Economia Aplicada

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    Regulação ambiental e comércio internacional: fluxos comerciais de grãos Brasil - OCDE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Padrão, Glaucia de Almeida; Duarte, Jason de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7575373657569182; Garcia, João Carlos; http://lattes.cnpq.br/5362848930704368; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/5213278146723474; Torres, Daniela Almeida Raposo; http://lattes.cnpq.br/2773152340636494; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4
    As últimas três décadas do século XX foram marcadas pela crescente preocupação com a relação entre o crescimento econômico e o meio ambiente; preocupação esta que foi gerada pelos conservacionistas influenciados pelas idéias malthusianas de escassez dos recursos, mostrando a necessidade de repensar os padrões de produção e consumo. Novos instrumentos de política pública passaram a ser incorporados na década de 1980, com o objetivo principal de reduzir o trade-off entre o crescimento econômico e a preservação dos recursos naturais. Quando se tem em mente as relações comerciais entre países, o debate tem gerado crescente interesse nos fóruns de discussão, mas é também marcado por controvérsias. Por um lado estão os defensores do livre comércio, que acreditam que um comércio internacional sem barreiras é promotor de crescimento, geração de renda, redução das desigualdades, e consequentemente, da preservação ambiental. Por outro lado, osambientalistas defendem que a liberalização comercial faria com que os países desenvolvidos se beneficiassem em detrimento dos países menos desenvolvidos, além de estimular práticas produtivas promotoras da destruição do meio ambiente. Dessas discussões emergiram duas abordagens principais que têm sido utilizadas em importantes estudos empíricos sobre o tema: a hipótese de Pollution Haven, que argumenta que as diferenças de padrões ambientais existentes entre os países, levam a uma realocação das indústrias poluentes dos países com regulação ambiental rígida para os países com regulação menos rígida (em geral países em desenvolvimento); e a hipótese de Porter e van der Linde (1995), pela qual a restrição ambiental não reduz a competitividade da indústria em um país; podendo aumentar a competitividade da mesma se a política ambiental for bem definida. É sabido que, historicamente, sempre houve diferenças entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, no que tange a formulação de políticas ambientais, marcadas por uma política mais restritiva nos primeiros em comparação com os segundos. Este estudo foi conduzido de maneira a testar empiricamente a hipótese de Pollution Haven para o comércio de grãos brasileiros com destino aos países da OCDE, utilizando como proxy para a restritividade da regulação ambiental os índices de performance ambiental - EPI, e tendo como modelo para testar a equação empírica o modelo gravitacional. Analisando os índices de desempenho ambiental para o Brasil e para os países da OCDE, observou- se grande discrepância entre os países no que tange à formulação de políticas ambientais, haja vista que a regulação ambiental interna é determinada pelos interesses políticos, econômicos e sociais de cada país. No que tange o Brasil, este se encontra classificado abaixo de países desenvolvidos da OCDE na maior parte dos índices, indicando que a regulação ambiental brasileira é menos restritiva em relação aos principais países da OCDE. Isto pode resultar em um entrave às práticas produtivas sustentáveis, uma vez que o interesse global e o bem estar coletivo são postos de lado, em prol do crescimento econômico desordenado e práticas produtivas mais baratas. Os resultados do modelo gravitacional mostraram que a regulação ambiental mais restritiva xvpraticada pelos países da OCDE tendem a intensificar as exportações brasileiras dos grãos considerados neste estudo, nas diferentes categorias de política ambiental, o que indica a comprovação da hipótese de Pollution Haven. Concluiu-se, portanto, que a fiscalização ineficiente das normas ambientais e um abrandamento da regulação ambiental, podem ser explicações para os resultados obtidos. Este resultado torna-se ainda mais grave quando o Brasil tem sua regulação ambiental comparada com países desenvolvidos, indicando que o país tem caminhado na contramão das propostas mundiais de melhoria da qualidade e proteção do meio ambiente, apesar dos progressos feitos com os inúmeros acordos internacionais assinados pelo Brasil. Assim, este estudo constitui um avanço no que tange a análise dos efeitos causados pela regulação ambiental nos fluxos de comércio entre o Brasil e os países pertencentes a OCDE, e chama a atenção para o desenvolvimento e utilização de metodologias mais específicas que abordem o tema, considerando não apenas o aspecto ambiental, mas todos os aspectos considerados pela sustentabilidade, a saber, a economia, o meio ambiente e a sociedade.
