Genética e Melhoramento
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Item Análises citogenéticas e de sequencias específicas de cromossomos B em Partamona cupira (Hymenoptera:Apidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-06) Marthe, Jefferson de Brito; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787017A5; Pompolo, Silvia das Graças; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780564A2; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4525794J3; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Tosta, Vander Calmon; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705308U8Cromossomos B, também chamados de cromossomos extra- numerários ou acessórios ocorrem em fungos, plantas e animais. Estes cromossomos possuem um padrão de segregação não mendeliano, podendo existir de uma a várias cópias por indivíduo. No gênero Partamona, de seis espécies caracterizadas citogeneticamente até então, somente P. helleri apresentou cromossomo B. Um marcador RAPD foi identificado como associado a esse cromossomo em uma colônia oriunda de Viçosa-MG, sendo posteriormente clonado, sequenciado e transformado em marcador SCAR. Este mesmo marcador foi identificado em P. cupira, P. criptica e P. rustica, o que sugere que estas espécies também possuem cromossomos B. Além disso, esse mesmo marcador foi detectado em indivíduos de um ninho de P. helleri de Salvador - BA, cujos indivíduos possuíam um grande cromossomo B heterocromático. Podendo haver uma ligação entre a presença do marcador SCAR nestas espécies e a presença de cromossomos Bs, este trabalho teve como objetivo detectar a presença de cromossomos B em P. cupira e verificar se existe uma associação entre ele e a presença do marcador SCAR descrito acima. Um outro objetivo foi o sequenciamento dos fragmentos SCARs de P. cupira, P. criptica, P. rustica e P. helleri de Salvador-BA, com o propósito de comparar o nível de identidade entre as sequencias de SCAR. Como resultado, das 4 colônias de P. cupira analisadas, duas apresentaram o número de 2n=34, ao passo que as outras duas apresentaram em alguns indivíduos um cromossomo B de grande tamanho (colônias GUI 1 e GUI 11). Observou-se ainda, uma marcação de CMA3 no braço curto destes cromossomos extranumerários, o que sugere que o mesmo pode conter sequencias de genes de DNA ribossomal nesta espécie. Verificou-se também uma clara associação entre a presença do marcador SCAR e a de cromossomos B, nos indivíduos das colônias GUI 1 e GUI 11. Levando em conta que as sequências, comparadas em conjunto possuíam apenas alguns gaps e quase nenhum sítio variável entre elas, pode-se dizer que o nível de identidade entre elas é extremamente alto, o que sugere algum tipo importância adaptativa em relação ao cromossomo B, ainda desconhecida, ou o surgimento deste último, através de cruzamentos interespecíficos, ainda não detectados entre as espécies do gênero. Estudos futuros deverão analisar as diferentes hipóteses levantadas sobre a origem dos cromossomos B no gênero Partamona, bem como a associação dos fragmentos oriundos dos primers SCAR de P. helleri com a presença destes cromossomos em P. criptica, P. rustica e P. helleri de Salvador BA.Item Avaliação da expressão gênica diferencial e dos hidrocarbonetos cuticulares de rainhas, operárias, machos haplóides e diplóides de Melipona quadrifasciata (Hymenoptera: Apidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-07) Borges, Andreia Arantes; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Hartfelder, Klaus; http://lattes.cnpq.br/3376142410575714; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; http://lattes.cnpq.br/7048865424790048; Serrão, José Eduardo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785636U6; Lopes, Denilce Meneses; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707735U1No presente trabalho procurou-se abordar diferentes aspectos relacionados a expressão gênica e composição dos hidrocarbonetos cuticulares de rainhas, operárias, machos haplóides e machos diplóides de Melipona quadrifasciata, assim como se procurou compreender os mecanismos moleculares envolvidos nos processos de diferenciação dos machos desta abelha. O perfil de expressão gênica de dez genes casta específicos foi avaliado de forma comparativa entre operárias, rainhas, machos haplóides e diplóides recém-emergidos e com cinco dias de idade adulta. De modo geral, a abundância de transcritos de machos diplóides foi mais similar à de machos haplóides e operárias do que à de rainhas, para as duas classes etárias analisadas. Após cinco dias de emergência verificaram-se aumentos significativos nos níveis de expressão gênica de rainhas e operárias, enquanto que resultados opostos foram observados nos machos. Estas diferenças podem estar relacionadas à longevidade diferencial de machos e fêmeas. Apesar dos machos haplóides e diplóides não serem facilmente distinguidos visualmente, genes diferencialmente expressos entre estes dois fenótipos foram identificados por meio da técnica de RDA (Representational Difference Analysis). Na biblioteca obtida de machos haplóides, observou-se que 32.5% das ESTs apresentaram similaridade às sequências de Drosophila, 25.6% às sequências de Apis e 7% são similares à meliponíneos. Na biblioteca de machos diplóides, as porcentagens de similaridade às sequências de Drosophila e Apis foram levemente maiores, sendo 41.8% e 30.2%, respectivamente. Em ambas as bibliotecas subtrativas, algumas ESTs não apresentaram similaridade significativa com nenhuma sequência depositada em bancos de dados públicos sendo consideradas como produtos preditos (34.9% e 28% para as bibliotecas de machos haplóides e diplóides, respectivamente). A expressão gênica diferencial foi confirmada por PCR em tempo real para dez de dezessete genes selecionados. Análises de expressão gênica comparativa com amostras de machos com cinco dias de idade revelaram mudanças na abundância dos transcritos neste período em que ocorre a maturação sexual e o início da migração dos espermatozóides dos testículos para a vesícula seminal. Machos e fêmeas de M. quadrifasciata apresentaram diferentes assinaturas química cuticulares, sendo o padrão químico de machos haplóides e diplóides mais similares aos de operárias do que aos de rainhas, corroborando as semelhanças morfológicas e comportamentais entre machos e operárias. Nenhum composto foi encontrado exclusivamente na cutícula dos machos diplóides recém-emergidos, indicando a inexistência de uma substância que ative o comportamento agressivo das operárias quando estes machos são detectados em colônias endogâmicas.Item Biogeografia histórica do lambari de ampla distribuição Astyanax aff. bimaculatus (Teleostei: Characidae) no sudeste brasileiro, com base em padrões de variação citogenéticos e moleculares(Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-30) Cunha, Marina Souza da; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/0222235511376911; Gonçalves, Reggiani Vilela; http://lattes.cnpq.br/2619565666277532As espécies do gênero Astyanax apresentam ampla distribuição na região neotropical e apresentam poucas diferenças morfológicas, ecológicas e comportamentais, o que dificulta a classificação taxonômica desse táxon. A espécie nominal Astyanax bimaculatus foi descrita em 1758 por Linnaeus e, atualmente, espécies com duas manchas ovaladas que ocorrem em diversas bacias neotropicais são consideradas como pertencentes ao complexo bimaculatus. O objetivo deste trabalho foi determinar as características citogenéticas e moleculares (DNA mitocondrial) de 19 populações consideradas como pertencentes ao complexo Astyanax bimaculatus das bacias costeiras do sudeste de Minas Gerais utilizando coloração convencional, regiões organizadoras de nucléolos Ag-NOrs, banda C, DAPI, FISH e o gene citocromo oxidase I - COI. Os dados foram comparados com outras espécies do complexo. O cariótipo 6m+20sm+18st+6t ocorreu em todas as populações, com Ag-NORs variando de dois a oito