Economia Aplicada

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    Produtividade e mitigação de gases de efeito estufa do setor de pecuária brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-16) Pinto, Talita Priscila; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/6303199950385858
    O Brasil é considerado um dos principais players na produção e comércio global de carne bovina. Apesar da relevância econômica que a pecuária representa para o país, há importante contraponto: sua igual grandeza em contribuir com a emissão de gases de efeito estufa. O setor é responsável por 80% das emissões da agropecuária. Com isso, numerosas estratégias de mitigação têm sido propostas para reduzir os impactos ambientais da produção de gado. Nesse sentido, este estudo combina o modelo de equilíbrio geral computável (EGC) ENVISAGE com três tecnologias propostas pelo Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) para determinar o potencial de mitigação e produção de cada uma dessas tecnologias para o setor. Os resultados indicam que a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) é a tecnologia com maior capacidade de mitigação, reduzindo diretamente as emissões em 172,5 Mt CO2eq, além de elevar a produção do setor em 10,9%. Todas as tecnologias propostas possibilitam aumento da produção setorial aliado à mitigação de gases de efeito estufa, principalmente CH4 e N2O. A inserção das tecnologias do ABC aumenta a produção da pecuária o que implica em um aumento indireto da produção do setor de grãos e alimentos e bebidas. Há também uma maior demanda final pelos produtos agropecuários. A maior produção desses setores, juntamente com o maior consumo agregado, implica em um aumento indireto das emissões de gases de efeito estufa. Entretanto, esse acréscimo nas emissões não é capaz de neutralizar o potencial de mitigação da pecuária. Além disso, o modelo projeta que há um trade-off entre mitigação e produção que ocorre ao se atingir uma taxa de lotação entre 4,67-4,99 UA/ha (unidade animal por hectare). Isso quer dizer que dentro desse intervalo troca- se maior produção da pecuária por menor mitigação de gases do efeito estufa e vice- versa. Por outro lado, verifica-se que dado o atual nível de lotação das pastagens no Brasil ainda há um grande espaço para intensificação da pecuária até que o trade-off projetado seja de fato atingido. Palavras-chave: Produtividade da Pecuária. Equilíbrio Geral. Mudanças Climáticas.
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    Política monetária e spread bancário em economia aberta: uma análise para economia brasileira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-05-16) Barros, Fabiano Luiz Alves; Vieira, Wilson da Cruz; http://lattes.cnpq.br/7131839297122922
    Assim como a política monetária desempenha um papel fundamental na estabilização econômica, a política de crédito também exerce, de forma crucial, um tipo de propagação da política monetária. Desta forma, a magnitude do spread influencia tanto positiva- mente quanto negativamente o mercado de crédito. Em vista disso, o objetivo geral desta pesquisa buscou analisar o comportamento do spread bancário na economia brasileira em respostas às variações da política monetária. A hipótese da pesquisa é que o ambiente macroeconômico expresso na taxa de câmbio, na taxa de juros e alta inflação afetam de maneira positiva o spread bancário do Brasil, ou seja, câmbio desvalorizado, juros al- tos e taxa de inflação tendem a aumentar o spread bancário. Este trabalho expande o modelo proposto por Gerali et al. (2010), pois é desenvolvido um modelo de economia aberta como em Silva (2015): porém, este trabalho não utiliza os sindicatos. O foco visa modificar a regra de Taylor que agrega o spread bancário; e alterar a equação do lucro bancário, pois incorpora o ambiente institucional; além disso, os choques são dados em variáveis que possuem ligação direta com a política monetária e o setor financeiro. Assim, as transações acontecem a nível local e internacional, tanto no setor exportador (por meio das importações de insumos e exportações de bens finais), quanto no setor financeiro (a partir da captação de crédito externo), favorecendo, assim, o grau de substitutibilidade do crédito doméstico pelo privado. Os resultados obtidos indicam que mudanças na política monetária afetam o spread bancário e confirmam a hipótese deste trabalho. Além disso, indicam que o crédito exerce influência significativa na política monetária, principalmente, na substituição do crédito doméstico em relação ao crédito estrangeiro, ou seja, permite que os bancos tomem empréstimos internacionais em moeda estrangeira, aumentando, assim, a tomada de risco dos bancos no sistema financeiro.