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    Mudanças no perfil de pobreza no Brasil: uma análise multidimensional a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003 e 2008-2009
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-01-15) Rodrigues, Cristiana Tristão; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; http://lattes.cnpq.br/6589443552217993; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Salvato, Márcio Antônio; http://lattes.cnpq.br/2172044497745150; Neder, Henrique Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728120U4; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3
    Durante muito tempo, houve uma controvérsia na literatura de pobreza sobre qual indicador seria o mais apropriado para mensurar o bem-estar das famílias. O consumo, por diversas razões, passou a ser apontado como uma medida de bem-estar mais acurada do que a renda. Diante destes fatos, surge a necessidade de definir uma medida que capte o bem-estar de forma mais consistente. Portanto, a primeira parte desta tese tem como objetivo principal definir um novo perfil de pobreza para o Brasil e analisar as mudanças ocorridas no período de 2003 a 2009, utilizando-se os dados de consumo, da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), como medida de bem-estar. São apresentadas as metodologia para estimação da linha de pobreza alimentar e linhas de pobreza ajustadas para itens não alimentares, bem como a metodologia para construção de medidas-resumo adequadas do agregado de pobreza. Além disto, apresenta-se metodologia de imputação para correção de erros de mensuração no consumo alimentar da POF. A conclusão que se chega sobre a incidência da pobreza no Brasil, é que, de fato, esta vem declinando ao longo da última década, o que corrobora com os resultados dos diversos estudos de pobreza que vem sendo realizados no Brasil. Porém, o grande diferencial, é que neste trabalho constata-se que a pobreza tem caído no Brasil, com base no consumo como medida de bem-estar, o que ainda não foi apresentado na literatura sobre o assunto. Ao se utilizar esta medida de bem-estar, nota-se que a incidência de pobreza é menor do que quando se considera a renda monetária como medida de bem-estar. Além disto, a queda na pobreza também foi menos expressiva ao se considerar o consumo como medida de bem-estar. Portanto, a utilização da renda monetária, além de superestimar a incidência da pobreza, tende a gerar quedas mais expressivas nas taxas de pobreza ao longo do tempo. Este resultado se torna pertinente, devido ao fato de que a renda monetária tem, xviitradicionalmente, sido utilizada, para calcular os índices de pobreza, apesar do consumo ser apontado na literatura como uma medida de bem-estar mais acurada do que esta última. É importante ainda destacar que as taxas de pobreza estimadas com base nas linhas de itens alimentícios e não alimentícios são maiores que as taxas estimadas com base nas linhas administrativas do governo. Sendo assim, o governo ao usar estas linhas administrativas pode estar deixando de atender importante parcela da população que precisa de auxílio. Por outro lado, estudos recentes têm enfatizado que apesar do consumo ser uma medida de bem-estar mais acurada do que a renda, este indicador, por si só, não é um indicador completo de pobreza. Ou seja, a substituição da renda pelo consumo na definição das linhas de pobreza não resolve o problema da insuficiência de indicadores unidimensionais, para a análise da qualidade de vida e, por conseguinte da pobreza. Diante destas considerações, a segunda parte deste trabalho tem como objetivo fornecer estimativas de pobreza para o Brasil que vão além da dimensão de renda e consumo, utilizando-se de uma abordagem mais sofisticada para a combinação de um conjunto mais amplo de variáveis que captam outras dimensões importantes da qualidade de vida, no intuito de propiciar assim a definição de um perfil multidimensional e subjetivo para o Brasil, bem como uma análise das mudanças ocorridas nestes perfis no período de 2003 a 2009, utilizando-se para tanto os microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar. Apresenta-se a metodologia de Alkire e Foster (2011a) para mensuração da pobreza multidimensional. Esta metodologia consiste de um método de identificação que estende a tradicional abordagem da união e interseção, e de um método de agregação da pobreza. A etapa de identificação emprega a abordagem de "dual cutoff". A etapa da agregação emprega as tradicionais medidas FGT, apropriadamente ajustadas para considerar a multidimensionalidade do fenômeno da pobreza. A conclusão deste trabalho é que, em relação à pobreza de renda, que caiu drasticamente na última década, a pobreza multidimensional tem diminuído de forma mais gradual. Identificou-se que a Pobreza multidimensional é um problema mais grave nas áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste. Desta forma, o Índice de Pobreza Multidimensional pode contribuir para o planejamento das políticas sociais de enfrentamento da pobreza na medida em que revela a intensidade da pobreza em diferentes grupos populacionais, possibilitando melhor focalização. Isso é um avanço, pois permite que áreas com pobreza muito severa sejam priorizadas. Além disto, o Índice traz informações também sobre as dimensões que mais contribuem para a pobreza, o que pode ajudar a potencializar o efeito dos investimentos sociais e a orientar políticas públicas. A análise de decomposição mostra que privações em educação, consumo em necessidades básicas e condições de moradia são as que mais contribuem para o índice de pobreza xviiimultidimensional total. Sendo assim, as intervenções de políticas públicas deveriam ser direcionadas na intenção de garantir melhorias no acesso à estes três indicadores, o que levaria a menor grau de incidência da pobreza. Melhoria na percepção que as famílias têm de suas próprias condições de vida, por meio da queda nas taxas de pobreza subjetivas, corrobora o declínio na pobreza multidimensional, o que é um indicativo de melhoria nas condições de vida da população. As decomposições, no entanto, mostram um quadro um pouco diferente, com a insuficiência de renda, alimentação e saúde/acesso à serviços contribuindo mais para a pobreza multidimensional subjetiva. Embora a pobreza tenha diminuído, as taxas de pobreza multidimensional e subjetivas permanecem elevadas.
