Biologia Celular e Estrutural
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Item A dieta influencia? Ultraestrutura das células digestivas do intestino médio de hemípteros (Insecta: Hemiptera) com diferentes hábitos alimentares(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-10) Santos, Helen Cristina Pinto; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/6530960479559622Os Hemiptera são insetos hemimetábolos distribuídos dentre quatro subordens monofiléticas, Sternorrhyncha, cujas relações Auchenorrhyncha filogenéticas e são Heteroptera. estudadas: Estes Coleorrhyncha, insetos apresentam diversificados hábitos alimentares que variam dentre a fitofagia, zoofagia, dentritivoria, hematofagia e onivoria. Devido a esta variedade de hábitos e o conhecimento da filogenia dos táxons superiores do grupo, os hemípteros tornam-se interessantes modelos de estudos comparativos do intestino. Analisando-se a compartimentalização da digestão e a produção de enzimas no intestino médio de insetos foi levantada a hipótese de que características deste órgão eram semelhantes entre espécies relacionadas filogeneticamente mesmo que estas apresentassem diferentes hábitos alimentares. Estudos comparativos visando investigar esta questão sob o viés morfológico ainda eram ausentes na literatura. Devido a isso, com o objetivo de testar, sob o ponto morfológico, a hipótese de que a evolução do intestino médio em insetos é mais relacionada à proximidade filogenética das espécies que ao hábito alimentar, analisamos a ultraestrutura das células digestivas do intestino médio em Hemiptera levando-se em conta seus diferentes hábitos alimentares e filogenia. Esta análise evidenciou que em Hemiptera as células digestivas do intestino médio são polifuncionais responsáveis pela produção e secreção de enzimas, absorção de nutrientes, reserva de nutrientes, neutralização de compostos tóxicos e osmorregulação. Além disso, as células digestivas são similares, apresentando em todas as espécies, membrana perimicrovilar, microvilosidades, núcleo bem desenvolvido e estruturas de reserva, apesar dos diferentes hábitos alimentares apresentados por estas. Portanto, a ultraestrutura das células digestivas em Hemiptera é mais relacionada à proximidade filogenética das espécies.Item Ação de extratos vegetais no reparo de feridas cutâneas em ratos diabéticos(Universidade Federal de Viçosa, 2016-10-03) Souza, Mariáurea Matias Sarandy; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/0888940291566758Objetivo: Investigar o efeito da aplicação tópica da pomada à base de Strycnos pseudoquina nas concentrações 5 e 10% na cicatrização de feridas cutâneas em ratos diabéticos. Material e Método: Amostras de S. pseudoquina foram coletadas no Município de Rio Verde, Goiás, Brasil e em seguida submetido a prospecção fitoquímica. O extrato foi emulsificado em lanolina nas concetrações 5% e 10%. Foram utilizados trinta ratos Wistar que após a indução do diabetes com estreptozotocina, foram divididos em 5 grupos de 6 animais: Sal: feridas tratadas com 0,9% de solução salina; VH (veículo da pomada): feridas tratadas com 0,6 g de creme de lanolina; SS (Sulfadiazina de Prata): feridas tratadas com 0,6 g de creme de Sulfadiazina de Prata (0,01%); ES5: feridas tratadas com pomada a base de S. pseudoquina (5%); ES10: feridas tratadas com pomada a base de S. pseudoquina (10%). Três feridas circulares de 12 mm de diâmetro foram realizadas no dorso dos animais e fragmentos das feridas foram retirados para análises histológicas e bioquímicas a cada 7 dias durante 21 dias. Resultados: Os grupos que receberam o extrato de S. pseudoquina nas concentrações 5 e 10% apresentaram maior taxa de fechamento das feridas, maior quantidade de células, vasos sanguíneos e aumento do colágeno III e I. Os marcadores de estresse oxidativo foram menores nos grupos ES5 e ES10, e os níveis de enzimas antioxidantes foram maiores nestes mesmos grupos. Conclusão: Os resultados deste trabalho demonstraram que a aplicação tópica de pomada à base de S. pseudoquina promove um reparo cutâneo rápido e eficaz em ratos diabéticosItem Adaptação da metodologia de ensaio cometa para avaliação de genotoxicidade do glifosato em milho (Zea mays L.)(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-28) Passamani, Paulo Zanchetta; Carvalho, Carlos Roberto de; http://lattes.cnpq.br/7745351198384911O milho (Zea mays L.), além de ser um dos grãos de maior importância econômica no mundo, é um importante modelo em diversos estudos com plantas. Em virtude da sua grande importância econômica, a minimização da perda na produtividade tem sido priorizada em pesquisas e em programas de melhoramento dessa cultura. O advento do uso de defensivos agrícolas é uma das alternativas adotadas mundialmente para assegurar aumento de produtividade, principalmente em plantações de milho. Os pesticidas são muito eficazes no controle das pragas e na manutenção do nível de produção, mas podem gerar danos a nível genético na planta. Uma forma de avaliar a ocorrência de danos na molécula de DNA tem sido pelo uso da técnica de ensaio cometa, ou eletroforese de célula única. A aplicação dessa metodologia é relativamente rápida, sensível e simples para quantificar danos e reparo no DNA, conforme verificado com sucesso em testes com células humanas e de diversos outros organismos. Portanto, torna-se imperativo e de grande importância a padronização desta técnica para a avaliação da genotoxicidade em plantas, principalmente em culturas de grande importância econômica. O presente trabalho adaptou a metodologia de ensaio cometa em milho, utilizando tanto folha como raízes. Nas adaptações envolvendo raízes, foram avaliados dois métodos de isolamento nuclear, utilizando protoplasto e