Biologia Animal

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    Descrição cariotípica de espécies dos Clados Astyanax e Probolodini (Characiformes, Characidae) em bacias costeiras do leste brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-09-10) Pinto, Mariane Alves Brito; Santos, Jorge Abdala Dergam dos
    Characidae é a maior família da ordem Characiformes e apresenta uma elevada diversidade de formas e ampla distribuição, o que gera dúvidas quando ao monofiletismo de diversos gêneros pertencentes a essa família. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar citogeneticamente representantes dos clados Astyanax e Probolodini das bacias costeiras do leste brasileiro. Foram utilizados coloração convencional (Giemsa) e marcadores citogenéticos moleculares (GA 15 e Ca 15 ) nas espécies Astyanax aff. fasciatus, Astyanax giton, Astyanax lacustris, Deuterodon pedri e Astyanax sp. 2. Todos os indivíduos analisados de A. aff. fasciatus apresentaram 2n = 48 cromossomos, com fórmula cariotípica de 8m+18sm+18st+4a. Para as demais espécies, o número diploide foi semelhante a 2n = 50 cromossomos, sendo observadas as seguintes fórmulas cariotípicas: A. giton 6m+12mt+10st+20a; A. lacustris 6m+20sm+18st+6a; D. pedri 12m+12sm+20st+6a; e Astyanax sp. 2 6m+14mt+14st+16a. Quanto ao padrão de hibridização das sondas GA 15 e Ca 15, essas foram encontradas amplamente distribuídas por todos os cromossomos do cariótipo das espécies analisadas, com um acúmulo preferencial nas regiões terminais e pericentroméricas, apesar de apresentarem perceptíveis diferenças no padrão de hibridização em cada espécie. Os resultados obtidos não permitiram a separação das espécies em clados distintos como proposto a separação de Astyanax e Probolodini. Portanto, se faz necessário o uso de sondas mais especificas para espécies do gênero Astyanax, assim como, um maior número de espécies analisadas concomitantemente, para que os dados citogenéticos sejam mais uma ferramenta que valide esses clados. Palavras-chave: DNA repetitivo. Citogenética. Osteichthyes
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    Filogeografia molecular e citogenética de populações de Lasiancistrus caucanus Eigenmann, 1912 na região Transandina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-03-09) Poveda Cuellar, Jose Luis; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://lattes.cnpq.br/0868991838377104
    Lasiancistrus caucanus Regan, 1904 (Loricariidae, Hipostominae, Ancistrini) é uma espécie com distribuição disjunta na região transandina. Lasiancistrus caucanus possui cerca de seis espécies nominais, sendo que apenas uma é reconhecida como válida (L. caucanus). L. planiceps, L. mayoloi e L. volcanensis são sinônimos de L. caucanus. Esta espécie é considerada um complexo de espécies sem variações morfológicas. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma avaliação molecular das relações evolutivas utilizado marcadores moleculares mitocondriais na região transandina e caracterização do cariótipo baseado na citogenética clássica (Giemsa e padrões heterocromáticos) e molecular (hibridização in situ fluorescente (FISH) de sondas repetitivas de DNA (CA 15 e GA 15 ) de uma população da bacia do Alto Magdalena, na Colômbia. Nossos resultados indicaram que L. caucanus é uma unidade monofilética na região transandina. Foram validadas três espécies que ocorrem ao longo da bacia do rio Magdalena (L. volcanensis), rio Cauca (L. caucanus) e rio Tuira/Bayano (L. planiceps), historicamente reconhecidas no complexo L. caucanus. Apresentamos o primeiro estudo citogenético para o gênero na região transandina, indicando um número cromossômico diploide 2n = 54 (24m + 18sm + 12st) com a ocorrência de um cromossomo metacêntrico (primeiro par) maior que os demais cromossomos homólogos. Palavras-chave: Citogenética. Filogenia. Loricariidae. Transandina.