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    Mudanças recentes nos ciclos de negócios brasileiros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-24) Lopes, Luckas Sabioni; Chauvet, Marcelle; http://lattes.cnpq.br/0029580161463777; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/6272544093682738; Caetano, Sidney Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706384A9; Vieira, Fabrício de Assis Campos; http://lattes.cnpq.br/3303467687565454; Alexopoulos, Joana Georgios
    A presente tese contém dois artigos. No primeiro novos fatos sobre os ciclos de negócios ocorridos no Brasil entre 1947 e 2012 são oferecidos. Utiliza-se um método de extração do componente cíclico do produto interno bruto (PIB) que combina o resultado de diversos filtros Hodrick-Prescott, criando um conjunto de informações que é robusto aos problemas de quebras estruturais e de seleção de filtros. As principais conclusões do artigo são que os ciclos econômicos no país são assimétricos, com expansões mais longas que recessões; a tendência de crescimento da economia tornou-se visivelmente mais suave após os anos 1980; e, há uma quebra na volatilidade do PIB ocorrendo aproximadamente nos anos de 1996 ou 1997, quando o país se tornou mais estável. Foi também verificado que a taxa de crescimento de longo prazo da economia reduziu-se em 50%, de um valor de 8% ao ano no período de 1947 a 1980, a 4% no período seguinte. O segundo capítulo estuda profundamente a questão da Grande Moderação aplicada ao caso brasileiro, investigando quais fatores geraram a queda observada na volatilidade da inflação e do produto no país. Para tanto, estima-se um modelo dinâmico de equilíbrio geral estocástico (DSGE) Novo Keynesiano, através de técnicas bayesianas, ao longo de diferentes amostras para o período de 1975 a 2012. De acordo com os resultados obtidos, a Grande Moderação Brasileira começou no ano de 1995, quando a volatilidade da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) caiu significativamente. Detectaram-se também instabilidades nos parâmetros que descrevem o setor privado, a política monetária e a variância dos choques exógenos. Com respeito às causas desse fenômeno, mudanças na política monetária e nos choques explicam a redução na volatilidade da inflação (aproximadamente 50% cada, de acordo com algumas especificações). Entretanto, nas estimações em primeira diferença, percebeu-se que alterações na inclinação da curva de Phillips também foram importantes para a estabilização da inflação. Em relação ao PIB, a redução da variância dos choques foi o único fator por trás de sua maior estabilidade. A Grande Moderação no Brasil é, portanto, fruto de um misto de política monetária efetiva, de mudanças no setor privado e de um ambiente macroeconômico favorável.
