Biologia Animal
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Item Análise citogenética e morfométrica em populações de Rhinella pombali (Baldissera Jr., Caramaschi e Haddad, 2004) e Rhinella crucifer (Wied- Neuwied, 1821) (Anura, Bufonidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-22) Silva, Diego José Santana; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8696855248289840; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004Separada recentemente de R. crucifer, R. pombali é uma espécie restrita ao Estado de Minas Gerais. Embora uma revisão sistemática tenha sido feita há pouco tempo, algumas inconsistências taxonômicas e geográficas seriam esperadas devido à grande variação morfológica das espécies do grupo de R. crucifer. Neste trabalho descrevemos o cariótipo, assim como os padrões Banda C e Ag-NOR de Rhinella crucifer e R. pombali. Ambas espécies pertencentes ao grupo de R. crucifer, que não possuíam cariótipo nem padrões de bandeamento descritos, particularmente porque o cariótipo descrito de R. crucifer em outros trabalhos trata-se na verdade de R. ornata. As espécies analisadas apresentaram número diplóide 2n=22, comum à família Bufonidae, com os blocos de heterocromatina constitutiva localizadas na região centromérica dos cromossomos podendo ocorrer uma marcação intersticial em alguns pares. As regiões organizadoras de nucléolo encontraram-se nos braços curtos do sétimo par cromossômico, assim como observado para R. ornata e outras espécies de Rhinella na América do Sul. Não foram encontrados padrões espécie-específico para os indivíduos analisados. Para os estudos morfométricos, baseamos nosso trabalho no estudo da morfologia externa e em 25 caracteres morfométricos de 10 unidades taxonômicas operacionais para verificar o nível de variação interpopulacional destes taxa e definir possíveis variações em gradientes geográficos. Apresentamos também dados de dimorfismo sexual para a espécie. Analisando aspectos regionais de simpatria de R. pombali com outras espécies do grupo nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, percebemos algumas inconsistências quanto ao registro geográfico nesses locais. Vemos que a espécie apresenta acentuado dimorfismo morfométrico e algumasdiferenças morfológicas separando machos e fêmeas. Nas análises populacionais entre as 10 UTOs, foi verificado que não há separação significativa entre elas, não apresentando também tendências de separação.Item Cytogenetic and molecular characterization of two populations of minnows Astyanax gitonEigenmann 1908 and Astyanax aff. fasciatus(Characiformes: Characidae) in the São Bartolomeu Creek, Minas Gerais State, Brazil(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-07) Walker, Nicholas Jacob; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Zanuncio, José Cola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787556T2Os peixes neotropicais de água doce são os mais abundantes em termos de espécies, e os peixes da família Characidae têm a maior diversidade entre eles. O gênero Astyanax contém 130 espécies, que se encontram em condição de incertae sedis em termos sistemáticos. Porém, as espécies podem ser diferenciadas com estudos de padrões morfológicos, citogenéticos e moleculares. As populações do gênero Astyanax do ribeirão São Bartolomeu de Minas Gerais, Brasil, nunca foram identificadas. Neste estudo, peixes do gênero Astyanax de duas represas da Universidade Federal de Viçosa foram analisados usando técnicas citogenéticas, incluindo coloração convencional (Giemsa), padrões de hetecromatina (banda-C), regiões de omrganizadores nucleolares (NOR) e hibridização fluorescente in situ. Os dados cromossômicos foram comparados com os caracteres morfológicos de cada espécime (número de raios da nadadeira anal, número de escamas na linha lateral, disposição das escamas e padrões dentários). Os cariótipos de 4m+18sm+22st+6t e 10m+20sm+12st+6t para A. giton e A. fasciatus não têm sido registrados anteriormente, e para A. giton, isto é o segundo cariótipo para esta bacia. As sequências de mtDNA de COI indicam que A. giton é próxima de A. giton da mesma bacia e mais distante de A. scabripinnis e A. intermedius, e Astyanax aff. fasciatus é no mesmo clado de outros A. fasciatus e A. parahybae.Item Diferenciação vicariante recente de Oligosarcus argenteus Günther, 1864 e Oligosarcus solitarius Menezes, 1987 nas bacias dos rios Doce e São Francisco, Minas