Meteorologia Agrícola

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    Evapotranspiração e eficiência produtiva da videira Syrah no Submédio do vale do São Francisco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Pereira, Vágna da Costa; Moura, Magna Soelma Beserra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769996A1; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/3355555690297448; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9796784370869247
    A determinação do consumo de água pela videira é de crucial importância para obtenção de produtividades satisfatórias para elaboração de bons vinhos, redução de custos de produção e, principalmente, para o manejo sustentável dos recursos hídricos regional. Neste sentido, com este trabalho objetivou-se analisar os valores da evapotranspiração da cultura da uva para elaboração de vinhos, determinada por duas metodologias (balanço de energia com base no método da razão de Bowen (BERB) e o modelo de Penman-Monteith), e a eficiência do uso da água da cultura para as condições climáticas do Submédio do Vale do São Francisco (SVSF). O experimento foi conduzido em uma área comercial da Fazenda Ouro Verde (09°16 S; 40°51 O e 444 m) no primeiro semestre do ano de 2010, que fica localizada na região semiárida do município de Casa Nova, Bahia. A área de 9 hectares selecionada foi plantada com a videira (Vitis vinífera L.), variedade Syrah , enxertada sobre o porta-enxerto IAC 766, com três anos de plantio, e irrigada por gotejamento. A poda de produção foi realizada no dia 08 de março de 2010 e a colheita no dia 19 de julho de 2010, totalizando o ciclo produtivo de 133 dias. Com base nos resultados observou-se que durante a análise de consistência física do método BERB, 69,5% dos dias avaliados foram considerados válidos para a determinação da densidade de fluxos de energia em escala diária. O saldo de radiação e a radiação refletida representaram aproximadamente 73 e 16%, respectivamente, da radiação solar incidente no parreiral. Ao longo do ciclo produtivo da videira, os valores médios diários do fluxo de calor latente (LE) representaram cerca de 70% do saldo de radiação (Rn), enquanto 30% foi destinado ao aquecimento do ar atmosférico, representado por meio do fluxo de calor sensível (H). Entretanto, não houve energia destinada ao aquecimento do solo (G) durante quase todas as fases fenológicas, exceto na fase final quando a relação G/Rn representou aproximadamente 4%. Em relação aos graus-dia acumulados (GDA), foram necessários 1.819 GDA para a videira Syrah completar o seu ciclo produtivo, correspondendo ao total de 133 dias para poda no primeiro semestre do ano. A evapotranspiração de referência (ETo) e a evapotranspiração da cultura determinada por meio do método BERB (ETcBERB) durante o ciclo da cultura foram de 474,0 e 376,4 mm, respectivamente, com valor médio diário de 3,9 e 3,1 mm. A transpiração máxima estimada pelo método de Penman-Monteith oscilou entre 9,2 a 3,0 L d-1 m-2, com volume total de 614,7 L m-2, aproximadamente 204,9 mm. A razão ETcBERB/ETo atingiu valores médios de 0,70; 0,85 e 0,66, respectivamente, para as fases fenológicas de Brotação-Floração, Floração-Maturação e Maturação-Colheita. A produtividade média da videira Syrah , para elaboração de vinhos finos, foi de 4.400 kg ha-1, enquanto a média da produtividade de água com base na evapotranspiração e transpiração total da cultura determinada por meio do método BERB e Penman-Monteith foi de 1,17 kg m-3 e 2,15 kg m-3, respectivamente.