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    Análises citogenéticas em duas espécies do gênero Astyanax Baird & Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes) nas bacias dos rios Paraíba do Sul e Itabapoana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-10-16) Pinho, Frederico Machado de; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://lattes.cnpq.br/9493653461896065
    O gênero Astyanax, o mais diverso da família Characidae, possui 146 espécies válidas que constituem um grupo bastante complexo do ponto de vista taxonômico e citogenético. Dentro deste táxon, dados morfológicos, citogenéticos e moleculares sugerem a existência de complexos de espécies, exemplificados nos grupos Astyanax fasciatus, Astyanax bimaculatus, Astyanax scabripinnis e Astyanax hastatus. Esses complexos são caracterizados por grandes variações nas suas fórmulas cariotípicas, números diploides, morfologias cromossômicas, padrões de bandeamento C e regiões organizadoras de nucléolos (RONs). Esse trabalho caracterizou citogeneticamente duas populações de Astyanax de bacias costeiras: uma população de Astyanax intermedius proveniente da sub-bacia rio Preto, bacia do rio Paraibuna na bacia do rio Paraíba do Sul, em Minas Gerais e Astyanax taeniatus proveniente da bacia do rio Itabapoana nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foram utilizadas técnicas de citogenética clássica: coloração convencional (Giemsa), Banda C e AgNOR, além de técnicas citogenéticas moleculares: hibridização in situ fluorescente (FISH) com sondas 18S e 5S rDNA e de DNA repetitivo GA (15) e CA (15) . Ambas as espécies analisadas apresentaram número diploide 2n = 50; o estado de caráter mais comum dentro do gênero; Astyanax intermedius apresentou fórmula cariotípica 6m + 8sm + 4st + 32a e Astyanax taeniatus apresentou 6m + 8sm + 36a. Em Astyanax taeniatus, a banda C evidenciou pouca heterocromatina e as marcações foram predominantemente nas regiões subteloméricas em cromossomos meta e sub-metacêntricos, e na região pericentromérica de alguns cromossomos acrocêntricos; características que a diferenciam de outras espécies do gênero, as quais em geral apresentam marcações nas regiões distais dos braços longos e nas regiões pericentroméricas dos cromossomos. As marcações com AgNOR, nesta espécie, foram múltiplas e variáveis, variando entre quatro e dez marcações, padrão também observado em outras espécies de Astyanax, mesmo que, em algumas espécies essa marcação se apresente em apenas um par. Os padrões de FISH obtidos com sondas 18S e 5S rDNA, apresentaram marcações múltiplas em Astyanax taeniatus, acumuladas em quatro e cinco pares cromossômicos, respectivamente, uma característica comum em Astyanax. Dez marcações com a sonda 5S rDNA também foram observadas em outras espécies do gênero, embora que um número menor de marcações também aconteça com outros Astyanax. Ocorreu sintenia entre essas duas sondas no par 12, um caráter compartilhado com outras espécies do gênero. As marcações da sonda 18S rDNA confirmaram parcialmente as marcações AgNOR, uma vez que com o tratamento com o nitrato de prata foram evidenciadas marcações adicionais. As sondas de DNA repetitivo GA (15) e CA (15) ocorreram predominantemente nas regiões subteloméricas e pericentroméricas em cromossomos metacêntricos e submetacêntricos; nos cromossomos acrocêntricos, as marcações ocorreram nas regiões subteloméricas e pericentroméricas em ambas as espécies, além de marcações intersticiais em Astyanax taeniatus, padrão similar ao observado em Astyanax taeniatus da bacia do rio Doce. Estes resultados corroboram a grande diversidade citogenética e grande complexidade existente dentro do gênero Astyanax nas bacias costeiras do sudeste brasileiro.
