Solos e Nutrição de Plantas
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Item Ambientes terrestres da ilha da Trindade, Atlântico Sul: Caracterização do solo e do meio físico como subsídio para criação de uma Unidade de Conservação(Universidade Federal de Viçosa, 2006-09-11) Clemente, Eliane de Paula; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Melo, Vander de Freitas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784446E6; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/2755552557206161; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Viana, João Herbert Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784619U7As ilhas oceânicas brasileiras possuem grande importância ambiental, tanto do ponto de vista da biodiversidade quanto do interesse científico, em virtude do isolamento geográfico. Dentre estas, a ilha da Trindade destaca-se por ser a mais isolada e úmida do conjunto das ilhas oceânicas brasileiras. Foram estudados os principais solos que ocorreram na ilha da Trindade, com ênfase em suas características químicas, físicas, mineralógicas e micromorfológicas peculiares, nos diferentes estratos ambientais. Realizou-se o mapeamento da ilha, gerando-se mapas temáticos de geologia, solos e geoambientes. A partir desses mapas, foi elaborada uma proposta preliminar de zoneamento para fins de gestão ambiental, que prevê zonas de recuperação nas áreas degradadas e proteção específica nas zonas primitivas, onde ainda existe vegetação contendo espécies endêmicas e de grande importância ecológica e ambiental. Essa proposta de zoneamento virá subsidiar o plano de manejo da Unidade de Conservação ora sugerida. Buscou-se, ainda, um melhor entendimento das relações pedo-geomorfológicas e vegetacionais, que permitiu um esboço preliminar da classificação dos solos ao longo da expressiva variação topográfica reinante na ilha. Foram coletados 10 perfis de solos, que representaram os principais pedoambientes resultantes das variações litológicas, topográficas e da cobertura vegetal, muitas das quais co-variantes. Foram realizadas análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas, assim como o fracionamento de fósforo e da matéria orgânica, além da extração seqüencial de metais de todos os horizontes dos perfis coletados. A diversidade de solos na ilha da Trindade é profundamente relacionada com as variações do material de origem e da posição geomorfológica/altimétrica. De maneira geral, os solos de Trindade apresentam peculiaridades morfogenéticas que sugerem seu caráter endêmico . Possuem alta fertilidade natural, grau de intemperismo pouco acentuado e valores muito elevados de fósforo disponível e de cálcio. Na vertente da face sul da ilha, mais fria e úmida, vales estreitos em encostas íngremes abrigam vegetação exuberante de samambaias gigantes, com acúmulo de matéria orgânica, mesmo em declives acentuados, formando Organossolos ou Cambissolos Hísticos nas partes mais protegidas. Em altitudes superiores a 400 metros, os solos são mais ácidos e lixiviados, com predomínio de Cambissolos e de Nitossolos, mas ainda com teores de fósforo muito elevados. Na face norte e mais seca da ilha, em cotas mais baixas, predominam condições semi-áridas ou tropicais secas, onde os solos são mais rasos, ricos em nutrientes e pobres em matéria orgânica, muito mais erodidos, com predomínio de Neossolos Litólicos e de Neossolos Regolíticos. Os dados da extração seqüencial permitiram distinguir dois ambientes pedogenéticos; um de solos jovens e menos intemperizados, aproximadamente até 450 m de altitude e outro de solos formados a partir de materiais de origem mais intemperizados, de 450 a 600 m de altitude. Os metais Cu, K, Mn, Ni e Zn foram superiores na fração ligada à M.O. e na fração ligada aos óxidos de Fe amorfos. Os teores disponíveis foram muito baixos, em relação aos teores totais em todos os metais, por se encontrarem nas estruturas cristalinas dos minerais e nos complexos de M.O. e de Fe, tanto amorfos quanto cristalinos. A análise mineralógica da fração areia permitiu identificar a riqueza em minerais primários existente na ilha. Esses minerais sofreram pouca intemperização, explicando os altos teores de metais ainda encontrados nos solos, mesmo na fração