chopping, incluindo testes para verificar o efeito da sincronização nuclear com hidroxiureia (HU) nas raízes. O uso de núcleos oriundos de protoplasto se mostrou mais eficiente nos ensaios, bem como o tratamento com HU gerou núcleos sincronizados sem danos detectáveis no DNA. Tal procedimento foi útil para padronização do tamanho dos núcleos analisados. Nas adaptações metodológicas envolvendo núcleos oriundos de folhas, o ensaio cometa foi utilizado para avaliar a genotoxicidade associada ao tratamento com Roundup®, herbicida a base de glifosato, em dois híbridos de milho, um resistente à aplicação do herbicida e ou suscetível ao mesmo. Ambos os híbridos apresentaram danos nas moléculas de DNA. A planta não-resistente apresentou sinais de genotoxicidade associado a todos os tratamentos com glifosato. Já o híbrido resistente só teve danos genotóxicos nos tratamentos com as doses mais altas, indicando que a dose recomendada para uso do herbicida não gera danos no DNA deste híbrido.Item Álcool e dieta hipercalórica retardam a cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção em ratos Wistar(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-04) Rosa, Daiane Figueiredo; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/5875057326217323Existem poucos estudos demostram efeito do álcool ou da dieta hipercalórica no reparo cutâneo, sendo que nenhum relata o efeito do álcool e da dieta hipercalórica, associados durante a cicatrização. Para iniciar o estudo foi realizada uma revisão sistemática de todos os artigos relevantes sobre o efeito do álcool e da dieta hipercalórica sobre o processo de reparo cutâneo. A partir da revisão sistemática obtiveram-se informações que serviram como base para o presente estudo. Dessa forma, investigou os danos oxidativos, histológicos e bioquímicos do álcool e da dieta hipercalórica, isolados ou associados, durante o processo de reparo cutâneo em ratos wistar. Cinco grupos experimentais foram analisados: G1: controle, dieta comercial e água com gavagem, G2: controle, dieta comercial e água sem gavagem, G3: dieta comercial e álcool, G4: dieta hipercalórica, G5: dieta hipercalórica e álcool. Os animais foram tratados com álcool e dieta hipercalórica durante 61 dias. Após 40 dias de tratamento foram realizadas 3 feridas cutâneas de segunda intenção no dorso dos animais por meio de incisão cirurgia e a cada 7 dias foram retirados fragmentos totalizando 21 dias. Todos os grupos que receberam álcool e dieta hipercalórica apresentaram um retardo no processo de cura, principalmente em relação à alta celularidade, retardo na angiogênese e na deposição de colágeno I, caracterizando o atraso no remodelamento da matriz extracelular. Esses resultados estão condizentes com o aumento do estresse oxidativo pela elevação dos níveis de TBARS, PCN e das enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT), Glutationa-S- Transferase (GST). Além disto, observaram-se alterações sorológicas e biométricas que tem efeito direto no processo de reparo, além do aumento da expressão de TGF-β contribuindo para o processo de inflamação crônica. Assim, baseado em todos os parâmetros analisados, conclui-se que o álcool e a dieta hipercalórica causa um retardo na cicatrização de feridas cutâneas de segunda intenção.Item Alterações morfofisiológicas em morcegos frugívoros (Artibeus lituratus) expostos à formulação comercial do inseticida deltametrina(Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-14) Oliveira, Jerusa Maria de; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/4598394373764781A Deltametrina (DTM) é um inseticida piretroide utilizado na agricultura e no controle de vetores de doenças. Resíduos desse pesticida são comumente encontrados no ambiente e podem trazer prejuízos para a saúde de organismos não-alvos, como os morcegos frugívoros. Durante o forrageio, estes animais entram em contato com esse inseticida por intermédio da água e alimentação. No entanto, a literatura científica apresenta escassez de dados que demonstram a toxicidade dos pesticidas em dos morcegos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda de baixas concentrações do inseticida DTM no morcego frugívoro Artibeus lituratus (Olfers, 1818). Para isso, foram capturados 23 morcegos machos utilizando redes de neblina em fragmentos de Mata Atlântica - MG, Brasil. Os animais foram mantidos em gaiolas (3x3x2 m) no morcegário da Universidade Federal de Viçosa, e porções de mamão pulverizadas com solução do inseticida DTM (0; 0,02; 0,04 mg/kg de mamão), foram oferecidas diariamente aos animais, durante sete dias. Após o período de exposição, foram avaliadas as enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa S-transferase (GST), a peroxidação lipídica e as proteínas carboniladas no fígado, músculo peitoral e testículos dos morcegos. Os níveis de peróxido de hidrogênio foram mensurados no fígado e músculo peitoral e o óxido nítrico (NO) no fígado, músculo peitoral, rins e testículos. No plasma, foram mensurados a atividade da alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), a glicemia e as proteínas totais. Foram mensurados o percentual de glicogênio hepático, os níveis de lipídios e proteínas totais do músculo peitoral e do fígado. A imunidade inata foi avaliada por intermédio da atividade bactericida do soro e da proliferação celular de esplenócitos. Foram realizadas também avaliações histopatológicas e histomorfométricas no fígado, rim, intestino e testículos. Os morcegos mostraram estresse oxidativo no fígado, no músculo peitoral e nos testículos. No plasma, os animais apresentaram hiperglicemia e aumento das transaminases AST e ALT. O fígado também mostrou redução da reserva de glicogênio, esteatose, e histopatologias pronunciadas. No intestino