Zootecnia
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Item Ação da própolis sobre a fermentação ruminal(Universidade Federal de Viçosa, 2002-04-15) stradiotti Júnior, Deolindo; Queiroz, Augusto César de; http://lattes.cnpq.br/3811884010635242A tese compõe-se de três capítulos. O primeiro versa sobre a ação da própolis in vitro na atividade específica de produção de amônia (AEPA) ou atividade de desaminação de aminoácidos e na fermentação ruminal em bovinos. A AEPA foi determinada utilizando-se líquido ruminal e tampão de McDougall (1:4) contendo diferentes níveis de extrato de própolis e excesso de caseína hidrolisada. No estudo da ação da própolis in vivo sobre a fermentação ruminal e AEPA, foram utilizados quatro novilhos Holandeses, em dois períodos experimentais, alimentados com dieta contendo 35% de concentrado, submetidos aos tratamentos controle e com extrato de própolis. O extrato de própolis obtido com etanol a 70% em água foi mais eficiente in vitro que a 99,5%, obtendo-se valores de até 78% de inibição da AEPA em relação ao controle. O extrato de própolis não afetou o consumo de matéria seca, o pH, as concentrações de amônia e de proteína microbiana e as proporções molares dos ácidos graxos voláteis (AGV), acético, propiônico e butírico no líquido de rúmen. Entretanto, o extrato de própolis aumentou a concentração de AGV totais e inibiu a AEPA pelos microrganismos ruminais, indicando que, apesar de não ter reduzido o nível ruminal de amônia, existe o potencial deste efeito ocorrer em outras situações, como em dietas contendo alta taxa de proteína degradável/carboidrato fermentescível, observado em pastagens novas de gramíneas ou pastagens de gramíneas consorciadas com leguminosas. No segundo capítulo, procurou-se avaliar a ação do extrato de própolis sobre a fermentação in vitro de diferentes alimentos pela técnica de produção de gases. Dois experimentos foram realizados. No primeiro experimento, incubaram-se 100 mg de matéria seca de feno de brachiária moído, em ausência (0,2 mL de solução alcoólica a 70% em água) ou presença de 0,2 mL de extrato de própolis (extração de 3 g de própolis em pedra triturada para cada 10 mL de álcool a 70%, durante dez dias, posteriormente diluída para 50% da mesma). O extrato de própolis, quando comparado ao tratamento controle, reduziu a produção final total e a produção final de gases para carboidratos fibrosos. A taxa de digestão específica para carboidratos fibrosos e carboidratos não-fibrosos foi superior quando se utilizou o extrato de própolis. A redução da produção total de gases pode ser atribuída ao efeito da própolis em aumentar a concentração molar de propionato, com conseqüente diminuição da relação acetato:propionato. No segundo experimento, procurou-se avaliar diferentes diluições de extrato de própolis (0; 13,7; 33,3; e 66,7%), em analogia à monensina sódica, adicionada para atingir 5,0 μM como concentração final nos tubos de incubação. Observou-se efeito significativo de tratamento, alimento e interação alimento:tratamento sobre o volume de gás proveniente dos carboidratos fibrosos e não-fibrosos. Não houve efeito do menor nível de própolis (13,7%) sobre nenhuma das dietas avaliadas, para volume final de gases oriundos tanto dos carboidratos fibrosos quanto não-fibrosos. Entretanto, o maior nível (66,7%) mostrou-se eficiente diante de todas as dietas, para ambos os carboidratos, inclusive suplantando a monensina na maioria das vezes, quanto à menor produção final de gases. Avaliou-se, no terceiro capítulo, a ação da própolis in vivo sobre o consumo, a fermentação ruminal e atividade específica de produção de amônia (AEPA) em seis cabras estabuladas. Esses animais, fistulados no rúmen, foram submetidos a uma dieta contendo 67% de silagem de milho e 33% de concentrado, fornecida ad libitum, três vezes ao dia (8, 12 e 16 h). Testaram-se níveis semanais crescentes de própolis (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; e 8,0 gramas de própolis/cabeça/dia), advindos da própolis bruta ou do extrato alcoólico a 70% em água. Para compor um terceiro tratamento, utilizaram-se níveis crescentes de monensina na forma de Rumensin® (0, 11, 22, 33, 44 e 55 mg de monensina/kg de matéria seca consumida). Os tratamentos com a presença de própolis e monensina não afetaram o consumo de matéria seca, o pH e a amônia ruminais. Entretanto, embora não-significativa, houve redução de 21,1 e 12,2% no consumo de matéria seca, respectivamente, para monensina e própolis bruta. Não houve efeito significativo dos tratamentos sobre a AEPA. Observou-se, no entanto, tendência de o extrato de própolis suplantar a monensina em potencialidade para inibir a AEPA (19,7% mais eficiente) pelos microrganismos ruminais. Os tratamentos com própolis e monensina não afetaram (P>0,05) os teores dos ácidos acético, propiônico e butírico no total de ácidos graxos no líquido ruminal. Entretanto, foi possível evidenciar redução do teor de acetato (14,6%) e aumento do propionato (44,53%), pelo uso da monensina em relação ao tratamento controle, e acréscimo do teor de propionato (24,8%), pelo uso da própolis bruta. De modo geral, a falta de efeito estatístico foi devida à limitação do número de animais.Item Adição de complexo multienzimático em dietas com diferentes sojas extrusadas para pintos de corte(Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-31) Brito, Claudson Oliveira; Albino, Luiz Fernando Teixeira; http://lattes.cnpq.br/8634314510296752Dois experimentos foram realizados a fim de avaliar o efeito da adição de complexo multienzimático em dietas com diferentes sojas extrusadas sobre a digestibilidade aparente da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), energia bruta (EB), gordura, Fibra em detergente ácido (FDA), Fibra em detergente neutro (FDN) e hemicelulose; valores de energia digestível ileal parente (EDIap), valores de energia metabolizável aparente (EMA) e o desempenho de pintos de corte. As dietas foram formuladas com 20,8% de PB e 3.150 Kcal de EMA. Com níveis sub ótimos de proteína, de lisina e de metionina + cistina para facilitar a detecção de diferenças no valor nutritivo dos tratamentos. O complexo multienzimático (Allzyme Vegpro) era composto de celulase, amilase e protease, sendo usado 500 mL/ton de dieta, de acordo com as recomendações da indústria. Os tratamentos foram: dieta com soja extrusada subprocessada (91% de solubilidade e 0,5 de urease) sem e com VEGPRO; dieta com soja extrusada processamento normal (88% de solubilidade e 0,05 de urease) sem e com VEGPRO; dieta com soja extrusada superprocessada (66% de solubilidade e 0,0005 de urease) sem e com VEGPRO. No primeiro experimento foram utilizados 960 pintos de corte, machos, Avian Farms, de 1 a 21 dias de idade. Em arranjo fatorial 3 x 2 (soja extrusada × complexo multienzimático - CM), num total de seis tratamentos e oito repetições de 20 aves por unidade experimental. As aves alimentadas com dietas contendo soja extrusada (SE), com processamento normal, apresentaram melhor desempenho quando comparadas com as aves que receberam SE sub e superprocessadas. No entanto, as aves alimentadas com dietas contendo SE sub ou superprocessada apresentaram desempenhos similares, demonstrando que o processamento recebido pela soja integral influencia no desempenho das aves. A adição de Vegpro nas dietas, independente do tipo de soja, melhorou o ganho e a conversão dos pintos de corte em 3,8% e 4,24%, respectivamente. Sendo o maior efeito no desempenho das aves alimentadas com SE subprocessada, com 4,64 e 5,0% no ganho e conversão, respectivamente. Indicando que os fatores antinutricionais foram reduzidos. No segundo experimento foram utilizados 288 pintos de corte, machos, Avian Farms, com oito dias de idade, em arranjo fatorial 3 x 2 (soja extrusada × complexo multienzimático), num total de seis tratamentos com oito repetições de 6 aves por unidade experimental. As excretas foram coletas durante cinco dias para determinação da EMA e no ultimo as aves foram abatidas para a obtenção da digesta. A adição de Vegpro promoveu aumento médio dos coeficientes de digestibilidade ileal aparente da MS, da PB, da EB e da gordura das dietas de 4,8%, 1,3%, 4,8% e 6%, respectivamente. Entretanto, os maiores aumentos da digestibilidade ileal, provocados pelo CM, foram obtidos com as dietas contendo SE subprocessada, 10,7% (MS), 4,2% (PB), 11,4%, (EB) e 17,55% (gordura). A adição de Vegpro melhorou a digestibilidade ileal do FDN, FDA e hemicelulose em média, 10,60; 23,05 e 6,39%, respectivamente e os valores da EDI ap em 4,95% e da EMA em 2,69%.Item Adição de óleo na dieta de eqüinos da raça Mangalarga Marchador em provas de resistência(Universidade Federal de Viçosa, 2002-01-23) Freitas, Eduardo villela Villaça; Carvalho, Giovanni Ribeiro deFoi conduzido um experimento objetivando encontrar se há efeito da adição de óleo vegetal na dieta de eqüinos da raça Mangalarga Marchador sobre o desempenho desses animais em provas de resistência através da mensuração de parâmetros bioquímicos, hematológicos e fisiológicos. Utilizou-se oito cavalos castrados divididos em dois tratamentos. No Tratamento 