argila. A micromorfologia auxiliou a identificação de feições singulares nos solos da ilha, permitindo a descrição da estrutura e composição dos solos ora estudados. Essa análise identificou minerais primários em processos de alteração, além de características intrínsecas de cada perfil. Existem particularidades nos solos de Trindade que os tornam difíceis de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, exigindo a necessidade da criação de novas classes em diversos níveis categóricos, para o enquadramento de solos das ilhas oceânicas brasileiras.Item Dinâmica hídrico-térmica e perdas de solo e água: influência do uso e geoforma do solo(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-28) Souza, Fabiana Silva de; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Silva, Demetrius David da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786123E5; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; http://lattes.cnpq.br/1818691367532679; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8; Ferreira, Mozart Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787250Z0O solo é recurso natural intensamente utilizado na produção agrícola podendo, por isso, ter sua capacidade produtiva comprometida pelo déficit hídrico, oscilações térmicas extremas e erosão hídrica, em decorrência de uso e manejo que levam à redução da cobertura vegetal do solo. Sendo assim, as relações entre os fatores que causam e os que permitem reduzir esses processos são de fundamental importância para o manejo agrícola dos solos. Diante do exposto, este trabalho visa avaliar a influência do uso do solo (mata, plantio de café, plantio de eucalipto e pastagem degradada) e da geoforma (côncava e convexa) na dinâmica hídrico-térmica e nas perdas de água e solo, em condições de chuva natural, no período de março de 2009 a fevereiro de 2010., em Latossolo Vermelho Amarelo localizado em microbacia do município de Viçosa, MG. Para monitoramento da umidade e temperatura do solo foram instalados sensores específicos em diferentes profundidades. As perdas de água e solo foram determinadas em unidades experimentais de 11,0 m de comprimento e 3,5 m de largura O volume de água escoado na parcela foi captado em caixa com vertedor triangular e quantificado por meio de linígrafo automático com sensor de pressão. A perda de solo foi determinada pelo método direto, usando caixa coletora de sedimentos. Independente do uso do solo, os valores de umidade na geoforma côncava foram geralmente superiores aos da geoforma convexa para todas as profundidades. O fluxo de água entre as geoformas é diferente, na côncava, há convergência da água de chuva para os pontos registrados e a convexa reflete divergência e, eventualmente, menor infiltração de água. Na profundidade de 30 cm os menores valores de umidade do solo foram observados na pastagem e houve redução acentuada dessa característica no eucalipto, na profundidade de 100 cm. A amplitude térmica foi a variável mais indicada em estudos de temperatura. A temperatura do ar foi marcadamente superior à do solo, como resultado das maiores temperaturas máximas e das menores temperaturas mínimas apresentadas. No solo, a maior amplitude térmica foi na porção mais superficial. Considerando a necessidade de chuva em volume e intensidade apreciáveis para contar com escoamento superficial e a necessidade desse escoamento para provocar erosão hídrica, quantidades elevadas de sedimentos foram carregadas em associação com os maiores valores de escoamento nas parcelas experimentais, com coeficientes de correlação linear no intervalo entre 0,781 e 0,989. As perdas de água acumuladas no período foram: pastagem > café ≈ eucalipto >> mata. A presença do dossel e dos resíduos vegetais na mata, no café e no eucalipto diminui a velocidade do escoamento superficial e contribui para incrementar a infiltração de água no solo. As perdas de solo acumuladas no período foram eucalipto >> café > pastagem >> mata, resposta coerente com o revolvimento do solo nos cultivos de eucalipto e café e com a maior compactação superficial na pastagem, em resposta ao pisoteio dos animais. Em relação às geoformas, os resultados indicaram maiores perdas de água e solo na geoforma convexa. Como previamente indicado, o