Meteorologia Agrícola
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Item Análise de crescimento, interação biosfera-atmosfera e eficiência do uso de água da cana-de-açúcar irrigada no Submédio do Vale do São Francisco(Universidade Federal de Viçosa, 2009-09-11) Silva, Thieres George Freire da; Moura, Magna Soelma Beserra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769996A1; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Soares, José Monteiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790385T5; Steidle Neto, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706227Z1O objetivo deste trabalho foi compreender os padrões de crescimento da cana-deaçúcar irrigada, as variações do controle da cultura à troca de vapor d’água com a atmosfera e a sua eficiência em termos de uso de água sob as condições climáticas do Submédio do Vale do São Francisco. O experimento foi conduzido em uma área comercial de cana-de-açúcar da Empresa Agroindústrias do Vale do São Francisco - Agrovale, situada no município de Juazeiro, na região semi-árida do estado da Bahia. A variedade utilizada foi a RB 92579, no ciclo de cana-soca. Uma torre foi instalada para a realização de medições micrometeorológicas a cada 60 segundos e com armazenamento dos valores médios em intervalos de 15 minutos. Adicionalmente, realizaram-se medições biométricas e de biomassa em intervalos de duas a cinco semanas e de rendimento ao final do ciclo da cultura (aos 13 meses), com a finalidade de determinar índices morfofisiológicos e variáveis agrometeorológicas. O método do Balanço de Energia com base na Razão de Bowen (BERB) foi utilizado para estimar os fluxos de calor latente (LE) e sensível (H). A interação entre a cana-de-açúcar e a atmosfera na troca de vapor d’água foi realizada utilizando o fator de desacoplamento (Ω). Os valores de LE foram integrados para estimar a evapotranspiração (ETc) e o coeficiente de cultura (Kc) da cana-de-açúcar. Finalmente, análises da eficiência do uso de água foram realizadas utilizando indicadores baseados no desempenho de aplicação de água no sistema de produção em relação à demanda hídrica requerida pela cana-deaçúcar e em função da resposta produtiva da cultura. Como resultados foram definidos os padrões de crescimento e de desenvolvimento da cana-de-açúcar irrigada, bem como o uso eficiente de radiação (UER) e a eficiência fotossintética (EFT) da cultura. Os valores de UER e EFT foram de 1,29 g MJ-1 e 2,67 g MJ-1, respectivamente, quando se considerou a produção de biomassa seca total da parte aérea. A análise de qualidade dos dados obtidos pelo método BERB demonstrou que 65,7% dos valores medidos apresentaram consistência física, ao passo que 88% dos dias monitorados foram considerados válidos para os cálculos dos fluxos em escala diária e ao longo do ciclo. Os valores de LE representaram 81% do saldo de radiação, enquanto que o H e o fluxo de calor no solo corresponderam a 16% e 3%, respectivamente. Durante o ciclo, o parâmetro Ω esteve em torno de 0,68, indicando um desacoplamento de moderado a alto entre a cultura e a atmosfera, de modo que o processo de troca de vapor d’água foi governado pelo suprimento de energia, ao invés do controle estomático da cana-deaçúcar. Contudo, este controle foi observado como sendo maior do que em outras regiões de cultivo sob condições de irrigação, demonstrando uma provável restrição do sistema solo-clima ao processo de evapotranspiração da cana-de-açúcar. A ETc média durante o ciclo foi de 4,7 mm dia-1, resultando em um requerimento total de 1710 mm. O Kc variou de 0,65 a 1,10 entre as fases de brotação e crescimento máximo, reduzindo para 0,85 na fase de maturação da cultura. A cana-de-açúcar irrigada apresentou uma eficiência de produção de 9,49 kg de colmos, 1,22 kg de açúcar e 875,23 ml de álcool por metro cúbico de água evapotranspirada pela cultura (ETc) e de 5,36 kg de colmos, 0,69 kg de açúcar e 494,14 ml de álcool por metro cúbico de água que entrou na área de cultivo por precipitação e irrigação (P+I).Item Avaliação da relação seca/produtividade agrícola considerando cenários de mudanças climáticas(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-21) Santos, Roziane Sobreira dos; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Leal, Brauliro Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784843E5; Costa, Luiz Cláudio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781620U9; http://lattes.cnpq.br/4983021820079917; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2As mudanças climáticas trazem um alerta para um possível aumento de eventos meteorológicos extremos em todas as regiões do globo, sendo crescente a preocupação sobre como