1, quatro cavalos receberam dieta com 28,50% de óleo de soja degomado na matéria natural e no Tratamento 2 outros quatro animais receberam a dieta sem óleo. Foram realizadas seis provas na modalidade regularidade a 11,25 km/h em um mesmo percurso de 30km Os cavalos foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado utilizando-se o esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcela os tratamentos e nas subparcelas as provas. A concentração média de lactato, glicose, uréia, ácidos graxos não esterificados, proteína total, albumina, globulina, aspartato amino transferase (AST) e lactato desidrogenase (LDH), hemoglobina; o eritrograma; o leucograma; o hematócrito; a frequência cardíaca; a frequência respiratória; a temperatura retal; a perda de peso e a perda de água corporal não diferiram significativamente entre os tratamentos antes, durante e viiapós o esforço físico. Os níveis de cloretos no soro e de CK no plasma diferiram (p<0,05) entre os tratamentos. Os animais do Tratamento 2 apresentaram em média uma maior redução dos níveis de cloretos no soro. Esta diminuição pode estar relacionada a maior perda de cloro no suor, refletindo uma necessidade maior de dissipação do calor em conseqüência da maior produção de calor ou menor eficiência na perda de calor pelos cavalos, que não receberam óleo, do Tratamento 2. Porém, a temperatura retal não diferiu (p>0,05) entre os Tratamentos, logo os animais de ambos Tratamentos conseguiram manter a temperatura retal dentro da normalidade. Verifica-se que, provavelmente, os animais do Tratamento 2 utilizaram mais carboidratos para produção de energia que os animais que receberam óleo na dieta. Então, pode ter ocorrido uma maior produção de calor nos cavalos do Tratamento 2 em conseqüência do maior metabolismo de carboidratos que, por sua vez, tem maior incremento calórico que o metabolismo dos ácidos graxos. Os níveis maiores de CK para os cavalos que receberam óleo podem ser uma adaptação fisiológica desses animais. Possivelmente, essa adaptação tem a finalidade de produzir mais e, por mais tempo, energia no início do exercício. As concentrações de glicose na Coleta 1 (repouso) foram superiores para os animais do Tratamento 1, contribuindo para uma maior disponibilidade deste substrato energético no início da prova, proporcionando, juntamente com a creatina fosfato, o tempo hábil para que as gorduras pudessem ser mobilizadas e utilizadas para produção de grande parte da energia necessária para a atividade física. A utilização de óleo de soja degomado na dieta de cavalos de enduro que competem em provas de até 30 km não alterou os parâmetros bioquímicos, hematológicos e fisiológicos empregados na avaliação do desempenho dos animais nas provas de enduro, exceto as concentrações de cloretos no soro e a atividade enzimática da creatina quinase. Neste experimento, possivelmente não ocorreu efeito do óleo na dieta porque a exigência energética para estas competições é baixa e pode ser suprida, sem maiores problemas, com a utilização de volumoso de boa qualidade e ração concentrada à base de carboidratos.Item Adubação nitrogenada e irrigação em pastagem de capim-elefante(Universidade Federal de Viçosa, 2004-09-20) Mistura, Claudio; Fonseca, Dilermando Miranda da; http://lattes.cnpq.br/7879470676241341O experimento foi conduzido no setor de Agrostologia do Departamento da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa na Zona da Mata do estado de Minas Gerais, com o objetivo de avaliar o efeito da disponibilidade da matéria seca total e de lâminas foliares, o número e peso dos de perfilhos basais não decapitados e decapitados e sua composição química-bromatológica em pastagem de Pennisetum purpureum Schum. cv. Napier. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com três repetições. Conforme sugerido no capítulo I, quando adubado com quatro doses de nitrogênio (100, 200, 300 e 400 kg/ha/ano de N), em área irrigada (AI), quando aplicou-se 70% das doses dos tratamentos no período das águas (Out/2001 a Abr/2002) e no período seco (Abr a Out/2002) aplicou-se 30% restante, levando em consideração o resíduo dos 70% aplicados no período das águas. Na ANI, aplicou-se 100% das doses dos tratamentos apenas no período das águas, e avaliando-se também o efeito do resíduo no período seco. A unidade experimental consistiu de parcelas (piquetes) de 300 m 2 onde foram aplicados os tratamentos. O sistema de pastejo foi com taxa de lotação intermitente, com período de ocupação de dois a três dias e de descanso para o capim-elefante atingir 1,70 m de altura. A irrigação foi realizada por um sistema de aspersão convencional de média pressão, usando turno de rega variável, baseado no método do tanque "Classe A" para estimativa da evapotranspiração de referência. A lâmina real de água foi calculada usando-se um fator de disponibilidade de água no solo igual a 0,5. A disponibilidade de matéria seca total (DMST) e das lâminas foliares (DMSLF) do capim- elefante e pesos das duas categorias de perfilho aumentaram linearmente (P<0,05) com doses de nitrogênio no período das águas, tanto na AI como na ANI, enquanto no período seco, houve efeito linear positivo (P<0,05) para o resíduo da adubação nitrogenada aplicada no período das águas somente na AI, tanto para a DMST e DMSLF como peso de perfilhos de ambas as categorias. As maiores percentagens e produções de forragem ocorreram no período das águas. A adubação nitrogenada não contribuiu para aumentar o número de perfilhos basais não decapitados e decapitados, nos dois períodos do ano. Por outro lado, a irrigação no período seco, proporciona aumento das duas categorias de perfilhos. Os teores de proteína bruta (PB) foram proporcionais às doses de nitrogênio aplicadas, sendo que os maiores teores de PB, ocorreram no período das águas e nas frações das LF-PBNd e LF-PBd, respectivamente. Os resíduos das doses N aplicados no período chuvoso tanto na AI como ANI promoveram incrementos nos teores de proteína nas lâminas foliares das duas categorias de perfilhos e não teveram influência sobre os teores de fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA). Enquanto, a irrigação proporcionou maiores teores de FDN e FDA nas LF- PBNd e LF-PBd e menores na planta inteira e não influenciou os teores de PB. Os ciclos de pastejo influenciaram os teores de PB, FDA e FDN, tanto entre as estações do ano quanto nas frações parte área do capim-elefante.Item Adubação nitrogenada e potássica em pastagens de capim-elefante sob irrigação(Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-05) Lopes, Rogério dos Santos; Fonseca, Dilermando Miranda da; http://lattes.cnpq.br/1516587393609353A manipulação do desempenho animal e da lotação da pastagem através de práticas de intensificação da produção acompanhadas de um correto manejo, podem alterar substancialmente os ganhos em nível de campo. A produção animal em pastagens tropicais adubadas são baseadas principalmente na exploração do potencial das espécies através do uso da elevada carga animal, devido as características peculiares de crescimento e valor nutritivo. A irrigação acompanhada de um eficiente manejo pode se apresentar como boa alternativa na busca de se alavancar a quantidade de produtos de origem animal, com a vantagem de serem produzidos a pasto. No entanto, cresce a pressão de órgãos públicos sobre os agricultores, de uma forma geral, para o racionamento e adoção de sistemas mais eficientes de irrigação. Esta preocupação se deve ao fato da irrigação responder por aproximadamente 70 % do consumo mundial de água. Assim, os agricultores se vêem na necessidade de aumentar a eficiência e produtividade no setor agrícola para que se tornem competitivos e ganhem mercado, produzindo um produto de qualidade com preço competitivo. A utilização da irrigação por aspersão em pastagens pode ser uma boa alternativa para amenizar a falta de forragem na época da seca, bem como estabilizar a produção de verão, solucionando os veranicos e encurtando o ciclo de produção animal. Desta maneira, foi conduzido um experimento em Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais, com o objetivo de avaliar o efeito da irrigação acompanhada de doses crescentes de nitrogênio e potássio, sobre a produção e valor nutritivo do capim-elefante cv. Napier. A irrigação foi realizada por um sistema de aspersão convencional de média pressão, usando turno de rega variável, baseado no método do tanque "Classe A" para estimativa da evapotranspiração de referência. A lâmina real de irrigação foi calculada usando-se um fator de disponibilidade de água no solo igual a 0,5. Avaliações de produção de matéria seca total, de lâminas foliares, relação lâmina/colmo, proteína, FDN e FDA obtidos no final de dois anos de experimento evidenciam que a irrigação não conseguiu determinar diferenças significativas na disponibilidade de matéria seca total e de lâminas foliares nos períodos de seca abrangidos pelo experimento, apesar da tendência dos maiores valores sempre ocorrerem para os tratamentos irrigados. Esta constatação se apoia no fato da ocorrência das baixas temperaturas de inverno na região. Por outro lado, quando