ocorreu hiperplasia de células caliciformes e maior evidência de células apoptóticas. Os rins mostraram aumento de glicogênio nos túbulos proximais, infiltrados inflamatórios, nefroesclerose vascular benigna e redução dos níveis de NO. Os testículos dos morcegos expostos mostraram aumento nos níveis de NO, apoptose das células germinativas e histopatologias severas. Os parâmetros imunológicos avaliados não apresentaram alterações entre os grupos, provavelmente devido ao tempo de exposição. Portanto, esses resultados nos mostram que a exposição oral de morcegos frugívoros à baixas concentrações da formulação comercial do inseticida DTM pode alterar o metabolismo de carboidratos, causar injúrias no fígado, músculo peitoral, rins, intestino e testículos. Portanto, a DTM pode ser tóxica para morcegos frugívoros, e comprometer a saúde desses animais.Item Análise citogenética de abelhas do gênero Trigona Jurine, 1807 (Hymenoptera: Meliponini)(Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-28) Ferreira, Ríudo de Paiva; Lopes, Denilce Menezes; http://lattes.cnpq.br/9692779348110730O gênero Trigona é um dos maiores e mais amplamente distribuídos táxons de abelhas da tribo Meliponini. A citogenética comparativa permite através de suas técnicas de bandamento clássica e molecular entender sobre a evolução do cariótipo em diversos organismos. As informações citogenéticas disponíveis para o gênero Trigona mostram um número diplóide constante (2n=34), além disso, as espécies do gênero compartilham um cromossomo acrocêntrico totalmente eucromático (Ae). Este trabalho buscou (i) verificar se existem variações cromossômicas e como estas se distribuem entre as populações de espécies com ampla distribuição, Trigona spinipes (ii) descrever citogeneticamente algumas espécies do gênero e por fim, (iii) buscar alguns caracteres citogenéticos para entender a evolução cariotípica em Trigona. Os resultados obtidos neste trabalho reforçam a homogeneidade do número diploide entre as espécies do gênero Trigona. O mapeamento do microssatélite (GA)15 mostrou-se mais efetivo para separar populações de T. spinipes do que as espécies do mesmo gênero. O gene rDNA 18S apresentou variações interespecíficas, contudo não foram observadas diferenças numéricas e de posicção desse gene entre as popT. spinipes. Uma comparação usando os marcadores citogeneticos (quantidade de heterocromatina, rDNA 18S e cromossomo Ae) sugere um processo de eliminação da heterocromatina no gênero Trigona. Por fim, esse estudo ressalta a importância de se usar técnicas de citogenética molecular em estudos com populações, e de citogenética comparativa de espécies com baixo polimorfismo cromossômico, como as abelhas da tribo Meliponini.Item Análise do uso de nanotubos de carbono como veículos para aprimorar a transfecção de um candidato vacinal de DNA contra o vírus da dengue(Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-30) Calegari, Luan Prados; Paula, Sérgio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/4788161979827841As infecções causadas pelos vírus dengue representam a principal arbovirose em nível mundial e são de grande importância para o nosso país. O controle desta doença se baseia na tentativa de eliminar os mosquitos transmissores, pois não existem vacinas disponíveis comercialmente para este vírus, o qual é representado por quatro sorotipos diferentes. Pesquisas recentes com desenvolvimento de vacinas contra a dengue têm explorado o uso de expressão de antígenos recombinantes em vetores de expressão, chamados vacinas de DNA. Recentemente tem sido estudado o uso de nanotubos de carbono para aplicações na área biológica, como transporte e disponibilização de drogas, proteínas e genes em células. No presente estudo foi utilizado um candidato vacinal de DNA tetravalente contra a dengue, o qual possui genes para a expressão do domínio III da proteína E dos quatro sorotipos do vírus. Foi feita a conjugação do mesmo com nanotubos de carbono de paredes múltiplas e foi verificado quanto a sua expressão tanto em cultura de células como em modelos animais, com avaliação do padrão de resposta imunológica gerado. Pelos resultados obtidos foi possível observar que o candidato vacinal de DNA tetravalente desenvolvido obteve uma resposta pouco satisfatória quando testado in vitro e in vivo, uma vez que o único resultado interessante foi com relação ao aumento de células B e a produção de citocinas pró-inflamatórias IFN- γ e IL-6. Além disso, foi demonstrado que a conjugação do candidato vacinal com o MWCNT não gerou aumento da resposta imune nos camundongos, sendo que o único resultado obtido foi um aumento de células B quando os camundongos foram tratados com esse composto.Item Análise proteômica da glândula de Dufour em operárias nutridoras e campeiras de Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-04) Teixeira, Aparecida das Dores; Serrão, José Eduardo; http://lattes.cnpq.br/0589444655432816Em abelhas eussociais, que inclui Apis mellifera, a colônia é constituída por uma rainha, com função reprodutiva, e de operárias estéreis ou semi-estéreis, que exercem as demais funções dentro da colônia como cuidados com a prole e busca por alimento. Associada ao aparelho do ferrão há a glândula de Dufour, que dentre outras funções, desempenha importante papel na comunicação entre os membros da colônia. Esta glândula libera substâncias químicas, mas a natureza e a função dos compostos variam em diferentes táxons. O objetivo deste estudo foi identificar proteínas com abundância diferencial nas glândulas de Dufour de operárias nutridoras e campeiras de A. mellifera. As glândulas de Dufour foram dissecadas, e as proteínas, extraídas. Os extratos proteicos foram submetidos à eletroforese bidimensional em