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    Evapotranspiração e crescimento de clones de palma forrageira irrigada no Semiárido brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-26) Pereira, Poliana de Caldas; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Silva, Sérvulo Mercier Siqueira e; http://lattes.cnpq.br/0654495217313534; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/9759144977849612; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8
    O objetivo deste estudo foi quantificar a evapotranspiração e o crescimento de clones de palma forrageira irrigada durante o primeiro ano produtivo do segundo ciclo da cultura (março de 2012 a fevereiro de 2013). O experimento foi conduzido em Serra Talhada PE, localizada no Semiárido brasileiro. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com três repetições, em arranjo fatorial (3x3), no qual as parcelas foram compostas por três condições de disponibilidade de água, resultantes da aplicação de uma lâmina fixa (L: 7,5 mm) em três frequências (F: 7, 14 e 28 dias), e as subparcelas por três clones de palma forrageira (IPA: IPA Sertânia; MIU: Miúda; e OEM: Orelha de Elefante Mexicana). Foi realizado, durante o período de junho de 2012 a fevereiro de 2013, o monitoramento do conteúdo de água no solo com auxílio de uma sonda capacitiva (Diviner 2000@ SentekPty Ltda. Austrália), no intervalo médio de três dias. Dados diários dos elementos meteorológicos foram obtidos a partir de uma estação automática, visando determinar a evapotranspiração de referência (ETo) pelo método de Penman-Monteith, parametrizado no Boletim 56 da FAO. Por meio desses dados e de propriedades físico-hídricas do solo, foi realizado o balanço de água no solo (BAS) a cada 14 dias, sendo que os componentes foram acumulados, posteriormente, em nove períodos de 28 dias. Por resíduo do BAS, estimou-se a evapotranspiração real da cultura (ETr) para determinação da relação ETr/ETo. Após 150 dias do primeiro corte, foram realizadas oito campanhas biométricas, com intervalos de trinta dias cada, para análises morfológicas da planta e dos cladódios. Com esses dados, foram determinadas as taxas morfogênicas ao longo do tempo para o ciclo dos clones. Todos os dados foram comparados pela análise de variância e pelo teste de médias de Tukey, ao nível de 5% de significância. A evapotranspiração e os demais componentes do BAS apresentaram diferenças significativas entre os clones e condições de irrigação ao longo do tempo. Entretanto, para os valores acumulados ao longo do ciclo, apenas o fluxo de água no solo do clone IPA, na condição F14 (-66,5 mm), diferenciou-se dos demais clones, apresentando o valor mais alto de fluxo. A ETr média da palma forrageira irrigada, durante o período de análise foi de 1,5 mm dia-1 para uma demanda atmosférica média de 5,1 mm dia-1. A relação ETr/ETo dos clones apresentou baixa magnitude nas condições impostas (ambiente em conjunto com a irrigação), proporcionando valores de 0,27±0,12; 0,30±0,14 e 0,29±0,12 para a IPA, MIU e OEM, respectivamente. Constatou-se que as condições de disponibilidade de água avaliadas também não afetaram significativamente (P>0,05) a maioria dos valores absolutos e relativos das variáveis de crescimento dos três clones. Quando se compararam os diferentes clones, independentemente da condição de disponibilidade de água, observou-se que, em termos de valores absolutos, a OEM apresentou as maiores médias. Na avaliação ao longo do tempo, houve evolução significativa do crescimento dos clones nos últimos meses do primeiro ano produtivo. Porém, isso ocorreu devido aos eventos de precipitação pluviométrica, que em conjunto com a aplicação dos tratamentos de irrigação, promoveram maiores incrementos nos clones OEM e IPA, nessa ordem, atingido 70% e 60% da taxa total para a altura, e 37,0% e 45,3% para a largura da planta. Assim, conclui-se que as diferentes condições de disponibilidade de água no solo não influenciaram a evapotranspiração e o crescimento dos clones de palma forrageira. Todavia os clones OEM e IPA tiveram os melhores desempenhos de crescimento em relação ao MIU, que foi o que apresentou o menor crescimento sob condições irrigadas do Semiárido brasileiro.
