Biologia Celular e Estrutural

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    Descrição morfológica, histomorfométrica e ultraestrutural do epitélio epididimário do morcego vampiro Desmodus rotundus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-26) Castro, Mariana Moraes de; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/8236589502209658
    Existem poucos estudos sobre a caracterização do sistema reprodutor masculino, especialmente o epidídimo, em morcegos neotropicais. Estudos prévios em morcegos, Molossus molossus e Eumops glaucinus, mostraram que o epitélio epididimário apresenta características similares a de outros mamíferos, quando analisados sob microscopia de luz. Porém, não foi encontrado nenhum trabalho caracterizando o epidídimo do morcego vampiro comum, Desmodus rotundus. O epidídimo exerce diversas funções como concentração, maturação, transporte e estocagem do espermatozoide. Esse órgão é composto por epitélio pseudoestratificado, podendo ser dividido em quatro regiões, segmento inicial, cabeça, corpo e cauda. Assim, o objetivo desse trabalho foi caracterizar o epidídimo do morcego vampiro comum com base nos aspectos morfológicos, histomorfométricos e ultraestruturais, através do uso de microscopia de luz, epifluorescência e eletrônica. Para a imunohistoquímica, foram usados marcadores de diferentes tipos celulares, como aquaporina 9, citoqueratina 5 e H + V-ATPase, e proteínas de tight junction, como claudina 1, claudina 3, claudina 4 e zônula de oclusão 1. No presente estudo foi possível identificar a região proximal do epidídimo, segmento inicial e cabeça, e a região distal, corpo e cauda. Todas as regiões apresentaram epitélio pseudoestratificado composto por células principais, basais e claras. A altura do epitélio epididimário diminuiu a partir da região proximal para a distal, enquanto o diâmetro do ducto e o de interducto aumentaram. O compartimento do ducto foi o principal componente do epidídimo do morcego vampiro comum. Células principais apresentaram formato colunar com estereocílio na membrana apical da célula em contato com o lúmen e foram as mais frequentes.Ao longo de todo o epidídimo, foi observado marcação PAS- positiva, formando o glicocálice, e expressão da proteína aquaporina 9 no estereocílio. Em todas as regiões observamos grânulos PAS-positivo no citpolasma, além de características ultraestruturais relacionadas às funções de absorção e secreção. O segundo tipo celular mais observado foi a célula basal. Essas foram identificadas pela posição do núcleo, localizado na porção basal do epitélio, adjacente à membrana basal. Em todas as regiões do epidídimo as células basais expressaram citoqueratina 5 e formaram uma rede de comunicação, através de prolongamentos citoplasmáticos laterais, na base do epitélio. Células claras foram as células menos observadas no epitélio epididimário do morcego vampiro comum. Essas apresentaram formato caliciforme, com núcleo na região apical da célula, baixa frequência na região da cauda e expressaram H + V-ATPase. Ultraestruturalmente, os tipos celulares mostraram características similares ao longo do epidídimo. No morcego vampiro comum, observamos a expressão de proteínas de tight junction, claudinas e zônula de oclusão 1, na porção apical das membranas laterais das células adjacentes que compõem o epitélio epididimário. Entretanto, enquanto zônula de oclusão 1 foi observada somente em tight junction, as claudinas foram observadas na região de tight junction, e na membrana basolateral das células adjacentes, incluindo células basais. Houve diferença na distribuição das claudinas quando comparado o epitélio das regiões proximais com as distais do epidídimo e entre as estações de chuva e seca. Conclui-se que o conhecimento das características do epitélio epididimário do morcego comum aumenta as informações sobre o aparelho reprodutor masculino de espécies de morcegos neotropicais, uma vez que o epidídimo de animais dessa espécie apresenta algumas peculiaridades, como o formato caliciforme das células claras em todas as regiões e baixa quantidade dessas na região da cauda, e a ausência de prolongamento citoplasmático em direção ao lúmen das células basais. Entretanto, mais estudos são necessários para o entendimento de como ocorre a maturação espermática nessa espécie, e se variações hormonais e sazonais podem interferir de alguma forma nesse órgão.