Solos e Nutrição de Plantas
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Item Água e radiação em sistemas agroflorestais com café no Território da Serra do Brigadeiro – MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-22) Carvalho, Anôr Fiorini de; Cardoso, Irene Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761766J0; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/3776363148666390; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723069A2; Lima, Paulo César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783693J7; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9Os sistemas agroecológicos de produção de café sombreados com árvores (SAF) e a pleno sol (SPS), implementados por agricultores familiares na Zona da Mata de Minas Gerais, não foram completamente estudados quanto à economia de água e temperatura. Esse estudo avaliou esses fatores nesses sistemas. Foram selecionados SAFs e SPSs contíguos no município de Araponga-MG. Foram monitorados com base horária durante 16 meses: a precipitação, a velocidade do vento, a radiação, a umidade do ar, a temperatura do ar e do solo a 0,1 m de profundidade, a umidade do solo a 0,1, 0,3 e 1,0 m de profundidade com reflectometros, além das perdas de solo e água superficiais, associados com a cobertura vegetal. As perdas de solo e água em ambos os sistemas foram muito pequenas, devido à elevada cobertura vegetal. A temperatura do solo a 0,1 m foi atenuada nos SAFs em relação aos SPSs. Os SAFs reduziram a amplitude de variação da temperatura média do ar em relação aos SPSs e atenuaram as temperaturas máximas. A umidade do solo nos SAFs foi menor do que nos SPSs, nas três profundidades durante todo o período. Nos SAFs houve complementaridade de absorção de água entre o café e as árvores ao longo do ano. Os SAFs e os SPSs podem ser utilizados para manejar o destino da água das chuvas, com ênfase para a atmosfera no primeiro sistema e para abastecer o lençol freático no segundo.Item Campinaranas amazônicas: pedogênse e relações solo-vegetação(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-25) Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785; Sarcinelli, Tathiane Santi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764358Z9; Saporetti Junior, Amilcar Walter; http://lattes.cnpq.br/9178041581092599; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5As Campinaranas, também conhecidas como Campinas ou Caatingas Amazônicas, constituem uma paisagem de exceção envolvida pela Floresta Tropical Amazônica, sendo suas variações fitofisionômicas locais determinadas por condições edáficas peculiares. Este trabalho teve como objetivo estudar aspectos pedológicos e as relações solo-vegetação das Campinaranas Amazônicas. Neste sentido, são discutidos aspectos gerais dos solos das Campinaranas na Amazônia brasileira, com ênfase na distribuição e nas relações das unidades pedológicas e geológicas da porção ocidental da Amazônia brasileira. Como um estudo de caso foram caracterizados e mapeados os solos e as unidades geoambientais do Parque Nacional (PARNA) do Viruá e entorno, em Roraima, e determinadas estimativas do estoque de carbono nos solos. Além disso, foram estudados aspectos da gênese dos solos sob a vegetação de Campinaranas no PARNA do Viruá distribuídos no gradiente fitofisionômico típico (Campinaranas Florestadas, Arborizada e Gramíneo-Lenhosa). Por fim, foram discutidas as relações solo-vegetação e a fitossociologia em um gradiente fitofisionômico Floresta-Campinarana no PARNA do Viruá. Verificou-se uma grande associação entre a distribuição dos solos e as Campinaranas, a qual constitui um verdadeiro ecossistema arenícola de grande extensão na Amazônia brasileira. Mesmo em rochas de diferentes formações geológicas (granitos, gnaisses, arenitos) e com processos pedogenéticos distintos, os solos possuem características morfológicas, químicas e físicas muito semelhantes. Os solos estudados no PARNA do Viruá apresentam baixa fertilidade e variações texturais, determinadas pela natureza dos materiais de origem. Os complexos arenosos das Campinaranas e associações representam os geoambientes mais relevantes na prestação do serviço ambiental de conservação do carbono nos solos do PARNA do Viruá. Os solos das Campinaranas possuem notáveis evidências de processos depodzolização e mudanças nítidas das propriedades em curtas distâncias. Tais características corroboram com o oligotrofismo típico destes ambientes, onde a vegetação apresenta-se aberta e com porte reduzido. Os Espodossolos estudados possuem horizontes espódicos com predomínio de formas metálicas de baixa viii cristalinidade ligadas ao Al, em solos com teores diferenciados de matéria orgânica, porém todos com o caráter humilúvico. As fitofisionomias das Campinaranas e a Floresta Ombrófila Aberta apresentam características estruturais bem marcantes, como diferenças contrastantes na biomassa e na densidade de espécies. Na Análise de Correspondência Canônica (CCA) foi observada clara distinção significativa entre as fitofisionomias estudadas, sendo as variáveis ambientais de soma de bases, argila e areia fina as mais determinantes na distinção Campinarana-Floresta. Para a separação das variações fitofisionômicas das Campinaranas, tem-se como variável principal o teor de fósforo.Item Candeias (Eremanthus sp.): espacialização e interações ambientais no município de Mariana (MG)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-27) Faria, Maola Monique; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/9786532121315580; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Brandão, Pedro Christo; http://lattes.cnpq.br/6847119919293306Os remanescentes florestais de Minas Gerais abrigam grande riqueza e diversidade de espécies vegetais nativas, dentre essas as espécies do gênero Eremanthus sp., conhecidas popularmente como candeia, se destacam. Esta se desenvolve sobre solos pouco férteis e rasos originando povoamentos puros, denominados de monodominantes. Sua ocorrência também é registrada dentro de florestas após alguma perturbação com consequente formação de clareiras, visto que essa é heliófila. A candeia apresenta alto potencial econômico. Sua madeira apresenta alta durabilidade e resistência podendo ser empregada como moirões e também na construção civil. Além disso, possui uma substância conhecida como α-bisabol, óleo essencial, que possui propriedades antiflogísticas, antibacterianas, antimicóticas e dermatológicas. O estudo dos remanescentes monodominados pela candeia se faz necessário, visto que sua exploração e a comercialização de seus produtos têm sido realizadas sem a implantação de um plano de manejo eficiente que prime pela conservação da espécie. O presente trabalho tem por objetivos: classificar o uso da terra na região norte do município de Mariana (MG) com enfoque para as áreas cobertas por candeia (Eremanthus sp.); avaliar a influência dos fatores ambientais sobre a distribuição das áreas de ocorrência natural de candeia na região norte do município de Mariana (MG); analisar a ciclagem de nutrientes em montículos sobre diferentes substratos do Quadrilátero Ferrífero, em sistemas florestais monodominantes de candeia. Utilizou-se quatro imagens Rapideye da região norte do município de Mariana (MG), com as devidas correções radiométricas e geométricas. A base cartográfica é composta pelos arquivos vetoriais de rodovias e hidrografia extraídos de cartas planialtimétricas do IBGE. Foram testados dois algoritmos de classificação de imagens, sendo eles: MaxVer e SVM, empregando a interface dos softwares ArcGis 10 e Envi 4.8. Foram testadas 51 combinações de bandas, envolvendo composições de bandas multiespectrais da imagem Rapideye, duas e três componentes principais da imagem (PCA2 e PCA3) e o NDVI, a fim de avaliar qual a melhor combinação para diferenciar as áreas sob monodominância de candeia das demais classes