Solos e Nutrição de Plantas
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Item Adsorção de arsênio: seleção de classes de solos mineiros indicadas para utilização como barreira geoquímica na imobilização deste elemento(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-27) Almeida, Cecília Calhau; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/0501171317757667; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864A água é considerada um recurso natural de importância estratégica para o homem no futuro. Reconhece-se que a manutenção da qualidade das reservas naturais de água e seu fornecimento, de maneira segura, para o desenvolvimento das atividades humanas é o grande desafio da humanidade nos próximos anos. Um dos problemas que se somam à escassez de água em certas regiões é a contaminação de corpos d’água, o que tem comprometido o fornecimento de água potável em vários locais do mundo. Dentre os possíveis contaminantes, o arsênio (As) é um dos mais problemáticos, sendo considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo mais importante em matéria de saúde pública global, atrás, somente, da contaminação microbiológica da água. O potencial toxicológico do As é conhecido há centenas de anos, mas somente nas últimas décadas, após a melhoria na capacidade de detecção analítica de elementos em solução, foi que a relação entre concentrações muito baixas de As e alguns tipos de câncer pôde ser melhor evidenciada. Sabe-se que, mesmo em concentrações da ordem de alguns μg/L, a ingestão de As afeta seriamente a saúde quando associada a períodos prolongados de exposição. A ocorrência do As em águas superficiais e subterrâneas depende da fonte desse elemento, da quantidade disponível e do ambiente geoquímico local. A mobilidade do As no ambiente depende, grande parte, das características do ambiente geoquímico, principalmente, das condições de pH e potencial redox (Eh), e dos equilíbrios de adsorção e dessorção, estes, controlados pelas matrizes mineral e orgânica dos solos. Em Minas Gerais predominam solos mais intemperizados do tipo Latossolos e Argissolos, que tem em sua constituição mineralógica predominantemente caulinita e óxidos de Fe e Al, esses últimos tidos na literatura como bons adsorvedores de arsênio. Para o estudo, foram coletadas amostras dos horizontes A e B de perfis representativos das classes dominantes de solos do Estado de Minas Gerais, preferencialmente, nas profundidades de 0 a 20 e de 50 a 70 cm, e caracterizados física, química e mineralogicamente de forma a correlacionar essas propriedades com a capacidade de adsorção de arsênio nesses solos. O experimento de adsorção foi conduzido utilizando soluções de NaNO3 0,001 mol/L contendo Na2HAsO4.7H2O nas doses: 0; 0,08; 0,16; 0,24; 0,40,0,56; 0,72; 0,88; 1,12; 1,36 e 1,60 mmol/L de As(V), com pH ajustado para 5,5 e o ajuste dos dados ás isotermas de Langmuir e Freundlich, sendo que os maiores coeficientes de correlação foram obtidos no primeiro modelo. No processo de adsorção de arsênio, uma das características que mais interferem na capacidade do solo em atuar como superfície adsorvente para este elemento é a textura do solo, em função do aumento ou diminuição de sua superfície específica. Em relação aos Latossolos, os Argissolos, de um modo geral, apresentaram granulometria mais grosseira e mineralogia mais caulinítica e/ou micácea do que os Latossolos. Os menores teores de argila e maiores teores de matéria orgânica conferem menor capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMAAs) em relação ao horizonte subsuperficial desses mesmos solos. Os Latossolos, dentre as classes de solos estudadas, foram os que apresentaram maior CMAAs, seguido dos Argissolos, Cambissolos e, por último, o Neossolo Quartzarênico. A maior CMAAs foi do horizonte Bw de amostra de Latossolo Vermelho Distrófico (3,6 mg/g de As). Teores elevados de argila interferiram de forma marcante na CMAAs, além da mineralogia das amostras, sendo, de modo geral, evidenciada a presença de picos indicativos de goethita e hematita nos difratogramas representativos da fração argila dos solos que apresentaram maior CMAAs, bem como teores elevados de gibbsita obtidos por meio de Análise Termogravimétrica. É possível afirmar que, apesar de mineralogicamente os horizontes A e Bw não diferirem, fatores como: menor teor de C orgânico, a profundidade e estrutura farão com que o horizonte diagnóstico subsuperficial atue mais satisfatoriamente como barreira geoquímica na imobilização de As. Para tanto, o monitoramento é necessário, bem como novos estudos envolvendo o comportamento do arsênio no solo e que possam complementar os resultados encontrados neste trabalho.Item Adsorção e dessorção de Cd, Cr, Ni e Pb em solos saturados na capacidade máxima de adsorção destes metais pesados(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-23) Xavier, Bruno Toribio de