cromossomos marcados. A banda C mostrou marcações centroméricas e pericentroméricas, evidenciadas pelo fluorocromo DAPI. As sondas 18S e 5S marcaram apenas um par cromossômico respectivamente. A filogenia obtida com o gene COI indicou a presença de dois haplogrupos com grande distância molecular: o haplogrupo I mais aparentado com populações da bacia do rio São Francisco, enquanto o haplogrupo II subdividiu-se em um grupo mais aparentado com populações do alto Paraná (IIA) e outro grupo formado exclusivamente por haplótipos costeiros (IIB). A uniformidade cariotípica das populações costeiras é maior que a reconhecida em Astyanax altiparanae, sugerindo a persistência de grandes populações. Polimorfismos envolvendo padrões de banda C indicam que a adição e redução de blocos de heterocromatina são consideradas variações intraespecíficas. Os dados moleculares sugerem que as bacias costeiras receberam aporte de bacias continentais, com geodispersão mais recente de um haplogrupo costeiro, provavelmente relacionado com a dinâmica de confluência de bacias costeiras durante os períodos glaciais. A similaridade genética entre a bacia do rio São Francisco e as bacias costeiras indica que a espécie nominal Astyanax lacustris não representa um táxon válido. Enquanto a bacia do alto Paraná manteve uma identidade molecular condizente com a existência do táxon nominal Astyanax altiparanae que, condizente com os dados citogenéticos, também ocorre na bacia do rio Paraíba do Sul. Conclui-se que o complexo bimaculatus no sudeste brasileiro é composto de três linhagens, englobando apenas duas espécies: Astyanax aff. bimaculatus presente no São Francisco e nas bacias costeiras e A. altiparanae presente no alto Paraná.Item Citogenética de espécies de Attini (Formicidae: Myrmicinae)(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-19) Barros, Luísa Antônia Campos; Souza, Danival José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702164J6; Lúcia, Terezinha Maria Castro Della; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783306E2; Pompolo, Silvia das Graças; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780564A2; http://lattes.cnpq.br/3102759229194899; Costa, Marco Antonio; http://lattes.cnpq.br/8721647772738636; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9A tribo Attini é um grupo monofilético que inclui mais de 230 espécies agrupadas em 14 gêneros. Nesta tribo estão incluídas as formigas cortadeiras (Atta e Acromyrmex), consideradas importantes pragas agrícolas. A utilização da citogenética na família Formicidae tem mostrado importante contribuição nas mais de 750 espécies de formigas estudadas. Os dados citogenéticos são reportados para 10% das espécies da tribo Attini. O presente trabalho teve como objetivo o estudo citogenético de seis espécies do gênero Acromyrmex e de sete espécies de Attini distribuídas em quatro gêneros: Apterostigma, Mycocepurus, Sericomyrmex e Trachymyrmex. Parte das espécies foi submetida a técnicas de bandamentos cromossômicos. Os cariótipos observados foram: Apterostigma madidiense Weber (n=23, 7m + 10sm + 5st + 1a), A. steigeri Santschi (2n=22, 20m + 2sm), Mycocepurus goeldii (Forel) (2n=8, 4m + 4sm), Sericomyrmex sp. (2n=50, 44m + 6sm; n=25, 22m + 3sm), Trachymyrmex fuscus Emery (2n=18, 16m + 2sm; n=9, 8m + 1sm), T. relictus Borgmeier (2n=20m, n=10m) e Trachymyrmex sp. (2n=22, 18m + 4sm). Trachymyrmex fuscus apresentou polimorfismo de tamanho no braço curto do par submetacêntrico. As possíveis causas da duplicação do segmento cromossômico são discutidas. As seis espécies do gênero Acromyrmex apresentaram 2n=38 cromossomos. Cada espécie mostrou um cariótipo diferente em relação à morfologia (A. balzani: 12m + 10sm + 14st + 2a; A. coronatus: 12m + 12sm + 12st + 2a; A. disciger: 10m + 12sm + 14st + 2a; A. niger: 12m + 18sm + 6st + 2a; A. rugosus: 16m + 12sm + 8st + 2a; A. echinatior: 8m + 6sm + 14st + 10a) e variações na distribuição de heterocromatina (banda C) e regiões ricas em GC (CMA3). Em três espécies (A. coronatus, A. disciger, A. niger) o par subtelocêntrico de maior tamanho foi o portador de genes ribossomais. As espécies do gênero Acromyrmex apresentaram estabilidade no número cromossômico com diferenças no cariótipo. Isto sugere que rearranjos do tipo translocações, crescimento de heterocromatina e inversão devem ter ocorrido durante a evolução das espécies deste gênero, levando a modificações nos cariótipos das diferentes espécies.Item Detecção de QTL para resistência ao carrapato Riphicephalus (Boophilus) microplus por meio de varredura genômica em bovinos(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-10) Azevedo, Ana Luisa Sousa; Lopes, Paulo Sávio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783377H1; Machado, Marco Antonio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797231Z4; Guimarães, Simone Eliza Facioni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782526Y2; http://lattes.cnpq.br/3937561997453324; Teodoro, Roberto Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785418T5; Carneiro, Paulo Luiz Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795534Y2; Peixoto, Maria Gabriela Campolina Diniz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793937D4Nos países tropicais, as perdas causadas pela infestação de carrapatos em bovinos acarretam um grande impacto no sistema de produção animal. Já está bem caracterizada a diferença existente com relação à resistência a carrapatos entre as duas subespécies bovinas, B.p. taurus e B.p. indicus. A variação genética entre B.p.taurus e Bpindicus, para a resistência a carrapatos, juntamente com o avanço nas técnicas moleculares sugerem o uso de marcadores moleculares, associados às características de resistência, como ferramenta auxiliar nos programas de seleção. O objetivo desse trabalho foi identificar QTL associados à resistência/ suscetibilidade ao carrapato R. (B.) microplus em uma população F2 de bovinos oriunda do cruzamento entre touros da raça Holandesa e vacas de raça Gir. Foram realizadas infestações artificiais com carrapato bovino para determinação do nível de resistência de cada animal F2. As avaliações foram realizadas em duas estações, na seca e na chuvosa. Foram selecionados 109 marcadores microssatélites, a partir do mapa do MARC/USDA, visando cobrir os cromossomos 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 20, 22, 25 e 28, com um espaçamento médio de 20 CM entre os marcadores. Os estudos de associação indicaram a presença de QTL significativos em quatro cromossomos. Para a maioria dos QTL detectados foi encontrada uma diferença no padrão de resposta de acordo com a estação. No BTA2 foi identificado um QTL (Pc <0,01) na região central do cromossomo com efeito dominante, na estação seca. No BTA6 foram detectados três QTL (Pc <0,05). O QTL localizado na extremidade centromérica apresentou o mesmo padrão em ambas as estações. O QTL localizado na posição de 40 cM foi detectado apenas na estação seca e o QTL localizado na posição de 100 cM foi detectado apenas na estação chuvosa. Todos os QTL identificados no BTA6 apresentaram efeito aditivo, sendo a resistência ao carrapato herdada da raça Gir. No BTA1O foram identificados dois QTL (PC <0,01) na estação chuvosa ambos com efeito aditivo. O QTL identificado com o maior valor de F (16,5) foi detectado na posição 43 cM no BTA11, em que foi possível identificar um QTL com efeito aditivo altamente significativo (Pc<0,01), na estação seca. Esse QTL é responsável por 5,02% da variação fenotípica da característica. As regiões em que foram detectados QTL mais significativamente associados devem ser saturadas com marcadores adicionais e também validados em populações comerciais.Item Determinação da composição de bases AT e GC por citometria de fluxo em abelhas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Soares, Fernanda Aparecida Ferrari; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; Martins, Gustavo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762374U1; Carvalho, Carlos