se avaliou os resultados obtidos durante os períodos de seca e chuvoso juntos, a disponibilidade de matéria seca total nos tratamentos sob irrigação foi sempre significativamente maior, devido à irrigação suprir e manter a umidade do solo em níveis suficientemente adequados para as forrageiras quando as temperaturas mínimas não foram limitantes ao crescimento, eliminando os veranicos e permitindo a estas, a manutenção da estabilidade da produção, consequentemente, as maiores disponibilidades de matéria seca. Em relação à disponibilidade de lâminas foliares, o efeito da irrigação não foi significativo para todos os tratamentos, evidenciando que a irrigação determina uma maior velocidade de crescimento da forrageira até esta atingir o número máximo de folhas por perfilho. A partir deste ponto, o ganho em produção se dá principalmente em colmos, por isso, pastagens sob irrigação devem ser manejadas com maior freqüência de pastejo para que não haja perda no valor nutritivo das lâminas foliares, devido à adiantada idade fisiológica. Na simulação para viabilidade da produção de leite em pastagens de capim-elefante sob irrigação, observou-se para todos tipos de manejo considerados, um aumento no retorno financeiro anual com o aumento das doses de fertilizantes aplicadas. O que demonstra que a irrigação deve ser praticada em sistemas mais intensivos para otimizar a produção de matéria seca e aumentar a taxa de lotação. Em relação aos períodos de irrigação, a ocorrida somente no verão, obteve-se os maiores retornos, enquanto a irrigação somente no inverno, os menores. Este resultado demonstra a influência negativa das baixas temperaturas de inverno em Viçosa, onde, mesmo com o uso da irrigação, a produção de matéria seca não aumentou significativamente.Item Análise da adoção de tecnologias em sistema extensivo de criação de gado de corte no Pantanal: um estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-16) Abreu, Urbano Gomes Pinto de; Lopes, Paulo Sávio; http://lattes.cnpq.br/1101867961657651Os objetivos deste trabalho foram analisar a introdução de diferentes tecnologias e suas interações no sistema de produção extensivo de cria de bovinos de corte no Pantanal; quantificar o efeito da introdução dessas tecnologias no desempenho das matrizes, utilizando-se Equações de Estimação Generalizada (EEG), que é extensão do Modelo Linear Generalizado (GLIM); avaliar o impacto das tecnologias no percentual de descarte das matrizes; simular a estrutura etária do rebanho de cria, sob diferentes pressões de descarte verificadas ao longo do trabalho, por meio de cadeia de Markov, além de verificar a eficiência do sistema de produção por meio de Análise Envoltória de Dados (DEA). Foram acompanhadas, no período de 1994 a 1999, 1.075 matrizes de fazenda típica da região do Pantanal, onde gradualmente se implantaram a desmama antecipada, a everminação estratégica das novilhas de reposição, o descarte baseado em desempenho, a monta controlada, o uso de touros do próprio plantel da fazenda e a redução da proporção touro:vaca. Durante a realização dos trabalhos de gado (TG), as matrizes foram classificadas como Paridas (1) ou Solteiras (0); no caso de a vaca passar por dois trabalhos de gado na categoria de Solteira, era submetida ao diagnóstico de gestação e, no caso de estar vazia, era descartada. Assim, as matrizes também eram classificadas como Não- descarte (1) e Descarte (0). A distribuição e a função de ligação, utilizadas na análise de EEG, foram a binomial e a logística, respectivamente. O método de análise EEG incorpora a covariância das medidas repetidas no mesmo animal, no caso em que a variável resposta é não-paramétrica. Os efeitos das variáveis explanatórias, calculadas pela estatística de Wald, de invernada, da ordem de trabalho de gado, da idade da vaca, linear e quadrática, influenciaram, significativamente (p<0,01), a probabilidade de a matriz, ser classificada como Parida (1), o que indica que a introdução de tecnologia não é um processo simples, pois as tecnologias implementadas tiveram efeitos diferentes nas variáveis exploratórias. A análise das comparações entre as invernadas ressaltou a importância das diferenças entre fitofisionomias para o ajuste da taxa de lotação de cada invernada. Ao longo dos TGs, o maior impacto positivo no incremento da probabilidade de a matriz ser classificada como Parida foi logo após a implantação da monta controlada no sistema de produção. O descarte de matrizes também foi influenciado, significativamente (p<0,01), pelas variáveis invernada, ordem do trabalho e idade da vaca linear. A adoção da estação de monta, após o sexto TG, aumentou em 16,38 vezes a pressão de descarte de matrizes em relação ao sistema tradicional de descarte realizado na região. Foi utilizada metodologia de cadeia de Markov na avaliação da estrutura etária do rebanho em equilíbrio, sendo verificado que as idades médias de permanência e de descarte das matrizes no rebanho foram de 8,52 e 13,21 anos, respectivamente. A idade de descarte é maior que a verificada na literatura, como recomendação de descarte para vacas no Brasil Central. Dez categorias de insumos (input) e uma categoria de produto (output), durante o período de 1995 a 2002, foram consideradas na avaliação da eficiência produtiva do sistema de produção. Utilizaram-se componentes principais para determinar as três -de-obra e orrelação significativa (p<0,01) com os três primeiros componentes que explicaram 91,6% da variância total dos insumos. As eficiências calculadas pela metodologia DEA, nos anos de 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002, foram, para os modelos de retorno, constantes à escala (CCR), 0,8290; 0,6571; 1; 0,5390; 0,7990; 0,8010; 1 e 0,9291; e variáveis à escala (BCC), 0,8841; 0,7460; 1; 0,6350; 0,8530; 0,9342; 1 e 1. Os anos de 1997 e 2001 foram considerados de máxima eficiência técnica.Item Análise de eficiência técnica e econômica de sistemas de produção de leite da região de São Carlos, São Paulo(Universidade Federal de Viçosa, 1997-09-16) Schiffler, Eli Antônio; Mancio, Antonio Bento; http://lattes.cnpq.br/8578482325551641Este estudo avaliou os índices zootécnicos, produtivos e econômicos de quatro sistemas de produção de leite tipo B do Estado de São Paulo que utilizavam o sistema de pastejo intensivo como alimentação volumosa do rebanho no período do verão. Foram selecionados o sistema EMBRAPA/CPPSE, dois sistemas de produção particulares da região de São Carlos e um outro sistema, localizado em São João da Boa Vista. A seleção dos sistemas particulares visou àqueles que apresentassem volumes de produção semelhantes ao do sistema EMBRAPA. O período analisado foi de 1o de maio de 1995 a 30 de abril de 1996. Os levantamentos realizados incluíram os índices zootécnicos e os recursos disponíveis de cada sistema. Obtidos os índices zootécnicos, adotou- se o procedimento de se estabilizarem os rebanhos, para possibilitar análises descritivas dos parâmetros estudados nos sistemas e nas comparações entre si. Os resultados permitiram concluir que a produção de leite é um negócio lucrativo quando conduzida com eficiência técnica e que o volume da produção teve influência no custo total do litro de leite e, portanto, no lucro das empresas.Item Análise genética de características de resistência ao Haemonchus contortus em caprinos Crioulos(Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-23) Oliveira, Joashllenny Alves de; Silva, Fabyano Fonseca e; http://lattes.cnpq.br/2077725210834547Foram utilizados 5.796 registros de perfis parasitológico (ovos por grama de fezes - OPG) e histológico (contagem de eosinófilos sanguíneos – EOSI; e volume globular - VG), para obtenção da resposta à resistência ao parasitismo Haemonchus contortus ao longo do tempo, oriundos de 138 caprinos da raça Crioula com idades variando de 173 a 307 dias, pertencentes a empresa francesa INRA (Institut National de Recherche Agronomique) na Unité de Recherches Zootechniques (URZ) localizada em Guadalupe (Antilhas Francesa), coletados no período de 2009 a 2013. A primeira análise destes dados foi contrastar diferentes modelos estatísticos (repetibilidade - REP; e regressão aleatória - MRA) para uma avaliação genética relacionada à resistência de caprinos Crioulos infectados artificialmente com 10.000 larvas L3 de Haemonchus contortus, em 2 etapas (Desafio 1 - correspondente à imunização do animal ao parasita; e Desafio 2 - correspondente à resposta da imunização adquirida pelo animal após a primeira infecção artificial) e observados durante 56 dias. Para o MRA o ajuste ocorreu por meio de funções polinomiais de Legendre para a curva fixa (kf), efeito genético aditivo (ka) e de ambiente permanente (kp) considerando as ordens dois (função linear) e três (função quadrática) para descrever as estruturas de (co)variâncias em função do tempo. Por meio do software WOMBAT, os modelos (REP e MRA) foram comparados pelos critérios de informação de Akaike (AIC) e Bayesiano de Schwarz (BIC). Estes avaliadores de qualidade destacou no Desafio 1, os seguintes MRA com as ordens: 3,2,3 para OPG; 3,3,2 para EOSI e 2,2,3 para VG como sendo os mais