Economia Aplicada
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Item Análise de investimento em cana-de-açúcar irrigada no noroeste mineiro(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-16) Rodrigues, Caroline Petroll; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/6229162929003267; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Moura, Altair Dias de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885Y5; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5O aumento na demanda dos principais produtos da cana-de-açúcar – o açúcar e o álcool – tanto a nível nacional quanto internacional vêm causando uma expansão das áreas plantadas com a cultura em todo o país. Em virtude da saturação de áreas no estado de São Paulo, principal estado produtor, a ampliação das lavouras de cana-de-açúcar vem acontecendo em outros estados, com destaque para Minas Gerais. O Noroeste de Minas, tradicional região agrícola do estado, vêm recebendo sistemáticos investimentos em unidades processadoras de cana-de-açúcar e a produção da matéria-prima tem se dado em áreas irrigadas por pivô central. Apesar do que se observa na prática, a literatura sugere que a condução de canaviais irrigados é inviável economicamente. Diante desta contradição, este trabalho teve por objetivo de avaliar a viabilidade econômica do cultivo de cana-de-açúcar irrigada por pivô central e, além disso, comparar seu resultado com a viabilidade de outras culturas irrigadas pelo mesmo método. A escolha das culturas a serem comparadas levou em consideração a tradição da região no cultivo de cereais como feijão, milho e soja e, diante disso, foram elaborados cinco possíveis combinações entre as culturas: milho semente e soja, milho e soja, feijão e milho, feijão, soja e milho e milho seguido de duas lavouras de feijão. Para a consecução dos objetivos propostos foram elaborados diversos fluxos de caixa representativos das diferentes culturas, calculados indicadores de viabilidade econômica e feita a análise de risco. Os indicadores calculados foram: a) Valor Presente Líquido (VPL), b) Taxa Interna de Retorno (TIR), c) Período de Payback descontado (PPD) e d) Relação benefício-custo. A análise de risco foi realisada por meio de simulação de Monte Carlo. Os resultados indicaram que, ao contrário do que se pressupunha, o cultivo de cana-de-açúcar irrigada por pivô central é viável economicamente, apresentando VPL positivo, TIR superior à taxa de desconto considerada e relação benefício-custo superior a um. Quando analisado o risco da cultura da cana-de-açúcar, as variáveis preço da tonelada de cana-de-açúcar e preço das operações de corte, carregamento e transporte (CCT) foram as que mais afetaram os indicadores selecionados (VPL e relação B/C). Adicionalmente, a análise de risco, por meio da distribuição acumulada de probabilidade, mostrou que investir em cana-de-açúcar irrigada por pivô central tem entre 20 e 25% de chances de fracasso. Comparativamente às outras culturas, o investimento em cana-de-açúcar é mais vantajoso que as rotação de milho (semente ou não) e soja, porém apresentou desempenho econômico inferior à rotações de cultura que envolvem o feijão. Pela análise de risco constatou-se, adicionalmente, que a rotação entre milho e soja, apesar de proporcionar os piores retornos em relação à cana-de-açúcar, apresentou menores coeficientes de variação (CV). Os maiores coeficientes de variação (CV) foram obtidos nas rotações entre milho e feijão, em virtude da grande variação de preços deste último. A análise de risco por meio da distribuição acumulada de probabilidade, ao contrário, mostrou que a probabilidade de se obter indicadores desfavoráveis (VPL<0 e B/C<1) é menor quando se adotam rotações entre milho e feijão, em relação à cana-de-açúcar e às outras rotações consideradas. Sendo assim, conclui-se que a cana-de-açúcar é viável economicamente e propicia aos produtores retornos superiores aos de milho e soja, porém inferiores ao de rotações que envolvem o feijão.Item The commons dilemma revisited: toward an integral approach(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-21) Meyer, Leandro Frederico Ferraz; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Martins, Marcelo Lobato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789678A0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798886H2; Guevara, Arnoldo José de Hoyos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783571J2; Bueno, Newton Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788572J6Neste estudo, eu exploro as implicações da Teoria de Desenvolvimento em Estágios Emergentes da Personalidade de Humanos Adultos (Clare W. Graves), em problemas de ação coletiva. A teoria de Graves oferece um modelo empiricamente fundamentado de desenvolvimento bio-psico- social de humanos adultos no qual a tensão permanente entre as capacidades de auto-afirmação (agency) e auto- adaptação (communion) do self origina uma sucessão de modelos mentais que emergem de forma hierarquicamente estruturada conectando crenças, sistemas de valores, idéias de moralidade e visões de mundo como resultado do inter-relacionamento entre as variáveis ambientais e a ativação das capacidades potenciais do organismo. As características distintivas de cada estágio de desenvolvimento propostas por Graves (oito níveis existenciais) fornecem a base para a formulação de hipóteses específicas, relativas ao comportamento dos atores humanos em situações de ação coletiva. Em particular, a superposição cíclica das capacidades de auto-afirmação e autoadaptação, ao longo dos estágios de desenvolvimento bio-psico-social descritos por Graves, delineiam um padrão de egocentrismo decrescente, acompanhado por aumento da autonomia comportamental e ampliação do círculo de participantes (seres humanos ou não) que são incluídos nas considerações morais do agente tomador de decisão. Eu sugiro que estas características apresentam evidentes e importantes implicações na nossa compreensão da dinâmica das interações sociais em situações de ação coletiva. Ao posicionar a concepção de Graves no centro da análise destas situações, eu enfatizo temas na pesquisa da subjetividade e desenvolvimento da consciência que têm recebido atenção inadequada nas principais abordagens sobre ação coletiva e o chamado dilema da cooperação . Neste sentido, ao ser correlacionada com uma ampla gama de observações empíricas e modelos teóricos de desenvolvimento da consciência, devidas a Ken Wilber, a