Roberto de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780878T0; http://lattes.cnpq.br/5855273025512026; Clarindo, Wellington Ronildo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702819H9A determinação do tamanho genômico e da composição de bases AT e GC é considerada uma informação crucial dentro das análises que visam à caracterização do material genético de um indivíduo, ou mesmo em estudos de biologia molecular e de interpretações filogenéticas e evolutivas. Por ser relativamente rápida, precisa e econômica, a citometria de fluxo tem se destacado como ferramenta para quantificação do conteúdo de DNA e caracterização da composição de bases em diversos grupos de plantas e animais, incluindo insetos. Considerando os insetos himenópteros, até o momento cerca de 100 indivíduos tiveram seu conteúdo de DNA determinado, e 46 % destes são abelhas sem ferrão. Apenas uma espécie de abelha, a Apis melífera, teve sua composição de bases AT e GC determinadas até o momento e esses dados foram obtidos por meio do sequenciamento genômico. Esse trabalho buscou detalhar o procedimento para a quantificação de DNA e desenvolver metodologia para a determinação da composição de bases AT e GC por citometria de fluxo em abelhas. Objetivou-se então contribuir com o aumento do número de espécies com conteúdo de DNA determinado e disponibilizar uma metodologia eficiente para caracterização do genoma. As espécies de abelhas empregadas foram Scaptotrigona xantotricha, Trigona hyalinata e Partamona rustica. Os gânglios de cada pupa foram utilizados para preparação da suspensão nuclear analisada no citômetro de fluxo. A S. xantotricha (2C = 0,88 picogramas) foi utilizada como padrão interno nas análises de determinação do conteúdo de DNA nuclear total e da proporção de bases AT e GC. Os histogramas gerados na citometria de fluxo apresentaram coeficientes de variação abaixo de 5,0 % e possibilitaram a determinação da quantidade absoluta de DNA nuclear e da composição de bases AT e GC. P. rustica e T. hyalinata apresentaram 1,15 e 1,07 picogramas de DNA, respectivamente. S. xantotricha apresentou 61,32 % de bases AT e 38,68 % de bases GC; P. rustica apresentou AT = 62,82 % e GC = 37,18 %; T. hyalinata apresentou AT = 62,40 % e GC = 37,60 %. Esse trabalho detalha o protocolo para quantificação do DNA por meio da citometria de fluxo, contribuindo para o aumento do número de espécies com conteúdo de DNA determinado. Ainda, disponibiliza metodologia para a eterminação da composição de bases AT e GC em abelhas também empregando a citometria de fluxo. Essa nova técnica pode ser aplicada a outras espécies de abelhas ou até mesmo a outros insetos himenópteros, a fim de fornecer dados relevantes para análises de caracterização do genoma.Item Distribuição geográfica, filogeografia e história evolutiva da abelha sem ferrão Melipona quadrifasciata (Hymenoptera, Apidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-29) Batalha Filho, Henrique; Waldschmidt, Ana Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784763Z7; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787017A5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4750692J9; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Santos, Fabrício Rodrigues dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721180D0A abelha Melipona quadrifasciata, conhecida popularmente como mandaçaia, apresenta duas subespécies: M. q. anthidioides e M. q. quadrifasciata. A principal diferença entre as subespécies são as faixas tergais amarelas, que são contínuas em M. q. quadrifasciata e descontínuas em M. q. anthidioides. A correlação entre a distribuição geográfica e a coloração metassomal e os sítios de restrição do DNA mitocondrial foi caracterizado de ambos morfotipos de M. quadrifasciata, como determinado pelos padrões de faixas tergais. Foram examinados exemplares provenientes de um total de 198 localidades no Brasil, e com base na variação observada os exemplares foram distribuidos em quatro classes. A distribuição geográfica de M. quadrifasciata observada mostra M. q. quadrifasciata, uma forma com faixas tergais contínuas, ocupando a porção sul da distribuição, do Rio Grande do Sul até a metade sul de São Paulo, indo a oeste até a província de Misiones, na Argentina e porção sudeste do Paraguai. A forma com faixas interrompidas, M. q. anthidioides, distribui-se da metade nordeste de São Paulo até o extremo norte da região da Chapada Diamantina, na Bahia, estendendo-se a oeste pelo Triângulo Mineiro e região central do estado de Goiás. Dois padrões RFLP foram identificados, sendo um presente em M. q. quadrifasciata, e o outro em M. q. anthidioides e nas populações com padrão de faixas tergais continuo do norte de Minas Gerais e Sergipe e nordeste da Bahia. Avaliou-se também o padrão filogeográfico das populações de M. quadrifasciata ao longo de sua área de distribuição. Para análise filogeográfica foram utilizados 852 pb referentes a parte do gene COI do mtDNA de 145 indivíduos de M. quadrifasciata provenientes de 56 localidades dos estados do RS, SC, PR, SP, RJ, MG, ES, BA e SE. Foram identificados 50 haplótipos, com uma diversidade nucleotídica (π) de 0,0055 e uma diversidade haplotípica (Hd) de 0,957. Foi evidenciado, na inferência filogenética e na rede de haplótipos, a presença de dois clados: o clado sul compreendendo à subespécie M. q. quadrifasciata, e o clado norte formado pela subespécie M. q. anthidioides e as populações de faixa tergal contínua do norte de Minas Gerais e do Sergipe e nordeste da Bahia. A AMOVA mostrou um percentual de variação entre os clados de 68,56% e um ΦST de 0,905. A barreira de fluxo gênico, estimada pela SAMOVA, foi localizada próxima ao Vale do Ribeira do Iguape no sul do estado de São Paulo, concordando também com a separação dos clados. A mismatch distribution evidenciou gargalos populacionais em ambos clados por meio de distribuição unimodal. O tempo de divergência estimado pela análise de coalescência foi entre 490.000 e 390.000 anos A.P. Outras espécies de abelhas, M. bicolor e M. marginata, exibem diferenciação morfológica que recebe o status de subespécies, apresentando zona de separação entre as subespécies concordante com M. quadrifasciata. Padrões filogeográficos com vicariância semelhante foram reportados para pássaros (Xiphorhynchus fuscus) e serpentes (Bothrops jararaca).Item Diversidade genética, relações filogenéticas e morfologia das sensilas antenais da formiga ameaçada Atta robusta Borgmeier, 1939 (Hymenoptera, Formicidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-09-04) Pinto, Denise Eliane Euzébio; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Martins, Gustavo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762374U1; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787017A5; http://lattes.cnpq.br/2103976571284296; Lopes, Denilce Meneses; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707735U1; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; Teixeira, Marcos da Cunha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768984U1Atta robusta (Hymenoptera: Formicidae) é uma espécie de formiga com distribuição restrita às restingas dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e está ameaçada de extinção. Foram objetivos deste estudo: 1. caracterizar e comparar sequências do DNA mitocondrial (mtDNA) de espécies de Atta, incluindo A. robusta bem como avaliar a estrutura genética da população de A. robusta amostrada; 2. estimar o tempo do ancestral comum mais recente para A. robusta e as relações filogenéticas entre A. robusta e outras espécies de Atta, 3. descrever e comparar a morfologia e a morfometria das sensilas antenais de duas populações de A. robusta. As coletas de A. robusta foram realizadas em 16 localidades dos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, e as de A. sexdens e A. bisphaerica no Município de Viçosa no estado de Minas Gerais. DNA total de cada amostra foi obtido e