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    Impacts of microeconomic shocks on the aggregate economy: an analysis for Brazil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-11-26) Salton, Ângelo; Vieira, Wilson da Cruz; http://lattes.cnpq.br/9104815087677360
    This work aims to evaluate the impact of microeconomic uncertainty shocks in the Brazilian economy through a dynamic stochastic general equilibrium model (DSGE) with financial frictions. The microeconomic shocks emerge from the time-varying out- put dispersion of entrepreneur agents and their interaction with the financial sector. Calibrating the model using Brazilian macroeconomic quarterly data from 2003 to 2018, we find that agency costs in the entrepreneurial and financial sector impact economic cycles, capital accumulation and household’s welfare. Keywords: Uncertainty. Volatility. Growth. Development.
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    Acesso à educação infantil e a alocação de tempo das mães
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-09) Campos, Ana Luísa Malatesta de; Silva, Maria Micheliana da Costa; http://lattes.cnpq.br/0596275143708300
    Muitos trabalhos na literatura buscaram estudar a relação entre a assistência infantil e o trabalho materno. O acesso à educação infantil é uma forma eficaz de as mães conseguirem conciliar carreira e família, já que dispondo de lugar para o filho permanecer, o tempo da mulher pode ser alterado. Partiu-se do pressuposto de que não apenas as horas dedicadas ao trabalho remunerado podem ser alteradas, mas também as horas atribuídas ao trabalho doméstico. Nesse contexto, o presente trabalho procurou avaliar o impacto da frequência à educação infantil na alocação de tempos das mães entre o trabalho remunerado e o doméstico não remunerado, e não apenas sobre a oferta de trabalho formal da mãe. Existe uma simultaneidade causada pela tomada de decisão conjunta da mãe, entre levar o filho à educação Infantil e como alocar o seu tempo entre as diversas atividades, que traz endogeneidade ao modelo, além de que as mães que levam os filhos a educação infantil são muito diferentes daquelas que não levam. Foram usados dados da PNAD, para os anos de 2011 a 2015, e uma amostra de mães de 16 a 40 anos. Após controlar por fatores observados e não observados, os resultados encontrados sugerem que a frequência do filho à educação infantil aumenta a proporção de horas totais gastas em trabalho remunerado em 2,01 p.p. e reduz a participação em 0,66 p.p. das horas de trabalho doméstico. Assim, a educação infantil pode não estar reduzindo a jornada dupla da mãe. Como o trabalho dentro de casa vai além dos cuidados dos filhos, o resultado pode estar sugerindo que ela ainda continua responsável por todo o gerenciamento e execução dos afazeres domésticos, mesmo aumentando a participação das horas destinadas ao mercado de trabalho. Palavras-chave: Educação infantil. Alocação do tempo. Mulheres-Emprego. Bem-estar.
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    O impacto da fonte fotovoltaica no custo de produção de energia elétrica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-29) Pereira, Denis dos Santos Santiago; Trotter, Ian Michael; http://lattes.cnpq.br/9955063297753459
    Devido às crises hídricas ocorridas a partir de 2012, em diversas partes do país, a oferta de água para consumo público e para utilização em setores produtivos como a agricultura e hidrelétricas, tem sido prejudicada de forma significativa. Dessa forma, outras fontes de energia elétrica, principalmente a térmica, têm sido aplicadas a fim de abastecer o sistema elétrico nacional. Sabe-se que a energia advinda de fontes térmicas é onerosa, tanto economicamente como ambientalmente. Portanto, o presente trabalho pretende avaliar o impacto no custo de produção da energia elétrica caso ocorra aumento do uso da fonte fotovoltaica na matriz energética brasileira, já que, o país apresenta grande potencial para este tipo de geração. Irá ser calculado, através de um problema de otimização condicionada, o despacho hidrotérmico no período entre outubro de 2017 e setembro de 2018 em quatro diferentes cenários. Obtém-se resultados expressivos, demonstrando que um pequeno acréscimo da participação da fonte solar gera significativa redução no custo de produção do setor.