plausíveis para descrever geneticamente a curva de resistência de caprinos Crioulos inoculados com Haemonchus contortus. Já para o Desafio 2, os MRA com as ordens: 3,2,3; 3,2,2 e 3,3, respectivamente para as características OPG, EOSI e VG foram ressaltado para a mesma finalidade. Na segunda análise destes dados para ambos os Desafios (1 e 2) foi realizada a identificação de genes associados aos mecanismos de resistência em caprinos Crioulos ao Haemonchus contortus, por meio um Estudo de Associação Genômica Ampla (Genome-Wide Association Study - GWAS) para contagem de ovos por grama de fezes (OPG). Todos os animais avaliados neste estudo foram genotipados utilizando o chip Illumina goat SNP50 BeadChip (Illumina Inc. San Diego, CA) contendo 53.347 SNPs (Single Nucleotide Polymorphism ou polimorfismo de nucleotídeos de base única). E após o controle de qualidade, os genótipos de todos os indivíduos passaram a ter 46.643 SNPs, onde foram incluídos no GWAS. As associações que mostraram significativas foram identificadas através de modelos lineares mistos e ajustados separadamente para cada Desafios (1 e 2) utilizando a função GWAS do pacote rrBLUP do software R. No Desafio 1 foram encontrados sete SNPs (no cromossomo 4, 6, 11 e 17) e no Desafio 2 foram reportados cinco SNPs (nos cromossomos 3, 8, 9 e 24). A anotação dos genes candidatos foi realizada nas posições destes marcadores significativos, onde o principal cromossomo em termos de número de genes anotados foi o seis (Desafio 1) e o oito (Desafio 2) para a característica de interesse OPG. Uma vez que a infecção de Haemonchus contortus provoca danos graves no intestino em animais infectados, resultando num processo de inflamação e também a perda de sangue (ou anemia), o uso destes genes anotados é grande importância, pois os mesmos podem ser analisados sob um ponto de vista para uma resposta imunológica integrada.Item Antioxidantes na conservação das características nutricionais de alimentos usados em rações para aves(Universidade Federal de Viçosa, 1998-11-12) Amaral Neto, Ernandis Borges do; Albino, Luiz Fernando Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5585076509233240Foram realizados seis ensaios biológicos, com galos Leghorn, adultos, com o objetivo de determinar os valores de energia metabolizável verdadeira (EMV) e energia metabolizável verdadeira corrigida (EMVn) de farinha de carne e ossos (FCO), óleo de soja e óleo de dendê. Nos cinco primeiros ensaios biológicos, foram utilizados alimentos não-tratados com antioxidantes, armazenados por um período de 120 dias. O primeiro ensaio foi realizado antes de iniciar o período de armazenamento, no dia 0 (zero), e os demais foram realizados de acordo com intervalos de 30 dias de armazenamento (30, 60, 90 e 120 dias). No sexto ensaio, foram analisados todos os alimentos armazenados e tratados com os diferentes tipos de antioxidantes (B.H.T., Endox e Etoxiquim). Determinaram-se a composição química e energética da FCO e os valores de EMV e EMVn, dos óleos de soja e dendê, utilizando-se, nos seis ensaios, o método “alimentação forçada” (SIBBALD, 1976). Os valores de EMV foram superiores aos de EMVn. O período de armazenamento influenciou negativamente os valores de EMV do óleo de dendê. Não foram observadas diferenças significativas entre os antioxidantes utilizados para FCO, o óleo de ixsoja e o óleo de dendê. Foi realizado também um ensaio de desempenho com o objetivo de verificar a eficácia dos antioxidantes utilizados. Foram elaboradas rações utilizando-se FCO armazenadas por 120 dias, tratadas com B.H.T., Endox, Etoxiquim e uma ração testemunha (FCO, sem tratamento com antioxidantes). As rações foram fornecidas a pintos de corte, Hubbard, no período de 1 a 21 dias de idade. Considerando-se os resultados de desempenho, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos com relação a ganho de peso, consumo da ração, conversão alimentar e viabilidade.Item Aplicação do conceito de proteína ideal em dietas com diferentes níveis protéicos para frangos de corte(Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-29) Rigueira, Leandro César Milagres; Rostagno, Horácio Santiago; http://lattes.cnpq.br/4509738582346578Foram conduzidos quatro experimentos nas instalações do setor de avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, de 16/08/04 a 15/09/04, com o objetivo de avaliar a influência de diferentes níveis de proteína bruta (PB) sobre as características de desempenho (ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar) e de carcaça (rendimento dos cortes no abate e taxa de deposição de gordura abdominal) de frangos de corte, machos e fêmeas, da linhagem Ross, nas fases de crescimento e terminação. No experimento 1 utilizou-se 880 machos, distribuídos em quantidades iguais em cinco tratamentos conforme o nível protéico da dieta: 16%, 17%, 18%, 19% e 20%. Todas as dietas foram formuladas com 3.100 kcal de EM/kg e 1,045% de lisina digestível, sendo que a idade inicial das aves era de 21 dias e final de 35 dias. No experimento 2 utilizou- se 880 fêmeas, distribuídas em quantidades iguais em cinco tratamentos conforme o nível protéico da dieta:15%, 16%, 17%, 18% e 19%. Todas as dietas foram formuladas com 3.100 kcal de EM/kg e 1,0% de lisina digestível, sendo que a idade inicial das aves era de 21 dias e final de 35 dias. No experimento 3 utilizou-se 800 machos, distribuídos em quantidades iguais em cinco tratamentos conforme o nível protéico da dieta:15%, 16%, 17%, 18% e 19%. Todas as dietas foram formuladas com 3.200 kcal de EM/kg e 1,0% de lisina digestível, sendo que a idade inicial das aves era de 37 dias e final de 49 dias. No experimento 4 utilizou-se 800 fêmeas, distribuídas em quantidades iguais em cinco tratamentos conforme o nível protéico da dieta:14%, 15%, 16%, 17% e 18%. Todas estas dietas foram formuladas com 3.200 kcal de EM/kg e 0,950% de lisina digestível, sendo que a idade inicial das aves era de 37 dias e final de 49 dias. Em todos os experimentos, a relação lisina com os aminoácidos metionina + cistina, treonina, triptofano, isoleucina, glicina + serina, arginina e valina foi mantida em: 74%; 65%; 18%; 67%; 158%; 108%; 77%, respectivamente. No experimento 1, os níveis de PB influenciaram linearmente o ganho de peso e a conversão alimentar, mas não influenciou o rendimento de carcaça e a deposição de gordura abdominal. No experimento 2, os níveis não influenciaram as características de desempenho e de rendimento de carcaça, mas influenciaram linearmente a taxa de deposição de gordura abdominal, que diminuiu proporcionalmente ao aumento do nível de PB da dieta. No experimento 3 e 4 os níveis protéicos não tiveram efeito significativo sobre as características de desempenho e de carcaça avaliadas. Desse modo, conclui-se aplicando o conceito de proteína ideal que: os níveis de PB para as dietas de machos e fêmeas em fase de crescimento são de 20% e 15%, respectivamente, e em fase de terminação os níveis de PB para as dietas de machos e fêmeas são de 15% e 14%, respectivamente.Item Aspectos produtivos da raça Pardo-Suíça no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-23) Rennó, Francisco Palma; Pereira, José Carlos; http://lattes.cnpq.br/6231332327305996O presente trabalho foi desenvolvido utilizando dados de produção do Serviço de Controle Leiteiro da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Pardo-Suíço, sendo o objetivo deste estudo avaliar o desempenho produtivo dos animais da raça Pardo-Suíça, analisando a produção de leite e gordura, a percentagem de gordura, a idade ao primeiro parto e a produção de leite na primeira lactação, e também estimar parâmetros genéticos para as características produtivas estudadas. Foram estudadas as produções de leite, de gordura e a percentagem de gordura de 11189 lactações de 5382 vacas Pardo-Suíças, de 1980 a 1999, oriundas de 201 rebanhos, sendo estas lactações de diferentes ordens de partos. Os efeitos estudados foram o ano e estação de parto, rebanho e grupo genético. As lactações foram ajustadas para duas ordenhas, períodos de lactação de 305 dias e produção a idade adulta. Os fatores de ambiente, ano e época de parto, influenciaram as características estudadas, com exceção da época de partos sobre a percentagem de gordura (P>0,05). Houve efeito (P<0,01) da interação ano-época de partos sobre as características estudadas. O efeito de rebanho apresentou maior influência sobre a produção de leite, de gordura e da percentagem de gordura (P<0,01). O grupo genético influenciou (P<0,01) todas as características produtivas estudadas. Foram estimados parâmetros genéticos para a produção de leite e gordura com o objetivo de obter os coeficientes de herdabilidade, de repetibilidade e as correlações genéticas das características produtivas estudadas. Os coeficientes de herdabilidade e repetibilidade estimados para a produção de leite e gordura foram 0,37 e 0,40, e 0,36 e 0,37, respectivamente. A correlação genética entre a produção de leite e de gordura encontrada neste estudo foi de 0,96. Também foram estudados os efeitos de meio ambiente e genéticos sobre a idade ao primeiro parto e a produção de leite na