os elementos climáticos vão mudar o ambiente e afetar a produção das culturas agrícolas em todo o mundo. Com isso, este estudo investiga a relação entre a produtividade agrícola e a seca em algumas mesorregiões do estado de Minas Gerais, em cenários de mudanças climáticas. Foram utilizados os dados diários meteorológicos históricos do período de 1973 a 2004, e dados projetados pelo modelo ECHAM5/MPI-OM para o período de 2008 a 2020 para o cenário A1B. No período de 1973 a 2004 foram utilizados os dados de produtividade do milho do IBGE e para estimativas da produtividade futuras utilizou a metodologia da zona agroecológica (AEZ). Os índices de severidade de seca de Palmer (PDSI) e o índice Z foram utilizados em um modelo de regressão, que considera a produtividade a variável dependente e esses índices as variáveis independentes. O desempenho desses modelos foi verificado por meio das estatísticas: coeficiente de determinação (r2), raiz do erro quadrático médio (RMSE), erro absoluto médio (MAE) e índice de concordância de Willmott (d). Os resultados mostraram que as variações na produtividade observada (dados do IBGE) não foram bem explicadas pelos índices PDSI e o índice Z, com todos os modelos preditos para as diferentes mesorregiões apresentando menos de 0,5 de concordância com os valores observados e baixíssimos valores do coeficiente de determinação. Para o cenário A1B, os resultados do índice de concordância de Willmott variaram entre 0,48 a 0,90 e os valores de r2 foram um pouco mais significativos. Contudo, a produtividade estimada pela AEZ apresentou perdas significativas devido a limitações por água para os anos agrícolas de 2008/2009, 2009/2010, 2014/2015, 2018/2019 para as mesorregiões Triângulo/Alto Paranaíba, Central Mineira e Jequitinhonha. As predições do índice de seca indicam que quando empregados sozinhos, esses índices não se mostraram muito eficientes para avaliar a variabilidade da produtividade. Além disso, como a metodologia AEZ considera apenas limitações por água e uma das grandes incertezas nos modelos de clima futuro é a precipitação, esses resultados não dispensam a necessidade de estudos posteriores, com modelos de simulações de produtividade mais completos, avaliação com diferentes cenários de emissões e índices mais adequados para seca agrícola.Item Avaliação de modelos de estimativa de produtividade da cana-de- açúcar irrigada em Jaíba-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2010-10-28) Oliveira, Henrique Faria de; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Coelho, Mauricio Bernardes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783264H9; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; http://lattes.cnpq.br/7395203182969057; Sousa, Elias Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782465D2; Faccioli, Gregório Guirado; http://lattes.cnpq.br/4563644185421346; Oliveira, Rubens Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785359E1A cultura da cana-de-açúcar é submetida durante o seu desenvolvimento a diferentes condições ambientais, sendo o rendimento agrícola afetado diretamente por estas condições. Modelos de produtividade tornam-se ferramentas importantes objetivando suprir estimativas de rendimento ao longo das safras visando à caracterização de alternativas de manejo, aumentando a eficácia das decisões gerenciais e estratégicas. A tecnologia da informação é uma importante ferramenta nesse processo e tem sido cada vez mais utilizada para coleta e análise de dados que são utilizados como base nas suas decisões. O objetivo deste trabalho foi incluir no software Irriplus modelos de estimativa de produtividades de culturas agrícolas, utilizando os modelos de Stewart e Mantovani para estimar a produtividade real e o Método da Zona Agroecológica (MZA) para estimar a produtividade máxima. Além dos modelos, foi desenvolvida uma metodologia de regressão linear múltipla para explicar os fatores que estão influenciando a produtividade da cultura e gerar modelos de produtividade a partir de dados históricos. Para avaliar os modelos, foi utilizada análise descritiva e testes de análise comparativa entre a produtividade estimada e observada em campo. Os testes estatísticos utilizados foram: teste-t pareado, erro relativo percentual (ERP) e erro médio absoluto (MAE). Foram utilizados dados reais de produtividade da cana-de-açúcar RB 86-7515 irrigada, safras 2007/2008 e 2008/2009, do município de Jaíba do estado de Minas Gerais. O modelo de Stewart requer como dado de entrada a produtividade máxima, que foi estimada pelo MZA nas duas safras. Na safra 2007/2008, o modelo estimou a produtividade média em 113,58 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 