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    Custos das internações por doenças do aparelho respiratório associadas a queimadas: o caso da Amazônia Legal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-11-08) Oliveira, Damaris Bento Ortêncio de; Feres, José Gustavo; http://lattes.cnpq.br/2735464632758891
    Ao longo dos anos, os incêndios florestais e queimadas vêm crescendo ao redor do mundo, e um dos fatores propulsores na geração de queimadas é à aceleração do processo de desmatamento da Amazônia Legal, principalmente devido à expansão da agropecuária. Com o aumento do processo de queima de biomassa, esta ação é responsável por grande parte da poluição do ar em países em desenvolvimento, sendo que a fuligem e a fumaça são as principais fontes de poluição atmosféricas nas cidades brasileiras, e ainda o Brasil apresenta cerca de 60% dos focos de queimadas da América latina entre os anos de 2009 a 2018. Isto leva a população a uma excessiva exposição aos poluentes, podendo gerar e agravar quadros de doenças do aparelho respiratório. Diante disso, o objetivo geral do trabalho foi verificar se o aumento das queimadas pode gerar variações no número e nos custos de internações por doenças do aparelho respiratório em casos relacionados a crianças, idosos e doenças pré- existentes. Ainda procurou verificar a relação temporal entre focos de queimadas, poluição e número de internações hospitalares por doenças do aparelho respiratório na Amazônia Legal Brasileira. A análise foi realizada em duas etapas, a primeira consiste em uma análise por dois estágios para os anos de 2008, 2010, 2012 e 2014, sendo que o primeiro estágio relacionou focos de queimadas com poluição (profundidade óptica de aerossóis – aod) e Material particulado (PM 2,5 ), com o modelo de dados em painel. O segundo estágio analisou a relação epidemológica entre poluição de queimadas (aod) com número de internações hospitalares por doenças do aparelho respiratório, através do modelo de dados em painel para dados de contagem, e foi verificado também a relação custos de internações com poluição. Por fim, a segunda etapa foi realizada uma análise de efeito temporal, foi estimado um modelo vetorial auto-regressivo – VAR para os anos de 2009 a 2016. Os resultados da pesquisa mostraram uma relação positiva entre queimadas e poluição, tanto para aod quanto material particulado fino. A relação epidemiológica foi positiva quando considerada o total da população, idosos de 65 anos ou mais, casos de influenza e de pneumonia, para análise de custos, também concluiu-se que poluição afeta os custos de internações, exceto para crianças de 0 a 4 anos. Identificou-se ainda uma relação temporal entre focos de queimadas e poluição, e entre poluição e internações por doenças do aparelho respiratório. A poluição apresentou relação temporal persistente com internações e com os custos, para o total da população e idosos. Os principais resultados da pesquisa são importantes por evidenciar que para o caso da Amazônia Legal brasileira, existe um impacto direto da poluição sobre a saúde humana, principalmente em idosos e pessoas com doença pré-existentes, além de que, tais impactos também estão associados a custos econômicos positivos quando ocorre aumento de queimadas. Além disto, queimadas afetam temporalmente a poluição fazendo com que esta permaneça na atmosfera por determinado período possibilitando que maior número de pessoas estejam expostas a poluentes emitidos em períodos anteriores. Palavras-Chave: Queimadas. Poluição. Doenças Respiratórias.