Lima; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Nascimento, Clístenes Williams Araújo do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766893P6; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/3897182455265537; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780430A1A poluição do ambiente e em especial do compartimento solo tem se configurado como um grande problema socioambiental, principalmente quando se refere à acumulação de determinados elementos químicos no solo. Identificar os mecanismos de adsorção, se o processo tende a ser mais específico ou eletrostático, ou até mesmo o comportamento de determinado metal quando outro já se encontra previamente adsorvido pode contribuir para o desenvolvimento de técnicas capazes de minimizar problemas ambientais causados pela disposição de resíduos ricos em metais pesados sobre o solo anteriormente. Os solos selecionados para este estudo pertencem às classes predominantes do Estado de Minas Gerais, quais sejam: Latossolos, Argissolos, Cambissolos e Neossolos. Dentro das classes buscou-se trabalhar com horizontes A e B, que apresentassem características contrastantes em termos químicos e físicos. Amostras dos solos receberam doses equivalentes as capacidades máximas de adsorção (CMA) de Cd, Cr, Ni e Pb e foram mantidas incubadas por 30 dias. Os mesmos foram adicionados individualmente em cada amostra em quantidades equivalentes a 0; 0,5; 1 e 1,5 vezes a CMA que foi anteriormente determinada para cada metal e solo estudado. Solos incubados com doses equivalentes a CMA dos metais pesados Cd, Cr, Ni e Pb e que receberam posteriormente as maiores doses destes mesmos metais apresentaram comportamento semelhante quando se analisa a adsorção nas diferentes doses crescentes adicionadas. Não houve correlação entre os valores adsorvidos dos metais pesados Cd, Cr, Ni e Pb, em solos incubados com a CMA destes mesmos metais, com as classes de solos. Os metais pesados Cr e Pb foram os que dessorveram maiores quantidades de metais previamente incubados nos solos estudados, sendo também os mais fortemente adsorvidos na mesma situação.Item Comportamento de mudas de espécies florestais nativas na fitorremediação de solo contaminado com zinco e cobre(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-25) Caires, Sandro Marcelo de; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742755P2; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Derly José Henriques da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723282Z2Fitorremediação é uma tecnologia de recuperação de ambientes contaminados com resíduos de origem antropogênica. Esta tecnologia utiliza os vegetais e seus simbiontes rizosféricos para estabilizar, extrair, degradar ou volatilizar vários contaminantes orgânicos e inorgânicos. Espécies florestais nativas agregam uma característica visual aceitável ao projeto de recuperação, são perenes requerendo menos tratos culturais, produzem matéria prima de interesse para vários setores, sendo um dreno do CO2 atmosférico. Para avaliar o comportamento de mudas de cedro-rosa (Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) e ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl. (Bignoniaceae)) na fitorremediação de solo contaminado com zinco e cobre, realizou-se um experimento em casa de vegetação. As mudas foram replantadas em vasos contendo Latossolo Vermelho-Amarelo, textura francoarenosa ao qual foram adicionadas doses crescentes de zinco (0, 300, 400, 500, 2.500 mg kg-1) e cobre (0, 60, 80, 100, 500 mg kg-1). O solo foi homogeneizado e peneirado em malha de 0,5 mm, seco à sombra e, posteriormente, separado em unidades amostrais de 4,2 kg. Cada unidade recebeu uma adubação com macronutrientes: N, P, K, Ca e S nas doses de 200, 300, 200, 129 e 61,5 mg kg-1 respectivamente. A adição dessas doses foi realizada em uma única parcela, mediante soluções, quando da preparação do solo. Foram utilizados os sais nitrato de amônio (NH4NO3), fosfato de cálcio monobásico (Ca(H2PO4)2.H2O) e sulfato de potássio (K2SO4). Para adicionar zinco e cobre ao solo foram utilizadas soluções preparadas a partir dos sais nitrato de zinco (Zn(NO3)2.6H2O), cloreto de zinco (ZnCl2) e nitrato de cobre (Cu(NO3)2.3H2O). A umidade do solo foi mantida próxima a capacidade de campo, sendo corrigida com base gravimétrica da unidade amostral. Após 105 dias as mudas foram coletadas, separadas em raízes e parte aérea, secas em estufa de ventilação forçada a 70 °C até peso constante. Após, foram moídas e levadas ao laboratório onde se realizou a mineralização de amostras do tecido vegetal por digestão nítrico-perclórica (4:1 v/v). Os teores de Zn e Cu foram determinados por absorção atômica. Os resultados de produção de biomassa sugeriram que o cedro-rosa foi mais tolerante ao zinco que o ipê-roxo. Ambas as espécies alocaram mais carbono na raiz em detrimento da parte aérea. O cedro-rosa absorveu maiores teores de zinco demonstrando comportamento