fluxo de água entre as geoformas é diferente, na convexa há divergência da água de chuva e, geralmente, menor infiltração e na côncava, pelo contrário, há convergência da água de chuva e maior infiltração.Item Discriminação isotópica do 13C e nutrição com cálcio e boro em clones de eucalipto submetidos ao défice hídrico(Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Barros Filho, Nairam Félix de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; http://lattes.cnpq.br/3170935435916857; Vergütz, Leonardus; http://lattes.cnpq.br/1282294478259902; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9A expansão da cultura do eucalipto no Brasil tem ocorrido principalmente em áreas de cerrado, que possuem solos de baixa fertilidade e apresentam déficit hídrico prolongado. Os principais sintomas normalmente observados são a seca dos ponteiros, decorrente da deficiência de boro (B), seguida do lançamento de brotação lateral, e, ou, dessecação de folhas, da base para o ápice das árvores, comprometendo o crescimento e a sobrevivência. O emprego de clones mais tolerantes à seca e de fertilizantes minerais tem sido a estratégia comumente utilizada pelas empresas florestais na tentativa de minimizar os riscos de perdas e aumentar a produtividade florestal. A seleção de genótipos é um processo demorado e muitas das vezes não define os mecanismos responsáveis pela tolerância. A discriminação isotópica de 13 ou sua relação com a sobrevivência e crescimento das plantas tem sido sugerida como uma alternativa de seleção de genótipos tolerantes à seca. Estudos recentes têm mostrado a importância do B e do Ca na tolerância a diversos tipos de estresse, incluindo o hídrico. Esclarecimentos sobre o papel desses dois nutrientes na tolerância ao estresse hídrico e o desenvolvimento de métodos que permitam a seleção mais rápida e segura de materiais genéticos de eucalipto quanto à exigência hídrica são necessários. Desta forma, neste trabalho objetivou-se: 1 - Estabelecer relações entre a , sobrevivência e crescimento de clones de eucalipto e precipitação pluviométrica na região norte de Minas Gerais, para identificar genótipos melhor adaptados a condições de baixa disponibilidade de água; 2 - Verificar a influência do Ca e do B na tolerância de clones de eucalipto à deficiência hídrica, a partir dos parâmetros fisiológicos, juntamente com a eficiência nutricional e de crescimento. Em campo, árvores de seis clones (i144, i224, i063, i182, 2486 e 3216), foram mensuradas e amostras de folhas e de lenho do tronco ,a coletadas partir do quinto ano, o percentual de árvores afetadas (PAA) por estresse hídrico. Os resultados mostraram correlação positiva entre crescimento e precipitação e entre crescimento, exceto para um dos clones. Apesar de ser constatada correlação negativa , a utilização deste primeiro como ferramenta de seleção precisa ser mais bem entendida. Em casa de vegetação dois clones, um sensível (i042) e outro tolerante à restrição hídrica (i144), foram cultivados em solução de Clark modificada até completarem 14 dias. Após esse período, as mudas foram submetidas aos tratamentos em presença ou ausência de Ca e, ou, B até completarem 14 dias. Aproximados 30 dias, foi imposta restrição hídrica gradativa com PEG (Polietileno glicol) 6000, em 50 % dos vasos, reduzindo o potencial hídrico de -0,16 a -1,00 MPa (-0,16, -0,65 e -1,00 MPa), a cada sete dias. Na ocasião da aplicação de PEG foram determinadas matéria seca e trocas gasosas das plantas. Foram observadas diferenças entre os dois clones estudados em matéria seca total e trocas gasosas, sendo estas diferenças dependentes do estresse hídrico e da nutrição de Ca e B. No clone sensível, o B se mostrou mais importante na mitigação do estresse hídrico, ao passo que no clone tolerante o Ca foi relativamente mais importante que o B, o que pode estar ligado ao papel do Ca na atividade de enzimas relacionadas ao estresse oxidativo.Item Variabilidade espacial dos teores de elementos maiores e traços em solos do Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-29) Souza, José João Lelis Leal de; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; http://lattes.cnpq.br/4029385395680758; Egreja Filho, Fernando