113,47 t ha-1, o MAE foi igual a 10,10. Na safra 2008/2009 o modelo estimou a produtividade média em 121,81 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 121,81 t ha-1, o MAE foi igual a 8,02. Nas duas safras o teste-t pareado não demonstrou diferença significativa entre as médias de produtividade. O modelo de Mantovani utilizou a mesma produtividade máxima do modelo de Stewart estimada pelo MZA. Na safra 2007/2008, o modelo estimou a produtividade média em 198,13 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 113,47 t ha-1, o MAE foi igual a 84,66. Na safra 2008/2009, o modelo estimou a produtividade média em 154,81 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 121,81 t ha-1, o MAE foi igual a 32,72. Nas duas safras, o teste-t pareado demonstrou diferença significativa entre as médias de produtividade e a estimativa do modelo superestimou produtividade observada em campo. Foi ajustada uma equação por regressão linear múltipla, com dados da safra 2007/2008, relacionada com as variáveis: irrigação total necessária, capacidade total de água no solo, água disponível no solo, evapotranspiração de referência, evapotranspiração da cultura e evapotranspiração máxima da cultura. A equação foi avaliada na safra 2008/2009 para estimativa da produtividade. A equação estimou a produtividade média em 122,41 t ha-1, enquanto a produtividade média observada em campo foi 121,81 t ha-1, o MAE foi igual a 7,07. O teste-t pareado não demonstrou diferença significativa entre as médias de produtividade.Item Avaliação de modelos físico-matemáticos para estimativa da umidade relativa do ar e déficit de pressão de vapor a partir de dados de temperatura do ar(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-20) Delgado, Rafael Coll; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4776625P3; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; Martinez, Mauro Aparecido; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072U1A umidade relativa e o déficit de pressão de saturação do vapor d água no ar têm papel importante na agricultura, no sentido de adequar, especialmente, um calendário das atividades agrícolas de curto prazo, como aplicação de defensivos agrícolas, estimativas da evapotranspiração diária voltada ao manejo de irrigação, previsão de incêndios, cálculo do número de horas de molhamento foliar etc. Assim, valores máximos e mínimos de temperatura do ar de 18 estações convencionais e 22 automáticas foram utilizados para desenvolver um modelo prognóstico da umidade relativa do ar e do déficit de pressão de vapor para o Estado de Minas Gerais. Em razão da importância do conhecimento desses dados, este trabalho visou atingir os seguintes objetivos: a) avaliar a aplicabilidade de modelos físicomatemáticos para o cálculo da umidade relativa (UR) e do déficit de pressão de saturação do vapor d água no ar (DPV) em diferentes localidades de Minas Gerais a partir de dados de temperatura do ar; e b) analisar a espacialização da UR e do DPV estimados por diferentes metodologias, em base horária e diária, para Minas Gerais. Foram utilizados, para avaliar a adequação dos modelos aos dados observados, o índice de concordância de Willmott, a raiz quadrada do erro do quadrado médio, o erro absoluto médio, o gráfico de dispersão e o coeficiente de correlação de Pearson, derivados do método do momento-produto e da Análise de Regressão Linear. Foram os destaques dos modelos as suas eficácias, principalmente, para estimativas do DPV e da UR, em comparação com as observações fornecidas pelas estações automáticas do INMET. Nas observações das estações convencionais, os resultados obtidos pelos modelos de déficit da pressão de vapor e umidade relativa do ar não se mostraram tão precisos e com fortes indícios de erros de calibração nos instrumentos atualmente instalados ou, mesmo, erros de paralaxe e até erros na obtenção da umidade relativa diária do ar pela leitura e operação inadequadas do sistema de ventilação do psicrômetro de ventilação do bulbo molhado. Foram constatados, também, problemas semelhantes, em estações convencionais, por diferentes pesquisadores, usando-se dados somente de temperatura mínima do ar nos Estados Unidos. Observou-se nas estações convencionais e automáticas aumento da dependência das variáveis: umidade relativa do ar e déficit de pressão de vapor com a altitude do local no Estado de Minas Gerais. Os modelos DPV3 e UR3 em média foram os que, respectivamente, apresentaram melhor (r2) em todas as estações convencionais. Os modelos UR2, DPV1 e DPV4, nessa ordem, foram os que exibiram melhor (r2) em todas as estações automáticas de Minas Gerais. Entretanto, a aplicação dos modelos