Economia Aplicada

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    Localização de indústrias de moagem de calcário agrícola no estado de Goiás
    (Universidade Federal de Viçosa, 1979) Machado Neto, José Ribeiro; Ribon, Miguel; http://lattes.cnpq.br/2099806813213990
    A incorporação de solos de cerrado do Estado de Goiás para expansão da fronteira agrícola exige aumento da demanda de fertilizantes e corretivos. A expansão da indústria de calcário agrícola no Estado, mediante a utilização de índices de capacidade ociosa das unidades de moagem ou mediante a adequada localização de novas unidades, estão sendo limitada pelos sucessivos aumentos dos índices de preços dos combustíveis e lubrificantes. Atualmente, o sistema viário do Estado de Goiás é formado, na sua maior parte, por rodovias, e as constantes alterações nos custos de transporte restringem a comercialização dos insumos básicos no setor primário. Em face das limitações impostas pelas alterações nos custos de transporte, o principal objetivo deste estudo foi a determinação da localização ótima de novas unidades de moagem de calcário agrícola no Estado de Goiás, por meio da minimização do custo de transporte. Especificamente, procurou- se mostrar os reflexos na rede de distribuição de calcário agrícola, decorrentes da expansão dos índices de produção efetiva das unidades de moagem, do estabelecimento de uma tarifa única de transporte por tonelada/quilômetro do produto e da especificação de um tipo único de veículo para o transporte do produto. Os dados utilizados neste estudo foram obtidos por meio de censo no mercado produtor e nas suas áreas de influência. O modelo teórico desenvolvido foi o modelo de transporte. Os principais resultados e conclusões foram: A expansão do atual parque moageiro no Estado de Goiás, por meio da localização ótima de novas unidades de produção, somente apresenta condições favoráveis após elevação considerável de seus índices de produção efetiva, o que só será alcançado a longo prazo. Os modelos sugeridos para a minimização do custo de transporte por tonelada/quilômetro testados neste estudo mostraram concentração do mercado produtor nas microrregiões do centro e do sul do Estado, Além disso, mostraram possibilidade de expansão da oferta do produto para os anos de 1979 e 1981 com a adoção de uma tarifa única de transporte por tone lada/quilômetro. Os modelos I e II de localização ótima para 1981, além de apresentarem solução ótima para a minimização do custo de transporte, determinaram adequação da localização de novas unidades de produção nos pólos de Rio Verde, Morrinhos e Cristalândia, As principais medidas de políticas sugeridas neste es tudo dizem respeito à expansão do atual parque moageiro e à adoção de medidas de conservação e expansão de rodovias alimentadoras nas áreas de influência do mercado produtor, com o objetivo de incrementar o transporte do produto.
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    Investment and human capital externalities: knowledge spillovers
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-09-04) Alves, Frederick Fagundes; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://lattes.cnpq.br/2518892119165224
    The more general concept of human capital includes any characteristic associated with the individual to provide a productivity differential. However, more often, this concept is reduced to education and experience of individuals. Much of the research begins with the assumption that there are human capital externalities and that these effects is positive. But, few are the authors that measure this externality and do not show how a social planner would act to internalize the distortions caused by the action of the market, while maximizing the welfare of those involved in this economy. The general goal is investigate size and sources of externalities in human capital accumulation and Pareto inefficiency generate in the competitive equilibrium. More specifically aims to: Analyzing decisions of households of investing in human capital and trade-offs faced by these agents; Investigating complementarity between physical and human capital in technology and its implications for human capital investment; Examining the Pareto inefficiency created by externalities in human capital; Comparing Pareto inefficiency with “the first best” set of allocations through a Social Planner Problem. It is important to study the effects generated by human capital because the impacts that these effects can generate economic growth and increasing welfare agents. Thus, it is important to measure what the optimal level of investment in human capital that will bring growth to a long-run equilibrium point (steady state) and, at the same time, generate public policy implications. To do this, we used the four countries called ”Four Asian Tigers” (South Korea, Singapore, Hong Kong and Taiwan) in this study. These countries were chosen because they made a leap in development generated by the high investment in education since 1960, increasing the levels of human capital and GDP per capita in these countries. In the theoretical model we assume that there are three generations in each period: children, adult and old. It is assumed that just adult agents make the economic decisions. The adult chooses consumption level, future capital for retirement purposes, and if he will educate his children or not. If the children go to school, they will become skilled workers next period. The old agents just consume the lifetime savings in form of capital. The main theoretical conclusion is that benevolent social planner maximizes a social welfare function and internalizes the external effects. The social planner in Pareto optimal, choose a higher level of human capital than in competitive equilibrium, to internalize the beneficial effects of the human capital externality. As the number of skilled workers increases, the marginal productivity of skilled labor tends to reduce and the marginal productivity of unskilled labor increases. In empirical results, we have in the competitive equilibrium model, the reduction of the externality generates reduction of the skill premium given by the increase of the number of skilled workers. In the model with subsidies, the reduction of the externality generates increase of the skill premium, increase of the utility and increase of welfare.