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    Impactos do planejamento e da regulação no desempenho das empresas do setor saneamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-05) Pontes, Raquel Pereira; Féres, José Gustavo; http://lattes.cnpq.br/2856412633961408
    Impactos do planejamento e da regulação no desempenho das empresas do setor saneamento. Orientador: José Gustavo Féres. Coorientador: Marcelo Dias Paes Ferreira. O setor de saneamento é caracterizado como um monopólio natural em que a regulação governamental é essencial para tornar as alocações de recursos nesse setor mais eficientes, melhorando o bem-estar da sociedade. Após um longo período com carência de uma regulação econômica efetiva no setor de saneamento brasileiro, foi implementada em 2007 a lei no 11.445 visando suprir esse desprovimento, se tornando conhecida como um marco regulatório no setor. A respectiva lei fundamenta-se em algumas diretrizes como universalização do acesso aos serviços e a eficiência econômica. De forma a regular novos contratos de concessão, a lei exigiu a execução de alguns instrumentos regulatórios como a supervisão regulatória e o planejamento municipal. Ademais, um fator importante que pode estar associado a eficiência e ao desempenho das empresas de saneamento é o fato que que desde 1970 com o Plano Nacional de Saneamento a maioria das empresas de saneamento são reguladas pelo mecanismo de Taxa de Retorno, que pode estar ocasionando o efeito Averch-Johnson, ou seja, uso de mais capital do que necessário. Neste sentido, este trabalho buscou avaliar como a regulamentação governamental no setor de saneamento, especialmente em termos de regulação econômica, supervisão regulatória e planejamento, afeta a eficiência das empresas de saneamento e as condições de saúde nos respectivos municípios. Para responder os questionamentos propostos neste estudo, foram desenvolvidos três capítulos: Regulação Económica e o Efeito Averch- Johnson no Setor de Saneamento Brasileiro; Regulação, Planejamento e Eficiência no Setor de Saneamento Básico no Brasil; e Impactos dos Instrumentos de Regulação no Setor de Saneamento e de Saúde no Brasil. No primeiro capítulo, foi explanado sobre a teoria da regulação econômica e averiguado a existência do efeito Averch-Johnson no Brasil. Os resultados indicam a não existência desse efeito no setor de saneamento brasileiro. Constatou-se que os gastos com pessoal próprio e terceirizado são maiores do que os Investimentos realizados pelos prestadores de serviço. Após o ano de 2007, observa-se que as taxas de crescimento dos investimentos são, em alguns anos, maiores do que as taxas de crescimento dos gastos com pessoal, mas esse comportamento não sesustenta. No segundo capítulo, foi medida a eficiência técnica de custo das empresas de saneamento no Brasil por meio da Análise de Fronteira Estocástica (Stochastic Frontier Analysis) e investigou-se o efeito da empresa estar localizada em municípios que possuem supervisão regulatória e/ou planejamento sobre a eficiência técnica de custo. Foi verificado que, em municípios que têm somente supervisão regulatória, as operadoras de saneamento têm eficiência técnica de custo menor quando comparadas as operadoras de saneamento dos municípios que não tem agência reguladora. Nos municípios que têm somente PMSB, as empresas de saneamento não apresentaram efeito significativo sobre a eficiência e em média possuem baixa eficiência técnica. No entanto, quando os municípios têm a supervisão regulatória e PMSB têm-se eficiência técnica maior. No terceiro capítulo foi analisado o efeito da supervisão regulatória e do planejamento a partir do marco regulatório sobre indicadores de desempenho das operadoras de saneamento e sobre indicadores de saúde através do método de diferença-em-diferenças (Difference in Differences). Os resultados demonstraram que os instrumentos, supervisão regulatória e PMSB, quando adotados separadamente, ou seja, quando o município utiliza somente um dos instrumentos regulatórios, em sua maioria, não geraram sinais dos impactos esperados e significativos, mas quando adotados juntos os sinais dos impactos são esperados e para alguns anos foram significativos. Palavras-chave: Regulação Econômica. Planejamento. Saneamento Básico.
