Extensão Rural

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    O uso dos recursos naturais nas reservas extrativistas marinhas brasileiras e a transmissão do saber fazer tradicional da pesca artesanal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-09) Cardoso, Poliana Oliveira; Doula, Sheila Maria; http://lattes.cnpq.br/0348100009502110
    Muito se discute a respeito da sustentabilidade, dos limites do nosso padrão de crescimento e da forma como utilizamos nossa base de recursos naturais. Assim, temas como o Desenvolvimento Sustentável protagonizam campanhas publicitárias, programas de televisão, iniciativas individuais, produções acadêmicas, tudo devido à urgência de que toda comunidade mundial tenha consciência do assunto. No entanto, pouco refletimos a respeito dos desdobramentos de tentar alcançar o desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade na prática. Os governos, já há algumas décadas estão empreendendo esforços na tentativa de alcançar as diretrizes que resultam de cúpulas e convenções entre os países. Já avançamos em alguns pontos, isso é verdade, no entanto, ainda há a necessidade de marcar bem que ao tratar do Desenvolvimento Sustentável não precisamos preservar apenas os recursos naturais; talvez no passado tivéssemos este entendimento, mas na atualidade sabemos que para alcançar nossos objetivos precisamos também preservar o bem estar das pessoas. A Organização das Nações Unidas, em 2015, lançou 17 objetivos delineados para a promoção de uma vida digna, tema central de grande parte deles. Assim, dentro desta esteira de esforços para compreender melhor as implicações deste tema, este trabalho propõe a investigação sobre o Modelo das Reservas Extrativistas Marinhas brasileiras. O principal enfoque é verificar se tal modelo tem contribuído para a preservação não apenas da biodiversidade, mas também da cultura das populações de pescadores artesanais que vivem nestas áreas, sobretudo se oferecem boas perspectivas de continuidade para os jovens que vivem nestes territórios. Buscou-se, a partir de diferentes enfoques metodológicos: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo, construir um panorama socioeconômico e ambiental destas áreas a fim de compreender as possibilidades de subsistência e melhora de vida para as populações beneficiárias. A partir desse delineamento, esta tese foi construída em 6 capítulos: no primeiro são tratadas três dimensões importantes ao universo da pesca: o mar, a pesca artesanal e os pescadores. No capítulo 2 define-se o que é desenvolvimento, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, bem como as dimensões que compõem tais conceitos. O capítulo 3 apresenta o contexto mundial, como surgiram as Unidades de Conservação e as diferentes tentativas até se chegar à lei do SNUC que regulamenta as Reservas Extrativistas no Brasil. Inicia-se também neste capítulo o trabalho realizado com as informações do Banco de dados ICMBio/UFV com seis Reservas Extrativistas Marinhas, no qual são apresentadas as primeiras reflexões baseadas nos objetivos propostos. O capítulo 4 vai trazer o conceito de gerações, importante para que se possa compreender a profissão de pescador artesanal, assim como o entendimento de como acontece o processo de transmissão geracional. Discute-se temas essenciais para compreensão da realidade juvenil como identidade, campo de possibilidades e projeto de vida. No quinto capítulo é apresentado o universo empírico escolhido para esta pesquisa, a Resex-Mar de Arraial do Cabo no estado do Rio de Janeiro, bem como os pescadores e mulheres da pesca que fizeram parte da pesquisa. Por fim, no capítulo 6 são apresentadas as percepções e análises de dados de campo, relatos, falas dos pescadores sobre a pesca artesanal, a transmissão da profissão de pescador, o ser pescador dentro de uma área protegida, assim como as perspectivas para os jovens pescadores dentro da Resex-Mar. E por fim, as considerações finais expõem uma síntese dos resultados, bem como os avanços e impasses observados durante a pesquisa.