concepção de Graves fornece a tese substantiva que eu submeto a teste experimental nesta revisão do dilema dos comuns , qual seja: a diretriz fundamental para promoção de mudanças institucional e comportamental direcionadas a resolver ou atenuar problemas de ação coletiva deve levar em conta, e até mesmo focalizar, os potenciais e as leis próprias da transformação interior e do despertar da consciência humana. Isso porque, contrariamente ao pressuposto pelo modelo unitário de racionalidade (otimização da utilidade esperada), a resposta comportamental à estrutura de incentivos não pode ser adequadamente prevista pela simples consideração das variáveis situacionais. Em vez disso, e para que se obtenham os resultados esperados, aquilo que de fato constituirá tal estrutura precisa ajustar-se ao estágio de desenvolvimento subjetivo dos participantes. Mais ainda, dadas tanto a natureza qualitativa das transformações interiores, delineada acima, quanto o fato de que estas transformações expressam o despertar de potencialidades humanas universais, conforme Ken Wilber, a consideração séria destes processos abre perspectivas totalmente novas sobre como atuar em problemas de ação coletiva e para a promoção das mudanças institucionais e comportamentais sustentáveis. Reciprocamente, a concepção de estruturas de incentivo que assumem um modelo único e representativo de todos os indivíduo, normalmente fundamentada nos pressupostos cognitivos estáticos que caracterizam o chamado homem econômico , pode produzir resultados inesperados e desastrosos. Para investigar as implicações e a robustez intercultural da concepção Graves nas situações de ação coletiva, as hipóteses comportamentais derivadas do seu modelo foram testadas em condições experimentais variadas, conforme estabelecidas em protocolos testados em outras aplicações relaciondas à gestão de recursos de propriedade comum e à provisão de bens públicos. Eu começo identificando três principais estágios teóricos de desenvolvimento psico-social presentes numa amostra de 322 sujeitos brasileiros por meio de uma aplicação confirmatória da Análise Fatorial sobre os perfis individuais dos participantes. Estes foram em seguida expostos a três situações experimentais, como segue: (1) um dilema de apropriação envolvendo três condições diferentes (sem oportunidade de regulação; duas oportunidades de comunicação direta, sem custo, e sem instrumento de fiscalização; repetidas oportunidades de aplicação de multas em valores variáveis, mediante pagamento de taxa específica); (2) um dilema de provisão de um bem público envolvendo nove níveis de contribuições mínima requerida; e (3) um dilema de eqüidade/risco conforme representado pelo Jogo do Ultimato. Eu exploro as relações estatísticas (correlações bivariadas e análises de regressão linear multivariada) entre os escores fatoriais nos principais estágios de desenvolvimento identificados previamente e as respostas comportamentais produzidas pelos participantes, nas várias situações experimentais. Os resultados sugerem que as caracterizações dos estágios de desenvolvimento descritas no modelo de Graves são culturalmente robustas e que elas provêem uma base segura para prever o comportamento e discriminar a motivação subjetiva destes comportamentos dentro das situações experimentais. Eu insiro a concepção de Graves no contexto da pesquisa institucional em ação coletiva usando a Teoria Integral de Ken Wilber. A Teoria Integral fornece o mapa conceitual para um tratamento mais amplo e equilibrado dos diversos domínios existenciais e epistemológicos. Nesta aplicação, ela provê a base teórica para integrar as dimensões comportamental, sistêmica, psicológica e cultural relacionadas aos problemas de ação coletiva. A contribuição de Wilber fortalece e estende a visão de Graves, sugerindo que as características de redução do egocentrismo e ampliação do escopo da ação moral descrevem uma tendência universal, divisada em virtualmente todos os modelos de desenvolvimento humano, como expressão básica do despertar da consciência integral (Kósmica). Eu utilizo estes achados para apoiar a generalização dos resultados experimentais produzidos nesta pesquisa e o significado profundamente espiritual envolvido na tese substantiva deste estudo.Item Efeitos da heterogeneidade institucional sobre o comércio bilateral de produtos agropecuários, 2005 a 2009(Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-16) Mendonça, Talles Girardi de; Silva, Orlando Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281D9; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/4012590771325158; Souza, Maurício Jorge Pinto de; http://lattes.cnpq.br/7590747036148098; Rocha, Luiz Eduardo de Vasconcelos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728885P0; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1É crescente, na literatura sobre comércio internacional, a importância atribuída às instituições na determinação dos fluxos comerciais. A existência de infra-estrutura institucional de boa qualidade está associada a menores custos de transação entre os participantes do mercado e, portanto, à maior eficiência dos mercados. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito das instituições domésticas e da disparidade institucional entre países sobre os fluxos comerciais de produtos do setor agropecuário. Adicionalmente, pretendeu-se verificar até que ponto a heterogeneidade institucional limitou os ganhos comerciais promovidos pelos acordos regionais. A análise foi operacionalizada por meio da estimação de modelos gravitacionais, nos quais foram inseridas variáveis representativas da qualidade do ambiente institucional doméstico e da disparidade das instituições entre países e seu efeito sobre os resultados dos acordos regionais de comércio. A amostra utilizada no trabalho foi obtida de 83 países por um período de 5 anos (2005-2009). Utilizando-se dessas informações, foram feitas combinações de pares de países o que resultou em 34.030 observações das quais 5.513 foram fluxos comerciais nulos. O método utilizado na estimação das equações foi o modelo Poisson-Pseudo Maximum Likelihood (PPML). Os resultados indicaram que a qualidade do ambiente institucional doméstico não possui efeito significativo sobre os fluxos comerciais de produtos agropecuários, embora os sinais dos coeficientes tenham apresentado o sinal esperado. A disparidade das instituições, representada por dummies de heterogeneidade institucional de diferentes níveis (um, dois e três desvios padrão), apresentou efeito significativo e negativo para dois desvios. O coeficiente da dummy para heterogeneidade de um desvio foi negativo, porém não significativo. Além disso, foi inserida uma variável contínua para representar a disparidade institucional entre países sendo o seu coeficiente negativo e significativo. Esses resultados sugerem que a disparidade institucional entre países atuou no sentido de elevar os custos de transação, reduzindo o comércio de produtos agropecuários. Por fim, foram utilizadas interações entre as dummies de diferença institucional e de acordo regional de comércio no intuito de verificar o efeito da heterogeneidade institucional sobre os fluxos comerciais. Os resultados indicaram que instituições díspares em mais de dois desvios limitaram os resultados dos acordos regionais de comércio. Portanto, embora a qualidade do ambiente institucional doméstico não tenha apresentado efeito significativo sobre os fluxos comerciais de produtos agropecuários, a disparidade institucional entre países contribuiu para reduzir o comércio e limitar os ganhos decorrentes dos acordos regionais.Item Efeitos das mudanças climáticas globais na agricultura brasileira: análise da irrigação como estratégia adaptativa(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-29) Cunha, Dênis Antônio da; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Itaborahy, Cláudio Ritti; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6O desafio da economia às mudanças climáticas globais tem sido oferecer respostas confiáveis a respeito da direção e magnitude dos impactos nos diversos setores econômicos e sobre onde, quanto, como e quando se deve investir em mitigação e adaptação. Para o setor agrícola de países em desenvolvimento, esperam-se os maiores efeitos negativos. Considerando que a produção agropecuária responde por parcela expressiva da renda brasileira, pode-se afirmar esse é um tema de especial relevância para a agenda de desenvolvimento do país. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos das mudanças climáticas no setor agrícola nacional, incluindo as estratégias de adaptação na estimativa dos impactos. Partiu-se da pressuposição de que os agricultores não continuarão realizando a(s) mesma(s) atividade(s) sem alteração de suas técnicas produtivas. A estratégia adaptativa considerada foi a irrigação, já que o país tem ampla disponibilidade de água e condições favoráveis para o desenvolvimento sustentável dessa atividade. O estudo foi fundamentado na visão teórica de que a vulnerabilidade de um setor é condicionada pela magnitude das alterações do clima e também pela sua capacidade de empreender ações de adaptação. O modelo econômico utilizado procura explicar a decisão de irrigar dos produtores como um processo de maximização de benefícios, no qual somente são observadas escolhas ótimas. Analiticamente, estimou-se um modelo de Efeito de Tratamento, por meio da técnica de Pareamento por Escore de Propensão, que permitiu avaliar os retornos da prática de irrigação e compará-los aos da produção de sequeiro. As previsões futuras das variáveis climáticas (temperatura e precipitação) se referem a três períodos de 30 anos (de 2010 a 2039, de 2040 a 2069 e de 2070 a 2099), sob dois cenários de mudanças climáticas (A1B e A2). Os resultados obtidos confirmaram a expectativa de que a irrigação é influenciada pelas variações climáticas e, dessa forma, pode ser modelada como medida adaptativa. De modo geral, a análise dos fatores associados à sua adoção no Brasil indicou que, para ser um irrigante, o produtor precisa ter renda suficiente para arcar com os custos de investimento, conhecimento técnico e capacidade administrativa. Além disso, sua propriedade deve ter disponibilidade hídrica e boas condições de solo. No que se refere ao efeito da irrigação sobre os rendimentos dos produtores, os resultados apontam duas conclusões distintas. No período atual, foram estimados retornos maiores para a produção de sequeiro. Essa resposta está diretamente ligada aos custos elevados de implantação de um sistema de irrigação. Não obstante, quando se consideram os cenários futuros de mudanças climáticas, o resultado se inverte. Foi possível identificar que a renda dos irrigantes tende a ser crescente e mais estável. Produtores de sequeiro, por outro lado, serão impactados negativamente, podendo ter seus ganhos reduzidos em até 14% do valor atual. Conclusões semelhantes foram obtidas para pequenos produtores, embora as perdas esperadas para a produção de sequeiro sejam consideravelmente maiores do que os impactos médios do setor agrícola. De modo geral, os resultados desta pesquisa reforçam a necessidade da formulação de políticas públicas no Brasil que busquem estratégias de combate aos efeitos do aquecimento global no setor. Ademais, dada a comprovação da importância da irrigação como medida adaptativa, deve-se incentivar a criação de políticas nacionais de crédito específicas para a implementação dessa prática, principalmente para os produtores menos capitalizados.Item Efeitos das transferências financeiras sobre os gastos e a arrecadação dos municípios brasileiros(Universidade Federal de Viçosa, 2010-09-17) Nascimento, Jean dos Santos; Lima, João Ricardo Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762244E2; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; http://lattes.cnpq.br/2714760485634533; Carvalho, Luciano Dias de; http://lattes.cnpq.br/0061368522702958; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0O estudo desenvolvido neste trabalho busca superar algumas limitações de pesquisas econômicas relativas aos efeitos das transferências financeiras aos municípios. Estas pesquisas, em sua maioria, tratam dos efeitos de transferências fiscais desvinculadas sobre as despesas públicas totais dos municípios. Entretanto, o efeito expansivo que estas transferências causam nos gastos (flypaper effect) é apenas parte das interferências nas finanças públicas municipais e que ainda são pouco conhecidas. O objetivo desta pesquisa é analisar estes efeitos considerando a importância que as transferências assumem nos orçamentos municipais em 2007. Outro objetivo é estudar as implicações das transferências sobre tipos específicos de despesas (correntes e de capital) e sobre a arrecadação tributária no mesmo ano. Procura-se verificar se o flypaper effect difere entre grupos de municípios e se há desestímulos à arrecadação de tributos. Para o alcance dos