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    Regulação e eficiência dos modelos de concessões de rodovias no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-06-30) Profeta, Graciela Aparecida; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/8771374825470483; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Santos, Vladimir Faria dos; http://lattes.cnpq.br/5215950216933713; Nascimento, Ana Carolina Campana; http://lattes.cnpq.br/2348397234521519
    Acredita-se que as concessões de rodovias no Brasil melhoraram as condições físicas das vias e aumentaram a segurança dos usuários. Contudo, isto afetou a competitividade dos produtos nacionais frente ao mercado externo, dado que comparativamente às concessões em outros países, as brasileiras apresentam elevados custos com pedágio, em decorrência do crescimento das tarifas que muitas vezes ocorre acima da inflação observada no período. Isto, é, muitas vezes, atribuído ao fato de ser custoso para o Poder Concedente e órgãos reguladores obterem informação completa sobre os dados financeiros e operacionais das concessionárias, permitindo que as mesmas tenham oportunidade de aumentar as tarifas acima do necessário, alegando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. Essas evidências sugerem que o Estado não tem conseguido desenvolver mecanismos capazes de ofertar rodovias em condições adequadas e ao mesmo tempo garantir uma tarifa menos onerosa. Nesse contexto, indaga-se: os modelos de concessões de rodovias no Brasil têm sido mecanismos que garantem a eficiência na oferta do serviço? Para tanto, verificou-se o papel das agências reguladoras, analisou-se os diferentes modelos de concessões e aferiu os níveis de eficiência considerando um ambiente de incerteza. As discussões se sustentaram na teoria da regulação econômica. Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se estudo documental para averiguar o papel das agências e examinar características dos diferentes modelos de concessões e aplicou-se o a análise envoltória de dados em dois estágios com o uso da regressão tobit bootstrap de modo a inserir na análise os fatores não discricionários, mas que afetam os níveis de eficiência. Em relação às agências reguladoras, verificou-se que os conselhos diretores, órgãos máximos da agência, são compostos por membros nomeados pelos Governos sem preocupações com a capacidade técnica. Logo, passíveis de ação oportunista de grupos de interesse. No que tange à independência financeira, o que se notou foi que, em alguns casos, o orçamento das agências dependiam, em parte, do percentual de receitas das concessionárias afetando a independência decisória. Quanto aos modelos de concessões, observaram-se diferentes regras em relação à definição do vencedor da licitação, que variam desde as que garantiam a menor tarifa, o maior valor de outorga, ou ainda uma mescla desses dois critérios. Tais diferenças, implicam nos retornos dos negócios, nos valores das tarifas e nos padrões de qualidade, e na eficiência do setor. Quanto à análise empírica, o que se pôde inferir foi que não há evidência de um modelo dominante de concessões de rodovias no Brasil. Todavia, pode-se afirmar que os modelos federal, gaúcho e paulista foram os de melhor desempenho e o modelo paranaense o pior, e isto pode estar associado ao fato de que os dois primeiros tiveram a implantação das agências reguladoras no inicio do período de concessão, e para o Paraná isso só correu em 2012. Além disso, notou-se que a presença da agência foi importante para explicar a eficiência. Portanto, com base nisso, confirma-se a hipótese de que os melhores modelos são aqueles que apresentaram estrutura regulatória associada. Como fator limitante à pesquisa, aponta-se a dificuldade na obtenção de dados que permitissem inserir questões de assimetria de informação no modelo empírico. Neste sentido, como sugestão para futuras pesquisas acredita-se que a inserção de variáveis que contemplem questões de qualidade, assimetria de informação, características específicas das agências e dos modelos possam enriquecer o estudo.
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    Impactos do programa nacional de crédito fundiário sobre a renda, o patrimônio e a qualidade de vida do sertão nordestino
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-27) Brito, Marcos Antônio de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/6064996324287183; Khan, Ahmad Saeed; http://lattes.cnpq.br/3198350508846033; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4
    Objetivando mitigar os problemas decorrentes da concentração de terras, renda e da pobreza no meio rural brasileiro, foi criado o Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF. No caso do Nordeste, a principal categoria é o Combate à Pobreza Rural. Portanto, a pergunta que norteia essa pesquisa é a seguinte: quais são os impactos das políticas públicas de financiamento de crédito fundiário sobre a renda e o patrimônio, que repercutem na qualidade de vida dos seus beneficiários? Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo principal avaliar o impacto do crédito fundiário na renda agropecuária e patrimônio, além de mensurar a qualidade de vida dos seus beneficiários. Para tanto, utilizaram-se como referenciais teóricos: políticas públicas, modelo teórico de maximização de receita líquida e a teoria da qualidade de vida. Para avaliar o impacto do crédito fundiário foi utilizado o método de dupla diferença, enquanto a mensuração da qualidade de vida dos entrevistados foi feita usando o método linear da média aritmética e análise fatorial. Desta forma, pôde-se concluir que: o crédito fundiário proporcionou elevado aumento na renda agropecuária dos beneficiários do PNCF, no período de 2006 a 2010. Todavia, esse impacto diminuiu significativamente, no período de 2006 a 2012, mormente devido à baixa pluviosidade e falta de incentivos de programas que complementem as ações do crédito fundiário, como por exemplo o PRONAF. Portanto, houve uma diminuição significativa da renda e do patrimônio dos entrevistados (beneficiários e não beneficiários), no período de 2010 a 2012, devido ao baixo desempenho da agropecuária, por consequência da seca de 2012; durante o período de carência, o impacto do PNCF na renda e no patrimônio mostrou-se negativo e insignificante estatisticamente. Somente a partir do quarto ano é que se observou impacto positivo e significante. Mas, os melhores resultados foram encontrados só a partir do sexto ano de exposição ao Programa. No que concerne à qualidade de vida, encontrou-se um Índice de Qualidade de Vida dos Beneficiários IQVB e não Beneficiários - IQVN dentro do intervalo de média qualidade de vida. Entretanto, o grupo de beneficiários apresentou resultados melhores, na maioria dos indicadores de qualidade de vida, enquanto o grupo de beneficiários mostrou resultados próximos ao limite de baixa qualidade de vida.
