Solos e Nutrição de Plantas
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Item Ecotoxicidade de arsênio em solos e sua relação com o valor de prevenção(Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-26) Moraes, Mateus Lanna Borges de; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/7472209077416208; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Assis, Igor Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778546P9; Ciminelli, Virgínia Sampaio Teixeira; http://lattes.cnpq.br/3590884268165249Embora o conceito de áreas contaminadas não seja novidade, no Brasil o gerenciamento de áreas contaminadas é relativamente recente. Entre as ferramentas utilizadas no gerenciamento de áreas contaminadas estão os valores orientadores, adotados para subsidiar decisões, não só visando a proteção da qualidade dos solos e das águas subterrâneas, como também o controle da poluição. Em Minas Gerais, segundo a Deliberação Normativa COPAM Nº 166, de 29/06/2011, em consonância com a Resolução do CONAMA N° 420 de 28/12/2009, os valores orientadores são concentrações de substâncias químicas que fornecem orientação sobre a qualidade e as alterações do solo e da água subterrânea . São considerados três valores, denominados: 1) Valor de Referência de Qualidade (VRQ) que é determinado a partir do background natural dos solos de uma região; 2) Valor de Prevenção (VP) que é a concentração de determinada substância no solo acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea e 3) Valor de Investigação (VI) que é a concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana. Os VP vigentes foram obtidos por meio de revisão da literatura nacional, considerando-se que o VP seria igual a menor concentração que causa alguma fitotoxicidade, bem como as concentrações máximas permitidas para aplicação de lodo em solos agrícolas (CETESB, 2001). As fontes consultadas, no entanto, remetem a trabalho realizado no Japão ( Heavy Metals in soils of Japan de Kitagishi, 1981), para estabelecer o limite máximo permitido para As em solos de várzea como sendo 15 mg kg-1 (VP vigente para As). O risco ecotoxicológico calculado para organismos do solo não foi considerado, pois esta informação não estava disponível na literatura nacional. Visando a definição do risco ecotoxicológico do elemento Arsênio (As) para organismos do solo em MG foram testados, conforme as normas para ensaios de toxidez aguda para plantas superiores ISO 11.269-2:2005, seis solos divididos em dois grupos: 1) Baixo background de As: um LATOSSOLO VERMELHO distroférrico (LVdf); um LATOSSOLO AMARELO distrófico (LAd) e um CAMBISSOLO HÁPLICO Tb distrófico (CXbd), onde foram testados os efeitos de doses crescentes de As (0, 15, 150, 1500 e 3000 mg kg-1); 2) Elevado background de As: dois NEOSSOLO LITÓLICO distrófico, do município de Paracatu, MG, com teor de As maior que 2000 mg kg-1 (Formação Paracatu) (RLd -A e RLd -B); e um NEOSSOLO LITÓLICO distrófico proveniente de Santa Bárbara, MG (RLd -SB) (Formação Bandada de Ferro; BIF Supergrupo Rio das Velhas) (teor de As = 28 mg kg-1). No primeiro grupo também foi avaliado o efeito do tempo de incubação (24h e 6 semanas) de uma fonte solúvel de As sobre a toxidez para soja (Glicyne max) e sorgo (Sorghum bicolor), a capacidade máxima de adsorção de arsênio (CMA-As) determinada por meio de isotermas de Langmuir e a adsorção deste elemento no solo. A avaliação da adsorção foi realizada por meio de extração sequencial proposta por Wenzel, 2001. Também foi realizado um teste preliminar de toxidez de As para minhocas terrestres (Eisenia andrei). A dose de As que causou redução de 50% do crescimento (EC50) das plântulas de soja e sorgo mostrou-se dependente da capacidade máxima de adsorção de Arsênio (CMA-As), a qual é dependente do teor e do tipo de argila de cada solo. A EC50 variou de 120 a 2500 mg kg-1, sendo o solo LAd, com a menor CMA-As, incubado por 24 h, a condição mais restritiva e o solo LVdf, com a maior CMA-As, incubado por seis semanas, a condição menos restritiva. As formas mais lábeis, consideradas