utilizado como molde em reações de amplificação de regiões específicas do DNA mitocondrial (COI-COII) e DNA nuclear (EF1α). As sensilas antenais de duas populações localizadas geograficamente distantes foram analisadas morfologicamente. A sequência COI-COII das espécies de Atta analisadas é rica em nucleotídeos A+T, sendo a maior porcentagem encontrada na região intergênica (IGS). A população de A. robusta apresentou baixa diversidade nucleotídica e alta diversidade haplotípica o que são características de populações com formação recente. Foram identificados oito haplótipos mitocondriais que formam três haplogrupos estruturados geograficamente indicando nulo ou limitado fluxo gênico entre os haplogrupos. A análise filogenética mostrou que A. robusta é um grupo monofilético e derivado em relação às outras espécies de Atta analisadas. As espécies de A. sexdens e A. robusta formam grupos irmãos claramente distintos e com alto valor de probabilidade Bayesiana. O tempo do ancestral comum de A. robusta foi estimado em 7,8 milhões de anos. Os dados de diversidade genética obtidos, bem como o padrão filogeográfico sugerido para A. robusta reforçam a necessidade de se preservar os ambientes de restinga para preservar as populações de A. robusta, objeto de estudo no presente trabalho. Independentemente das populações avaliadas, diferentes tipos de sensilas antenais (tricóideas retas e curvadas, basicônicas, ampuláceas e celocônicas) foram identificadas, sendo as mesmas mais numerosas nos flagelômeros distais. Diferenças no número e no comprimento das sensilas tricóideas retas e curvadas no flogelômeros F8 e F9 foram observadas. As diferenças entre as sensilas antenais das duas populações avaliadas são decorrentes de uma possível plasticidade fenotípica da espécie A. robusta, uma característica importante considerando a adaptação desta formiga a possíveis variações ambientais.Item Effects of thermal environment and dietary phosphorus levels in pig gene expression(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Weller, Mayara Morena Dél Cambre Amaral; Donzele, Juarez Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787766D0; Lopes, Paulo Sávio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783377H1; Guimarães, Simone Eliza Facioni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782526Y2; http://lattes.cnpq.br/6050644072914680; Silva, Bruno Alexander Nunes; http://lattes.cnpq.br/8513507778345562; Gasparino, Eliane; http://lattes.cnpq.br/9359055581511557O objetivo do estudo foi identificar genes codificantes para os complexos enzimáticos da cadeia tranpostadora de elétrons (CTE) que apresentam-se diferencialmente expressos no músculo Longissimus dorsi (LD) de suínos bem como seus padrões de expressãos de acordo níveis de fósforo disponíveis (Pd) na dieta e ambientes térmicos em duas fases de crescimento. Dois experimentos foram realizados utilizando-se 48 suínos de alto potencial genético para deposição de carne em duas diferentes fases de crescimento: a fase 1 de 15 a 30 kg e fase 2 de 30 a 60 kg. Estas experimentos foram construidos em modelo fatorial 2 X 3 (2 diferentes temperaturas ambientais X 3 níveis de Pd na dieta) constituindo 6 tratamentos em cada fase de crescimento. Vinte e quatro suínos da fase da 1 (15 a 30 kg) com peso inicial de 15 ± 0,41 kg, foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 6 repetições. Estes animais foram alojados ou no ambiente termoneutro (24,5 ± 1,2 º C e umidade relativa em 76,3 ± 8,5%) ou no ambiente de calor (34,1 ± 0,8 º C e umidade relativa em 70,1 ± 8,1%) e, em seguida, distribuídos para um dos 3 níveis de Pd na dieta (0.107, 0.321 ou 0.535%). Vinte e quatro suínos da fase de 2 (30 a 60 kg) com peso inicial de 30,19 ± 0,30 kg, foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 6 repetições. Estes animais foram alojados ou ambiente termoneutro (21,9 ± 1,4 º C e umidade relativa em 76,9 ± 5,7%) ou ambiente de calor (31,6 ± 0,7 º C e umidade relativa em 72,8 ± 5,9%) e, em seguida, distribuídos para um dos 3 níveis de Pd na dieta (0.116 , 0.306 ou 0.496%). Os perfis de expressão dos genes ND1, ND2, SDHD, CYTB, COX1, COX2, COX3, ATP5J2 e ATP6 foram analisados pelo PCR quantitativo em tempo real (qRT-PCR) a partir de amostras de LD. Os genes ND1, ND2, CYTB, COX1, ATP5J2 e ATP6 foram menos expressos (P< 0.05) nos suínos da fase 1 mantindo em estresse por calor em relação aqueles mantidos no ambiente termoneutro. Nos suíno da fase 2 de crescimento que estavam mantidos em estresse por calor apresentaram redução (P < 0.05) na expressão dos genes ND2, SDHD, CYTB, COX1, COX2, COX3, ATP5J2 e ATP6, em relação aqueles submetido ao ambiente termoneutro. A menor expressão desses genes nos suínos estressados por calor, prove evidências dos efeitos das altas temperaturas sob o metabolismo oxidativo a fim de reduzir a produção de calor o que refletiu na redução da exigência de consumo diário de fósforo. Parte desse efeito pode estar associado a concomitante redução do consumo vonlutário e outra parte é sugerido ser devido ao aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) nas mitocôndrias induzido pelo estresse por calor. Quanto a mudança nos padrões de expressão desses genes entre os níveis de Pd, verificou-se que nos suínos da fase 1, os genes ND1, ND2, CYTB, COX1, ATP5J2 e ATP6 mostraram-se diferencialmente expressos (P<0.05) entre os níveis de Pd no ambiente termoneutro e o gene ND2 no ambiente de calor (P<0.05). Nos suínos da fase 2, os genes COX3 e ND2 foram diferencialmente expressos (P<0.05), respectivamente, entre os níveis de Pd no ambiente termoneutro e ambiente de calor. Os dados apresentados revelam uma forte evidência de que o nutriente fósforo é um dos fatores chave que regulam a fosforilação oxidativa com implicação direta sobre a performance animal. Para a confirmação dessa hipótese de que suínos estressados por calor apresentam aumento na produção de ROS, foi realizado um segundo experimento que objetivou avaliar o perfil de expressão dos genes associados sistema antioxidante (manganes- superóxido dismutase, glutathiona peroxidase e catalase) em suínos de 2 diferentes fases de crescimeto submetido à ambientes de termoneutralidade e estresse por calor. Baseado em análises de qRTPCR, estes genes foram significativamente mais expressos em suínos expostos ao estresse de calor. Em geral, os dados deste estudo são os primeiros a revelar os efeitos de diferentes níveis de fósforo disponível na expressão de genes relacionados com a fosforilação oxidativa e suas implicações sobre o desempenho de suínos. Além disso, é demonstrado que elevadas temperaturas não só induzem a redução da capacidade metabólica oxidativa, como também, estimulam a produção de ROS em mitocôndrias de músculo LD o que leva a danos oxidativos mitocondriais, tais como, repressão da transcrição e provavelmente redução na atividade dos complexos da cadeia transportadora de elétrons, o que refletiu na piora da performance animal. Tais informações irão contribuir para melhor compreensão do papel do fósforo no metabolismo energético e maior entendimento sobre as mudanças no metabolismo e funcionamento mitocondrial em resposta à altas temperaturas.Item Estudos citogenéticos e moleculares do gênero Partamona: filogenia e cromossomo B(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-12) Miranda, Anderson Fernandes de; Lopes, Denilce Meneses; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707735U1; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; http://lattes.cnpq.br/9648585291312782; Tosta, Vander Calmon; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705308U8; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7O gênero Partamona é constituído por 33 espécies e apresenta uma ampla distribuição geográfica sendo encontrado desde o México até o sul do Brasil. Algumas espécies desse gênero são, morfologicamente muito semelhantes, sendo, em alguns casos, diferenciadas apenas pela arquitetura de entrada dos ninhos e pelos