acumulador enquanto o ipê-roxo mostrou um comportamento indicador. No ipê-roxo foram determinados os maiores conteúdos de zinco. A raiz foi o órgão de armazenamento de zinco para ambas as espécies. No tratamento de cobre o ipê-roxo foi mais tolerante que o cedro-rosa. A raiz também foi o órgão de armazenamento de cobre para ambas as espécies. O cedro-rosa absorveu maiores teores de cobre com comportamento acumulador enquanto o ipêroxo teve um comportamento indicador. Conclui-se que ambas as espécies possuem potencial de uso na fitoestabilização e fitoextração induzida de zinco e cobre em solos contaminados.Item Determinação dos teores naturais de metais pesados em solos do estado de Minas Gerais como subsídio ao estabelecimento dos valores de referência de qualidade(Universidade Federal de Viçosa, 2009-04-27) Caires, Sandro Marcelo de; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742755P2; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Carvalho Júnior, Waldir de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700936P6; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8Diante do contexto de preservação dos recursos naturais para promover o desenvolvimento sustentável, este trabalho teve como objetivo principal determinar os teores naturais de metais pesados como subsídio para a produção dos valores de referência de qualidade dos solos do Estado de Minas Gerais. Foram coletadas amostras de solos distribuídas por todo o território em locais de mínima intervenção antrópica aparente e com vestígios de mata nativa ou secundária. As amostras de solos foram preparadas para compor a TFSA com o máximo cuidado para evitar contaminação. Subamostras foram submetidas a análises químicas e físicas de rotina. Foram testados diferentes métodos analíticos com o objetivo de avaliar o melhor procedimento para determinar dos teores de metais pesados nos solos. Os metais pesados utilizados neste estudo foram: As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb e Zn, bem como os elementos Al e Fe. Os métodos utilizados foram o EPA 3051a, EPA 3052 e o método da água régia. Os metais pesados dos extratos produzidos foram dosados em ICP-OES. Os resultados obtidos foram comparados entre si pelo teste t de Student. O método escolhido foi o EPA 3051a por garantir as melhores recuperações dos metais pesados da amostra de solo padrão utilizada para a calibração dos métodos e as melhores recuperações de As nos solos estudados. Realizada as análises, foi montado um banco de geodados com variáveis qualitativas referentes às classes de solos e tipos de materiais de origem, e quantitativas compondo os resultados das análises químicas e físicas e os teores de metais pesados obtidos pelo método EPA 3051a. Os teores dos metais pesados para as Classes de Argissolos, Cambissolos e Latossolos foram comparadas entre si pelo teste t de Student, encontrando diferenças (p < 0,01) entre teores de um mesmo elemento em razão das classes de solo. Com o objetivo de subtrair os valores anômalos, foi utilizado o percentil 75 para estabelecer os valores de referência de qualidade dos teores de metais pesados nas classes de solos estudadas. Utilizando técnicas de estatística multivariada, cada classe de solo em razão dos seus respectivos materiais de origem foi analisada, buscando evidencias das particularidades do solo em razão do material de origem, relacionando os metais pesados como indicadores desta diferença. Isto foi alcançado para Argissolo e Cambissolo. Por fim, foi montado um modelo matemático utilizando os atributos significativos dos solos em estudo para estratificá-los em grupos. Tais grupos servem para subsidiar a tomada de decisão da existência de contaminação de metais pesados de origem antrópica numa amostra de solo que não pertença ao grupo de amostras até então estudadas, e, no caso da não existência de contaminação, aloca-lá num determinado grupo de amostras de solo pertencentes ao banco de geodados até então organizado. Os teores naturais obtidos, correspondentes ao percentil 75, para os metais pesados As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb e Zn, em mg kg-1, para os Argissolos foram: (= 49,31), (= 265,50), (= 0,70), (= 10,99), (= 67,14), (= 1,42), (= 384,21), (= 25,07), (= 3,26), (= 1,35); para os Cambissolos foram: (= 0,001), (= 332,43), (= 1,05), (= 18,28), (= 77,81), (= 4,17), (= 528,02), (= 27,47), (= 15,38), (= 0,42) e para os Latossolos foram: (= 14,01), (= 267,64), (= 0,40 ); (= 28,29), (= 197,26), (= 83,38), (= 345,76), (= 53,48), (= 1,43), (= 37,42). Acredita-se que com os valores supracitados represente a realidade natural das respectivas classes de solos e, que os mesmos, possibilitem um monitoramento dos solos do Estado de Minas Gerais para uma melhor gestão ambiental de sua qualidade.Item Geoquímica e distribuição de metais pesados em solos na região de Unaí, Paracatu e Vazante, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-05-21) Burak, Diego