biodisponíveis, do As adicionado foram significativamente diminuídas com o passar do tempo. Em contrapartida, as formas menos lábeis aumentaram com o tempo de incubação. Os solos com elevado background apresentaram a maior parte do As apenas em formas menos lábeis e, como consequência não mostraram toxidez aguda às plantas de soja e sorgo cuja biomassa não diferiu significativamente do controle. Diante destes resultados, são discutidos valores de prevenção (VP) para As, segundo metodologia Holandesa de Avaliação de Risco Preliminar, condizentes com a realidade das condições ambientais do Estado de Minas Gerais. Os valores obtidos, variaram desde 20 mg kg-1, para a condição mais restritiva, até 258 mg kg-1, para o solo com maior capacidade de adsorção de As. Verificou-se, também, que este valor tende a ser ainda maior para o caso de contaminação natural ou geogênica, muito comum no Estado de Minas Gerais, em relação ao valor vigente na legislação estadual que é igual a 15 mg kg-1.Item Estimativa da drenagem ácida por oxidação química e biológica de geomateriais sulfetados(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-01) Pinto, Phablo Barreto; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701100H0; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2A drenagem ácida é causada a partir da oxidação de minerais sulfetados. Atualmente pode-se prever os efeitos da drenagem ácida a partir de técnicas analíticas, mas, deve-se levar em consideração as limitações que cada técnica apresenta e a partir daí estudar. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo testar métodos cinéticos de oxidação de sulfetos em diferentes geomateriais tendo em vista a obtenção de uma técnica preditiva capaz de superar as limitações encontradas nas técnicas convencionais. Foram desenvolvidos três experimentos: Experimento 1 Colunas de lixiviação com e sem a inoculação da bactéria acidófila Acidithiobacillus ferrooxidans; Experimento 2 Extrações sucessivas utilizando um oxidante químico (diferentes doses de H2O2) e Experimento 3 - Extrações sucessivas utilizando um oxidante biológico (Acidithiobacillus ferrooxidans). Com isso também foi possível avaliar a eficiência da oxidação bacteriana sobre os sulfetos. Os resultados obtidos, revelaram um aumento marcante na taxa de oxidação dos sulfetos devido a presença bacteriana, sendo que o tamanho e a forma dos cristais de pirita influenciaram nas taxas de oxidação em todos os experimentos. Com relação obtenção de um método preditivo da drenagem ácida, conclui-se que é possível prever a geração de drenagem ácida a partir da relação entre os resultados obtidos nos experimento desenvolvidos no presente trabalho. Observou-se que o método das extrações sucessivas com oxidação química é mais indicado, devido à facilidade de condução e rapidez em se obter os resultados, comparando-se com o método de oxidação biológica.Item Fosfatização em solo e rocha em ilhas oceânicas brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-08) Oliveira, Fábio Soares de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4746873J6; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7A utilização das ilhas oceânicas por diversas espécies migratórias de aves faz com que estes animais depositem seus excrementos sobre seus substratos, fosfatizando-os. A fosfatização tem sua ocorrência relacionada a condições ambientais específicas e, por isso, é capaz de revelar evidências de mudanças ambientais pretéritas, associadas ao clima, correntes oceânicas, mudanças do nível do mar, entre outras. Além disso, exerce forte influência na ciclagem de nutrientes e na produtividade biológica das áreas marinhas adjacentes. Mesmo assim, pouco se conhece sobre este processo e como ele pode afetar a formação de solos insulares. Diante disso, este trabalho objetivou caracterizar a fosfatização nos Arquipélagos de São Pedro e São Paulo (ASPSP) e Fernando de Noronha (AFN), mais especificamente nas ilhas Belmonte e Rata, respectivamente. Foram coletadas amostras de rochas e solos fosfatizados nos dois arquipélagos. Os