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    Federalismo fiscal market-preserving: uma análise de equilíbrio geral computável para o Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-04-28) Nazareth, Marcos Spínola; Vieira, Wilson da Cruz; http://lattes.cnpq.br/1843988754932195
    O objetivo de todo regime federal de governo é prover um sistema estável de descentralização política e fiscal. No Brasil, uma das grandes marcas do federalismo é a alternância de responsabilidades fiscais entre as esferas de governo ao longo da história. Desde a promulgação da primeira Constituição após a independência, em 1824, seguem-se períodos de descentralização e centralização, afetando consideravelmente o desempenho econômico do país. Nesse aspecto, a literatura mais recente em federalismo fiscal prevê problemas de incentivos aos agentes econômicos tanto pela centralização quanto pela descentralização, com potenciais, portanto, para afetar a economia. A centralização tributária tende a distanciar a decisão de gastos do governo das preferências dos cidadãos e a excessiva dependência das entidades subnacionais de recursos federais. A descentralização fiscal pode gerar aumento de gastos advindos da falsa percepção de segurança quanto ao socorro da União e aos problemas de externalidades. A solução seria estabelecer regras institucionais que resolvam simultaneamente os dois problemas, tornando o federalismo market-preserving (FMP). Especificamente, três condições precisam estar presentes para que isso ocorra: i) governos subnacionais devem ter primazia na responsabilidade de provisão de bens públicos e autonomia tributária; entretanto, ii) devem enfrentar restrição orçamentária rígida (ROR), o que significa que eles devem suportar todas as consequências das suas políticas fiscais; e ainda iii) um mercado comum é assegurado com livre mobilidade de fatores, bens e serviços no território nacional. Assim, procurou-se neste trabalho responder à seguinte questão: e se a federação brasileira apresentasse todas as condições do FMP, ou seja, se implementasse descentralização fiscal com limites institucionais, isso de fato melhoraria o desempenho econômico do país conforme prevê a teoria? Para tanto, utilizou-se o modelo PAEG - Projeto de Análise de Equilíbrio Geral da Economia Brasileira que tem por base o modelo e a base de dados do Global Trade Analysis Project – GTAP. Porém, adota-se nele a estrutura básica do modelo GTAPinGAMS. Assim, foi construído um modelo de equilíbrio geral computável que representasse o ambiente econômico brasileiro de 2011 sob uma estrutura institucional descentralizada em duas esferas de governo, implementando choques que, adaptados às possibilidades dos dados e do modelo empregado, simulassem implementação de várias combinações de descentralização fiscal, restrição orçamentária e mobilidade de fatores, particularmente, o FMP. Os resultados confirmaram a hipótese formulada de que a economia brasileira melhora sua performance econômica, medida pelo PIB e pelo bem-estar das famílias, com a adoção de um federalismo fiscal do tipo market-preserving, muito embora, em boa parte dos casos, fazer tal mudança institucional não beneficiaria as regiões Norte e Nordeste, corroborando as preocupações da literatura acerca do possível agravamento das desigualdades inter-regionais. Nesse aspecto, a redução das restrições de mobilidade de fatores tende a piorar os resultados do PIB das regiões Norte e Nordeste, sugerindo desvantagem competitiva estrutural em relação às demais, ainda que melhore o bem-estar destas famílias. Por outro lado, a imposição de um ambiente que proporcione hard budget contraint se mostrou predominantemente benéfico em todos os cenários e regiões. Ficou em destaque, portanto, a necessidade da adoção de políticas de austeridade fiscal para estados e municípios, bastante negligenciada nos debates públicos no Brasil sobre reformas fiscais de longo prazo e na implantação de regras orçamentária e institutos fiscais credíveis. Assim sendo, as recomendações de política são claras: concessão de verdadeira autonomia tributária aos governos subnacionais, com pouca dependência de receitas provenientes de transferências intergovernamentais e elevada restrição de endividamento para financiar gastos em conta corrente, sem nenhuma perspectiva de resgates financeiros da União. Por fim, adotar medidas que minimizem restrições à livre movimentação de capital, trabalho, bens e serviços entre regiões, favorecendo uma determinação competitiva da escolha ótima de carga tributária e gasto público dos governos, com vistas a fomentar a atividade econômica, embora haja um custo em termos de desigualdade regional. Assim, a principal contribuição deste estudo foi apresentar evidências empíricas quanto à importância da relação entre o nível de descentralização fiscal ou tipo de sistema federativo ou, de maneira mais geral, a estrutura institucional de um país e seu desempenho econômico sob a premissa de governos com autointeresse, usando um modelo de equilíbrio geral computável.