objetivos, aplicam-se modelos para determinação das despesas e da tributação sobre grupos de municípios formados de acordo com a importância que as transferências assumem sobre suas receitas orçamentárias totais. Na oportunidade, utiliza-se uma amostra de 5.119 municípios, que foi ordenada de acordo com a importância das transferências sobre o orçamento e dividida em dez partes aproximadamente iguais. Usam-se os métodos de Mínimos Quadrados Ordinários e Mínimos Quadrados de dois Estágios sobre estes dez grupos para estimar regressões das despesas totais, despesas correntes, despesas de capital e tributação. Verifica-se que o efeito expansivo das transferências fiscais desvinculadas está presente sobre as despesas totais e é maior que o efeito da renda, caracterizando o efeito flypaper. Mais importante, o efeito expansivo das transferências fiscais desvinculadas tende a crescer quando a participação das transferências no orçamento municipal aumenta entre os municípios, enquanto o efeito da renda se mantém relativamente estável. Considerando os grupos de despesas, verifica-se que o efeito expansivo das transferências desvinculadas é mais evidente sobre as despesas correntes do que sobre despesas de capital, sugerindo que o recebimento de maiores volume de transferências resulta em geração de gastos de baixa produtividade (overheads). Esses fatos estão mais presentes em municípios que mais recebem transferências, ou seja, naqueles localizados principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Por outro lado, as transferências vinculadas a gasto não apresentam efeito expansivo sobre as despesas totais e não importando se aplicadas a gastos correntes ou de capital. Entretanto, quando se analisa as transferências desvinculadas não fiscais, nota-se que elas tendem a ter efeito expansivo, mesmo representando baixa participação nas receitas dos municípios (1,4%). Esse é um alerta para os formuladores de leis e políticas públicas que estão diante da discussão sobre a partilha dos recursos petrolíferos do Pré-Sal . Neste caso, haveria um sobrefinanciamento de despesas municipais com o risco de que parte deles se transforme em overheads. Relativamente à tributação, a informação mais clara é de que as transferências tanto vinculadas quanto desvinculadas tendem a reduzir a arrecadação em grupos de municípios que recebem menos transferências. Por outro lado, essas transferências estimulam a arrecadação nos municípios que recebem mais desses recursos e que estão, em sua maioria, nas regiões Sudeste e Sul.Item Efeitos do crescimento e redução da desigualdade de renda na pobreza da Região Nordeste do Brasil - 2003-2008(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-21) Santos, Vladimir Faria dos; Helfand, Steven M.; http://lattes.cnpq.br/7500417981576662; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Vieira, Wilson da Cruz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723222Y8; http://lattes.cnpq.br/5215950216933713; Ney, Marlon Gomes; http://lattes.cnpq.br/9939301710980597; Toyoshima, Sílvia Harumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788531T6; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1Na Região Nordeste, uma grande parte da população vive na pobreza absoluta. O número elevado de seres humanos nessa situação está estreitamente relacionado ao alto grau de desigualdade da região, visto que no País existe renda mais do que suficiente para erradicar a pobreza. Embora a proporção de pobres e de indigentes seja grande, o que vem ocorrendo nos últimos anos, sobretudo a partir de 2003, é a queda significativa da pobreza e da indigência. Essa redução expressiva pode estar relacionada tanto ao crescimento dos rendimentos das pessoas como por uma distribuição menos desigual; visto que, o número de pessoas pobres pode variar conforme haja alterações no crescimento econômico e/ou na concentração de renda. Levando em consideração que há dois fatores (crescimento e redistribuição de renda) que podem reduzir a quantidade de indivíduos vivendo na pobreza e na miséria, este trabalho teve como objetivo investigar, para todos os estados da Região Nordeste, a contribuição do crescimento econômico e da desigualdade pessoal de rendimentos para a queda na pobreza absoluta e analisar os seus principais determinantes. O referencial teórico é baseado em dois grupos de teorias: aquelas que focam as características dos trabalhadores; e aquelas que enfatizam a estrutura do mercado de trabalho. Podem-se classificar, dentro do primeiro grupo, as teorias do capital humano e da discriminação no mercado de trabalho. No segundo grupo, estão as teorias dos diferenciais compensatórios e salário-eficiência e a teoria do mercado de trabalho dual. Como modelos analíticos foram utilizados dois métodos de decomposição, ambos baseados no valor de Shapley, um conceito de solução para jogos cooperativos. O primeiro teve como função mensurar a importância de cada um dos componentes (crescimento e redistribuição) para a variação na pobreza no período de 2003 a 2008. O segundo método é baseado em uma regressão (equação de rendimentos) e teve como propósito quantificar a contribuição de cada variável inserida no modelo econométrico para a desigualdade de rendimentos. Como medida de desigualdade utilizou-se as três mais importantes: Coeficiente de Gini, Coeficiente de Theil-T e Theil-L. Os resultados da primeira decomposição mostraram que o crescimento da renda foi o componente que mais explicou a queda na pobreza no período de 2003 a 2008. Esse resultado foi verificado em todos os estados do Nordeste, tanto para a pobreza como para a extrema pobreza. Paraíba foi o único estado onde o crescimento dos rendimentos explicou inteiramente a queda do número de pobres, visto que, no período analisado, houve piora na sua distribuição de renda. Por meio dos resultados advindos da decomposição baseada numa regressão, foi possível observar que a educação e experiência foram as variáveis que mais explicaram a desigualdade de rendimentos nos estados do Nordeste, o que está em conformidade com a teoria do capital humano. Além das variáveis do capital humano, aquelas relacionadas ao gênero e a cor também contribuíram positivamente para a desigualdade de renda, sugerindo que na região pode existir algum tipo de descriminação no mercado de trabalho. Diante disso, concluiu-se que a renda domiciliar per capita foi de extrema importância para a queda na pobreza e que as variáveis educação e experiência foram as que