Barboza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782918Z0; Santos, Nerilson Terra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782537A2; Oliveira, Teógenes Senna de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788532T0O solo é um recurso natural finito que oferece suporte a diversas atividades humanas. Produto da interação entre o material parental, o clima, a vegetação, os organismos vivos e outros fatores, o solo possui uma grande diversidade. Essa diversidade pedológica é expressa em diversidade de seus teores de elementos químicos. Nesse sentido, o presente estudo objetivou analisar a variabilidade espacial dos teores de metais, semimetais e ametais na camada superficial de solos do Estado de Minas Gerais. O Estado de Minas Gerais possui uma área de 588.384 km2 e diversidade pedo-geológica ímpar no país. Fez-se uso dos resultados analíticos de 499 amostras de solo coletadas com o intuito de representar a diversidade pedo-geológica do Estado. Foram utilizados os teores de Al, As, B, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Mn, Ni, Pb, Sb, Se, Sr, V e Zn extraídos por solubilização ácida, conforme o método SW 3051A. Foram realizadas análises estatísticas descritivas dos teores de elementos químicos e cálculo do coeficiente de correlação de Spearman. Os teores foram padronizados para análise de agrupamento cluster por distância euclidiana e pelo método de Ward. Os teores foram submetidos a testes prévios para avaliar a dependência espacial, e em seguida interpolados para todo o território estadual por krigagem ordinária. Um mapa de erro padronizado de predição também foi confeccionado, seguindo os mesmos parâmetros definidos para a krigagem ordinária. Através do semivariograma foi testada a influência da litologia e da classificação do solo na distribuição espacial dos teores. A partir dos parâmetros da krigagem ordinária e do mapa de erro padronizado de predição foram definidas áreas prioritárias para reamostragem, com o intuito de reduzir os valores de erro da interpolação. Foram registrados teores médios mais elevados que em outros estudos em solos brasileiros. Registraram-se também elevados valores de desvio-padrão, confirmando a elevada diversidade pedológica do Estado. Em geral, foi registrada correlação significativa entre os elementos. A análise cluster permitiu identificar três grupos de elementos químicos com comportamentos distintos: i) elementos maiores, residuais, que formam minerais secundários de alta resistência ao intemperismo em condições ácidas e oxidantes; ii) elementos mais solúveis, com elementos mais susceptíveis à lixiviação, e; iii) elementos menores e traços, com elementos que formam minerais primários altamente instáveis em condições ácidas e oxidantes, e associados à enriquecimento geogênico. Todos os elementos registraram dependência espacial. Os maiores teores médios foram registrados nas Províncias São Francisco e Paraná, e os menores na Província Mantiqueira. Os Cambissolos Háplicos registraram os maiores teores médios e os maiores valores de desvio-padrão, indicando que o incipiente grau de pedogênese desses solos confere elevados teores de elementos químicos, e que a diversidade de materiais de origens nesses solos se expressa em diversidade de teores. Os Neossolos Quartzarênicos apresentaram os menores teores de elementos químicos. Esse resultado é relacionado ao baixo conteúdo de argilo-minerais que atuariam na co-precipitação de elementos químicos ao longo do processo de pedogênese. Foi registrada diferença significativa dos teores médios entre as províncias geológicas, mas não foi registrada entre as subordens de solo. Isso sugere que o material de origem influencia mais os teores dos elementos químicos no solo do que o processo de pedogênese. Tal resultado foi confirmado pelo teste de semivariograma transformado. O mapa de erro padronizado de predição permitiu identificar 181 novas amostras com relevância espacial para coleta. A simulação de um novo mapa de erro de predição com a reamostragem permitiu reduzir os valores de erro de predição para valores aceitáveis em mais de 80 % da área do Estado para todos os elementos químicos, exceto As, Cu e V. Foi possível identificar sete grupos de amostras, com teores médios estatisticamente diferentes.