Biologia Animal

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    Maloclusão e traumas dentários em quatis (Nasua nasua: Linnaeus, 1766) de vida livre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-29) Cesário, Clarice Silva; Rossi Júnior, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4254172E1; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Souza, Vanner Boere; http://lattes.cnpq.br/1874149140028384; http://lattes.cnpq.br/6216272385915533; Bianchi, Rita de Cássia; http://lattes.cnpq.br/3843422130149035
    As características físicas, químicas e microbiológicas dos alimentos são os fatores predisponentes mais importantes no desenvolvimento de algumas alterações odontológicas. Avaliaram-se alterações odontológicas em três populações de quatis (Nasua nasua) de vida livre sob diferentes graus de interferência antrópica. Os quatis foram capturados e sedados com cloridrato de cetamina (100 mg/ml na dose de 15 mg/kg) e xilazina (1% na dose 1 mg/kg). Realizou-se exame físico, da cavidade oral e aferições biométricas, além de classificação etária. Os acometimentos orais de cada indivíduo foram pontuados, obtendo-se índices de intensidade (INT). As afecções encontradas foram agrupadas conforme a sua etiopatogenia em: anomalias (apinhamento, ausência dentária, giroversão e diastema) - lesões preditivas de maloclusão - e traumas (fratura, escurecimento e desgaste). No total, 49 quatis foram capturados. O impacto antrópico foi estimado pelo fluxo relativo de visitantes nos sítios de pesquisa, sendo considerado: maior no Parque das Mangabeiras (PM), moderado no Parque Nacional do Caparaó (PNC) e menor na Estação Ecológica Água Limpa (EEAL). Giroversão (89,8%) e desgaste moderado (97,9%) – graus 1 e 2 - foram comuns nos quatis de todas as populações. O índice de intensidade de anomalias foi maior na EEAL (INT A, EEAL = 12,4) e no PM (INT A, PM = 11,4). A marcada ausência dentária nos indivíduos senis da EEAL o superestimou nesta população (INT A sub, EEAL = 3,8; INT A ad, EEAL = 21). Em indivíduos de idades avançadas os ligamentos periodontais estão enfraquecidos, podendo resultar em perdas dentárias. No PM a maloclusão foi prevalente e de intensidade semelhante em quatis de todas as idades, muito provavelmente devido à herança genética. Fraturas complicadas (18,4%) – graus 2 e 3 - e desgastes severos (22,0%) – graus 3 e 4 -, bem como a intensidade dos traumas, prevaleceram nas populações da EEAL e do PNC (INT T, PNC = 29,7 e INT T, EEAL = 54,2). Este achado corrobora com a hipótese de que animais submetidos ao menor impacto humano utilizam mais intensamente os recursos alimentares disponíveis no ambiente selvagem, os quais são duros e abrasivos. As superfícies arredondadas dos dentes fraturados e os desgastes severos nos quatis de idade avançada destes locais demonstram sua adaptação para o uso intenso e continuado. Isto contraria as expectativas de que os indivíduos senis seriam encontrados no PM, já que a farta disponibilidade de recursos relacionados a humanos no local compensaria a “inaptidão” dos dentes afetados. A maloclusão foi comum, mas em condições não preocupantes, e por isso talvez não tenham causado danos diretos à saúde geral. Entretanto, não se pode dizer o mesmo em médio e longo prazo, porque elas predispõem a afecções secundárias, como a doença periodontal. Alterações traumáticas leves e moderadas também foram comuns, enquanto que as severas afetaram os quatis mais velhos e também os sob menor interferência antrópica. A ausência de anormalidades nos parâmetros físicos, os sinais de uso contínuo dos dentes e a presença de indivíduos senescentes, sugeriram que os quatis estiveram adaptados às condições de uso severo dos dentes. A disponibilidade do lixo não foi o fator responsável por esta adaptação e também não garantiu maior expectativa de vida.