hábitos de nidificação. A constatação da presença de cromossomos Bs em populações de diversas espécies do gênero (P. helleri,P. rustica e P. criptica e P. cupira) levanta várias questões sobre a origem e evolução destes cromossomosem Partamona. Para um melhor entendimento destes dois aspectos,foi realizado um trabalho do padrão de ocorrência deste cromossomo em 15 espécies do gênero com a finalidade de associar a presença de cromossomo B e a hipótese filogenética entre as espécies portadoras dos mesmos. Foi formulada uma hipótese filogenética baseada em dados de genes mitocondriais e nucleares de algumas espécies do gênero. Dessa forma,foi possível inferir a ocorrência de cruzamentos interespecíficos entre as espéciesP. helleri e P. chapadicola que poderiam estar relacionados com a transmissão do cromossomo B entre as espécies do gênero. Foram verificadas também incongruências entre as hipóteses filogenéticas baseadas em caracteres morfológicos e comportamentais e a baseada em caracteres moleculares sugerindo que tanto a espécie P. seridoensis quanto P. chapadicola possam compor grupos distintos de espécies crípticas. Foi caracterizadaa presença de uma cópia de DNA mitocondrial (Cytocromo B) inserido no genoma nuclear (numt) em algumas espécies (P. ailyae, P. helleri, P. mulata, P. rustica, P. cupirae P. seridoensis). E por fim, as análises citogenéticas das espécies P. chapadicola, P. nhambiquara e P. rustica, apontam para a visualização de uma nova classe cromossômica presente nestas espécies, que apresenta três regiões com intensidades de coloração distintas baseadas na técnica de banda C.Item Filogeografia citogenética e molecular em populações de traíras Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), do leste do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Santos, Udson; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8715098938592033; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004A fauna de peixes dulcícolas neotropicais é considerada a mais rica do mundo. Toda essa diversidade é resultante da complexa história paleohidrológica dos rios sul e centro-americanos, a qual promoveu vicariancia e dispersão da biota aquática ao longo de milhões de anos. A traíra Hoplias malabaricus é um caracídeo com ampla distribuição neotropical, habito sedentário e comportamento predatório. Graças à sua rusticidade e abundância nos neotrópicos, a traíra é amplamente estudada, representando um importante modelo biológico experimental. As populações de H. malabaricus são caracterizadas por apresentarem sete distintos cariomorfos, listados de A-G. A distribuição simpátrica e alopátrica desses cariomorfos tem sido considerada como evidência da existência de múltiplas linhagens que comportam-se como boas espécies, dentro do mesmo táxon nominal. Para testar essa hipótese, foram analizados os padrões biogeográficos, citogenéticos e moleculares (DNA mitocondrial) de 17 populações (73 espécimes) coletadas em 12 bacias do nordeste e sudeste do Brasil. Os padrões citogenéticos indicaram a existência de um sistema de cromossomos sexuais XX/XY no cariomorfo 2n=40F. Os dados moleculares indicaram ausência de fluxo gênico entre cariomorfos com 2n=40 e 2n=42 e constituem a primeira evidência da origem costeira das populações do rio Jacaré. A aparente ausência de uma taxa de evolução molecular constante não permitiu correlacionar eventos geomorfológicos de dispersão no passado e foi interpretada como resultante das extremas flutuações demográficas ao longo da evolução desse complexo de espécies. Os resultados apresentados indicam que a identificação cariotípica representa informação relevante e imprescindível para a inclusão dos dados experimentais num contexto filogenéticoItem Filogeografia de Dinoponera lucida Emery (Hymenoptera: Formicidae) com base em DNA mitocondrial(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-25) Resende, Helder Canto; Oliveira, Luiz Orlando de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781626T2; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787017A5; http://lattes.cnpq.br/0350870742674959; Delabie, Jacques Hubert Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787934P3; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7Dinoponera lucida (Formicidae: Ponerinae) é uma formiga de coloração preta e grande porte, até 4 cm, com fêmeas ápteras e machos alados e menores. Não há castas morfologicamente diferenciadas e a reprodução é feita por operárias fertilizadas conhecidas como gamergates . A espécie consta na lista brasileira da fauna ameaçada de extinção. Sua distribuição está restrita ao sul da Bahia e ao Espírito Santo no Corredor Central da Mata Atlântica. Como contribuição para a elucidação do padrão de distribuição geográfica e estruturação populacional da espécie, a filogeografia de D. lucida foi estudada a partir de seqüências do DNA mitocondrial. Foram seqüenciados 1149 pb dos genes COI, COII e Cytb. Árvores filogenéticas foram construídas por Inferência Bayesiana. Variância molecular, índices de fixação, índices de diversidade nucleotídica e haplotípica foram estimados. Redes de haplótipos foram reconstruídas por median-joining network. Os índices de diversidade e fixação indicaram a estruturação das populações. O padrão filogeográfico observado foi a estruturação filogeográfica com padrão descontínuo de divergência genética e perda de haplótipos intermediários em populações com limitado fluxo gênico. A área de ocorrência da espécie tem sido intensamente impactada com perda de habitat e conseqüente isolamento das populações remanescentes em fragmentos florestais preservados que representam refúgios ecológicos modernos para a espécie. A perda de habitat representa também a perda haplótipos intermediários e as populações remanescentes apresentaram haplótipos exclusivos. A perda de qualquer uma delas não pode ser substituída ou compensada pela conservação de nenhuma outra. Isto implica a necessidade de esforços conservacionistas que visem preservar o máximo possível das áreas remanescentes que ainda abrigam populações de D. lucida.Item Filogeografia de traíras Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Teleostei, Erythrinidae) das bacias hidrográficas da América do Sul(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-16) Santos, Udson; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8715098938592033; Barroca, Tatiana Moura; http://lattes.cnpq.br/4397056059310851; Oliveira, Luiz Orlando de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781626T2; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Siqueira, Cláudio Lísias Mafra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782432A8A América do Sul é o continente com o maior número de espécies de peixes de água doce no mundo. Para compreender os processos responsáveis por esta espetacular diversificação é preciso uma análise que inclua os processos paleoclimáticos, geomorfológicos e paleohidrológicos na cladogênese de táxons de ampla distribuição. Este trabalho caracterizou os padrões filogeográficos de Hoplias malabaricus das bacias hidrográficas da América do Sul, utilizando sequências de DNA (mitocondrial e nuclear) e dados citogenéticos, incluindo os resultados no contexto paleohidrológico e de distribuição de fauna nessa região. Duzentos e oitenta e três espécimes foram analisados. As análises de inferência bayesiana e máxima parcimônia foram realizadas utilizando o gene mitocondrial ATP sintase 6 (ATPase6). As redes de haplótipos com os genes ATPase6 e nuclear ativador de recombinação 2 (RAG2) foram construídas utilizando o software Network 4.6.1.1. A estimativa de tempo de divergência entre os haplogrupos foi realizada utilizando as sequências do gene ATPase6 no software BEAST 1.5.1. O norte/noroeste da América do Sul foi identificado como o centro de origem de Hoplias malabaricus e a partir do Mioceno este táxon aumentou a distribuição para o sul do continente. Nesta época, a redução do número diploide de 42 para 40 