Agroecologia

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    Redesenho agroecológico de pastagens: efeito na qualidade do solo e na macrofauna edáfica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-06-28) Correa, Leandro Rodrigues da Cunha; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/0079916103336642
    A agricultura brasileira pouco utiliza os benefícios que a biodiversidade do solo pode proporcionar. O modelo de produção baseado em monoculturas e grande utilização de insumos pouco valoriza a biologia e a vida do solo. Mesmo em áreas de pastagens, onde o solo não é costumeiramente revolvido, o componente biológico tem sido negligenciado. As pastagens ocupam parte significativa das regiões do Brasil e, em sua maioria, estão sob algum estado de degradação. Sistemas silvipastoris têm sido apontados como alternativa para a transição agroecológica e o restabelecimento dos serviços ecossistêmicos associados a estes ambientes pastoris. Dentro da biologia do solo a macrofauna edáfica tem sido apontada com papel relevante na dinâmica da fertilidade e de outros atributos do solo devido a sua atuação funcional e de mobilização de matéria nas camadas superficiais do solo. Outros estudos indicam que a presença de árvores nos sistemas pastoris influencia positivamente na distribuição e dinâmica desses organismos edáficos. Adicionalmente, a macrofauna edáfica tem sido relacionada como um bom indicador de qualidade dos solos em processos participativos de pesquisa e de sensibilização de agricultores, por serem organismos visíveis a olho nu e por fazerem parte do cotidiano das pessoas. Diante do exposto, a presente pesquisa é centrada nas perguntas de como e por que o manejo agroecológico de pastagens favorece a atividade da macrofauna edáfica, e qual a percepção dos agricultores em relação a esses organismos. O objetivo geral do estudo foi avaliar a macrofauna edáfica em sistemas silvipastoris, em resposta ao manejo agroecológico de pastagens, bem como a compreensão dos agricultores familiares em relação a esses organismos. O estudo foi realizado em uma propriedade da agricultura familiar utilizada como modelo de implantação de piquetes para o manejo do rebanho bovino em sistema silvipastoril em bases agroecológicas, em Divino-MG. A pesquisa foi realizada considerando três capítulos. O primeiro capítulo objetivou sistematizar as atividades realizadas pelo projeto, bem como analisar as interações etnoecológicas desenvolvidas entre agricultor familiar e seu agroecossistema pastoril. O segundo capítulo avaliou como o piqueteamento das pastagens afeta a qualidade do solo e a riqueza e abundância da macrofauna edáfica em sistemas silvipastoris. No terceiro capítulo, o objetivo foi avaliar o efeito da presença de árvores nesses sistemas sobre a qualidade do solo e a dinâmica da macrofauna do solo. Todo o processo foi executado com a participação dos agricultores, que foram consultados sobre os nomes comuns e as funções dos organismos encontrados no solo. Análises físicas de solo foram executadas nas mesmas amostras utilizadas para a determinação da fauna, a fim de verificar as relações entre a macrofauna e as características do solo. Os resultados obtidos indicaram que o agricultor colaborador desta pesquisa conhece os macrorganismos edáficos que compõem os agroecossistemas em que trabalha, os nomeia e compreende suas funcionalidades ecossistêmicas. Ele é capaz de estabelecer critérios próprios para a execução do planejamento forrageiro por meio da observação da altura do capim de cada piquete e também para a inclusão de árvores na pastagem. Mesmo com pouco tempo de adoção, o redesenho agroecológico de pastagens influenciou alguns atributos associados à qualidade física do solo, e ainda a distribuição de macrorganismos edáficos nos agroecossistemas avaliados. Palavras-chave: Sistemas silvipastoris agroecológicos. Manejo agroecológico de pastagens. Biologia do solo.
