Economia Aplicada

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    Crescimento econômico e infra-estrutura: o impacto do ProAcesso em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-10-04) Castro, Lucas Siqueira de; Lima, João Eustáquio de; http://lattes.cnpq.br/2614632226593533
    O papel de investimentos públicos e privados em infraestrutura, influenciando o crescimento econômico entre regiões e países, é um tema que tem recebido atenção nos últimos anos. Entre as modalidades de investimento em infraestrutura, a de transportes, principalmente a rodoviária, merece destaque no Brasil, país de dimensões continentais. Mudanças no sistema de transporte, como a construção de novas vias, impactam nas condições de acessibilidade e, consequentemente, no crescimento econômico local. Entre os Estados brasileiros, Minas Gerais é o que apresenta a maior malha rodoviária, contando com 269.546 quilômetros de rodovias, 16% do total nacional. Resultante de um processo histórico caracterizado pela convergência dos investimentos em áreas de maior dinamismo econômico, a construção da malha rodoviária de Minas Gerais criou extensões marcadas por desigualdades. No Estado, somente as rodovias federais são totalmente pavimentadas. Em relação às estaduais, apenas 59% delas são pavimentadas, já as municipais, em sua maioria, não contam com pavimentação. Visando a expandir a pavimentação das estradas no Estado, o Governo mineiro lançou na década de 2000 o Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos aos Municípios – ProAcesso. Vigente entre os anos de 2003 e 2010, o Programa buscou expandir o grau de acessibilidade aos serviços sociais considerados básicos e aos mercados para habitantes de 225 municípios mineiros, até então com suas principais vias de acesso à rede rodoviária regional ou “rodovias-tronco” não pavimentadas. Neste contexto, a presente tese se propõe a avaliar o impacto do ProAcesso sobre o crescimento econômico dos municípios beneficiados pelo programa entre os anos de 2000 e 2010. Para tanto, procurou-se por modelos que estabelecessem a relação teórica desejada e controlassem problemas recorrentes na literatura como a dependência espacial, a ausência de controle para efeitos não- observados, a simultaneidade e o erro de medida na construção da variável de infraestrutura. Entre os modelos existentes, optou-se pela combinação entre o método de diferenças-em-diferenças espacial com técnicas de matching para identificar o efeito médio do tratamento na presença de transbordamentos espaciais. Alternativamente, também foi utilizado o procedimento denominado coding para estimar o modelo de diferenças-em-diferenças sem a influência da dependência espacial. Nos diferentes tipos de avaliações feitas, seja a geral, a setorial, a que compreendeu diferentes extensões de estradas pavimentadas ou mesmo a que apresentou diferentes condições de acessibilidade, pode ser visto como o fato de que um município ter pertencido ao grupo tratamento, ou seja, ter sua principal via de acesso pavimentada, em média, não contribuiu para seu crescimento econômico. Acredita-se que as externalidades, positivas e negativas, promovidas pelo acesso à rede estadual de transporte, neste caso, tenham sido anuladas, fazendo com que o impacto do ProAcesso sobre a taxa de crescimento econômicos dos municípios não fosse estatisticamente significativo.
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    Perfil de desenvolvimento dos municípios mato-grossenses: uma análise comparativa entre os que plantaram e não plantaram soja, 2000 e 2010
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) Castro, Lucas Siqueira de; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; http://lattes.cnpq.br/2614632226593533; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9
    A expansão da soja para o Estado do Mato Grosso a partir da segunda metade do século XX trouxe um padrão de desenvolvimento considerado por muitos concentrado e desigual sob as perspectivas econômicas, sociais e ambientais. Assim sendo, este estudo procurou diferenciar o processo de desenvolvimento dos municípios do Mato Grosso com base na soja, buscando quantificar e classificar a evolução dos municípios que plantaram e que não plantaram tal cultura entre os anos de 2000 e 2010. Visando identificar os fatores explicativos que levaram ao desenvolvimento diferenciado, aplicou-se a análise fatorial exploratória, em virtude do grande número de variáveis envolvidas, obtendo-se cinco fatores: medida da qualidade de vida (F1), efeitos do plantio da soja (F2), perspectivas gerais de desenvolvimento (F3), perspectivas do desenvolvimento econômico (F4) e perspectivas do desenvolvimento ambiental (F5). Com os escores fatoriais, construiu-se um Índice Geral de Desenvolvimento Socioeconômico (IGDSE) para mensurar tais desigualdades. Para o ano de 2000, de acordo com o IGDSE, os municípios que empregavam a soja em suas atividades se desenvolveram em média cerca de 20,46% a mais que os municípios que não plantaram tal cultura. Em 2010, esses municípios apresentaram uma evolução média ainda maior de 23,37%. Na tentativa de traçar perfis de desenvolvimento para os municípios mato-grossenses foi feita uma análise de cluster de casos, objetivando formar grupos homogêneos. Os grupos formados de melhor resultado, tanto para o ano de 2000 quanto para 2010, compreenderam os municípios que mais plantaram soja nos seus respectivos anos, nas regiões Oeste, Médio-Norte e Sudeste, reforçando o transbordamento da cultura entre eles. Como apoio ao desenvolvimento dos municípios, o Estado e o Governo Federal devem levar em consideração políticas públicas que sanem essas desigualdades e melhorem como um todo os níveis de desenvolvimento regional, sejam estas desigualdades relacionadas à expansão dessa cultura ou atreladas a outras atividades.