mais contribuíram para o alto índice de desigualdade nos estados do Nordeste, confirmando, assim, as hipóteses feitas nesta pesquisa.Item Exportações e crescimento econômico: uma análise da economia brasileira no período entre 1962 e 2009(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-06) Carvalho, Henrique Duarte; Teixeira, Erly Cardoso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787961Y8; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; Campos, Antônio Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781810A0; http://lattes.cnpq.br/7552625336212384; Fernandes, Elaine Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762376Z1; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Vasconcelos, Cláudio Roberto Fóffano; http://lattes.cnpq.br/8375210112682781O presente estudo tem o objetivo de verificar se o crescimento da renda externa favorece a obtenção de saldos comerciais positivos, o que faz do crescimento das exportações fator condicionante do crescimento da economia nacional. Inicialmente, com o objetivo de observar as características das exportações brasileiras, foram analisados os padrões de diversificação e tradicionalidade das exportações, em seguida foi testado empiricamente a relação entre as exportações e o crescimento econômico brasileiro no período entre 1962 e 2009. De posse das informações sobre as características das exportações, foi verificado se os saldos da balança comercial brasileira foram responsáveis por restrições ao crescimento da economia brasileira, os resultados obtidos permitiram observar o potencial de crescimento brasileiro promovido pelas contas externas.Para verificar a taxa de crescimento determinadas por condições relativas ao equilíbrio das contas externas foi utilizado o modelo de Thirlwall, em que a taxa de crescimento de um país pode ser estimada através da razão entre a taxa de crescimento das exportações e a elasticidade renda das importações.Para tanto, estimou-se a taxa de crescimento econômico brasileiro compatível com o equilíbrio das contas externas utilizando três métodos, sendo estes o teste de co-integração de Engle-Granger, o teste de co-integração de Johansen e uma metodologia que ainda não havia sido utilizada na literatura correspondente, utilizando técnicas para dados em painel para os setores exportadores da economia brasileira. A partir dos resultados iniciais desse trabalho foi possível observar uma estreita relação entre o crescimento da renda mundial, da renda doméstica e consequentemente das exportações. Observou-se que a economia brasileira cresceu a uma taxa inferior a seu potencial durante quase todo o período entre 1962 e 2009, com taxas de crescimento compatíveis com o equilíbrio das contas externas entre 4,45%a.a. e 6,45%a.a., ambas superiores a taxa de crescimento observada de 4,41%a.a., o que indica a possibilidade de um maior crescimento econômico sem apresentar restrições no longo prazo causadas por problemas no balanço de pagamentos. Foi confirmado pelos resultados que no longo prazo, a solução segura encontrada para continuar a elevar a taxa de crescimento do Brasil, em consonância com o equilíbrio do balanço de pagamentos da conta corrente, é a promoção das exportações de forma a elevar a elasticidade renda das exportações em ritmo mais acelerado do que o crescimento da elasticidade renda das importações. Nesse sentido, buscou-se analisar a forma pela qual as mudanças na renda e preços afetam as exportações, mensurando as contribuições dos setores exportadores para o processo de crescimento brasileiro, as elasticidades estimadas sugerem importantes diferenças entre os setores exportadores e que os efeitos da renda mundial superam os efeitos dos preços na explicação do crescimento das exportações brasileiras. Para mensurar a importância desses efeitos na prática foi estimada a taxa da depreciação do câmbio consistente com o equilíbrio da balança comercial que quando comparada à taxa de câmbio real permite observar a sensibilidade das exportações brasileiras frente à favorecimentos de políticas cambiais e a aumentos da renda no resto do mundo. Os resultados apresentam que a demanda externa e que o desalinhamento apresentado pela taxa de câmbio real em relação à consistente com o equilíbrio da balança comercial representam importantes fatores de influência sobre o dinamismo e desempenho das exportações brasileiras. Um destaque deve ser dado à grande influência positiva dos movimentos de renda externa nas exportações brasileiras e que a manutenção de um nível de taxa real de câmbio para preservar a rentabilidade e competitividade das exportações é essencial, porém pode não ser suficiente para a expansão das exportações ao longo do tempo.Item Identificação, análise e implicações do poder de mercado na indústria brasileira de carne de frango(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-09) Profeta, Graciela Aparecida; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; http://lattes.cnpq.br/8771374825470483; Dias, Roberto Serpa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798512T4; Lima, João Ricardo Ferreira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762244E2; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3A indústria brasileira de carne de frango apresenta características que apontam para a concentração no setor. Verifica-se também que, basicamente, existem quatro grandes empresas estabelecidas que possuem várias plantas agroindustriais em todo o território. Estas empresas abrangem os maiores centros consumidores, bem como as localidades de abundância de matéria-prima. Com isso, elas têm dominado parte significativa do mercado, nos últimos 10 anos, e dificultado a entrada de novas competidoras. Além disso, devido a fatores que vão desde aqueles relacionados a preços como os determinados por mudanças nos hábitos alimentares das famílias, não se observou produtos substitutos perfeitos ou próximos que poderiam ser uma opção de escolha de compra por parte dos consumidores. Portanto, servindo-se das características de mercado, o presente estudo teve por objetivo identificar e avaliar as implicações do poder de mercado sobre o bem-estar dos consumidores para o período de janeiro de 2003 a outubro de 2009. Para atingir aos objetivos propostos, utilizou-se a Teoria da Nova Organização Industrial Empírica (NEIO), especificamente o modelo teórico de determinação do poder de mercado estável de curto prazo proposto por Bresnahan (1982). Considerando que os mercados são