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    Filogeografia cariotípica e molecular de Geophagus brasiliensis (QUOY & GAIMARD, 1824) (Perciformes: Cichlidae) nas bacias do sudeste brasileiro: subsídios para a biogeografia histórica do táxon
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-10-16) Silva Neto, Ariana da; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://lattes.cnpq.br/4688842407763085
    Uma das espécies de ciclídeos que possui ampla distribuição nas bacias hidrográficas brasileiras é o Geophagus brasiliensis, popularmente conhecido como "acará" ou "cará", ocorrendo nas drenagens costeiras do leste e sul do Brasil e no Uruguai. A primeira descrição cariotípica dessa espécie foi realizada em 1977, desde então, outras populações de diferentes localidades foram analisadas e todas elas mostraram número diploide igual a 48 cromossomos (2n=48), entretanto, as morfologias cromossômicas apresentam variações no cariótipo e no número fundamental. A análise cariotípica de Geophagus brasiliensis foi realizada em 112 espécimes de quatro populações das bacias do Paraíba do Sul e Itabapoana. Foram usadas as técnicas de coloração convencional com Giemsa, NORs e hibridização in situ fluorescente (FISH) com as sondas de rDNA 18S e 5S e com a sonda de DNA repetitivo CA (15) . O número diploide foi 2n= 48 cromossomos, com variação no número fundamental NF= 52 ou NF= 56. Foram observadas três fórmulas cariotípicas diferentes: 4sm +28st +16a foi encontrada na localidade do rio Itabapoana-PCH Calheiros (bacia do Itabapoana); nas localidades rio Preto (bacia do Itabapoana) e rio Pinho (bacia do Paraíba do Sul) foi encontrada a fórmula 4sm+ 18st+ 26a; e a terceira fórmula cariotípica 8sm +12st +28a foi encontrada na localidade rio São Francisco do Glória (bacia do rio Paraíba do Sul). O número de NORs teve variação intrapopulacional, predominando indivíduos com marcação em um par cromossômico. A sonda de rDNA 18S confirmou o padrão obtido com o bandeamento NOR, exceto em uma população que o número de marcações de 18S foi menor que o das NORs. A localização da sonda de rDNA 5S manteve-se conservada em todas as amostras. As marcações utilizando a sonda de DNA repetitivo CA (15) , no geral, ocorreram nas regiões terminais dos cromossomos, com algumas marcações difusas ao longo dos cromossomos de todas as populações. Os resultados obtidos sugerem que os cariótipos com o primeiro par cromossômico heteromórfico estão restritos à bacia do rio Doce e que a bacia do Paraíba do Sul apresenta três citótipos alopátricos, diferindo no número de cromossomos submetacêntricos e no número de subtelocêntricos/acrocêntricos. As Análises filogenéticas e de máxima verossimilhança foram realizadas com base em um fragmento do gene COI. As hipóteses filogenética indicou a existência de dois haplogrupos (I e II) com bom suporte estatístico, e um terceiro haplogrupo (III), com baixo suporte. O haplogrupo I reuniu as populações das localidades das bacias dos rios Doce, Paraíba do Sul, Itabapoana e São Francisco. O haplogrupo II reuniu os espécimes do rio Mucuri e da bacia do Rio Doce. O haplogrupo III foi exclusivamente formado por amostras da bacia do Paraíba do Sul. A análise de variância molecular (AMOVA) mostrou que ocorre mais variação entre as populações dentro das bacias, do que dentro de cada população, com um valor de Fct não significativo de variabilidade entre as bacias. Com base nestes resultados, observa-se que a distribuição de G. brasiliensis nas bacias costeiras do sudeste brasileiro envolveu mais dispersão e menos vicariância do que uma espécie obrigatória de água doce, como Hoplias malabaricus.