Gerais, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-27) Barros, Lucas Caetano de; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/0105560697947414; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004A bacia do rio Doce é uma drenagem costeira e está isolada da bacia do São Francisco pela Serra do Espinhaço. Das 77 espécies nativas conhecidas para a bacia, 37 são consideradas ameaçadas de extinção, sendo Oligosarcus solitarius Menezes 1978 a única espécie endêmica neste sistema de lagoas quaternárias. Sua espécie-irmã, O. argenteus Günther, 1864, ocorre na mesma bacia, mas é restrita à calha e às cabeceiras de tributários. O presente trabalho visa a determinação do status específico das populações de Oligosarcus, a partir da análise de 21 populações da bacia do rio Doce e uma população de Oligosarcus da cabeceira do rio Das Velhas, na bacia do rio São Francisco. A abordagem incluiu o uso de técnicas morfológicas, citogenéticas e moleculares. A análise de componente principal (PCA) indicou a existência de três grupos de populações: a restrita à cabeceira do rio Das Velhas, a que ocorre na calha e cabeceiras do rio Doce e as populações das lagoas quaternárias. Os dados citogenéticos (coloração convencional, Ag-NOR, bandamento C, fluorocromos e FISH e marcador de microssatélite) corroboraram parcialmente a hipótese da existência de dois grandes grupos que correspondem geograficamente aos locais de ocorrência de O. solitarius e O. argenteus na bacia do rio Doce, mas indicaram também altos níveis de diferenciação cromossômica dentro de cada grupo. Os padrões de variação cromossômica assemelharam-se aos indicados para outras espécies do mesmo gênero. Os dados moleculares confirmaram que a especiação das duas espécies foi recente. Considerados em conjunto, os dados confirmam a ocorrência de populações diferenciadas e estreitamente aparentadas no sistema de lagoas quaternárias e a existência de mais duas espécies na cabeceira do rio Das Velhas e do rio Doce e sugerem a necessidade de reavaliação do material tipo coletado por Günther em 1861. Considerando que o alto grau de variação cromossômica de O. solitarius ocorreu nos últimos 14.000 - 3.365 anos, conclui-se que estas espécies-irmãs apresentam a mais alta taxa de evolução cromossômica dos peixes neotropicais.Item Diversidade molecular em espécies de trairões de complexo Hoplias lacerdae (Teleostei: Erythrinidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-11) Almeida, Frederico Belei de; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/0556221800555154; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7O trairão é um caraciforme do complexo Hoplias lacerdae e é conhecido pelo seu potencial para piscicultura. Por esse motivo, esta espécie foi introduzida em diversas bacias hidrográficas no Brasil por órgãos governamentais e por particulares. Considerando que a introdução de espécies exóticas é reconhecida como a segunda maior causa de extinção de espécies do mundo e que a introdução de espécies de piscicultura pode ser uma ameaça às populações naturais à introgressão e hibridação do genoma selvagem, buscou-se estudar a diversidade molecular de populações do grupo Hoplias lacerdae no sudeste e no sul do Brasil. Setenta espécimes coletados em 16 localidades provenientes de 8 bacias tiveram seu gene adenosina trifosfato (ATPase 6) do DNA mitocondrial sequenciado. O fragmento obtido foi de 688 bases e apresentou 118 sítios filogeneticamente informativos para a análise de máxima parcimônia. Utilizando o Modeltest, o modelo de evolução molecular que mais se ajustou aos dados foi GTR+I+G. Todas as análises realizadas resultaram na mesma topologia, com a identificação de 2 haplogrupos (haplogrupos I e II), com forte apoio estatístico. O haplogrupo I foi formado por dois subgrupos, o haplogrupo IA (amostras do Atlântico Leste, São Francisco e Paraná Superior) e o haplogrupo IB (2 amostras do Paraná Superior). O haplogrupo IA incluiu as espécies H. intermedius e H. brasiliensis, enquanto o haplogrupo IB foi composto apenas por espécimes de H. intermedius, sugerindo uma relação de parafilia entre as duas espécies. O haplogrupo II apresentou as espécies Hoplias australis (haplogrupo IIA) e Hoplias lacerdae (haplogrupo IIB). O haplogrupo IIA incluiu espécimes restritos à bacia do alto Uruguai. O haplogrupo IIB apresentou maior distribuição, incluindo indivíduos da bacia do Alto Uruguai, do Paraná Superior (Mogi-Guaçú) e do