gel. Spots diferencialmente abundantes foram digeridos e os peptídeos analisados no espectrômetro de massas MALDI/TOF- TOF. Os espectros de fragmentação (MS/MS) foram pesquisados em bancos de dados usando a ferramenta Mascot, e as proteínas identificadas foram validadas usando o software Scaffold. Um total de 131 spots apresentou abundância diferencial entre nutridoras e campeiras, sendo identificadas 28 proteínas distintas. Destas 28 proteínas identificadas, 21 foram mais abundantes em nutridoras e sete proteínas foram mais abundantes em campeiras. As proteínas identificadas pertencem a diferentes categorias funcionais envolvidas nos metabolismos proteico, energético, lipídico e de carboidratos, detoxificação, homeostase, comunicação celular, citoesqueleto, proteínas constitutivas e alergênicas. Os dados obtidos neste estudo trazem novas informações que contribuem para a compreensão das funções biológicas da glândula de Dufour e seu papel na organização social das abelhas.Item Atividade ectonucleotidásica e localização celular das NTPDases nos tripanosomatídeos Trypanosoma cruzi e Leishmania tarentolae(Universidade Federal de Viçosa, 2015-09-09) Valle, Myrian Augusta Araujo Neves; Fietto, Juliana Lopes Rangel; http://lattes.cnpq.br/4072728777790263Dentre as moléculas utilizadas pelos tripanosomatídeos para invadir a célula hospedeira estão as E-NTPDases, que são enzimas capazes de hidrolisar nucleotídeos tri e/ou difosfatados nos seus produtos monofosfatados. As propostas do presente trabalho foram avaliar a atividade ectonucleotidásica e a localização celular da NTPDase-1 nas cepas Berenice-62, Colombiana e nos clones CL-Brener e CL-14 de T. cruzi e das NTPDases em L. tarentolae, bem como a capacidade dessas enzimas em participar do processo de adesão. Além disto, avaliar o efeito da fase de crescimento, meio de cultura e choque térmico sobre a atividade e localização NTPDase-1 na cepa Colombiana. Os resultados deste trabalho mostraram de forma geral as atividades na fase logarítimica maiores que na fase estacionária. A NTPDase-1 participa da adesão dos parasitos da cepa Y. Pelas análises ultraestruturais da localização subcelular da NTPDase-1 foi possível observar marcações distribuídas em diversas regiões da célula. Quando se analisou a influência do meio de cultivo e choque térmico na atividade ectonucleotidásica de T. cruzi observou-se maior hidrólise dos nucleotídeos em meio Grace’s 20% SFB sem choque térmico, na fase exponencial. O choque térmico em meio LIT mostrou-se mais eficaz quando comparado à temperatura de 28°C e ao meio Grace’s 20% SFB. A inibição por suramina mostrou um perfil bem variado. A NTPDase-1 da cepa Colombiana participa da adesão celular. Em L. tarentolae os resultados confirmaram por microscopia eletrônica e confocal a presença das NTPDases em diversas organelas e na superfície celular, e mostraram uma preferência pela hidrólise de ATP tanto em formas procíclicas como metacíclicas. As NTPDases foram também parcialmente inibidas na presença de suramina. Além de participarem da adesão celular de L. tarentolae em macrófagos. Este trabalho mostrou a importância das E-NTPdases em tripanosomatídeos mesmo em espécie não patogênica para humanos.Item Avaliação da ação leishmanicida de derivados do ácido cinâmico sobre Leishmania braziliensis(Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-23) Menezes, Wemerson Aquiles; Fietto, Juliana Lopes Rangel; http://lattes.cnpq.br/5830798203379907Item Avaliação da ação leishmanicida de inibidores de enzimas modificadoras de histonas em Leishmania braziliensis e na infecção de macrófagos(Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-19) Souza, Luciana Ângelo de; Fietto, Juliana Lopes Rangel; http://lattes.cnpq.br/2523192310356059As leishmanioses são uma das mais significantes doenças tropicais negligenciadas em todo o mundo, apresentando cerca de 1,3 milhão de novos casos anualmente e 20.000 a 30.000 mortes no mesmo período. Leishmania braziliensis é a principal espécie responsável pela Leishmaniose Tegumentar no Novo Mundo, sendo o Brasil o país com a maior incidência da doença frente a outros países da América do Sul. O arsenal terapêutico contra a Leishmaniose Tegumentar é ainda bastante restrito, e mesmo quando eficazes, as drogas de escolha causam efeitos colaterais graves. Dessa forma, este trabalho é parte de um esforço de várias instituições nacionais e internacionais, financiado pela Comunidade Europeia através do consórcio A- ParaDDisE (http://a-paraddise.cebio.org/), cujo objetivo é a descoberta de novas drogas para o tratamento de doenças parasitárias negligenciadas, incluindo as Leishmanioses. Enzimas modificadoras de Histonas (HMEs), como as histonas deacetilases (HDACs), estão envolvidas em processos celulares cruciais, como a ativação e inibição da expressão gênica. Inibidores dessas enzimas têm sido investigados como drogas candidatas para aplicação na quimioterapia de uma variedade de doenças, incluindo o câncer e doenças parasitárias, uma vez que eles inibem a progressão do ciclo celular e/ou induzem a apoptose. Neste trabalho foram testados compostos inibidores de HMEs (iHMEs), enviados por pesquisadores parceiros do consórcio A-ParaDDisE, em formas promastigotas axênicas e amastigotas intracelulares de L. braziliensis em infeção de células hospedeiras (macrófagos da linhagem Raw 264.7). Os resultados mostram diferentes efeitos para esses iHMEs em promastigotas e amastigotas, como observado para os compostos BSF38 e BSF39, que apresentaram efeito significante em promastigotas, mas não em amastigotas. Já o composto BSF2 foi eficaz em matar tanto as formas promastigotas axênicas quanto as amastigotas intracelulares, atingindo cerca de 95% de ação leishmanicida, similar à droga