos de assentamento (PA) são responsáveis pela maior parte do desmatamento. Nos PA predomina a agricultura itinerante, onde o solo é utilizado por um período de dois anos. Posteriormente, é deixado em pousio para recuperação da fertilidade e, ou, incorporado à pastagem extensiva. O uso do solo por um período mais longo, e de forma mais sustentada, poderia ser alcançado se fossem adotadas práticas de manejo adequadas que evitassem a deterioração do solo quanto às suas características físicas, químicas e biológicas. A partir desta premissa, objetivou-se caracterizar os solos e avaliar suas alterações físicas e químicas, sob diferentes tipos de uso, e assim fornecer subsídios à tomada de decisão sobre um uso mais racional. Para tanto, selecionaram-se quatro locais inseridos nas mesmas condições de solo (Argissolo Amarelo distrófico, textura média/argilosa, relevo plano) no assentamento Favo de Mel, a leste do Acre, na região do Purus. Os usos avaliados foram: mata natural (testemunha); mata natural recém desbravada e submetida à queima intensiva; plantio de pupunha (Bactris gassipae) com dois anos e pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha) com quatro anos. Também foram feitas entrevistas informais com os agricultores e o sistema radicular foi avaliado com imagens digitais. Conclui-se que o solo sob pastagem apresentou os maiores valores de densidade, o que sugere uma tendência à compactação. Os nutrientes e o carbono orgânico encontram-se em baixos teores, concentrados nos primeiros centímetros de solo, tendendo a aumentar com a intensidade e o tempo de uso do solo. O potássio decresceu, drasticamente, no ecossistema pastagem devido, possivelmente, às perdas por erosão e retirada pelo pastejo. A fração humina predominou nos quatro sistemas de uso do solo. As raízes da mata concentraram-se na maior parte de sua biomassa vegetal, nos primeiros 20 cm de profundidade do solo. Houve, também, alta correlação entre área e comprimento de raízes. Os agricultores do Favo de Mel são provenientes de assentamentos mal sucedidos, e o índice de desistência tem sido relativamente pequeno, o que comprova a importância do ambiente na permanência do homem no campo.Item Conhecimentos na análise de ambientes: a pedologia e o saber local em comunidade quilombola do norte de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-25) Matos, Laudiceio Viana; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774903Y0; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Anjos, Lucia Helena Cunha dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788105H6Como resposta ao processo de degradação ambiental, ocasionado em grande parte pelas práticas e ações de paradigmas reducionistas, é crescente a incorporação e apropriação de epistemologias voltadas à sustentabilidade, valorização das relações homem-ambiente e a percepção da necessidade da manutenção da complexidade dos sistemas produtivos. O saber construído pelas populações tradicionais sobre o ambiente em que vivem, tem sido geralmente desconsiderado em programas de pesquisa e desenvolvimento, embora muitos estudos reconheçam e comprovam sua importância para o cotejamento responsável e condizente às especificidades dos agroecossistemas locais. A dificuldade da comunidade da ciência do solo em considerar o conhecimento local, de agricultores de base familiar, dos povos indígenas, remanescentes de quilombos, entre outros, remete a necessidade de incorporação de outros enfoques e abordagens nos estudos dos agroecossistemas. A combinação de ciências naturais e sociais e a consolidação de campos de cruzamento de saberes, como a agroecologia, etnoecologia e a etnopedologia, passam a contemplar o processo de pensar os ambientes de forma integrada e com a participação da população local. Neste sentido, este trabalho teve o objetivo de resgatar, identificar e valorizar o saber tradicional sobre o solo e o ambiente e inter-relacioná-lo com o conhecimento do meio científico. Para isso, fez-se a estratificação dos ambientes do território quilombola de Brejo dos Crioulos com base em critérios locais e pelo método pedológico convencional, considerando o solo e sua interface com outros componentes ambientais. Associou-se a caracterização dos agroecossistemas, com a interpretação e reconhecimento da lógica dos sistemas tradicionais de uso e manejo dos recursos naturais, articulando o saber local com as informações geradas pelo conhecimento do meio científico. Os quilombolas identificaram quatro macroambientes que foram compatíveis com as distinções de geoambientes estratificados com base na geomorfologia e geologia, pedologia e a influência do ciclo das águas no território, a saber: (i) brejo (aluviões Holocênicos); (i) vazante (rampas de colúvio-aluviais - terço inferior de encostas); (iii) cultura vermelha (rampas de colúvio - terço médio e superior de encostas); (iv) carrasco (coberturas argilosas e arenosas - teto da paisagem). Além dessas, existe o complexo furado, que é formado em áreas de dolinas que não são abastecidas pelo rio Arapuim. Nos furados, os solos são eutróficos, resultantes do processo de rebaixamento localizado do terreno, constituem-se em áreas receptoras de água e sedimentos, cercadas pelo amplo domínio do carrasco. No período chuvoso, tem-se o acúmulo e estagnação de água, propiciando a gleização, formando assim, o ambiente reconhecido localmente como brejo do furado. A topossequência típica formada por esses ambientes é caracterizada pela ocorrência de Neossolos Flúvicos e Gleissolos Háplicos, no brejo; Cambissolos Háplicos nas vazantes; Latossolos Vermelhos Eutróficos na cultura vermelha e Latossolos Vermelhos Distróficos no carrasco. Com a