de uso do solo. Para a realização do inventário florestal de áreas sob monodominância de candeia, amostrou-se 6800 m² de candeiais, totalizando dezessete parcelas, onde foram medidas as circunferências a 1,30m do solo de todos os fustes com CAP > 15,7 cm. A altura total de cada fuste foi estimada com o auxílio de uma vara calibrada. A estrutura paramétrica da vegetação foi analisada em termos da estimativa das variáveis: número de árvores por hectare e área basal. As informações do inventário das parcelas do referente ao número de indivíduos, área basal e valor de cobertura, características químicas e físicas do solo, foram reunidas em uma única matriz de análise, sendo os dados submetidos a técnicas de estatística multivariada. Em cada uma das dezessete áreas de ocorrência natural de candeia, se coletou uma amostra composta de solo superficial e três amostras da parede externa de montículos de cupins em cada uma das áreas, que foram submetidos a análises físicas e químicas de rotina. Os atributos físicos e químicos dos solos das parcelas e dos montículos de cada um dos fragmentos foram comparados entre si aplicando o teste estatístico t. Para cada montículo amostrado foi calculado o incremento relativo (IC) dos atributos físicos e químicos avaliados em relação ao solo adjacente. Foi ajustada equação de regressão entre os valores observados no solo vs IC, para os atributos químicos e físicos do solo. Foram realizados testes de correlação de Spearman entre as seguintes propriedades físicas e químicas: pH, P, MO, t e porcentagem de argila para os solos dos fragmentos de candeia e o solo das paredes externas dos cupins. Os valores de Kappa e Kappa condicional obtidos a partir de diferentes classificadores e diferente combinações de bandas foram comparados entre si aplicando o teste estatístico z (α = 95%). As classificações obtidas a partir do algoritmo Maxver são superiores aos obtidos a partir do SVM. As informações extraídas do mapa temático permitem indicar que 29,76% da área de estudo, cerca de 25.320,85 ha, se encontra coberta por candeia em monodominância. Nas parcelas inventariadas há baixa diversidade. Nos fragmentos florestais estudados, a candeia apresentou alta dominância, frequência e densidade de indivíduos. O estudo demonstrou que os candeiais estão instalados nos solos com oligotrofismo marcante, onde a soma de base e a saturação de bases são notadamente baixas. As variáveis, soma de bases, saturação por bases e número de indivíduos, permitiram agrupar os fragmentos avaliados em três grupos. Os valores de incremento relativo mostram que em solos com teores de argila menores que 15%, a capacidade de seleção de partículas finais pelos térmitas é maior. As paredes externas dos cupinzeiros se diferenciam do ambiente de seu entorno pelo maior acúmulo de matéria orgânica e nutrientes, sendo este acúmulo mais evidente para Ca e Mg. A matéria orgânica é a principal responsável pelo incremento relativo de nutrientes nos montículos.Item Classificação supervisionada de solos por redes neurais artificiais na Serra do Cipó - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-16) Souza, Eliana de; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/9050394316046141; Vieira, Carlos Antonio Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728250D0; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5A classificação supervisionada de solos, especialmente nas últimas décadas, vem sendo realizada com o auxílio de modelos matemáticos e estatísticos, dentre os quais destaca-se o modelo de redes neurais, o qual tem apresentado exatidão superior quando comparado com métodos clássicos, como o de Máxima Verossimilhança (MaxVer), auxiliando no método convencional de mapeamento. No entanto, na maioria dos trabalhos foram avaliadas as propriedades dos solos, sendo o estudo das classes de solos ainda incipiente. Assim, este trabalho teve como objetivo realizar a classificação de solos por redes neurais e pelo MaxVer para uma área situada na Serra do Cipó, no estado de Minas Gerais. Para tanto, utilizaram-se informações analíticas de 55 perfis de solos, classificados até o quarto nível categórico do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. As unidades do mapa de solos foram compostas por semelhanças entre as propriedades físicas do solo e as características do ambiente. As variáveis discriminantes avaliadas na classificação foram seis cenas da imagem do satélite Landsat, sensor ETM+; quatro índices derivados dessa imagem (Clay minerals, Ferrous minerals,Iron oxide e NDVI); modelo digital de elevação e atributos derivados: altitude, declividade, índice topográfico combinado, face de exposição, radiação solar, curvatura e amplitude altimétrica, além dos mapas geológico e pedológico. A partir desse conjunto de variáveis, identificaram-se aquelas que melhor contribuíram na discriminação dos solos, em cada uma das duas abordagens empregadas. Na classificação pelas redes neurais foram empregados o simulador Stuttgart Neural Network Simulator e o algoritmo backpropagation, sendo a arquitetura e os parâmetros selecionados por meio de tentativas e testes de significância estatística. Os resultados obtidos por ambos os classificadores, redes neurais e MaxVer, foram comparados entre si, utilizando-se a validação dos mapas com pontos de referência terrestre. Os mesmos pontos de referência foram utilizados para validar o mapa de solos obtido pelo método convencional de mapeamento. Os mapas obtidos pelos dois classificadores, utilizando o conjunto de varáveis que proporcionou melhor desempenho do classificador, apresentaram índice de exatidão considerado bom, sem diferença estatística na exatidão global dos mapas. O mapa melhor classificado pelo MaxVer apresentou índice kappa de 0,58, enquanto que, pelas redes neurais, o maior índice foi de 0,60. Esses valores não diferiram estatisticamente, entretanto, os classificadores diferiram na discriminação das unidades de solo, sendo duas unidades melhor classificadas pelo MaxVer, três pelas redes neurais e quatro unidades com exatidão estatisticamente igual para os dois classificadores. A exatidão global do mapa obtido pelo método convencional de mapeamento foi de 82%, sendo esse índice calculado pelo somatório dos solos de referência concordantes com qualquer componente da unidade. Os solos no primeiro componente das unidades de mapeamento apresentaram 48% de concordância com solos de referência.Item Geoambientes, pedogênese e uso da terra no setor norte do Parque Nacional da Serra do Divisor, Acre(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-26) Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5O Parque Nacional da Serra do Divisor, localizado na região do Alto Juruá, no extremo oeste do Estado do Acre, possui extensão territorial de 784.077 hectares coberta, em grande parte, por vegetação florestal primária, apresentando elevada biodiversidade. No presente trabalho, foram caracterizadas e mapeadas as unidades geoambientais e o uso da terra no setor norte do Parque (319.373 ha), bem como estudados aspectos pedogenéticos ao longo de uma topossequência na Serra do Divisor e solos aluviais do Rio Môa, no noroeste do Acre. Para a identificação, caracterização e delineamento das unidades geoambientais foram utilizados dados pedológicos, geomorfológicos e florísticos, obtidos do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre (2006), dados de altimetria da imagem SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission), mosaico digital semi-controlado de aerofotos verticais, perfis de solos e observações de campo. O uso da terra foi mapeado e quantificado, por meio da imagem do satélite Landsat 5 TM de 2005 (bandas 5,4 e 3) e as aerofotos verticais, além das observações de campo. No estudo pedológico, foram analisados atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos dos solos da Serra do Divisor