Economia Aplicada

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    Choques e questões de gênero: perspectivas sobre indicadores educacionais e econômicos brasileiros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-15) Almeida, Ana Cecília de; Lelis, Lorena Vieira Costa; http://lattes.cnpq.br/9401676738694804
    Esta tese estuda dois tópicos relacionados com choques e questões de gênero, com ênfase em indicadores educacionais e econômicos brasileiros. No primeiro artigo, o interesse recaí sobre o efeito de um choque econômico sobre indicadores educacionais dos adolescentes de diferentes sexos. A entrada da China na Organização Mundial do Comércio em 2001 fez com que houvesse um choque de oferta de produtos chineses na economia brasileira. A competição dos produtos brasileiros com os chineses, principalmente pelo fato de estes terem preços bem mais baixos, fez com que aqueles perdessem mercado na economia interna. Essa concorrência levou a uma redução dos salários médios, em especial dos homens, fazendo com que esse evento seja considerado como um choque negativo de renda na economia e nas famílias brasileiras. As famílias então, poderiam responder a isso mudando os investimentos em educação dos seus filhos, o que impactaria os indicadores educacionais tanto quantitativos quanto qualitativos dos adolescentes, podendo ainda gerar efeitos diferentes nas meninas e nos meninos. Para estimar esse impacto, valeu-se da estratégia de comparar microrregiões mais e menos afetadas por esse choque chinês antes e depois da entrada da China na OMC. Além disso, verificou se setores e microrregiões mais intensivos em mão de obra feminina afetam de maneira adversa a educação dos adolescentes em comparação a setores e microrregiões que empregam em predominância homens. A maioria dos resultados apontam para uma melhora nos indicadores educacionais de ambos os sexos, sendo esse efeito igual ou em maior magnitude para as meninas. O segundo artigo, se baseia no efeito de um choque demográfico sobre a situação econômica das mulheres brasileiras. Como choque demográfico considerou-se aqui o divórcio. A explicação disso está no fato da recorrência desse evento nas famílias brasileiras, principalmente após 2010 quando várias mudanças na Lei do Divórcio foram executadas, facilitando a conclusão do processo. Ademais, a dissolução matrimonial modifica a estrutura da família podendo trazer mudanças no bem-estar, na qualidade de vida e em variáveis econômicas dos membros da família. Para alcançar os resultados pretendidos e tornar esse choque exógeno, utilizou-se da estratégia do uso do sexo do primogênito como instrumento para o divórcio. Entre os resultados, destaca-se que não há um efeito do divórcio como choque demográfico sobre a situação econômica damulher o que pode ser um resultado, assim como uma consequência, do aumento do poder de barganha da mulher no domicílio e do seu empoderamento nos últimos anos. Para dar suporte teórico para esse argumento, verificou-se que o risco do divórcio está positivamente relacionado com o aumento da participação no mercado de trabalho das mulheres casadas. Ademais esse efeito é intensificado se a mulher não tiver filhos. Esses resultados dão indícios que o risco do divórcio pode aumentar o poder de barganha da mulher dentro do domicilio fazendo com que suas decisões sejam tomadas enquanto casadas, não sendo necessário o divórcio para tal. Palavras-chave: Choques econômicos e demográficos. Questões de gênero. Indicadores educacionais e de mercado de trabalho. Empoderamento feminino.
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    A participação da mãe no mercado de trabalho e o diferencial de anos de estudo por gênero entre adolescentes: evidência para o Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-20) Almeida, Ana Cecília de; Lima, João Eustáquio de; http://lattes.cnpq.br/9401676738694804
    Atualmente, o número de crianças que crescem em famílias em que as mães são ativas no mercado de trabalho, é significativamente superior ao de gerações anteriores. Essa mudança demográfica envolve alterações quanto ao tempo e cuidado materno dedicado aos filhos, podendo afetar suas vidas atuais e prospecções futuras. Não há na bibliografia um consenso quanto aos efeitos esperados da participação da mulher no mercado de trabalho sobre a educação dos filhos e, nem tampouco, pesquisas que identificam se esse efeito é simétrico ou assimétrico entre os sexos das crianças. Consequências positivas e negativas relacionadas ao impacto da vida laboral das mães sobre os filhos, podem estar sendo geradas para a sociedade e para economia, dependendo do resultado encontrado. É possível, por exemplo, que causem impactos nas desigualdades educacionais e, consequentemente, nas desigualdades salariais entre os sexos. Nessa perspectiva, diante do aumento da participação da mulher no mercado de trabalho e da reversão do gap educacional em favor das mulheres, duas importantes tendências observadas no Brasil nos últimos tempos, o objetivo desta pesquisa é contribuir para o debate acerca dos efeitos relacionados à participação da mãe no mercado de trabalho e a escolaridade dos filhos. Busca-se ainda verificar se os anos de estudo dos filhos e o diferencial educacional entre os sexos podem ser associados às horas de trabalho da mãe, as suas jornadas de trabalho e ao trabalho da mãe em momento próximo ao nascimento do filho, além de analisar o perfil dos adolescentes e de suas famílias. As evidências empíricas são obtidas por meio dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do ano de 2014 para os adolescentes brasileiros, valendo-se da identificação de efeitos por meio do método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO). Diante do fato de que o nível de escolaridade dos filhos e o emprego da mãe podem ser decisões simultâneas e características não observadas das famílias (como motivação, empreendedorismo, habilidade) e do ambiente devem determinar tanto a decisão pelo mercado de trabalho das mães quanto a escolaridade dos filhos, a estimação por Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) possivelmente sofre de problemas relacionados à endogeneidade. Para lidar com essa possibilidade, as estimações também são obtidas por meio de variáveis instrumentais, nas quais as condições do mercado de trabalho local são utilizadas como instrumentos para a participação da mãe no mercado de trabalho. Entre os resultados, destaca-se que o fato da mãe trabalhar aumenta a média de anos de estudo dos filhos de ambos os sexos, mas o aumento das horas trabalhadas da mãe reduz a educação deles. Em relação ao diferencial educacional entre os sexos, observa-se que o efeito da mãe trabalhar só é diferente entre os adolescentes de sexos diferentes, fazendo aumentar o diferencial educacional de gênero, quando a mãe trabalha meio período comparado a trabalhar período integral. Em todas as outras medidas analisadas de trabalho da mãe, não há diferença significativa na educação dos filhos de sexos diferentes.