por natureza dinâmicos e que as decisões das empresas, geralmente, visam o longo prazo, aplicou-se a reformulação do modelo de Bresnahan (1982), elaborada por Steen e Salvanes (1999) em que a incorporação do mecanismo de correção de erros permitiu encontrar parâmetros de poder de mercado de longo prazo distintos dos de curto prazo. Conforme sugerem os princípios da Teoria da NEIO, delimitou-se previamente à estimação do parâmetro de conduta médio, o mercado relevante para a carne de frango. Os resultados obtidos da análise de cointegração, indicaram que as carnes de frango, bovina e suína foram produtos relevantes sob a ótica do produto. No caso da dimensão geográfica, a opção pelas praças estudadas considerou a relevância das mesmas em termos de produção e mercado consumidor, bem como a disponibilidade de dados para a realização da pesquisa. O estuda das elasticidades-preço cruzada entre as carnes mostrou que para Oeste paranaense e Belo Horizonte as carnes de frango e bovina foram considerados produtos substitutos entre si, e para Goiânia, os produtos substitutos foram as carnes de frango e suína. No caso de São Paulo e Porto Alegre, observou que as carnes de frango e bovina apresentaram-se como bens complementares entre si. Em se tratando do grau de poder de mercado estimado por meio da formulação dinâmica proposta por Steen e Salvanes (1999), pode-se inferir que os resultados obtidos para o parâmetro de conduta médio de curto prazo apontaram para a rejeição das hipóteses nulas de competição perfeita, de conluio e de poder de mercado pleno para as praças de São Paulo, Oeste-PR e Goiânia, neste caso, pode-se afirmar que existia no período analisado um grau de poder intermediário. Para as demais praças não foi identificar um parâmetro de conduta médio de longo prazo. Com relação ao grau de poder de mercado de longo prazo identificado para cada uma das cinco praças analisadas, os resultados dos testes de hipóteses, sobre os coeficientes encontrados, mostrou que os resultados quanto à presença ou não de poder de mercado obtidos para o curto prazo, de certa forma se mantiveram no longo prazo. Rejeitou-se a hipótese nula de ausência de poder de mercado para todas as delimitações geográficas, e concluiu-se que no longo prazo as empresas tinham poder de mercado, sendo que este variava em magnitude. Portanto, a concentração observada na indústria brasileira de carne de frango, as barreiras à entrada e a carência de substitutos perfeitos para a carne de frango, parecem ter contribuído para a verificação da presença do poder de mercado em três das cinco praças estudadas no curto prazo e em todas no longo prazo, onde se inferiu que para estes mercados as empresas, principalmente as dominantes, atuam em uma estrutura de competição imperfeita influenciando preço e quantidade ofertada no mercado. Tendo em vista a presença de poder de mercado para as praças, procedeu-se ao cálculo das perdas liquidas sociais (DWL) inerentes à conduta anticompetitiva das empresas. Os resultados revelaram que, de maneira geral, para o período de 2003 a 2007 a participação do DWL sobre a receita total da indústria de carne de frango inteira congelada em todas as praças foi expressiva. Ressalta-se que para São Paulo e Porto Alegre, onde a demanda se mostrou inelástica ao preço, a relação DWL/receita apresentou-se mais intensa em termos de valores. Por fim, os resultados obtidos para o DWL corroboraram os encontrados para o grau de poder de mercado nestas delimitações geográficas. Por fim, se pode afirmar que as características estruturais do mercado culminaram em existência e exercício do poder de mercado por parte das empresas atuantes e que por esta razão, os órgãos responsáveis pela garantia da defesa da concorrência devem de forma contínua e, sustentada em aporte teórico e prático, zelar para que atos de concentração sejam eficientes e não meios de aumentar o poder de mercado e, consequentemente, perdas sociais.Item Impactos da cooperação em atividades de P&D das firmas brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-20) Sousa, Alexandre Gervásio de; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/6420233615748933; Silva, Evaldo Henrique da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785521A7; Fernandes, Rosangela Aparecida Soares; http://lattes.cnpq.br/6432993441872985; Cunha, Dênis Antônio da; http://lattes.cnpq.br/1033658951252242; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6A cooperação entre firmas, institutos de pesquisa e o setor privado incentiva a melhora dos transbordamentos dos fluxos de conhecimento entres esses agentes econômicos. O trabalho teve como objetivo a análise dos fatores associados à decisão das firmas de manufatura de se envolverem em atividades de cooperação em P&D e verificar seu efeito sobre o desempenho destas. A metodologia utilizada baseou-se na estimação de modelos Probit que foram utilizados para a estimação do propensity score para a determinação do impacto da cooperação sobre o desempenho das firmas. Utilizaram-se os microdados da Pesquisa de Inovação Tecnológica de 2008 (Pintec). Na análise da cooperação para P&D das firmas de manufatura, identifica-se a apropriabilidade como determinante da decisão de cooperar, o que revela a preocupação de uma empresa sobre o efeito free-riding que um parceiro pode obter sobre seus esforços para P&D. Os incoming spillovers e as complementariedades revelam a importância dada aos fluxos de informações na decisão de cooperar para P&D. O compartilhamento de custos e riscos ressalta a falta de financiamento privado externo e de um mercado de capital de risco, além da alta percepção dos riscos da atividade inovativa. A importância das habilidades e capacidade de absorção das firmas é mostrada pela significância do tamanho da firma. O compartilhamento dos custos e riscos, os incoming spillovers, além das complementariedades, mostraram-se relevantes na determinação da decisão de cooperação para P&D das firmas de manufatura de alta intensidade tecnológica. Na análise dos resultados dos determinantes da cooperação para P&D das firmas de manufatura de média alta intensidade tecnológica, de tais firmas com concorrentes e instituições de pesquisa, tem-se que três determinantes são sistematicamente significativos: o compartilhamento de custos e riscos, o tamanho das empresas e as complementariedades. Em relação à cooperação para P&D das empresas da indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica tem-se os incoming