intensificação do processo de intemperismo, as micas que ocorrem no brejo (área com elevada soma de bases e não afetada por sais) passam a argilominerais 2:1 (esmectitas) até a predominância da caulinita nas áreas de Latossolos Vermelhos Eutróficos (cultura vermelha). Esse processo de remoção de bases culmina com a distrofia característica dos solos do carrasco, no topo da paisagem. Constatou-se que os quilombolas reconhecem o melhor momento (tempo), o ambiente (a terra, a umidade, o microclima), a espécie e variedade, combinam atividades e elencam o conjunto de práticas que permitem o sustento de suas famílias. Aproveitam a boa fertilidade natural e a maior capacidade que os solos do brejo e vazante têm para conservar a umidade, em meio à aridez regional. Na cultura vermelha instalam as moradias e quintais, estabelecem as pequenas criações, ampliam as roças e integram os sistemas produtivos, ligando o carrasco com suas possibilidades de extrativismo e solta do gado com os aluviões, onde estão a maior parte das lavouras e a água. Os quilombolas dominam um sistema próprio de estratificação dos ambientes, com base em uma lógica que pode ser explicada, interpretada e articulada ao conhecimento gerado no meio científico. Para isso, construiu-se chaves de identificação dos ambientes com base nos critérios dos quilombolas, elaborou-se modelos de distribuição dos solos na paisagem e fez-se o levantamento semidetalhado dos solos do território de Brejo dos Crioulos. As informações obtidas com base no saber local, o aprofundamento da caracterização dos ambientes e o mapeamento de solos contribuíram para a melhor compreensão das estratégias agroalimentares dos quilombolas. Estes consistem em resultados, que ao serem interrelacionados, podem subsidiar processos de planejamento e usos sustentáveis das terras do território quilombola.Item Estratificação ambiental, classificação, mineralogia e uso do solo da microbacia do Igarapé Xiburema, Sena Madureira, Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-20) Bardales, Nilson Gomes; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/4235213417465849; Rezende, Sérvulo Batista; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787284P2; Amaral, Eufran Ferreira do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728462H3; Araújo, édson Alves de; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536Para a realização deste estudo na região central do Estado do Acre, Amazônia Ocidental, utilizou-se uma microbacia como modelo de planejamento e uso da terra, a partir de informações pedogeomorfológicas. O objetivo foi analisar a ocorrência de solos vérticos, com argila de atividade alta (Ta), suas implicações ambientais e aspectos de seu uso e manejo. Nas principais classes de solos identificadas na microbacia, abriram-se 07 (sete) trincheiras (perfis) e foram realizadas descrições morfológicas. Coletaram-se amostras de solos dos respectivos horizontes para análises físicas, químicas e mineralógicas. Foram elaborados mapas temáticos (geologia, geomorfologia e solos) na escala de 1:50.000 que associados a outros estudos temáticos (uso do solo, impactos e vulnerabilidade ambientais e aptidão agroflorestal), foram integrados ao Sistema de Informações Geográficas, para espacializar as principais variáveis e permitir análises integradas da microbacia. O estudo mineralógico permitiu identificar os principais minerais que ocorrem nos solos, principalmente, minerais interestratificados expansivos com características vérticas, que imprimem aos pedoambientes elementos peculiares para a Amazônia Ocidental. Este tipo de argila associada aos sedimentos psamíticos, aceleram os processos erosivos e retardam os pedogenéticos. As ações antrópicas na microbacia tendem a intensificar estes processos, sobretudo, pela falta de conhecimento e planejamento. O uso de pastagem sobre Vertissolos eutróficos, mas com graves problemas físicos, resulta em sua baixa resiliência. Para a recuperação destas áreas, sugere-se a adoção de sistemas silvipastoris e a integração lavoura-pecuária- floresta. É preciso iniciar uma fase de recuperação ambiental com a conscientização dos proprietários agricultores sobre o risco de degradação destes pedoambientes, sobretudo, os vérticos, que devem ser manejados de forma sustentável e deve-se estar atento aos teores de umidade do solo no seu manejo.Item Estratificação de ambientes para gestão ambiental e transferência de conhecimento, no Estado do Acre, Amazônia Ocidental(Universidade Federal de Viçosa, 2007-06-08) Amaral, Eufran Ferreira do; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728462H3; Valentim, Judson Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787272A6; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4Para a realização deste estudo no Estado do Acre-Amazônia Ocidental foram utilizados três níveis de abordagem: estadual, municipal e local (pólo agroflorestal). O objetivo foi desenvolver e adequar à prática de avaliação e planejamento de uso da terra, tendo o solo, como elemento de síntese dos recursos naturais, de forma que associado com o conhecimento tradicional obtenha-se o uso mais eficiente da terra segundo a sua aptidão agrícola ou agroflorestal. Com estas ações pretendeu-se dispor de uma metodologia que contribua para o uso adequado dos recursos naturais e a manutenção das funções vitais dos ecossistemas na Amazônia ocidental e em outras regiões. Nas principais classes de solos foram abertas trincheiras (perfis) e realizadas descrições morfológicas e coletadas amostras de solos dos respectivos horizontes para análises físicas, químicas, e mineralógicas. Foram elaborados mapas pedológicos em diversas escalas de acordo com o