rio Santo Antônio (rio Doce). O haplogrupo I apresentou variação interna aproximadamente 4 vezes menor que a variação interna do haplogrupo II. Este baixo grau de variação genética pode ser reflexo da introdução do trairão realizada desde a década de 80 no Estado de Minas Gerais. Com base nos dados, conclui-se que o status taxonômico de H. brasiliensis e H. intermedius deve ser reavaliado, além de salientar a necessidade de um estudo mais detalhado da composição genética dos estoques de piscicultura, os quais podem incluir material genético de H. lacerdae.Item Estudo citogenético e molecular de Astyanax scabripinnis (JENYNS, 1842) e Deuterodon pedri EIGENMANN, 1908 (TELEOSTEI, CHARACIDAE) do alto rio Santo Antônio, Minas Gerais, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-27) Sanches, Natália Coutinho; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/3983321217610857; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/7271814234211522; Lopes, Denilce Meneses; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707735U1Os Characiformes compõem uma das maiores ordens de peixes, possuindo mais de 1.600 espécies na América do Sul, subdivididas em cerca de 16 famílias. A maioria das famílias dessa ordem possui evidências de monofilia, mas não há consenso sobre a monofilia de Characidae. Dentre as dezenas de espécies incertae sedis dessa família, estão Astyanax scabripinnis e Deuterodon pedri. O gênero Astyanax é bastante especioso e amplamente distribuído. Apesar de muitas populações já terem estudos citogenéticos, apenas 18 espécies possuem cariótipos descritos, e até agora não verificou-se a existência de cromossomos sexuais. A. scabripinnis é uma espécie amplamente estudada, caracterizada por grandes divergências morfológicas e citogenéticas. A maioria dos estudos dessa espécie ocorreu nas bacias do Paraná e do São Francisco. Deuterodon possui poucas espécies, e as espécies presentes no Sul do Brasil têm sido propostas como membros de um clado monofilético. Poucos trabalhos foram feitos com D. pedri, espécie endêmica do rio Santo Antônio, e sua filogenia -assim como os de muitos Characidae - é bastante controversa. O rio Santo Antônio abriga diversas espécies de peixes, incluindo populações simpátricas de A. scabripinnis e D. pedri. As técnicas citogenéticas (coloração convencional, Ag-NOR, banda C e FISH) evidenciaram a existência de cromossomos sexuais em A. scabripinnis - primeiro caso no gênero, e os dados moleculares corroboraram a definição dessa população como uma unidade evolucionária distinta. Os resultados das técnicas citogenéticas (coloração convencional, Ag- NOR, banda C e FISH) realizadas em D. pedri foram similares aos encontrados em D. stigmaturus. Os cladogramas gerados a partir dos genes COI e RAG2 sugerem que D. pedri está relacionado com Deuterodon singularis e com outras espécies do mesmo gênero, assim como com outros gêneros de distribuição costeira. Ambos os resultados moleculares podem ser explicados por processos de variações eustáticas do mar, assim como por capturas de cabeceira entre as drenagens costeiras com drenagens continentais.Item Estudo das variações morfológica craniana e citogenética em Akodon cursor (Rodentia:Sigmodontinae) no Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-30) Manduca, Edmar Guimarães; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757381U3; Talamoni, Sônia Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728905H0; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0Akodon cursor é um roedor sigmodontíneo com ampla distribuição no leste do Brasil. Ocorre desde Pernambuco até o Paraná apresentando grande variação morfológica craniana e citogenética em suas populações. Muitos esforços têm sido realizados com o intuito de desvendar os padrões de distribuição dos diferentes citótipos e distinguir as formas morfológicas desta espécie com relação a outras do gênero. Morfologicamente a espécie apresenta grande similaridade externa e interna a outras espécies do gênero. Citogeneticamente distingue-se das demais por apresentar número diplóide variando de 2n = 14, 15 e 16 e por apresentar um dos maiores polimorfismos cromossômicos dentre os mamíferos. Populações desta espécie em remanescentes de Mata Atlântica do Estado de Minas Gerais têm sido pouco exploradas ou analisadas com base em um número reduzido de indivíduos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a variação intra e interpopulacional