spillovers foram sistematicamente significantes. Vale ressaltar que, nesse caso, a intensidade de P&D tem um efeito negativo sobre a decisão de cooperar. A respeito dos determinantes dos acordos cooperativos das firmas de manufatura de baixa intensidade tecnológica, observou-se que a apropriabilidade representa um aprendizado sobre o controle de fluxos de informação. Os determinantes da cooperação para P&D, segundo a intensidade tecnológica dos setores, apresentam padrões específicos para cada classe de intensidade tecnológica, o que mostra que medidas adotadas em prol da cooperação para P&D podem afetar os setores industriais de forma distinta. A respeito dos impactos da cooperação sobre o desempenho das firmas, conclui-se que a cooperação para P&D com instituições de pesquisa tem um efeito positivo sobre o faturamento do agregado das firmas inovadoras da indústria de transformação e sobre as firmas industriais de alta intensidade tecnológica. Nesse caso, os resultados indicam a influência da cooperação sobre a taxa de sucesso das inovações de produto. A cooperação para P&D produz o mesmo efeito sobre as firmas inovadoras de baixa intensidade tecnológica, contudo, neste caso, acredita-se que haja o aumento da taxa de sucesso das inovações de processo. A cooperação de firmas inovadoras de alta intensidade tecnológica com universidades e institutos de pesquisa e a cooperação das firmas inovadoras de baixa intensidade tecnológica tem um impacto positivo sobre as exportações. Ademais, tem-se que a cooperação para P&D aumenta os investimentos em P&D interno das firmas inovadoras da indústria de transformação de baixa intensidade tecnológica.Item Mudanças climáticas, mortalidade e adaptação no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-26) Souza, Elvanio Costa de; Feres, José Gustavo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761673T2; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Coelho, Alexandre Bragança; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707938D3; http://lattes.cnpq.br/5065568119313029; Cirino, Jader Fernandes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757681Z9; Noronha, Kenya Valeria Micaela de Souza; http://lattes.cnpq.br/9239617064428614Evidências indicam que as emissões de gases de efeito estufa em decorrência das atividades humanas têm alterado o clima na terra e, como consequência, afetado a saúde humana, a agricultura, a silvicultura, as espécies/ecossistemas, o nível do mar, entre outros. O Brasil pode ser considerado uma área vulnerável aos impactos das mudanças climáticas sobre a saúde, dadas as suas características geográficas, seu perfil climático, sua grande população e seus problemas estruturais e sociais. Diante disso, este estudo teve por objetivo desenvolver uma estimativa parcial do impacto das mudanças climáticas sobre o bem-estar relacionado à saúde no Brasil. Inicialmente, procurou-se avaliar como variações na temperatura afetam a taxa de mortalidade da população e o consumo residencial de energia elétrica (devido ao uso de aparelhos que protegem a saúde), ajustando-se equações para dados em painel. A partir dos coeficientes estimados e de projeções climáticas, buscou-se prever qual será o impacto das mudanças climáticas sobre a mortalidade e o consumo residencial de energia elétrica nos próximos anos. Por fim, calculou-se a disposição a pagar/aceitar da população pelas mudanças climáticas. Os resultados mostraram que a relação mais clara entre temperatura e mortalidade se dá para as mortes relacionadas a problemas do aparelho circulatório. Os maiores impactos da temperatura sobre a taxa de mortalidade ocorrem entre as crianças e os idosos, especialmente do sexo masculino. Entre os idosos, o impacto de temperaturas mais altas sobre a taxa de mortalidade é positivo para as mulheres e negativo para os homens. As estimativas do número anual adicional de mortes nos períodos 2010-2039, 2040-2069 e 2070-2099 indicam que as mudanças climáticas afetarão principalmente as crianças com menos de um ano de idade, especialmente as do sexo masculino. Previu-se também que os meses mais quentes no futuro elevarão a mortalidade das mulheres em magnitudes bem superiores à dos homens. Isso se deve, em grande medida, à redução prevista da mortalidade entre os idosos do sexo masculino. Com exceção dos estados do Sul, que se beneficiarão com a redução do número de meses frios nas próximas décadas, as mudanças climáticas devem levar a um aumento da taxa de mortalidade em todos os outros estados, especialmente no Norte. Já a relação entre temperatura e consumo residencial de energia elétrica no Brasil é positiva e quase linear. Os maiores impactos das mudanças climáticas sobre o consumo de energia ocorrerão nos estados do Sul e Nordeste. Por conta das adaptações às mudanças no clima, o consumo residencial anual per capita de energia elétrica no Brasil deve crescer de 6 a 6,6% entre 2070 e 2099. Encontraram-se, ao calcular a disposição anual a pagar da população brasileira para evitar as mudanças climáticas, valores que variam de US$ 10,70 bilhões a US$ 108,31 bilhões (0,5% e 4,7% do PIB brasileiro em 2010, respectivamente). Dessa forma, os resultados mostraram que os impactos das mudanças climáticas sobre a mortalidade variam de acordo com o sexo, a idade e o local de residência, e que estes provavelmente seriam maiores sem o aumento no consumo de energia elétrica.Item Regulação e eficiência em cooperativas de crédito(Universidade Federal de Viçosa, 2011-01-31) Sucupira, Grazielle Isabele Cristina Silva; Reis, Brício dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761466Z0; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Braga, Marcelo José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798666D3; http://lattes.cnpq.br/9796496968062397; Gonçalves, Rosiane Maria Lima; http://lattes.cnpq.br/9727521548920368; Mattos, Leonardo Bornacki de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735944Y0As cooperativas de crédito são instrumentos capazes de promover o desenvolvimento local e cumprem o papel de inserção financeira da população, principalmente a de baixa renda. Como integrantes do sistema financeiro nacional, são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. Nos últimos anos, aconteceram diversas modificações na legislação voltadas às cooperativas de crédito com intuito de fortalecer e consolidar o segmento. A legislação visa a garantir a segurança do sistema financeiro, de seus participantes e da