nível de abordagem e necessidade de detalhamento (1:250.000, 1:100.000 e 1:10.000) que associados a outros estudos temáticos foram integrados ao Sistema de Informações Geográficas, de forma a se ter a espacialização das principais variáveis e permitir análises integradas da área de estudo. A ferramenta elaborada constitui-se em um elemento de busca da sustentabilidade onde, de forma transparente, podem produtores, técnicos e gestores públicos tomarem decisões participativas, democráticas e com nível de acerto muito maior no processo de uso da terra). O presente estudo demonstrou ser possível integrar escalas em nível estadual, municipal e local em estudos ambientais que ao mesmo tempo são independentes e se completam no sentido de entender as restrições e os potenciais do ambiente. A metodologia desenvolvida permite o seu uso também em outras áreas e unidades territoriais como projetos de assentamento, propriedades rurais e unidades de conservação. Exige, no entanto, novos esforços no sentido de realizar as adaptações necessárias à nova realidade. Uma delas, necessária e essencial é a formação de uma equipe multidisciplinar para desenvolver o trabalho de campo e atenuar, dessa forma, o tempo e a energia dispendidas pelas pessoas envolvidas quando comparadas à pesquisa em questão. A caracterização das principais classes de solos do Estado do Acre, em diferentes pedoambientes, com a elaboração de chave de identificação dos mesmos para usuários não-especialistas irá auxiliar no melhor uso dos recursos naturais e facilitar as ações dos pequenos agricultores (agricultura familiar), pecuaristas e os povos da floresta. Além de servir de subsídio para tomadas de decisões dos gestores públicos nos diferentes níveis de governo.Item Geoambientes e solos em ambientes altimontanos nos parques nacionais de Itatiaia e Caparaó-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-30) Rodrigues, Kleber Ramon; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/1331439880318068; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2; Charmelo, Leopoldo Concepción Loreto; http://lattes.cnpq.br/9768329233321806As unidades de conservação (UCs) do Caparaó e Itatiaia encontram-se no alinhamento montanhoso com direção pronunciada nordeste-sudoeste da Serra da Mantiqueira, estando o Parna Itatiaia a sudoeste do Rio de Janeiro e ao sul de Minas Gerais e o Parna Caparaó a sudoeste do Espírito Santo e leste de Minas Gerais. Estas duas UCs representam os ecossistemas altimontanos dominados pelo Campo de Altitude, onde diferem do seu entorno por apresentarem pedoambientes endêmicos, estresse hídrico, oligotrofismo e o acúmulo de matéria orgânica humificada. Em virtude das grandes diferenças edafo-climáticas entre estas áreas e seus entornos, observam-se vegetações particulares, consideradas áreas de refúgio ecológico. Diante da lacuna de estudos do meio físico, o objetivo foi estudar as características micromorfológicas dos perfis P2 e P6 do Parna Caparaó-MG e os atributos físicos, químicos e mineralógicos dos solos de duas topossequências em cada um dos Parques Nacionais no alinhamento da Serra da Mantiqueira, na porção mineira das Unidades de Conservação (UCs) do Caparaó e Itatiaia, estabelecendo as relações entre pedogênese, as variações lito-estruturais, a morfologia e a cobertura vegetal. A base geológica das UCs é formada pelo sienito (Itatiaia) e pelo gnaisse migmatizado, migmatito com ocorrência de diques de anfibolitos (Caparaó). Os solos das duas topossequências, independentemente da matriz geológica, da profundidade do solum e da fitofisionomia que sobre eles se desenvolve, são pobres em nutrientes e apresentam elevados índices de saturação por alumínio. Os valores de alumínio trocável (acidez trocável) são baixos, chegando a negligenciáveis nos horizontes subsuperficiais. Tal fato sinaliza que a ação dos complexos estáveis de alumínio e matéria orgânica estabiliza a MO e a tornam mais resistente à decomposição microbiana nos ambientes altimontanos de Minas Gerais. A pobreza química desses solos é devida principalmente à natureza da matriz geológica dominante nestes ambientes altimontanos e, em parte, às perdas por lixiviação e erosão que o sistema apresenta. Tais perdas estão associadas ao relevo muito movimentado e à pouca espessura do solum. Nestes ambientes altimontanos predominam Neossolos Litólicos e Cambissolos Húmicos, vegetação herbácea e subarbustiva e Afloramentos Rochosos. Nas duas topossequências estudadas, na área de ocorrência da tipologia vegetal, escrubes e campo com candeias, o oligotrofismo, solos mais rasos e a posição mais exposta na paisagem são obstáculos para a ocorrência de uma tipologia florestal mais densa. As Florestas Alto-Montana e Montana ocupam a porção oeste da parte mineira do Parna Caparaó, e a face atlântica do Itatiaia. A vegetação com dominância arbórea (Floresta Montana e Altomontana) está condicionada pela maior profundidade efetiva do solo e disponibilidade de água. Na UC do Caparaó a Floresta Alto-Montana ocorre em encostas íngremes com solos de maior profundidade em anfiteatros, que potencializam o desenvolvimento de cobertura vegetal mais densa. Essas formas em anfiteatros são mesoambientes condicionados pela estrutura geotectônica fraturada das rochas que formam o Maciço do Caparaó, correspondendo aos modelados de dissecação diferencial com o aprofundamento da drenagem. Nestas áreas de solos mais profundos, ainda que se observe uma riqueza aparente (porte arbóreo da vegetação) predominam solos extremamente pobres em nutrientes. A ocorrência de vales estruturais suspensos em ambas as UCs, com morfologia abaciada (área de sedimentação e colmatagem) tem papel primordial na