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    Utilização de sistema de informações geográficas na estruturação do modelo de seguro rural
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-27) Faria, Roberto Araújo de; Leite, Carlos Antônio Moreira; http://lattes.cnpq.br/6121594686882189
    O presente trabalho analisou a evolução espacial da lavoura de café, nas mesorregiões do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Zona da Mata, com a finalidade de agregar informações econômicas e edafoclimáticas que subsidiassem a delimitação de áreas a serem favorecidas, ou excluídas, por novos mecanismos de financiamento da atividade cafeícola. Foi gerado um mapa de aptidão para o café, considerando-se aspectos naturais, tais como altitude, solo, temperatura e deficiência hídrica, usando dados cedidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), pelo Governo do Estado de Minas Gerais (Geominas) e pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Verificou-se a influência do zoneamento edafoclimático do café nos resultados dos modelos “shift-share” e na análise fatorial por meio do software SPRING do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), acoplado à técnica de correlação canônica. Os dados econômicos utilizados foram provenientes dos censos de 1985 e 1995/96 da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE). Analisando os 10escores fatoriais, verificou-se uma região estagnada ao sul da Zona da Mata, com baixo nível de desenvolvimento mecanização agrícola do e financiamentos. Triângulo Verificou-se Mineiro/Alto Paranaíba que o deu-se de maneira mais equilibrada, com a maior parcela dos municípios investindo em lavouras permanentes e,ou anuais. Os resultados da correlação canônica permitiram concluir que os principais municípios cafeícolas estão localizados em áreas aptas, como também em áreas restritas por solo ou restritas pela deficiência hídrica, enquanto as áreas com restrição de temperatura apresentam-se economicamente inexpressivas no que se refere à produção de café. Destarte, para fins de subsídio à formulação de um novo modelo de seguro rural, conclui- se que áreas que apresentam restrições por solo e por deficiência hídrica não devem ser penalizadas com taxas mais altas de adesão ao sistema de securidade, uma vez comprovada a capacidade do produtor em compensar as restrições edafoclimáticas por meio da utilização de insumos modernos. Entretanto, deve-se levar em consideração que os investimentos de irrigação, em áreas com deficiência hídrica, devem estar integrados ao planejamento dos recursos hídricos da região à qual pertencem a fim de evitar (ou amenizar) conflitos no uso da água. Conclui-se também que o zoneamento climático, especialmente o que leva em conta a evolução da temperatura no espaço e no tempo, deve ser amplamente utilizado para fins de subsídio ao seguro rural e formulação de políticas agrícolas.
