Medicina Veterinária
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Item Criopreservação de sêmen canino, utilizando dois diluidores e dois protocolos de resfriamento(Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-07) Bueno, Regina; Costa, Eduardo Paulino da; http://lattes.cnpq.br/2351650489364626Estudou-se criopreservação do sêmen canino, utilizando dois diluidores e dois protocolos de resfriamento do sêmen, para avaliar o efeito desses sobre a qualidade espermática in vitro, após a congelação/descongelação. Os meios diluidores utilizados foram o Tris-citrato e o Tes-Tris e os procedimentos de resfriamento foram realizados em um congelador de células digital e em caixa de isopor. O experimento foi conduzido no Laboratório de Reprodução Animal - DVT-UFV, utilizando-se três machos, submetidos a uma coleta de sêmen por semana, durante cinco semanas, totalizando quinze amostras, em cada delineamento experimental. Os testes in vitro aplicados às amostras de sêmen foram os de: avaliação da motilidade espermática progressiva, vigor espermático, avaliação da integridade da membrana plasmática e do acrossoma, por meio dos testes hipo-osmótico (HOS-T) e câmara úmida, respectivamente e avaliação da longevidade espermática, por meio do teste de termo-resistência rápido (TTR). A análise comparativa entre os meios diluidores evidenciou que o meio diluidor Tris-citrato foi superior (P<0,05) ao meio Tes-Tris, por ter obtido nos resultados de todos os testes in vitro, valores em torno de 15% mais altos. Concluiu-se, portanto, que o Tris-citrato foi mais eficiente em conservar a qualidade espermática, por ter mantido viável uma maior porcentagem de espermatozóides, após a criopreservação. Houve correlação positiva entre vários testes, indicando coerência entre os resultados. A análise comparativa dos protocolos de resfriamento demonstrou que não houve diferença (P>0,05) entre a caixa de isopor e o biocool, logo após o resfriamento. Após a descongelação, os resultados demonstraram que houve igualdade entre os protocolos quanto ao vigor espermático, ao HOS-T e a condição de acrossoma, havendo diferença (P<0,05) apenas na motilidade espermática após a descongelação e durante o teste de termo-resistência, que foram superiores quando o sêmen foi resfriado na caixa de isopor. A curva de resfriamento na caixa de isopor foi de, aproximadamente, -0,45°C/min. e no biocool de -0,55°C/ min., porém, na caixa de isopor a queda de temperatura não foi constante durante os 60 minutos do resfriamento, sendo que nos primeiros dez minutos a temperatura diminuiu 13°C. Parece que o perfil dessa curva favoreceu a manutenção das reservas energéticas dos espermatozóides, por terem tido seu metabolismo mais rapidamente diminuído. Os resultados dos testes para ambos os diluidores e ambos protocolos de resfriamento são compatíveis com os considerados normais para o sêmen criopreservado na espécie canina.Item Avaliação de parâmetros reprodutivos, com o auxílio da ultra- sonografia, em fêmeas suínas da região de Ponte Nova - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-07) Pinheiro, Roniê Wellerson; Costa, Eduardo Paulino daEste experimento foi realizado com o objetivo caracterizar os intervalos desmame-estro (IDE), o momento da ovulação (MO) e a duração do estro (DE) em sistemas de manejo adotados na região de Ponte Nova - MG. Pretendeu-se ainda, analisar as possíveis correlações entre estas características, associando-as com a duração da lactação prévia e espessura de toucinho na desmama, a fim de possibilitar a adoção de manejo na IA que produza maior taxa de concepção e tamanho de leitegada. Foram utilizadas 56 fêmeas da linhagem Camborough 22 de diferentes ordens de parição, com período de lactação médio de 14,7 dias. Estes animais foram alojados em gaiolas individuais, submetidos a três detecções de estro diariamente (7:30, 15:30 e 23:30 horas), sendo caracterizado pelo reflexo de tolerância ao macho (RTM). O reflexo de tolerância ao homem (RTH) foi testado antes da exposição das fêmeas ao macho, oito horas após a primeira observação de RTM positivo. O início foi definido pela primeira vez na qual a fêmea aceitou ser montada pelo homem. A determinação do momento da ovulação foi realizada por meio de ultra-sonografia transretal, e teve inicio 70 horas após o desmame, sendo realizados em intervalos de quatro horas. A manifestação do estro concentrou-se nos períodos da manhã e noite que juntos totalizaram 83%. A partir da manifestação de RTM, observou-se comportamento individual quanto à duração do estro (DE) na fêmea suína, variando de 24 a 96 horas, com duração média de 65 ± 15,46 horas. Para o RTH houve grande variação individual, manifestando-se de forma descontinua e muito curta. A DE apresentou correlação positiva com o momento da ovulação (MO) e de forma negativa com a espessura de toucinho ao desmame, não estando correlacionada com os demais parâmetros em analise (intervalo desmama estro, duração da lactação, ordem de parição e número de nascidos no parto subseqüente). O intervalo desmama estro (IDE) influenciou significativamente no número de leitões nascidos no parto subseqüente, diferindo para os animais que retornaram ao estro no terceiro e quinto dia em relação aos que tiveram um IDE de seis dias. Entretanto, não foi afetada pela ordem de parto, DE e MO. As ovulações concentraram-se no intervalo de 37 ± 11,37 horas, após o início do estro e também com grandes variações individuais, e o MO esteve correlacionando negativamente com a duração da lactação. Os animais que receberam duas doses inseminantes antes da ovulação tenderam a maiores leitegadas do que aqueles inseminados uma antes e duas depois e até mesmo os que receberam três doses antes da ovulação. A ultra-sonografia não afetou a eficiência reprodutiva dos animais apresentando 11,45 ± 2,66 leitões nascidos vivos contra 10,94 ± 3,15, para os animais não submetidos ao exame. Nas condições em que foi realizado este trabalho, pode-se concluir que: há grandes variações individuais para os parâmetros estudados (DE, IDE e MO), o que dificulta a adoção de protocolos fixos ma determinação do momento de inseminação. O RTH não deve ser utilizado de forma rotineira uma vez que se manifesta de forma descontinua e muito curto e que especial atenção deve ser destinada ao período da manhã para detecções do estro, considerando que na prática se realizam duas detecções/dia.Item Reproductive and productive characteristics in Montana Tropical composite heifers(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-07) Marson, Erica