e várzea do Rio Môa, elucidando-se os fatores e os processos de formação desses solos no noroeste do Acre. Foram identificadas 9 unidades geoambientais, a saber: (i) Encostas e vales profundos florestados da Serra do Divisor em solos pouco desenvolvidos; (ii) Topos serranos com Floresta de Ceja sob solos arenosos; (iii) Encostas e Vales encaixados florestados com solos eutróficos; (iv) Planície Fluvial do Alto Rio Môa com solos eutróficos; (v) Vales do Alto Rio Môa com Florestas de Bambu sob solos eutróficos; (vi) Colinas e Tabuleiros Dissecados Florestados do Alto Rio Môa e Azul com solos eutróficos; (vii) Colinas e Tabuleiros Florestados com solos alumínicos; (viii) Planície Fluvial do Médio Rio Môa e afluentes com solos alumínicos e; (ix) Depósitos arenosos de sopé com Buritizais em solos distróficos. O uso da terra foi classificado em áreas com atividade agropecuária e áreas em regeneração, representando 1,15% e 0,43% do setor norte e entorno do PNSD, respectivamente. De modo geral, o Noroeste do Acre apresenta ambientes característicos da região Andina, destacando-se a Floresta de Ceja no topo da Serra do Divisor. Estas elevações constituem importantes ecossistemas com elevada biodiversidade, representando um grande atrativo para pesquisa científica e ecoturismo na região. O uso da terra prevalece nas margens dos rios, indicando atividades com baixo impacto. São necessários aprofundamentos no zoneamento do Parque, em razão do baixo impacto no uso da terra. Os solos da Serra do Divisor apresentam acúmulo expressivo de material orgânico nos horizontes superficiais, devido, em grande parte, à pobreza química do material de origem, com teores elevados de Al trocável, ou ainda, associado a uma cobertura vegetal de difícil decomposição. A textura arenosa destes solos, com elevada porosidade, associada à precipitação elevada da região, favorece a migração dos compostos orgânicos ligados a formas pouco cristalinas de Fe e Al. As descontinuidades sedimentológicas representam um fator dominante na gênese dos solos da várzea do Rio Môa. Estes solos apresentam evidências da presença de minerais 2:1 com hidroxi entrecamadas nos horizontes subsuperficiais.Item Mapeamento de Muçunungas no sul da Bahia e norte do Espírito Santo utilizando técnicas de sensoriamento remoto(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-28) Brito, Carolina Ramalho; Sarcinelli, Tathiane Santi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764358Z9; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/1612780667541844; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9; Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785Em áreas de domínio da Formação Barreiras na região sul da Bahia e norte do Espírito Santo ocorre um tipo de ambiente diferenciado em termos de vegetação e características edáficas, denominado regionalmente de Muçununga. São encontradas principalmente sobre Espodossolos, ecologicamente únicas em função das adaptações às condições de pobreza nutricional do solo, com espécies tolerantes a extremos de excessos e falta de água, e ainda representam um dos ecossistemas associados à Mata Atlântica. Esse trabalho teve como objetivos: 1) avaliar o desempenho dos classificadores da Máxima Verossimilhança e Support Vector Machine e a contribuição de diferentes composições de bandas multiespectrais, do índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI), e da análise de componentes principais das imagens do sensor TM/Landsat5 para a separação de feições das muçunungas. 2) Avaliar as classificações supervisionadas para a separação de feições de muçununga, tendo como referência a classificação visual. 3) Avaliar o padrão de distribuição, o tamanho, frequência e densidade das muçunungas na região. Foram adquiridas nove cenas do satélite/sensor Sensor TM/Landsat5-TM (Thematic Mapper) da órbita 215, pontos 71, 72 e 73 do dia 29/05/2006; da órbita 216, pontos 71, 72 e 73 do dia 19/07/2007 e da órbita 215, pontos 71, 72 e 73 do dia 27/08/2007 com resolução espacial de 30 metros, que englobam desde o município de Linhares- ES até Prado-BA divididas em três áreas: região litorânea do Espírito Santo, região litorânea da Bahia e região do interior de ambos os estados. Além disso, foram disponibilizados pela empresa Fibria Celulose três mosaicos de imagens do satélite Rapideye com as devidas correções radiométricas e geométricas. As classes de uso do solo foram estabelecidas de acordo com o conhecimento prévio da área. Foram coletadas 75 amostras de treinamento para cada classe estudada e as amostras de validação foram obtidas a partir de base de dados de uso do solo fornecida pela Fibria Celulose. Foi realizada a combinação de dez bandas: seis bandas do Sensor TM/Landsat5 (bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7), uma do índice de vegatação NDVI e as três primeiras componentes principais. Para a classificação supervisionada do algoritmo MaxVer, as bandas foram agrupadas em combinações de uma até 10 bandas perfazendo um total de 1023 combinações, processadas no software ArcGIS10.1. A classificação supervisionada do algoritimo Support Vector Machine foi realizada no software Envi, testando as dez melhores combinações geradas no MaxVer de cada uma das três áreas estudadas. A avaliação da exatidão das classificações foi realizada a partir das matrizes de confusão que foram obtidas pelo cruzamento dos mapas temáticos, resultantes da classificação. A região foi dividida em faixas de 10 km de extensão a partir do litoral em direção ao interior dos estados da Bahia e do Espírito Santo. Nestas faixas, analisaram a percentagem e a área de muçunungas. Também foram analisados quatro recortes da região na direção leste/oeste, com objetivo de analisar a distribuição, a frequência e a densidade das muçunungas na região. A partir dos resultados das classificações, o desempenho do classificador Support Vector Machine (SVM) pode ser considerado satisfatório. Entretanto, classificador MaxVer obteve melhores resultados para as três regiões analisadas. As áreas classificadas como Muçununga confundiram-se com outras classes tais como pastagem, eucalipto, mata, corpo d agua devido às características espectrais desse enclave vegetacional. O mapa temático produzido pela classificação supervisionada da melhor combinação em cada região, utilizando o algoritmo Maxver, atingiu índice Kappa de 0,91 no Espírito Santo; 0,90 na Bahia e 0,81 na região do interior. A combinação de uma e duas bandas obtiveram resultados inferiores enquanto que os melhores resultados foram com combinações de 6 a 8 bandas. O uso do índice de vegetação normalizada (NDVI) promoveu melhora no índice Kappa, mas o incremento é mais notável na classificação obtida a partir da combinação destes com as bandas do visível. A utilização das componentes principais não representou aumento representativo na acurácia das classificações, exceto para aquelas que só apresentavam bandas do visível. A distribuição das muçunungas apresentou um padrão heterogêneo, pois aumenta sua ocorrência à medida que se distanciava do litoral até 40 km. A partir do kilometro 50 até aos 80 houve um decréscimo explicado pela aproximação do Embasamento Cristalino. Foram mapeadas 2254 áreas de muçunungas em toda a região, a partir da imagem satélite Rapideye. Assim, são cerca de 9,08% da região mapeada com presença de muçunungas. Apesar da percentagem baixa de muçunungas, a quantidade delas é representativa na região e a maioria delas são menores que cinco hectares. Assim, fazem-se necessários esforços para se conhecer a distruibuição espacial das muçunungas, no sentido de gerar subsídios para a conservação dos remanescentes.Item Mapeamento digital de solos e modelagem da recarga hídrica na Bacia do Rio Doce, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-27) Souza, Eliana de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/9050394316046141; Santos, Gérson