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    Análise socioeconômica do núcleo de colonização de Paracatu, Brasilândia de Minas -MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-26) Borges, Helena de Jesus Varela Gomes; Cavalcanti, José Euclides Alhadas
    A implementação de núcleos de colonização no Brasil teve o seu início no final da década de 30, como uma das estratégias para o desenvolvimento agrícola. Muitos foram os programas estabelecidos com vistas a promover o desenvolvimento rural; dentre eles figura o núcleo de colonização de Paracatu, hoje município de Brasilândia de Minas, localizado no Estado de Minas Gerais, implementado pelo Governo em 1952 através da Comissão do Vale do São Francisco (CVSF), a quem foi conferida a administração do núcleo até a sua emancipação. Tem -se questionado bastante sobre a efetividade e viabilidade dos diversos núcleos de colonização dirigida implementados. Assim, o propósito deste trabalho (estudo de caso) foi o de fazer um diagnóstico da situação atual do núcleo de colonização de Paracatu, mais especificamente caracterizar o perfil dos produtores e das propriedades e os níveis da qualidade de vida dos produtores rurais, bem como identificar alguns dos aspectos relacionados com a produção agrícola, o sistema de comercialização, o crédito rural e o emprego. O trabalho teve como fundamento a teoria de modernização (considerado um dos modelos para o desenvolvimento agrícola) e a teoria de desenvolvimento econômico regional. A pesquisa de campo foi realizada na comunidade rural do município de Brasilândia de Minas, localizado no noroeste do Estado de Minas Gerais. Para a realização deste estudo foi determinada uma amostra constituída por 104 produtores rurais, selecionados de forma aleatória. A coleta de dados foi feita mediante aplicação de questionários em entrevista direta com os proprietários dos estabelecimentos visitados. Foram também coletados dados em algumas instituições, bem como na Prefeitura Municipal. A estimativa dos dados foi efetuada mediante análise tabular (considerando a freqüência relativa dos dados obtidos) e determinação da taxa geométrica de crescimento, de forma a identificar a evolução da produção leiteira na região. Os resultados obtidos permitiram concluir que, embora tenha sido registrado substancial desenvolvimento na região, com a expansão da atividade agropecuária e, conseqüentemente, a criação do município de Brasilândia de Minas, os níveis de educação e renda dos produtores são consideravelmente baixos (essa situação tem sido característica em núcleos de colonização onde se propõe o desenvolvimento rural através da implantação de pequenas propriedades). Parte dos produtores prevê o abandono da atividade agrícola caso a situação atual prevaleça, principalmente no caso daqueles cuja fonte de renda provém da produção do leite. Existe tendência de descapitalização no setor rural, devido à baixa lucratividade. Para expandir a atividade econômica, o município precisa buscar fontes alternativas de crescimento.
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    Fatores internos associados à decisão de diversificação nas cooperativas agropecuárias
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-05) Ferreira, Marco Aurélio Marques; Braga, Marcelo José; http://lattes.cnpq.br/5928812164923260
    A incorporação de estratégias competitivas tem sido uma das alternativas das cooperativas agropecuárias na busca de ganhos de eficiência e competitividade diante da mundialização dos mercados. Dentre as inúmeras estratégias por elas adotadas, a diversificação de negócios e produtos tem merecido destaque, pela proporção com que vem sendo utilizada. Assim, os objetivos deste trabalho foram avaliar os fatores associados à decisão de diversificar nas cooperativas agropecuárias e relacionar essa estratégia à melhoria da posição competitiva da organização. Como referencial teórico adotou-se a teoria do crescimento da firma, na qual o modelo de tomada de decisões na formulação de estratégias foi utilizado para descrever o processo de crescimento da empresa via diversificação. Para a coleta de dados utilizou-se a aplicação de questionários com base em uma amostra de 67 cooperativas distribuídas por diferentes regiões nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. De posse dos resultados, verificou-se correlação positiva entre a diversificação e as medidas de resultado e desempenho. Foi possível observar, também, relação positiva entre competitividade e diversificação nas cooperativas da região. O modelo econométrico Logit, utilizado para determinar o impacto das variáveis associadas à decisão de diversificação nas cooperativas agropecuárias em estudo, apresentou alto poder de previsão, sendo possível identificar os fatores internos associados à decisão de diversificar nas cooperativas de MG e SP. Entre os fatores que se relacionam negativamente com a diversificação estão o resultado operacional por cooperado, o patrimônio total e o tipo de cooperativa. Por outro lado, aumentos na idade, no número de empregados e nas sobras operacionais influenciaram positivamente a diversificação nas cooperativas agropecuárias mineiras e paulistas. O elevado número de cooperativas diversificadas, bem como a maior relação dos novos negócios e produtos com a atividade principal da cooperativa, se revelou um importante instrumento a ser utilizado pelos formuladores das políticas de fomento ao setor, em razão de a maior freqüência de diversificação concêntrica representar uma vantagem competitiva à medida que, de modo geral, permite às cooperativas maior eficiência no aproveitamento dos recursos comuns.