Perez; Silva, João Carlos Pereira da; http://lattes.cnpq.br/3958671092629166Este trabalho teve como principais objetivos: 1) caracterizar os eventos idade à puberdade e maturidade sexual em novilhas compostas Montana Tropical (MT); 2) caracterizar as fases pré-puberal, puberal e maturidade sexual, por meio das concentrações plasmáticas de progesterona; 3) avaliar o desempenho ponderal em regime de pasto, com suplementação na seca; e 4) avaliar o desempenho reprodutivo em estação de monta de 72 dias. Foram utilizadas 226 novilhas, sendo 163 compostas MT, 24 1⁄2 sangue Red Angus, 16 1⁄2 sangue South Devon, 8 puras de raças Adaptadas e 15 da raça Nelore. A puberdade manifestou-se em média aos 426,11 dias de idade com peso corporal de 309,49 kg, não se constatando diferenças entre os grupos genéticos. Não foram observadas diferenças entre as novilhas estudadas, para idade e peso à maturidade sexual; o primeiro e o segundo ciclo estral consecutivos, subseqüentes à puberdade, apresentaram duração média, respectivamente, de 19,98 e 20,38 dias. Durante a fase pré-puberal, os valores médios para a progesterona (P4) foram de 1,16 ng/mL e os valores acima de 1 ng/mL, não- associados com a presença de corpo lúteo, indicaram atividade luteal. A manifestação de estro não foi constatada em 48 novilhas, das quais 15 da raça Nelore, 30 compostas MT e três Adaptadas, entretanto, nove apresentaram valores superiores a 1 ng/mL. Durante a fase puberal, as concentrações de P4 diferiram em função dos dias de coleta, dentro de cada grupo estudado, sendo explicada por um modelo curvilíneo quadrático, mostrando valores baixos e elevados no dia do estro e durante a fase luteal, respectivamente. O mês de nascimento influenciou os pesos corporais das fêmeas, traduzidos por respostas superiores (P<0,05) nas novilhas que nasceram mais cedo na estação de parição. O peso e o escore da condição corporal apresentaram um comportamento linear, em função dos meses do experimento (P<0,05). Foram observados efeitos do ganho de peso corporal sobre os grupos genéticos, somente nos meses de outubro e novembro (P<0,05). Constatou-se, após a primeira, a segunda e a terceira inseminação artificial (IA) taxas de prenhez de 47,79%; 14,16% e 4,86%, respectivamente; a taxa de prenhez e de concepção geral no rebanho foram 66,81% e 84,83%, respectivamente, enquanto o índice de concepção foi de 1,36 doses de sêmen por fêmea gestante. Esses resultados permitem afirmar que as novilhas de todos os grupamentos genéticos estudados manifestaram a puberdade precocemente, apresentando bons desempenhos ponderal reprodutivo, em condições de pastagens com suplementação nas secas.Item Consumo, digestibilidade, produção e composição do leite, produção de proteína microbiana e estimativas das excreções de derivados de purinas e de uréia em vacas lactantes alimentadas com rações contendo diferentes teores de uréia(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-07) Oliveira, Antonia Santos; Valadares, Rilene Ferreira Diniz; http://lattes.cnpq.br/4718455207402018Foram utilizadas 16 vacas holandesas em quatro quadrados latinos balanceados 4 × 4, distribuídas de acordo com o período de lactação. Cada período experimental teve duração de 21 dias, sendo sete dias para adaptação e 14 dias para coletas de amostras. As rações experimentais, isoprotéicas, foram formuladas para conter, na base da matéria seca, 60% de silagem de milho, 40% de concentrado e 0; 0,7; 1,4; e 2,1% de uréia, correspondentes aos teores de proteína bruta na forma de compostos nitrogenados não-protéicos (NNP) de 2,22; 4,18; 5,96; e 8,09%. Foi determinado o tempo necessário para a adaptação e medição do consumo e da produção de leite e avaliados a produção e a composição do leite, os consumos e as digestibilidades aparentes de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), fibra em detergente neuto (FDN), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHOT) e proteína, o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT) e a produção de proteína microbiana, utilizando-se a excreção total de derivados de purina (DP) e as excreções de DP e de uréia obtidas a partir de coletas de urina de 24 horas e spot. As amostras de silagem de milho, concentrado e sobras foram coletadas diariamente e as de fezes, no 15 o e 20 o dia de cada período experimental. As o amostras spot de urina foram obtidas no 15 dia e as amostras de urina de o 24 horas, no 20 dia de cada período experimental. Amostras de sangue foram coletadas no 15 o dia de cada período experimental para avaliar as o concentrações de creatinina e uréia. As amostras de leite, obtidas no 15 e o 20 dia de cada período experimental, foram analisadas para gordura, proteína, alantoína e uréia. Para todos os tratamentos, sete dias foram suficientes para adaptação. Ao se elevarem os níveis de NNP na ração, os consumos de MS, MO, PB, CHOT e NDT diminuíram. Entretanto, as digestibilidades aparentes totais de MS, MO, FDN, EE, PB e CHOT não foram afetadas. A produção de leite corrigida ou não para 3,5% de gordura, as quantidades de gordura e proteína e os teores de proteína no leite tiveram comportamento linear negativo com o aumento dos teores de NNP nas rações; os teores de gordura e a eficiência alimentar não sofreram alterações. As estimativas do volume urinário e das excreções de uréia, alantoína, ácido úrico, purinas totais, purinas absorvidas e N-microbiano não diferiram daquelas obtidas pela coleta de 24 horas.Item Diversidade genética de isolados do fungo predador de nematóides Arthrobotrys spp. por marcadores moleculares RAPD e PCR-RFLP do rDNA(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-08) Ramos, Moema Lopes; Araújo, Jackson Víctor de; http://lattes.cnpq.br/2280046813332479A diversidade genética de seis isolados Arthrobotrys conoides, três isolados A. oligospora e sete isolados A. robusta foi avaliada por meio de RAPD. A amplificação resultou em um total de 107 fragmentos de DNA polimórficos, utilizando 11 oligonucleotídeos. As distâncias genéticas variaram de 9 a 83%, quando analisadas em conjunto, demonstrando grande diversidade genética nos isolados dessas três espécies. Por meio dessas análises, pôde-se diferenciar os isolados A51 (A. robusta) e A78 (A. conoides) das suas respectivas espécies. Além desses, o isolado A183 (A. oligospora) também se diferenciou de sua espécie agrupando-se com isolados de A. robusta. A variação dentro da região ITS do rDNA de seis isolados A. conoides e sete isolados A. robusta foi analisada por