controle Anfotericina B. Além disto, a toxicidade destes compostos para macrófagos foi mínima ou não existiu. Sendo assim, o BSF2 pode ser considerado um bom alvo para continuidade do desenvolvimento de novas drogas leishmanicidas com ação sobre L. braziliensis.Item Avaliação da atividade antimetastática em células de melanoma in vitro de compostos derivados do ácido cinâmico e de isobenzofuranonas(Universidade Federal de Viçosa, 2017-08-16) Lima, Graziela Domingues de Almeida; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/3626868535434928O melanoma cutâneo é um problema de saúde pública mundial, por ser um tumor sólido altamente metastático. Compostos sintéticos têm sido desenvolvidos no intuito de combater atividades das células tumorais, como migração, invasão, adesão e proliferação. Dentre eles, compostos derivados do ácido cinâmico e isobenzofuranonas têm apresentado importante atividade antimetastática. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimetastática in vitro de dois grupos de compostos, 26 compostos derivados do ácido cinâmico e 25 isobenzofuranonas, frente ao comportamento metastático de células de melanoma cutâneo murino B16-F10. Inicialmente, determinou-se a concentração não citotóxica de derivados destes dois grupos químicos frente à linhagem B16-F10. Como a concentração de 100 μmol L −1 foi aquela considerada não citotóxica, todos os ensaios subsequentes foram realizados utilizando concentrações inferiores ou iguais a esta. Posteriormente, os compostos derivados do ácido cinâmico e as isobenzofuranonas foram avaliados quanto ao efeito antimigratório sobre células B16-F10. Os compostos 9a e 1f foram mais efetivos nas concentrações de 100 μmol L −1 e 50 μmol L −1 . Tanto o composto 9a, um derivado do ácido cinâmico com porção 1,2,3-triazólica contendo um grupo fenilo, quanto o composto 1f, uma isobenzofuranona funcionalizada na posição C3 contendo hidroxilas nas posições C-2' e C-6' do anel aromático, apresentaram atividade antimetastática e antiproliferativa significativa contra células B16-F10. No caso do composto 9a, seu efeito biológico foi atribuído à sua interação com o sítio ativo das metaloproteinases -9 e -2 pelo estudo de docking molecular. Já para o composto 1f, sugerimos que seu efeito inibidor é devido à sua interação com proteínas PKC. Os dois compostos derivados apresentam uma característica em comum, que é a presença de estruturas químicas heterocíclicas na sua composição. Em conclusão, nossos resultados mostraram que derivados do ácido cinâmico podem inibir o comportamento metastático de células B16-F10 in vitro, possivelmente por interferir na atividade de metaloproteinases de matriz. Adicionalmente, nossos resultados mostraram pela primeira vez que isobenzofuranonas sintéticas podem inibir a invasividade de células B16-F10 in vitro. Portanto, os compostos 9a e 1f apresentam potencial para o uso no desenvolvimento de novos candidatos para o tratamento do melanoma cutâneo.Item Avaliação da proteção conferida a camundongos BALB/c contra Leishmania infantum chagasi após imunização com proteína ligante de heparina do parasito (PLHLc)(Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-22) Emerick, Sabrina de Oliveira; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/3677692062400750A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por protozoários parasitas intracelulares da espécie Leishmania infantum chagasi nas Américas. Esses parasitos possuem forte tropismo por órgãos viscerais, especialmente baço, fígado e medula óssea, onde se proliferam e provocam lesões podendo ser letal caso não sejam tratadas. O parasito possui moléculas consideradas fatores de virulência que vem sendo intensamente investigadas. Entre elas destacamos as proteínas ligante de heparina (PLH), glicoproteínas relacionadas em diversos trabalhos na literatura com o processo de adesão e internalização do parasito à célula hospedeira. Nesse trabalho utilizamos a PLH de L. infantum chagasi (PLHLc) em experimentos de imunização de camundongos BALB/c para avaliar a proteção conferida a esses animais após desafio com as formas promastigotas do parasito. Foram avaliadas a carga de parasitos no baço e no fígado, produção de citocinas (IFN- , TNF, IL-2, IL-17, IL-6, IL-10 e IL-4) e de óxido nítrico (NO) após imunização com PLHLc isolada ou associada ao Adjuvante Incompleto de Freund (AIF) e Adjuvante Saponina (SAP), quatro semana após o desafio. Os camundongos foram imunizados por via intraperitoneal ou subcutânea, sendo submetidos a duas doses de reforço utilizando o mesmo protocolo da primeira imunização. Quinze dias após a última dose os camundongos foram infectados com 1 x 10 7 promastigotas de L. infantum chagasi em fase final logarítmica de crescimento. Quatro semanas após a infecção os animais foram eutanasiados e o baço e o fígado foram coletados para ensaio da quantificação da carga parasitária e avaliação da produção de citocinas e NO por citometria de fluxo e pelo método de Griess, respectivamente. Nossos resultados mostraram que o grupo imunizado apenas com PLHLc não apresentou redução da carga parasitária e os esplenócitos estimulados in vitro com antígeno particulado de L. infantum chagasi (AgLc) produziram citocinas IL-6 e IL-17, ambas de padrão de resposta imune Th17 e a citocina IL-10. O grupo imunizado com PLHLc + AIF apresentou redução da carga de parasitos apenas no baço e produziram citocinas IFN- e IL-2 (Th1), IL-6 e IL-17 (Th17) e IL-10. O grupo imunizado com PLHLc + SAP apresentou redução da carga parasitária no baço e no fígado. Os esplenócitos desse grupo estimulados in vitro com AgLc produziram maiores médias de citocinas de padrão de resposta imune Th1 e Th17 e a citocina reguladora IL-10 comparado com os grupos