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    Determinantes do uso de tecnologia em sistemas alternativos de produção rural familiar do Vale do Acre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-10) Pontes, Frederico Silva Thé; Leite, Carlos Antônio Moreira; http://lattes.cnpq.br/2096150518408476
    O baixo nível de renda dos produtores rurais familiares do Vale do Acre, na Amazônia brasileira, traz como conseqüências dois grandes entraves ao desenvolvimento da região: a devastação da floresta, pela necessidade de se obterem ganhos a qualquer custo, e o êxodo rural dos que não conseguem subsistir no campo. Este problema é tratado pela literatura sob a perspectiva de alternativas tecnológicas aos sistemas de produção rural predominantes (agrícola e extrativista), apontando como alternativa principal o sistema agroflorestal, que busca conciliar aumento de renda do produtor com conservação dos recursos florestais. Este estudo objetiva investigar o processo de determinação do uso de tecnologia moderna e da participação de pequenos produtores rurais nos sistemas extrativista, agrícola e agroflorestal no Vale do Acre. A discussão aqui estabelecida busca comprovar a hipótese de que o estabelecimento e a predominância do sistema agroflorestal na região dependem do incentivo governamental, materializado, principalmente, em políticas de concessão de crédito, entre outras. Com base em dados sobre os sistemas extrativista, agrícola e agroflorestal, contata-se que o nível de adoção e disseminação de tecnologia entre os produtores estudados revela-se acentuadamente baixo, destacando o sistema agroflorestal como o que mais gasta com modernas práticas de produção. As variáveis que tiveram maior efeito positivo sobre a adoção de tecnologia foram o crédito e o índice de capitalização dos produtores, materializado na relação entre capital constante e valor total da força de trabalho empregada, enquanto a participação da força de trabalho familiar no total de trabalho empregado e a distância que separa a propriedade dos centros urbanos tiveram maior efeito negativo. Esses resultados foram ratificados em entrevistas feitas com produtores dos sistemas agrícola e extrativista. A análise dos determinantes da participação dos produtores nos sistemas de produção estudados permite concluir que quanto maior o volume de crédito concedido e a capitalização do produtor e quanto menores forem a distância que separa as propriedades dos centros urbanos e a força de trabalho familiar empregada, maior será a possibilidade de um produtor pertencer ao sistema agroflorestal. Desse modo, de acordo com as atuais características dos produtores e das propriedades rurais da região, o sistema agrícola é o que desperta maior interesse entre os produtores, com 95% de chance de um produtor optar por esse sistema de produção. Esta constatação demonstra que o empenho governamental em fazer prevalecer na região o sistema agroflorestal deve ser tão intenso quanto duradouro e baseado em políticas que influenciem o processo de tomada de decisão do produtor, evidenciando a ênfase nas variáveis crédito, índice de capitalização e, para futuros assentamentos de produtores, distância das propriedades aos centros urbanos, que foram as variáveis sujeitas à intervenção governamental que, na amostra estudada, mostraram maior associação com o uso do sistema agroflorestal.
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    Análise econométrica da demanda de energia elétrica nos setores residencial- urbano e rural do Brasil, 1970-1999
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-05-29) Silva, Soraya Amaro da; Lima, João Eustáquio de; http://lattes.cnpq.br/3823967539102763
    A energia elétrica é um serviço à sociedade, podendo garantir melhor conforto e melhor qualidade de vida à população. Neste analisados o consumo residencial-urbano trabalho, são e rural de energia elétrica no Brasil no período de 1970-1999, bem como suas taxas de crescimento no intuito de analisar a evolução da quantidade demandada. Também é analisado o comportamento da quantidade consumida de energia elétrica dos consumidores residencial-urbano e rural frente às alterações nos preços das tarifas médias, preço do eletrodoméstico e renda. O instrumento metodológico utilizado baseia-se na estimação de equações de demanda por diferentes métodos econométricos, ressaltando a utilização de um modelo de correção de erros para se realizar previsões para os diferentes setores. Com base nos resultados, constata-se que as variáveis preço da tarifa média, preço do eletrodoméstico e renda determinaram alterações na quantidade demandada de energia elétrica. Nesse sentido, a utilização destas variáveis implica em alterações na quantidades demandadas. As previsões adotadas foram feitas por simulações, usando-se tarifas diferenciadas, sendo medido os efeitos que as alterações provocam na quantidade total consumida de energia elétrica, nos diferentes setores e as alterações no consumo médio. Logo, estas estruturas tarifárias são utilizadas para mostrar como o governo e investidores podem ajustar os preços da energia elétrica, atendendo assim as exigências dos consumidores, investidores e governo.