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    Análise citogenética comparativa de três subfamílias de hilídeos (Amphibia: Anura) do Estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-22) Souza, Késsia Leite de; Dergam, Jorge Abdala; http://lattes.cnpq.br/0650770779750374
    Estudos citogenéticos com os gêneros Aplastodiscus, Boana, Bokermannohyla, Ololygon, Scinax e Dendropsophus envolvem a descrição de cariótipo explorando técnicas clássicas, como coloração convencional, banda-C, bandamento com fluorocromos (DAPI/CMA 3 ), NOR e técnicas moleculares, como o FISH com sondas teloméricas, sondas espécificas, de rDNA 18S e poucos utilizando microssatélites. O objetivo desse estudo é a descrição do cariótipo de oito espécies ainda não cariotipadas, sendo essas: Aplastodiscus cavicola, A. weygoldti, Aplastodiscus sp. 4, Aplastodiscus sp. 6, Bokermannohyla ibitipoca, Ololygon luizotavioi, Dendropsophus bipunctatus e D. ruschii, identificação de NORs e o mapeamento físico dos microssatélites CA (15) e CAT (10) , afim de inferir sobre a evolução cromossômica nas subfamílias Cophomantinae, Scinaxinae e Dendropsophinae. O número diploide 2n= 18 cromossomos, assim como a marcação da NORs no par cromossômico 9, foi encontrado para Aplastodiscus cavicola, Aplastodiscus sp. 4 sendo que ambas tiveram fómulas cariotípicas 6m+12sm, ao passo que Aplastodiscus sp. 6 4m+10sm+2st, em oposição A. weygoldti mostrou 2n= 22 cromossomos classificados em 14m+6sm+2st e a NOR evidenciada no par de cromossomos 6. Enquanto, as espécies Bokermannohyla ibitipoca e Ololygon luizotavioi apresentaram 2n= 24 cromossomos, sendos suas fórmulas cariotípicas e marcações de NORs: 20m+2sm+2st/ NOR: par cromossômico 12 e 8m+12sm+4st/ NOR: par cromossômico 9, respectivamente. Enquanto as espécies com 2n= 30 cromossomos, Dendropsophus bipunctatus e D. ruschii tiveram 12m+12sm+4st+2t e 10m+10sm+6st+4t, nessa ordem e NORs no par de homólogos 13. Os microssatélites CA (15) e CAT (10) marcaram em blocos nas regiões centroméricas, pericentroméricas e terminais dos cromossomos em todas as espécies analisadas, sendo tais marcações pontuais nos cariótipos de algumas espécies, e em outras as marcações apresentaram-se dispersas ao longo dos cromossomos. Esses resultados demonstraram que esses microssatélites são marcadores para algumas espécies, como por exemplo, em D. elegans, O. carnevalli e Boa. pardalis, o que propiciou o entendimento de possíveis rearranjos cromossômicos. A inclusão de novos cariótipos em Aplastodiscus permitiu uma melhor caracterização dos números diploides e a visualização de um novo evento de fissão cromossômica no gênero de 2n= 18 para 2n=22 cromossomos. Desse modo, nosso estudo ampliou o conhecimento sobre a evolução cromossômica em Hylidae, compreendendo melhor as particularidades cariotípicas de cada espécie analisada devido a utilização de mais ferramentas citogenéticas.
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    Análise citogenética de Thrichomys apereoides (Lund, 1839) E Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845) (Rodentia, Echimydae) provenientes do Estado de Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-10-19) Rabelo, Pedro Henrique Fonseca; Giúdice, Gisele Mendes Lessa Del; http://lattes.cnpq.br/1666065387067326
    A família Echimyidae é uma das famílias de maior diversidade taxonômica, morfológica e ecológica dentre os roedores, com 20 gêneros e 90 espécies válidas. Os roedores possuem alta variabilidade cariotípica, permitindo que os dados citogenéticos contribuam com a descoberta de novas espécies ou de grupos de espécies mais aparentadas, além de permitirem estudos de variação geográfica intra-específicos. O seguinte trabalho teve como objetivo realizar o estudo citogenético em Kannabateomys amblyonyx (N=2) em Minas Gerais e a descrição cariotípica da população de Thrichomys apereoides (N=10) coletado em Lagoa Santa (MG). Foram realizadas as técnicas de coloração com Giemsa, bandeamento CBG, Ag-NOR e hibridizações in situ (FISH) com sondas de DNAs repetitivos microssatélites GA (15), CA (15) e CAA (10) em K. amblyonyx e GA (15), CGG (10) e GAG (10) em T. apereoides. Kannabateomys amblyonyx apresentou 2n=98 cromossomos, com 13 pares metacêntricos, 2 submetacêntricos e 33 acrocêntricos, X metacêntrico e Y acrocêntrico. Thrichomys apereoides apresentou 2n=28, com 11 pares de metacêntricos, 1 submetacêntrico, 1 acrocêntrico, X acrocêntrico e Y submetacêntrico. A Ag-NOR apresentou marcação telomérica no par 8 em K. amblyonyx e na constrição secundária do par 2 em T. apereoides. O bandeamento CBG apresentou padrões de heterocromatina nas regiões pericentroméricas dos autossomos e o Y totalmente heterocromático em ambas as espécies, marcação pericentromérica no cromossomo X de K. amblyonyx e intersticial em T. apereoides. Todas as sondas de DNA microssatélite se acumularam em regiões intersticiais em diferentes pares cromossômicos em K. amblyonyx, enquanto T. apereoides apresentou padrões geralmente associados às regiões heterocromáticas. Os resultados ampliaram o conhecimento citogenético das citadas espécies, com rearranjos como fusões/fissões e inversões sendo importantes nas mudanças cariotípicas de ambas as espécies. A adição de novas técnicas de bandeamento e hibridização permitiu comparações citogenéticas com grupos mais próximos, definindo os caminhos da evolução cromossômica de ambas as espécies.