Lang; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8; Martins, éder de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784196P4; Andrade, Felipe Vaz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761472U5O estudo da dinâmica dos metais pesados na região Unaí, Paracatu e Vazante foi feito abordando diferentes escalas de estudo, enfocando a distribuição dos metais pesados na paisagem, em solos de uma toposseqüência da representativa da paisagem e em frações granulométricas nos solos dessa toposseqüencia. Para isso foram utilizados ferramentas de análise geoestatística e fracionamento físico, além de extrações químicas totais e parciais. O objetivo do Capítulo 2 foi avaliar e interpretar os padrões espaciais de distribuição geoquímica de metais pesados (Co, Cu, Ni, Pb e Zn) e elementos maiores (Al, Fe, Ti, Mg e Mn) de origem natural nos solos da região de Unaí-Paracatu-Vazante, Minas Gerais e relação com a geologia e geomorfologia. Amostras georreferenciadas coletadas em duas profundidades (0-20 e 60-80 cm) foram trituradas e submetidas à extração com água-régia e as médias entre as duas profundidades foram utilizadas. As altitudes das regiões amostradas variaram de 1040 a 480 m de altitude. Foram feitas analises estatísticas descritivas, correlações de Pearson a Análise de Componentes Principais dos teores de todos os metais. Posteriormente, mapas geoestatísticos foram gerados utilizando-se a krigagem ordinária como interpolador. O Pb, Zn e Mn estão fortemente associados na região, assim como o Cu e Fe. O Al, predominantemente encontrado em maiores altitudes (>900 m), não apresenta nenhuma associação com os metais pesados. O Pb e Zn apresentaram maiores teores em solos próximos às rochas calcárias (altitude entre 650 e 550 m), e para o Cu, maiores teores foram observados sobre os filitos carbonosos (altitude entre 650 e 750 m). Co e Ni estiveram relacionados às regiões de acúmulo de sedimentos, nas menores altitudes dentro da região (500 a 480 m). Apesar de um maior efeito dispersivo do intemperismo tropical na distribuição de metais, o Cu, Pb e Zn apresentaram maiores teores próximo a suas fontes em conseqüência da maior afinidade desses metais aos óxidos de Fe e Mn, formados predominantemente sob condições tropicais e presentes também próximos na fonte dos metais pesados. Em contrapartida, a baixa afinidade do Ni e Co pelos óxidos de Fe e Mn e a geomorfologia da região permitiram sua migração ao longo da rede de drenagem a partir da sua fonte para as regiões de acúmulo de sedimentos em menor altitude. No Capítulo 3, avaliou-se os padrões de distribuição espacial do Pb e Zn extraídos pelo DTPA (fração disponível) e suas relações os teores de Al, Fe, Mn, Mg, Pb e Zn extraídos pela água-régia (pseudo-totais), contextualizando ainda a geomorfologia e geologia. A relação dos teores de Pb e Zn extraído pelo DTPA com os atributos químicos, físicos e mineralógicos de solos representativos da região também foi avaliada. Os teores disponíveis de Pb e Zn são baixos. De modo geral, somente o Pb apresenta teores disponíveis mais elevados, e a região mais rica em Pb (disponível e pseudo- total) ocorre próximo aos dolomitos, caracterizados como fontes de Pb na região. Nas regiões com os maiores teores de Pb extraídos pelo DTPA e águarégia, esse metal ocorre associado aos óxidos de Mn. A geomorfologia influenciou na dispersão principalmente do Zn mais disponível como evidenciado pela menor relação entre o padrão de distribuição espacial dos teores em superfície e em subsuperfície. Adicionalmente, os teores dessas duas camadas não apresentam relação com teores pseudo-totais. Teores disponíveis elevados de Zn e Pb na camada e 60-80 cm ocorrem em solos com um menor grau de intemperismo (solos sobre filitos carbonosos) e/ou com influência dos processos de sedimentação onde esses metais estão em formas mais trocáveis. No Capítulo 4, estudou-se a relação da pedogênese e distribuição do Pb e Zn em frações físicas de solos de uma toposseqüência Cambissolo-Latossolo. Para isso, estudaram- se os teores totais de metais em diferentes frações granulométricas dos horizontes A e B de um Cambissolo sobre calcários dolomíticos e de um Latossolo sobre rochas pelíticas, ambos coletados dentro de uma região rica em metais pesados. Com o método de agitação em água foram separadas as frações 2000-200 μm, 200-50 μm, 50-20 μm e <20 μm. Posteriormente das frações 2000-200 μm, 200-50 μm, 50-20 μm foram obtidas frações mais finas correspondentes a revestimentos e microagregados estáveis (não recuperados pelo método de agitação em água) por meio da ultrassonificação,. A fração de < 20 μm separada por agitação em água apresentou os elevados teores de metais em conseqüência da presença de frações mais finas e mais reativas. Foi observada uma diferença nos teores das frações 2000-200 μm, 200-50 μm, 50-20 μm antes e após a ultrassonificação. Somente