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    Desempenho produtivo e parâmetros agrometeorológicos da palma forrageira, clone Orelha de Elefante Mexicana, no Semiárido brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-27) Queiroz, Maria Gabriela de; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Silva, Sérvulo Mercier Siqueira e; http://lattes.cnpq.br/0654495217313534; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/2053330973064133; Silva, Maria da Conceição; Souza, Eduardo Soares de
    Objetivou-se analisar o efeito da aplicação de distintas lâminas de água sobre o desempenho do crescimento e da produtividade da palma forrageira, cv. IPA/200016 - Orelha de Elefante Mexicana, visando à quantificação de parâmetros agrometeorológicos como índices morfofisiológicos, consumo de água, coeficiente de cultura (Kc) e indicadores de desempenho do uso da água. O experimento foi conduzido na estação experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco, em Serra Talhada-PE, Semiárido brasileiro. As avaliações foram realizadas no período de junho/2012 a junho/2013, compreendendo o segundo ano produtivo da cultura. O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, e cinco tratamentos representados por diferentes lâminas de água, calculadas por meio da equação de Penman-Monteith, parametrizada conforme o Boletim 56 da FAO. Ao final do ciclo, foram aplicados 976, 1048, 1096, 1152 e 1202 mm de água. Os dados dos elementos meteorológicos foram obtidos de uma estação automática do INMET, localizada próxima ao experimento. Na ocasião da colheita, foram realizadas medidas morfológicas e de biomassa das plantas (i.e. altura e largura da planta; número de cladódios por planta; comprimento, largura, espessura, perímetro e área dos cladódios, etc.). A evapotranspiração (ET) foi calculada pelo método do balanço de água no solo (BAS), com seus componentes acumulados a cada 14 dias, totalizando 27 períodos. Determinaram-se: índices morfofisiológicos (taxa de assimilação líquida, TAL; taxa de crescimento absoluto, TCA; taxa de crescimento relativo, TCR; e, a área de cladódio específica, ACE); rendimento de matérias verde (MV) e seca (MS) e conteúdo de matéria seca; parâmetros de resposta da cultura (índice de cobertura do solo, ICS; índice de volume de produção, IVP; índice de distribuição dos cladódios na planta, IDCP; e, índice de distribuição de área fotossintética, IDAF); índices de resposta hídrica (i.e. altura e largura da planta por cada mm de água evapotranspirada, etc.); coeficiente de cultura, Kc; mediante a relação entre Evapotranspiração da cultura e Evapotranspiração de referência; e, indicadores de desempenho do uso da água (Eficiência no uso de água, EUA; fração de uso consultivo, FC; produtividade econômica da água, PEA; e, produtividade econômica da terra (PETcladódio e PETrendimento) com base nos valores de ET, precipitação, irrigação, valores monetários e rendimento MV e MS da cultura. Como resultados, verificou-se que as lâminas de água mais elevadas não influenciaram a maioria dos valores absolutos das variáveis de crescimento, assim como dos índices morfofisiológicos, parâmetros de resposta da cultura, índices de resposta hídrica, produtivos e indicadores de eficiência do uso da água (p>0,05). Todavia, os índices de resposta hídrica por causa da ET mostraram tendência de acréscimo com a redução da lâmina evapotranspirada. Em relação aos componentes do BAS, apenas a variação no armazenamento revelou diferença entre os tratamentos, com valores acumulados crescentes à medida que as lâminas foram superiores. A ET e o Kc da cultura foram determinados para a lâmina de água de 1048 mm, que representou o ponto de inflexão da produtividade da cultura, sendo seus valores iguais a 2,69 mm dia-1 e 0,52, nessa ordem. A FC foi de 0,90% e tendeu a decrescer com o aumento das lâminas aplicadas, demostrando que, em média, apenas 10% do total aplicado não foi utilizado na ET. A EUA, tanto para MV e MS, foi maior quando se considerou a lâmina evapotranspirada, em relação aos valores de P+I, em média de, 14,02 kg MV m-3 e 0,87 kg MS m-3, respectivamente. O valor médio da Produtividade econômica da água (5,50 e 6,18 US$ m-3) indica que o produtor terá um retorno econômico bruto de 5,50 e 6,18 dólares para cada m-3 de água fornecida (P+I) e evapotranspirada (ET) pela cultura, respectivamente.