solos foram submetidos a análises químicas, físicas e microscópicas. As rochas, por sua vez, foram submetidas a análises químicas de elementos totais, Difração de Raio-X, microscopia eletrônica de varredura e microssondagens. No ASPSP foram observados seis produtos da fosfatização. As rochas fosfatizadas compreendem tipos ou feições que se caracterizam pela acumulação e/ou interação de soluções ricas em fósforo com o embasamento (rochas ultramáficas infracrustrais). Dentre tais feições, destacam-se crostas fosfáticas espessas sob peridotitos milonitizados, espeleotemas ou florescências de fosfatos nas bordas e interior de fraturas, formas de fosfatos percolados preenchendo fraturas intemperizadas ou constituindo revestimento framboidais em suas bordas, crostas esverdeadas ricas em P, Ni e Cr, guano e solos ornitogênicos, sendo o último um perfil de Neossolo Litólico com altos teores de P e caráter lítico fragmentário. Na Ilha Rata, AFN, são encontrados Neossolos nas baixadas, associados a um relevo ruiniforme proveniente da dissolução de calcarenitos, cujas propriedades físicas e químicas indicam sinais de sua evolução pedogenética, e Cambissolos no restante da Ilha. Os Cambissolos são originados de arenitos carbonáticos e de lavas ankaratríticas e se apresentam mais intemperizados. A fosfatização destes solos se processou em condições pretéritas, onde, numa fase mais árida, processos de coluvionamento misturaram à matriz carbonática, já fosfatizada, sedimentos aluminosos também fosfatizados. O que se observa, a partir disso, é a variscitação dos fragmentos de P-Ca constituindo agregados oolíticos de P-Al.Item Imobilização de lantânio por coloides sintéticos de ferro e alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-27) Pietralonga, Aloncio Gottardo; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/4902338257634271; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Oliveira, Teógenes Senna de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788532T0; Mendonça, Bruno Araujo Furtado de; http://lattes.cnpq.br/8081324794152785O Lantânio é um dos 17 elementos químicos conhecidos como terras raras. A intensificação do uso desses metais pelas indústrias e impactos decorrentes da mineração têm contribuído para uma maior mobilidade desses elementos no ambiente, gerando riscos ecológicos e à saúde humana. Neste trabalho, avaliou-se a remoção de La de solução aquosa por meio da síntese de coloides de ferro e alumínio via precipitação e a retenção do contaminante nas fases sólidas formadas. Soluções de sulfato ferroso, sulfato de alumínio e sulfato de lantânio foram misturadas em diferentes proporções, em recipientes de polietileno, de modo a obter dez relações molares Fe:Al:La (500:125:0, 500:125:1, 500:125:5, 500:125:25, 500:125:125, 500:250:0, 500:250:1, 500:250:5, 500:250:25 e 500:250:125). O período experimental foi de 90 dias. Semanalmente foram coletadas alíquotas do sobrenadante para determinação da concentração de lantânio. O material precipitado foi caracterizado por meio de determinação de cor pelo sistema Munsell, difratometria de raios X (DRX), microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de energia dispersiva (MEV/EDS). O potencial de remobilização de lantânio nas fases sólidas formadas foi avaliado por comparação dos teores extraíveis por ácido acético 0,11 mol L-1 com os teores totais, ambos determinados em ICP OES. Elevadas eficiências na remoção de lantânio da fase aquosa foram obtidas. A coloração dos precipitados tendeu a avermelhar-se com os incrementos na quantidade de lantânio. A DRX detectou a formação de Al-goethita na maioria dos tratamentos e outras fases, como Al-lepidocrocita e Al-magnetita, em casos específicos. A microanálise evidenciou a associação do lantânio aos coloides de ferro e alumínio nas fases sólidas e a ocorrência de segregação onde o elemento era mais abundante. As extrações com ácido acético revelaram alto potencial de remobilização de lantânio para a maioria dos tratamentos. O método seria adequado para a remoção do contaminante