cromossomos já estava estabelecida. A partir do Plioceno, a formação do cânion e salto de Sete Quedas levou ao isolamento das populações com o cariomorfo 2n=40C do baixo rio Paraná daquelas da porção alta da bacia, onde se estabeleceu o cariomorfo 2n=39/40D. Na bacia hidrográfica amazônica, o padrão de variação do gene ATPase6 indicou dois cenários possíveis: durante o Plioceno inferior ocorreu uma segunda redução no número diploide de 2n=42 para 2n=40 cromossomos em H. malabaricus, ou ocorreu fluxo gênico entre espécimes que possuem o número diploide diferente. A partir do Plioceno, espécimes com o cariomorfo 2n=40F estabeleceram-se nos rios São Francisco e Parnaíba e nas bacias costeiras do nordeste do Brasil. Durante o Pleistoceno, a formação de paleo-canais com água doce, na linha da costa oriental do continente, permitiu o fluxo gênico entre populações de H. malabaricus que hoje estão isoladas nas bacias costeiras. A evolução e diversificação das populações de Hoplias malabaricus, e possivelmente de outras espécies de peixes dulcícolas da América do Sul, são decorrentes de três principais fatores. O primeiro são implicações do soerguimento dos Andes, as quais determinaram importantes mudanças paleohidrológicas e consequentemente no padrão de distribuição das populações deste táxon em todo o continente. O segundo envolve dinâmicas locais de capturas de cabeceiras decorrentes de reativação de falhas geológicas ou processos erosivos diferenciais, os quais levam a algumas drenagens a apresentarem um mosaico de linhagens genealógicas que diferenciaram nas bacias vizinhas (ex. alto Paraná). O terceiro fator envolve as dinâmicas glaciais, que levaram à confluência e posterior separação de grupos de drenagens costeiras em setores geomorfológicos bem definidos e consequentemente a uma pequena distância genética entre populações hoje isoladas.Item Filogeografia e conservação de Melipona capixaba Moure e Camargo, 1994 e Melipona scutellaris Latreille, 1811, e biogeografia do gênero Melipona Illiger, 1806 (Hymenoptera: Apidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-05) Resende, Helder Canto; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; http://lattes.cnpq.br/0350870742674959; Oliveira, Luiz Orlando de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781626T2; Mendes, Sérgio Lucena; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787015A6; Almeida, Eduardo Andrade Botelho de; http://lattes.cnpq.br/0835208134454555A abelha sem ferrão Melipona capixaba Moure e Camargo, 1994, a uruçu-capixaba, é endêmica da Mata Atlântica brasileira e está ameaçada de extinção. Sua distribuição geográfica é conhecida apenas em áreas de altitude do estado do Espírito Santo. Melipona scutellaris Latreille, 1811, a uruçu nordestina, tem sido considerada como presumivelmente ameaçada de extinção devido à redução de sua área de ocorrência natural. A espécie ocorre na Mata Atlântica entre os estados da Bahia ao Rio Grande do Norte. O presente trabalho teve por objetivo determinar a área de ocorrência geográfica da espécie M. capixaba, inferir as relações filogenéticas e filogeográficas entre M. capixaba e M. scutellaris, estudar um caso de hibridação entre essas abelhas e apresentar uma hipótese sobre a história biogeográfica do gênero Melipona Illiger, 1806 (Hymenoptera: Apidae). Os resultados obtidos indicam que a espécie M. capixaba ocorre apenas no estado do Espírito Santo em altitudes entre 800 e 1200 metros, com temperaturas médias anuais em torno de 18-23ºC e cobertura vegetal do tipo Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta, restrita a uma área de aproximadamente 3450Km2, possivelmente a menor distribuição geográfica conhecida entre as abelhas sem ferrão. As espécies M. capixaba e M. scutellaris são espécies irmãs como demonstra as árvores filogenéticas reconstruídas com base em sequências mitocondriais e nucleares. O atual padrão de diversidade genética dessas espécies deve ser explicado por eventos históricos de vicariância na Mata Atlântica. A hibridação entre essas abelhas foi confirmada e os resultados demonstram que machos de M. scutellaris são capazes de fecundar rainhas de M. capixaba, gerando híbridos férteis. Por isso, deve-se impedir a introdução de colônias de M. scutellaris na área de ocorrência da espécie ameaçada M. capixaba. A história biogeográfica do gênero Melipona deve ser explicada por processos históricos de expansão geográfica e vicariância deste o Mioceno e Plioceno, até processos mais recentes de vicariância, no Pleistoceno, em diferentes ambientes da América do Sul, América Central e México. Assim, as relações filogenéticas e biogeográficas entre as espécies do gênero Melipona oferecem interessante perspectiva de estudo para o entendimento da história biogeográfica Neotropical.Item First report on spontaneous hybridization between Astyanax giton Baird & Girard 1854 and Oligosarcus argenteus Günther 1864 (Pisces : Characidae): ecological and phylogenetic inferences(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-14) Aguiar, Hilton Jeferson Alves Cardoso de; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Pompolo, Silvia das Graças; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780564A2; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/9848403752122719; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004A complexa família Characidae é parte da fauna ictiológica neotropical e conta com várias espécies e gêneros em condição de Incertae Sedis. Os gêneros Astyanax e Oligosarcus, considerados muito aparentados, estão incluídos nesta família e abrangem espécies de pequeno tamanho e expressiva abundância em muitos rios e córregos da América do sul. Na bacia do rio Doce, no sudeste brasileiro, uma análise morfológica preliminar permitiu a identificação de cinco peixes “semelhantes à Astyanax” que continham no seu osso maxilar de 8 a 13 dentes. Esses cinco peixes, chamados no presente trabalho de dentuços, foram coletados em simpatria com as espécies Astyanax bimaculatus (Linneaus, 1758), Astyanax giton (Eigenmann, 1908) e Oligosarcus argenteus Günther, 1864. De modo a determinar a natureza biológica dos dentuços, foi realizado um estudo multidisciplinar envolvendo dados morfológicos citogenéticos e moleculares. Os dentuços apresentaram configurações intermediárias entre as espécies A. giton e O. argenteus no que diz respeito ao número de escamas na linha lateral e ao número de dentes no osso maxilar. As análises citogenéticas, feitas através das técnicas de Giemsa, bandeamento NOR, bandeamento-C, fluorocromos, e FISH, indicaram que todas as espécies de caracídeos contaram com número diploide 2n=50 cromossomos diferindo, porém, em vários caracteres de sua morfologia cromossômica. Os dentuços caracterizaram-se por apresentar altos índices de variação cromossômica tanto intra- como inter-individual. Além do mais, eles contaram com vários cromossomos não pareáveis assim como cromossomos de tamanho diminuto que não são observados em nenhuma daquelas espécies simpátricas de Characidae. Três espécimes dos dentuços apresentaram seu fragmento de DNA do gene mitocondrial citocromo b (475 pb) idêntico aquele de O. argenteus e, contudo, todos os dentuços compartilhavam mais alelos ISSR com os espécimes de A. giton do que com os espécimes de O. argenteus. Por outro lado, uma espécie de dentuço conta com o gene cyt. b idêntico aquele das espécies de A. giton estudadas. A análise de fragmentos ITS-1 (1123 pb) mostrou que os dentuços têm sequencias mais relacionadas à Oligosarcus argenteus. Os dados, desse modo, sugeriram que os dentuços são híbridos entre as espécies A. giton e O. argenteus representando assim o primeiro caso de hibridismo espontâneo entre dois gêneros de peixes neotropicais. A relevância de tal descoberta para a biologia da conservação e para as investigações filogenéticas foram discutidas.Item Heteromorfismo cromossômico em populações de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (Teleostei: Cichlidae) da bacia do Rio Doce, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-23) Silva, Ana Paula Alves; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/6254510707422681; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3A análise cariotípica de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) foi realizada em 81 espécimes de seis localidades da bacia do rio Doce. Foram usadas as técnicas de coloração convencional com Giemsa, bandeamento NORs, bandeamento C e hibridização in situ (FISH) com sondas rDNA 18s e rDNA 5S. O número diplóide foi de 2n=48 cromossomos, com variação do número fundamental entre 50-52. Foram observados quatro diferentes cariótipos, com base em heteromorfismos apresentados pelo primeiro par cromossômico e não foram associados ao sexo, à NOR nem ao local de coleta. Esse heteromorfismo está relacionado com diferenças de razão de braços, o que acarretou variações nas fórmulas cariotípicas encontradas (3sm+18st+26t; 2sm+20st+26t; 4sm+18st+26t). Este heteromorfismo pode estar relacionado com rearranjos cromossômicos, como inversões pericentroméricas, deleções, e crossing-over desiguais, as quais, associadas a outros processos, como catraca de Muller, seleção de fundo e compensação de dosagem, determinaram a alteração do tamanho de alguns cromossomos. O número de NORs observadas teve variações intra e inter-individuais, contudo a maioria dos indivíduos apresentou marcações em mais de um par cromossômico, uma característica única das populações de G. brasiliensis da bacia do rio Doce. A sonda de rDNA 18S confirmou a presença de NORs em mais de dois cromossomos. A localização da sonda de rDNA 5S manteve-se conservada em todas as amostras, marcando par de cromossomos telocêntricos. Os blocos de heterocromatina ocorreram predominantemente nas regiões centroméricas/pericentromérica, sendo essa uma característica da família Cichlidae. Blocos de heterocromatina em regiões intersticiais foram observados em dois pares de cromossomos. A presença de dois subtelocêntricos apresentando seus braços menores totalmente heterocromáticos é uma característica diagnóstica das populações da bacia do rio Doce. Conclui-se que as populações de G. brasiliensis da bacia do rio Doce apresentam A análise cariotípica de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) foi realizada em 81 espécimes de seis localidades da bacia do rio Doce. Foram usadas as técnicas de coloração convencional com Giemsa, bandeamento NORs, bandeamento C e hibridização in situ (FISH) com sondas rDNA 18s e rDNA 5S. O número diplóide foi de 2n=48 cromossomos, com variação do número fundamental entre 50-52. Foram observados quatro diferentes cariótipos, com base em heteromorfismos apresentados pelo primeiro par cromossômico e não foram associados ao sexo, à NOR nem ao local de coleta. Esse heteromorfismo está relacionado com diferenças de razão de braços, o que acarretou variações nas fórmulas cariotípicas encontradas (3sm+18st+26t; 2sm+20st+26t; 4sm+18st+26t). Este heteromorfismo pode estar relacionado com rearranjos cromossômicos, como inversões pericentroméricas, deleções, e crossing-over desiguais, as quais, associadas a outros processos, como catraca de Muller, seleção de fundo e compensação de dosagem, determinaram a alteração do tamanho de alguns cromossomos. O número de NORs observadas teve variações intra e inter-individuais, contudo a maioria dos indivíduos apresentou marcações em mais de um par cromossômico, uma característica única das populações de G. brasiliensis da bacia do rio Doce. A sonda de rDNA 18S confirmou a presença de NORs em mais de dois cromossomos. A localização da sonda de rDNA 5S manteve-se conservada em todas as amostras, marcando par de cromossomos telocêntricos. Os blocos de heterocromatina ocorreram predominantemente nas regiões centroméricas / pericentromérica, sendo essa uma característica da família Cichlidae. Blocos de heterocromatina em regiões intersticiais foram observados em dois pares de cromossomos. A presença de dois subtelocêntricos apresentando seus braços menores totalmente heterocromáticos é uma característica diagnóstica das populações da bacia do rio Doce. Conclui-se que as populações de G. brasiliensis da bacia do rio Doce apresentam características únicas, associadas à existência de quatro configurações do primeiro par cromossômico e aos diferentes resultados obtidas nas técnicas de bandeamento realizadas. Os resultados também sugerem uma viabilidade diferenciada das variáveis cromossômicas descritas nesse trabalho.Item Níveis de expressão dos genes FABP3 e FABP4 e conteúdo de gordura intramuscular em suínos(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-17) Moraes, Danielle Serra de Lima; Lopes, Paulo Sávio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783377H1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700282P1; Gomide, Lucio Alberto de Miranda; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781895A9; Torres, Robledo de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783366H0; Euclydes, Ricardo Frederico; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788533U6; Guimarães, Marta Fonseca Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790685D6Os genes FABP3 (heart fatty acid-binding protein gene gene da proteína de ligação a ácidos graxos do coração) e FABP4 (adipocyte fatty acidbinding protein gene gene da proteína de ligação a ácidos graxos do tecido adiposo) têm sido indicados como candidatos à deposição de gordura intramuscular em suínos. O presente trabalho objetivou analisar os níveis de expressão desses genes nos músculos Longissimus dorsi (LD) e Semimembranosus (SM) de suínos machos castrados e fêmeas comerciais (Landrace X Large White X Pietrain) e nativos brasileiros (raça Piau), em diferentes idades. Visou também avaliar a correlação entre esses níveis de expressão e os porcentuais obtidos de gordura intramuscular nas mesmas amostras. Foram utilizadas 18 amostras de animais pertencentes aos dois grupos genéticos divergentes, sendo 12 de suínos comerciais com idades de 1, 21, 60, 90, 120 e 180 dias e 6 de suínos nativos brasileiros (raça Piau) com idades de 1, 90 e 180 dias. As amostras dos músculos Longissimus dorsi e Semimembranosus desses animais foram retiradas imediatamente após o abate, congeladas em nitrogênio líquido e, em seguida, armazenadas a -70 ºC. Foram também utilizadas 18 amostras para obtenção dos porcentuais de gordura intramuscular. O RNA total das amostras foi extraído e a expressão dos genes FABP3 e FABP4 foi analisada por meio de PCR em tempo real, usando a tecnologia TaqmanTM. Foi empregado o método de quantificação relativo (comparativo). Os resultados dos níveis de expressão gênica e do conteúdo de gordura intramuscular foram submetidos a análises estatísticas, utilizando um modelo contendo os efeitos de grupo genético, sexo e idade dos animais. Não houve efeito significativo de grupo genético e sexo nos níveis de expressão dos genes FABP3 e FABP4. Foi verificado efeito significativo de idade, a 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, sobre a expressão dos genes FABP3 e FABP4 em suínos comerciais, tendo a média obtida ao nascimento diferido significativamente das demais. Houve efeito significativo de sexo e idade sobre o conteúdo de gordura intramuscular do músculo Longissimus dorsi, mas não do músculo Semimembranosus, de suínos comerciais. Contrariando as expectativas, não foi verificada diferença significativa entre suínos nativos e comerciais quanto ao teor de gordura intramuscular. Em ambos os grupos genéticos foi encontrada correlação significativa entre os genes FABP3 e FABP4, mas as correlações obtidas entre esses genes e o conteúdo de gordura intramuscular não foram significativas. Esses resultados evidenciaram que: 1) o período imediatamente após o nascimento foi determinante na expressão dos genes FABP3 e FABP4 nas populações estudadas; e 2) os genes FABP3 e FABP4 não apresentam potencial para serem utilizados