as frações 2000-200 μm, 200-50 μm, 50-20 μm do Cambissolo, mesmo após a ultrassonificação, apresentaram teores elevados de Pb e Zn, demonstrando a presença de minerais portadores de metais na fração grosseira deste solo. As frações <20 μm obtidas após a ultrassonificação, caracterizadas como revestimentos e microagregados, apresentaram os maiores teores de Pb e Zn. Em geral, o Pb foi enriquecido nos revestimentos e juntamente com óxidos de Mn e o carbono orgânico. O Zn e Pb estiveram mais associados aos óxidos de Fe e Al na foram de microagregados. O Cambissolo é fonte de Pb e Zn para a região de entorno e, neste solo, a maior acumulação de Pb ocorre em feições pedogenéticas como revestimentos argilosos sobre a fração areia e concreções, enquanto nos Latossolos, a formação de microagregados estáveis enriquecidos em Pb e Zn, é o principal processo pedogenético de atenuação da presença do Pb no ambiente.Item Geotec II: proposição de um índice geográfico-tecnoógico para o setor agropecuário brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-22) França, Michelle Milanez; Fontes, Rosa Maria Olivera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783412T6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/4699163871152127; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8A agricultura é uma atividade econômica dependente, em grande parte, do meio físico. O aspecto ecológico confere fundamental importância ao processo de produção agropecuária. Um país ou região apresenta várias sub-regiões com distintas condições de solo e clima e, portanto, com distintas aptidões para produzir diferentes bens agrícolas. A interpretação dos levantamentos de solo constitui-se de importância significativa para a utilização racional desse recurso natural na agricultura e em outros setores que se utilizam do solo como um elemento integrante de suas atividades. Em se tratando de atividades agrícolas, estas interpretações podem auxiliar na classificação de terras de acordo com sua aptidão para as diversas culturas, sob diferentes condições de manejo e viabilidade de melhoramento através de novas tecnologias. Pode-se ainda considerar, na interpretação dos levantamentos de solo, as necessidades de fertilizantes e corretivos, que possibilitam a avaliação potencial dos insumos em função da área cultivada no país. O sistema de avaliação da aptidão agrícola, no Brasil, teve início na década de 1960 como esforço em classificar o potencial das terras para a agricultura tropical. Na busca do conhecimento da aptidão das terras do Brasil, o Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras (Ramalho Filho & Beek, 1995) tem sido o mais empregado por consistir num importante instrumento para conhecimento do potencial e da disponibilidade de terras, de acordo com diferentes níveis de tecnologia ou de manejo, sendo o método preconizado pela Embrapa. O Índice Geográfico e Tecnológico (GeoTec) foi elaborado a partir de três outros índices: o Índice de Aptidão Agrícola (IAG), o Índice Tecnológico (ITE) e o Índice Hídrico (IHI). Fontes et al (2008) testaram diferentes combinações entre os três sub-índices utilizados em seu trabalho e chegaram ao seguinte cálculo: GeoTec= (IAG * 40%) + (ITE * 40%) + (IHI * 20%). Para este trabalho foi construído o Índice Geográfico e Tecnológico II (GeoTec II), sendo este elaborado a partir de dois outros índices: o Índice de Aptidão Agrícola (IAG) e o Índice Tecnológico (ITE). A combinação proposta para este novo índice resulta no seguinte cálculo: GeoTec II= (IAG * 50%) + (ITE * 50%). Esses índices consistem da agregação de variáveis geográficas, ativas e passivas cuja relevância está pautada na análise dos determinantes de renda e de crescimento no contexto das potencialidades naturais, bem como na análise de variáveis econômicas e sociais. Como este trabalho se perpassou nas unidades de federação do território brasileiro, o recorte mesorregional foi o mais adequado, tendo-se trabalhado com o mapeamento “Delineamento Macroecológico do Brasil” produzido pela Embrapa (Serviço Nacional de Levantamento e Conservação dos Solos – SNLCS) entre os anos de 1992/93. Os objetivos do presente trabalho foram: construção dos índices de aptidão agrícola (IAG) e índice tecnológico (ITE) das mesorregiões brasileiras com finalidade de subsidiar iniciativas que permitam o desenvolvimento agrícola das regiões, além de identificar as tecnologias que apresentaram maior associação com a produção das diferentes culturas. Os maiores valores do ITE estão situados nas mesorregiões Araraquara/SP, Oeste Catarinense e Noroeste Rio Grandense ao passo que os menores valores do ITE localizam-se nas mesorregiões Marajó/PA, Norte Amazonense e Sudoeste Paraense. Para o IAG os maiores valores são encontrados nas regiões Sudeste e Sul e os menores na região Norte. Constatou-se que o controle de pragas e doenças é uma tecnologia que precisa ser mais difundida