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    Comparação citogenética entre populações de Prochilodus argenteus Spix & Agassiz, 1829 (Characiformes, Prochilodontidae) a montante e a jusante da UHE de Três Marias, Bacia do São Francisco, Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-24) Ferreira, Frederico Fernandes; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://lattes.cnpq.br/3300131731184184
    Prochilodus argenteus, a curimatá-pacu, juntamente com a sua espécie irmã, Prochilodus costatus, representam cerca de 50% da biomassa total da pesca, sendo as espécies migratórias mais abundantes na região de Três Marias e ambas endêmicas da bacia do rio São Francisco. A construção de hidrelétricas altera o ambiente e o fluxo gênico entre populações que podiam não estar isoladas no passado. Desta forma, o objetivo deste estudo foi verifica se existem diferenças citogenéticas entre populações de Prochilodus argenteus que podem ter ficado isoladas pela barragem de Três Marias, bacia do rio São Francisco, Minas Gerais, Brasil, desde final da década de 1950. Foram coletados 44 espécimes: 14 a montante da represa, perto da cidade de Iguatama, e 30 a jusante (24 no Refugio Estadual da Vida Silvestre do rio Pandeiros e seis no município de Três Marias). O número diploide de 2n=54 e a fórmula cariotípica 40m + 14sm foram encontrados em todos os indivíduos. Em ambas as populações foram encontrados os seguintes padrões: a banda C apresentou blocos heterocromáticos centroméricos em todos os cromossomos, além de um bloco adicional pericentromérico no segundo par metacêntrico; a Ag-NOR evidenciou marcações simples no segundo par metacêntrico, coincidindo com a constrição secundária. Em aproximadamente 5% das metáfases ocorreu uma terceira marcação na região terminal de apenas um cromossomo. A técnica de Fluorescent in situ Hybridization (FISH) utilizando as sondas 18S e 5S rDNA evidenciou sintenia destas regiões no segundo par metacêntrico, coincidentes com a NOR e a constrição secundária. As sondas repetitivas (GA) 15 e (CA) 15 apresentaram marcações na região telomérica de todos os cromossomos e a sonda (CA) 15 evidenciou blocos na região pericentromérica no quarto par metacêntrico, sugerindo a ocorrência de inversão cromossômica. As sondas (CAA) 10 e (CAT) 10 apresentaram marcação na região telomérica na maioria dos braços cromossômicos e, de forma mais difusa, ao longo de alguns cromossomos. Com base nestes padrões, conclui-se que as populações, hoje isoladas pela UHE de Três Marias desde a década de 50, não sofreram diferenciação citogenética e podem ser consideradas como uma população única.