primeira lactação. Foram estudados os efeitos do ano e época de nascimento, rebanho e grupo genético. Para o estudo da produção ao primeiro parto estudou- se ainda os efeitos do ano e época de parto, e da idade ao primeiro parto. As lactações foram ajustadas para duas ordenhas, períodos de lactação de 305 dias e a 4% de gordura. Os efeitos ano de nascimento, rebanho e grupo genético influenciaram (P<0,01) a idade ao primeiro parto, enquanto que a época de nascimento não teve efeito significativo (P>0,05). A interação ano-época de nascimentos também teve efeito significativo (P<0,01) sobre a idade ao primeiro parto. No estudo da produção de leite na primeira lactação, o ano e a época de partos, bem como a interação ano-época de partos e o rebanho influenciaram (P<0,01) a característica estudada. Entretanto, o grupo genético e a idade ao primeiro parto não influenciaram (P<0,05) a produção de leite na primeira lactação. Os resultados obtidos neste estudo revelam que a raça Pardo-Suíça tem conseguido obter bons índices de produtividade nos sistemas de produção utilizados no Brasil, revelando grande possibilidade de expansão desta raça pelo país.Item Atividade de enzimas digestivas da rã-touro na fase pós- metamórfica(Universidade Federal de Viçosa, 2001-07-23) Braga, Luís Gustavo Tavares; Euclydes, Ricardo Frederico; http://lattes.cnpq.br/9311512323494016Com o objetivo de se avaliar a atividade enzimática da tripsina, amilase e lipase no conteúdo intestinal da rã-touro (Rana catesbeiana Shaw, 1802), 320 animais com peso médio de 3,6 gramas foram distribuídos em baias-teste com temperatura e fotoperíodo controlados. As rãs selecionadas na fase pós- metamórfica receberam ração comercial extrusada ad libitum. Durante 87 dias de experimento, foram efetuadas 29 coletas em intervalos variando de 1 a 8 dias. As coletas do conteúdo intestinal foram feitas mediante a insensibilização das rãs em gelo e água e posterior isolamento do intestino delgado das mesmas. Após cada coleta, todo material foi congelado em nitrogênio líquido e armazenado em freezer, para ser liofilizado posteriormente. A determinação da atividade da tripsina foi realizada utilizando-se Benzoil-D, L-Arginina p-nitroanilida (D, L- BApNA) como substrato. Para os testes de atividade da amilase e lipase, foram utilizados KIT's enzimáticos comerciais, correspondentes a cada enzima. A atividade da tripsina foi registrada no primeiro dia de experimento, enquanto para amilase e lipase isto aconteceu a partir do terceiro dia. A fase inicial é marcada pelo aumento da atividade da tripsina e amilase até alcançar estabilidade, quando os animais ainda estavam na fase de imago. Neste mesmo período, a rã-touro ainda possui baixa capacidade de hidrólise para lipase. No período subseqüente até o final do experimento, a manutenção da estabilidade da atividade e atividade específica da tripsina e amilase foi contrastada pelo contínuo aumento destes parâmetros em relação à lipase. Pode-se concluir que a rã-touro apresenta capacidade para digestão de alimentos de origens protéica, amilásica e lipídica, sendo que, na fase inicial, recomenda-se a utilização de ração rica em proteína e, na fase seguinte, uso de maior quantidade de ingredientes contendo amido e lipídio.Item Avaliação “in vitro” da técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal para transferência de embriões em eqüídeos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-04) Rivera Millan, Adriana del Pilar; Gastal, Melba Maria Furtado OliveiraDevido à necessidade de se obter melhores taxas de prenhez após transferência de embriões pelo método não-cirúrgico, técnicas alternativas têm sido testadas, porém com resultados poucos satisfatórios. Dentro desse contexto, o presente estudo foi conduzido com o intuito de investigar a eficiência da técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal “in vitro”, para validação da mesma e posterior utilização como técnica alternativa na transferência de embriões na espécie eqüina. Para isso, foram desenvolvidos três experimentos, utilizando-se genitálias de éguas provenientes de frigorífico (Experimentos 1, 2 e 3) e oócitos (Experimento 3) obtidos de folículos de ovários de genitálias e, ou aspirados de folículos de éguas “in vivo” por meio da técnica ultra-sonográfica. No Experimento 1, a alta taxa de sucesso (88%, 879/1000) na inserção de agulha e de tubo de teflon no lume do útero, por meio da técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal, sugere a viabilidade do procedimento, o qual foi caracterizado por reduzido número de tentativas (1,04 ± 0,2) e mínimo tempo gasto (21,7 ± 0,3 seg) por injeção, quando o procedimento resultou em sucesso. Além disso, o emprego de um sistema de escores para determinar o grau de certeza do posicionamento da agulha e do tubo no lume uterino, visualizados no monitor do ultra-som, permitiu maior eficiência da técnica. principal objetivo foi determinar No Experimento 2, o o volume mínimo de fluido injetado no lume uterino de genitálias, capaz de ser visualizado na tela do ultra-som durante e após a injeção do veículo (tinta guache branca). Verificou-se que os volumes de 0,5 e 1,0 mL resultaram em taxas de sucesso de 88,5% (261/295) e 91,2% (269/295), respectivamente. Porém, o volume de 1,0 mL mostrou ser mais adequado para a visualização do fluido no momento da injeção, enquanto o volume de 0,5 mL foi mais fácil de ser visualizado após a injeção. No Experimento 3, a eficiência da técnica foi testada na deposição de oócitos no lume uterino. A taxa de sucesso foi menor (75%, 45/60) quando comparada aos experimentos anteriores. No entanto, a taxa de sucesso baseou-se na recuperação de pelo menos um oócito, após duas lavagens uterinas e não no sucesso em depositar os oócitos de forma adequada no lume uterino. Sendo assim, provavelmente, outros fatores tenham afetado a recuperação dos oócitos, o que interferiu nas taxas de sucesso deste experimento. Com base nos resultados do presente estudo, com taxas de sucesso variando de 75,0 a 89,8%, pode-se sugerir que a técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal “in vitro” é um procedimento viável. O reduzido número de tentativas/injeção e o mínimo tempo gasto para a execução da técnica representam papel importante para que esse procedimento seja utilizado “in vivo”. técnica testada nesse experimento pode tornar-se mais uma Finalmente, a alternativa para transferência não-cirúrgica de embriões em éguas e quem sabe, também, em outras espécies. Isso se deve ao fato desta técnica ser de rápida execução e, principalmente, por evitar manipulações cervicais, comumente suspeitas de interferirem negativamente nas taxas de prenhez, quando do ato da transferência não-cirúrgica de embriões.Item Avaliação “in vitro” do sêmen caprino resfriado a 5°C em função de curvas de resfriamento e diluidores.(Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-01) Bispo, Charles André Souza; Carvalho, Giovanni Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/9951464898868735O experimento foi conduzido no Setor de Caprinocultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, com o objetivo de avaliar o efeito da curva de resfriamento em função do diluente utilizado na conservação do sêmen caprino armazenado a 5o C. Foram utilizados quatro reprodutores caprinos adultos das raças Parda Alpina e Saanen, sendo dois de cada raça. O sêmen foi coletado pelo método da vagina artificial. O ejaculado foi dividido em duas partes iguais, e cada uma das partes foi diluída com um dos respectivos diluentes. Foram utilizados os seguintes diluentes: um à base de leite desnatado e outro à base de gema-de-ovo (citrato-gema). Após o envase em palhetas francesas de 0,25 mL, as amostras foram submetidas a duas curvas de resfriamento, sendo uma com taxa de resfriamento de -0,033o C/minuto e a outra com -0,5 o C/minuto , até alcançar a temperatura de 5oC, e analisadas a cada 8 horas, durante um período de 48 horas. A eficiência na preservação celular teve influência direta das curvas de resfriamento, quando associadas aos diluentes utilizados. O diluente citrato- gema, quando utilizado em conjunto com as curvas lenta (CR 1) ou rápida (CR 2), foi o que melhor preservou as células espermáticas ao longo do tempo de armazenamento. O diluente leite desnatado obteve melhor taxa de preservação das células, quando associado à curva de resfriamento rápida (CR 2). A taxa de resfriamento de -0,5o C/minuto (CR 2) proporcionou melhor manutenção da viabilidade espermática, quando o sêmen foi armazenado a 5oC, durante 48 horas.Item Avaliação da cama de frango na suplementação de novilhos e determinação do seu valor nutritivo em ovinos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-11) Oliveira, Rodrigo Vidal; Lana, Rogério de Paula; http://lattes.cnpq.br/5945352821599324Conselheiros: Mário Fonseca Paulino e José Maurício de Souza Campos. O primeiro experimento foi realizado no período de janeiro a março de 2000, com o objetivo de avaliar os efeitos da suplementação sobre os consumos de matéria seca de volumoso, suplemento e dieta total; de matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, extrato