estudados para o cálculo da umidade relativa do ar e do déficit de pressão de vapor demonstrou-se ser uma ferramenta de fundamental importância, também, para a predição de situações extremas dessas variáveis. Além disso, demonstrou-se que é possível a aplicação dos métodos para estimativas desses elementos meteorológicos em locais onde se dispõem somente de dados de temperaturas máximas e mínimas diárias ou, mesmo, em locais com falhas nas observações rotineiras, tendo em vista a possibilidade de utilização desses modelos na reconstrução de séries com dados perdidos ou faltantes, no Estado de Minas Gerais.Item Avaliação do uso da água em fruteiras irrigadas no Projeto Jaíba(Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-15) Moura, Bruno Rebouças de; Ferreira, Paulo Afonso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783301T5; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702813H4; Ramos, Márcio Mota; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783666U8; Coelho, Mauricio Bernardes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783264H9; Sousa, Elias Fernandes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782465D2A pesquisa foi realizada no Projeto Jaíba, situado nos municípios de Jaíba e Matias Cardoso, no norte de Minas Gerais. Objetivando avaliar a eficiência no uso da água pelos produtores irrigantes, e os impactos econômicos e ambientais do excesso de água na irrigação de fruteiras, foram realizados experimentos com as culturas da goiaba, pinha e atemóia, e um estudo de caso sobre o consumo de água em lotes empresariais da Gleba C2 do Projeto Jaíba. No experimento com as culturas da goiaba e da atemóia foram avaliados dados de produtividade, peso médio dos frutos, e custo de produção em função de lâminas de irrigação aplicadas em diferentes proporções em relação à ETc durante o ciclo produtivo. Observou-se que o efeito da quantidade de água aplicada não foi significativo para os parâmetros de produção, ou seja, não houve diferença de produtividade e peso dos frutos entre os tratamentos, embora tenha havido grande diferença nos custos relativos à irrigação. Avaliou-se também o efeito da lâmina de irrigação na lixiviação de nutrients no solo, na parcela experimental da pinheira. Os elementos estudados foram P, K, Ca e Mg. Os resultados mostraram uma tendência geral de maior deslocamento de sais das camadas superficiais para as mais profundas onde houve maior aplicação de água, variando de acordo com o elemento. No estudo sobre o uso da água nos lotes empresariais do projeto Jaíba comparou-se o volume de água consumido no período de abril a setembro de 2006 com o consumo de água estimado através de simulação do balanço hídrico com o uso do programa Irriplus. Foram selecionados 10 lotes onde foram coletados dados de solo, água, culturas, equipamentos de irrigação entre outras informações necessárias para as simulações. Os dados meteorológicos foram obtidos na estação automática localizada em um dos lotes. Todos os lotes apresentaram excesso de água nas irrigações em determinados períodos e déficit em outros. A média geral foi de 139 m³.ha-1mês-1 de água em excesso utilizada nas irrigações.Item Avanço da fronteira agrícola na Amazônia: impactos no balanço de energia e simulação do crescimento e rendimento(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-11) Souza, Paulo Jorge de Oliveira Ponte de; Abreu, José Paulo Mourão de Melo e; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/9862359824047261; Rocha, Edson José Paulino da; http://lattes.cnpq.br/2313369423727020; Randow, Celso Von; http://lattes.cnpq.br/0535860239259102Nos últimos anos tem-se verificado um continuo avanço da fronteira agrícola na região Amazônica, onde se aponta o monocultivo da soja como o principal condicionante. Diante da necessidade de se compreender as respostas desta cultura às condições climáticas da região Amazônica, e também pela necessidade de se avaliar quais os possíveis impactos ambientais gerados por este novo modelo de uso da terra na região realizou-se um experimento micro/ agrometeorológico durante os anos de 2006, 2007 e 2008 no município de Paragominas, localizado na região nordeste do estado do Pará por esta região ter apresentado uma rápida expansão desta cultura nos últimos anos. Uma torre micrometeorológica de três metros de altura foi instalada no centro da área de estudo, cultivada com soja variedade Tracajá em uma extensão de 200 ha. Informações de crescimento da soja foram coletadas semanalmente em um experimento inteiramente casualizado com seis repetições, e a fenologia da cultura foi acompanhada diariamente seguindo a escala proposta por Fehr e Caviness (1977) em um