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    Regulação no setor de distribuição de energia elétrica no Brasil: análise de metodologias alternativas para a definição dos custos operacionais eficientes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-01-30) Nascimento, Ana Carolina Campana; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/2348397234521519; Bressan, Aureliano Angel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791015E9; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3
    No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é o órgão responsável pela regulação do setor de energia e, consequentemente pela definição das tarifas praticadas pelas distribuidoras. Alterações importantes nos mecanismos de tarifação do segmento de distribuição têm ocorrido nos últimos anos, sendo a mais recente ocorrida em 2011, ano que se iniciou o terceiro ciclo de revisões tarifárias (3CRTP). Neste ciclo, a definição dos custos operacionais eficientes, utilizados na definição das tarifas, passa a se basear em metodologias de eficiência comparativa, considerando ainda características das áreas de concessão. Uma vez que a definição dos custos operacionais eficientes e, por consequência as tarifas, dependem diretamente de medidas de desempenho, existem três pontos principais: a escolha dos benchmarks, as técnicas usadas para medir o desempenho das empresas e a forma como os resultados da análise de eficiência serão utilizados na definição destes custos. Além disso, tem-se que na estimação das eficiências de custos das distribuidoras pelos métodos de benchmarking, utilizam-se apenas informações a respeito de insumos e produto. Porém, existem fatores exógenos a empresa que impactam os custos de distribuição e podem refletir diferenças nos índices de eficiência das empresas, as denominadas variáveis ambientais. Existem diferentes formas de tratar estas variáveis na análise de eficiência e as principais concentram-se na adoção de uma correção dos índices fornecidos pelos métodos de benchmarking a partir da estimação de um modelo de regressão em um segundo estágio. No caso brasileiro, devido a grande heterogeneidade existente entre as áreas de concessão, estas variáveis necessitam de tratamento adequado, de modo a não influir no resultado final de comparação entre as empresas. O grande problema enfrentado pelos reguladores é a variedade de métodos disponíveis, com princípios e pressupostos muito diferentes, cada qual com suas vantagens e desvantagens e que, algumas vezes, provêm resultados inconsistentes. Deste modo, a avaliação de condições de consistência é uma etapa importante uma vez que, caso as mesmas sejam cumpridas, facilitaria a escolha entre as abordagens. Devido a falta de consenso sobre qual a melhor estratégia e a busca por resultados que gerem incentivos a melhorias em termos de eficiência e qualidade, que sejam compatíveis a realidade das distribuidoras, neste estudo apresenta-se uma análise de consistência dos métodos atualmente utilizados pela ANEEL, bem como a comparação dos resultados encontrados por métodos alternativos descritos na literatura. Essa análise tem por objetivo auxiliar a escolha do método mais adequado ao tratamento das especificidades do caso do setor de distribuição de energia brasileiro. Para este fim, foram utilizadas diferentes formulações dos principais modelos de benchmarking para a análise de eficiência de custos das empresas distribuidoras de energia elétrica e, a verificação da consistência foi realizada. Utilizaram-se dados referentes a 59 empresas distribuidoras de energia elétrica brasileiras, bem como variáveis associadas às referidas áreas de concessão, no período entre os anos de 2003 a 2009. Os resultados encontrados permitiram verificar que os escores gerados pelos métodos adotados pela ANEEL não são consistentes entre si. Além de não apresentar consistência na correta identificação dos piores desempenhos, visto que o percentual de concordância com os demais métodos avaliados é baixo. Ademais, estes sofreram maiores influências das variáveis ambientais, em relação dos demais métodos. Com relação às demais metodologias avaliadas, os resultados obtidos indicam que a utilização de uma metodologia única aplicada ao conjunto de todas as distribuidoras, ao invés de combinações de métodos tendo como base diferentes grupos, pode ser uma alternativa interessante, visto que se obtém o aumento da precisão das estimativas. Na consideração das variáveis ambientais, pode-se concluir que a inclusão destas variáveis no processo pode alterar de maneira significativa tanto os índices de eficiência quanto o ranking e posterior identificação das melhores e piores práticas, o que demonstra a importância das mesmas na definição dos índices de eficiência. Observou-se também um impacto maior das variáveis ambientais na definição das melhores práticas e ainda que os resultados associados aos métodos de fronteira estocástica apresentaram-se mais coerentes com o que se espera, uma vez que as variáveis ambientais, apesar de importantes, não apresentaram efeito maior que as gerenciais. De modo geral, apesar de não esgotar as possiblidades de análises e variáveis para a solução do problema, deve-se ressaltar que, dependendo do método, os resultados obtidos são discordantes e, portanto, a escolha daquele a ser utilizado e, principalmente da forma como ele será utilizado para a definição dos custos operacionais eficientes, deve ser feita de maneira criteriosa visando uma melhor adequação a realidade enfrentada pelas empresas.