PCR seguida pela análise do polimorfismo de comprimento de restrição (RFLP). Essa região amplificada inclui o espaçador interno transcrito (ITS), que possui um baixo grau de conservação. Dois isolados fúngicos, A51 e A78, apresentaram polimorfismo de tamanho dentro de suas respectivas espécies. Os produtos da amplificação da região ITS foram hidrolisados com diferentes endonucleases de restrição. Análises de agrupamento, baseadas nos fragmentos de DNA de restrição, separaram os isolados em três distintos grupos: o Grupo 1, que contém os isolados pertencentes à espécie A. conoides, exceto o isolado A78; o Grupo 2, que contém os isolados da espécie A. robusta, exceto o isolado A51; e o Grupo 3, formado pelos isolados A78 e A51, sugerindo uma nova análise na sua classificação.Item Efeito antimicrobiano de própolis verde do Estado de Minas Gerais sobre bactérias isoladas do leite de vacas com mastite(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-08) Pinto, Marcelo Souza; Faria, José Eurico de; http://lattes.cnpq.br/6201935789650643A sensibilidade, in vitro, de amostras de Staphylococcus aureus, Staphylococcus sp. coagulase negativos, Streptococcus agalactiae e bactérias do grupo dos coliformes isoladas do leite de vacas com mastite a diferentes extratos de própolis, na concentração de 100 mg/mL, foi avaliada pela técnica de antibiograma em discos de papel de filtro com sobrecamada de meio de cultura. Os resultados mostraram que o extrato etanólico de própolis comercial, os extratos etanólico e, em menor proporção, o metanólico inibiram o crescimento das amostras de bactérias Gram positivas, Staphylococcus aureus, Staphylococcus sp. coagulase negativos e Streptococcus agalactiae. Os extratos obtidos através da água, do acetato de etila e do clorofórmio não inibiram nenhuma amostra bacteriana, assim como, os veículos etanol e metanol puros utilizados como controle. A bactéria Gram negativa testada, do tipo coliforme, não apresentou sensibilidade a nenhum dos extratos. Verificou-se diferenças significativas (p<0,05) na sensibilidade aos extratos entre amostras bacterianas de mesma espécie, mas de origens diferentes. Estudou-se o efeito de extratos etanólicos de própolis obtidos por álcool 70, 80 e 95%, sobre amostras de Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae isoladas do leite de vacas com mastite. Não houve diferença significativa (p>0,01) na atividade antibacteriana entre os três tipos de extratos etanólicos de própolis estudados. As duas concentrações de extratos etanólicos utilizadas na avaliação da sensibilidade do Staphylococcus aureus, 3,0 e 2,0 mg/mL, inibiram, de maneira semelhante, as três amostras bacterianas testadas. Somente em uma amostra foi observada ação bactericida dos extratos etanólicos de própolis, em ambas as concentrações, a partir de 12 horas de exposição. Nas duas amostras de Streptococcus agalactiae, observou-se o efeito bactericida da própolis ao final do período de 24 horas de exposição às concentrações de 0,43 e 0,3 mg/mL. Verificou-se que, com dosagens cerca de dez vezes menores que as aplicadas para Staphylococcus aureus, houve uma completa e irreversível inibição do Streptococcus agalactiae, dentro do período estudado. Todos estes resultados estimulam o prosseguimento de novas pesquisas sobre a utilização de extratos de própolis, em veículos adequados, com vistas ao tratamento da mastite bovina.Item Determinações de imunoglobulinas G, inibidores de tripsina e lactoferrina em colostros de vacas mestiças holandês-zebu(Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-21) Soares Filho, Paulo Martins; Belém, Pacífico Antônio Diniz; http://lattes.cnpq.br/7657259805772853Essa pesquisa foi conduzida em seis fazendas de criação de bovinos leiteiros mestiços holandês-zebu de diferentes graus de sangue, localizadas nas microrregiões de Ponte Nova e Viçosa, Minas Gerais. Os objetivos consistiram em conhecer os níveis de IgG, inibidores de tripsina e lactoferrina encontrados em colostros dos referidos animais. Para isso, as determinações de IgG e de lactoferrina foram feitas através de imunodifusão radial simples e, no caso dos inibidores de tripsina, foi empregada técnica colorimétrica, utilizando-se o substrato sintético D-L, BApNA. Os níveis médios de IgG (154,94 mg/ml) e de inibidores de tripsina (0,9577 mg de tripsina inibida/ml) não foram influenciados pelos diferentes grupos de graus de sangue e se apresentaram muito superiores aos relatados para raças taurinas puras. A grande amplitude verificada para o intervalo de confiança envolvendo níveis médios de IgG não tem implicações práticas, já que seu limite inferior de 134 mg/ml é bastante elevado. Por outro lado, em se tratando de lactoferrina, vacas com mais de 75% de grau de sangue holandês apresentaram concentrações médias mais altas que as pertencentes aos demais grupos de grau de sangue. Para essa última característica, os valores médios verificados em cada grupo (1 a 4) foram, respectivamente, 0,65 mg/ml, 0,82 mg/ml, 1,58 mg/ml e 0,96 mg/ml, mas a alta variabilidade encontrada não permitiu obter uma estimativa média representativa, segundo os diferentes grupos estabelecidos. Concluiu-se, então, que, na maioria das vezes, não se justifica o emprego de métodos artificiais de fornecimento do colostro em se tratando de animais mestiços holandês-zebu. Em tese, bastaria que se recorresse à mamada natural assistida, nas primeiras horas de vida, para assegurar que bezerros mestiços holandês-zebu venham a receber adequadas concentrações de anticorpos colostrais necessários à transferência de imunidade passiva.Item Estudo experimental do emprego do polímero derivado do óleo de mamona (Ricinus communis) na diáfise proximal da tíbia em cães(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-07) Fernandes, Edilaine Sarlo; Borges, Andréa Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/8783203958229765Para avaliar clínica, radiológica e histologicamente o efeito do polímero derivado do óleo de mamona (PDOM), como substituto ósseo na reparação de defeitos ósseos provocados na diáfise proximal da tíbia de cães, foi realizado um estudo experimental, utilizando-se 20 cães, clinicamente sadios. Os animais foram separados em dois grupos de dez cada, onde um grupo recebeu tratamento com PDOM e o outro grupo não recebeu tratamento, sendo utilizado como controle. Após protocolo anestésico rotineiro, o procedimento cirúrgico constou de incisão de pele e subcutâneo na face medial no terço proximal da tíbia esquerda, até a exposição da região óssea