etéreo, carboidratos totais, cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio no suplemento e na dieta total, assim como a participação do volumoso, suplemento e da dieta total no suprimento de nutrientes aos animais. Foram estudados também o efeito do consumo de suplemento no pH e amônia ruminais e na uréia plasmática. Utilizaram-se 12 novilhos 7/8 holandês-zebu em três quadrados latinos 4 x 4, consistindo de três grupos de peso corporal (250, 350 e 450 kg), alojados individualmente em baias cobertas, por 60 dias (quatro períodos de 15 dias). Cada grupo de quatro animais foi alimentado, durante os quatros períodos, com capim-elefante "Napier" (Pennisetum purpureum) e suplementos constituídos por farelo de milho e soja numa relação de 70:30 (12,5%), uréia (12,5%) e quatro tipos de cama de frango (75%), as quais foram constituídas de serragem, sabugo de milho triturado, casca de café e capim-elefante "Cameroon". O volumoso e os suplementos foram fornecidos uma vez ao dia pela manhã e mistura mineral e água foram fornecidas à vontade. Verificou-se que os níveis das camas de frango e uréia tiveram alto efeito inibitório no consumo de suplemento e, conseqüentemente, os suplementos tiveram pequena participação no suprimento de nutrientes aos animais. Apesar de não ter ocorrido efeito do suplemento nos parâmetros ruminais e plasmáticos, foram verificadas correlações positivas entre os consumos de matéria seca e proteína bruta no suplemento e os níveis ruminais de amônia. Os níveis ruminais de amônia sempre se apresentaram acima do nível mínimo necessário para adequada fermentação da fibra alimentar e crescimento microbiano. O segundo experimento foi realizado em agosto de 2000, utilizando-se 20 ovinos confinados em gaiolas metálicas de metabolismo, durante 15 dias, sendo 10 dias de adaptação às dietas experimentais e determinação do consumo e cinco dias de coletas de amostras. A partir do oitavo dia, as dietas foram fornecidas no nível de 95% do consumo ad libitum, às 8h. Os animais foram distribuídos em quatro tratamentos em delineamento em blocos casualizados, com cinco repetições. O volumoso foi composto de feno de capim-tifton 85 ( Cynodon spp) e a cama de frango foi composta de sabugo de milho triturado e casca de café numa relação 1:1. As dietas foram isoprotéicas contendo quatro níveis de cama de frango (0, 20, 40 e 60%), 20% de concentrado e quatro níveis de feno (80, 60, 40 e 20%). Avaliaram-se os efeitos dos tratamentos sobre os consumos de nutrientes; o balanço de nitrogênio; a participação do volumoso, da cama de frango e dieta total no suprimento de nutrientes (PB e macroelementos) aos animais; a digestibilidade aparente dos nutrientes; e a disponibilidade dos macroelementos minerais. A cama de frango presente em 40 e 60% da dieta apresentou alta participação no suprimento de proteína bruta e magnésio, comparada ao volumoso, e supriu mais de 100% dos requerimentos de Ca, P, Na e K dos animais. Entretanto, a disponibilidade aparente do Ca foi baixa e do P, negativa. O balanço de nitrogênio passou de negativo para ligeiramente positivo com o aumento da cama de frango, embora tenha ocorrido alta excreção urinária de nitrogênio em todos os tratamentos. Os coeficientes de digestibilidade do CHOT, CNE e EE aumentaram, enquanto da FDN e PB diminuíram com o aumento do nível de cama de frango na dieta.Item Avaliação da casca de algodão para novilhos de origem leiteira e determinação da excreção de creatinina e produção de proteína microbiana em novilhas e vacas leiteiras(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-16) Chizzotti, Mario Luiz; Valadares Filho, Sebastião de Campos; http://lattes.cnpq.br/3842707559113340O presente trabalho foi desenvolvido a partir de quatro experimentos. No primeiro foram utilizados quatro animais de grau de sangue predominantemente Holandês, fistulados no rúmen, com peso médio de 259 kg, objetivando-se avaliar o efeito dos níveis de casca de algodão na dieta de bovinos sobre os consumos e digestibilidades totais e parciais da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), extrato etéreo (EE), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), carboidratos não-fibrosos (CNF), o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT), a produção de proteína microbiana, a concentração de nitrogênio uréico no soro (NUS) e de amônia no rúmen e a excreção de compostos nitrogenados na urina. O delineamento experimental utilizado foi o quadrado latino 4X4, sendo quatro animais, quatro períodos experimentais e quatro tratamentos (níveis crescentes de casca de algodão peletizada: 0, 10, 20 e 30%, em substituição na base da matéria seca à silagem de capim-elefante como volumoso), sendo a dieta total constituída de 60% de volumoso. Verificou-se que os níveis de casca de algodão aumentaram linearmente o consumo diário de todos os nutrientes, tanto em kg quanto em % do peso vivo. As análises de variância não evidenciaram influência dos diferentes tratamentos sobre o pH e concentrações de amônia ruminais, as digestibilidades totais e parciais dos nutrientes e conseqüentemente, não houve efeito sobre o teor NDT das dietas que foi em média 59,53%. O NDT calculado da casca de algodão foi de 55,52%. A concentração de NUS e a excreção de uréia (em mg/kgPV) na urina diminuíram enquanto a excreção urinária de derivados de purinas (DP) na urina aumentou linearmente com a inclusão de casca de algodão nas dietas. A casca de algodão mostrou-se um bom volumoso alternativo, podendo ser fornecida até o nível de 30% na MS total na dieta de novilhos de origem leiteira. No segundo Experimento, objetivou-se avaliar o efeito do nível de produção de leite sobre os consumos e as digestibilidades da MS, MO, EE, PB, FDNcp e CNF, o consumo de NDT e de proteína degradável no rúmen (PDR), a produção de proteína microbiana, a concentração de amônia no rúmen e a excreção de compostos nitrogenados na urina. Avaliaram-se as concentrações de N uréico no soro (NUS) e no leite (NUL), de animais de diferentes produções de leite. Foram comparadas as metodologias de coleta de urina spot e total para a quantificação do fluxo de N microbiano. Foram utilizadas 15 vacas da raça Holandesa, puras e mestiças, alocadas em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos em função do nível de produção de leite (produção de leite média de 5,88, 18,54 e 32,6 kg/dia para os tratamentos ALTA, MÉDIA e BAIXA). A dieta foi constituída de silagem de milho à vontade e um kg de concentrado para cada três kg da média de leite produzido. Os consumos de todos os nutrientes, exceto de FDNcp, foram influenciados pela produção de leite. As digestibilidades da MS e da MO e o teor de NDT não diferiram entre os tratamentos, enquanto as digestibilidades da PB e da FDNcp, foram influenciadas pelo nível de produção sendo maior e menor, respectivamente, no tratamento ALTA. A presença de cinzas e proteína na FDN subestimou a digestibilidade da FDN e superestimou a dos CNF. Os teores de NUS e NUL e a excreção de compostos nitrogenados na urina foram altamente correlacionados e superiores nos animais mais produtivos, indicando que a concentração ótima varia com o nível de produção de leite. A produção microbiana não diferiu entre as metodologias de coleta de urina spot e total, sendo inferior nos animais menos produtivos. No terceiro, 22 novilhas com diferentes pesos, foram distribuídas em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos (peso médio de 523, 453, 315, 235 e 118 kg para os tratamentos I, II, III, IV e V, respectivamente). A alimentação foi constituída de silagem de milho a vontade e 1,5 kg de concentrado por dia para as novilhas dos tratamentos I, II, III e IV, e dois kg de concentrado para as novilhas do tratamento V. Os objetivos foram similares aos do segundo Experimento. Quando expresso em relação ao peso das novilhas, o consumo de MS foi negativamente correlacionado com o peso dos animais. As digestibilidades da MS e da MO e o teor de NDT não diferiram entre os tratamentos, enquanto as digestibilidades da PB e da FDNcp, foram distintas entre os tratamentos, sendo maior e menor, respectivamente, no tratamento V. A presença de cinzas e proteína na FDN subestimou a digestibilidade da FDN e superestimou a dos CNF. Os teores de NUS e a excreção de N e de uréia na urina (em mg/kgPV) foram altamente correlacionados e superiores nas novilhas menores, e variaram com o peso vivo e com o teor de PB e PDR na dieta. A produção microbiana não diferiu entre as metodologias de coleta de urina spot e total, sendo inferior nas novilhas menores. No quarto Experimento, foram utilizadas 15 vacas lactantes com produção de leite média de 24 kg/dia, em blocos ao acaso, objetivando-se avaliar quatro tempos de duração da coleta total de urina (seis, 12, 18 e 24 horas) sobre a estimativa da excreção diária de creatinina. Não foram encontradas diferenças entre a estimativa da excreção de creatinina, obtida pelos tempos de coleta de seis, 12 e 18 horas e a observada em 24 horas, logo a excreção nos períodos diurno e noturno foi similar. A excreção de creatinina pelas vacas do Experimento IV foi, em média, de 