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    Níveis de inclusão de L-Glutamina em dietas para juvenis de trairão (Hoplias lacerdae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-06) Ramos, Alfredo Rubén Palomino; Furuya, Wilson Massamitu; http://lattes.cnpq.br/5043541966109135; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Salaro, Ana Lúcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767878T2; Veras, Galileu Crovatto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4584261T1
    A determinação das exigências nutricionais por aminoácidos para cada espécie animal, e seus efeitos sobre o crescimento e a composição corporal, assim como sobre a qualidade da carne, é de fundamental importância para se estabelecer dietas de alto valor nutricional. A glutamina é um aminoácido do grupo dos aminoácidos não essenciais, em função dos animais terem a capacidade de sintetizá-la. Estudos recentes evidenciaram que a glutamina pode ser considerada condicionalmente essencial, ou seja, essencial quando os peixes são submetidos a situações de desafios, onde ocorre elevada degradação proteica. A glutamina participa de importantes funções metabólicas como a síntese dos nucleotídeos purina e pirimidina, o transporte e doação do nitrogênio, a regulação do equilíbrio ácido-base, a integridade tecidual, além de estimular a síntese proteica muscular. A glutamina também atua no desenvolvimento de células intestinais, estimulando o desenvolvimento das vilosidades, promovendo aumento na superfície de contato do intestino, melhorando a digestão e a absorção dos nutrientes pelo intestino e consequentemente o ganho de peso dos animais. Assim, com o presente estudo objetivou-se avaliar a utilização de L-glutamina em dietas para juvenis de trairão (Hoplias lacerdae). Este projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de Viçosa CEUA/UFV, como parte do processo No 24/2013. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos (0,0; 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10,0 g/kg de L-glutamina) e cinco repetições. Quinhentos e dez juvenis de trairão com peso médio de 1,69 ± 0,10 g e comprimento xiipadrão médio de 4,67 ± 0,10 cm, previamente condicionados a aceitar dietas artificiais, foram distribuídos em 30 aquários circulares de polietileno (100 L) contendo 20 litros de água, em sistema de recirculação, na densidade de 0,85 peixe/litro. Os peixes dos diferentes tratamentos foram alimentados até a saciedade nos horários de 8, 12 e 18 horas. Ao final do experimento, 12 semanas, foram avaliados os seguintes parâmetros de desempenho produtivo: taxa de sobrevivência, ganho de peso, ganho de comprimento, conversão alimentar, taxa de crescimento específico, taxa de eficiência proteica, uniformidade de comprimento e de peso final, rendimento de carcaça, comprimento do intestino, e os índices viscerossomático, hepatossomático e intestinossomático. Também foi avaliada a composição química das dietas e dos peixes, em relação aos teores de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, cinzas totais e energia bruta, e o perfil de aminoácidos das dietas. Amostras da parte mediana e posterior do intestino dos peixes foram coletadas para análises histomorfométricas, quando foi mensurada a espessura da túnica muscular, e as medidas de altura, espessura da base e espessura mediana das vilosidades. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA, P<0,05), e em caso de diferenças significativas, foi realizado análise de regressão polinomial (P <0,05). Não houve diferença significativa entre os níveis de glutamina da dieta e os parâmetros de desempenho produtivo e de composição química dos peixes. Houve efeito quadrático apenas para a altura das vilosidades da porção mediana e para a espessura da túnica muscular das duas porções do intestino dos peixes dos diferentes tratamentos. Os níveis de glutamina que proporcionaram os maiores valores para esses parâmetros foram estimados em 5,42 g/kg, 5,40 g/kg e 5,21 g/kg, respectivamente. Conclui-se que a suplementação de L-glutamina para juvenis de trairão encontra-se na faixa de 5,21 a 5,42 g/kg.