desejada. Retirou-se um fragmento ósseo, com cerca de 10 x 5 mm de tamanho, nos dois grupos, sendo a falha óssea provocada preenchida em um grupo com PDOM e os tecidos suturados de maneira convencional. Os animais foram submetidos a exame clínico diário e a avaliação radiográfica logo após a cirurgia e nos dias 8, 30, 60, 120 e 180 de pós- operatório. Nos mesmos dias eram feitas as coletas de material para análise histopatológica, utilizando-se dois animais de cada grupo. À palpação, percebeu- se aumento de volume na região trabalhada, em ambos os grupos, nos três primeiros dias e recuperação funcional perfeita do membro após 72 h de pós- operatório. Os resultados obtidos ao exame radiográfico revelaram, logo após a cirurgia, radiotransparência do defeito ósseo, se comparado ao osso normal, em ambos os grupos. As radiografias subseqüentes revelaram evolução da opacidade mais intensa no grupo controle, que aos 60 dias já se assemelhava ao osso normal. No grupo em que se usou PDOM, a radiotransparência perdurou até os 180 dias. Não foi observado qualquer processo que caracterizasse, radiograficamente, reação de rejeição nos animais tratados com o PDOM, também não se observou reparação do defeito ósseo ao final do experimento neste grupo, ao contrário do grupo controle. Ao exame histológico, observou-se no grupo tratado a não-integração do PDOM. Aos oito dias, a falha mostrou-se parcialmente preenchida com tecido de granulação. Aos 30 e 60 dias, o tecido observado na falha era predominantemente fibroelástico e já se observava a presença de fina cápsula de tecido conjuntivo. Aos 120 e 180 dias, a falha ainda estava presente e com pouco crescimento ósseo. Já no grupo controle, a reparação óssea se deu a partir dos 30 dias de pós-operatório. Durante o experimento, não se observou reação do tipo corpo estranho, bem como o preenchimento completo do defeito ósseo nos animais tratados com o PDOM, tanto radiográfica como histologicamente, à diferença do grupo controle, onde houve reparação total.Item Avaliação do comportamento sexual em touros da raça Nelore (Bos taurus indicus): comparação entre os testes da libido feitos em curral e comportamento sexual a campo(Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-07) Oliveira, Cleber Barbosade; Guimarães, José Domingos; http://lattes.cnpq.br/2566542892550959O experimento foi conduzido na Fazenda Mundo Novo, município de Brotas - SP, de outubro de 1999 a março de 2000. Os objetivos foram determinar a eficiência do teste da libido realizado em curral, comparando-o ao teste realizado a campo, e relacioná-los à taxa de gestação em estação de monta de 120 dias; testar a tabela de classificação da libido proposta pelo CBRA (1998), para animais da raça Nelore (Bos taurus indicus); propor modificações no teste, e confirmar a relação comportamento sexual/aspectos físicos e morfológicos do sêmen. Foram utilizados 13 touros, todos classificados como aptos à reprodução, avaliados por exame andrológico (exame biométrico dos órgãos sexuais e exame físico e morfológico do sêmen e avaliação clínica), e submetidos ao teste da libido em curral, por 3 h. Destes, 9 touros foram submetidos à avaliação a campo, com proporção touro/vaca 1:33. A cada 21 dias, foi diagnosticada a gestação por ultra-sonografia. Observou-se que, quanto maior o tempo de teste, maiores foram os escores de classificação, sendo que nenhum touro conseguiu efetuar serviço completo dentro dos 10 minutos do teste. Touro classificado como muito bom teve 84,80% de prenhez, porém touros questionáveis tiveram 86,67% e 96,55% ao final da estação. As correlações entre características físicas e morfológicas do sêmen ficaram próximas de zero ou nulas (p>0,05). Os touros reconhecem a fêmea que está em estro pelo ato de cheirar ou lamber o corpo da fêmea, cheirar ou lamber a vulva, seguindo-se ou não o reflexo de Flehmen. A receptividade das fêmeas é testada e os machos efetuam o coito precedido por eventos tais como exposição de pênis, reflexo de monta, tentativa de monta, monta abortada e serviço completo ou cópula.Item Estádio de maturidade sexual em touros da raça Nelore, dos 20 aos 22 meses de idade(Universidade Federal de Viçosa, 2001-01-04) Vasconcelos, Carlos Otávio de Paula; Guimarães, José Domingos; http://lattes.cnpq.br/7349770411889161Este estudo teve como objetivo avaliar o grau de maturidade sexual em 3204 touros da raça Nelore, com idades na faixa etária de 20 a 22 meses. Exames andrológicos foram realizados enfocando as seguintes características: biometria testicular e características físicas e morfológicas do sêmen. Posteriormente, os animais foram classificados, de acordo com os índices de anomalias classes espermáticas andrológicas, e motilidade espermática progressiva, em cinco baseando-se nos padrões recomendados por GUIMARÃES (comunicação pessoal), sendo: 1- animais aptos à reprodução, 2- animais aptos à reprodução em regime de monta natural, 3- animais inaptos temporariamente à reprodução, 4- animais inaptos à reprodução, 5- animais descartados, e duas classes andrológicas preconizadas pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (1998), sendo:1- animais aptos à reprodução e 2- animais inaptos à reprodução. Foram feitas análises estatísticas descritivas para todos os parâmetros estudados, bem como análise de variância, que teve como variáveis independentes as características ambientais, ano, mês de nascimento e grau de sangue e como variáveis dependentes todos os outros parâmetros estudados. Para comparação de média, utilizou-se o teste de Tuckey e para as características qualitativas foi feita a análise de qui-quadrado. Na faixa etária estudada, nos anos de 1999 e 2000, 68,47 e 75,24 % dos animais mostraram -se maturos sexualmente, adotando-se os critérios do CBRA (1998) e 88,18% e 78,68 %, adotando-se os critérios para animais jovens (GUIMARÃES, 2000), respectivamente. Os valores gerais registrados nas duas fazendas para o perímetro escrotal, comprimento e largura testicular esquerda, comprimento e largura testicular direita e volume testicular no ano de 2000 foram, respectivamente: 31,92±2,57 cm; 11,38±1,40 cm; 6,11±0,65 cm; 11,44±1,31 cm; 6,13±0,59 cm e 663,09±212,58 cm³. Somente o comprimento testicular esquerdo e volume testicular mostraram-se superiores nos animais da Fazenda 1 (p< 0,05), não havendo diferença entre as características de largura testicular e perímetro escrotal. Com relação ao formato testicular, houve predominância do formato longo e longo/moderado (91,36%). O percentual de cada formato foi: longo (27,16%), longo/moderado (64,20%), moderado/oval (8,13%), oval/esférico (0,14%) e esférico (0,36%). Para as características físicas e morfológicas do sêmen, os animais apresentaram os seguintes valores médios nos anos de 1999 e 2000, respectivamente: Perímetro escrotal : 32,06±7,57 e 31,90 ±2,57 cm, motilidade espermática progressiva : 71,00 ±14,59 e 65,76 ±16,84 %; defeitos espermáticos maiores : 14,70±13,84 e 13,64 % e defeitos espermáticos totais: 21,65±16,48 e 19,42±15,26 %. Verificou-se que em ambos os critérios de avaliação de maturidade sexual, os animais se mostraram precoces na faixa etária estudada, na qual a maioria dos animais se encontravam sexualmente maturos. A seleção para maiores perímetros escrotais no rebanho estudado não resultou em mudança no formato testicular, verificando-se em sua maioria os formatos alongados e alongados/moderados. O uso do perímetro escrotal é eficaz para predizer o potencial reprodutivo dos touros, não sendo necessárias as mensurações de comprimento, largura e volume testiculares.Item Efeito de um sistema de acondicionamento térmico do ambiente e da nutrição sobre o desempenho reprodutivo de porcas gestantes(Universidade Federal de Viçosa, 2001-02-22) Nunes, Christiane Garcia Vilela; Costa, Eduardo Paulino daDois experimentos foram realizados em uma granja de suínos, na região de Ponte Nova, Minas Gerais, no período de março a setembro de 2000. No primeiro, avaliou-se um sistema de acondicionamento térmico com ventilação forçada, associada à nebulização em salas de gestação, assim como o seu efeito sobre os parâmetros fisiológicos e reprodutivos da fêmea suína. Foram utilizadas 95 porcas Cambourough 22@ (matriz comercial da Agroceres), de segundo parto em diante, distribuídas em dois tratamentos. No tratamento 1, 46 porcas foram submetidas, nos primeiros 35 dias de gestação, a um sistema de acondicionamento térmico artificial (ventiladores e nebulizadores), acionado automaticamente de acordo com a temperatura do ar (VFN). No tratamento 2, 49 porcas foram submetidas, também nos primeiros 35 dias de gestação, a um ambiente sem qualquer sistema de acondicionamento térmico artificial (SVFN). Após os 35 dias de gestação, todos os animais receberam o mesmo manejo até o parto. A temperatura média ambiente, para os tratamentos VFN e SVFN, foram de 22,6 e 23,4 °C, respectivamente, e nas horas mais quentes do dia o sistema de acondicionamento térmico foi eficiente em reduzir a temperatura em 2 °C. Apesar dessa diferença, esse sistema não foi eficiente em reduzir a temperatura ambiente para a temperatura de conforto dos animais (18-20 C), e em ambos os tratamentos os animais apresentaram freqüência respiratória elevada, que foi eficiente em manter a temperatura retal dos animais. Não houve diferença (P > 0,05) entre os parâmetros de eficiência reprodutiva avaliados (taxa de repetição de estro, taxa de parto, taxa de abortamento e número de leitões nascidos/parto). Também, não houve diferença para a concentração sérica de progesterona, que não influenciou os resultados reprodutivos (P > 0,05). Desta forma, o uso do sistema de ventilação e nebulização para a época do ano estudada não se justifica, uma vez que as temperaturas não foram tão elevadas a ponto de submeter os animais a um estresse por calor severo, o que afetaria o desempenho reprodutivo dos animais. O segundo experimento teve duração de aproximadamente 114 dias, e objetivou avaliar o efeito de diferentes níveis de energia digestível (ED) na ração inicial de gestação sobre a eficiência reprodutiva de fêmeas suínas. Foram utilizadas 179 porcas Cambourough 22@, de segundo parto em diante, distribuídas em dois tratamentos. No tratamento 1, as porcas receberam 2,2kg/dia de ração com 2.986 kcal/kg de ED, nos primeiros 15 dias pós-cobertura (6.371 kcal/kg de ED/dia). No tratamento 2, foi fornecida 2,6kg/dia de ração com 3.100 kcal/kg de ED, da cobertura até o 15 o dia pós-cobertura (8.060 kcal/kg de ED/dia). Após este período, os animais de todos os tratamentos receberam o mesmo manejo nutricional. Não houve diferença (P > 0,05) entre os tratamentos, para as variáveis reprodutivas avaliadas. Também, não foram encontradas diferenças na espessura de toucinho e nas concentrações séricas de progesterona para os animais entre os tratamentos (P > 0,05). Assim, o consumo de ED por dia para o período inicial de gestação recomendado, para a época do ano estudada, é de 6.371 kcal/kg, ou seja, aquele que apresenta menor custo para a produção suinícola.Item Citoaderência “in vitro” de eritrócitos de bovinos inoculados com Babesia bovis (Starcovici, 1893) em células endoteliais de aorta bovina(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-21) Caetano, Bráulia Costa; Patarroyo Salcedo, Joaquin Hernán; http://lattes.cnpq.br/5053724903363709Eritrócitos de bovinos inoculados com amostras de Babesia bovis (BbovUFV1 7 a passagem e Jaboticabal 7 a passagem, patogênicas e BbovUFV1 26 a passagem, atenuada) foram testados quanto à sua capacidade de aderir em células endoteliais de aorta bovina (BAECs) “in vitro”. Paralelamente, foram realizados ensaios de imunofluorescência indireta com amostra de sangue periférico dos animais para detecção da presença de eritrócitos portando antígenos de B. bovis em sua superfície e testes de hemaglutinação passiva para detecção de antígenos livres de B. bovis nos soros dos mesmos. Houve aumento significativo no número de eritrócitos não parasitados aderidos dos animais inoculados com amostra patogênica BbovUFV1 7 a passagem, que se associou ao aparecimento de antígenos livres de B. bovis no soro e de eritrócitos não parasitados marcados com antígenos do parasita no sangue periférico. Estes resultados não foram observados nos testes com amostras dos animais inoculados com BbovUFV1 26 a passagem atenuada. Eritrócitos obtidos dos animais inoculados com amostra patogênica Jaboticabal 7 a passagem não se mostraram aderentes às BAECs a despeito dos animais terem apresentado eritrócitos não parasitados modificados com antígenos de B. bovis em sua superfície e níveis transitórios de antígenos livres no soro. Os dados sugerem que a modificação da superfície de eritrócitos não parasitados por antígenos de B. bovis presentes no soro dos animais inoculados pode levar a adesão eritrocitária “in vitro”. Porém as modificações não culminam sempre em desenvolvimento de adesão, visto que os antígenos de B. bovis que marcam os eritrócitos não parasitados podem variar em sua estrutura e capacidade de ligação em receptores endoteliais.Item