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    O crescimento setorial da economia brasileira no período 1985/96: uma análise de insumo-produto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-07-27) Finamore, Eduardo Belisário Monteiro de Castro; Vieira, Wilson da Cruz; http://lattes.cnpq.br/9485771091857506
    O desempenho do setor agrícola tem sido reconhecido como componente crítico no processo de desenvolvimento econômico. Com vistas em entender os padrões de crescimentos do complexo agroindustrial brasileiro no período de 1985 a 1995, este trabalho objetivou mensurar este complexo em termos nominais e reais, a custo de fatores e a preços de mercado, com o fim de avaliar e identificar as trajetórias de crescimento que vem apresentando no processo de abertura comercial, bem como buscar quantificar as fontes de crescimento da economia brasileira. Constatou-se que houve tendência crescente e persistente do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em todo o período analisado, tanto a custo de fatores quanto a preços de mercado. A participação do complexo agroindustrial no PIB brasileiro, a custo de fatores, considerando o período inicial e final, manteve-se praticamente a mesma, resistindo ao padrão histórico de economias mais avançadas. A custo de fatores, o valor adicionado da agricultura foi maior que o da agroindústria. A preços de mercado, houve reversão de posição entre agropecuária e agroindústria. A principal fonte de crescimento da economia brasileira foi e continua sendo a demanda doméstica, composta de consumo das famílias e do governo e de investimentos líquidos. No entanto, constatou-se mudança de padrão, já que o crescimento da demanda interna, no período 1990/96, foi 50% maior que o do período 1985/90. Este nível de consumo só foi possível com o novo padrão de importações de bens finais, padrão este não observado em nenhum outro país. Pela decomposição do valor bruto da produção e pela análise dos desvios do crescimento proporcional, verificou-se que o complexo agroindustrial ganhou participação no produto total; de um lado, este agregado não perdeu receita, contribuindo para a manutenção de sua participação no valor adicionado da economia brasileira, e, de outro, foi o que menos contribuiu para a entrada de produtos estrangeiros, tanto para demanda final quanto para a intermediária. O crescimento da produtividade dos trabalhadores foi um fenômeno geral em todos os setores da economia brasileira, embora o setor de serviços tenha puxado para baixo a média nacional. Na década de 90, as magnitudes dos ganhos de produtividade dos trabalhadores do complexo agroindustrial e do complexo industrial justificaram os ganhos de participação desses complexos. Na segunda metade da década de 80, observou-se pequeno aumento de produtividade dos trabalhadores para a economia brasileira, sendo o complexo agroindustrial o único a melhorar a produtividade da mão-de- obra. Ao analisar a Produtividade Total dos Fatores, verificou-se que, no período analisado, em termos agregados, não houve ganhos relevantes de produtividade total de fatores na economia brasileira. No final da década de 80, houve estagnação tecnológica. O período 1990/96 pode ser caracterizado por ganhos positivos de produtividade total de fatores para o complexo agroindustrial, industrial e de serviços, com resultado positivo para o Brasil. Por fim, constatou- se que as importações totais diminuíram a importância relativa do complexo agroindustrial. complexo Sem os agroindustrial insumos foi o importados, único setor numa hipotética econômico que autarquia, aumentou o sua influência na economia. No complexo industrial, verificou-se diminuição tanto dos multiplicadores de requerimentos totais quanto doméstico. Mediante a utilização de insumos importados, os setores industriais de crescimento rápido mantiveram suas parcelas de mercado praticamente estáveis.