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    Irrigação do eucalipto na fase inicial de desenvolvimento em solos da bacia do Rio Doce
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-25) Fontes, Luiz Felipe Pereira; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/7242741322474348; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8
    O pegamento , desenvolvimento e a produtividade final das plantas estão diretamente relacionados à disponibilidade hídrica no solo ao longo do ciclo produtivo. No caso do eucalipto isso não é diferente, principalmente em regiões com totais de chuva reduzidos e em locais com períodos secos prolongados e alta demanda evapotranspirativa. De maneira geral, no passado, as florestas comerciais eram plantadas restritamente nos períodos chuvosos o que garantiam o pegamento das plantas. Com o aumento da demanda de madeira, tornou-se necessário a realização do plantio ao longo de todo ano, sendo de suma importância o emprego da irrigação das mudas no pós-plantio e nas primeiras semanas após a implantação. Em plantios comerciais, a morte de mudas implica no aumento do custo de produção com o replantio e, dependendo do nível de mortandade, na queda da produtividade devido a desuniformidade do plantio promovida (maior competição entre plantas). Este trabalho teve como objetivo determinar a lâmina de água possível de ser evapotranspirada sem comprometer as mudas recém plantadas, parametrizar e calibrar o modelo de Ritchie para tomada de decisão quanto ao momento da irrigação para diferentes tipos de solos da Bacia do Rio Doce (MG). O experimento foi realizado no viveiro de pesquisas pertencente ao Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Viçosa (MG). Foram realizadas três campanhas com a utilização de três tipos de solos, sendo um latossolo vermelho acriférrico típico (LVwf1), um cambissolo háplico distrófico típico (CXbd1) e um latossolo amarelo distrófico típico (LAd2), na qual foi avaliado o comportamento da perda de lâmina de água nos minilisímetros, o potencial hídrico foliar no período de antemanhã e o monitoramento das medidas ecofisiológicas. Foram utilizados híbrido de mudas de eucalipto (Eucalyptus grandis x E. urophylla) para o plantio nos minilisímetros. Verifica-se maior volume de água retida entre o PMP e a CC no LVwf1 quando comparado aos demais (CXbd1 e LAd2). Isso garante um melhor suprimento de água para as plantas nesse tipo de solo (LVwf1), comprovado pela sobrevivência das plantas por maior tempo em comparação aos demais solos. Observando a curva de retenção, verifica-se que o CXbd1 e o LAd2 apresentam um volume de água retido muito parecido nas tensões próximas a CC. Pode-se estimar que estes dois tipos de solos se diferenciam com o dessecamento, portanto, para uma mesma quantidade de água transpirada, verifica-se uma demanda maior de energia por parte das mudas para o solo CXbd1. Este efeito não fica claro quando se estuda as lâminas evapotranspiradas, podendo ser então explicado pela diferença na capacidade de retenção apresentada por esses dois tipos de solos. De maneira geral, todos os tratamentos com conteúdo de água próximo a CC apresentam evapotranspiração próximas a ET 0 e a ECA, entretanto este último se aproxima mais dos valores absolutos observados dos minilisímetros. A maior coincidência nas variações dos valores de ET0 e ECA comparativamente aos valores de evapotranspiração das mudas de eucalipto no início das campanhas estão na maior contribuição da evaporação do solo no processo. Diferentemente do ET0, o ECA não apresenta controle estomático, permanecendo mais próximo ao que se observa nos minilisímetros. Verifica- se recuperação das plantas após um dessecamento para irrigação realizadas nos potencial hídricos foliar da antemanhã de - 1,5 e -3,0 MPa para todos os tipos de solos. Esta etapa do estudo foi realizada durante o inverno, período de menor incidência de radiação solar. Na variação da biomassa ao longo das campanhas, foi observada a redução o IAF para ambos os solos. Todavia, verificou-se aumento da massa das raízes, provavelmente devido ao esforço das plantas para adaptar-se ao déficit hídrico através da expansão radicular. O modelo de Ritchie, que é indicado para estimativa da lâmina evapotranspirada em sistema solo-planta cujo dossel não se apresenta fechado e possibilita separar as componentes evaporação e transpiração das muda, não apresentou boas estimativas. Os valores estimados, sistematicamente, superestimam as lâminas para todos os tipos de solos, indicando a limitação deste método quando empregado em sistema sob déficit hídrico acentuado.