Puberdade e maturidade sexual em touros compostos Montana Tropical(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-30) Miranda Neto, Tamires; Guimarães, José Domingos; http://lattes.cnpq.br/2500095706203939O objetivo do presente experimento foi estudar os efeitos da heterose sobre a idade e peso corporal à puberdade e à maturidade sexual, os parâmetros reprodutivos durante as fases pré-puberal, puberal e maturidade sexual, bem como a interferência de diversas composições genéticas na caracterização dos estádios de maturação sexual em animais compostos Montana Tropical. Utilizou-se 140 touros, sendo 12 adaptados e 128 Montana Tropical que formavam 8 grupos de diferentes composições genéticas. Os animais foram criados em condições de pastagens com suplementação no período de maio até julho de 1999, posteriormente os mesmos foram confinados durante o período de 02/08 a 07/12/99, quando então passaram a ser manejados somente em regime de pastagem. O período experimental compreendeu a idade média de 11,5 a 17,5 meses. A puberdade e a maturidade sexual foram determinadas por meio de características ponderais e características físicas e morfológicas do sêmen. A puberdade foi alcançada em média aos 12,70±1,62 mês de idade, quando os animais pesavam 349,24±49,40 kg. Neste período os animais apresentaram perímetro escrotal (pe) de 28,71±2,60 cm, volume do ejaculado (vol) de 9,31±3,37 ml, turbilhonamento (turb) de 0,18±0,48 (0-5), motilidade espermática progressiva (mot) de 52,52±15,20 %, vigor (vig) de 2,41±0,74 concentração espermática no ejaculado (cejac) de 489±898,10, (0-5), defeitos espermáticos maiores (dm) de 54,12±28,42 %, defeitos espermáticos menores (dmen) de 27,67±17,60 % e defeitos espermáticos totais (dt) de 81,80±28,04 %. Não houve diferença (P<0,05) entre os animais dos diferentes grupamentos genéticos. A maturidade sexual foi alcançada em média com 13,83 ± 1,58 mês de idade, quando os animais apresentavam peso de 369,91 ± 45,74 kg, pe de 30,12±2,63 cm, vol de 9,39±4,20 ml, turb de 0,86±1,12 (0-5), mot de 62,16±13,98 %, vig de 3,10±0,84 (0-5), cejac de 1582,01±1726,91, dm de 9,95±4,84 %, dmen de 8,90±4,10 % e dt de 18,85±7,04 %. Estes resultados demonstram efeito positivo da heterose sobre a precocidade sexual e desenvolvimento ponderal dos animais e a homogeneidade do grupo, apesar das diferentes composições genéticas. Não houve diferença de médias registradas para características estudadas entre os animais dos diferentes grupamentos genéticos (P>0,05), com exceção das médias para defeitos espermáticos maiores, que diferiram (P<0,05) na ocasião da maturidade sexual.Item Avaliação da resposta imune de bovinos inoculados com amostra atenuada de Babesia bovis (Starcovici, 1893)(Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-25) Freitas, Carla Maria Batista de; Viloria, Marlene Isabel Vargas; http://lattes.cnpq.br/2955245698944525Bovinos inoculados com amostra atenuada de Babesia bovis (Bbo UFV-1) foram avaliados quanto ao desenvolvimento da resposta imune, por meio de estudos histopatológicos e imunohistoquímicos de cortes de linfonodos superficiais. Os estudos histopatológicos mostraram ativação da resposta imune pela reatividade de centros germinativos a partir do 3o dia pós-vacinal, sendo mais acentuada entre os 9-12 dias após a primeira exposição ao antígeno. Após a re-inoculação houve um aumento no número de centros germinativos. Níveis maiores de atividade de síntese protéica foram detectados na região medular, em plasmócitos localizados nos cordões medulares, caracterizando a produção de imunoglobulinas. Foram detectados grupos de células em apoptose, principalmente, localizados nos centros germinativos e nos cordões medulares dos linfonodos dos animais inoculados, enquanto que no linfonodo do animal negativo estas células eram observadas em menor número e distribuídas isoladamente. Antígenos de B. bovis foram detectados em células dendríticas pelo método de PAP. Concomitantemente às alterações histopatológicas em órgãos linfóides periféricos, observou-se um aumento nos níveis séricos de IgG1 e IgG2. Através da dosagem e estudo da cinética de produção de IFN-γ, TNF-α e IL-12 avaliou-se a ativação de PBMCs cultivadas com peptídeos sintéticos e previamente estimuladas reconhecimento do com peptídeo amostra sintético atenuada 23290 por de B. células bovis. de O memória, estimulou a produção dos níveis mais elevados de IFN-γ, TNF-α e IL-12 no presente estudo, caracterizando-o como um potencial imunógeno contra B. bovis.Item Hidroxiapatita sintética na regeneração de falha óssea provocada em fratura completa de terço intermédio de tíbia imobilizada pela fixação percutânea em cães(Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-12) Fehlberg, Andressa de Farias; Borges, Andréa Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/5995428900353103Para avaliar clínica, radiológica, angiográfica e histologicamente o uso da Hidroxiapatita sintética (HAP) em forma de grânulos, como substituto ósseo na reparação de defeitos ósseos provocados no fragmento distal de fraturas de diáfise de tíbia imobilizadas por fixação percutânea, foi realizado estudo experimental, utilizando 20 cães, clinicamente sadios. Os animais foram separados em dois grupos de dez, tendo recebido o grupo 1 HAP e o grupo 2 utilizado como controle. Após protocolo anestésico rotineiro, o procedimento cirúrgico constou de incisão de pele e tecido subcutâneo na face medial da diáfise da tíbia esquerda. Produziu-se uma fratura transversa em seu terço médio e com auxílio de osteótomo, foi provocado defeito ósseo no fragmento distal da fratura. No grupo tratado, a falha óssea foi imediatamente preenchida por HAP e, no grupo- controle, a falha permaneceu sem tratamento. Em seguida, os tecidos foram suturados de maneira convencional. Os animais foram submetidos a avaliações clínicas diárias e a avaliação radiográfica foi feita logo após a cirurgia, aos oito, 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório. Nos mesmos dias dois animais de cada grupo foram submetidos à análise angiográfica e histológica. Ao exame clínico, os animais apresentaram graus variados de claudicação, ocorrendo o retorno do membro à função aproximadamente no décimo dia. Os exames radiográficos revelaram, aos 30 dias, evidências radiológicas de consolidação da fratura. Nos dias subseqüentes, ficou evidente um processo de remodelação do calo ósseo e do canal medular. Os exames angiográficos revelaram aos oito dias de pós-operatório aumento do suprimento sangüíneo extra-ósseo em