experimento também inteiramente casualizado com diferentes tratamento (data de plantio) e 3repetições. O balanço de energia e a evapotranspiraçao da cultura foram obtidos por meio da razão de Bowen seguindo as recomendações de Perez et al. (1999). Um modelo mecanístico simplificado de crescimento e rendimento da soja foi parametrizado e calibrado para as condições ambientais da Amazônia e sua validação foi feita com dados de rendimento observados entre 2007 e 2009. Dados Soja; Amazônia; Energia; Agriculturareferentes a um ecossistema florestal foram utilizados nas discussões sobre os impactos da soja e obtidos na floresta nacional de Caxiuanã, localizado no setor central do estado do Pará. A produção de biomassa aérea e área foliar foram influenciadas pelas distintas condições climáticas entre os anos, embora o rendimento final não tenha sido muito diferente devido supostamente pela compensação na fixação de nitrogênio em 2007. A inclusão do efeito redutivo de elevadas temperaturas mostrou ser um método bastante eficiente para simular o desenvolvimento da soja nas condições térmicas da Amazônia reduzindo de 4,7 para 2,3 dias o erro (RMSE) na determinação da maturação fisiológica da soja. O consumo máximo de água ocorreu durante o período reprodutivo, com valor médio de 4,1 mm dia-1 durante o enchimento de grãos. Devido ao aumento gradual no albedo da superfície, o saldo de radiação apresentou redução ao longo do ciclo, sendo grande parte desta energia usada como calor latente principalmente entre as fases de florescimento e enchimento de grãos, havendo, porém um aumento no fluxo de calor sensível próximo da maturação. Durante o ciclo da cultura há uma redução de 16,6% no saldo de radiação e de 15,5% durante a entressafra, mas devido a elevada condutância estomática da soja observou-se impactos positivos no fluxo de calor latente em algumas fases da cultura comparada ao ecossistema de floresta. Por outro lado, há uma diminuição significativa no fluxo de calor latente e um aumento considerável no fluxo de calor sensível durante o período da entressafra comparado ao ecossistema florestal devido à ausência de cobertura vegetal. O modelo de crescimento e rendimento utilizado apresentou ótimo desempenho na simulação da evapotranspiração da soja, e principalmente na produção de área foliar, biomassa total e rendimento final nas condições climáticas da Amazônia. A simulação do rendimento da soja apresentou baixíssimos erros, com diferenças em relação aos dados observados menores que 10%. O modelo encontra-se parametrizado, calibrado e validado para as condições climáticas da Amazônia, e pode ser usado como ferramenta de apoio aos agricultores na tomada de decisões bem como ferramenta de ensino nas instituições de ensino de ciências agrárias da região.Item Bacia hidrográfica do rio Paranaíba: análise da dinâmica populacional, mudanças no uso do solo e impactos na disponibilidade hídrica(Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-11) Silva, Maria Helena de Carvalho Rodrigues; Silveira, Suely de Fátima Ramos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4704277E4; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/0540314798316605; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6A bacia hidrográfica do rio Paranaíba está na rota de expansão da cana-deaçúcar. Possui 222.767 km2 e ocupa 2,6% do território nacional; 68,4% da sua área localizam-se na região Centro-Oeste e 31,6% no estado de Minas Gerais. Essa tendência ocorre em função das características da região serem favoráveis à produção da cana-de-açúcar, como o relevo suave que facilita a mecanização da lavoura, além dos fatores climáticos com estações bem definidas e temperaturas elevadas durante todo o ano. Este trabalho teve como objetivo geral analisar a evolução temporal, no espaço geográfico da expansão da lavoura canavieira e quantificar a alteração da vazão e os impactos da substituição da cobertura vegetal na bacia hidrográfica do rio Paranaíba. O trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro buscou-se apresentar um cenário dos municípios da bacia ao longo das décadas de 1990 e 2000, observando o comportamento da lavoura da cana-de-açúcar. Para a caracterização socioeconômica da bacia utilizou-se dados secundários do IBGE e IPEADATA composto por população, agricultura, pecuária e PIB para os 197 municípios da bacia. Para análise dos dados utilizou-se a análise fatorial e análise de cluster. Os principais resultados apontaram vocação agrícola com destaque para produção de grãos e expansão da cana-de-açúcar. O objetivo do capítulo 2 foi quantificar a diferença entre a evapotranspiração real da cana-de-açúcar e da pastagem e o impacto