da solução aquosa, porém ainda são necessários estudos para otimizar a retenção na fase sólida.Item Indução Experimental de Barreira Geoquímica em Substrato Sulfetado para a Mitigação de Drenagem Ácida(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-17) Luz, Walcrislei Vercelli; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Dias, Luiz Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788182U8; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735083E2; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Guedes, ítalo Moraes Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763348A3A drenagem ácida em pilhas de estéril é um sério problema ambiental enfrentado por muitas mineradoras, uma vez que as águas ácidas geradas pela exposição de minerais sulfetados às condições atmosféricas possuem elevados teores de metais pesados e arsênio que podem ter efeito tóxico para a cadeia trófica. Nesse sentido, visando desenvolver uma prática para redução da geração de águas ácidas, objetivou-se, neste trabalho, promover a formação de barreira geoquímica em uma pilha de minério com a microencapsulação de sulfetos por óxidos de ferro, além de buscar a estabilização dos compostos formados pela adição de fósforo. Buscou-se, além disso, acelerar este processo por meio da adição de bactérias acidófilas e limalha de ferro. Para este estudo foram construídas pilhas de minério dentro de recipientes de plástico rígido transparente, as quais foram submetidas a três períodos de inundação e drenagem. No fim de cada período, antes da drenagem das pilhas, o pH das lâminas de inundação foi elevado acima de quatro para precipitação dos óxidos e sulfatos de Fe, responsáveis pela formação de barreira geoquímica. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado em parcela dividida e subdividida, em que as fontes de variação (adição de água, limalha de ferro, meio de cultura, bactéria e fósforo) com três repetições, constituíram os tratamentos da parcela, os ciclos de oxidação constituíram os tratamentos da subparcela, e os tempos de coleta de amostras o tratamento da sub-subparcela. Em cada ciclo foram obtidas amostras da lâmina de inundação, onde foram feitas as leituras do pH e condutividade elétrica, além da dosagem dos teores de Fe, Mn, Al, Zn, Ni, Cd, Cu, S e As. Após o término do período experimental (400 dias), foi realizada a caracterização mineralógica dos precipitados, morfometria de cortes impregnados das pilhas indeformadas e teste de estabilidade da encapsulação de pirita. Os resultados revelaram que, no grupo de tratamentos com água, os valores de pH aumentaram ao longo dos ciclos, sendo bem superiores aos tratamentos com meio de cultura. Houve uma redução nos teores de ferro e enxofre em todos os tratamentos o que pode ter sido provocada pela precipitação e/ou até mesmo pela remoção destes elementos durante a drenagem da pilha. Em todos os tratamentos, os teores de Mn, Al, Zn, Ni, Cd, Cu e As observados no início do primeiro ciclo foram muito superiores ao limite máximo permitido pela Resolução CONAMA 357/05 para águas de classe 1 e 2. Mesmo com a redução da concentração destes elementos, ao longo dos ciclos, seus teores continuaram acima dos limites estabelecidos pela esolução. Após o período de 400 dias, a análise das lâminas mostrou que a porcentagem de formação de óxidos na pilha foi menor no tratamento com meio de cultura e ferro, e maior no tratamento com água e ferro. Os difratogramas de Raios-X revelaram a precipitação de jarosita, gipsita e zomoloquita. A estabilidade da encapsulação da pirita foi maior no tratamento com água e ferro e menor no tratamento com água. De forma geral, no período do experimento, o tratamento com água e ferro apresentou os melhores resultados no processo de mitigação da drenagem ácida em pilhas de materiais sulfetados. No entanto, em um período experimental maior, os tratamentos com inoculação bacteriana podem apresentar melhores resultados.Item Ocorrência e distribuição de produtos da oxidação de sulfetos, hidrogeoquímica e mineralogia de sedimentos na