em todo o território, visto que apenas 30% das propriedades do país a utilizam, com maior concentração nos Estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A maior porcentagem de utilização de adubos e corretivos e preparo do solo está situada no eixo Centro-Sul do país, sendo esta última tecnologia pouco utilizada no Norte do país.Item Mineralogia e teores naturais de metais pesados em solos da bacia sedimentar amazônica(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-29) Xavier, Bruno Toribio de Lima; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/3897182455265537; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Bellato, Carlos Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727950A6; Lima, Hedinaldo Narciso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794101U0Estudos tendo como objeto os solos da região Amazônica sempre se revestiram de grande importância, quer seja pela magnitude da área de abrangência ou pelo suporte que estes dão a biodiversidade deste imprescindível bioma. O aprofundamento dos conhecimentos dos solos da Amazônia por meio de estudos de suas características mineralógicas, físicas e químicas, bem como, dos diversos fenômenos que ocorrem nestes solos é uma condição imperativa para que se possa inferir, por meio deste tipo de pesquisa, sobre os mais diversos aspectos da origem, formação, constituição mineralógica, teores naturais de metais pesados e possíveis modificações ocorridas nos solos. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo a obtenção dos teores naturais de metais pesados em alguns solos da Amazônia, bem como avaliar a relação de atributos destes solos com os teores totais de alguns metais pesados. Para isto, este trabalho determinou o teor natural de As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Ni, Pb, e Zn de acordo com metodologia preconizada pela Resolução CONAMA 420/2009 (EPA 3052). Também faz parte deste estudo a caracterização química, física e mineralógica destes solos, com a finalidade de avaliar o comportamento destes solos frente a possível poluição por metais pesados e o estabelecimento de relações entre os teores naturais com os atributos dos solos. Os solos estudados apresentam composições mineralógicas distintas de acordo com a sua posição na paisagem. Solos de várzea apresentaram minerais do tipo 2:1 em maior quantidade do que aqueles localizados na terra firme. Este comportamento parece ter influenciado nos teores naturais de metais pesados, uma vez que, de forma geral, os solos com maior presença de minerais do tipo 2:1 também apresentaram teores elevados de metais pesados. Atributos como pH, teores de matéria orgânica (MO), teores de óxidos de ferro e alumínio, proporções de argila e silte, podem ser as principais características dos solos responsáveis pela maior associação dos metais pesados estudados com os solos, além do material de origem.Item Mineralogia, micromorfologia, gênese e classificação de Luvissolos e Planossolos desenvolvidos de rochas metamórficas no semi-árido do Nordeste brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-29) Oliveira, Lindomário Barros de; Ribeiro, Mateus Rosas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788083D4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767770A5; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Motta, Paulo Emílio Ferreira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797797P3As áreas semi-áridas ocupam aproximadamente 750 mil km2 do Nordeste brasileiro, o que corresponde à cerca de 60% do território desta Região. Neste domínio bioclimático, excetuando-se as áreas sedimentares Paleo/Mesozóicas, predominam solos pouco a moderadamente desenvolvidos, principalmente das classes dos Neossolos, Luvissolos e Planossolos, que muitas vezes ocorrem associados num complexo padrão de distribuição, dificultando o mapeamento de classes individualizadas, mesmo em levantamentos detalhados. Por outro lado, diferentemente do que ocorre para solos de outras classes, o conhecimento disponível sobre tais solos é relativamente pequeno, muitas vezes restringindo-se as informações produzidas pelos levantamentos em nível exploratório-reconhecimento. Neste contexto, delimitou-se como objetivo para este trabalho estudar a gênese e a classificação de Luvissolos e solos associados, desenvolvidos a partir de rochas metamórficas em ambiente semi-árido, a partir da caracterização macro e micromorfológica, física, química e mineralógica de perfis de solos representativos. Para realização deste estudo foram selecionadas quatro toposseqüências representativas da ocorrência de Luvissolos no semi-árido dos Estados de Pernambuco e Paraíba, sendo duas delas desenvolvidas a partir de gnaisses (Toposseqüência I e II), uma de micaxisto (Toposseqüência III) e outra de filito (Toposseqüência VI). A interpretação dos atributos morfológicos e dos resultados das análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas indica que: a) os solos estudados foram adequadamente classificados no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos até o terceiro nível categórico (grandes grupos); b) goethita é o principal óxido de Fe produzido pela pedogênese, independentemente do material de origem; c) não há evidências micromorfológicas que suportem que a argiluviação seja um processo efetivo na formação do gradiente textural dos Luvissolos estudados; e d) as principais pedofeições observadas estão relacionadas ao intemperismo dos minerais primários, notadamente da biotita, à dinâmica de formação e dissolução dos compostos de Fe, e à reorganização da massa do solo em função das mudanças de umidade decorrentes das alternâncias entre períodos secos e chuvosos.Item Produção de mapas de vulnerabilidade de solos e aqüíferos à contaminação por metais pesados para o estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-09) Lima, Carlos Eduardo Pacheco; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737807U4; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Horn, Adolf Heinrich; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787247T7O estudo da vulnerabilidade de ambientes à contaminação por compostos químicos apresenta-se hoje como uma importante ferramenta para tomada de decisões referentes ao uso, ocupação e manejo dos solos e aquíferos. Em sistemas tropicais úmidos, onde o manto de intemperismo é profundo e bem desenvolvido, a reatividade do solo torna-se mais importante do que a permeabilidade dos mesmos quando se trata das principais classes taxonômicas de ocorrência. Dessa forma, está sendo proposto nesse trabalho que mapas de vulnerabilidade de solos sejam incorporados na análise do índice final de vulnerabilidade de aqüíferos DRASTIC. Foram realizadas correções e melhoramentos no mapeamento da vulnerabilidade dos solos à contaminação por metais pesados para o estado de Minas Gerais e o mapeamento de vulnerabilidade de aqüíferos à contaminação por esses elementos utilizando o método DRASTIC modificado por PISCOPO (2001). As principais modificações com relação ao mapa de vulnerabilidade dos solos foram: (1) aumento no número de perfis registrados de 178 para 329 e posterior utilização dos mesmos gerando maior confiabilidade nos resultados obtidos, (2) modificação da forma de definição do índice para solos pouco desenvolvidos como os NEOSSOLOS LITÓLICOS e (3) construção de um banco de dados único para os solos do estado de Minas Gerais. Os resultados mostram que solos férricos e perférricos apresentaram menor vulnerabilidade, o que indica que a fração oxídica foi a principal responsável por esse fato. Essas manchas se concentram no sul do estado, triângulo mineiro e quadrilátero ferrífero. Já para vulnerabilidade de aqüíferos, os resultados mostram que aqüíferos porosos e cársticos como os sistemas Urucuia-Aerado (cretáceo e cenozóico), Bauru- Caiuá (paleozóico) e Bambuí (proterozóico) apresentaram maiores vulnerabilidades. No caso do sistema aqüífero Bambuí os resultados mostram que áreas onde materiais pelíticos e metapelíticos são encontrados apresentaram menor vulnerabilidade enquanto que áreas cársticas apresentaram vulnerabilidade elevada. O sistema aqüífero escudo oriental apresentou maiores vulnerabilidades a leste graças à grande recarga associada, à vunerabilidade média dos solos à contaminação por metais pesados e ao meio geológico extremamente fraturado constituído de granitos e gnaisses do Arqueano. Os menores índices de vulnerabilidade nesse sistema aqüífero foram encontrados para regiões com relevo muito acidentado, sobretudo áreas de Quartzito, nas serras do Espinhaço, Canastra e Saudade. Já o sistema qüífero Serra-Geral, de idade Paleozóica, apesar do extremo fraturamento, apresentou junto à grande proteção proporcionada pelos solos que o cobrem os menores índices de vulnerabilidade.Item Termoanálises de matéria orgânica e vulnerabilidade à contaminação por metais pesados de solos do estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2010-11-09) Lima, Carlos Eduardo Pacheco; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737807U4; Silva, Luis Henrique Mendes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728684Y0; Guedes, ítalo Moraes Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763348A3A estabilidade da matéria orgânica e a poluição por metais pesados são duas das principais questões ambientais e de sustentabilidade dos solos, amplamente discutidas nas últimas décadas. Importantes questões como manutenção dos níveis de fertilidade, qualidade química dos solos, mudanças climáticas globais, entre outras, estão intimamente ligadas a elas. Muito embora diversos estudos tenham sido conduzidos enfocando as referidas questões, importantes lacunas ainda existem e a elucidação das mesmas faz-se necessário. Dessa forma, elas poderão ser utilizadas de maneira mais eficiente na condução de estudos