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    Análise cariotípica de saguis híbridos do gênero Callithrix no sudeste brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-15) Novaes, Camila Moura; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Silva, Ita de Oliveira e; http://lattes.cnpq.br/2393397917711039; http://lattes.cnpq.br/3274401985865525; Faria, Michel Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4737709H5
    O gênero Callithrix possui seis espécies distribuídas no bioma Mata Atlântica, desde o nordeste brasileiro até o norte do estado de São Paulo, e em regiões dos biomas Cerrado e Caatinga. Indivíduos híbridos já foram registrados em condições de cativeiro e em zonas de contato naturais entre algumas das espécies do gênero. Estudos com citogenética convencional foram realizados com as espécies do gênero Callithrix, porém, não há na literatura, trabalhos com citogenética molecular através da técnica de FISH (hibridização fluorescente in situ) que utilizam sondas de DNA repetitivo. Esta técnica pode fornecer uma ferramenta rápida, precisa e econômica para definir a estrutura e revelar a organização e evolução do genoma das espécies. O objetivo deste trabalho foi analisar citogeneticamente animais (N = 7, sendo quatro machos e três fêmeas), a partir de preparos da medula óssea, provenientes da Ilha D Água no estado do Rio de Janeiro, considerados híbridos das espécies introduzidas C. jacchus e C. penicillata, usando técnicas de coloração convencional, Ag-NOR e Bandeamento C e coloração com sondas de fluorocromos de DNA repetitivo. Os espécimes apresentaram 2n=46, e fórmula cromossômica 10m+18sm+2st+14t de cromossomos autossomos com NF=77 para machos e NF=78 para fêmeas. Embora o número diplóide seja consistente com o padrão descrito para o gênero, é proposta uma fórmula cromossômica e um número fundamental que não são indicados na literatura. A forma do cromossomo Y foi semelhante à esperada em C. aurita, a qual é nativa na região. A coloração Ag-NOR marcou a constrição secundária do braço curto de dois pares de cromossomos, semelhante ao padrão já descrito para as outras espécies exceto em C. jacchus, que apresenta também marcações de NOR no cromossomo Y. O bandeamento C marcou a região centromérica dos cromossomos, corroborando a homogeneidade observada nas espécies puras. O microssatélite GA(15) marcou regiões nos cromossomos telocêntricos, pares 16, 17, 20 e 21, além de apenas um membro dos pares cromossômicos 8 e 15, sugerindo a natureza híbrida destes pares de homólogos. O microssatélite CA(15) apresentou sinais nos centrômeros de dois pares de cromossomos telocêntricos e no braço longo de um par de cromossomos subtelocêntricos, sendo o sinal de um dos homólogos, aparece mais forte. O microssatélite CAT(10) apresentou sinais mais fortes, preferencialmente nas regiões teloméricas dos braços longos de cromossomos metacêntricos e subtelocêntricos. O par 4 de cromossomos metacêntricos apresentou sinais em seus quatros braços. O microssatélite CGG(10) apresentou sinais no centrômero de quatro pares de cromossomos telocêntricos, e o GAG(10) apresentou sinais em um par de cromossomos telocêntricos. Os microssatélites A(30), C(30), GC(15), TA(15) e TAT(10), CAA(10),e CAG(10) não apresentaram sinais em nenhum cromossomo. A marcação de DAPI apresentou sinais como blocos grandes nos cromossomos autossomos e não coincidiram com regiões heterocromáticas. Os caracteres cariotípicos sugerem que os híbridos apresentam mais de duas espécies parentais. E este é o primeiro trabalho de mapeamento cromossômico utilizando sondas de sequências repetidas de DNA em saguis.
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    Estímulos olfativos como enriquecimento ambiental em raposa-do-campo (Lycalopex vetulus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e cachorro doméstico (Canis lupus familiaris) (Carnivora, Canidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-18) Figueira, Milene de Paula; Carretta Junior, Moacir; http://lattes.cnpq.br/4748325408764080; Souza, Vanner Boere; http://lattes.cnpq.br/1874149140028384; http://lattes.cnpq.br/8352376330357890; Silva, Ita de Oliveira e; http://lattes.cnpq.br/2393397917711039; Neves, Mariana Machado; http://lattes.cnpq.br/7880116499692231