anteriores. Em relação a produção de NO por esplenócitos estimulados in vitro com AgLc níveis basais foram detectados pelo método de Griess em todos os grupos avaliados. Os resultados alcançados nos mostra que a PLHLc associada ao adjuvante Saponina representa uma forte candidata a vacina contra LV e nos direciona para uma nova etapa de investigação, a proteção conferida pela PLHLc recombinante.Item Avaliação do efeito imunomodulador da lectina extraída de Brassica oleracea sobre neutrófilos(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-23) Silva, Patrick Fernandes da; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/2983316206721631Neutrófilos são as primeiras células do sistema imune a migrarem para o tecido inflamado e exercem a importante função de fagocitose e eliminação imediata de patógenos invasores. A ativação de neutrófilos é um processo de múltiplos passos e de alta complexidade. A busca por agentes biológicos capazes de modular o processo de ativação, migração, fagocitose e produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) é importante pois aumentam a gama de opções para utilização na pesquisa. Nesse trabalho utilizamos a lectina extraída de Brassica oleracea (BOL) a fim de avaliar a sua capacidade na modulação da resposta de neutrófilos. Para os ensaios nós purificamos neutrófilos de camundongo tanto do sangue periférico quanto da cavidade peritoneal buscando avaliar sua capacidade migratória, o índice de CD62L na superfície e o índice fagocítico de neutrófilos pré-incubados com BOL. A lectina apresentou diversos efeitos de acordo com a dose utilizada, sendo possível observar o efeito de indução de migração para cavidade peritoneal de camundongos quando utilizada em doses intermediárias (1 μg/mL e 2,5 μg/mL) tanto quanto o efeito de redução de migração quando observada em doses altas (5 μg/mL e 10 μg/mL). O índice de fagocitose também foi avaliado e houve alteração de acordo também com a dose utilizada. As doses mais altas apresentaram efeito de redução na taxa de fagocitose (5 μg/mL e 10 μg/mL) enquanto as outras doses não apresentavam diferença estatística. Com esse trabalho conseguimos observar os efeitos imunomodulatórios sobre neutrófilos de uma lectina ainda muito pouco estudada e que demonstrou ter efeitos sobre a fisiologia de neutrófilos de acordo com a dose escolhida, alterando sua capacidade de migração e fagocitose.Item Avaliação do efeito inibitório de análogos da indan-1,3- diona contra a protease do vírus West Nile e antiviral contra os vírus Dengue e Zika(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-20) Oliveira, Ana Flávia Costa da Silveira; Paula, Sérgio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/1898286191259494Os flavivirus West Nile (WNV), Dengue (DENV) e Zika (ZIKV) são causadores de doenças de importância epidemiológica global. Cerca de 50-100 milhões de novas infecções por DENV são estimadas para ocorrer anualmente em mais de 100 países endêmicos, com uma maior propagação documentada para áreas anteriormente não afetadas. WNV é atualmente a causa mais comum de doença neurológica causada por um arbovírus no mundo. ZIKV está associado com um aumento significativo do número de crianças nascidas com microcefalia e distúrbios neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré. Apesar de alguns flavivirus já apresentarem vacinas disponíveis, DENV, WNV e ZIKV ainda não apresentam vacinação eficiente e global. Diante dos desafios para o desenvolvimento de uma vacina, pesquisas para terapias antivirais têm se tornado relevantes, principalmente para casos graves das três doenças. As proteínas virais NS3 e E são alvos moleculares particularmente interessante para compostos antiflavivirais devido aos seus papéis centrais no ciclo de vida viral. Neste trabalho, derivados da indan-1,3-diona foram testados contra esses alvos. Foi realizado ensaio enzimático com a protease de WNV; ensaios virucida, pré-tratamento e pós-tratamento em células Vero com os vírus DENV e ZIKV; além de estudo de docking para a proteína E do DENV e ZIKV e protease de WNV. A indan-1,3-diona (12) se destacou apresentando alta taxa de inibição viral e baixa toxicidade contra WNV, DENV e ZIKV, atuando como inibidor alostérico da protease de WNV e por neutralização direta do DENV e ZIKV. Sendo uma molécula obtida por um novo e mais eficiente processo sintético, é promissora e sua avaliação e aprimoramento devem ser continuadas na cadeia de etapas de validação para uma nova droga antiviral.Item Avaliação do potencial imunogênico e protetor da proteína ligante de heparina LPG 3 recombinante de Leishmania infantum chagasi(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-06) Miranda, Bianca Meirelles; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/4533003723335733A Leishmaniose Visceral (LV) está amplamente distribuída em 98 países, com mais de 350 milhões de pessoas em risco. Não existem vacinas licenciadas para uso em humanos e o antimônio pentavalente ainda é o fármaco de primeira escolha para o tratamento da doença, apesar de sua toxicidade. Em um estudo prévio foram realizados ensaios sobre a participação de proteína ligante de heparina de L. infantum chagasi (PLHLc) no processo infeccioso do parasito, considerando os processos de adesão, penetração e internalização em macrófagos, demonstrando que a proteína nativa está envolvida na interação entre parasito e hospedeiro. Também foram demonstrados níveis de imunogenicidade e de proteção contra L.infantum chagasi quando camundongos BALB/c foram imunizados com a PLHLc nativa. A partir disso, foi feito o sequenciamento dessa proteína e a produção da sua forma recombinante (rPLHLc). Nesse trabalho, utilizamos a rPLHLc em experimentos de imunização de camundongos BALB/c