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    Bacia hidrográfica do rio Paranaíba: análise da dinâmica populacional, mudanças no uso do solo e impactos na disponibilidade hídrica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-11) Silva, Maria Helena de Carvalho Rodrigues; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/0540314798316605; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6
    A bacia hidrográfica do rio Paranaíba está na rota de expansão da cana-deaçúcar. Possui 222.767 km2 e ocupa 2,6% do território nacional; 68,4% da sua área localizam-se na região Centro-Oeste e 31,6% no estado de Minas Gerais. Essa tendência ocorre em função das características da região serem favoráveis à produção da cana-de-açúcar, como o relevo suave que facilita a mecanização da lavoura, além dos fatores climáticos com estações bem definidas e temperaturas elevadas durante todo o ano. Este trabalho teve como objetivo geral analisar a evolução temporal, no espaço geográfico da expansão da lavoura canavieira e quantificar a alteração da vazão e os impactos da substituição da cobertura vegetal na bacia hidrográfica do rio Paranaíba. O trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro buscou-se apresentar um cenário dos municípios da bacia ao longo das décadas de 1990 e 2000, observando o comportamento da lavoura da cana-de-açúcar. Para a caracterização socioeconômica da bacia utilizou-se dados secundários do IBGE e IPEADATA composto por população, agricultura, pecuária e PIB para os 197 municípios da bacia. Para análise dos dados utilizou-se a análise fatorial e análise de cluster. Os principais resultados apontaram vocação agrícola com destaque para produção de grãos e expansão da cana-de-açúcar. O objetivo do capítulo 2 foi quantificar a diferença entre a evapotranspiração real da cana-de-açúcar e da pastagem e o impacto da mudança do uso do solo nos recursos hídricos atentando para possível alteração da vazão entre 1990 a 2010. Buscou-se relacionar a evapotranspiração real da cana-de-açúcar e da pastagem com objetivo de analisar a demanda hídrica de cada cultura. Essa análise baseou-se no princípio de conversão de uso da terra. A metodologia consistiu em estimar as perdas de água pela cana e pela pastagem através do balanço hídrico, com simulações para três cenários de safra da cana. A cana de-açúcar apresentou maior evapotranspiração em relação a pastagem especialmente no ciclo de inverno.
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    Efeito do estresse hídrico sobre o crescimento de cultivares de cana-de-açúcar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-20) Batista, Evandro Lima da Silveira; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Lyra, Gustavo Bastos; http://lattes.cnpq.br/2677800541601144; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/8593231680678185; Barbosa, Marcio Henrique Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782585E6; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546
    O presente estudo teve como objetivos principais: 1) Ajustar os modelos de crescimento expolinear, logístico e Gompertz ao acúmulo de matéria seca da parte aérea da cana-de-açúcar para os cultivares RB92579, RB855453, RB867515 e RB928064; e 2) Determinar as taxas de crescimento dos cultivares mencionadas sob distintos níveis de estresse hídrico, referidos no presente trabalho como: ausência de estresse (10 kPa), estresse leve (60 kPa), moderado (90 kPa) e severo (120 kPa). Foram conduzidos dois experimentos independentes, sendo o primeiro em condições de campo, e o segundo em casa-de-vegetação, ambos localizados na Universidade Federal de Viçosa. Os dados do ambiente e da planta foram coletados no período de 26/08/11 até o dia 18/05/12 (primeiro experimento) e 18/12/11 até 22/05/12 (segundo experimento). No primeiro experimento, os modelos de crescimento (expolinear, logístico e Gompertz) foram capazes de simular bem a matéria seca acumulada pelos cultivares ao longo do período estudado. Os valores de coeficiente de determinação ajustado (R2aj) estiveram acima de 92,09% para todos os modelos avaliados. A partir do ajuste dos parâmetros do modelo de crescimento expolinear, constatou-se que, ao final do período experimental, a massa seca foi ligeiramente maior para o cultivar RB855453 em comparação ao RB867515, os quais se destacaram em relação aos cultivares RB928064 e RB92579. Em decorrência do efeito do estresse hídrico no crescimento e acúmulo de massa seca da parte aérea da cana-de-açúcar sob condições de casa-de-vegetação, foi constatado que o modelo sigmoidal com três parâmetros proporcionou melhor ajuste aos dados de matéria seca e de estatura dos colmos. Na ausência de estresse hídrico, os valores máximos da taxa de crescimento da cultura (TCC) estiveram compreendidos entre 0,22 e 0,31 g°Cd-1, enquanto os valores máximos da taxa de elongação do colmo (TEC) estiveram compreendidos entre 0,20 e 0,25 cm°Cd-1, independente da cultivar. Em contraste, sob estresse severo, os valores máximos da TCC estiveram entre 0,050 e 0,068 g°Cd-1 e da TEC entre 0,07 e 0,09 cm°Cd-1, também independente do cultivar avaliado. Sob ausência de estresse hídrico, a TCC máxima do cultivar RB867515 foi em média cerca de 7,5, 36,8 e 40,8 % maior que a TCC máxima dos cultivares RB855453, RB92579 e RB928064, respectivamente. Nessa condição, esse cultivar alcançou a TEC máxima somente aos 1100 °Cd, enquanto para os demais cultivares, os valores máximos foram observados aos 900 °Cd, aproximadamente.