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    Efeitos da degradação de pastagens sobre a produção de leite no Estado de Goiás
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-07-31) Quintão, Cynara Magalhães Pinto Godói; Cavalcanti, José Euclides Alhadas; http://lattes.cnpq.br/9112176879073388
    A última década do século XX foi marcada como um período de grandes mudanças na pecuária do Brasil, sobretudo a leiteira. Essas mudanças, de caráter político, econômico e social tiveram início nos primeiros anos da década de 90 e desencadearam um processo de transformações em todos os segmentos da cadeia láctea, com destaque à redistribuição geográfica da produção, tendendo a concentrar-se na região Centro-Oeste, caracterizada pelo ecossistema cerrado. Nesta região, o estado que mais contribuiu para essa concentração foi Goiás. Como em todo Brasil, a pecuária leiteira neste estado é baseada na utilização de pastos como fonte alimentar do rebanho, o que implica em baixos custos. Assim, este recurso forrageiro deve ser a preocupação central da atividade leiteira que nele se baseia, devendo-se deter a degradação dos pastos, bem como permitir a reversão de seu processo. O ecossistema cerrado apresenta problemas quanto ao solo (baixa fertilidade e elevada acidez), à disponibilidade de água (regular alternância entre períodos marcados pela abundância e escassez de chuvas), e, por conseqüência, ao crescimento de pastagens plantadas, sem um manejo adequado, implicando em degradação de pastagens. Estima-se que 80% do total de pastagens cultivadas nos cerrados estão em algum grau de degradação. Portanto, para atender ao objetivo geral deste estudo que é analisar a perda social da pecuária leiteira causada pela degradação de pastagem, em Goiás, é necessário: a) descrever a pecuária leiteira no estado de Goiás; b) identificar a produção de leite e seu valor em Goiás, sob o efeito da degradação de pastagens, em dois cenários: CENÁRIO 1, que reflete a realidade, considerando a capacidade de suporte atual (0,8 UA/ha), e CENÁRIO 2, considerando uma situação pessimista, em que o processo de degradação é agravado, alcançando a capacidade de suporte de 0,5 UA/ha; c) determinar a produção de leite e seu valor em Goiás, considerando uma situação de pastagens não-degradadas cuja capacidade de suporte é 1,4 UA/ha, configurando o CENÁRIO 3; d) avaliar a perda relativa na produção física de leite em Goiás, em decorrência da degradação de pastagens; e) fazer uma avaliação “ex-ante” recuperação/renovação do impacto econômico do processo de de pastagens degradadas na região de cerrados, sendo considerados os efeitos da capacidade de suporte sobre a produção de leite, nos três níveis de produção, isto é, estrato I (produção de até 50 l/dia/estabelecimento), estrato II (produção de 51 a 250 l/dia/estabelecimento) e estrato III (acima de 250 l/dia/estabelecimento). Foi verificado que os efeitos da degradação de pastagem refletem-se na pecuária leiteira, diretamente, através da capacidade de suporte, mantendo-se constante a produtividade animal e a área destinada à pecuária de leite, e não considerando os efeitos do processo de recuperação sob estas variáveis, podendo-se inferir que aumentos na capacidade de suporte, proporcionados pela recuperação de pastagens, são seguidos de incrementos nos índices de desempenho da pecuária leiteira, tais como a produção diária e a produtividade por área. Diante de efeitos positivos do processo de renovação/recuperação de pastagem sobre a produção de leite, a uma capacidade de suporte de 1,4 UA/ha, foi realizada uma avaliação “ex-ante” do impacto econômico deste processo a fim de facilitar a tomada de decisão. Foram considerados dois sistemas de renovação/recuperação de pastagens: Sistema A, aquele que consiste em investimentos em recuperação com gastos anuais de manutenção, e o Sistema B em que o investimento consiste, apenas, na recuperação das pastagens. Ao analisar o fluxo de caixa dos três estratos de produção, verificou-se que os impactos da renovação/recuperação de pastagem do sistema A são maiores no estrato III, já que apresentou o maior saldo por hectare (R$ 3.108,39) e menor tempo de déficits no fluxo de caixa adicional, além de apresentar bons indicadores de investimento. Sob o ponto de vista financeiro, o investimento em renovação/recuperação de pastagens mostrou-se inviável para o estrato I e indiferente para o estrato II.