para avaliar se, assim como a proteína nativa, a forma recombinante também confere imunogenicidade e proteção após desafio com as formas promastigotas do parasito. Nossos resultados mostraram que no teste de imunogenicidade, os grupos imunizados com a rPLHLc, com AIF + rPLHLc e com SAP + rPLHLc produziram níveis altos de IgG1 e IgG2a anti-rPLHLc quando comparados aos seus grupos controles, caracterizando, de acordo com a razão IgG1/IgG2a, resposta mista nos grupos imunizados com rPLHLc e SAP + rPLHLce um perfil de resposta Th2 no grupo imunizado com AIF + rPLHLc. Já no teste de desafio, nossos resultados mostraram que houve redução da carga parasitária no baço e no fígado dos grupos imunizados com a rPLHLc, com AIF + rPLHLc e com SAP + rPLHLc. Os grupos imunizados com AIF + rPLHLc e com SAP + rPLHLc produziram as citocinas IFN-γ, TNF e IL-2, que direcionam o padrão de resposta imune para Th1, as citocinas IL-17 e IL-6 que direcionam para Th17 e a citocina reguladora IL-10, sendo que a média de produção dessas citocinas foi maior no grupo que tinha como adjuvante a SAP. Na produção de IgG1 e IgG2a anti-rPLHLcos grupos imunizados com a rPLHLc, com AIF + rPLHLc e com SAP + rPLHLc produziram níveis altos dos dois isotipos comparado aos seus grupos controles e de acordo com a razão IgG1/IgG2a conclui-se que encontramos perfil de resposta Th1 nos grupos imunizados com rPLHLc e com SAP + rPLHLc e perfil de resposta Th2 no grupo imunizado com AIF + rPLHLc. Portanto, concluímos que houve imunogenicidade e proteção contra L. infantum chagasi quando os grupos experimentais são imunizados com a proteína recombinante, mostrando a viabilidade de uso da mesma como vacina e que o grupo imunizado com SAP + rPLHLc foi o que apresentou resultados mais promissores, o que torna essa preparação uma possível vacina contra LV.Item Avaliação histomorfométrica e proteômica dos epidídimos de Calomys tener, Necromys lasiurus e Akodon cursor (Rodentia, Cricetidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-27) Menezes, Tatiana Prata; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/3394885707344193O Brasil está entre os países com biomas mais diversos e biologicamente mais ricos. A Mata Atlântica é um hotspot global de biodiversidade e o segundo maior bioma brasileiro em diversidade de espécies de mamíferos, no qual 30% deles são endêmicos. A presença de roedores na mata é de extrema importância, uma vez que influenciam a dinâmica das florestas atuando como dispersores de sementes e plântulas. Os roedores sul-americanos da subfamília Sigmodontinae formam um conjunto altamente diverso de mais de 382 espécies, dentre elas os roedores das espécies Calomys tener, Necromys lasiurus e Akodon cursor. Poucos trabalhos sobre os parâmetros reprodutivos dessas espécies foram encontrados e não existem estudos que descrevem o epidídimo dos mesmos. Assim, o objetivo desse trabalho foi descrever e comparar a morfologia, morfometria e proteínas do epidídimo de C. tener e N. lasiurus. Além disso, foi feita a descrição dos mesmos parâmetros da espécie A. cursor, bem como a avaliação da sua produção diária de espermatozoides. Desta forma, fragmentos dos epidídimos de C. tener e N. lasiurus e epidídimos inteiros de A. cursor foram processados para análise morfológica e morfométrica. Da mesma, fragmentos dos epidídimos de C. tener e N. lasiurus e epidídimos inteiros de A. cursor foram utilizados para análise de proteínas presente no fluido. Além disso, epidídimos e testículos de A. cursor foram utilizados para análise do tempo de trânsito epididimário. A comparação entre C. tener e N. lasiurus mostrou que a região da cauda teve os diâmetros, tubular e luminal, maiores quando comparados às outras regiões em C. tener. O epidídimo de N. lasiurus mostrou diferenças estatísticas entre as suas 3 regiões para os diâmetros tubular e luminal. A altura epitelial não mostrou diferenças entre regiões em cada espécie. O epitélio epididimário de C. tener e N. lasiurus foi composto de 3 tipos celulares (principal, basal e clara) que foram distribuídas igualmente entre as duas espécies. Na abordagem proteômica, 58 proteínas foram identificadas em C. tener e 64 em N. lasiurus. A. cursor teve o epidídimo morfológica e morfometricamente dividido em 5 regiões (segmento inicial, cabeça, corpo, cauda proximal e cauda distal), no qual o diâmetro tubular da cauda distal, assim como o seu diâmetro luminal, foram maiores em relação às demais regiões. A comparação em relação à altura epitelial mostrou que o segmento inicial, a cabeça e a cauda proximal obtiveram maior altura epitelial do que o corpo e a cauda distal, sendo que da cabeça foi o maior e da cauda distal o menor. Células principal, basal, estreita e clara foram detectadas no epidídimo de A. cursor, sendo a célula estreita presente somente no segmento inicial e a clara nas demais regiões. As células principais foram as mais abundantes em todas as regiões do epidídimo de A. cursor, seguido da basal. A média da produção diária de espermatozoides de A. cursor foi de 4,07 dias e na abordagem proteômica, foram identificadas 22 proteínas. Pode-se concluir com esse trabalho que o estudo da biologia reprodutiva dessas espécies é importante para estudos futuros, bem como suas diferenças podem servir como parâmetro para estudos taxonômicos.Item Avaliação imunológica de um candidato vacinal de DNA recombinante contra o vírus Dengue-2(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-23) Paula, Marília Barbosa de; Paula, Sérgio Oliveira de; http://lattes.cnpq.br/0336768036919414O Dengue vírus, membro da família Flaviviridae, é o agente etiológico da dengue e é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti. Até o momento não existe tratamento específico, e o controle