24,07 mg/kgPV. Também foram avaliadas as excreções de creatinina nos demais experimentos. Os níveis de casca de algodão não influenciaram a excreção de creatinina nos novilhos do primeiro Experimento, que foi em média de 27,99 mg/kgPV. A excreção de creatinina pelas vacas do segundo Experimento não foi influenciada pela produção de leite, apresentando valor médio de 24,04 mg/kgPV. No terceiro Experimento a excreção de creatinina (EC, em mg/KgPV) aumentou linearmente com a diminuição no peso das novilhas, de acordo com a seguinte equação: EC(mg/kgPV) =32,27 - 0,01093*PV(kg).Item Avaliação da persistência de lactação em vacas Girolando sob o modelo de regressão aleatória(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Chaves, Luciara Celi da Silva; Torres, Robledo de Almeida; http://lattes.cnpq.br/1305599528934397Registros de produção de leite de 6.604 controles leiteiros de 876 vacas da raça Girolando, distribuídas em 40 rebanhos, no período de 1989 a 2001, foram utilizados na comparação entre modelos de regressão aleatória, para estimação de componentes de variância e predição dos valores genéticos dos animais. Os modelos de regressão aleatória incluíram os efeitos de rebanho-ano- estação de controle; efeitos lineares e quadráticos da idade da vaca ao primeiro parto; composição racial do animal; regressão do número de dias em lactação para descrever a partes fixa da curva de lactação e regressões aleatórias relacionadas aos efeitos genético direto e de ambiente permanente, utilizando funções lineares para descrever a trajetória da lactação. Os modelos diferiram entre si por meio da função utilizada para descrever a trajetória da curva de lactação dos animais, sendo estas, funções polinomiais de Legendre com três, quatro e cinco parâmetros, função exponencial de Wilmink e a função logarítmica de Ali e Schaeffer. Os modelos também empregaram diferentes números de classes residuais para o efeito de ambiente temporário. Comparações entre os modelos foram realizadas com base nas estimativas do Teste da Razão de Verossimilhança e pelo Critério de Informação de Akaike. O modelo de regressão aleatória que melhor descreveu a variação da produção de leite no dia de controle foi o que empregou a função polinomial de Legendre com cinco parâmetros, contendo duas classes residuais para o efeito de ambiente temporário. De posse das estimativas de (co)variância dos coeficientes de regressão aleatória e das variâncias residuais, foram obtidas as soluções de regressão aleatória para cada indivíduo, utilizadas posteriormente para gerar as predições de valores genéticos de cada animal. Por meio dos valores genéticos dos animais, foram computadas variáveis que mensuraram a persistência da lactação dos animais. Dentre as sete variáveis de persistência empregadas, a variável PS 2 (obtida pela diferença entre áreas sob a curva de lactação, no terço mediano e inicial da lactação) apresentou menores correlações de produto- momento e de ordem com o valor genético da produção de leite até 305 dias, tanto para os 10% dos melhores indivíduos, quanto para todos os indivíduos em conjunto, independentemente do sexo. Este resultado indica que PS 2 é uma variável indicada para ser utilizada como critério de seleção quando o objetivo for alteração do formato da curva de lactaçãoItem Avaliação da qualidade da fibra sobre a cinética ruminal, consumo e eficiência de utilização de nutrientes em cabras leiteiras(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-25) Branco, Renata Helena; Rodrigues, Marcelo Teixeira; http://lattes.cnpq.br/7517593380145798O presente trabalho teve por objetivo verificar o efeito do nível de fibra em detergente neutro oriundo de forragens (FDNf) e a maturidade da fibra sobre o consumo, o desempenho, o comportamento ingestivo, a eficiência de utilização de energia metabolizável, os parâmetros ruminais, a cinética de transito e os efeitos sobre a repleção ruminal. Para isso, foram conduzidos quatro experimentos, sendo dois com cabras em lactação e dois com cabras não lactantes fistuladas no rúmen, utilizando duas forragens com maturidades distintas e cinco níveis de FDNf, em cada experimento. No primeiro experimento, foram distribuídas cinco cabras em um delineamento em quadrado latino 5 x 5, utilizando-se diferentes níveis de FDNf, como variável independente tendo como fonte de fibra o capim Tifton 85 (Cynodon spp) considerado de qualidade mediana, com 75,78% de FDN e 11,44% de PB. Os níveis estudados foram 19, 27, 35, 42 e 48 % de FDNf. Os consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos não fibrosos (CNF), nutrientes digestíveis totais (NDT) e energia líquida (EL 3x ), foram afetados pelo aumento dos níveis de FDNF. O consumo de FDN não foi influenciado pelo aumento no nível de FDN, quando expresso em kg.dia -1 ou como porcentual do peso animal, mantendo este próximo a 1,2 % do PV. As variações nas concentrações de fibra das dietas não influenciaram os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, FDN, PB e CNF. De maneira semelhante, as concentrações dos constituintes do leite, não foram alteradas ao se variar os níveis de fibra das dietas. Verificou-se efeito linear decrescente do nível de FDNf da dieta sobre a produção de leite, corrigida e não corrigida, expressa em kg.dia -1 . Não houve influência do teor de FDNf sobre o comportamento ingestivo dos animais em estudo. A melhor eficiência liquida de utilização da energia metabolizável consumida para produção de leite foi atingida com a dieta contendo 35% de FDNF. O segundo trabalho foi planejado da mesma forma que o primeiro, com exceção da fonte de fibra forrageira das dietas, que, neste caso, foi feno de capim-Tifton 85 (Cynodon spp) com maturidade avançada, com 86,24% de FDN e 6,47% de PB. As concentrações de FDNf utilizadas foram 20, 28, 35, 43 e 49 % de FDNf. Os consumos de matéria seca, de nutrientes e de energia líquida, foram reduzidos com a adição de fibra à ração; no entanto o consumo de FDN foi crescente indicando uma capacidade de acomodação daquele nutriente pelos animais. O nível de FDNf influenciou os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, PB e CNF. Contudo a digestibilidade da FDN, não foi influenciada pelos tratamentos. Com a variação dos níveis de FDNf o nitrogênio consumido (g.dia –1 ) foi influenciado de maneira quadrática, porém o teor de nitrogênio retido não foi afetado pelos níveis experimentais. Foram observados efeitos quadráticos no nitrogênio excretado nas fezes e na urina, e efeito linear no nitrogênio excretado no leite. O nível de FDNf não influenciou os teores dos constituintes do leite. Verificou-se efeito quadrático do nível de FDNf da dieta sobre a produção de leite, corrigida para 4% e não corrigida, em kg.dia -1 , com maiores produções obtidas com o teor de 28% de FDNf nas rações. A eficiência de utilização da energia metabolizável não foi influenciada pelas variações dos níveis de FDNf. Houve influência do teor de FDNf sobre o comportamento ingestivo dos animais em estudo, afetando o tempo de ruminação, o tempo de mastigação e diminuindo o tempo em ócio dos animais. No terceiro experimento, cinco cabras não lactantes, fistuladas no rúmen, foram distribuídas em um delineamento experimental em quadrado latino 5x5. Neste experimento foram utilizadas as mesmas dietas formuladas para o experimento 1. Houve efeito quadrático dos tratamentos sobre o consumo de MS, MO, EE, PB, FDN, CNF, NDT e energia. O aumento dos níveis de FDNf das rações, reduziu linearmente os coeficientes de digestibilidade aparente da MS, MO, EE e CNF e afetou de maneira quadrática o coeficiente de digestibilidade da FDN. Os coeficientes de digestibilidades ruminais da MS, MO e da FDN aumentou linearmente com a variação dos níveis de FDNf. De forma contrária foi observado redução no coeficiente de digestibilidade intestinal da MS, MO, PB e da FDN. O aumento no teor de FDNf e os tempos de coleta influenciaram o pH ruminal, contudo a amônia ruminal afetada apenas pelos tempos de coleta. O conteúdo ruminal foi afetado de maneira quadrática (P<0,05) pelos níveis de FDNf. A adição de fibra resultou em alteração nos conteúdos de MS, MO, FDN, CNF e PB da massa ruminal. A semelhança do experimento três, e com dietas similares às utilizadas no experimento dois, foi conduzido um quarto experimento. Os consumos de MS, MO, PB e EL foram influenciados de maneira quadrática pelos níveis de FDNf da rações. O consumo de FDN, nas diversas formas em que este foi expresso, não foi influenciado pelos níveis de FDNf. Da mesma forma o consumo de NDT não foi influenciado pelos níveis de FDNf. As digestibilidades aparentes totais da MS, MO, CNF e EE foram afetadas de maneira linear decrescente pelos tratamentos. A digestibilidade da FDN foi influenciada de maneira quadrática pelo aumento dos níveis de FDNf. As digestibilidades ruminais da MS, MO, PB, EE e da FDN apresentou comportamento linear crescente com o aumento dos níveis de FDNf, e as digestibilidades intestinais das mesmas variáveis apresentou comportamento linear decrescente. O conteúdo de FDN ruminal foi afetado de forma linear com o aumento dos níveis de FDNf das dietas