economia, trazendo benefícios tanto para a sociedade quanto para as instituições financeiras. Contudo, implica também custo para as cooperativas, na medida em que tem que se adaptar e seguir as exigências. Neste sentido, esta pesquisa teve como foco analisar a relação entre regulação e eficiência nas cooperativas de crédito do Sicoob. No capítulo 1, determinou-se o custo regulatório no qual as cooperativas incorrem devido ao cumprimento de exigências legais de 2004 a 2009. No capítulo 2, analisou-se a eficiência das cooperativas incluindo no modelo um produto indesejável que se refere à inadimplência, modelado por meio de uma abordagem da Análise Envoltória de Dados que incorpora estes outputs. Ainda neste capítulo, procedeu-se à análise dos determinantes da eficiência das cooperativas de crédito de 2004 a 2008, utilizando um modelo Tobit em painel. Os resultados indicaram um elevado custo regulatório entre as cooperativas, composto primordialmente pelo custo de oportunidade do capital da reserva de liquidez. Estes custos apresentaram aumentos progressivos no decorrer do período, sendo que grandes cooperativas tendem a ter maior custo que as pequenas. No tocante à eficiência, as cooperativas apresentaram escores médios de 0,80 nos anos em estudo implicando possibilidade de aumento dos produtos em 20% sem aumento nos insumos. Os principais determinantes da eficiência das cooperativas foram: taxa de dividendos , custo regulatório , taxa de inadimplência , número de associados , sendo que as duas últimas variáveis apresentaram relação positiva, na qual aumentos em seus valores elevam a eficiência, enquanto aumentos no custo regulatório e taxa de dividendos reduzem a eficiência das cooperativas. Além destas variáveis, foram identificadas diferenças de eficiência entre as cooperativas filiadas a determinadas centrais, ainda que as cooperativas de crédito rural, de livre admissão e de empregados privados sejam menos eficientes que as cooperativas de empresários. Pelos resultados obtidos, conclui-se que a regulação tem impactado negativamente a eficiência das cooperativas de crédito analisadas.Item Retornos da escolaridade no Brasil e regiões(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-09) Silveira, Glauber Flaviano; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silva, José Maria Alves da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793502U2; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780074U1; http://lattes.cnpq.br/9303058581414782; Rosado, Patrícia Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723673T4; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6Um dos determinantes do desenvolvimento econômico de uma nação é o capital humano, sendo a educação um fator crucial na composição deste processo. Dada a relevância do tema, grande número de trabalhos presentes na literatura tem centrado a atenção na determinação dos retornos da escolaridade. Verifica-se, entretanto, na literatura nacional, a predominância de estudos que contemplam em sua unidade de análise o Brasil como um todo ou um Estado (Paraná), em específico. Todavia, vale ressaltar que o Brasil constitui-se de cinco diferentes regiões, e que aspectos relacionados com as diferenças regionais, sociais, culturais, institucionais e econômicas devem ser considerados, principalmente quando se deseja obter maior acerto quanto às medidas implementadas. Neste sentido, no presente trabalho buscou-se avaliar os retornos da escolaridade no Brasil e em suas regiões, em 2009, bem como analisar de que modo o grau de instrução (fundamental, médio ou superior) afeta o retorno da escolaridade dos indivíduos do sexo masculino e feminino. A modelagem teórica utilizada para atender os objetivos propostos foi a equação de salários de Mincer (1958, 1974). Adicionalmente, utilizou-se o método de Heckman (1974, 1979), pois ele possibilita, por meio de um modelo de seleção amostral (Probit), a correção do viés de seleção das informações dos salários, e utilizam-se as variáveis escolaridade dos homens e das mulheres, experiência e dummies para identificar se o indivíduo é branco, sindicalizado, casado e se possui filhos. Os resultados evidenciaram que o retorno da escolaridade no Brasil é positivo, tanto para os homens quanto para as mulheres, o que sinaliza que a educação agrega retornos positivos ao salário. O retorno da escolaridade para os homens foi de 11,06% e para as mulheres de 9,89%, no período de análise. A variável experiência apresentou comportamento semelhante ao observado para a variável escolaridade, ou seja, ela foi positiva e significativa, o que evidencia que maior experiência leva ao aumento de salário, mas a taxas decrescentes, uma vez que o coeficiente da variável experiência ao quadrado foi negativo. A variável raça indicou que os trabalhadores brancos não ganham mais do que os não brancos, enquanto a variável sindicato indicou que os indivíduos que são associados a algum sindicato tendem a ter um retorno salarial maior em relação aos indivíduos não sindicalizados. Na análise em que foram destacadas as diferenças regionais, constatou-se a existência de heterogeneidade entre as regiões, sendo a região Norte a que apresentou o menor retorno da escolaridade e a região Centro-Oeste, o maior retorno. Além disso, os resultados regionais, quando se tem a influência do sexo, indicaram que os indivíduos do sexo feminino possuem taxas de retorno da escolaridade menores que as verificadas para os homens. Por fim, na análise por grau de instrução, verifica-se que os retornos da escolaridade são crescentes e o que o ensino superior é o que traz maior retorno salarial. Enquanto os primeiros quatro anos do ensino fundamental trazem um retorno de 6,35% (6,91%) para os homens (mulheres), o nível superior promove um retorno de 11,24% para os homens e 10,14% para as mulheres. A partir destes resultados, é possível sugerir aos formuladores de políticas públicas e às instituições privadas que especial atenção deve ser dada aos investimentos realizados no nível superior de ensino, de modo que a opção por aumentar o grau de instrução seja uma escolha mais atrativa para a população. Entretanto, isso não implica dizer que os níveis fundamentais e médios não necessitem de atenção, pelo contrário, é prudente investir nestes níveis para que mais indivíduos possam chegar ao nível superior. Com isto, haveria tendência de elevação da produtividade do trabalhador brasileiro e, consequentemente, aumento no crescimento da economia.