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    O redirecionamento intersetorial do investimento direto estrangeiro na Indústria Brasileira: impactos sobre a economia nacional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-28) Silva, Breno Augusto da Silva e; Baer, Werner; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/0012656515535381; Gurgel, ângelo Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761467Y6; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6
    O investimento direto estrangeiro tem crescido nos vários países do mundo, sobretudo nos países emergentes e, o setor no qual ele é aplicado pode ser determinante para o crescimento econômico. No Brasil, especificamente, o setor de manufaturados tem perdido participação relativa nos investimentos destinados ao país, o que pode constituir um dos entraves a um maior desenvolvimento do Brasil. Este trabalho tem como objetivo geral verificar se o redirecionamento do investimento direto estrangeiro para setores-chave da indústria brasileira seria capaz de resultar na expansão da economia nacional e em uma maior competitividade internacional. Especificamente, o trabalho busca: determinar em que setores os investimentos diretos estrangeiros resultariam em um maior retorno à economia brasileira em termos de valor bruto da produção e bem-estar; e determinar os ganhos potenciais de competitividade e de crescimento das exportações, em setores que sejam considerados de maior valor agregado. Para a realização dos procedimentos de análises dos choques intersetoriais e de simulação, utilizar-se-á um modelo de Equilíbrio Geral Computável, multirregional e multissetorial, com base no Modelo GTAPinGAMS. Os resultados mostraram que o setor vencedor no caso de maior ganho de valor bruto da produção na ocorrência de choques de 10% de investimento é a indústria química (média-alta tecnologia), em termos de maiores ganhos da economia e próprio setor; no caso das exportações é a indústria de metálicos (média baixa tecnologia) em termos de ganhos da economia e do próprio setor; no caso das importações, destacam-se indústria do petróleo (média-baixa tecnologia), como aquele que menos eleva as exportações da economia e indústria química (média-alta tecnologia), como a que menos eleva importações do próprio setor. O que mais eleva a balança comercial da economia é a indústria de alimentos (baixa tecnologia) e sua própria balança comercial é a indústria de metálicos. O maior ganho de bem-estar proporcionado à economia em termos de variação equivalente ocorre com o choque de investimentos na indústria química. Assim, os resultados mostram que investimentos em alguns setores de média-baixa e média alta tecnologias poderiam resultados em ganhos maiores que aqueles de baixa tecnologia.
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    Mudanças climáticas e seus impactos econômicos sobre a saúde humana: Uma análise da leishmaniose e da dengue no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-20) Mendes, Chrystian Soares; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; http://lattes.cnpq.br/1610595527869318; Souza, Elvanio Costa de; http://lattes.cnpq.br/5065568119313029; Barata, Martha Macedo de Lima; http://lattes.cnpq.br/7939275452419348
    Crescentes mudanças têm ocorrido no clima nos últimos 50 anos no Brasil e no mundo. Tais modificações podem ter impacto sobre toda a sociedade, seja na produção agrícola, no aumento do nível dos oceanos e na saúde humana e animal. No que diz respeito a saúde humana, as mudanças climáticas podem ter diferentes efeitos, sejam eles diretos (ondas de calor, mortes por eventos extremos) ou indiretos (modificação do ecossistema, dos ciclos biogeoquímicos que permitem a elevação de doenças infecciosas e também de doenças não transmissíveis, como desnutrição). Neste sentido, o Brasil é um país que possui um perfil de grande vulnerabilidade climática sobre a saúde, dada a sua grande extensão territorial, diferentes perfis de climas, além das grandes desigualdades socioeconômicas regionais. Deste modo, o presente estudo buscou verificar como as mudanças climáticas afetam a proliferação de doenças vetoriais, no caso a leishmaniose e a dengue, bem como mensurar seu impacto sobre os custos relacionados à saúde no Brasil. Assim, buscou-se estimar como as variações de temperatura e precipitação afetam a disseminação da leishmaniose e dengue no presente e para os cenários de previsão futura A1B e A2 nos períodos de 2010-2039, 2040-2069 e 2070-2099, bem como analisar o efeito migratório decorrente das alterações do clima no número de internações hospitalares na região Nordeste. Por último, calculou-se o custo médio com tratamento da leishmaniose, bem como a perda de renda média por dias de internação e o custo médio das internações por dengue e leishmaniose. Os principais resultados foram que a precipitação possui forte relação com a incidência de leishmaniose, isto é, impacta