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    Otimização do uso da água na produção de mudas clonais de Eucalyptus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Oliveira, Aline Santana de; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/8403587301186316; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Xavier, Aloisio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782565D0
    O Brasil detém 11,6% de toda a água doce existente no planeta, sendo que 67% da água disponível é utilizada na agricultura. Verifica-se que o uso indiscriminado desse recurso tem gerado discussões quanto ao alcance de um desenvolvimento sustentável para o país. O eucalipto é uma espécie de uso múltiplo que apresenta rápido crescimento e alta produtividade, por ser adaptado às condições climáticas do Brasil. Para elevar a produtividade da cultura no campo, o processo de produção das mudas deve ser realizado propiciando condições hídricas, nutricionais, microclimáticas e sanitárias adequadas. A presente pesquisa teve como objetivos realizar a modelagem do crescimento das mudas de eucalipto em função do tempo térmico, desenvolver e calibrar um minilisímetro de pesagem para utilização em ambiente protegido e determinar a evapotranspiração de mudas de eucalipto em todas as fases de produção (enraizamento, aclimatação, crescimento e rustificação). O experimento foi conduzido no Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, pertencente à Universidade Federal de Viçosa. Foram realizados dois ciclos de produção de mudas de eucalipto (Eucalyptus grandis x E. urophylla), sendo que no primeiro o manejo da irrigação foi realizado de acordo com o convencionalmente utilizado pelo viveiro. No segundo ciclo de produção a irrigação foi acionada em função da demanda hídrica na cultura. Além da determinação da biomassa fresca e seca das mudas, com periodicidade de 3 dias, foram realizadas medidas biométricas das mudas de eucalipto, nas quais foram mensuradas a área foliar, altura da parte aérea, diâmetro do colo e comprimento do sistema radicular. Posteriormente, foi determinada a qualidade das mudas por meio do Índice de Qualidade de Dickson (IQD). A determinação da evapotranspiração foi realizada com o auxílio do minilisímetro de pesagem, desenvolvido e calibrado para utilização em ambiente protegido. A quantificação da entrada e saída de água no minilisímetro foi baseada no acúmulo de biomassa fresca das mudas em função dos graus-dia acumulados, na interceptação de água pelas folhas e pela bandeja, e na quantidade de água retida nos microporos do substrato. Em média, foram necessários 1045 graus-dia acumulados para a produção das mudas de eucalipto, do enraizamento à rustificação, em ambos os ciclos de produção. Em média, a evapotranspiração das mudas de eucalipto na fase de enraizamento foi igual a 2,40 mm; na aclimatação igual a 2,00 mm; no crescimento de 4,82 mm e na rustificação igual a 3,84 mm. Com relação à lâmina aplicada, comparando a aplicação de água pelo manejo convencional e otimizado, verificou-se uma economia hídrica pelo manejo otimizado de 11,9 % na fase de enraizamento; 60,3 % na fase de aclimatação; 25,6 % na fase de crescimento e 30,6 % na fase de rustificação. As novas lâminas de irrigação propostas não afetaram a qualidade das mudas. A evapotranspiração das mudas no interior do ambiente protegido se mostrou altamente correlacionada com as variáveis meteorológicas externas, podendo ser recomendada para estimativa da evapotranspiração em ambiente protegido.