todos os animais com a diminuição gradativa da neovascularização nas avaliações subseqüentes, revelando uma organização vascular do tecido cicatricial. No exame histológico, aos oito dias de pós-operatório, observaram-se regiões de hemorragia e reação osteoclástica nas bordas da lesão em ambos os grupos. Aos 30 dias de pós-operatório, no grupo tratado, observou-se crescimento ósseo a partir das bordas da lesão, com tecido ósseo trabecular preenchendo a região da falha óssea, já no grupo controle, observou-se formação de osso novo a partir das bordas da lesão, mas com a região da falha óssea preenchida por tecido fibrovascular, evidenciando um processo de reparação óssea normal. Aos 60 dias, no grupo 1, foi observada remodelação do tecido lamelar, bem como a presença de numerosos vasos sangüíneos e, em ambos os grupos, presença de ósteons secundários. Aos 90 dias, ambos os grupos apresentavam tecido ósseo maduro na região da falha e da osteotomia. Aos 120 dias, ambos apresentavam tecido ósseo maduro basicamente constituído por osteócitos. A presença de maior número de vasos sangüineos na região de osteotomia e da falha óssea no grupo tratado, com evidente remodelação do canal medular nos animais do grupo 1 demonstra uma capacidade angiogênica da HAP. Durante o experimento, não houve reação do tipo corpo estranho, e os animais do grupo tratado demonstraram mais rápida consolidação da fratura e regeneração da falha óssea com remodelação do canal medular, quando comparados com os do grupo-controle.Item Caracterização de amostras de Streptococcus suis em suínos clinicamente doentes no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2001-10-17) Del'arco, Ana Elisa; Santos, José Lúcio dos; http://lattes.cnpq.br/4709886471082583No presente trabalho, estudaram-se aspectos epidemiológicos das infecções causadas por Streptococcus suis, enfocando, principalmente, a ocorrência dos seus diversos sorotipos. Analisaram-se 323 amostras de S. suis, isoladas de animais clinicamente doentes, as quais foram sorotipadas, de acordo com a técnica de coaglutinação, utilizando soro hiperimune produzido para este trabalho. Um questionário foi elaborado e enviado aos proprietários das granjas questionários recebidos, positivas para observou-se que S. todas suis. as Analisando granjas os possuem sistema de criação de ciclo completo, 40,5% possuem entre 10 e 20 anos de existência e 38,1% possuem entre 100 e 500 matrizes. Pela sorotipagem das amostras, constatou-se que o S. suis está presente em vários estados brasileiros, sendo o maior número de isolados correspondente ao Estado de Minas Gerais (60,1%), seguido de São Paulo (10,4%) e Paraná (8,9%). O sorotipo 2 foi o mais freqüente (61,9%), seguido dos sorotipos 1, 3, 4, 7 e 8. O maior número de isolamentos foi obtido de cérebro (56,0%), seguido do pulmão (9,8%) e casos de septicemia (9,2%). Em relação à sensibilidade a antibióticos, as amostras de S. suis foram mais sensíveis a amoxicilina (96,4%), seguida de lincomicina-espectinomicina (90,9%), ampicilina (87,2%), cloranfenicol (79,1%) e penicilina (71,0%).Item Avaliação do sêmen e proteínas solúveis do plasma seminal de bodes da raça Parda Alpina(Universidade Federal de Viçosa, 2001-10-23) Martins, Leonardo Franco; Guimarães, José Domingos; http://lattes.cnpq.br/7221736096112265O objetivo deste trabalho foi estudar a qualidade seminal in vitro analisada por meio de testes complementares e sua relação com os aspectos físicos, morfológicos e bioquímicos do sêmen de bodes da raça Parda Alpina. O 1º experimento foi realizado durante os meses de janeiro e fevereiro de 2001 e foram utilizados quatro reprodutores adultos criados em condições intensivas. As coletas de sêmen foram realizadas empregando-se o método de vagina artificial. Em todas as coletas além do exame físico e morfológico do sêmen foi realizado o teste hipoosmótico e incubação isoosmótica como grupo controle. Os bodes apresentaram diferença nos aspectos físicos e morfológicos, no teste hipoosmótico e teste de termorresistência (p < 0,05). Os resultados dos testes de termorresistência lento tiveram correlação alta com o percentual de espermatozóides reativos ao meio hipoosmótico (0,67). O 2º experimento foi realizado durante final do mês de fevereiro até inicio do mês de abril de 2001 no mesmo local. Foram realizadas as coletas de quatro reprodutores adultos que se encontravam em regime de monta controlada. Em todas as coletas além do exame físico e morfológico do sêmen foram realizados os testes hipoosmóticos, isoosmóticos e a determinação da concentração protéica total do plasma seminal. Foi detectada diferença entre os bodes na concentração protéica total do plasma seminal (p < 0,05), mas não foram detectadas diferenças no teste hipoosmótico e coberturas por prenhez (p > 0,05). De acordo com os dados obtidos neste estudo pode-se concluir que o teste hipoosmótico pode ser uma importante ferramenta para a avaliação de sêmen caprino e a concentração protéica total do plasma seminal não pode ser utilizada como parâmetro para predizer a qualidade seminal de bodes da raça Parda Alpina.Item Efeitos da hidrocortisona, da prednisolona e da neomicina no processo de reparação de feridas cutâneas em cães(Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-08) Arrieta, Leonardo Fávio Alvarez; Viana, José AntônioNo presente estudo foram utilizados 25 cães adultos, machos e fêmeas, provenientes do canil do Departamento de Veterinária da UFV, com o objetivo de avaliar histologicamente os efeitos da hidrocortisona, da prednisolona e neomicina no processo de reparação de feridas cutâneas. Estes animais foram aleatoriamente divididos em cinco grupos, em todos eles foram feitas cinco incisões de pele perpendiculares ao eixo maior do animal e numeradas de um a cinco de acordo com sua localização referencial no eixo crânio-caudal. Os grupos foram assim constituídos: grupo 1-controle; grupo 2-hidrocortisona tópica; grupo 3-hidrocortisona + neomicina tópica; grupo 4-prednisolona oral e grupo 5-neomicina tópica. Fragmentos de pele de cada incisão foram colhidos em todos os animais, na seguinte seqüência: no 1o dia pós-operatório, incisão no 1; no 2o dia, incisão no 2; no 4o dia, incisão no 3; no 6o dia, incisão no4 e no 8o dia, incisão n°5. Histologicamente, no 1o dia pós-cirúrgico, foi constatado que todos os animais mostravam reação inflamatória de intensidade variável, presença de exsudato celular, constituído principalmente por células polimorfonucleares neutrófilos e coágulo de fibrina em quantidades escassas