formação dos Organossolos, responsáveis por forte imobilização de carbono. Estas áreas de turfeiras com Organossolos no Parna Caparaó são responsáveis pela imobilização de aproximadamente 1.120,50 megagramas de carbono por hectare e de 426 megagramas de carbono por ha no Parna Itatiaia. Apesar da importância ambiental e ecoturística dos cenários altimontanos de Minas Gerais (Caparaó e Itatiaia), pouco se conhece sobre suas características fisiográficas.Item Geoambientes, morfometria e solos da Bacia do rio Benevente, ES(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-21) Alkimim, Akenya Freire de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/5800552883181361; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5A preocupação com a água no estado do Espírito Santo levou o governo estadual a adotar medidas, no sentido de contribuir para a conservação desse recurso natural. A bacia do rio Benevente, localizada no sul do Estado, foi escolhida como área piloto do Projeto ProdutorES de Água. A falta de informações mais detalhadas dos geoambientes da bacia do rio Benevente se contrapõe à grande importância do gerenciamento do uso dos recursos naturais baseado no conhecimento da real capacidade suporte e da vulnerabilidade desses recursos. O conhecimento sobre as características dos diferentes ambientes dentro da Bacia e Sub-bacias contribui para o melhor planejamento do espaço com bases sustentáveis e melhor adequação do uso dos solos, no sentido de potencializar o aumento da qualidade e quantidade de água armazenada dentro da Bacia. Esse estudo objetivou determinar as características morfométricas da bacia do rio Benevente; identificar os principais geoambientes com base nas características pedo-geomorfológicas; caracterizar as principais classes de solos em seus aspectos físicos, químicos e mineralógicos e como elas se interrelacionam na paisagem; avaliar quais tipos de uso do solo estão degradando mais o ambiente e sugerir alternativas de uso e ocupação do solo que visem a sua conservação. Para caracterização dos solos da área de estudo foi realizada a coleta de amostras, por meio da abertura de trincheiras com posterior descrição morfológica dos perfis. As amostras coletadas foram submetidas às análises físicas, químicas e mineralógicas. Foi utilizado o Sistema de Informação Geográfica (SIG), por meio do software ArcGis 9.2 para a elaboração dos mapas na escala de 1:50.000. Os geoambientes foram definidos a partir do agrupamento das características pedo-geomorfológicas peculiares a cada área delimitada. Os aspectos morfométricos foram obtidos através do Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC) elaborado por meio da interpolação das curvas de nível (20 em 20 m) na escala de 1:50.000. A Bacia foi estratificada em três principais geoambientes, de acordo com a homogeneidade dos atributos avaliados, que apresentam características exclusivas: Serras com domínio dos Cambissolos Háplicos, Afloramentos Rochosos e Latossolos Vermelho- Amarelos, Tabuleiros Dissecados com predomínio dos Latossolos Amarelos coesos e Planícies Costeiras com Latossolos Amarelos coesos e solos hidromórficos (Gleissolos e Organossolos). Os solos, em sua maioria, apresentam baixa fertilidade natural, sendo distróficos ou álicos. A composição mineralógica é constituída, principalmente, por caulinita e gibbsita, o que denota a baixa reserva mineral desses solos. A pecuária é uma das principais atividades degradantes da Bacia. As alternativas de uso e ocupação variam de acordo com as especificidades dos ambientes estudados. Com relação à morfometria, a parte mais alta da Bacia possui maior densidade de drenagem e está sujeita a um maior controle estrutural onde os rios correm encaixados. Na parte baixa a densidade de drenagem é menor, e os rios correm sobre sedimentos em direção ao sudeste, acompanhando a inclinação natural do Grupo Barreiras.Item Mineração de dados, exatidão da classificação e modelagem do sombreamento do relevo no mapeamento do uso e cobertura da terra(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-30) França, Michelle Milanez; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/4699163871152127; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Brandão, Pedro Christo; http://lattes.cnpq.br/6847119919293306Este trabalho está segmentado em três capítulos, inter-relacionados. O primeiro capítulo trata da quantificação das áreas de sombras em imagens de satélites, estabelecidos a partir de dados existentes acerca dos dias e horário de passagem do satélite, bem como do estabelecimento das melhores épocas para aquisição de imagens, de forma a obter o menor percentual de sombra. Os produtos do Sensoriamento Remoto acabam apresentando pixels com áreas consideráveis de sombra, principalmente nas altas latitudes dos Hemisférios Norte e Sul. Este efeito realça as geoformas do relevo, mas em contrapartida prejudica o trabalho de classificação de imagens, impedindo que seja obtida a classe situada abaixo da sombra. Como até o momento não foi possível identificar nenhum dado que apresente a área perdida por sombreamento em imagens de satélite, decidiu-se modelar a radiação solar direta que atinge o terreno, em data e horário de passagem do satélite Landsat TM e ETM+, cujas imagens são mundialmente utilizadas. Para isso, foram simuladas as mesmas condições de relevo, em latitudes distintas, partindo da latitude 0° (Equador) até a latitude 40° S. Verificou-se que, nas latitudes 30°S e 40°S, onde a perda de área por sombreamento vai de 27% a 91%, as imagens devem ser adquiridas, preferencialmente, entre outubro e março. Nas latitudes 0° e 10° a perda pode ser considerada desprezível, quando fixado um