da mudança do uso do solo nos recursos hídricos atentando para possível alteração da vazão entre 1990 a 2010. Buscou-se relacionar a evapotranspiração real da cana-de-açúcar e da pastagem com objetivo de analisar a demanda hídrica de cada cultura. Essa análise baseou-se no princípio de conversão de uso da terra. A metodologia consistiu em estimar as perdas de água pela cana e pela pastagem através do balanço hídrico, com simulações para três cenários de safra da cana. A cana de-açúcar apresentou maior evapotranspiração em relação a pastagem especialmente no ciclo de inverno.Item Balanço de carbono e energia para uma lavoura de soja: método da covariância dos vórtices turbulentos e a estimativa do modelo CROPGRO-Soybean(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-29) Oliveira, Evandro Chaves de; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3; http://lattes.cnpq.br/9639592687692535; Silva, Marcos Antonio Vanderlei; http://lattes.cnpq.br/7181052316011402; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6O presente trabalho objetivou analisar o balanço de energia e a partição do saldo de radiação em suas componentes de fluxo de calor latente, de calor sensível e de calor no solo durante o ciclo da cultura da soja na região de Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul; calibrar o modelo de simulação do crescimento e desenvolvimento, CROPGROSoybean (Crop-Environment Resource Synthesis), para a cultivar de soja FUNDACEP 53RR, cultivada na mencionada região; avaliar a estimativa da evapotranspiração da cultura da soja gerada pelo modelo CROPGRO-Soybean em relação aos dados de fluxos de calor latente medidos em condições de campo pelo método da covariância dos vórtices turbulentos; testar o desempenho do modelo CROPGRO-Soybean em simular a eficiência do uso da radiação fotossinteticamente ativa em diferentes fases fenológicas de uma cultivar de soja cultivada na região de Cruz Alta, RS; avaliar o desempenho do modelo CROPGRO-Soybean integrado do sistema DSSAT no balanço de carbono da cultura da soja com os dados experimentais de medição de fluxo de CO2 pelo método da covariância dos vórtices turbulentos; analisar os possíveis impactos da mudança climática na cultura da soja no Rio Grande do Sul, baseado no modelo CROPGRO Soybean, num cenário de mudança climática, que inclui o aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2). Para tanto, foram utilizados dados de experimento de campo usando técnica de covariância dos vórtices turbulentos conduzidos na Rede Sulflux (Rede Sul Brasileira de Fluxos Superficiais e Mudanças Climáticas) em Cruz Alta, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (28°36'S, 53°40'W e altitude 409 m), no ano agrícola de 2009/2010. Para a análise dos impactos das alterações climáticas, foram utilizados dados de simulações climáticas regionais (HadRM3), para o cenário climático de controle (1960 a 1990), e os cenários climáticos futuros B2 e A2 (2071 a 2100) no modelo CROPGRO-Soybean. Os resultados obtidos neste estudo indicaram que o método da covariância dos vórtices turbulentos foi capaz de reproduzir de maneira satisfatória os fluxos de energia acima da cultura de soja durante todo o período experimental. Por meio das análises realizadas nas simulações, foi identificado que o modelo CROPGRO-Soybean apresentou resultados satisfatórios na simulação da ocorrência de estádios fenológicos da cultura e também sobre o rendimento de grãos, mas demonstrou limitações nas estimativas de biomassa e índice de área foliar da cultivar de soja avaliada para as condições de solo e clima de Cruz Alta, RS. O modelo superestimou a evapotranspiração ao longo do ciclo da cultura, provavelmente, por não representar de forma realística os resíduos culturais, indicando necessidade de ajustes em parâmetros do balanço de água no solo em sistema de plantio direto. O modelo CROPGRO-Soybean apresentou boa capacidade de predição da radiação fotossinteticamente ativa incidente, para as condições, características do período e fatores considerados. O modelo não simula o transporte de carbono na atmosfera, apenas a produção de carbono devido ao balanço de carbono. Por essa razão, apesar do modelo reproduzir o comportamento geral do fluxo de carbono, algumas variações em escala diária não conseguem ser reproduzidas. Quanto aos impactos das alterações climáticas, os resultados indicam que, o acréscimo de rendimento de grãos estimado resultou, essencialmente, das projeções da concentração de CO2 e de temperatura para os cenários futuros, ou seja, os efeitos positivos derivados do aumento da concentração de CO2 (fertilização de CO2) constituiu, provavelmente, a principal causa do aumento