Rodrigues dos; http://lattes.cnpq.br/0674757734832405; Carvalho Júnior, Waldir de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700936P6A avaliação quantitativa de recursos pedológico e hídrico é uma medida importante para a adoção de práticas sustentáveis e eficientes de uso e manejo dos recursos. Dados climatológicos e pedológicos são, geralmente, coletados de forma pontual e, para muitas áreas o número de locais para os quais se tem informações é, quase sempre insuficiente para alimentar modelos de predição. Para suprir a escassez e a descontinuidade espacial de informações de solo e de água tem-se utilizado modelos para estimar certas propriedades e atributo, a partir de outras de mais fácil obtenção. Os modelos preditivos empregam uma variedade de técnicas e métodos para geração de informações no formato discreto e contínuo. Este trabalho teve como objetivo geral a geração de funções de pedotrasnferencia para estimar a densidade do solo e o conteúdo de água no solo e, a avaliação da predição espacial de atributos do solo e do balanço e hídrico na Bacia do Rio Doce, localizada no Estado de Minas Gerais. No Capítulo 1, avaliou-se a predição espacial dos atributos dos solos: carbono orgânico, argila e capacidade de troca catiônica (CTC). O estudo teve o objetivo de avaliar o desempenho de modelos de predição, a partir de mapas de solos gerados por método convencional e, mapa de solos gerado por Regressão Logística Multinomial. Foi utilizado um conjunto de covariáveis composto por mapas derivados de modelo de elevação do terreno, de imagens de satélite e mapas de classes dos solos do mapeamento convencional e avaliado o desempenho do método geoestatístico de Regressão-krigagem para a predição espacial. No Capítulo 2, realizou-se a modelagem da recarga hídrica na Bacia, para um período de dois anos hidrológicos (09/2007 - 09/2009). O balanço hídrico foi calculado pelo modelo de balanço hídrico sequencial diário, BALSEQ. As variáveis do balanço hídrico; evapotranspiração, escoamento superficial, infiltração profunda e precipitação, foram espacialmente preditas. No Capítulo 3, foram ajustadas funções de pedotransferência (FPTs) por Regressão Linear Múltipla para densidade do solo, conteúdo de água em quatro potenciais e, capacidade de água disponível para as plantas. As FPTs foram geradas para dados agrupados por horizonte, por classe de solo e por grupamentos texturais. Comparações entre os resultados obtidos e aqueles apresentados por FPTs compiladas na literatura foram realizadas. Os resultados do Capitulo 1 mostraram a importância do mapa de solos do mapeamento convencional para as abordagens de mapeamento digital de solos. Verificou-se a necessidade de aumentar a amostragem da argila e da CTC, e a obtenção de covariáveis com maior correlação com esses atributos para melhorar o desempenho do modelo de predição espacial. Os modelos de predição do carbono orgânico apresentaram bom desempenho com melhores resultados quando se utilizou o mapa de solos do método convencional juntamente com outras covariáveis. A estimativa e espacialização do balanço hídrico realizadas no Capítulo 2 possibilitam melhor entendimento da recarga do aquífero livre na bacia e geraram cenários que podem ser utilizados no zoneamento da bacia para uso e manejo dos solos e água. No Capítulo 3, verificou-se bom poder preditivo das FPTs desenvolvidas com os dados levantados na Bacia, e melhor desempenho dessas funções em relação àquelas compiladas da literatura. As informações geradas com as funções propostas são de disponibilidade escassa e têm grande importância como variáveis de modelos de estudos ambientais, podendo ser usadas para alimentar modelos de predição espacial. De forma geral, o trabalho contribui com a geração de informações sobre os solos e a dinâmica hídrica na Bacia que possibilitam estudos relacionados às mudanças climáticas a partir de medidas do estoque de carbono no solo, da oferta hídrica e da distribuição espacial de atributos e classes dos solos.Item Mapeamento digital de solos por correlação ambiental e redes neurais em uma bacia hidrográfica no Domínio de mar de morros(Universidade Federal de Viçosa, 2006-09-13) Chagas, César da Silva; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Vieira, Carlos Antonio Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728250D0; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2; Carvalho Júnior, Waldir de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700936P6; Brites, Ricardo Seixas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788592U7Os levantamentos de solos tradicionais vêm sendo muito criticados por serem caros, demorados e não apresentarem adequadamente as informações demandadas pelos diferentes usuários. Desta maneira, é preciso que os cientistas de solos busquem, através de pesquisa e adoção de novas técnicas, meios para torná-los mais rápidos, menos custosos e mais quantitativos, adequando-se às necessidades dos usuários modernos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a utilização de atributos do terreno e dados de sensores remotos em uma abordagem por redes neurais para a predição de classes de solos em uma região montanhosa do Domínio de mar de morros e Alinhamentos serranos no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Como a abordagem utilizada é grandemente influenciada pelos atributos do terreno derivados de um modelo digital de elevação (MDE), inicialmente foi realizada uma avaliação quantitativa e qualitativa de diferentes MDEs para subsidiar a escolha do modelo mais adequado para derivar estes atributos, que posteriormente foram utilizados na predição das classes de solos pelas redes neurais. A raiz quadrada do erro médio quadrático (RMSE), normalmente utilizado para medir a qualidade de MDEs, isoladamente, não foi suficiente para definir, entre os modelos testados, qual apresentava melhor qualidade. Assim, a análise qualitativa identificou que o MDE CARTA obtido com a utilização do módulo TOPOGRID é superior aos demais, pois estes apresentaram artefatos e erros grosseiros que foram facilmente detectados por esta análise. Em seguida, foi realizado o estudo das relações geomorfopedológicas na área estudada. Dentre os atributos do terreno, elevação, declividade, aspecto e plano de curvatura são os que mais se correlacionam com a distribuição dos solos, e a sua utilização facilitou a identificação das diferentes interações que ocorrem na área. A mudança textural abrupta, que está presente nos solos derivados dos migmatitos e milonitos gnaisses e ausente nos desenvolvidos dos granulitos noríticos, é a diferença mais marcante entre os solos originados destas rochas. Variações microclimáticas determinadas pelo aspecto foram importantes na diferenciação dos solos das encostas convexas, independente do tipo de material de origem. Assim, os solos derivados dos granulitos noríticos, que ocorrem nas encostas noroeste e nordeste (vermelhos) e sudoeste (vermelho-amarelos), que são mais quentes e secas, são eutróficos e sem horizonte B latossólico em profundidade (Argissolo típico), enquanto os das encostas voltadas para sudeste (relativamente mais frias e úmidas) são vermelho-amarelados, distróficos e com horizonte B latossólico em profundidade (Argissolo latossólico). Nos solos derivados dos migmatitos e milonitos gnaisses, a única diferença encontrada foi a presença de horizonte Bw abaixo do Bt nas encostas voltadas para sudeste (Argissolo abrúptico latossólico). Finalmente, foi utilizada uma abordagem por redes neurais para a predição de classes de solos. Nesta avaliação, baseada no clássico conceito solo-paisagem, foram testadas diferentes combinações entre as variáveis discriminantes: geologia, elevação, declividade, aspecto, plano de curvatura, índice de umidade (CTI) e três índices derivados de uma imagem do sensor ETM+ do Landsat-7, quanto à