da doença baseia-se na tentativa de conter o mosquito vetor, desse modo a Organização Mundial de Saúde considera de extrema importância o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra esta doença. Neste contexto, foi construído um candidato vacinal pCID2Et expressando a proteína E truncada do vírus dengue-2, sem a expressão concomitante de prM. Testes demonstraram correta, porém reduzida expressão de E, e apenas uma pequena porcentagem de camundongos imunizados foi protegida quando desafiados com vírus dengue-2. Estes resultados justificam o aprimoramento desta construção vacinal, buscando o aumento da expressão de proteína E e assim proporcionar uma imunização mais eficaz. Desse modo, nosso objetivo foi aprimorar este plasmídeo através da inserção das proteínas prM/DENV-2 e prM/DENV-3. Neste ínterim foram construídos dois plasmídeos pCID2EtprMD2 e pCID2EtprMD3, cujas análises bioquímicas já realizadas indicaram aumento de expressão relativo de proteína E de 67,02% por pCID2EtprMD3 com relação a pCID2EtprMD2. Para avaliar os efeitos da expressão aumentada de proteína E na imunogenicidade dos plasmídeos foi realizada a avaliação imunogênica dos mesmos. Os plasmídeos pCID2EtprMD3, pCID2EtprMD2 e pCID2Et foram utilizados na imunização de camundongos e os resultados demonstraram que pCID2EtprMD3 apresentou maior indução do sistema imune, tanto em relação à expressão de células TCD4 + e TCD8 + de memória quanto em relação à secreção de anticorpos específicos para a proteína E.Item Avaliação in vitro do potencial leishmanicida de derivados triazólicos e derivados de benzofenonas(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-24) Silva, Adriana Carneiro da; Silva, Eduardo de Almeida Marques da; http://lattes.cnpq.br/7872895585678519A Leishmania infantum chagasi é o agente etiológico da Leishmaniose Visceral, doença que afeta milhares de pessoas no mundo. O tratamento habitual é baseado em um repertório restrito de fármacos com toxicidade e custos elevados. O desenvolvimento de novas drogas é essencial para o controle e tratamento dessa enfermidade. No cenário atual, uma possibilidade para a descoberta de novos fármacos é o emprego de compostos químicos sintéticos. Neste contexto, nos propomos a avaliar a atividade leishmanicida dos compostos Triazólicos derivados de 6-hidroxiisobenzofuran-1(3H) -ona e de indan- 1,3-diona e de compostos derivados de Benzofenonas. Neste trabalho, realizamos o estudo in vitro da citotoxicidade destes compostos em macrófagos RAW 264.7, em formas promastigotas e em formas amastigotas de L. infantum chagasi internalizadas em macrófagos, utilizando metodologias convencionais, como a microscopia óptica, bem como implantação de uma nova metodologia utilizando citometria de fluxo. Após vários ensaios, os compostos derivados de Benzofenonas (AL-13, AL-16, AL-19 e B-5), cujas ações leishmanicidas se sobressaíram as demais, foram combinados em 11 diferentes associações. Estas foram testadas quanto à citotoxicidade em macrófagos e a ação leishmanicida em formas amastigotas internalizadas por macrófagos. Os resultados obtidos tanto pela microscopia óptica quanto pela citometria de fluxo apresentaram similaridades quanto à inibição da taxa de infecção em macrófagos infectados por L. infantum chagasi. Partindo deste pressuposto, nossos estudos sugerem que: 1) 3 (das 11 associações propostas) apresentam ação leishmanicida e merecem ser consideradas para estudos in vivo; 2) a grande similaridade dos resultados obtidos tanto pela técnica de avaliação do grau de infecção de Leishmania em macrófagos utilizando microscopia óptica quanto pela citometria de fluxo é um indicativo de que esta nova metodologia pode ser utilizada em um futuro próximo no estudo de triagens de drogas com potencial leishmanicida in vitro.Item Brassica oleracea lectin: Isolation, characterization, and functional assessment of the first lectin with MATH domains(Universidade Federal de Viçosa, 2016-09-16) Duarte, Christiane Eliza Motta; Oliveira, Leandro Licursi de; http://lattes.cnpq.br/7254476900493910Lectins are involved in a wide range of biological mechanisms, including act as immunomodulatory agent able to activate the innate immunity. We purified and characterized a new lectin from cauliflower (Brassica oleracea ssp. botrytis - BOL) by three sequential chromatographic steps and confirmed the purity by SDS-PAGE. Additionally, we evaluated the role of the lectin in innate immunity by a phagocytosis assay, production of H 2 O 2 and NO. BOL was characterized as a non-glycosylated protein with a molecular mass of ~34 kDa in SDS-PAGE. To optimize the process of the lectin obtaining and allow further study of their structure and function, the molecular cloning and heterologous expression of BOL were carried out. Using total RNA extracted from cauliflower seedlings a Bol coding cDNA sequence of 1053 bp was isolated. Bioinformatics tools were used to determine a promoter sequence of 1000 bp of Bol which revealed several key cis-regulatory elements known to be involved in various plant stresses. Comparative expression analysis of tissue specific Bol demonstrated the highest transcript levels in leaves, as compared to stem and root tissues. Analysis of amino acid sequence and alignment with deduced homologous proteins allowed us to determine that the mature protein comprises 301 amino acids. Predicted three-dimensional structure confirmed that this lectin had an overall dome-like structure with two MATH-domains. This is the first report of isolation, cloning and bacterial expression of a lectin with MATH-domains and may be of significant interest to understand the regulatory role of this protein as immunostimulatory agent as well as to the physiology of the plant itself.