    As técnicas de enriquecimento ambiental (EA) são amplamente conhecidas e utilizadas para aumentar o bem estar e minimizar o estresse causado pela falta de estimulo do cativeiro. Apesar dos canídeos possuírem um aparato olfativo muito desenvolvido e sensível, o EA com odores tem sido pouco explorado. No estudo das espécies selvagens em cativeiro o uso de EA olfativo demanda facilidade de acesso e baixo risco de estresse. Além dos canídeos silvestres há uma grande população de cães que passa grande parte de suas vidas confinados em abrigos institucionais e ambos . poderiam ser beneficiados por programas de EA olfativo. O objetivo do estudo foi verificar e comparar a reação a estímulos olfativos em quatro espécies de canídeos Lycalopex vetulus, Cerdocyon thous, Chrysocyon brachyurus e Canis lupus familiaris com a introdução de enriquecimento ambiental olfativo. Os quatro estímulos olfativos atrativos foram apresentados externamente aos recintos e a reação dos animais foi filmada e posteriormente analisadas pelo método animal focal e o registro de todos comportamentos.. As respostas comportamentais foram classificadas em positivas, negativas e outras. Foram calculadas as médias dos tempos de registro para cada conjunto de comportamentos. Para os quatro canídeos analisaram-se as diferentes respostas nas fases basais (antes do estímulo), durante o enriquecimento e após a retirada do estimulo olfativo. Em cães compararam-se diferentes respostas nos diferentes estímulos e se houve diferença nas respostas por tamanho de matilha mantida em cada baia. Já com silvestres foram calculadas as diferentes respostas entre as diferentes espécies. Para as quatro espécies, os estímulos olfativos positivos alteraram as respostas comportamentais. Aumentaram os comportamentos positivos e em cachorro-do-mato e cães aumentaram também os negativos da fase pré para a fase com o estímulo. Apenas em cachorro-do-mato houve aumento nos comportamentos positivos após a retirada do estímulo. Entre as espécies silvestres os cachorros-do-mato e as raposas-do-campo foram os mais distintos nos comportamentos com o lobo-guará intermediário entre as duas espécies. Em geral, o EA olfativo não foi efetivo para enriquecer e melhorar o bem estar animal, com exceção do lobo-guará. Houve diferentes reações entre as espécies, sugerindo que é necessário conhecer a biologia de cada espécie dentro de uma mesma a família (Canidae) para adequar estímulos que estimulem respostas comportamentais desejáveis aos objetivos do EA.
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    Perfil bioquímico sanguíneo de quatis (Nasua nasua) de vida livre que exploram diferentemente alimentos processados ou descartados por humanos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-09-01) Repolês, Renata Barcelos; Csermak Junior, Antonio Carlos; http://lattes.cnpq.br/6166518308276517; Silva, Ita de Oliveira e; http://lattes.cnpq.br/2393397917711039; Souza, Vanner Boere; http://lattes.cnpq.br/1874149140028384; http://lattes.cnpq.br/5945070085028410; Silveira, Leonardo Serafim da; http://lattes.cnpq.br/3495523222990119
    Os quatis (Nasua nasua) são animais com ampla distribuição geográfica em regiões tropicais da América do Sul, incluindo todos os biomas do Brasil, exceto em algumas regiões do Nordeste. Esses animais são mamíferos onívoros, explorando principalmente vegetais e invertebrados e vistos frequentemente ingerindo alimentos descartados em sacos e vasilhas de lixo em áreas de utilização antrópica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto na saúde animal devido ao contato com alimentos de origem humana através da analise de sete parâmetros bioquímicos (TGO, TGP, colesterol total, triglicérides, GGT, HDL, fosfatase alcalina) e o peso. Cinquenta e cinco quatis foram capturados com armadilhas do tipo Tomahawk contendo banana no Parque Nacional do Caparaó, Parque Municipal Mangabeiras e Estação Ecológica Água Limpa. Os animais capturados foram anestesiados com cetamina (10mg/kg) e xilazina (0,5mg/kg) para a realização da punção venosa. O plasma, originário da centrifugação, foi analisado pelo Laboratório de Análises Clínicas da Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa por técnicas de espectrocolorimetria. Não houve diferença entre as concentrações plasmáticas de qualquer parâmetro fisiológico e nem de peso entre machos e fêmeas. Os quatis adultos do Mangabeiras foram estatisticamente mais pesados quando comparados aos outros sítios. Os quatis do Caparaó apresentaram os maiores valores de GGT que os quatis do Mangabeiras. Os quatis da EEAL possuem níveis de TGO e TGP significativamente maiores quando comparados aos quatis de Caparaó e de Mangabeiras. Entre os jovens, apenas Caparaó e Mangabeiras foram comparados. Os quatis jovens do Caparaó apresentaram valores de TGO e fosfatase alcalina estatisticamente maiores que Mangabeiras. Os resultados encontrados sugerem que os quatis da EEAL apresentam um perfil de doença hepática. As alterações do GGT nos animais de Caparaó podem ser interpretados como efeito da síndrome metabólica ou ingestão de agrotóxicos. Os animais da EEAL que tem menos contato com humanos e subprodutos, parecem ser os mais acometidos por doença viiihepática. Por outro lado, os quatis do Parque das Mangabeiras são os mais saudáveis, pelo menos quanto aos índices pesquisados nesse estudo.