capacidade de discriminação das classes de solo. Dentre os conjuntos de variáveis testados os melhores resultados foram obtidos quando os atributos do terreno e os índices do sensor ETM+ do Landsat-7 foram utilizados, tanto para a área dos granulitos noríticos, quanto para a área dos migmatitos e milonitos gnaisses. O classificador baseado nas redes neurais produziu uma maior exatidão do que o classificador clássico da máxima verossimilhança e os mapas produzidos por estes classificadores mostraram uma baixa concordância entre si, assim como com o mapa de solos convencional. A comparação com pontos de controle de campo mostrou que o mapa produzido pela abordagem por redes neurais obteve um desempenho superior (70,83% de concordância) aos mapas produzidos pelo método convencional (52,77%) e pelo maxver (50,69%). O presente estudo mostrou que a utilização dos atributos do terreno e dos dados de sensores remotos em uma abordagem por redes neurais pode contribuir grandemente para tornar o mapeamento de solos no Brasil mais científico, quantitativo e confiável.Item Monodominância de aroeira: fitossociologia, relações pedológicas e distribuição espacial em Tumiritinga-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-27) Oliveira, Felipe Pinho de; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/1400027817105905; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9O quadro de avançada degradação ambiental na região do médio rio Doce mineiro é atribuído por diversos autores à prática da pecuária extensiva somada às interações edáficas, climáticas, geomorfológicas e antrópicas. Como agravante da degradação na região, alguns pesquisadores começar a chamam a atenção para a expansão de fragmentos monodominados pela espécie florestal aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All.). Paralelo ao quadro de expansão de áreas monodominadas pela aroeira no médio Rio Doce, a espécie aparece na lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçada de extinção na categoria vulnerável desde 1992 até o presente. Em contrapartida a Portaria Normativa n° 83 de 26 de setembro de 1991 do IBAMA, permite a exploração da espécie em florestas secundárias, mediante plano de manejo florestal. Percebe-se que a falta de conhecimento sobre os fragmentos monodominados por aroeira acarreta na insegurança dos operadores do direito no que tange a autorização de intervenção nestes ambientes, seja esta visando a recuperação de áreas degradadas ou o manejo sustentável destes fragmentos. Na busca de elucidar algumas questões sobre as áreas sob monodominância de aroeira, este trabalho teve por objetivos principais caracterizar a composição florística, a estrutura horizontal e a estrutura paramétrica de povoamentos florestais sob monodominância de Myracrodruon urundeuva em Tumiritinga-MG; avaliar a existência de correlação entre atributos químicos e físicos do solo e a expansão de povoamentos monodominados pela aroeira; avaliar o desempenho do classificador da maximaverossimilhança e do classificador de redes neurais artificiais para mapear áreas ocupadas por fragmentos de aroeira em monodominância no município de Tumiritinga-MG; e avaliar o potencial de uso de dados de sensores remotos a bordo dos satélites Landsat TM-5 e Rapideye para o mapeamento de áreas monodominadas por aroeira. Para tanto o município de Tumiritinga foi amplamente percorrido, registrando com aparelho GPS de navegação e fotografias as formas de uso do solo predominantes no município, em especial os aroeirais . Dezesseis parcelas de inventário florestal foram distribuídas ao longo do município representando a diversidade de ambientes onde os aroeirais se manifestam. Nas parcelas de inventário foram registradas as circunferências, a altura total e a identificação botânica de todos os indivíduos com CAP > 15,7 cm. A partir dos dados foram feitas as análises de estrutura horizontal, estrutura paramétrica e florística dos fragmentos monodominados por aroeira no município de Tumiritinga utilizando o software Mata Nativa 2.0. Em onze das dezesseis parcelas de inventário, três amostras indeformadas compostas de solo foram coletadas e três amostras deformadas simples de solo foram coletadas de forma aleatória dentro das parcelas. Para cada fragmento foi selecionado uma pastagem adjacente de onde foram coletadas três amostras indeformadas simples de solo e três amostras deformadas compostas de solo, totalizando 33 amostras de solo sob aroeirais e 33 amostras de solo sob pastagens. A partir das amostras de solos foram realizadas as seguintes análises químicas: pH em H2O; teores de Ca2+, Mg2+, K+, Al3+, Na+ trocáveis; P disponível; H + Al; SB; t; T; V; m; MOS e ISNa; e as seguintes análises físicas: textura, Dp, Ds, Pt, Pmic, Pmac, Ko e retenção de água na capacidade de campo (-10 kPa) no ponto de murcha permanente (-1.500 kPa) e nas tensões equivalentes de -300 kPa e -500 kPa. Para avaliar a hipótese de igualdade entre as médias dos parâmetros químicos e físicos obtidos nos sistemas de monodominância de aroeira e de pastagem, foi aplicado o teste t para amostras independentes, a 5% de significância. Para a classificação da imagem Rapideye foram avaliados dois métodos de classificação supervisionada, a classificação pelo algoritmo da maximaverossimilhança e a classificação por Redes Neurais Artificiais. Foram testadas 19 combinações envolvendo bandas, componentes principais e o índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI). O treinamento da rede foi realizado por tentativa e erro. Para a classificação da imagem Landsat foi utilizado o algoritmo da máximaverossimilhança e foram testadas 10 combinações envolvendo bandas, componentes principais e o NDVI. A avaliação dos mapas temáticos produzidos foi realizada através dos coeficientes Kappa e Kappa condicional para a classe de uso do solo aroeira . A estrutura horizontal e a análise florística de fragmentos florestais inventariados no município de Tumiritinga MG comprovam a ocorrência monodominante da espécie florestal aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All) na região de estudo. A monodominância de aroeira é caracterizada por baixa diversidade de espécies e dominância refletida em 96% dos indivíduos amostrados, 96% da área basal medida e 96% do volume total de madeira estocado. Os parâmetros químicos K+, Ca2+, Mg2+, SB, T e t diferiram significativamente entre os sistemas pastagem e monodominância de aroeira, sendo os valores de todos os parâmetros superiores no sistema monodominância de aroeira. Os parâmetros físicos Dp, Pmic, Pt e teor de silte diferiram significativamente entre os sistemas pastagem e monodominância de aroeira, sendo os valores de Dp, Pmic e Ptot maiores em solos sob monodominância de aroeira e o teor de silte superior nas pastagens. O melhor resultado encontrado para a classificação da imagem Rapideye foi obtido pelo algoritmo da maximaverossimilhança que apresentou coeficiente Kappa igual a 80 e Kappa condicional 90. Para a imagem Landsat os coeficientes Kappa e Kappa condicional para a classe Aroeira foram respectivamente 80 e 76. Através dos mapas temáticos produzidos observou-se que 22% do município de Tumiritinga, 10.6758 ha, se encontra sob ocupação da aroeira em monodominância. Dado a dimensão que os povoamentos monodominados por aroeira ocupam na paisagem, as implicações que a monodominância da aroeira impõe sobre a biodiversidade, sob a conservação dos solos, e sob a sustentabilidade dos agroecossistemas locais, fazem-se necessários estudos complementares que busquem esclarecer os mecanismos edáficos e ecológicos envolvidos na manutenção e expansão das áreas monodominadas por aroeira. O conhecimento dos processos condicionantes deste sistema poderá subsidiar a elaboração de planos de manejo florestal sustentável que, conciliando a produção madeireira e não madeireira sejam capazes de aumentar a produtividade e a