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    Citogenética de populações de Prochilodus costatus Valenciennes, 1849 (Characiformes: Prochilodontidae) da bacia do rio São Francisco, Minas Gerais, Brasil: primeira descrição de cromossomos supranumerários nessa espécie
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-24) Melo, Silvana de; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://lattes.cnpq.br/6014566722357174
    A família de peixes migratórios Prochilodontidae é constituída de 21 espécies distribuídas em três gêneros, sendo o gênero Prochilodus o mais diverso, com 13 espécies de ampla distribuição na América do Sul. Os estudos citogenéticos indicam que o gênero Prochilodus apresenta alta uniformidade cromossômica; todas as espécies partilham o mesmo número diploide e a mesma fórmula cariotípica. Este estudo teve como objetivo o estudo populacional para verificar o grau de variação cromossômica entre populações de P. costatus isoladas pela barragem de Três Marias construída no final da década de 1950, utilizando técnicas de citogenética clássica: coloração convencional (Giemsa), Banda C para evidenciar regiões ricas em heterocromatina, Cromomicina A3 (CMA3) para realçar regiões ricas em GC e Ag-NOR para revelar regiões organizadoras de nucléolo. As técnicas de citogenética molecular incluíram fluorescência in Situ (FISH) com sondas de rDNA SS e 18S, de DNA repetitivo (GA)15, (CA)15, (CAA)10, (CAT)10. Sondas obtidas do cromossomo supranumerário ou B de P. costatus, foram hibridizadas no material cromossômico. Trinta e cinco indivíduos de P. costatus foram coletados, 17 amostras a montante e 18 a jusante da barragem. Aproximadamente 620 metáfases foram analisadas. As amostras analisadas apresentaram um número diploide de 54 cromossomos, com fórmula cariotípica 4om+14sm. Doze indivíduos a montante e seis a jusante apresentaram cromossomos Bs. A técnica de bandamento C revelou marcações pericentroméricas em todos os cromossomos e um bloco adicional na região intersticial do braço maior do segundo par de cromossomos metacêntricos; o cromossomo E se mostrou inteiramente heterocromático. O fluorocromo CMA3 revelou que o braço maior do segundo par cromossômico é rico em GC, além disso foi detectada outra marcação no décimo sexto par cromossômico, localizada na região intersticial do braço menor. Através da técnica de impregnação por prata foi possível detectar regiões ativas de NOR no segundo par cromossômico, porém, um indivíduo coletado a montante apresentou uma marcação adicional na região terminal no braço maior de um homólogo do oitavo par de cromossomos. As sondas de rDNA SS e 188 marcaram em sintenia no braço maior do segundo par de cromossomos. Através da sonda 18S, confirmou-se a variação na NOR no indivíduo localizado a montante da barragem, além de uma marcação na região terminal do braço menor de um dos homólogos do par cromossômico 4. As sondas de DNA repetitivo se apresentaram predominantemente como marcações subteloméricas em todos os cromossomos, com algumas variações de padrão da sonda (CA)15 em um individuo localizado a montante. O cromossomo supranumerário de amostras a montante e jusante apresentou também marcações com a sonda (CA) 15. A sonda do cromossomo B revelou marcação apenas no cromossomo supranumerário de P. costatus, evidenciando que este cromossomo não se originou do complemento A ou que se originou a partir deste complemento, mas sofreu evolução independente, acumulando regiões heterocromáticas para a estabilização. O padrão obtido para o SS e 188 é o mesmo encontrado em estudos anteriores indicados no gênero, porém o polimorfismo encontrado apenas no indivíduo a montante é inédita e indica que existem diferenças estruturais entre as amostras analisadas. Concluiu-se que os padrões espaciais dos polimorfismos cromossômicos sugerem que as populações encontradas a montante e a jusante da UHE não são citogeneticamente homogêneas.
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    Análise cariotípica de saguis híbridos do gênero Callithrix no sudeste brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-15) Novaes, Camila Moura; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Silva, Ita de Oliveira e; http://lattes.cnpq.br/2393397917711039; http://lattes.cnpq.br/3274401985865525; Faria, Michel Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737709H5