Península Keller, Antártica(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-12) Souza, José João Lelis Leal de; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/4029385395680758; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5Localizada na Baía do Almirantado, Ilha Rei George, a Península Keller possui uma área de aproximadamente seis quilômetros quadrados e registra a presença de basaltos, tufos vulcânicos, basaltos-andesítos e andesitos em sua base geológica. As duas últimas apresentam veios de sulfetos de mineralização tardia, revelando um potencial natural de geração da drenagem ácida. Com o objetivo de analisar a presença e influência do processo de drenagem ácida sobre a disponibilidade de metais nas águas lançadas ao mar na Península Keller, foram coletadas, durante os meses de fevereiro e março de 2009, amostras de água em diversos pontos dos cursos d água até o mar, sobre diferentes litologias e bacias de contribuição. Também foram coletas amostras do sedimento de corrente dos canais. As amostras de água foram acidificadas e filtradas em membrana de ésteres celulose de porosidade 0,45 μm. Foram dosados os seguintes elementos por Espectofotômetria de Emissão Ótica em Plasma Induzido: Al, As, B, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, S, Mn, Mo, Ni, Pb, S, Ti, V, Zn. Cloreto, brometo, fluoreto, e sulfato foram analisados em Cromatógrafo de Troca Iônica. As condições químicas das amostras de água revelaram valores de pH próximos da neutralidade mesmo em locais muito próximos dos depósitos sulfetados e, em alguns locais, mesmo sobre esses. Registrou-se que as bacias de contribuição dividem-se entre: a) fortemente afetadas pela oxidação de sulfetos; b) moderadamente afetadas pela oxidação de sulfetos, e; c) não afetadas pela oxidação de sulfetos. As concentrações dos íons em solução foram sempre maiores nas bacias afetadas por sulfetos, indicando um avanço do processo de intemperismo químico nessas áreas. Foram observados quatro depósitos de sulfetos não relatados anteriormente em registros geológicos da Península Keller. Os depósitos encontram-se sempre associados às falhas geológicas. Dentre os minerais secundários presentes, dominaram as espécies da família da jarosita, com destaque para a Schwertmanita, e outros minerais de baixa cristalinidade. A presença de minerais de baixa cristalinidade, com elevada capacidade de adsorção, encontrados também nas praias e terraços marinhos, sugere que grande porção da concentração iônica nas águas acidificadas não está efetivamente disponível nas condições ambientais de pH registradas em campo. Ademais, ainda que os minerais secundários constatados sejam de elevada instabilidade, não foram observados formas mais cristalinas de óxidos e óxihidróxidos de Ferro. Devido às condições químicas de pH encontradas em campo sugere-se que o termo drenagem ácida não é adequado a este estudo de caso. O processo que ocorre na Península Keller é a geração pontual de águas ácidas, influenciadas pela dinâmica de oxidação de sulfetos, sua granulometria e espécies minerais associados, e contra a neutralização por silicatos e carbonatos, bem como, diluição da acidez pelo degelo.Item Relações solo-vegetação no Parque Nacional da Serra do Cipó, Espinhaço Meridional, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2009-01-29) Valente, Elton Luiz; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732598A3; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; Chagas, César da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785135D2A região da Serra do Rio Cipó, localizada na porção meridional- sul da Serra do Espinhaço, corresponde a extensas áreas de Cerrado, Mata Atlântica, Capões de Mata e um dos mais ricos Complexos Rupestres do Brasil. O caráter transicional entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado, destacado em numerosos estudos de fauna e flora regionais, é um dos fatores responsáveis pela notável diversidade biológica encontrada naquele ecossistema. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar seqüências de solos, representativos da Serra do Cipó, em diferentes litologias e formações vegetais; descrever e caracterizar os aspectos florísticos e fitofisionômicos do componente arbóreo de dois capões da mata, bem como evidenciar as relações solo-vegetação daquela área, através do estudo de gradientes de solo e vegetação de Campos Rupestres até dois capões florestais na região do Alto Palácio , Parque Nacional da Serra do Cipó (Parna-Cipó) e APA Morro da Pedreira. O levantamento florístico de dois transectos (T1 e T2) foi realizado a partir de 64 parcelas de 10 m x 10 m, correspondendo a uma área amostrada de 6.400 m2. O levantamento florístico total, destes dois transectos, resultou em 1.535 indivíduos identificados, distribuídos em 213 espécies de 50 famílias. Os indivíduos arbóreos inventariados foram aqueles que apresentaram CAP ≥ 15 cm (circunferência de tronco a 1,30 cm do solo). Em 40 parcelas florestais foram identificados 887 indivíduos de 164 espécies arbóreas, distribuídas em 40 famílias de angiospermas, cujas espécies de maior ocorrência foram Guatteria selowiana (Annonaceae), Casearia decandra (Flacourtiaceae), Coussarea contracta (Rubiaceae), Tibouchina cf. stenocarpa (Melastomataceae), Myrcia splendens, Myrcia amazonica (Myrtaceae) e Myrsine ferruginea (Myrsinaceae). As famílias com maior número de indivíduos foram Myrtaceae com 159 indivíduos, Rubiaceae (78), Lauraceae (74), Annonaceae (67), Myrsinaceae (60) e Melastomataceae (56). As famílias com maior número de espécies foram Myrtaceae com 30 espécies, Lauraceae (27 spp.), Leguminosae (8 spp.), Melastomataceae (7 spp.), Sapindaceae (7 spp.) e Sapotaceae (6 spp.). Foram abertos 17 perfis de solo distribuídos em 3 transectos de campo rupestre para floresta. O capão florestal do Transecto 1 encontra-se sobre solos derivados do intemperismo de rocha Metapelítica (Filito). O capão florestal do Transecto 2 encontra-se sobre solos derivados do intemperismo de rocha Metapsamítica (Quartzito). O capão florestal do Transecto 3 encontra-se sobre solo derivado do intemperismo de rocha Metabásica (Anfibolito). Os dados do Transecto 3 foram utilizados como informações adicionais no 3° Capítulo do trabalho. Os solos da Serra do Cipó, independentemente da matriz geológica, da profundidade do perfil e da fitofisionomia que sobre eles se desenvolve, são geralmente ácidos, pobres em nutrientes e ricos em alumínio trocável. A pobreza química é devida principalmente à natureza da matriz geológica dominante do sistema e, em parte, às perdas por lixiviação e erosão que o sistema apresentou e apresenta. Nas áreas de solos mais profundos, independentemente da rocha matriz, a vegetação grada de arbustiva a arbórea, caracterizada pelos Capões Florestais que ocorrem em três situações distintas. Os mais freqüentes encontram-se sobre solos derivados do intemperismo de rochas Metapelíticas (Filito). Em segundo lugar, estas fitofisionomias florestais ocorrem sobre solos derivados do intemperismo de rochas Metabásicas (Anfibolito). A condição mais rara é a ocorrência destas formações florestais sobre solos derivados do intemperismo de rochas Metapsamíticas (Quartzito). Ainda que se observe nestes locais uma maior riqueza aparente, predominam ali solos extremamente pobres em nutrientes, onde os Capões Florestais ocorrem como verdadeiras ilhas em meio ao ambiente campestre que os envolve. As propriedades físicas dos solos, como profundidade e textura, favorecem a retenção de umidade no solo e o desenvolvimento da fitofisionomia florestal. Nos solos de textura arenosa, cerca de 80% da fração areia é constituída de areia muito fina (0,106 a 0,053 mm) que exerce um papel importante na retenção de umidade nestes solos, cujo equivalente de umidade (U) médio (média simples, Transecto 2), apresentou o valor de 0,15; contra 0,24 (média simples) dos solos argilosos do Transecto 1. Do ponto de vista químico, os solos onde ocorrem os Capões Florestais são ligeiramente menos pobres do que aqueles do ambiente campestre. A umidade no sistema é notadamente mais elevada na vertente leste