positivamente na proliferação da doença. No caso da dengue, ela é afetada tanto pela temperatura como pela precipitação, porém as faixas de temperatura mais elevadas têm impacto maior que os níveis de chuva. Em relação ao número de internações adicionais por ambas as doenças nos períodos de 2010-2039, 2040-2069 e 2070- 2099, as estimativas indicam que haverá uma grande elevação tanto para leishmaniose como para dengue. Para o final do século (2070-2099), a quantidade anual de internações por leishmaniose no cenário mais pessimista se eleva em cerca de 15% em relação a 1992-2002 (cenário base), enquanto que para a dengue esse aumento pode chegar a mais de 200%. Com relação a análise migratória, observou-se que uma redução das chuvas nos municípios mais secos pode causar uma elevação de número de internações por leishmaniose nas regiões mais populosas, dado que os indivíduos podem migrar e levar consigo o parasita transmissor da doença. Em relação aos custos relacionados à saúde, as estimativas mostram que para a leishmaniose haverá, em relação a renda média, uma perda de R$ 1,9 milhões para o final século. Já as de custo médio de internação preveem uma elevação média do início do século até o período final de 57% ao ano pelo cenário A1B.A dengue, por sua vez, registrou uma elevação ainda mais intensa que a da leishmaniose, pois em algumas regiões as perdas de renda média totalizaram mais de R$ 11 milhões (cenário A2) no período de 2070-2099. Já os custos médios das internações apresentarão um aumento médio de 275% ao ano do período de 2010-2039 para o de 2070-2099 pelo cenário A1B. Em suma, os resultados mostram que as mudanças climáticas terão forte impacto sobre a disseminação e o custo da leishmaniose e dengue nas regiões brasileiras.
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    Effects of land reform on agricultural productivity and income in Brazil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-30) Pereira, Vanessa da Fonseca; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4210653U6; Magalhães, Marcelo Marques de; http://lattes.cnpq.br/4117906942336504; Guanziroli, Carlos Enrique; http://lattes.cnpq.br/2490980051081360; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8
    O impacto da reforma é uma questão muito importante na área de desenvolvimento agrícola e, possivelmente, é uma questão ainda mais importante para as políticas públicas no Brasil. Portanto, o problema que motivou esta pesquisa foi ―quais foram os efeitos da reforma agrária sobre produtividade e renda no Brasil, entre 1985 e 2006?‖ Aproximadamente um milhão de famílias foram assentadas pela reforma agrária até 2006, de acordo com dados oficiais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Essa dissertação focou nos cerca de 330.000 beneficiários da reforma agrária que podem ser identificados no Censo Agropecuário de 2006 por terem obtido terra por meio de reforma agrária, com ou sem título. Duas abordagens diferentes foram adotadas: uma análise de seção cruzada com dados do Censo Agropecuário de 2006, agregados por tamanho do estabelecimento e condição do produtor, e uma abordagem de dados em painel com dados dos Censos Agropecuários de 1985 e 2006, agregados no nível municipal. Importantes diferenças macrorregionais dos efeitos da reforma agrária no Brasil foram identificadas em ambas as abordagens. Os dados de 2006 mostraram que, em geral, os beneficiários da reforma agrária eram mais jovens, tinham menos instrução e estavam na direção do estabelecimento por menos anos. Em todas as macrorregiões, o uso de crédito foi maior entre os beneficiários da reforma agrária (BRA) do que entre proprietários. Os BRA também tinham maior acesso à assistência técnica e participavam mais de sindicatos, associações e movimentos sociais em todas as macrorregiões, exceto no Sul. Além disso, as taxas de pobreza eram maiores entre os beneficiários da reforma agrária. Considerando-se somente a renda agrícola, por exemplo, a taxa de pobreza era de quatro a cinco pontos percentuais maior entre os beneficiários do que entre os proprietários. O pacote de políticas públicas incluindo crédito, assistência técnica e eletricidade mesmo que inadequado, parecia estar alcançando os beneficiários de forma similar ou melhor do que os proprietários. As regressões de seção cruzada mostraram uma vantagem incondicional, em termos de produtividade, dos proprietários sobre os BRA. Tais resultados sugeriram que características não observadas dos municípios, tamanho dos estabelecimentos e acesso a instituições e bens públicos foram fatores importantes para explicar as diferenças entre beneficiários da reforma agrária e proprietários no Brasil. Na segunda parte da análise, os dados de 1985, mostraram que a reforma agrária ocorreu em locais que tinham: maior parcela de estabelecimentos muito pequenos e grandes, acesso à infraestrutura substancialmente menor (medido pela energia elétrica), estabelecimentos menos avançados