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    Estudo citogenético e molecular de Astyanax scabripinnis (JENYNS, 1842) e Deuterodon pedri EIGENMANN, 1908 (TELEOSTEI, CHARACIDAE) do alto rio Santo Antônio, Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-27) Sanches, Natália Coutinho; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/3983321217610857; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/7271814234211522; Lopes, Denilce Meneses; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707735U1
    Os Characiformes compõem uma das maiores ordens de peixes, possuindo mais de 1.600 espécies na América do Sul, subdivididas em cerca de 16 famílias. A maioria das famílias dessa ordem possui evidências de monofilia, mas não há consenso sobre a monofilia de Characidae. Dentre as dezenas de espécies incertae sedis dessa família, estão Astyanax scabripinnis e Deuterodon pedri. O gênero Astyanax é bastante especioso e amplamente distribuído. Apesar de muitas populações já terem estudos citogenéticos, apenas 18 espécies possuem cariótipos descritos, e até agora não verificou-se a existência de cromossomos sexuais. A. scabripinnis é uma espécie amplamente estudada, caracterizada por grandes divergências morfológicas e citogenéticas. A maioria dos estudos dessa espécie ocorreu nas bacias do Paraná e do São Francisco. Deuterodon possui poucas espécies, e as espécies presentes no Sul do Brasil têm sido propostas como membros de um clado monofilético. Poucos trabalhos foram feitos com D. pedri, espécie endêmica do rio Santo Antônio, e sua filogenia -assim como os de muitos Characidae - é bastante controversa. O rio Santo Antônio abriga diversas espécies de peixes, incluindo populações simpátricas de A. scabripinnis e D. pedri. As técnicas citogenéticas (coloração convencional, Ag-NOR, banda C e FISH) evidenciaram a existência de cromossomos sexuais em A. scabripinnis - primeiro caso no gênero, e os dados moleculares corroboraram a definição dessa população como uma unidade evolucionária distinta. Os resultados das técnicas citogenéticas (coloração convencional, Ag- NOR, banda C e FISH) realizadas em D. pedri foram similares aos encontrados em D. stigmaturus. Os cladogramas gerados a partir dos genes COI e RAG2 sugerem que D. pedri está relacionado com Deuterodon singularis e com outras espécies do mesmo gênero, assim como com outros gêneros de distribuição costeira. Ambos os resultados moleculares podem ser explicados por processos de variações eustáticas do mar, assim como por capturas de cabeceira entre as drenagens costeiras com drenagens continentais.
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    Estudos citogenéticos em peixes do gênero Astyanax (Teleostei, Characiformes) das bacias dos rios Paraguai, Araguaia e Alto Paraná
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-14) Giongo, Patrícia; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; http://lattes.cnpq.br/8743415674718184; Sousa, Alexandre Benvindo de; http://lattes.cnpq.br/8515538095145076
    O gênero Astyanax inclui peixes de pequeno porte até 200 mm, vulgarmente conhecido como lambaris, comuns nas bacias hidrográficas neotropicais.As últimas revisões registram mais de 100 espécies nas águas continentais brasileiras para o gênero Astyanax, com relações filogenéticas indeterminadas dentro da família Characidae. Este gênero revela espécies morfologicamente muito semelhantes e com grande variabilidade cariotípica dentro e entre bacias hidrográficas, formando um grupo altamente complexo ao nível taxonômico e citogenético, o que foi interpretado como evidência de existência de complexos de espécies dentro do gênero. Este trabalho teve por objetivo utilizar ferramentas da citogenética para estudar populações do complexo Astyanax bimaculatus em três bacias adjacentes brasileiras: no rio Meia Ponte (Bacia do Alto Paraná), no rio Mutum (Bacia Araguaia) e no córrego São José e rio Sepotuba (Bacia do Alto Paraguai). Os estudos cromossômicos seguiram os protocolos básicos para as principais técnicas citogenéticas As populações estudadas de Astyanax altiparanae, Astyanax aff. argyrimarginatus e Astyanax asuncionensis apresentaram número diplóide de 2n=50 e apenas uma população de A. asuncionensis do córrego São José apresentou 2n=48. Nenhuma das populações estudas apresentaram diferenciação de cromossomos sexuais.Os resultados encontrados demonstraram pequenas variações cariotípicas entre as populações das três bacias que sugerem a influência seletiva ou de gargalos derivados da complexa história de eventos de dispersão e vicariância característicos dessa região.