da morfologia craniana e citogenética de exemplares de A. crusor coletados em algumas áreas no Estado de Minas Gerais. Foram tomadas 20 medidas cranianas para a elaboração das análises morfométricas. As estatísticas descritiva e multivariada foram realizadas para a visualização dos padrões morfométricos. Análises citogenéticas foram utilizadas para visualização dos padrões polimórficos intra e interpopulacionais das populações de A. cursor em território mineiro. A estatística multivariada apontou uma diferenciação na morfologia craniana entre os exemplares das diferentes áreas ao longo do eixo de forma. Os métodos citogenéticos permitiram a visualização de polimorfismos intra e interpopulacionais que, de acordo com o teste de χ2, encontram-se em equilíbrio de Hardy-Wienberg. As técnicas de bandeamento C e Ag-NOR não evidenciaram diferenças entre as populações analisadas. O Parque Estadual da Serra do Brigadeiro possivelmente representa a população com maior distribuição altitudinal deste roedor. O fator altitudinal pode representar uma variável para explicar a diferença observada na morfologia craniana das populações analisadas. A avaliação da população presente no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro e a adição de novas áreas com maior número de exemplares fornecerão uma nova base de dados para a compreensão da evolução da espécie em termos morfológicos e citogenéticos.Item Estudos citogenéticos em Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) na região da Serra dos Carajás, nas bacias hidrográficas do Tocantins-Araguaia e do Xingu(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-25) Sampaio, Wagner Martins Santana; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/3936982511856802; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004A região neotropical concentra a mais rica fauna de peixes do mundo. O Brasil incorpora as bacias hidrográficas mais importantes dessa região e consequentemente à maior diversidade íctica. A bacia amazônica é a mais importante em volume de água e em espécies de peixes. As bacias do Xingu e do Tocantins-Araguaia representam duas importantes bacias que formam o sistema hídrico amazônico. A ictiofauna neotropical é dominada por peixes que têm uma associação relativamente antiga com os habitats de água doce, como as ordens dos Characiformes e Siluriformes. Os Characiformes são um dos mais complexos táxons de peixes da América do Sul, com destaque para a família Erythrinidae, um pequeno grupo dividido em três gêneros amplamente distribuídos pela América do Sul, Hoplias, Hoplerythrinus e Erythrinus. O gênero Hoplias é um dos táxon mais estudados dentro dos peixes neotropicais, principalmente sobre o ponto vista citogenético. Hoplias malabaricus, a espécie nominal mais abundante, representa um interessante modelo para estudos de evolução dos peixes neotropicais, por apresentar grandes variações cariotípicas (2n=39 a 2n=42) representadas por sete cariomorfos que se distribuem em todas as grandes bacias da América do Sul e que representam um complexo de espécies. O objetivo do presente trabalho foi estudar citogeneticamente populações de H. malabaricus na região das Serra dos Carajás, nos limites geográficos das bacias do Araguaia e do Xingu, a fim de entender a relação dessa região com os processos evolutivos do complexo de espécies. As coletas ocorreram em afluentes dos rios Fresco (bacia do Xingu), Pau ´Arco, Arraia e Araguaia (bacia do Araguaia). Os peixes foram submetidos às técnicas citogenéticas seguindo protocolos específicos. Os resultados indicaram a presença do cariomorfo 2n= 40C na bacia do bacia do Araguaia, com fórmula cariotípica igual 2n= 11m + 9sm e número fundamental (NF) igual a 80. Na bacia do Xingu registrou-se um novo cariomorfo 2n=40, com fórmula cariotípica 2n= 15m + 5 sm e NF=80. Os resultados da bacia do Tocantins-Araguaia corroboram outros estudos na bacia, os quais indicam pelo menos três cariomorfos 2n=40 e um 2n=42 nesta drenagem, com simpatria entre os cariomorfos 40C e 40F. O presente trabalho registra o primeiro registro de cariomorfo 2n=40 para a bacia do Xingu. Os resultados da bacia do rio Xingu também estão dentro do esperado para a bacia amazônica, onde há registro de simpatria entre oscariomorfos 2n=40 e 2n=42. O cariomorfo do Xingu apresentou padrão de banda C/CMA3 semelhante ao dos 2n=42 e que foi interpretado como caracteres plesiomórficos. As variações encontradas