Economia Aplicada

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    Análise econômico-financeira do crédito fundiário no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997-12-17) Bari, Mamadu Lamarana; Teixeira, Erly Cardoso
    Este trabalho analisa a viabilidade econômica e financeira do crédito fundiário enquanto política pública específica para aquisição de parte das terras necessárias aos assentamentos de reforma agrária no Brasil atual. Estuda, especificamente, os custos financeiros dessa política e os seus impactos na viabilidade econômica dos empreendimentos e da renda dos assentados. Para realização da análise foram utilizadas informações do I Censo da Reforma Agrária de 1996. Este estudo utilizou o modelo de risco de Newbery e Stiglitz. A simulação de cenários alternativos foi realizada com auxílio dos softwares @RISK e Bestfit, a partir dos fluxos de caixa dos projetos de reforma agrária selecionados de alguns estados do Brasil. Realizou-se a análise sob condições de risco, considerando-se duas situações distintas: com e sem crédito fundiário. Foram construídos vários cenários, nos quais foram realizadas, para cada situação, várias simulações para identificar as variáveis (preço dos insumos, preço da terra e da mão-de-obra) que poderiam influenciar o conjunto dos resultados e, assim, inviabilizar os esforços tanto dos agricultores assentados quanto do governo federal. Os resultados encontrados foram, consideradas determinadas condições e restrições discutidas nesta pesquisa, favoráveis ao cenário com crédito fundiário, que apresentou menor valor do prêmio ao risco. O menor valor deste prêmio significa que, apesar de as duas situações se configurarem como arriscadas, na situação com crédito fundiário o risco é menor, pelas razões apontadas na análise. Esta conclusão é sustentada pelos valores do coeficiente R’ (coeficiente risco esforço) apresentados no trabalho. Concluiu-se, portanto, que, dentro das restrições constatadas, os resultados permitem sustentar a hipótese de que o crédito fundiário seja alternativa viável. Entretanto, persistem as questões da carência, dos acessos e das condições de qualidade de vida e da produção agrícola, as quais deverão ser analisadas caso a caso. O estudo demonstra, por outro lado, que, equacionados os aspectos restritivos apontados, o crédito fundiário poderá possibilitar, no médio e longo prazo, a inclusão crescente de novos beneficiários, podendo, assim, proporcionar a estruturação de novas condições para o aumento da renda e sustentabilidade dos agricultores assentados, incentivando, em última análise, a competitividade agrícola nos assentamentos.
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    Distância máxima economicamente viável para o transporte de cana-de-açúcar da área de produção para a usina receptora: um estudo de caso
    (Universidade Federal de Viçosa, 1995-10-24) Brunoro, José Anísio Batestini; Leite, Carlos Antônio Moreira
    As despesas de transporte da cana-de-açúcar para as usinas é um dos itens mais importantes no custo total de produção desta cultura posta na esteira da usina, principalmente para distâncias maiores entre a zona de produção e a usina receptora. O produtor arca com as despesas de transporte, principalmente porque o preço da cana no campo é fixado pelo governo. O presente trabalho objetivou: a) determinar a distância máxima economicamente viável em relação à usina, para produzir cana-de-açúcar; b) determinar a renda locacional da terra em função da distância entre a área de produção e a usina receptora; c) verificar a influência do subsídio ao óleo combustível na rentabilidade da atividade canavieira; d) comparar a renda econômica obtida com o uso da colheita mecânica e da manual; e e) desenvolver um modelo de otimização que maximize o lucro dos produtores de cana, com base nos rendimentos e custos de produção da cana-de-açúcar posta na esteira da usina. O estudo foi realizado na área administrada pela Agropecuária Monte Sereno S/A, localizada na região de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, utilizando dados da safra de 93/94. Os quatro primeiros objetivos foram atendidos pela teoria da localização de Von Thünen. Para o quinto objetivo, utilizou-se um modelo de Programação Linear, que aloca a produção de cada variedade de cana-de-açúcar nas sub-regiões de cultivo. As variedades SP 71-6163, RB 72-454, SP 79-1011 e RB 80-6043 foram as que apresentaram melhores resultados, enquanto SP 70-3370 e SP71-1406 foram as que tiveram os piores. Destaca-se a importância da qualidade da cana- de-açúcar colhida na definição da renda final dos produtores, mostrando que a adoção do pagamento da cana-de-açúcar pela qualidade é uma medida que leva os produtores a introduzir modificações no seu sistema de produção, como a escolha das variedades e as épocas e os sistemas de colheitas. A colheita mecânica proporcionou a obtenção de rendas econômicas mais elevadas, em relação à colheita manual. A não-concessão de subsídio ao óleo combustível tem seu maior impacto nos custos totais de produção da cana-de-açúcar posta na esteira da usina quando esta é cultivada em locais mais distantes da usina receptora. Logo, deve-se considerar com atenção a retirada deste subsídio, dada a crescente necessidade de expansão da área cultivada para pontos mais distantes das usinas já instaladas. A solução ótima do modelo de Programação Linear proposto indica a superioridade da variedade RB 80-6043 e os maus resultados apresentados por SP 70-3370 e SP 71-1406. As análises de sensibilidade servem como indicadores de políticas de produção para as sub-regiões supridoras da usina com cana-de-açúcar.
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    Retorno aos investimentos em pesquisa e assistência técnica na cultura de café em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 1993-07-16) Ferreira, Marilza Machado; Magalhães, Carlos Augusto
    Os investimentos públicos em pesquisa e assistência técnica possuem alta correlação com o desenvolvimento agrícola e são altas suas taxas de retorno (PASTORE e ALVES. 1985). A quantificaçaõ em termos de eficiência e equidade dos benefícios oriundos desse processo é de suma importância na medida em que fornece a base para tornar mais eficiente a alocação dos recursos e possibilita uma melhor compreensão do processo tecnológico como fator econômico e endógeno ao funcionamento da economia e da sociedade. 0 presente trabalho objetivou avaliar os investimentos em pesquisa e assistência técnica para o café no Estado de Minas Gerais aplicados nas décadas de setenta e oitenta. Para tanto focalizou-se o esforco realizado pela EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, UFV - Universidade Federal de Viçosa. ESAL - Escola Superior de Agricultura de Lavras e regionais do IBC Instituto Brasileiro do Café e EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural. Utilizou-se o procedimento tradicional de cálculo dos excedentes e da taxa interna de retorno. Para calcular o excedente econômico consideraram-se duas pressuposições sobre o início do fluxo de benefícios (05 anos de 1973 e 1975) e adotou-se o coeficiente de ajustamento da oferta para estimar o deslocamento da producão. Os investimentos realizados no Estado apresentaram tendência crescente, mas com nítida descontinuidade ao longo dos anos. Os gastos com pesquisa tiveram comportamento declinante, enquanto os gastos com assistência técnica foram crescentes. Para a pressuposição 1975, o benefício líquido total gerado para a sociedade foi da ordem de Cr$ 1.74 trilhão em valores de dezembro de 1991 que, no ano, significou uma media de Cr$ 82,91 bilhões. Ante um investimento de Cr$ 156.9 bilhões observou-se que o custo desta politica é baixo dado o elevado benefício que proporciona. 0 ganho auferido pelo Estado, via acréscimo no ICMS, foi em média de Cr$ 6.4 bilhões no ano, sendo que este aumento representou 80,54% dos investimentos realizados no período.