limiar mínimo de ocorrência em 10%. No segundo capítulo foram utilizadas duas imagens do satélite Landsat TM, uma adquirida em período da primavera/inverno, apresentando extensas áreas de sombras e outra do período do inverno/outono, realçando um pouco mais os alvos do terreno. Estas imagens foram submetidas ao processo de mineração de dados para obtenção da melhor combinação de bandas e o algoritmo Maxver. A mineração de dados foi utilizada para verificar se existem combinações de bandas que agregam melhor resultado final na classificação, além das tradicionais 2,3,4 e 345, muito difundidas no Sensoriamento Remoto. Além das bandas espectrais do referido sensor, foram utilizadas três componentes principais e o índice NDVI, totalizando 10 bandas que, combinadas entre si, resultaram em 1023 classificações para cada imagem. O maior índice kappa obtido para a imagem da primavera/inverno foi de 0,90 com a combinação 235610 e para o do inverno/outono, obteu-se kappa de 0,88 na combinação 2358910. Foram obtidos kappas condicionais baixos apenas para as classes café e eucalipto. Ao avaliar o efeito do conjunto de bandas verificou-se que as componentes principais e o índice de vegetação NDVI proporcionaram incremento no kappa. O NDVI apareceu em todas as combinações com kappas altos. As classificações que tiveram pelo menos uma banda do visível, uma do infra-vermelho, uma componente principal e o NDVI, apresentaram bons resultados. No último capítulo, foi abordado a questão da exatidão dos mapeamentos produzidos, os índices utilizados na avaliação da exatidão e suas limitações, bem como o que vem sendo proposto ultimamente. Para isso, foram utilizados os resultados das cinquenta melhores classificações obtidas com as duas imagens que foram avaliadas, pixel a pixel. Foi verificado que, as classes de café e eucalipto foram classificadas em sete a oito categorias de diversidade. Embora isso, grande parte da área da bacia é classificada em comum acordo, ou seja, essas discordâncias representam menor percentual. Mesmo assim, o resultado revelou que o teste estatístico empregado (teste z), embora muito utilizado e recomendado para avaliar diferenças estatísticas entre classificadores ou combinações de bandas, não foi satisfatório por apresentar resultados diferentes onde, teoricamente, não havia diferença estatística com z ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados dos dados que não apresentaram divergência entre respostas mostraram acerto de 41,4% para a imagem do primavera/inverno e de 60,5% para a imagem da inverno/outono. Ou seja, com base no resultado obtido apenas estes percentuais de área possuam a mesma resposta no processo de classificação.Item Mineração de Dados, Exatidão da Classificação e Modelagem do Sombreamento do Relevo no Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra(Universidade Federal de Viçosa, 2013-10-30) França, Michelle Milanez; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/4699163871152127; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Brandão, Pedro Christo; http://lattes.cnpq.br/6847119919293306Este trabalho está segmentado em três capítulos, inter-relacionados. O primeiro capítulo trata da quantificação das áreas de sombras em imagens de satélites, estabelecidos a partir de dados existentes acerca dos dias e horário de passagem do satélite, bem como do estabelecimento das melhores épocas para aquisição de imagens, de forma a obter o menor percentual de sombra. Os produtos do Sensoriamento Remoto acabam apresentando pixels com áreas consideráveis de sombra, principalmente nas altas latitudes dos Hemisférios Norte e Sul. Este efeito realça as geoformas do relevo, mas em contrapartida prejudica o trabalho de classificação de imagens, impedindo que seja obtida a classe situada abaixo da sombra. Como até o momento não foi possível identificar nenhum dado que apresente a área perdida por sombreamento em imagens de satélite, decidiu-se modelar a radiação solar direta que atinge o terreno, em data e horário de passagem do satélite Landsat TM e ETM+, cujas imagens são mundialmente utilizadas. Para isso, foram simuladas as mesmas condições de relevo, em latitudes distintas, partindo da latitude 0° (Equador) até a latitude 40° S. Verificou-se que, nas latitudes 30°S e 40°S, onde a perda de área por sombreamento vai de 27% a 91%, as imagens devem ser adquiridas, preferencialmente, entre outubro e março. Nas latitudes 0° e 10° a perda pode ser considerada desprezível, quando fixado um limiar mínimo de ocorrência em 10%. No segundo capítulo foram utilizadas duas imagens do satélite Landsat TM, uma adquirida em período da primavera/inverno, apresentando extensas áreas de sombras e outra do período do inverno/outono, realçando um pouco mais os alvos do terreno. Estas imagens foram submetidas ao processo de mineração de dados para obtenção da melhor combinação de bandas e o algoritmo Maxver. A mineração de dados foi utilizada para verificar se existem combinações de bandas que agregam melhor resultado final na classificação, além das tradicionais 2,3,4 e 345, muito difundidas no Sensoriamento Remoto. Além das bandas espectrais do referido sensor, foram utilizadas três componentes principais e o índice NDVI, totalizando 10 bandas que, combinadas entre si, resultaram em 1023 classificações para cada imagem. O maior índice kappa obtido para a imagem da primavera/inverno foi de 0,90 com a combinação 235610 e para o do inverno/outono, obteu-se kappa de 0,88 na combinação 2358910. Foram obtidos kappas condicionais baixos apenas para as classes café e eucalipto. Ao avaliar o efeito do conjunto de bandas verificou-se que as componentes principais e o índice de vegetação NDVI