em termos de tecnologia e produtividade da terra consideravelmente menor. Os modelos binários mostraram que o fato de existir BRA em um determinado município não contribui significativamente para mudar a produtividade da terra naquele município. Os modelos de efeitos fixos com intensidade do tratamento mostraram que a reforma agrária tende a ter efeito sobre o crescimento da produtividade da terra no Brasil quando a intensidade de reforma agrária é maior. Ao mesmo tempo que esse modelos mostraram um crescimento mais rápido da produtividade da terra para municípios no Nordeste e no Norte com 10 % a 20% de BRA, eles também mostraram crescimento mais lento em municípios com 10% a 20% de BRA no Sul. Os resultados para os pequenos estabelecimentos foram similares aos resultados em nível municipal no Brasil. Dessa forma, o impacto da reforma agrária sobre os pequenos estabelecimentos parece estar impelindo os resultados municipais descritos acima. Por fim, o acesso a instituições e bens públicos, bem como o uso de tecnologias e de insumos, mostraram-se uma parte importante da explicação para as diferenças entre municípios e entre pequenos estabelecimentos.
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    Análise da desindustrialização brasileira a partir de modelos de consistência de estoque e fluxos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-10) Sonaglio, Cláudia Maria; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/3610325971698745; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Feijó, Carmem Aparecida do Valle Costa; http://lattes.cnpq.br/9040659895653917; Vieira, Wilson da Cruz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723222Y8
    A literatura econômica hetorodoxa, mais precisamente a corrente kaldoriana, atribui ao setor industrial um papel estratégico no crescimento das economias. E, diante da importância da indústria para a dinâmica econômica, as discussões sobre o possível processo de desindustrialização da economia brasileira despertou a necessidade de realização de estudos a fim de se identificar os efeitos da redução de participação do setor industrial na produção do país. A apreciação da taxa real de câmbio é apontada como responsável pela redução da competitividade externa das manufaturas brasileiras e, esta apreciação cambial, estaria ocorrendo em função dos diferenciais entre as taxas de juros doméstica e internacional. Dado esse contexto, o objetivo deste estudo é avaliar os impactos de mudanças na política monetária e cambial e de alterações na composição da pauta de exportações sobre o desempenho da economia, utilizando um modelo de equilíbrio geral com fechamento kaleckiano-estruturalista. A estruturação do modelo analítico inclui a determinação do produto pelo enfoque da demanda agregada, os setores atuam abaixo da plena capacidade, com preços e quantidades endógenas e os investimentos são determinados por uma equação independente do nível de poupança. Além disso, tal abordagem permite utilizar variáveis nominais, o que viabiliza a análise da interação entre o lado real e financeiro da economia. Formalmente, seguem-se os princípios dos modelos de consistência de estoque e fluxos. Os dados foram calibrados para 2003 e o modelo tem capacidade de redizer os efeitos de políticas econômicas em um intervalo de até cinco períodos. Os resultados simulados, quando comparados com os dados observados na economia brasileira, indicam um bom ajustamento do modelo, o que permite, assim, o seu uso na análise dos cenários de política monetária (expansionista), política cambial (depreciação do câmbio real) e de alterações exógenas na pauta de exportações. Quando simulado uma política monetária expansionista observa-se uma depreciação da taxa real de câmbio, como predito pela literatura. As exportações, em especial de bens manufaturados, respondem ao aumento da competitividade, incentivando os investimentos e gerando aumento na renda. Impactos positivos sobre os agregados econômicos são observados também em um cenário de taxa de câmbio depreciada. O melhor desempenho do setor externo implica em elevação dos investimentos produtivos, em especial nos segmentos industriais, o que agrega ao país os ganhos decorrentes da diversificação da estrutura produtiva. Ressalta-se que a ampliação da produção nos setores industriais minimiza os efeitos e retardam a instauração do processo de desindustrialização na economia brasileira. Todavia, a análise de redução da participação dos bens manufaturados na pauta de exportações reforça os efeitos contracionistas obtidos em um ambiente de juros nominais elevados e consequente apreciação cambial. A perda de competitividade dos bens manufaturados no cenário internacional se reflete de forma negativa sobre o produto, a renda e os níveis de investimentos. Os resultados obtidos reforçam a importância do setor de manufaturas para o crescimento econômico, principalmente em um ambiente de taxa de câmbio competitiva.