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    Taxação de alimentos ultraprocessados: evidências para o Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-11-22) JULIÃO, Cláudia César Batista; Coelho, Alexandre Bragança; http://lattes.cnpq.br/7195428690298945
    O presente trabalho realizou duas análises sobre a taxação de alimentos no Brasil, a partir de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) de 2008/2009. O primeiro ensaio teve como objetivo analisar os efeitos da taxação na demanda de alimentos ultraprocessados e suas implicações sobre o estado nutricional dos brasileiros. Em termos gerais, a política de tributação mostrou-se eficaz para reduzir a demanda dos alimentos ultraprocessados e, em contrapartida, aumentar o consumo de alimentos mais saudáveis como frutas, legumes e verduras. Ademais, a taxação contribuiu para tornar a dieta do brasileiro menos calórica e reduzir a ingestão de sódio, ácido graxo saturado e açúcar de adição, os quais estão associados a doenças cardíacas e diabetes. Com o imposto, a taxa de obesidade no Brasil poderia cair mais de 16% e a de sobrepeso, em quase 15%. Assim, esses resultados sugerem que taxar os alimentos processados e ultraprocessados de acordo com o excesso de sódio, gordura e açúcar de adição pode ser uma ferramenta para o governo brasileiro conter o crescimento dos índices de obesidade e de sobrepeso. Já o segundo ensaio analisou especificamente o grupo de alimentos ultraprocessados denominado de “bebidas açucaradas” e teve como objetivo analisar os efeitos da taxação na sua demanda e suas implicações sobre o peso corporal dos brasileiros. Em termos gerais, o imposto ad valorem de 20% sobre as bebidas açucaradas mostrou-se eficaz para reduzir a quantidade demandada, com redução superior a 30%, possibilitando cumprir as metas de redução do Ministério da Saúde – com exceção da categoria de Refrigerantes regulares de cola que teriam apenas 9,42% da quantidade demandada reduzida. Contudo, quando analisados os impactos do imposto sobre o peso corporal, observa-se que o efeito líquido foi um aumento médio anual de 1,59kg no peso corporal per capita, devido a relações de substituição entre o grupo de bebidas açucaradas e categorias mais calóricas, especialmente a de Outros alimentos. Porém, quando analisados os grandes consumidores de bebidas açucaradas, haveria redução anual de peso corporal per capita de 4,53kg. Ademais, na análise do imposto volumétrico por faixa de renda, observa-se que nas classes de renda baixa e média haveria, respectivamente, uma redução anual de 1,4kg e 9,15kg no peso corporal per capita. Dessa forma, os resultados desta pesquisa sugerem que a política de taxação de bebidas açucaradas precisaria ser combinada com outros instrumentos para controlar as crescentes taxas de sobrepeso e obesidade brasileiras. Por exemplo, a combinação do imposto sobre as bebidas açucaradas com medidas que aperfeiçoassem os rótulos desses produtos poderia mostrar de forma clara e informativa para o consumidor o excesso de açúcar em suas composições. Palavras-chave: Alimentos ultraprocessados. Taxação. POF 2008-2009.