proporcionaram incremento no kappa. O NDVI apareceu em todas as combinações com kappas altos. As classificações que tiveram pelo menos uma banda do visível, uma do infra-vermelho, uma componente principal e o NDVI, apresentaram bons resultados. No último capítulo, foi abordado a questão da exatidão dos mapeamentos produzidos, os índices utilizados na avaliação da exatidão e suas limitações, bem como o que vem sendo proposto ultimamente. Para isso, foram utilizados os resultados das cinquenta melhores classificações obtidas com as duas imagens que foram avaliadas, pixel a pixel. Foi verificado que, as classes de café e eucalipto foram classificadas em sete a oito categorias de diversidade. Embora isso, grande parte da área da bacia é classificada em comum acordo, ou seja, essas discordâncias representam menor percentual. Mesmo assim, o resultado revelou que o teste estatístico empregado (teste z), embora muito utilizado e recomendado para avaliar diferenças estatísticas entre classificadores ou combinações de bandas, não foi satisfatório por apresentar resultados diferentes onde, teoricamente, não havia diferença estatística com z ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados dos dados que não apresentaram divergência entre respostas mostraram acerto de 41,4% para a imagem do primavera/inverno e de 60,5% para a imagem da inverno/outono. Ou seja, com base no resultado obtido apenas estes percentuais de área possiam a mesma resposta no processo de classificaçãoItem Pedoambientes e aspectos hidrológicos como base para gestão territorial do município de Xapuri, Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-24) Abud, éllen Albuquerque; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/7122335241132037; Amaral, Eufran Ferreira do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728462H3; Araújo, édson Alves de; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Bardales, Nilson Gomes; http://lattes.cnpq.br/4235213417465849O município de Xapuri, criado em 22 de março de 1904, apresenta uma superfície de 5.346 km2 e localiza-se na regional do Alto Acre e é considerado o berço da luta ambiental da Amazônia em razão dos conflitos e exploração da terra liderados pelo sindicalista Francisco Alves Mendes Filho conhecido internacionalmente como Chico Mendes. Atualmente, o município tem enfrentado um grande desafio na busca de alternativas de uso da terra que possibilitem alcançar o desenvolvimento sustentável nas áreas desmatadas e valorização do uso múltiplo da floresta, pelo reconhecimento das potencialidades e vulnerabilidades ambientais e com a incorporação efetiva da sabedoria local. Diante disso, se faz necessário o conhecimento dos aspectos sócioambientais, de modo a caracterizar o uso atual das terras do município, além de conhecer melhor seus recursos naturais em escala compatível com os materiais cartográficos existentes, equipe de trabalho que possibilite estratificar o ambiente e realizar um planejamento de uso e ocupação das terras mais realísticos para a região. Objetivou-se propor cenários de uso racional e sustentável da terra com base nas relações de uso atual com o conhecimento dos recursos naturais, principalmente características pedológicas e hidrográficas de modo a distinguir os pedoambientes, para se constituir uma base de planejamento para o município. Para tanto, realizou-se o levantamento de reconhecimento de solos e a partir dessas informações elaboraram-se o mapa de geologia e relevo, além do uso da terra com imagens SRTM e LANDSAT com vista a estratificação dos pedoambientes. Para assim relacionar os pedoambientes com as classes de uso da terra e obter o zoneamento adequado do uso da terra e o zoneamanto pedo-hidrográfico, em escala de 1:100.000. Assim, pode-se dividir o município em quatro pedoambientes. Onde se observou o predomínio dos Argissolos, com influência marcante do material de origem e migração de argila, e Latossolos não tão intemperizados. A adequação do uso apresentou predominância da classe: ausência de impacto significativo (39%), em decorrência da grande área de floresta preservada (77%). Mas apresentou fora da área preservada intensidade de uso com baixo a alto impacto. De acordo com o zoneamento pedo-hidrográfico foi possível visualizar o município num contexto de gestão territorial integrada e através desta análise constatar considerável alteração nas Áreas de Preservação Permanentes.Item Pedogênese e geoambientes como subsídios à criação do "Parque Estadual Serras do Ouro", porção sul do Espinhaço-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-22) Pereira, Saulo Henrique de Faria; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/9814971337529237; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8O Brasil é considerado um dos países com a maior biodiversidade da Terra. A diversidade geomorfológica, geológica, climática e de solos contribuem diretamente para o desenvolvimento de diferentes formações vegetais. A Serra do Espinhaço é de notável relevância, pois constitui um ecossistema único no que se refere à formação geológica e florística. A Cadeia do Espinhaço possui aproximadamente 7.000 km2 de extensão e ocorre nos Estados da Bahia e de Minas Gerais. O limite sul da Cadeia é a Serra de Ouro Branco. A Serra do Espinhaço possui alta diversidade biológica, abrigando espécies raras, de elevada beleza cênica, monumentos e locais de relevância cultural e arqueológica. Esse reconhecimento gera novas perspectivas para a conservação da biodiversidade aliada ao desenvolvimento sócio-econômico. O presente trabalho tem como objetivo procurar entender a relação pedogenética, geomorfológica e sua influência na vegetação, buscando