    O gênero Callithrix possui seis espécies distribuídas no bioma Mata Atlântica, desde o nordeste brasileiro até o norte do estado de São Paulo, e em regiões dos biomas Cerrado e Caatinga. Indivíduos híbridos já foram registrados em condições de cativeiro e em zonas de contato naturais entre algumas das espécies do gênero. Estudos com citogenética convencional foram realizados com as espécies do gênero Callithrix, porém, não há na literatura, trabalhos com citogenética molecular através da técnica de FISH (hibridização fluorescente in situ) que utilizam sondas de DNA repetitivo. Esta técnica pode fornecer uma ferramenta rápida, precisa e econômica para definir a estrutura e revelar a organização e evolução do genoma das espécies. O objetivo deste trabalho foi analisar citogeneticamente animais (N = 7, sendo quatro machos e três fêmeas), a partir de preparos da medula óssea, provenientes da Ilha D Água no estado do Rio de Janeiro, considerados híbridos das espécies introduzidas C. jacchus e C. penicillata, usando técnicas de coloração convencional, Ag-NOR e Bandeamento C e coloração com sondas de fluorocromos de DNA repetitivo. Os espécimes apresentaram 2n=46, e fórmula cromossômica 10m+18sm+2st+14t de cromossomos autossomos com NF=77 para machos e NF=78 para fêmeas. Embora o número diplóide seja consistente com o padrão descrito para o gênero, é proposta uma fórmula cromossômica e um número fundamental que não são indicados na literatura. A forma do cromossomo Y foi semelhante à esperada em C. aurita, a qual é nativa na região. A coloração Ag-NOR marcou a constrição secundária do braço curto de dois pares de cromossomos, semelhante ao padrão já descrito para as outras espécies exceto em C. jacchus, que apresenta também marcações de NOR no cromossomo Y. O bandeamento C marcou a região centromérica dos cromossomos, corroborando a homogeneidade observada nas espécies puras. O microssatélite GA(15) marcou regiões nos cromossomos telocêntricos, pares 16, 17, 20 e 21, além de apenas um membro dos pares cromossômicos 8 e 15, sugerindo a natureza híbrida destes pares de homólogos. O microssatélite CA(15) apresentou sinais nos centrômeros de dois pares de cromossomos telocêntricos e no braço longo de um par de cromossomos subtelocêntricos, sendo o sinal de um dos homólogos, aparece mais forte. O microssatélite CAT(10) apresentou sinais mais fortes, preferencialmente nas regiões teloméricas dos braços longos de cromossomos metacêntricos e subtelocêntricos. O par 4 de cromossomos metacêntricos apresentou sinais em seus quatros braços. O microssatélite CGG(10) apresentou sinais no centrômero de quatro pares de cromossomos telocêntricos, e o GAG(10) apresentou sinais em um par de cromossomos telocêntricos. Os microssatélites A(30), C(30), GC(15), TA(15) e TAT(10), CAA(10),e CAG(10) não apresentaram sinais em nenhum cromossomo. A marcação de DAPI apresentou sinais como blocos grandes nos cromossomos autossomos e não coincidiram com regiões heterocromáticas. Os caracteres cariotípicos sugerem que os híbridos apresentam mais de duas espécies parentais. E este é o primeiro trabalho de mapeamento cromossômico utilizando sondas de sequências repetidas de DNA em saguis.
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    Estudos citogenéticos em peixes do gênero Astyanax (Teleostei, Characiformes) das bacias dos rios Paraguai, Araguaia e Alto Paraná
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-14) Giongo, Patrícia; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; http://lattes.cnpq.br/8743415674718184; Sousa, Alexandre Benvindo de; http://lattes.cnpq.br/8515538095145076
    O gênero Astyanax inclui peixes de pequeno porte até 200 mm, vulgarmente conhecido como lambaris, comuns nas bacias hidrográficas neotropicais.As últimas revisões registram mais de 100 espécies nas águas continentais brasileiras para o gênero Astyanax, com relações filogenéticas indeterminadas dentro da família Characidae. Este gênero revela espécies morfologicamente muito semelhantes e com grande variabilidade cariotípica dentro e entre bacias hidrográficas, formando um grupo altamente complexo ao nível taxonômico e citogenético, o que foi interpretado como evidência de existência de complexos de espécies dentro do gênero. Este trabalho teve por objetivo utilizar ferramentas da citogenética para estudar populações do complexo Astyanax bimaculatus em três bacias adjacentes brasileiras: no rio Meia Ponte (Bacia do Alto Paraná), no rio Mutum (Bacia Araguaia) e no córrego São José e rio Sepotuba (Bacia do Alto Paraguai). Os estudos cromossômicos seguiram os protocolos básicos para as principais técnicas citogenéticas As populações estudadas de Astyanax altiparanae, Astyanax aff. argyrimarginatus e Astyanax asuncionensis apresentaram número diplóide de 2n=50 e apenas uma população de A. asuncionensis do córrego São José apresentou 2n=48. Nenhuma das populações estudas apresentaram diferenciação de cromossomos sexuais.Os resultados encontrados demonstraram pequenas variações cariotípicas entre as populações das três bacias que sugerem a influência seletiva ou de gargalos derivados da complexa história de eventos de dispersão e vicariância característicos dessa região.