como marcadores moleculares para deposição de gordura intramuscular nas populações avaliadas, mas, talvez, possam ser usados como preditores de adaptações e, ou, alterações metabólicas dos músculos Longissimus dorsi e Semimembranosus.Item Sensibilidade de valores genéticos às modificações de níveis de proteína das dietas e avaliação de carcaça de codornas de corte em crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2011-11-25) Bonafé, Cristina Moreira; Barreto, Sérgio Luiz de Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796216J5; Euclydes, Ricardo Frederico; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788533U6; Torres, Robledo de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783366H0; http://lattes.cnpq.br/2678310373676450; Carneiro, Antônio Policarpo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799449E8; Souza, Gustavo Henrique de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760298P6Objetivou-se com este trabalho investigar a presença de interação genótipo x nível de proteína na ração, por Modelos de Normas de Reação, sobre o período de crescimento e avaliar o desempenho produtivo de duas linhagens de codornas de corte, pertencentes ao Programa de Melhoramento Genético de Aves da Universidade Federal de Viçosa. Foram avaliados os pesos corporais em 21, 35 e 42 dias de idade, com níveis de 24 a 33% de proteína bruta (PB) na ração. Aos 42 dias de idade foram avaliadas 268 codornas da linhagem UFV-1 e 288 da linhagem UFV-2, para averiguar o desempenho produtivo. As avaliações para a obtenção das normas de reação e os parâmetros genéticos foram realizadas no programa WOMBAT e as análises de variância dos dados de carcaça no programa SAS. Normas de reação indicam que a linhagem UFV-1 é menos sensível ao ambiente que a linhagem UFV-2. Avaliações genéticas realizadas para codornas alimentadas com dietas contendo diferentes níveis proteicos não permitem a predição de valores genéticos válidos para todos os níveis de PB. A linhagem UFV-1 não apresentou interação sexo X PB para peso corporal e características de carcaça estudadas. A linhagem UFV-2 apresentou interação sexo X PB para peso corporal ao abate, peso de carcaça e peso de perna. Todos os parâmetros apresentaram efeito de sexo significativo, com exceção de peso e rendimento de dorso para a linhagem UFV-2. As fêmeas apresentaram peso vivo superior aos machos. Conclui-se que a avaliação deverá ser feita no nível em que a codorna será criada. Verificou-se interação genótipo X ambiente para as duas linhagens estudadas. É possível utilizar dieta contendo 24% de PB para codornas de corte sem que haja prejuízo no peso corporal ao abate e no peso e rendimento de carcaça e de suas partes, desde que esta seja devidamente balanceada com aminoácidos. Sugere-se que o abate seja realizado em idades inferiores aos 42 dias visando reduzir a diferença de peso e rendimento de carcaça entre os sexos.Item Uso de polinômios segmentados na modelagem de dados longitudinais de ponderal em bovinos da raça Tabapuã(Universidade Federal de Viçosa, 2010-09-01) Menezes, Gilberto Romeiro de Oliveira; Torres Junior, Roberto Augusto de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723933A0; Euclydes, Ricardo Frederico; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788533U6; Torres, Robledo de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783366H0; http://lattes.cnpq.br/9971427968154736; Silva, Fabyano Fonseca e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766260Z2; Carneiro, Antônio Policarpo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799449E8Foram utilizados registros de peso do 1o ao 600o dia de idade de 84.215 bovinos da raça Tabapuã com o objetivo de avaliar o uso de polinômios segmentados lineares do tipo B na modelagem de dados longitudinais de ponderal utilizando modelo de regressão aleatória (MRA). Para a comparação dos resultados obtidos com MRA, análise multicaracterística padrão foi realizada com pesos pré-ajustados aos 120, 240, 360 e 480 dias. Um MRA foi aplicado a um arquivo de dados semelhante ao usado na análise multicaracterística (mesmos animais e registros de peso, porém sem pré-ajuste para as idades avaliadas - MRA1) e outro foi aplicado ao arquivo de dados completo (mesmos animais, porém com todos os registros de peso disponíveis destes animais - MRA2). MRA1 e MRA2 incluíram efeitos aleatórios genético aditivo direto e materno, de ambiente permanente direto e materno, se diferenciando pelo número de classes de resíduo, quatro para MRA1 e seis para MRA2. Seis nós localizados nos pontos 0, 120, 240, 360, 480 e 600 dias foram considerados para MRA1 e MRA2. A estimação dos componentes de (co) variância para os três modelos foi realizada usando abordagem Bayesiana via amostrador de Gibbs. De maneira geral, os três modelos geraram componentes de (co) variância e parâmetros genéticos semelhantes para peso aos 120, 240, 360 e 480 dias. MRA1 apresentou problemas na modelagem dos extremos da faixa de dados avaliada. Quanto à classificação por valores genéticos, os modelos, também, de forma geral, foram similares, observando-se as maiores diferenças na avaliação de animais com menos informações. Diante dos resultados encontrados e, por permitir maior aproveitamento dos dados disponíveis bem como não necessitar de pré-ajustamento dos dados, a utilização de polinômios segmentado lineares do tipo B em MRA pode ser recomendada para uso em avaliação genética de dados longitudinais de ponderal de bovinos de corte.Item Variabilidade genética Atta robusta Borgmeier (Hymenoptera: Formicidae) com o uso de marcadores microssatélites(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-22) Reis, Evelyze Pinheiro dos; Salomão, Tânia Maria Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787017A5; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Tavares, Mara Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798782P4; http://lattes.cnpq.br/0490113679780964; Lopes, Denilce Meneses; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707735U1Este é o primeiro estudo genético realizado com Atta robusta e investigou a variabilidade genética e o nível de estruturação nas populações do Espírito Santo e Rio de Janeiro com o uso de primers microssatélites espécie-específicos. Assim, vinte primers microssatélites específicos para A. robusta foram desenhados, sendo que onze (55%) foram polimórficos. Ao se analisar 80 colônias de A. robusta, o número de alelos/loco variou de 7 a 24. A heterozigosidade observada variou de 0,27 a 0,80 nos locos analisados, enquanto a esperada variou de 0,30 a 0,83. Agrupando-se as colônias em duas populações (Espírito Santo e Rio de Janeiro), verificou-se que elas são geneticamente similares. Na população do Espírito Santo, o número de alelos/loco variou de 6 a 22. A heterozigosidade observada variou de 0,22 a 0,70 nos locos analisados, enquanto a esperada variou de 0,30 a 0,85. Na população do Rio de Janeiro, o número de alelos/loco variou de 4 a 17. A heterozigosidade observada variou de 0,32 a 0,97 nos locos analisados, enquanto a esperada variou de 0,29 a 0,81. Por outro lado, considerando-se as colônias amostradas em cada uma das 16 localidades amostradas, como uma subpopulação, verificou-se que elas estão altamente estruturadas. Apesar disto, a análise de agrupamento não evidenciou a formação de clados contendo apenas colônias de localidades geograficamente próximas. Por outro lado, quando se considerou as 80 colônias amostradas, não se verificou estruturação e nem agrupamento de colônias de acordo com a localidade de origem das mesmas. Em conclusão, os resultados obtidos indicam que as colônias amostradas, tanto no Rio de Janeiro como no Espírito Santo, apresentam alta variabilidade genética e que as mesmas não estão estruturadas. Entretanto, considerando-se o endemismo e a ameaça à extinção de A. robusta, para conservá-la será necessário a manutenção do maior número possível de colônias nas regiões de restinga destes dois Estados.