identificar e estratificar as unidades geoambientais com o uso de ferramentas de geoprocessamento, contribuindo com subsídios para propor a criação e a consolidação do "Parque Serras do Ouro", na região de OuroBranco, Minas Gerais. A área de estudo localiza-se em grande parte ao norte do município de Ouro Branco. Para a elaboração dos mapas foi utilizada a base cartográfica do IBGE em escala 1:50.000, imagens de satélites, mapas geológicos do Quadrilátero Ferrífero, quadrículas de Dom Bosco e Ouro Branco em escala 1:25.000. Foram gerados mapas temáticos por meio de observações à campo e pelas análises laboratoriais utilizando os programas ArcView 3.2, Arcmap 9.2 e Idrisi Kilimanjaro. Os grupos geológicos encontrados na área de estudo foram: depósitos quaternários, rochas ígneas, Supergrupo Rio das Velhas e Supergrupo Minas. O pH dos solos variaram de extremamente ácido a moderadamente ácido. Houve variação de 4,23 a 4,41. A pobreza emcátions básicos é em grande medida herdada do material de origem, representado principalmente por quartzitos e filitos e por cangas lateríticas. Os teores um pouco mais altos dos elementos Ca, Mg, Na e K nos horizontes superficiais, quando observados, são em função da presença de matéria orgânica. Verificou-se que 58% da área são de relevo forte ondulado e montanhoso e apenas 10 % correspondem a um relevo plano e suave ondulado. Observou-se que aproximadamente 39% da área possuem um risco à erosão forte e 49 % média. Em relação à aptidão agrícola os Latossolos foram classificados com aptidão 3 (ab), os Cambissolos com aptidão 5(n) e os Neossolos com aptidão 6. Foi possível separar dez classes geoambientais, com base nos atributos do solo: escarpasserranas com vellozia, colinas convexas, topos de canga, escarpas estruturadas com mata atlântica, serras e cristas com campo rupestre graminóide, escarpas com candeia, colinas convexas de mata atlântica, patamares com campo rupestre graminóide e colinas convexas de médio risco à erosão. A quantidade de carbono orgânico por hectare foi relativamente baixa. Os principais fatores limitantes do uso dos solos da área para fins agrícolas e pecuários estão relacionados à baixa fertilidade, aliado ao relevo fortemente ondulado a montanhoso e a baixa resiliência. A alta biodiversidade, a aptidão agrícola restrita à pastagem ou inapta, o alto risco à erosão, fatores históricos e a beleza cênica da área de estudo ratificam e colaboram para a criação do Parque Estadual Serras do Ouro.Item Relações Geoambientais nos Geoglifos do sudeste do estado do Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-09) Carmo, Lúcio Flávio Zancanela do; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/9890454065173274; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4Escavação de diferentes formatos geométricos no sudeste do Acre,denominados de Geoglifos, tem chamado à atenção da comunidade internacional na busca da sua origem e, principalmente, a causa da construção dos mesmos. A cultura pré-colombiana, até recentemente, foi considerada como primitiva , tribos nômades. Supunha-se que viviam em grupos, sem uma organização social complexa. Recentemente, há evidências de que a Amazônia foi ocupada por uma diversidade de povos, em uma ampla e dinâmica trajetória de desenvolvimento. Em particular, nas terras acreanas tem-se confirmado esse entendimento, ou seja, a existência desta diversidade cultural, com a descoberta dos Geoglifos. Diante dessas incógnitas pela comunidade científica, procurou-se estudar estes sítios arqueológicos, na tentativa de compreender quais foram às causas da construção dos mesmos. Neste contexto, os objetivos do presente trabalho foram: avaliar se houve alguma relação preferencial da localização dos mesmos a paisagem (geoambientes); caracterizar os solos no interior e nos seus arredores, nos aspectos morfológicos, físicos, químicos relacionados à sua gênese; identificar e caracterizar os artefatos arqueológicos com intuito de subsidiar a interpretação dos paleoambientes e sua dinâmica evolutiva. Para tanto, utilizou-se de técnicas de geoprocessamento, onde se avaliou a localização e a forma, relacionando-as com a geologia, geomorfologia, hidrografia e solos. Com estas informações foi elaborado modelos preditivos, os quais formaram as bases para a estratificação, em relação aos geoambientes. Após, foram selecionados alguns Geoglifos, onde se realizou varreduras através do Ground- Penetrating Radar, na tentativa de localizar os artefatos subsuperficiais. Em sítios selecionados (seis) foram descritos perfis e realizado análises laboratoriais (físicas, químicas e mineralógicas) e, nas cerâmicas arqueológicas, identificou-se os fitólitos e efetuado a mineralogia (Raios-X). Concluiu-se que os Geoglifos apresentam estreita relação com sua posição na paisagem e na sua forma. Os existentes na Formação Solimões foram preferencialmente construídos em pedoformas convexas e solos profundos e argilosos (Latossolo Vermelho). Na Formação Detrítico-laterítica, os mesmos encontram-se nos topos aplainados, tabular, com predomínio de Argissolo Vermelho, nas menores altitudes e Latossolo Vermelho, no topo da paisagem. Os de figuras geométricas quadradas ocorrem, preferencialmente, em áreas mais dissecadas, com predomínio de Argissolo. Os circulares, nas áreas mais estáveis e evoluídas da paisagem (latossólicas). Os quadrados foram construídos posteriormente aos circulares. Isso demonstra uma nova leva cultural de cacicados de períodos diferentes ou, até mesmo, de cacicados diferentes. Só foi identificado um único morfotipo de fitólito (bastonete) nas cerâmicas arqueológicas, corroborando de que os Geoglifos foram construídos sobre paleoambientes