da Serra, onde a vegetação florestal é florísticamente associada ao Bioma Mata Atlântica e corresponde a Disjunções de Floresta Ombrófila com elementos que caracterizam a Mata Nebular. Os resultados deste trabalho indicam que, dada a pobreza química dos solos e de suas rochas de origem, a grande reserva de nutrientes dos capões florestais encontra-se na própria vegetação, que é muito dependente da ciclagem biogeoquímica. Tais resultados indicam ainda que estes capões, além de suas relações florísticas com o Bioma Mata Atlântica, possuem características e identidade próprias, sobretudo pelos seus aspectos florísticos e ecológicos, o que os diferencia de outras formações florestais, tornando-os objetos de grande interesse científico e conservacionista.Item Sorção e mobilidade do ametryn em latossolos com diferentes características físicas e químicas(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-21) Silva, Luciano Lopes; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Silva, Antônio Alberto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787739T6; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/0989528409096410; Freitas, Francisco Cláudio Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774458Z6; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8Objetivou-se com este trabalho avaliar a sorção e a mobilidade do ametryn em quatro tipos de solos [Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), Latossolo Vermelho- Amarelo Húmico (LVAh), Latossolo Vermelho (LV) e Latassolo Amarelo (LA)], com valores de pH natural e corrigido. Para isso, amostras destes solos foram coletadas à profundidade de 0-20 cm, caracterizadas física e quimicamente e, geradas curvas de neutralização de acidez para cada um dos solos. Logo após foi realizada a correção de acidez dos solos (LVA, LVAh e LV), a valores de pH próximos a 6,0. O LA foi avaliado apenas no valor de pH 6,3. Antes da implantação do estudo de mobilidade do ametryn foram realizados ensaios preliminares, um para cada solo, visando determinar a dose do herbicida que inibe em 50% o acúmulo de matéria seca pela parte área das plantas de pepino (Cucumis sativus), utilizadas como espécie indicadora. A partir dos dados obtidos foi calculada a razão de sorção do ametryn nos solos em relação ao substrato inerte. Constatou-se a seguinte sequência de razão de sorção nos solos:LVAh sc > LVA sc > LVA cc > LVAh cc > LV sc > LA sc > LV cc (cc = com correção da acidez; sc = sem correção da acidez). Para a avaliação da mobilidade do ametry nutilizou-se colunas de PVC de 10 cm de diâmetro por 50 cm de comprimento, devidamente preparadas e enchidas com os respectivos solos. No topo dessas colunas foi aplicado o ametryn, na dose de 4,0 kg ha-1 . Doze horas após a aplicação do herbicida fez-se a simulação de uma chuva de 60 mm. Após 72 horas as colunas foram abertas longitudinalmente, colocadas na posição horizontal, sendo semeadas ao longo delas a espécie indicadora para se avaliar a mobilidade do ametryn nos solos. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. O experimento foi composto por 70 tratamentos sendo sete tipos de solos e 10 segmentos (desenvolvimento das plantas indicadoras nos substratos das colunas nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 20-25, 25-30, 30-35, 35-40, 40-45 e 45-50 cm). Em complementação, foi utilizada uma testemunha sem herbicida para cada solo. Concluiu-se que menores mobilidades do ametryn ocorreram em solos com maiores teores de argila e de CTC, e que a calagem favoreceu a mobilidade do ametryn nos solos estudados.Item Variabilidade espacial dos teores de elementos maiores e traços em solos do Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-29) Souza, José João Lelis Leal de; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/4029385395680758; Egreja Filho, Fernando Barboza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782918Z0; Santos, Nerilson Terra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782537A2; Oliveira, Teógenes Senna de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788532T0O