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    Calibração do modelo DSSAT/CANEGRO para a cana-de-açúcar e seu uso para a avaliação do impacto das mudanças climáticas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-13) Silva, Rômula Fernandes da; Marin, Fábio Ricardo; http://lattes.cnpq.br/2318727424326430; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/1497997556638766; Sentelhas, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/3064521898263661; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7
    O presente trabalho teve como área de estudo o município de Juazeiro, Bahia, na região semi-árida do Nordeste brasileiro (9o28 07 S; 40o22 43 O; 386m de altitude). O objetivo foi calibrar o modelo DSSAT/CANEGRO e analisar o impacto das mudanças climáticas na produtividade da cana-de-açúcar irrigada para o cenário atual, (2007/2008) e para projeções futuras de mudanças climáticas, cenário A1B (2011-2037). Para o processo de calibração foi utilizada a cultivar de cana-de-açúcar RB-92579, conduzida no primeiro ciclo de cana-soca irrigada, num experimento de campo desenvolvido na área experimental da empresa Agrovale na safra de 2007/2008. Foram utilizados dados climáticos de uma série futura de 2011 a 2037 e de um período base (2007-2008), obtidos com o modelo ECHAM5/MPI-OM. O modelo DSSAT/CANEGRO apresentou elevado grau de ajuste na simulação da fenologia, crescimento e produtividade da cana-de-açúcar. No entanto, apresentou limitações na estimativa do número de folhas por colmo e índice de área foliar. Foram utilizados os índices estatísticos eficiência de modelagem, índice de concordância de Wilmott, raiz quadrada do erro médio e o viés médio absoluto, como indicadores do desempenho do modelo. Ao longo da série climática futura (2011-2037), a biomassa seca do colmo variou de 48 a 54 t ha- 1. O incremento máximo previsto da biomassa seca do colmo foi de 12%, quando comparada com a simulação para o ciclo atual. Isto ocorreu devido ao aumento de radiação solar, temperatura média e precipitação. Já o teor de sacarose apresentou uma maior variação ao longo da série climática futura, variando de 17 a 27 t ha-1 e atingindo um incremento máximo de 16%. Esses resultados mostraram que a massa seca de sacarose é mais sensível às variações climáticas do que a biomassa seca do colmo.
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    Modelagem ecofisiológica do desenvolvimento do eucalipto na Amazônia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-10) Rasscon, Nilton Júnior Lopes; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/8839619760674347; Souza, Paulo Jorge de Oliveira Ponte de; http://lattes.cnpq.br/9862359824047261; Silva, Welliam Chaves Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707320P6
    Nos últimos anos, os plantios florestais têm apresentado uma considerável expansão por todo o Brasil, a exemplo do sul do Rio Grande do sul, sul da Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, Maranhão, diversas sub-regiões dos Estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, além do estado do Pará. No Pará, a expansão dos plantios florestais vem ocorrendo de forma bastante intensa, com pouco mais de 200 mil hectares já plantados, sendo 148 mil hectares com eucalipto, dos quais 60 mil hectares plantados no Projeto Jari em plena floresta amazônica (ABRAF, 2011). Neste contexto, o estado, se mostra como um grande pólo de expansão dos reflorestamentos no Brasil, e por ser ainda uma atividade relativamente recente no Pará, necessita de pesquisas no setor voltadas para o desenvolvimento dos plantios nessas novas áreas, para que essa expansão ocorra de forma responsável. Diante dessa realidade, os sistemas de tomada de decisão florestal ou silvicultural, que têm como variáveis de entrada dados climáticos, são cada vez mais essenciais no planejamento das atividades florestais. Dentre estes se destaca a modelagem ecofisiológica de desenvolvimento de floresta plantada, uma ferramenta útil ao planejamento estratégico para implantação e condução de plantios florestais. Assim, é essencial o aperfeiçoamento de ferramentas que possam contribuir para o planejamento e desenvolvimento do setor de florestas plantadas em algumas áreas do estado do Pará. Portanto, esse trabalho teve como objetivo geral estudar e desenvolver o conhecimento sobre modelagem ecofisiológica como um aspecto estratégico e um instrumento imprescindível para uma gestão florestal responsável na região amazônica. Especificamente o objetivo foi: a) alterar a escala temporal do cálculo do submodelo do balanço hídrico de mensal (modelo original) para diário (modelo proposto), bem como realizar mudanças no tratamento de seus componentes evapotranspiração e déficit de pressão de vapor (DPV); b) parametrizar, calibrar e validar o modelo 3-PG em algumas áreas da região amazônica para plantio de eucalipto. As mudanças realizadas no modelo proposto produziram um pequeno ganho na eficiência da estimativa dos valores (volume, DAP, altura) em relação ao modelo original, entretanto, as modificações propostas nesse trabalho reduziram o empirismo do modelo proposto, por terem melhorado o rigor físico no tratamento dos processos que envolvem o balanço hídrico (déficit de pressão de vapor e evapotranspiração). Os modelos proposto e original, apresentaram boa capacidade de extrapolação e descreveram com boa precisão os padrões de crescimento do eucalipto em termos de volume, altura e DAP. Verificou-se também um melhor ajuste/ganho pelo modelo proposto. Em relação às áreas estudadas verificou-se que os maiores níveis de abertura estomática em decorrência da maior disponibilidade de água no solo vinculado a maior precipitação, maiores taxas de radiação e maiores áreas de interceptação de energia radiante em função de maior IAF conferiram aos plantios da região de Felipe condições mais favoráveis para a realização de taxas elevadas de fotossíntese que no final do processo se traduzem em maior produtividade.