de vegetação campestre e aberta com predomínio de gramíneas. Os minerais identificados nos fragmentos de cerâmica são os mesmos encontrados nos solos do Geoglifos e de seus arredores. Fisicamente, os perfis amostrados não apresentaram ruptura e, ou, descontinuidade pedológica nem anomalias físicas que indicassem atividade arqueantropológica. Em sua maioria, os solos dos Geoglifos mostraram-se eutróficos. Essa melhoria e suposto enriquecimento desses solos pelos povos deve ser considerado, pois em áreas similares, na mesma paisagem no estado do Acre, foram identificados somente Latossolos e Argissolos distróficos. Porém, pelo nível de enriquecimento, esse fato indica ocupação(ões) eventual(ais) dos Geoglifos, ao contrário dos sítios arqueológicos, onde ocorreu uma sedentarização capaz de atuar como agente pedogenético formando os Antropossolos. Através da pesquisa não foi possível identificar quais foram às causas da construção dos Geoglifos e nem a razão das suas diferentes formas.Item Seleção de variáveis ambientais e de algoritmos de classificação para mapeamento digital de solos(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-16) Cunha, Alexson de Mello; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Ferreira Neto, José Ambrosio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723804D6; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/4853651139461402; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4No mapeamento digital de solos têm sido utilizados os atributos do terreno como as principais variáveis preditivas ambientais. Outras variáveis, relacionadas aos processos pedogenéticos, como as climáticas, não tem sido geralmente utilizadas. Nesse contexto, os objetivos deste estudo foram: (1) comparar o método da cokrigagem ordinária em com o da krigagem na espacialização da precipitação pluvial no Estado do Espírito Santo; (2) identificar no mapeamento de solos, em escalas diferentes, quais as variáveis mais relevantes para um melhor desempenho de predição das classes de solo, tendo como estudo duas áreas distintas; (3) avaliar o desempenho dos algoritmos classificadores NaiveBayes, rede neural multilayerperceptron - MLP, SimpleCart e J48.Na avaliação da krigagem e cokrigagem utilizaram-se dados de 108 postos pluviométricos e variáveis secundárias como altitude e distância do mar. Para a avaliação das variáveis e algoritmos classificadores no mapeamento de média escala (1:100.000) o estudo foi realizado na bacia do rio Muqui do Norte, sul do Estado do Espírito Santo. Utilizaram-se 598 amostras de treinamento (10 classes de solos) e 45variáveis relacionadas a diferentes fatores de formação dos solos, tais como: atributos do terreno, geologia, geomorfologia, clima, balanço hídrico e índices derivados das bandas 1, 3, 4 e 5 do sensor TM Landsat 5. Essas variáveis foram submetidas a diferentes métodos de seleção de atributos baseadas em correlação CFS; em consistência CSE; ganho de informação - IA e ReliefF , disponíveis no software Weka 3.6.8. Nesse software foi aplicado o classificador SimpleCart para avaliar a efetividade da predição com os subconjuntos de variáveis selecionadas. A avaliação dos quatro classificadores foi realizada com o uso das 45 variáveis e as selecionadas pelo algoritmo ReliefF . Para o mapeamento detalhado realizado no Assentamento Rural Sezínio Fernandes, em Linhares, ES, utilizaram-se 259 amostras de treinamento (3 classes de solos) e 19 variáveis preditivas (atributos do terreno, climáticas e balanço hídrico) nas predições feitas pelos classificadores SimpleCart, J48,MLP e NaiveBayes. As predições foram avaliadas com base na validação cruzada e comparações dos mapas elaborados com o mapa convencional de referência. Os resultados da interpolação sugerem que se deve preferir a cokrigagem e o uso de grades regulares para amostragem viiide variáveis secundárias. Os resultados da seleção de atributos para mapeamento da bacia do rio Muqui do Norte indicaram que os algoritmos ReliefF e o CSE, ambos limitados a 10 atributos, foram os que apresentaram árvores menos complexas e sem perda significativa na exatidão da predição em relação ao grupo de 45 variáveis. A exatidão da classificação, indicada pelo Kappa de 0,60, foi considerada muito boa. As variáveis selecionadas pelo ReliefF foram geologia, geomorfologia e principalmente atributos do terreno e elementos do balanço hídrico, como excedente hídrico, deficiência hídrica e evapotranspiração potencial. Os algoritmos NaiveBayes, MLP e SimpleCart apresentaram desempenhos de predição semelhantes (Kappa 0,60 a 0,66), superiores ao J48. A maior concordância com o mapa de referência obtida pelo algoritmo MLP, seguido do SimpleCart, J48 e NaiveBayes foi de 55, 52, 51 e 48%, respectivamente. Nas predições de classes de solos do Assentamento Sezinio Fernandes as variáveis excedente hídrico, deficiência hídrica e temperatura do ar foram relevantes. No entanto, as pequenas amplitudes de valores apresentadas pelas variáveis climáticas e balanço hídrico não são provavelmente suficientes para propiciar condições pedogenéticas diferenciadas na área de estudo. Não houve diferenças significativas entre os valores de Kappa (0,77 a 0,82) dos três algoritmos de classificação. As maiores concordâncias com o mapa convencional foram obtidas para o algoritmo J48, seguido do NaiveBayes e do SimpleCart, utilizando somente atributos de terreno como variáveis preditivas. As árvores de decisão por produzirem resultados de mais fácil entendimento e apresentarem em geral exatidões semelhantes aos classificadores NaiveBayes e rede neural MLP, podem ser consideradas como de grande potencial para se consolidarem no mapeamento digital de solos.