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    Ensaios sobre migração rural-urbana e mudanças climáticas no Nordeste brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-09-12) Delazeri, Linda Márcia Mendes; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/3954640591708829
    As mudanças climáticas observadas nos últimos anos e a expectativa quanto à sua intensificação ao longo das próximas décadas podem afetar a produção e renda agrícolas e, como consequência, podem alterar o incentivo e a capacidade da população em permanecer nas áreas rurais ou em migrar para as áreas urbanas. Este estudo investiga os impactos das mudanças climáticas sobre a migração rural-urbana no Nordeste brasileiro ao longo das últimas duas décadas do século XX e avalia os impactos das mudanças climáticas esperadas para o futuro sob diferentes cenários sobre a distribuição futura da emigração e população rural na região. Para a análise foi utilizado um conjunto de dados em painel do tipo gravitacional, em que os fluxos migratórios foram explicados pelas mudanças do clima em cada microrregião de origem. Os resultados obtidos por meio da estimação do modelo Poisson Pseudo Maximum Likelihood (PPML) indicam que os impactos das mudanças climáticas sobre os movimentos migratórios do tipo rural-urbano dependem dos níveis de renda agrícola per capita das microrregiões e dos níveis educacionais da população rural da região. As variáveis climáticas, com destaque para o aumento da temperatura máxima média, contribuíram para o aumento da migração rural-urbana nas microrregiões com menor vulnerabilidade econômica. Nas microrregiões com maiores restrições de renda, entretanto, a intensificação das adversidades climáticas contribuiu significativamente para a redução desse tipo de fluxo migratório. Os resultados obtidos quanto aos impactos das mudanças climáticas sobre a migração rural-urbana foram utilizados como referência para o desenvolvimento de projeções populacionais para as áreas rurais da região Nordeste sob diferentes cenários socioeconômicos e climáticos. De maneira específica, tendências futuras sobre as componentes demográficas fecundidade, mortalidade e progressão educacional foram combinadas com as tendências migratórias futuras determinadas por cenários climáticos alternativos. Os resultados das projeções populacionais indicam que as diferenças quanto ao tamanho e à composição da emigração e da população rural da região sob diferentes cenários emergem principalmente das suposições quanto ao progresso dos sistemas educacionais e das suposições quanto às condições climáticas futuras. Os resultados obtidos neste estudo enfatizam a complexidade da relação entre mudanças climáticas e emigração rural e levantam questionamentos a respeito de quaisquer narrativas simplistas sobre essa relação. Políticas que abrangem questões relacionadas à emigração rural induzida pelo clima adverso devem direcionar o foco para as áreas rurais de regiões de baixa renda, especialmente para as populações rurais de baixa escolaridade ou cuja subsistência dependa da atividade agrícola. Além disso, as políticas devem ser orientadas e preparadas para a ocorrência Agricultura - Brasil, Nordeste a de cenários alternativos de mudanças climáticas e para o consequente efeito dessas mudanças sobre o crescimento populacional e sobre o deslocamento da população das áreas rurais para as áreas urbanas. Palavras-chave: Migração Rural-Urbana. Mudanças Climáticas. Agricultura. Nordeste.
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    Brazilian future land-use dynamics and impacts of deforestation policies
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-03) Ambrósio, Geanderson Eduardo; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/0072191540199624
    Land use interacts with a dichotomous relationship between agricultural production and forest conservation, it depends on socioeconomic and biophysical features, and it has time and geographic specific dynamics. National environmental policies can drive national land-use change (LUC) and, due to interconnected global markets, it affects international land dynamics in positive or negative ways. The present research uses a global land-use model to assess Brazilian land-use dynamics by projecting and evaluating i) Brazilian LUC over this century and ii) the national and international impacts of Brazilian deforestation policies over 2050. Results on LUC over this century suggest that Brazilian land use can evolve in diverse pathways depending on the socioeconomic and biophysical assumptions. Pastureland presents an important decrease in the next decades while cropland takes over it and keeps increasing up to 2040, especially in the South and Northeast. Deforestation and depletion of natural land fade out in the next decades and this dynamic can be due to the abandonment of pasturelands and to policies to reduce deforestation. If the world tracks the path to stay below the 2- degree warming, Brazil would benefit of the establishment of a biofuel market by producing and exporting bioenergy crops, but at the cost of increased food prices due to higher land competition. Results on the impacts of deforestation mitigation revealed that these policies have a major impact on reducing deforestation in Brazil. Mitigation policies for Legal Amazon and Cerrado present a net saving of up to 50 million ha of forestland from 1995 to 2050 and are associated with higher crop yields. This policy promotes agricultural reallocation to other countries, resulting in deforestation and Carbon emissions in these countries, but such effects are lower than the Brazilian mitigation. This counterbalancing demonstrates that Brazil’s mitigation results are higher than its effective contribution to global mitigation. By one side, the diverse land-use pathways to 2100 suggest that Brazil may still have time to drive its LUC according to its interests. However, as relative global results are lower than the individual Brazilian achievement, the time that Brazil may still have to act and drive its land use may also be used to design cooperative international policies in order to enhance global effectiveness.