do rendimento da soja no estado do Rio Grande do Sul.Item Balanço de carbono e trocas gasosas nos diferentes compartimentos em plantios de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-09) Rody, Yhasmin Paiva; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Loos, Rodolfo Araújo; http://lattes.cnpq.br/9008212960366699; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/9186869024129768; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Moreira, Marcelo Zacharias; http://lattes.cnpq.br/6855870496598732O balanço de carbono em ecossistemas florestais é representado pela produção primária líquida, definida como a diferença entre a energia química fixada pela fotossíntese e a perda entre respiração heterotrófica e autotrófica e a mortalidade. O entendimento destes processos é crítico para predizer os efeitos do ambiente no crescimento da planta. O presente estudo teve por objetivo investigar as trocas de CO2 e vapor d água em escalas de órgãos da planta, de dosséis e por medidas no solo, buscando avaliar as variações temporais de forma contínua e em medidas pontuais e os efeitos da sazonalidade climática em plantios de eucaliptos em diferentes idades. Para isto, foram utilizados equipamentos que coletam dados em alta freqüência, a partir de técnicas de razão isotópica e do sistema eddy covariance presente em duas torres micrometeorológicas em plantios de eucalipto localizados no Estado do Mato Grosso do Sul. As medidas abrangeram as idades de 0 18 meses (eucalipto jovem) e 49 a 65 meses (eucalipto adulto). A absorção do CO2 da atmosfera foi crescente a partir do plantio das mudas no campo. Em idades mais jovens, são verificadas as maiores taxas de fixação, determinada pela produtividade primária bruta e respiração de CO2, provavelmente devido ao crescimento mais acelerado, observado por maiores incrementos de biomassa. Maiores fluxos respiratórios de CO2 foram mensurados em folhas e raízes das plantas nestas idades. No plantio adulto, os fluxos de CO2 apresentam um sensível aumento ao longo do tempo, reduzido na estação seca, sendo as folhas, o órgão com maior atividade respiratória, assim como nos plantios jovens. A resposta da planta ao clima é evidenciada pelo incremento do fluxo de CO2 com as maiores médias observadas nos valores diários da fotossíntese líquida, condutância estomática e da transpiração nas épocas de maiores disponibilidades hídricas e de energia. Também observou-se a influência da sazonalidade climática nas medidas biométricas do índice de área foliar e da área foliar específica. Em épocas secas, verifica-se que o plantio jovem foi mais eficiente no uso da água em relação ao adulto, o que facilita a aclimatação da planta em continuar a incorporação de carbono. As medidas de respiração do solo mostraram-se correlacionadas positivamente à temperatura do solo, sendo também influenciadas pelo conteúdo de água presente no solo. Comparando o resultado gerado pela influência do clima na razão isotópica (δ 13C) dos fluxos respiratórios, observa-se que em geral, os órgãos da planta e o solo apresentaram maiores discriminações na estação chuvosa. Não houve diferença estatística entre o δ13C de nenhum dos órgãos avaliados nos plantios jovem e adulto na estação chuvosa, diferente das folhas e os galhos na estação seca. A contribuição particionada dos indivíduos autotróficos e heterotróficos gerada a partir dos valores de δ13C em uma análise de mistura sugeriu que 51,7% é relacionado à parte aérea do ecossistema e logo, 48,3% é provida da respiração do solo e seus componentes. As metodologias utilizadas contribuíram com maior entendimento do balanço de carbono e a relação solo-planta-atmosfera e mostraram-se eficiente para avaliar as fontes contribuidoras do fluxo respiratório de ecossistemas de eucalipto.Item Calibração do modelo CSM-CERES-Sorghum para avaliação dos impactos das mudanças climáticas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Grossi, Marine Cirino; Andrade, Camilo de Lelis Teixeira de; http://lattes.cnpq.br/0305188336574340; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/9150367135395829; Sentelhas, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/3064521898263661; Viana, José Marcelo Soriano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786170D5O presente trabalho teve como objetivos calibrar e avaliar o modelo CSMCERES-Sorghum e aplicá-lo para simular produtividades e cenários de épocas de semeadura considerando duas séries de clima atual com base em observações (INMET) e utilizando um modelo climático (ECHAM-atual). Com o objetivo de estudar o efeito da variação climática na produtividade do sorgo, fez-se uso de uma série climática que leva em consideração