renda do produtor rural.Item Muçunungas: enclaves de vegetação arenícola na Floresta Atlântica de Tabuleiro(Universidade Federal de Viçosa, 2010-04-20) Sarcinelli, Tathiane Santi; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764358Z9; Meira Neto, João Augusto Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728376H9; Saporetti Junior, Amilcar Walter; http://lattes.cnpq.br/9178041581092599As muçunungas constituem enclaves de vegetação savânica e florestal inseridos em áreas peculiares dos Tabuleiros Costeiros, onde processos pedogenéticos resultaram em arenização do solo. Este trabalho foi realizado em duas áreas de Muçununga nos municípios de Caravelas e Alcobaça, sul do estado da Bahia. Em Caravelas, a área de estudo, denominada Juerana, está localizada a aproximadamente 35 km do mar em linha reta. Nesta área, seis ambientes de muçununga e plantios de eucalipto foram separados: (i) Muçununga florestada; (ii) Borda da Muçununga florestada; (iii) Muçununga arborizada aberta (iv) Muçununga graminóide; (v) Plantio de eucalipto na borda da Muçununga graminóide e (vi) Plantio de eucalipto sobre solo típico dos Tabuleiros Costeiros. Já a área do município de Alcobaça, denominada Aparaju, encontra-se adjacente à Restinga, à aproximadamente 10 km do mar. Nesta área, foram separados cinco ambientes: (i) Muçununga gramíneo-lenhosa; (ii) Capão de Muçununga florestada; (iii) Borda da Muçununga florestada; (iv) Muçununga florestada; (v) Plantio de eucalipto sobre solo típico dos Tabuleiros Costeiros. A tese foi dividida em cinco capítulos. No Capítulo I foi testada a hipótese de que variações nas fitofisionomias de Muçununga estão relacionadas a diferentes propriedades do solo. Foram descritos os gradientes de solos de Juerana e Aparaju, caracterizando os solos e determinando as alterações em suas propriedades como resultado dos processos de podzolização e translocação de argila. Em cada pedoambiente foi descrito um perfil de solo e foram abertas duas trincheiras adicionais para coleta de amostras de solo de 20 em 20 cm até a profundidade de um metro. As amostras de solo foram submetidas a análises físicas e químicas. Foram realizados testes de correlação por postos de Spearman entre as propriedades dos solos e as camadas de profundidade em cada pedoambiente, e foi obtida a correlação entre estas propriedades para Espodossolos e Argissolos, em diferentes profundidades. De maneira geral, os solos dos gradientes são arenosos, distróficos, ácidos e álicos, com maior concentração de nutrientes à superfície. A matéria orgânica assume importante papel na capacidade de troca catiônica destes ambientes oligotróficos e arenosos das Muçunungas, e o acúmulo de carbono orgânico nos horizontes espódicos apresenta correlação com maiores teores de argila. As formações graminóides, gramíneo-lenhosas e a muçununga arborizada aberta ocorrem nos locais onde o processo de podzolização foi mais intenso, ao passo que as muçunungas florestadas ocorrem sobre Espodossolos ou Argissolos mais profundos, ou sobre solos transicionais, com teores de argila maiores em subsuperfície. No Capítulo II, foram testadas as seguintes hipóteses: (i) os térmitas alteram as propriedades físicas e químicas dos solos na construção de seus montículos, agindo seletivamente; e (ii) a ação seletiva dos térmitas é maior em solos mais pobres e arenosos. Em cada ambiente de Muçununga, foram coletadas amostras de solo superficial e da parede externa de montículos, com cinco repetições cada. As amostras foram submetidas a análises físicas e químicas de solo e foram testados modelos de regressão entre o acréscimo ou decréscimo das variáveis de solo nos montículos (delta) com relação à quantidade existente no solo superficial. Os teores de argila, silte, bases, fósforo, fósforo remanescente, carbono orgânico, bem como a capacidade de troca catiônica efetiva e total e a acidez potencial foram, de maneira geral, maiores nos montículos que nos solos superficiais dos ambientes estudados. Por outro lado, a saturação por alumínio foi significativamente menor nos montículos da maioria dos ambientes. Houve maior acréscimo do teor de argila, carbono orgânico, fósforo, soma de bases e alumínio trocável nos montículos em relação aos solos superficiais quando estes solos possuíram menores valores destas variáveis, demonstrando que existe maior ação seletiva dos térmitas em solos mais pobres e arenosos. Conclui-se que os cupins atuam melhorando as propriedades edáficas nos ambientes arenosos estudados, representando verdadeiros engenheiros de ecossistemas arenícolas. O Capítulo III teve como foco cinco ambientes de Muçununga florestada das duas áreas de estudo. Foram testadas as seguintes hipóteses: (i) as muçunungas florestadas adjacentes às restingas apresentam diversidade florística distinta daquelas circundada pela Floresta de Tabuleiro; (ii) a Muçununga florestada é floristicamente mais relacionada com a Floresta de Restinga do que com a Floresta Atlântica. Em cada ambiente, foram plotadas três parcelas de 20×20 m. Foi avaliada a estrutura da vegetação, a composição florística e aos índices de diversidade de Shannon-Weaver e de equabilidade de Pielou nos ambientes de Aparaju e Juerana, e foi realizada análise de similaridade florística de Sørensen entre estes ambientes e outros ecossistemas florestais. As muçunungas arbóreas adjacentes às restingas apresentam diversidade florística similar àquelas circundadas pela Floresta de Tabuleiro. A análise de similaridade entre as vegetações separou as áreas de Juerana e de Aparaju, que apresentaram 41% de similaridade, significando que existe uma heterogeneidade florística entre as manchas de vegetação estudadas. Ademais, apesar da flora da muçununga florestada possuir maior similaridade com áreas de Floresta de Restinga, o nível de similaridade é baixo, significando que as muçunungas arbóreas apresentam flora diferenciada. O Capítulo IV visa testar a hipótese de que as muçununga não florestadas são floristicamente mais relacionadas com as restingas que com os campos rupestres. Para testar esta hipótese, os três ambientes de Muçununga não florestada foram comparados floristicamente com outras formações não florestais de Muçununga e Restinga, e com áreas de Campo Rupestre. Para o estudo da estrutura da comunidade, foi utilizada a escala de valor de cobertura de Braun-Blanquet. As espécies identificadas foram classificadas quanto à forma de vida de Raunkiaer. As famílias com maior riqueza específica foram Melastomataceae, Asteraceae, Cyperaceae e Poaceae. Em todos os ambientes predomina a forma de vida caméfita. A análise de similaridade apresentou três grupos principais, demonstrando maior similaridade das muçunungas não florestadas com áreas de Restinga. Porém, esta similaridade é baixa, levando a concluir que apesar da proximidade das áreas de Muçununga com algumas áreas de Restinga e de características edáficas e ambientais similares, as muçununga não florestadas constituem um ecossistema diferenciado. Finalmente, no Capítulo V, foi realizada uma análise de correspondência canônica (CCA) entre as parcelas das Muçunungas florestadas e variáveis de solo. Foi coletada uma amostra de solo superficial (0-10 cm) por parcela. As amostras de solo foram submetidas a análises físicas e químicas de rotina. A CCA final foi rodada com as variáveis teores de cálcio (Ca2+), fósforo (P), alumínio trocável (Al3+) and organic carbon, e a capacidade de troca catiônica total. Com as mesmas variáveis, foi realizada uma nova CCA incluindo a distância dos ambientes estudados da linha da costa. O teste de permutação de Monte Carlo foi utilizado para verificar a significância das correlações espécie-ambiente. Apesar dos solos superficiais apresentarem em geral textura arenosa, pH fortemente ácido, baixa fertilidade e caráter álico, alguns grupos de espécies se correlacionaram à maior capacidade de troca