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    Calibração do modelo CSM-CERES-Sorghum para avaliação dos impactos das mudanças climáticas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Grossi, Marine Cirino; Andrade, Camilo de Lelis Teixeira de; http://lattes.cnpq.br/0305188336574340; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/9150367135395829; Sentelhas, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/3064521898263661; Viana, José Marcelo Soriano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786170D5
    O presente trabalho teve como objetivos calibrar e avaliar o modelo CSMCERES-Sorghum e aplicá-lo para simular produtividades e cenários de épocas de semeadura considerando duas séries de clima atual com base em observações (INMET) e utilizando um modelo climático (ECHAM-atual). Com o objetivo de estudar o efeito da variação climática na produtividade do sorgo, fez-se uso de uma série climática que leva em consideração as futuras emissões de gases de efeito estufa a partir do cenário econômico A1B (ECHAM-futuro). Três regiões que compreendem os municípios de Sete Lagoas (MG), Janaúba (MG) e Rio Verde (GO) foram avaliadas. Os resultados mostraram que o modelo CSM-CERES-Sorghum foi capaz de simular corretamente o ciclo fenológico da cultivar BRS 310, com datas de emergência, iniciação da panícula, floração e maturidade fisiológica semelhantes às datas observadas em plantios irrigados realizados nos três municípios. Também simulou adequadamente as variáveis de crescimento (índice de área foliar e número de folhas por colmo) e produtividade de grãos. Ao se comparar os resultados das produtividade médias simuladas a partir da série histórica do INMET e considerando-se regime de sequeiro, notou-se que o município de Sete Lagoas foi o que apresentou os maiores rendimentos de grãos. Rio Verde apresentou valores intermediários e Janaúba foi o local que apresentou os menores valores médios de produtividade. As diferenças nos resultados foram atribuídas aos padrões climáticos distintos entre os três municípios, principalmente em termos de temperatura do ar e disponibilidade hídrica para a cultura. Ao simular uma condição de produtividade potencial, em que os efeitos de estresses hídricos e nutricionais foram desconsiderados, houve uma inversão entre as posições ocupadas por Rio Verde e Janaúba, enquanto Sete Lagoas manteve-se em primeiro lugar. A produtividade potencial em Janaúba superior à obtida em Rio Verde foi explicada pela diferença entre a radiação solar entre esses dois municípios. No que tange às variações climáticas futuras, considerando-se um nível de significância de 5%, para Janaúba e Sete Lagoas as médias de produtividade simuladas a partir da série ECHAM-atual e da série ECHAM-futuro não foram estatisticamente diferentes. Já para o município de Rio Verde ocorreu uma redução significativa nas produtividades médias simuladas a partir da série climática ECHAM-futuro em relação às simuladas considerando a série ECHAM-atual. No cenário futuro, a cultura do sorgo ficou condicionada ao efeito negativo do encurtamento do ciclo devido ao aumento de temperatura do ar e ao efeito positivo da fertilização do CO2 reduzindo o estresse hídrico nas fases mais críticas da cultura. Esses efeitos distintos fizeram com que as diferenças entre as médias das produtividades obtidas a partir das séries atual e futura não fossem significativas em dois dos três municípios analisados. Outro fato interessante foi a distribuição da precipitação na série futura, na qual a estação seca se tornou mais seca e a estação chuvosa ainda mais chuvosa. Estas variações nas distribuições da chuva entre as séries ECHAM-atual e ECHAM-futuro indicam que no futuro possivelmente a semeadura do sorgo será realizada mais tardiamente nos três sítios avaliados.