no presente trabalho entre os cariomorfos do Araguaia, e do Xingu, aparentemente são resultados de variações geográficas fixadas nas populações e não apenas em polimorfismos. Os resultados sugerem que os padrões de variação dos cariomorfos 2n=40C devem ser re-analisados para refletirem melhor as tendências evolutivas do complexo H. malabaricus.Item A fauna de besouros Ciidae (Insecta: Coleoptera) de Cerrado no Alto Paranaíba, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-05-02) Souza, Nilcilene de Fatima Resende; Andrade, Cristiano Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705125P1; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/2425527815920099; Siqueira, Maria Augusta Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777253E4Os desmatamentos no Bioma Cerrado vêm afetando a diversidade de espécies de vários organismos, principalmente daqueles dependentes de recursos que são naturalmente escassos nesse bioma, como os insetos xilófagos, coprófagos, e fungívoros, dentre outros. Esse é caso dos besouros Ciidae, que são diretamente dependentes de fungos que crescem em madeira em decomposição. Os ciídeos apresentam todo o seu ciclo de vida, incluindo cópula e oviposição, em basidiomas de macrofungos coriáceos, conhecidos vulgarmente como orelhas-de-pau. O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento das espécies de Ciidae e seus hábitos alimentares nas diferentes fitofisionomias do Cerrado do Alto Paranaíba, avaliando também alguns fatores ecológicos que poderiam determinar a composição e a riqueza de espécies desses organismos nesse bioma. Para isso, foram estudadas quatro fitofisionomias: Cerrado sensu stricto, Cerradão, Campo Limpo e Mata de Galeria, onde foram avaliadas as variáveis explicativas relacionadas à disponibilidade de recurso (massa dos fungos, circunferência dos troncos e riqueza de espécies de fungos). Não foi observada variação na riqueza de espécies de Ciidae entre as diferentes fitofisionomias avaliadas. As variáveis utilizadas para avaliar a disponibilidade de recurso foram consideradas não significativas, por não afetarem a riqueza de espécies de Ciidae. A riqueza foi igual, mas a composição de espécies se mostrou bem distinta, com apenas uma espécie ocorrendo em todas as fitofisionomias. A área de Campo Limpo apresentou o maior número de espécies exclusivas. Em relação aos hábitos alimentares, foi observada uma tendência à polifagia. Sabe-se que algumas das espécies encontradas são exclusivas de Cerrado e de áreas urbanas como, por exemplo, Strigocis vicosensis Lopes-Andrade. Outras, como Malacocis sp., são espécies novas, o que demonstra o pouco conhecimento sobra a fauna de Ciidae do Cerrado. As alterações nas áreas naturais devem ser realizadas de modo a não afetar a disponibilidade de madeira e, consequentemente, o desenvolvimento dos fungos e dos ciídeos que dependem deste recurso.Item FILOGENIA CITOGENÉTICA E MOLECULAR DE Brycon devillei, Brycon ferox, Brycon insignis, Brycon opalinus e Brycon vermelha (CHARACIDAE: BRYCONINAE) DO LESTE DO BRASIL(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-21) Travenzoli, Natália Martins; Zanuncio, José Cola; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787556T2; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8388545717303606; Santos, Udson; http://lattes.cnpq.br/8715098938592033; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3O gênero Brycon é o principal representante da subfamília Bryconinae, com espécies ocorrendo nas bacias hidrográficas do oeste e leste dos Andes. No Brasil, os briconíneos estão distribuídos nos principais sistemas hidrográficos, e por serem sensíveis às alterações negativas no ambiente de correntes das ações antrópicas, a maioria das espécies dessa subfamília estão ameaçadas de extinção. O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de existência de uma possível unidade filogeográfica dos Bryconinae que ocorrem nas bacias costeiras do leste brasileiro, uma região caracterizada pelo alto grau de endemismo, utilizando dados citogenéticos (coloração convencional, regiões organizadoras de nucléolos NORs e banda C) e moleculares mitocondriais (citocromo oxidase I e DNA ribossomal 16S). As espécies de Brycon devillei, Brycon ferox, Brycon insignis, Brycon opalinus e Brycon vermelha apresentaram número diploide 2n=50, semelhante às outras espécies de Bryconinae. Porém, suas fórmulas cariotípicas foram características de cada