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    Abundância e detectabilidade das aves comuns do Cerrado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-06) Souza, Alexander Zaidan de; Ribon, Rômulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791030J1; http://lattes.cnpq.br/1272567426142575; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Peternelli, Luiz Alexandre; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723301Z7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3
    O presente trabalho avalia abundância e detectabilidade das espécies mais comuns do Cerrado de Minas Gerais, explorando aspectos da variação populacional. Para isso foram utilizados dois métodos tradicionais, índice pontual de abundância (IPA) e índice de frequencia nas listas(IFL) e um método baseado na utilização do pacote unmarked do programa estatístico R. As amostragens foram realizadas no período de janeiro e fevereiro de 2009, novembro de 2009, maio de 2012, dezembro de 2012, e janeiro e fevereiro de 2013. Os métodos utilizados para a coleta de dados foram as listas de MacKinnon e a contagem por pontos. As análises de variação populacional foram feitas baseadas no IFL e no IPA. As análises de abundância e detectabilidade foram obtidos no programa R através do pacote unmarked. Nessa última análise foram contruídos vinte e quatro modelos para testar o efeito do habitat na abundância das espécies estudadas, bem como o efeito do habitat (pasto, cerrado típico e cerradão) e do tempo de início da amostragem na detectabilidade das espécies. Em todos os modelos selecionados foi aplicado o ajuste-do-teste Soma dos Quadrados dos Erros, valor significativo de α > 0,05. Foram selecionadas as 15 espécies mais abundantes e, a partir, dos dados de IFL, IPA e do unmarked, gerados gráficos de variação da abundância e detectabilidade ao longo do dia (tempo em função linear ou quadrada). O modelo que melhor explicou a abundância na área geral e também separada por tipo de habitat considera o habitat como variável mais influente, e para a detectabilidade, o tempo linear. As espécies que mostraram variação sazonal foram: Basileuterus flaveolus, Elaenia cristata, Tangara sayaca e Turdus leucomelas, entre elas apenas E. cristata possui padrões migratórios estabelecidos. A escolha da variável habitat no diz que abundância das espécies é afetada principalmente de acordo com a estrutura da vegetação, e a detectabilidade segue os conceitos básicos de ornitologia em que aves são mais ativas durante a manhã. Os resultados nos mostram tambem que movimentos migratorios podem estar ocultos em espécies muito comuns. Portanto trabalhos com espécies comuns são importantes para detectar padrões de variação população ainda não desvendados.