catiônica total, maiores teores de carbono orgânico, Ca2+ e Al3+. Contudo, a CCA realizada incluindo a distância do mar explicou maior parte da variância total, contribuindo de forma mais significativa que as variáveis edáficas isoladamente para a distribuição e abundância de espécies arbóreas nas muçunungas florestadas.Item Representatividade ambiental e fragmentação florestal em áreas dominadas por plantios homogêneos: uma proposta para o arranjo espacial de fragmentos florestais(Universidade Federal de Viçosa, 2006-05-08) Sarcinelli, Tathiane Santi; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764358Z9; Marco Junior, Paulo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723007A6; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5Este trabalho apresenta um estudo da paisagem de áreas florestais dominadas por plantios homogêneos de eucalipto e florestas nativas. Os objetivos foram avaliar a configuração espacial e a heterogeneidade fisiográfica e pedológica de fragmentos florestais nativos e estabelecer cenários de arranjo destes fragmentos de forma a maximizar a representatividade ambiental da paisagem e com isso as chances de preservação do mais vasto espectro possível da fauna e flora, tendo em vista a escassez de metodologias científicas para alocação de áreas para preservação de fácil implementação, baixo custo e que maximizem a representatividade da diversidade ambiental da paisagem. As hipóteses testadas foram: (i) a distribuição dos fragmentos de floresta nativa é não aleatória, podendo não representar toda a diversidade ambiental da paisagem; (ii) a alocação criteriosa de áreas de Reserva Legal pode melhorar a representatividade ambiental. O teste de Qui-Quadrado retornou valores significativos para todas as características de relevo e solos analisadas ao nível de 5% de probabilidade, denotando que a distribuição dos remanescentes de floresta nativa é não-aleatória, dependendo das características fisiográficas e pedológicas analisadas. Em linhas gerais, as florestas nativas encontram-se associadas principalmente a áreas mais baixas, mais declivosas, a terraços e planícies fluviais, encostas côncavas, encostas voltadas para o S e SE, Neossolos Litólicos, Cambissolos Háplicos mais rasos e Cambissolos Flúvicos. Observaram-se fragmentos de floresta nativa muito alongados, localizados principalmente ao longo dos cursos d água, proporcionando em alguns casos conexão entre outros fragmentos. Como regra geral, os maiores fragmentos são os que possuem áreas mais irregulares, justamente pelo fato destes acompanharem a drenagem. O algoritmo elaborado para geração de cenários oferece a opção de se alocar Reservas Legais nas bordas de florestas nativas já existentes, da mesma forma que retirá-las nas bordas, ou apenas adicioná-las em qualquer local dentro dos eucaliptais, proporcionando a diminuição na discrepância entre o esperado e o observado de florestas nativas nas características de relevo e solos analisadas e assim otimizando a representatividade ambiental. Observou-se que os cenários sem restrição de borda ocasionaram o aparecimento de fragmentos mais alongados e com menores áreas centrais que aqueles de alocação restrita à borda. Os cenários propostos podem auxiliar a tomada de decisão na definição de áreas prioritárias para conservação no contexto atual de distribuição dos fragmentos de floresta nativa tomando por base a representatividade ambiental da paisagem.Item Solos carbonático-fosfáticos do Platô de Irecê, BA: gênese, mineralogia e geoquímica(Universidade Federal de Viçosa, 2010-04-19) Paiva, Arlicélio de Queiroz; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Souza, Luciano da Silva; http://lattes.cnpq.br/5332437579093392; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/6197833308906968; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7O Platô de Irecê está localizado em uma região semiárida do Centro Norte do Estado da Bahia e possui rochas calcárias que foram depositadas durante o Neoproterozóico (Pré-Cambriano). Em muitos pontos do platô, essas rochas ocorrem em associação com rochas fosfáticas e mineralizações sulfetadas de Fe, Zn e Pb na forma de diversos gossans, originadas por hidrotermalismo. Processos geomorfológicos que ocorreram durante o Cenozóico contribuíram para o aplainamento da região e deposição em posições mais baixas da paisagem, do calcário secundário conhecido como calcário Caatinga que foi originado a partir da dissolução dos calcários do platô. A alta fertilidade natural dos solos do Platô de Irecê contribuiu para que essa região se tornasse uma das áreas agrícolas mais importantes do Nordeste. Os resultados do estudo da gênese dos solos permitem concluir que o intemperismo ocorrido em fases pretéritas mais úmidas foi o fator preponderante para a formação de Latossolos ou de Cambissolos com características latossólicas, nas áreas estudadas no Platô de Irecê; nos locais de influência do gossan, a drenagem ácida foi um fator adicional que contribuiu com o aprofundamento ainda maior do perfil, já que estas áreas fraturadas e mineralizadas com sulfetos constituem zonas preferenciais de remoção de solutos. Os altos teores de CaCO3 dos solos do Platô de Irecê influenciam em características importantes dos solos, como estrutura e textura. Os solos originados do gossan apresentaram os maiores valores de Fe2O3. O índice Ki (relação molecular SiO2/Al2O3) da argila maior que 2,2, considerado para identificar Cambissolos, não se aplica aos Cambissolos calcários do Platô de Irecê; outros critérios, como a CTC > 17 cmolc kg-1 e a atividade de argila, são compatíveis com a classificação como Cambissolos. O Platô de Irecê passou por um período pretérito úmido, com intensa remoção de sílica que resultou na transformação de minerais 2:1 em 1:1, e por um período seco, mais recente, semelhantes às condições atuais, compatível com a baixa substituição isomórfica detectada do Fe pelo Al. O estudo da mineralogia dos solos calcários demonstrou que a ocorrência do mineral calcita na fração areia foi condicionada a ambientes com cotas de menor altitude, onde ocorreram aportes de sedimentos calcários ou em áreas de dolinas quando a altitude é mais elevada. A calcita e dolomita presentes na fração argila foram resultantes da precipitação dos carbonatos que foi favorecida pelas condições geoambientais da região. O quartzo foi o único mineral presente nas três frações de todos os perfis, sendo que nas frações argila e silte sua origem está relacionada à neoformação, enquanto que na fração areia tem origem da rocha matriz. A caulinita é o mineral mais comum na fração argila nos solos do Platô de Irecê. O estudo da mineralogia dos solos originados do gossan, feito por meio de difratometria de raio-X e por mapas e análises microquímicas em microscopia eletrônica de varredura (MEV/EDS), revelou a presença de plumbogumita e fosfoferrita que são minerais fosfatados de ocorrência pouco comum em solos. A extração sequencial de fósforo em solos desenvolvidos sob influência de rochas fosfáticas demonstrou que, dentre as formas inorgânicas de P nos solos do Platô de Irecê, estabeleceu-se a seguinte ordem: P-Ca > P-Fe/Al > P-lábil; o Cambissolo Háplico Tb eutrófico latossólico (perfil P8), utilizado como solo de referência de área externa à mineralização, também apresentou valores elevados de P-lábil no horizonte superficial, indicando a redistribuição do material transportado a partir da área de mineralização fosfática. Os solos da sequência analisada apresentaram comportamento diferenciado de solos não calcários do semiárido nordestino, como observado pelo maior teor de carbonato de cálcio, que proporcionou maiores teores de P-Ca e menor P-residual em relação ao P-total. Os resultados da análise de metais pesados em solos desenvolvidos sob influência do gossan revelam que o Cambissolo Háplico Tb eutrófico latossólico (P6) apresenta