espécie: B. devillei (26m+22sm+2st), B. ferox (28m+18sm+4st), B. insignis (22m+20sm+8st), B. opalinus (24m+20sm+6st) e B. vermelha (24m+20sm+6st). Todas as espécies presentes nas bacias costeiras do leste do Brasil apresentaram NORs no primeiro par de cromossomos subtelocêntricos e o primeiro par de cromossomos do cariótipo apresentou padrão não equilocal de heterocromatina, indicando que todas essas espécies, junto ao gênero monotípico Henochilus, formam um grupo reciprocamente monofilético em relação às espécies continentais. O gene 16S permitiu recuperar as relações filogenéticas mais antigas entre as espécies de Bryconinae, e o gene COI foi utilizado na reconstrução da filogenia das espécies do leste brasileiro. O padrão obtido por ambos os genes corroboraram com a hipótese de monofiletismo das espécies de Bryconinae das bacias costeiras do leste do Brasil. Esta condição provavelmente foi propiciada pela longa história de isolamento das bacias costeiras do leste em relação às bacias continentais.Item The unique karyotype of Henochilus wheatlandii, a critically endangered fish living in a fast-developing region in Minas Gerais State, Brazil(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-31) Silva, Priscilla Caroline; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/1885135563910135; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Kalapothakis, EvanguedesHenochilus wheatlandii, única espécie desse gênero, está criticamente ameaçada e por mais de um século foi considerada extinta. A sua redescoberta em 1996 tornou possível o estudo das relações filogenéticas desta espécie dentro da subfamília Bryconinae. O objetivo desse estudo foi caracterizar o perfil citogenético: coloração convencional, bandamento C, NORs, CMA3 e hibridização fluorescente in situ FISH com sondas de rDNA 18S e 5S de rDNA em quatro exemplares de H. wheatlandii, coletados no rio Santo Antônio, sub-bacia do rio Doce no município de Ferros, Minas Gerais, Brasil. Os resultados foram comparados com os equivalentes das espécies de Bryconinae. Henochilus wheatlandii possui o mesmo número diplóide e morfologia cromossômica das demais espécies de Bryconinae. No entanto, seu padrão de heterocromatina, o padrão de NOR e o FISH mostraram um perfil citogenético único entre os briconíneos neotropicais, enfatizando a unicidade evolutiva desta espécie ameaçada.Item Variabilidade cariotípica em populações de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Teleostei: Erythrinidae) em lagos do sudeste do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-22) Jacobina, Uedson Pereira; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4753814D7; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Matta, Sérgio Luis Pinto da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798314Z0; Lino Neto, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786229P1A espécie Hoplias malabaricus, conhecida popularmente como traíra, está presente em praticamente todas as bacias do Brasil. Sob o ponto citogenético, essa espécie possui sete citótipos diferenciáveis. Na bacia do rio Doce, dois citótipos com 2n= 42 A e B, foram caracterizados em simpatria e sintopia na lagoa Carioca. O objetivo deste trabalho foi determinar a extensão da ocorrência de simpatria destes citótipos em outras sete lagoas: Tiririca, Curi, Juiz de Fora, Cristal, Lingüiça, Hortência e Marola. Todas as populações analisadas apresentaram 2n=42 cromossomos em machos e fêmeas, com cromossomos sexuais diferenciados e que correspondem ao citótipo B. Este citótipo B apresentou-se estável em coloração Giemsa, entretanto ocorreram grandes diferenças interpopulacionais relativas aos padrões de NORs, bandamento C e fluorocromos base-especificos CMA3/DAPI. A presença de marcações biteloméricas pela impregnação da prata foi bem evidente nos machos e em algumas fêmeas nas oito lagoas estudadas, caracterizando as populações do médio rio Doce, embora pelos padrões de CMA3 apresentou-se com baixa fluorescência. A constante diferença de tamanho observada entre os cromossomos X é explicada pela regulação transcricional. O polimorfismo cromossômico mais evidente e extenso foi o de variação de heterocromatina, aparentemente apresentando um padrão de isolamento por distância. Tal variação foi considerada como de caráter subespecífico. Conclui-se que as condições de isolamento de 14.000 anos envolveram, em cada população, eventos independentes de ganho e perda de