unindo as bordas da ferida. Na hipoderme a exsudação fibrinosa assim como a área de hemorragia eram maiores. A análise estatística mostrou que não houve diferença significativa na intensidade do coágulo/edema entre os diferentes tratamentos. No 2o dia pós-cirúrgico, histologicamente foi observado inicio de epitelização, organização do coágulo, formação de capilares e presença de células mononucleares. A analise estatística mostrou diferença significativa (P< 0,01) entre as médias do tamanho do coágulo/edema dos diferentes grupos. No 4o dia pós-operatório, histologicamente observou-se que a linha de incisão estava preenchida com fibras colágenas, havia proliferação fibroblástica e diminuição do infiltrado inflamatório. Estatisticamente observou-se diferença significativa (P< 0,01) entre as médias do tamanho do coágulo/edema nos diferentes grupos. No 6o dia pós-cirúrgico constatou-se a presença de tecido conjuntivo bem diferenciado, com formação de vasos sanguíneos com paredes grossas, o epitélio mostrava as diferentes camadas. Quando coágulo/edema se compararam observou-se, as médias estatisticamente, do diferença tamanho a 5% do de significância entre os diferentes grupos. No 8o dia pós-operatório não houve diferença estatística significativa no tamanho do coágulo/edema entre os diferentes tratamentos, embora, apresentaram-se, histologicamente, diferenças qualitativas na resposta cicatricial entre os grupos 1, 2, 3, e 5 quando comparados com o grupo 4. Alem disto, encontrou-se que o grupo 3 apresentou maior formação de tecido conjuntivo.Item Polímero derivado do óleo de mamona acrescido de cálcio, associado ou não a medula óssea autógena na reparação de falhas ósseas experimentais em coelhos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-07) Kawata, DENISE; Carlo, Ricardo Junqueira DelForam avaliados o processo de reparação tecidual e o comportamento do implante do polímero vegetal extraído do óleo de mamona com 40% de carbonato de cálcio, associado ou não à impregnação com medula óssea autógena, em falhas ósseas experimentais em rádios de 30 coelhos e em sítio heterotópico de seis animais. Em quinze coelhos, a falha óssea no rádio direito foi preenchida por cilindros de polímero de mamona (grupo P) com dimensões semelhantes às das falhas; o rádio direito dos outros coelhos recebeu aspirado de medula óssea autógena junto com o implante (grupo M). As falhas ósseas do membro esquerdo não receberam nenhum tratamento e serviram como controle. Cada um dos seis coelhos restantes recebeu seis implantes no músculo reto abdominal (sítio heterotópico), sendo que em três animais, os implantes estavam embebidos em aspirado de medula óssea autógena. Ambos os grupos apresentaram aumento da radiopacidade no local do implante, sem desvio de eixo ósseo ou reabsorção das extremidades ósseas receptoras. O grupo P apresentou áreas irregulares de calcificação na região periférica e sobre o polímero e o M apresentou um padrão de radiopacidade mais intenso, regular e precoce em relação ao P. Na avaliação histológica, foram observadas formação de tecido ósseo imaturo com tendência a organização, brotos isolados de formação de osso novo sobre o polímero em seus poros superficiais e nos poros internos que se comunicavam. O implante permitiu a ocorrência de osteogênese e osteocondução e a formação de osso novo foi progressiva e em maior quantidade quando associado ao aspirado medular; houve migração de capilares, tecidos perivasculares e células osteoprogenitoras entre os poros, com tecido fibrovascular invadindo a superfície do implante; a incorporação dos implantes deu-se de maneira lenta e estava incompleta até as nove semanas do estudo; o implante foi biocompatível no período avaliado. Em sítio heterotópico, o implante foi incapaz de induzir a formação óssea e histologicamente, em ambos os sítios de implantação, foram identificadas células gigantes e tecido fibroso envolvente.Item Estudo epidemiológico da leishmaniose tegumentar na área urbana do município de Viçosa: prevalência canina e descrição dos casos humanos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-11) Alves, Waneska Alexandra; Bevilacqua, Paula Dias; http://lattes.cnpq.br/9231815058121949As leishmanioses representam, na atualidade, uma das mais importantes zoonoses do mundo. O estudo epidemiológico destas doenças torna-se importante, pois nosso país apresenta quadros graves de epidemias e endemias. Adicionalmente, em algumas áreas, estas doenças apresentam caráter emergente. O presente trabalho pretendeu avaliar a existência de condições propícias para a manutenção e transmissão da leishmaniose tegumentar na área urbana do município de Viçosa-MG, assim como, realizar a identificação e a descrição do perfil de ocorrência da doença no município. Foi realizada análise de banco de dados, constituído a partir do inquérito sorológico canino e da aplicação de questionário individualizado, contendo informações demográficas e sobre hábitos do animal, permitindo assim, caracterizar a distribuição da infecção canina no município. Foi encontrada taxa de prevalência da infecção canina de 9,9%, a qual variou segundo os distritos e bairros analisados. Não foram encontradas associações entre infecção canina e as variáveis sexo, idade, raça e tipo de pelagem do animal. Entretanto, cães com o hábito de “irem à rua sozinho” apresentaram maior chance de infecção, o que pode significar fator de risco para dispersão da doença pelo município e regiões circunvizinhas. Foi encontrado um alto percentual de cães assintomáticos reforçando a importância de animais aparentemente sadios, porém infectados, que servem como fonte de infecção para vetores e destes para o ser humano. Adicionalmente, foram analisadas as fichas de notificação de leishmaniose tegumentar humana existentes na Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa, tendo sido observada a existência de casos autóctones humanos nas áreas urbana e rural. Estes achados associados à descrição prévia dos vetores Lutzomia whitmani e L. intermedia corroboram a hipótese de transmissão da leishmaniose tegumentar humana e canina no município de Viçosa. O fato de terem sido identificados casos autóctones humanos e caninos na área urbana sugere a existência de um processo de urbanização da leishmaniose tegumentar nesta área. Os dados obtidos denotam a importância desta zoonose no município de Viçosa, indicando que medidas de prevenção e controle da infecção canina devem ser implementadas, para que os níveis de prevalência humana e animal não aumentem.