solo é um recurso natural finito que oferece suporte a diversas atividades humanas. Produto da interação entre o material parental, o clima, a vegetação, os organismos vivos e outros fatores, o solo possui uma grande diversidade. Essa diversidade pedológica é expressa em diversidade de seus teores de elementos químicos. Nesse sentido, o presente estudo objetivou analisar a variabilidade espacial dos teores de metais, semimetais e ametais na camada superficial de solos do Estado de Minas Gerais. O Estado de Minas Gerais possui uma área de 588.384 km2 e diversidade pedo-geológica ímpar no país. Fez-se uso dos resultados analíticos de 499 amostras de solo coletadas com o intuito de representar a diversidade pedo-geológica do Estado. Foram utilizados os teores de Al, As, B, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Mn, Ni, Pb, Sb, Se, Sr, V e Zn extraídos por solubilização ácida, conforme o método SW 3051A. Foram realizadas análises estatísticas descritivas dos teores de elementos químicos e cálculo do coeficiente de correlação de Spearman. Os teores foram padronizados para análise de agrupamento cluster por distância euclidiana e pelo método de Ward. Os teores foram submetidos a testes prévios para avaliar a dependência espacial, e em seguida interpolados para todo o território estadual por krigagem ordinária. Um mapa de erro padronizado de predição também foi confeccionado, seguindo os mesmos parâmetros definidos para a krigagem ordinária. Através do semivariograma foi testada a influência da litologia e da classificação do solo na distribuição espacial dos teores. A partir dos parâmetros da krigagem ordinária e do mapa de erro padronizado de predição foram definidas áreas prioritárias para reamostragem, com o intuito de reduzir os valores de erro da interpolação. Foram registrados teores médios mais elevados que em outros estudos em solos brasileiros. Registraram-se também elevados valores de desvio-padrão, confirmando a elevada diversidade pedológica do Estado. Em geral, foi registrada correlação significativa entre os elementos. A análise cluster permitiu identificar três grupos de elementos químicos com comportamentos distintos: i) elementos maiores, residuais, que formam minerais secundários de alta resistência ao intemperismo em condições ácidas e oxidantes; ii) elementos mais solúveis, com elementos mais susceptíveis à lixiviação, e; iii) elementos menores e traços, com elementos que formam minerais primários altamente instáveis em condições ácidas e oxidantes, e associados à enriquecimento geogênico. Todos os elementos registraram dependência espacial. Os maiores teores médios foram registrados nas Províncias São Francisco e Paraná, e os menores na Província Mantiqueira. Os Cambissolos Háplicos registraram os maiores teores médios e os maiores valores de desvio-padrão, indicando que o incipiente grau de pedogênese desses solos confere elevados teores de elementos químicos, e que a diversidade de materiais de origens nesses solos se expressa em diversidade de teores. Os Neossolos Quartzarênicos apresentaram os menores teores de elementos químicos. Esse resultado é relacionado ao baixo conteúdo de argilo-minerais que atuariam na co-precipitação de elementos químicos ao longo do processo de pedogênese. Foi registrada diferença significativa dos teores médios entre as províncias geológicas, mas não foi registrada entre as subordens de solo. Isso sugere que o material de origem influencia mais os teores dos elementos químicos no solo do que o processo de pedogênese. Tal resultado foi confirmado pelo teste de semivariograma transformado. O mapa de erro padronizado de predição permitiu identificar 181 novas amostras com relevância espacial para coleta. A simulação de um novo mapa de erro de predição com a reamostragem permitiu reduzir os valores de erro de predição para valores aceitáveis em mais de 80 % da área do Estado para todos os elementos químicos, exceto As, Cu e V. Foi possível identificar sete grupos de amostras, com teores médios estatisticamente diferentes.