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    Reuso direto de água cinza na agricultura: percepção de extensionistas rurais e proposta de dimensionamento de Círculo de Bananeiras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-11-08) Silva, Juliano Rezende Mudadu; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/8653207290166955
    O estudo foi motivado pelo direito humano ao acesso ao saneamento seguro, pela sustentabilidade da segurança hídrica, alimentar e nutricional e pelo desenvolvimento de sistemas agroalimentares mais resilientes. O objetivo geral foi investigar e contribuir com as estratégias para o uso sustentável da água cinza como recurso hídrico alternativo com a abordagem do saneamento ecológico, dentro de uma proposta de integração do saneamento à agricultura na recuperação de recursos. O estudo foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo teve como objetivos propor um modelo de dimensionamento de um projeto padrão para o sistema Círculo de Bananeiras, baseado no conceito de balanço hídrico, os fluxos de água cinza, chuva, infiltração e evapotranspiração. O dimensionamento do sistema considerou as áreas necessárias para os fenômenos da infiltração e evapotranspiração. Na determinação da área de infiltração foi considerada uma vala de forma cilíndrica, sendo determinadas a taxa de carga hidráulica e a taxa de percolação do solo. A taxa de evapotranspiração das bananeiras foi considerada na definição da área de evapotranspiração. Uma simulação teórica foi efetuada considerando a produção de água cinza por uma família de cinco pessoas, vivendo em um contexto de baixa renda e com escassez de água. Os resultados indicaram o potencial do modelo proposto para fornecer critérios para o projeto padrão. O segundo capítulo objetivou avaliar a aceitação e percepção de riscos e benefícios de técnicos de assistência rural de Minas Gerais para o reuso da água cinza como recurso hídrico alternativo na agricultura. Os resultados indicaram atitude positiva dos entrevistados em relação ao reuso da água cinza na agricultura. Mais de 80% dos técnicos acreditam na possibilidade de utilizar a água cinza como um recurso hídrico alternativo e apresentam disposição de realizar a prática. Apesar da percepção de possíveis riscos à saúde humana com a ingestão de alimentos crus, a maioria dos entrevistados acredita que é possível realizar o reuso de forma segura com a adoção de técnicas de irrigação e tratamento no local. Uma perspectiva positiva para o desenvolvimento de políticas públicas para o reuso de água no estado foi percebida entre os técnicos, especialmente nas regiões com histórico de escassez hídrica e em um contexto socioeconômico mais precário. Este estudo oferece contribuições às discussões relacionadas ao reuso da água na agricultura e subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas de reutilização de águas residuárias. Palavras-chave: Reuso. Evapotranspiração. Permacultura. Saneamento Ecológico.
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    Fortalecimento da agroecologia em uma escola do campo: diálogos a partir da qualidade do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-03-06) Teles, Sérgio Bernardes Sá; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://lattes.cnpq.br/1962702000811010
    A Agroecologia é uma abordagem transdisciplinar, participativa e orientada para ação, que visa à implementação de sistemas agroalimentares sustentáveis e regenerativos. O desenvolvimento de pesquisas participativas, que promovam trocas de conhecimento e de experiências é uma medida prioritária para fortalecer a transição agroecológica. Abordagens participativas em pesquisas de qualidade do solo são apontadas como ferramentas úteis para a avaliação e aprimoramento de sistemas agroecológicos de produção e construção do conhecimento agroecológico. A presente pesquisa teve como objetivo analisar a contribuição de metodologias participativas para o fortalecimento da Agroecologia, na escola família agrícola Mãe Jovina, no semiárido baiano, a partir da avaliação participativa da qualidade do solo. O trabalho foi realizado em duas etapas, envolveu educadores e estudantes do ensino médio integrado ao técnico e o estudo do solo de três agroecossistemas da escola, um sistema agroflorestal (SAF), uma área de monocultivo orgânico de Palma Adensada (PA) e uma área degradada (DE). O objetivo da Etapa I foi identificar as percepções dos participantes em relação à qualidade do solo e à Agroecologia, por meio de grupos focais, rodas de conversa e métodos participativos de avaliação da qualidade do solo. Também nesta etapa, amostras de solo dos horizontes A e B foram coletadas e levadas para análise química, física e microbiológica, em laboratório. Na Etapa II, os resultados das análises foram estudados, apresentados e discutidos coletivamente pelos próprios educadores e estudantes, por meio de dinâmicas em grupos. Os participantes foram instigados a propor práticas de manejo, capazes de promover a melhoria da qualidade do solo nos agroecossistemas, e a identificar os processos do solo favorecidos ou gerados por tais intervenções. A análise FOFA (fortalezas, oportunidades, fraquezas, ameaças) foi realizada em grupos com todos os participantes no intuito de identificar elementos estratégicos para o fortalecimento da Agroecologia na EFA. No Capítulo 1, buscou-se avaliar a contribuição das metodologias participativas na construção do conhecimento em solos; no apoio à tomada de decisão no manejo de agroecossistemas; e na melhoria de processos de ensino e aprendizagem em Agroecologia. Já o Capítulo 2 teve como objetivos avaliar, por meio da integração de métodos analíticos e participativos, a qualidade do solo nos três agroecossistemas estudados (SAF, PA e DE); e comparar os resultados dos testes de laboratório com os resultados dos métodos participativos de campo. Ao final desta dissertação, são apresentadas as considerações finais do trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Metodologias participativas. Solos. Agroecologia. Escola família agrícola. Semiárido.