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    Ocorrência e aspectos da criação em cativeiro do trinca-ferro (Saltator similis, Lafresnaye e D Orbigny, 1837) (Passeriformes: Thraupidae) na região de viçosa Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-05) Alvarenga, Gilda Ribeiro de; Ribon, Rômulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791030J1; http://lattes.cnpq.br/7214202053421416; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Neves, Clóvis Andrade; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785611E1; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7
    Saltator similis (Lafresnaye e D Orbigny, 1837) é uma espécie apreciada por criadores de pássaros devido ao seu canto forte e melodioso e comportamento agressivo; e a demanda por pássaros tem levado, aparentemente, a uma rápida diminuição das populações da espécie em muitas áreas do país. Esse trabalho teve como objetivos avaliar a variação nos dados de ocorrência e abundância de S. similis em fragmentos florestais na região de Viçosa (Minas Gerais) nos anos de 1996, 2000, 2010 e 2013 e avaliar o número de indivíduos mantidos em cativeiro na área urbana. Em 2013 as amostragens foram realizadas em 38 fragmentos florestais utilizando-se a técnica de playback. Os dados de ocorrência e abundância relativa obtidos em 2013 foram comparados com aqueles obtidos nos mesmos fragmentos em 1996, 2000 e 2010 por amostragem por pontos. Para se avaliar a quantidade de trinca-ferros em cativeiro na área urbana de Viçosa, percorreu-se 27 bairros a pé, registrando-se todos os indivíduos em cativeiro, comparando esses resultados com os registros de criadores cadastrados no Sistema de Cadastro de Criadouros de Passeriformes (SISPASS). Mesmo com o uso do playback em 2013 o número de indivíduos e fragmentos com registros da espécie e a abundância relativa declinaram em comparação a 1996 e 2000 onde a amostragem foi passiva. O uso do playback pode ter influenciado o pequeno aumento desses parâmetros em 2013 em relação a 2010, entretanto, a espécie foi considerada rara na região em ambos os anos. O número de trinca-ferros cadastrados no SISPASS (n=637) foi quase seis vezes maior que o número de indivíduos registrados nas ruas (n=112) e tal fato pode ter ocorrido por limitações do método amostral, por irregularidades dos criadores ao registrar os pássaros no SISPASS ou ainda pelos dois fatores. Os resultados desse trabalho reforçam estudos anteriores que sugeriram que o declínio de S. similis na região esteja relacionado com a pressão de captura sobre a espécie. O monitoramento de S. similis em vida livre, e estudos de sua biologia e etno-ornitológicos são recomendados para o desenvolvimento de estratégias de manejo e conservação da espécie.
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    História Natural e Análise Citogenética de Micrurus frontalis (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) (Serpentes: Elapidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-03-28) Silva, Carolina Coelho Augusto; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; http://lattes.cnpq.br/0526915082686116; Silva, Diego José Santana; http://lattes.cnpq.br/8696855248289840
    Micrurus frontalis (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) distribui-se ao longo do Cerrado do Brasil central, Paraguai, e na Mata Atlântica do sudeste brasileiro, atingindo a região costeira apenas no estado do Espírito Santo. Informações sobre sua história natural (principalmente dieta e reprodução) são escassas, assim como da maioria das cobras-corais tropicais. Quatorze espécies do gênero Micrurus têm o cariótipo descrito, e dessas, apenas quatro atingem o Brasil ao longo de sua distribuição. Visando aprimorar o conhecimento existente sobre história natural, padrões de variação morfológica e para melhor compreensão da evolução do genoma, o presente trabalho fornece dados sobre a dieta, atividade sazonal, ciclo reprodutivo e variação morfológica de espécimes tombados no Museu de Zoologia João Moojen, e pela primeira vez a descreve e caracteriza o cariotípica de M. frontalis procedente da região de Viçosa (20°45 S, 42°52 W), Minas Gerais, Brasil, utilizando as técnicas de AgNOR, Banda C, DAPI, CMA3 e FISH. Quatorze das 118 serpentes dissecadas (11,86%) apresentaram conteúdo estomacal. Com exceção das serpentes que não puderam ser identificadas, as demais presas são espécies com hábitos fossoriais (anfisbenídeos e serpentes) ou criptozóicos (lagartos). Micrurus frontalis possui o período de vitelogênese longo, com fêmeas com folículo vitelogênico encontradas em todas as estações do ano, com exceção da primavera. A espécie foi mais encontrada na estação chuvosa, período em que mais adultos apresentaram conteúdo estomacal e de provável início do ciclo reprodutivo das fêmeas. Micrurus frontalis possui número diploide de cromossomos 2N = 42, numero fundamental NF = 24 e fórmula cariotípica para fêmeas 42(1sm + 1st + 20t + 20mc), e para machos 42(2sm + 20t + 20mc). A marcação ag-NOR foi encontrada no primeiro par de cromossomos telocantricos. O cromossomo W possui o braço longo quase inteiramente heterocromático, e rico em DNA satélite. O quarto par de cromosomos telocêntrico apresentou padrões homozigóticos e heterozigóticos em relação à Banda-C DNA satélite.