uma forte anomalia para Zn, Pb e Cr, que pode levar ao comprometimento da qualidade desse solo e apresentar riscos potenciais para o homem e para o meio ambiente; os teores totais de Mn foram maiores para solos dentro da área do gossan, demonstrando que o intemperismo das mineralizações sulfetadas pode ter contribuído com o aporte desse elemento no solo. O perfil P8, utilizado como solo de referência de área externa ao gossan, também apresentou valores elevados de Zn, Pb e Cr, indicando que ocorreu uma redistribuição lateral do material, possivelmente pela pedimentação em uma fase semiárida mais severa, que gerou a superfície de aplainamento do Platô de Irecê.Item Solos, ambiente e dinâmica climática da camada ativa na Peninsula Potter, Antártica Marítima(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-29) Poelking, Everton Luís; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/0442353211173400; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4; Vieira, Gonçalo Brito Teles GuapoNeste trabalho foram investigadas as principais propriedades físicas e químicas dos criossolos a fim de classificar e mapear os solos segundo WRB; relacionar as características dos geoambientes e distribuição das comunidades vegetais nas áreas livres de gelo da Península Potter; investigar a dinâmica climática na região e relacionar com a dinâmica termal de temperatura e umidade dos criossolos na Ilha Rei George, Antártica Marítima. Com levantamento de 18 perfis de solos em 2008 foram realizadas análises físico-químicas a fim de caracterização e classificação destes solos pela WRB. O mapa de geomorfologia da península foi utilizado como base para mapeamento das classes de solos. O mapeamento da vegetação foi obtida pela classificação de uma imagem Quickbird. Foi também analisada a variabilidade intra-sazonal da temperatura do ar relacionada com as taxas de mudança de recuo da geleira polar Club, através de uma série de nove cenas de imagens de satélite Landsat e dados de temperatura atmosférica 1986-2010 da estação Climatológica de Jubany. Com base em dados pontuais de terreno, técnicas de detecção remota e ferramentas SIG, foram analisadas a distribuição espacial das comunidades vegetais da Península Potter, bem como os fatores condicionantes. Por fim foram relacionar os dados de temperatura e umidade dos solos com dados climáticos da região para elucidar o comportamento da dinâmica termal da camada ativa em relação a alterações climáticas. Em geral os solos de Potter apresentam pouco desenvolvimento físico, químico e morfológico, com características muito semelhantes ao material de origem. A influência da atividade da avifauna contribui para formação de solos ornitogênicos. Apesar de responderem por pequenas manchas restritas à atividade da avifauna, representam maiores teores principalmente de P, C e N. Comunidades vegetais na Península Potter ocupam 23% da área livre de gelo, ocupando posições de paisagem diferente, mostrando diminuição da diversidade e biomassa a partir da zona costeira para áreas do interior da península, onde as condições sub deserto prevalecem. Há uma dependência clara entre relevo e solos com vegetação, solos com maior umidade ou ácido mal drenados, com pH neutro são favoráveis para subformações de musgos; de solos ornithogenicos ricos em matéria orgânica, próximos às colônias de pingüins têm uma maior biomassa e diversidade, com as associações de musgos e gramíneas; felseenmeers estável e superfícies rochosas planas crioplanadas são os locais preferidos para Usnea e Himantormia lugubris. Subformações Líquenes e musgos cobrem a maior área com vegetação em ambientes variados. Os resultados da série temporal de temperaturas do ar mostraram um recuo consistente ao longo dos últimos 22 anos da frente polar Glaciar Club, resultou em um aumento de 120,47 ha de área livre de gelo em Potter. Durante o período de 25 anos estudados, houve aumento na temperatura de 1,64 ºC nas temperaturas no outono, 1,58 ºC das temperaturas na Primavera, 0,7 ºC no inverno e 0,47 ºC no verão. As influências da temperatura atmosférica no recuo da geleira demonstrar atraso de cerca de um ano. Apesar das evidências de aumento da temperatura média do ar nas últimas décadas na região, a retração na frente da geleira Polar Club apenas com a série de temperaturas atmosféricas, não é suficiente para explicar a variação observada para a frente da geleira em Potter. O método do Valor Informativo indica uma capacidade preditiva do modelo da ordem de 89% para classes de Algas e de 87% para classe de musgos e gramíneas. As demais classes: Musgos, Liquens, e Liquens e Musgos tiveram também resultados satisfatórios com capacidade preditiva de 79, 78 e 71% respectivamente. Deste modo, poder-se afirmar que o modelo possui uma boa capacidade preditiva. Os quatro sítios estudados encontram-se em uma faixa de altitude que varia de 45 a 89 m, porém a dinâmica termal no período estudado mostrou ligeiras diferenças devido as características específicas de cada solo influenciaram neste comportamento. Apesar de encontrar-se em zona de permafrost contínuo, apenas dois sítios (S1 e S2) demostraram presença possivelmente já nos primeiros 100 cm de profundidade. Os resultados apresentados neste trabalho poderão subsidiar futuros investigações com modelagem da dinâmica termal da camada ativa e seu comportamento em longo prazo.Item Zoneamento agroclimático para cultura do pinhão manso no estado de Minas Gerais em cenários de mudança climática(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-21) Toledo, Cristiane Campos; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Fernandes, Elizabeth Nogueira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798441H2; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/5876044046404613; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Amorim, Marcelo Cid de; http://lattes.cnpq.br/6751596179638247O presente trabalho teve como objetivo estimar a disponibilidade hídrica dos solos de Minas Gerais, em cenários de aquecimento global e elaborar um zoneamento agroclimático para a cultura do pinhão manso no estado de Minas Gerais, levando em consideração destas possíveis mudanças climáticas. Foram utilizadas informações pedológicas como textura, profundidade dos horizontes, carbono orgânico, entre outras do levantamento exploratório e de reconhecimento dos solos do Brasil, realizados pelo Projeto Radambrasil e pela Embrapa, para determinação da capacidade de água disponível dos solos, dado este necessário para o cálculo do balanço hídrico segundo o método de Thornthwaite. As informações meteorológicas foram extraídas do Modelo de circulação geral da atmosfera HadRM3 com intervalo de dados dos períodos de 1960 - 1989 e 2070 - 2100, para o cenário A2, pessimista, e B2, otimista, segundo o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC). A disponibilidade hídrica dos solos foi determinada de acordo com o índice R e, posteriormente, todas as informações foram interpoladas utilizando o interpolador spline no software ArcGis 3.2. Apesar dos cenários apresentarem progressiva tendência positiva quanto à precipitação, eles prevêem redução na disponibilidade hídrica em todo estado com índices inferiores a 0.6, que indicam déficit de umidade do solo, representando 0,7 % no período atual e, nos cenários B2 e A2, 20 e 16 %,respectivamente. Além de perdas na área total das classes que representam umidade favorável ao desenvolvimento da cultura. O zoneamento para a cultura do pinhão manso indicou que, até mesmo nas condições mais extremas de alterações climáticas, o estado de Minas Gerais poderá contribuir com a produção do biodiesel, apresentando pequenas áreas com restrições térmicas à cultura, cerca de 7 %, no cenário B2, e 12 % no A2. Quanto à aptidão hídrica, 37 % das áreas do estado foram consideradas aptas ao cultivo no cenário B2, chegando a 42 % no cenário A2.