heterocromatina e que as lagoas podem ser consideradas como unidades de manejo e conservação, mesmo para uma espécie que aparentemente não é afetada pelas espécies introduzidas.Item Variação cariotípica de Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) (Pisces: Characidae) nas bacias costeiras do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2008-03-28) Fava, Lucioni; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4559422T9; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0O gênero Astyanax inclui um conjunto de aproximadamente 90 espécies hoje consideradas, junto com a maioria dos antigos Tetragonopterinae, como incertae sedis dentro da família Characidae. O gênero compreende peixes de pequeno tamanho e que foram definidos com base em critérios artificiais. Sete populações costeiras de uma dessas espécies, Astyanax bimaculatus, foram analisadas citogeneticamente com: técnicas de coloração convencional; Banda C para evidenciar blocos heterocromáticos; nitrato de prata para evidenciar regiões organizadoras de nucléolos (NORs) e cromomicina A3 para detecção de regiões ricas em guanina e citosina. As sete populações são do sudeste brasileiro: uma no rio Pardo, cinco populações da bacia do rio Doce, uma população da cabeceira do rio Piranga na mesma bacia e uma população do rio Carangola, na bacia do rio Paraíba do Sul. Todas as populações estudadas apresentaram 2n=50 e fórmula cromossômica com 6 cromossomos metacêntricos, 20 submetacêntricos, 18 subtelocêntricos e 6 telocêntricos, um par de NORs localizadas em um par de cromossomos subtelocêntricos e altos níveis de variação de padrões de heterocromatina. Todos esses estados de caráter são semelhantes aos de A. lacustris da bacia do São Francisco. Esta estabilidade contrasta com a grande variabilidade observada nas populações deste complexo de espécies do Paraná Superior, representadas por Astyanax altiparanae. A estabilidade cariotípica das populações costeiras reflete isolamento geográfico, enquanto que pelo menos parte da grande variabilidade cariotípica das populações do Paraná Superior pode ter ocorrido por um contato secundário entre esta bacia com populações das bacias costeiras. A variação de blocos heterocromáticos entre as populações isoladas desde o Quaternário foi interpretada como variação intra- específica.Item Variação citogenética em populações de Scinax tripui Lourenço, Nascimento e Pires, 2009 (Anura, Hylidae): primeira detecção de sistema de cromossomos sexuais no gênero(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-05) Oliveira, Marina Paula da Cunha; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/0711913037125044; Garcia, Paulo Christiano de Anchieta; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728809A8Scinax tripui é um hilídeo pertencente ao grupo Scinax catharinae, maior grupo do clado Scinax catharine e do gênero Scinax. Possui como localidade tipo a Estação Ecológica do Tripuí, em Ouro Preto, estado de Minas Gerais, Brasil. Alguns espécimes com características morfológicas externas comuns em S. tripui foram encontrados em outras localidades do estado de Minas Gerais, mas, devido à taxonomia complexa do grupo sua identificação não foi confirmada. A fim de aumentar o número de caracteres para auxiliar a identificação de populações de S. tripui, o objetivo desse estudo foi caracterizar e comparar o perfil citogenético: coloração convencional, bandamento C, NORs e hibridização fluorescente in situ (FISH) com sondas de rDNA 18S em exemplares da população topotípica de S. tripui e espécimes de populações de três outras localidades identificados como esta espécie. As outras três populações são: Usina da Fumaça em Muriaé, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro em Araponga e RPPN Mata do Sossego em Simonésia, todas as localidades situadas no estado de Minas Gerais, Brasil. Os resultados mostraram que todos os indivíduos analisados possuem mesmo número diploide apresentado para o gênero Scinax (2n = 24), mas há diferenças na morfologia dos cromossomos em relação a outras espécies do gênero. S. tripui apresentou um par de cromossomos heteromórfico entre os sexos, indicando a presença do sistema de determinação sexual XX/XY, registro inédito para o gênero Scinax. Diferenças na obtenção do padrão de banda C, nas marcações de Ag-NOR e FISH entre as populações de S. tripui indicam a ocorrência de rearranjos cromossômicos, gerando variações interpopulacionais.