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    Agricultura de montanha: qualidade dos solos em sistemas agroflorestais sintrópicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-04) Figueiredo, Luana de Pádua Soares e; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/3113872831492712
    Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) têm se destacado como uma estratégia na produção sustentável nos agroecossistemas tropicais, em especial quando associado à agricultura de montanha, e apresentando impactos positivos na conservação dessas áreas. Estudos sobre a qualidade do solo em SAFs são comuns, mas poucos são aqueles dedicados aos SAFS sob agricultura sintrópica. Diante do exposto, este estudo objetivou promover a sistematização de uma experiência de transição agroecológica para SAFs sintrópicos em uma propriedade de agricultura familiar localizada no entorno de uma Unidade de Conservação em área montanhosa e avaliar a qualidade dos seus solos. A cultura principal da propriedade é o cafeeiro, com produção voltada para um produto de maior qualidade. Especificamente objetivou i) compreender o contexto local, o histórico do uso e ocupação de uma propriedade rural, e o processo de transição agroecológica vivenciado; ii) identificar as espécies manejadas na propriedade nos diferentes sistemas sintrópicos conduzidos e suas funções para os agricultores; iii) identificar elementos orientadores para o uso da terra em regiões montanhosas; e iv) avaliar a qualidade física e química dos solos sob diferentes tipos de uso e manejo em ambientes montanhosos. Os tratamentos avaliados foram seis áreas de diferentes usos: três cafezais conduzidos em SAFs sintrópicos, com 4 anos (BIO 1), 3 anos (BIO 2) e 2 meses (BIO 3) de implantação; vegetação nativa (MATA) da Mata Atlântica; pastagem (PAST) e uma outra área vizinha de café convencional a pleno sol (CONV). Durante as visitas e por ocasião da sistematização, foram utilizadas a observação participante e conversas informais seguidas de anotações e relatorias, bem como a linha do tempo e a caminhada transversal, essas duas últimas técnicas de pesquisas do Diagnóstico Rural Participativo (DRP). A avaliação de indicadores físicos e químicos do solo foi conduzida por métodos de laboratório e campo. Para avaliar a qualidade física foram realizadas coletas amostras de solo na camada de 0 a 10 cm de profundidade para a avaliação da densidade do solo, macroporosidade e microporosidade, porosidade total, condutividade hidráulica e estabilidade de agregados. A resistência mecânica do solo à penetração (RP) foi avaliada até 40 cm de profundidade, com umidade e temperatura do solo sendo registrada de 10 em 10 cm de profundidade. As análises químicas de rotina foram realizadas em amostras de solo coletadas de 0 a 10 cm de profundidade. O carbono orgânico total (COT) e o estoque de carbono do solo foram avaliados até a 40 cm de profundidade. Os resultados indicaram que a transição agroecológica conduzida sob manejo sintrópico apresenta potencial para promover a conservação ambiental no entorno de Unidades de Conservação, proporcionando condições adequadas para a manutenção e o bem-estar da família dos agricultores, e aumentando a diversidade de espécies manejadas. Essa biodiversidade manejada pelos agricultores foi caracterizada pela presença de 19 espécies nos SAFs, em sua maioria com a finalidade de incremento do aporte de matéria orgânica para o solo. As áreas de SAFs sintrópicos mais antigas (BIO 1 e BIO 2) apresentaram maiores teores de matéria orgânica, maior estoque de carbono, e melhores indicadores químicos de fertilidade (saturação por bases, Ca, Mg e Al). Nessas mesmas áreas verificaram-se menor densidade do solo, maior volume de macroporos, e menor resistência do solo à penetração quando comparados às áreas CONV e PAST. Os resultados indicam o potencial do manejo agroflorestal sintrópico para a conservação de ambientes de montanhas que, associado com a produção de café de qualidade, são diferenciais ambientais e econômicos favoráveis para pequenos agricultores dessas regiões. Palavras-chave: Agricultura sintrópica. Física do solo. Transição agroecológica. Agricultura regenerativa. Coffea arabica.