Medicina Veterinária

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    Obtenção e avaliação de proteases do fungo nematófago Monacrosporium thaumasium a partir de nanopartículas de prata sobre massas ovígeras do molusco Biomphalaria glabrata e sua análise por pinçamento óptico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-20) Altoé, Lorena Souza Castro; Araújo, Jackson Victor de; http://lattes.cnpq.br/6498910309638817
    Fungos nematófagos têm sido utilizados amplamente para controle biológico, tanto em helmintos, quanto em hospedeiros intermediários. Dentre os agentes envolvidos na dispersão da doença esquistossomose, estão os caramujos aquáticos do gênero Biomphalaria, que são frequentemente acometidos pelo trematódeo Schistosoma mansoni e são responsáveis por grandes danos à saúde de animais e humanos, tornando-se um grande fator de importância médico-veterinária. Como alternativa para controlar esses helmintos, fungos predadores e ovicidas são considerados oponentes naturais e essenciais para tal controle. Este trabalho, portanto, tem por objetivo investigar o potencial fungo Monacrosporium thaumasium como agente de biossíntese de nanopartículas de prata (AgNPs) e interação de proteases à nível molecular e suas conformações na macromolécula de ácido desoxirribonucleico (DNA). Foram testadas as atividades do extrato bruto e da protease parcialmente purificada provenientes de um isolado de M. thaumasium (cepa NF34) associado com nitrato de prata (AgNO 3 ) sobre massas ovígeras de Biomphalaria glabrata, como modelo teste de embriotoxicidade. O experimento foi edificado em delineamento inteiramente casualizado em tratamentos contendo as AgNPs (proporções entre 0,5 mL e 1:1 mL + massas ovígeras expostas) e o grupo controle com água declorada. Ambos os grupos foram mantidos nas condições na temperatura de 25 ºC durante dez dias. Sobre a molécula de DNA, foi feita a purificação parcial do extrato bruto do fungo e aplicado à técnica de pinça óptica (PO), a fim de se de estudar sobre as possíveis interações dessas proteases à esta molécula. Obteve-se das caracterizações enzimáticas, maior atividade proteolítica até 60 ºC em pH 9 durante 25 minutos. As serino-proteases parcialmente purificadas foram verificadas em sistema de gel SDS-PAGE tricina na massa molecular de aproximadamente 40 kDa e as proteases se ligaram fortemente ao ácido desoxirribonucleico, formando o complexo serino protease - DNA. Como conclusão, essas proteases, apresentaram uma constante de associação de ligação de equilíbrio ~10 8 M -1 e um comportamento cooperativo positivo na forma de agregados ligados, com tendência a neutralizar cerca de 100% da carga negativa presente no esqueleto fosfato da dupla hélice, resultando em complexos DNA-proteínas neutras. Os resultados obtidos evidenciam que M. thaumasium é um organismo satisfatório na produção de biossíntese de nanopartículas e ocasionou nas massas ovígeras expostas à inibição de 100% dos caramujos. Logo, as proteases foram importantes nesse tipo de caracterização para elucidar os aspectos moleculares do mecanismo de ação dessa proteína, que pode trazer pistas sobre seu papel como agentes antipatógenos e, assim, contribuir para aprimorar o conhecimento no uso de tais macromoléculas biológicas e possíveis estudos futuros sobre aplicabilidades em programas de controle biológico. Palavras-chave: Biotecnologia. Controle biológico. Gastrópodes. Nanomateriais. Trematodíases. Pinça óptica.
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    Coleta farmacológica e criopreservação de sêmen de grandes felinos mantidos em cativeiro e capturados em vida livre com o uso de armadilhas de laço
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-26) Araujo, Gediendson Ribeiro de; Paula, Tarcízio Antônio Rego de; http://lattes.cnpq.br/6920932033087130
    Os principais desafios na criopreservação de sêmen de felinos de vida livre são desenvolver ou aprimorar uma metodologia eficiente na captura de indivíduos, desenvolver uma técnica mais prática e eficiente na coleta de sêmen com boa qualidade para criopreservação, e também desenvolver equipamentos de resfriamento e congelamento que sejam portáteis e que dispensem o uso de energia elétrica. Objetivou-se, portanto, por meio do presente trabalho adaptar uma metodologia de coleta farmacológica de sêmen e de um método de criopreservação de sêmen de onças pintadas e onças pardas que sejam viáveis para animais de vida livre, capturados por armadilhas de laço. Foram usadas armadilhas de laço compostas por um sistema catapulta, um sistema de contenção e um sistema de monitoramento, nas quais foram realizadas adaptações para melhor adaptação da técnica a três biomas brasileiros Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. O presente trabalho foi o primeiro a capturar onças pintadas e pardas na Caatinga, sendo que a unidade de avaliação do esforço de captura foi “laços-dia”, ou seja, o número de laços armados ao dia que resultou na captura de um animal. O esforço para captura de onça pintada foi de 30,3, 212,5 e 351 laços-dia/captura para o Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica, respectivamente. Possivelmente a baixa taxa de captura na Mata Atlântica se deu pela soma de dois fatores: a baixa densidade populacional e a topografia da região, que limitou a área de captura. O mesmo não foi observado para a onça parda neste bioma, cujo esforço de captura foi de 144 laços-dia/captura, possivelmente devido à maior densidade desta espécie. O sucesso de captura (eventos de captura/dias de campanha) de onça pintada foi semelhante ao obtido por trabalhos que usaram cães farejadores, porém essa metodologia exige a manutenção de uma matilha treinada, além de conferir maior risco de acidentes tanto para o animal, quanto para a equipe. Para o estudo da coleta farmacológica de sêmen três onças pardas (Puma concolor) de cativeiro e onze onças pintadas (Panthera onca), sendo seis mantidas em cativeiro e cinco de vida livre, foram anestesiadas com a associação de Medetomidina (0,08- 0,1 mg/kg) e Ketamina (5 mg/Kg). Passados entre 20 e 40 minutos da indução anestésica a uretra dos animais foi sondada com uma sonda uretral estéril para gatos, por onde foi possível coletar ejaculado em todos os animais. Por meio desta técnica coletou-se em média 106,7 μL de sêmen nas onças pardas contendo 524,1 x 106 /mL e 347,2 μL nas onças pintadas contendo 2635,2 x 106 espermatozoides / mL. As avaliações de vigor, motilidade e patologia espermática demonstraram que a técnica não afeta a qualidade do sêmen em relação às demais metodologias usadas em felinos. Para o congelamento do sêmen foram utilizados animais mantidos em cativeiro (seis onças pintadas e três onças pardas). A etapa de resfriamento foi dividida em dois tratamentos, um com a metodologia convencional como uso de gelo e água (Resfriamento A) e a outra com material refrigerante reciclável congelado em nitrogênio líquido (Resfriamento B). Os resultados das avaliações de rotina (vigor, motilidade e teste hiposmótico), com sondas fluorescentes e de análise computadorizada do sêmen demonstraram que não houve diferença entre os dois tratamentos testados. Por meio do presente estudo foi possível desenvolver metodologias que viabilizaram a criopreservação de sêmen de onças pintadas e onças pardas de vida livre. Portanto, o uso de armadilhas de laço associada à coleta farmacológica de sêmen por cateterização uretral, com medetomidina, e resfriamento usando gelo reciclável congelado em nitrogênio líquido mostrou-se eficiente e seguro nas atividades propostas.