ambientais, como avaliação de impactos e elaboração de diagnósticos, ou como ferramentas de planejamento, manejo, uso e ocupação dos solos. O presente trabalho procurou enfocar as relações entre estabilidade térmica da matéria orgânica e aspectos físicos, químicos e mineralógicos dos solos do estado de Minas Gerais, além de avaliar e mapear a vulnerabilidade deles à contaminação por seis metais pesados (Cd, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn). Os resultados mostraram uma forte relação entre a estabilidade térmica e a presença de óxidos. Nesse sentido, para o conjunto de solos avaliados, os óxidos de alumínio (gibbsita) apresentaram destaque. Já em relação à vulnerabilidade dos solos à contaminação por metais pesados, os resultados mostraram que os latossolos argilosos e muito argilosos foram aqueles que apresentaram menores índices, sobretudo os férricos. Em seguida, os argissolos textura argilosa e muito argilosa, em sua maior parte, apresentaram índices médios para Cu, Pb e Cr e baixos para Cd, Ni e Zn. Os Nitossolos apresentaram o mesmo comportamento que os argissolos e, aqueles férricos, foram os que apresentaram menores índices. Solos textura média foram sempre classificados como de média ou alta vulnerabilidade. Os cambissolos apresentaram vulnerabilidade alta. Aos Neossolos e gleissolos foram atribuídos índices altos por três motivos: 1) Neossolos Quartzarênicos graças à sua baixa capacidade de retenção, própria de solos com predomínio da fração areia; 2) Neossolos Litólicos graças à sua pequena espessura; 3) Neossolos Flúvicos e Gleissolos graças à constante variação do potencial redox que, por sua vez, pode permitir a liberação de cátions metálicos anteriormente retidos nas frações minerais e orgânicas. Foram ainda produzidos seis mapas, específicos para cada metal pesado, para os solos do estado de Minas Gerais.Item Utilização agrícola de diferentes lodos gerados em Estações de Tratamento de Esgoto(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-27) Souza, Francianny Maria de Paula; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fonseca, Sandra Parreiras Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4758952P4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://lattes.cnpq.br/0304846119833312; Neves, Antônio Augusto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788868U1Objetivando avaliar o efeito da aplicação dos lodos Vespasiano, Morro Alto, Nova Pampulha e Vila Maria na qualidade do solo e no desenvolvimento vegetal de plantas de milho foi realizado um experimento em casa de vegetação. Contudo, este estudo foi precedido por um ensaio de adsorção individual e competitiva dos metais Cd, Ni, Pb, Cr, Mn e Zn com o intuito de avaliar a capacidade máxima de adsorção e predizer o comportamento destes elementos quando presentes nos solos enriquecidos com lodo. O ensaio de adsorção individual foi realizado utilizando soluções com concentrações crescentes dos metais, variando de 0 a 4 mmol L-1 preparadas em NaNO3 e ajustadas a pH 5,5±0,2. O ensaio de adsorção competitiva baseou-se na proporção das concentrações médias dos metais presentes nos lodos. As soluções foram preparadas em NaNO3 e ajustadas a pH 4,0±0,2. Previamente ao ensaio em casa de vegetação, foi realizada a caracterização do solo e dos lodos. Pela caracterização dos lodos, constatou-se que os metais Cr e Pb apresentaram menores taxas de extração por DTPA. O experimento foi disposto em blocos casualizados e os tratamentos seguiram o fatorial 2[(4x6) - 3], em que foram utilizados dois tipos de solos com textura distinta, quatro tipos de lodos aplicados em seis doses (0; 10; 25; 50; 75; 100 t ha-1), sendo que a dose zero foi testada apenas uma vez para cada solo. Foram utilizados vasos de 3 dm³ e os lodos foram aplicados superficialmente aos solos e incubados por vinte dias. Ao final da incubação semeou-se três sementes de milho em cada vaso e ao 20° dia foi realizado o desbaste, mantendo-se duas plantas em cada vaso até o 45° dia. Após o cultivo foram avaliados na planta a produção de matéria seca e o acúmulo de elementos tóxicos (Cd, Pb, Ni, Cr, Mn e Zn). No solo foram realizadas análises de rotina e extração por DTPA de Cd, Pb, Ni, Cr, Mn e Zn. Os dados foram analisados estatisticamente por meio do teste F, desdobramento da interação solo x lodo x dose e teste de Tukey. Em relação à produção de matéria seca verificou-se que apenas os resultados obtidos para o lodo Vila Maria não se mostraram significativos. Observou-se, ainda, que a disponibilidade dos metais Pb, Ni e Cr foi maior para o solo arenoso e que em geral, os efeitos da adição dos lodos sobre as características químicas dos solos foi melhor observado no solo argiloso. Com base na análise dos efeitos da aplicação dos lodos sobre os metais pesados nos solos, constatou-se que a carga acumulada dos metais Pb e Zn restringiu o número máximo de aplicações dos resíduos aos solos.