experimentais. O pH e a amônia ruminal foram avaliados pelo método de medidas repetidas no tempo, e foram influenciados pelos níveis de FDNf e pelo tempo de coleta. A taxa de passagem foi influenciada de maneira cúbica pelos níveis de FDNf.Item Avaliação da qualidade nutricional do milho pela utilização de técnicas de análise uni e multivariadas(Universidade Federal de Viçosa, 2001-02-23) Barbarino Júnior, Plinio; Rostagno, Horacio SantiagoO objetivo deste trabalho foi desenvolver um modelo conceitual e prático de avaliação da qualidade nutricional e classificação do milho, baseado em características fisico-químicas, utilizando técnicas de análise estatística uni e multivariadas. Os dados utilizados foram gerados aleatoriamente, a partir de médias e desvios-padrão obtidos em literatura científica especializada, que caracterizam os milhos encontrados em diversas regiões do Brasil. As variáveis estudadas foram subdivididas em: variáveis relacionados à origem do milho (região e fornecedores); variáveis relacionados à composição química do milho (teores de energia metabolizável, de proteína bruta, de extrato etéreo e de amido e açúcares); e, variáveis relacionados às características físicas do milho (causas de avarias aos grãos). Foram verificadas altas correlações entre a ocorrência de grãos atacados por fungos e insetos e o total de grãos avariados. Foram observadas altas correlações negativas entre o total de grãos fungados e o conteúdo de matéria seca dos grãos, principalmente extrato etéreo. A análise de componentes principais possibilitou o descarte da variável característica de grãos imaturos, que apresentou contribuição insignificante à variabilidade dos dados. A análise de correlações canônicas mostrou que a ocorrência de ataques de fungos e de insetos, resultou em perdas nos conteúdos de extrato etéreo e de amido e açúcares dos grãos. Análises de variância uni e multivariadas e testes estatísticos foram utilizados para testar diferenç as estatísticas entre milhos de regiões e fornecedores, e permitiram concluir que existem diferenças significativas entre os milhos das diferentes regiões e dos diferentes fornecedores. A análise de variância também foi utilizada para testar diferenças entre os grupos de milhos de alta e baixa qualidade. Os grupos foram formados a partir da média geral do teor de energia metabolizável dos grãos, considerando-se milhos de baixa qualidade, os milhos com conteúdo energético abaixo do valor médio. Foram verificadas diferenças estatísticas entre os grupos de milhos, com base em seus diferentes perfis de grãos danificados. Caracterizada a diferença estatística entre os grupos, foi utilizada a análise discriminante descritiva para a obtenção das funções que melhor diferenciam os milhos, com relação ao seu teor energético, a partir das variáveis características de danos físicos aos grãos, e para avaliar a acurácia da classificação dos milhos. As equações que discriminaram as amostras de milho, nos grupos de milho de alta (MAQ) e de baixa (MBQ) qualidade foram: D MBQ = − 81 , 40934 + 7 , 27092 GQBR + 2 , 34127 FRIM + 7 , 86361 GFUN + 18 , 55977 GINS + 5 , 78943 GADC D MAQ = − 56 , 95729 + 6 , 75573 GQBR + 2 , 45536 FRIM + 5 , 71440 GFUN + 14 , 96686 GINS + 5 , 48161 GADC A classificação prévia dos milhos foi correta em 96% dos casos de milhos alocados no grupo de baixa qualidade, e em 100% dos casos de milhos alocados no grupo de alta qualidade, resultando em acurácia da classificação, de 98%. As associações entre as variáveis físicas e químicas foram quantificadas por análises de regressão múltipla e simples, em cada grupo, além de equações gerais. As equações obtidas para a estimativa da energia metabolizável do milho, a partir da composição de proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e amido e açúcares (AA), em percentagem, foram: Geral EM = − 87 . 477 + 951 , 164 % PB + 1 . 002 , 10 % EE + 1 . 053 , 08 % AA R 2 = 0 , 999 MBQ EM = − 86 . 659 + 942 , 920 % PB + 993 , 469 % EE + 1 . 043 , 57 % AA R 2 = 0 , 999 MAQ EM = − 87 . 979 + 965 , 523 % PB + 1 . 007 , 59 % EE + 1 . 058 , 86 % AA R 2 = 0 , 999 As equações obtidas para a estimativa da energia metabolizável perdida dos grãos de milho (EMp), devido à quebra (GQBR), a fragmentos e impurezas (FRIM), ao ataque de fungos (GFUN), ao ataque de insetos (GINS) e às avarias por diversas outras causas (GADC), em percentagem, foram: Geral m EM p = − 0 , 06407 + 1 , 6151 GQBR + 6 , 9843 FRIM + 10 , 0649 GFUN + 12 , 2854 GINS + 5 , 8688 GADC R 2 = 0 , 999 MBQ EM P = 4 , 88214 + 1 , 5340 GQBR + 7 , 0538 FRIM + 9 , 7984 GFUN + 11 , 6640 GINS + 4 , 6073 GADC R 2 = 0 , 996 MAQ EM P = 0 , 80983 + 1 , 5053 GQBR + 6 , 6238 FRIM + 10 , 0409 GFUN + 12 , 5565 GINS + 6 , 2759 GADC R 2 = 0 , 999 Geral s EM p = − 21 . 5606 + 7 , 74718 GAVR R 2 = 0 , 752 Estas equações apresentaram ótimos coeficientes de determinação, indicando excelente ajuste das equações aos dados. A partir das funções discriminantes, novas amostras de milho, de conteúdos energéticos desconhecidos, foram classificadas em milhos de alta ou baixa energia e foram estimadas as perdas de energia metabolizável e o conteúdo energético dessas amostras. Médias, desvios-padrão, acurácia de classificação e correlações de rank dos grupos de milho de alta (MAQ) e de baixa (MBQ) qualidade, formados pela utilização de diversas técnicas de agrupamento, foram comparados com os valores obtidos pela separação dos milhos em grupos, com base em seus valores de energia metabolizável. Os melhores resultados foram obtidos com a utilização do método de agrupamento hierarquizado de ligações completas, com distância de Pearson. Para avaliar o impacto econômico do fracionamento do milho foram formuladas rações práticas para frangos de corte. Com o fracionamento do milho, a formulação resultou em rações mais baratas (-0,23%), com a utilização do milho de alta qualidade, e mais caras (+0,45%), com a utilização do milho de baixa qualidade, que as rações formuladas sem o fracionamento do milho. Para que as rações formuladas com o milho de pior qualidade tenham o mesmo custo que as formuladas com o milho sem fracionamento, é necessário que o milho seja depreciado em, no mínimo, 2%. A partir dos resultados obtidos, pode- se concluir que: a utilização das diversas técnicas de análise estatística uni e multivariadas possibilitou o desenvolvimento de um modelo conceitual e prático da avaliação nutricional do milho, a partir de suas características físicas e químicas; e, o modelo desenvolvido apresenta potencial para ser adaptado a outras matérias-primas.Item Avaliação da redução da proteína bruta da ração com suplementação de aminoácidos para suínos de 15 a 60 kg mantidos em diferentes ambientes térmicos(Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-20) Ferreira, Rony Antonio; Oliveira, Rita Flávia Miranda de; http://lattes.cnpq.br/3967008825515096Um total de 180 leitões foram utilizados em três experimentos para avaliar a influência da redução da proteína bruta (PB) com suplementação de aminoácidos em rações sobre o desempenho de suínos mantidos em diferentes temperaturas. No experimento I, foram utilizados 60 animais mantidos em conforto térmico (22 oC), dos 15,0 kg aos 30,2 kg, em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco tratamentos (18, 17, 16, 15 e 14% PB), seis repetições e dois animais por unidade experimental. Não se observou efeito da redução do nível de PB sobre o consumo de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA). As taxas de deposição de gordura (TDG) e proteína (TDP) também não foram influenciadas pelos tratamentos. Os tratamentos influenciaram os pesos absoluto e relativo do estômago e o peso absoluto de intestino. No experimento II, 60 leitões foram mantidos em alta temperatura (32 oC), dos 15,2 kg aos 29,9 kg, utilizando-se os tratamentos e o delineamento experimental do experimento I. Não se observou efeito dos tratamentos sobre o CR, o GP e a CA nem sobre os consumos de lisina e de energia digestíveis. A redução da PB influenciou o consumo de nitrogênio; somente a TDG foi influenciada. Os maiores valores de peso de fígado, estômago e rins foram observados nos animais que receberam a ração com maior nível de PB. No experimento III, 60 leitões foram mantidos no calor (32o C), dos 29,8 aos 59,9 kg, distribuídos em cinco tratamentos (17, 16, 15, 14 e 13% PB), seis repetições e dois animais por unidade experimental. A redução do nível de PB influenciou o GP e o CR dos animais, tendo apresentado os menores valores aqueles submetidos à ração com 14% de PB; a CA não variou. Observou-se efeito dos tratamentos sobre a TDP e a TDG, com os animais que receberam a ração com 14% de PB apresentando os menores valores de ambas as taxas. Os animais que receberam o nível mais elevado de PB apresentaram maiores pesos (absoluto e relativo) de rins. Concluiu-se que o nível de PBda ração para suínos machos dos 15 aos 60 kg mantidos em diferentes temperaturas pode ser reduzido em quatro unidades percentuais, sem influência negativa no desempenho dos animais, desde que as rações sejam devidamente suplementadas com aminoácidos essenciais no padrão da proteína ideal.