as futuras emissões de gases de efeito estufa a partir do cenário econômico A1B (ECHAM-futuro). Três regiões que compreendem os municípios de Sete Lagoas (MG), Janaúba (MG) e Rio Verde (GO) foram avaliadas. Os resultados mostraram que o modelo CSM-CERES-Sorghum foi capaz de simular corretamente o ciclo fenológico da cultivar BRS 310, com datas de emergência, iniciação da panícula, floração e maturidade fisiológica semelhantes às datas observadas em plantios irrigados realizados nos três municípios. Também simulou adequadamente as variáveis de crescimento (índice de área foliar e número de folhas por colmo) e produtividade de grãos. Ao se comparar os resultados das produtividade médias simuladas a partir da série histórica do INMET e considerando-se regime de sequeiro, notou-se que o município de Sete Lagoas foi o que apresentou os maiores rendimentos de grãos. Rio Verde apresentou valores intermediários e Janaúba foi o local que apresentou os menores valores médios de produtividade. As diferenças nos resultados foram atribuídas aos padrões climáticos distintos entre os três municípios, principalmente em termos de temperatura do ar e disponibilidade hídrica para a cultura. Ao simular uma condição de produtividade potencial, em que os efeitos de estresses hídricos e nutricionais foram desconsiderados, houve uma inversão entre as posições ocupadas por Rio Verde e Janaúba, enquanto Sete Lagoas manteve-se em primeiro lugar. A produtividade potencial em Janaúba superior à obtida em Rio Verde foi explicada pela diferença entre a radiação solar entre esses dois municípios. No que tange às variações climáticas futuras, considerando-se um nível de significância de 5%, para Janaúba e Sete Lagoas as médias de produtividade simuladas a partir da série ECHAM-atual e da série ECHAM-futuro não foram estatisticamente diferentes. Já para o município de Rio Verde ocorreu uma redução significativa nas produtividades médias simuladas a partir da série climática ECHAM-futuro em relação às simuladas considerando a série ECHAM-atual. No cenário futuro, a cultura do sorgo ficou condicionada ao efeito negativo do encurtamento do ciclo devido ao aumento de temperatura do ar e ao efeito positivo da fertilização do CO2 reduzindo o estresse hídrico nas fases mais críticas da cultura. Esses efeitos distintos fizeram com que as diferenças entre as médias das produtividades obtidas a partir das séries atual e futura não fossem significativas em dois dos três municípios analisados. Outro fato interessante foi a distribuição da precipitação na série futura, na qual a estação seca se tornou mais seca e a estação chuvosa ainda mais chuvosa. Estas variações nas distribuições da chuva entre as séries ECHAM-atual e ECHAM-futuro indicam que no futuro possivelmente a semeadura do sorgo será realizada mais tardiamente nos três sítios avaliados.Item Calibração do modelo DSSAT/CANEGRO para a cana-de-açúcar e seu uso para a avaliação do impacto das mudanças climáticas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-13) Silva, Rômula Fernandes da; Marin, Fábio Ricardo; http://lattes.cnpq.br/2318727424326430; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Justino, Flávio Barbosa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794123A2; http://lattes.cnpq.br/1497997556638766; Sentelhas, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/3064521898263661; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7O presente trabalho teve como área de estudo o município de Juazeiro, Bahia, na região semi-árida do Nordeste brasileiro (9o28 07 S; 40o22 43 O; 386m de altitude). O objetivo foi calibrar o modelo DSSAT/CANEGRO e analisar o impacto das mudanças climáticas na produtividade da cana-de-açúcar irrigada para o cenário atual, (2007/2008) e para projeções futuras de mudanças climáticas, cenário A1B (2011-2037). Para o processo de calibração foi utilizada a cultivar de cana-de-açúcar RB-92579, conduzida no primeiro ciclo de cana-soca irrigada, num experimento de campo desenvolvido na área experimental da empresa Agrovale na safra de 2007/2008. Foram utilizados dados climáticos de uma série futura de 2011 a 2037 e de um período base (2007-2008), obtidos com o modelo ECHAM5/MPI-OM. O modelo DSSAT/CANEGRO apresentou elevado grau de ajuste na simulação da fenologia, crescimento e produtividade da cana-de-açúcar. No entanto, apresentou limitações na estimativa do número de folhas por colmo e índice de área foliar. Foram utilizados os índices estatísticos eficiência de modelagem, índice de concordância de Wilmott, raiz quadrada do erro médio e o viés médio absoluto, como indicadores do desempenho do modelo. Ao longo da série climática futura (2011-2037), a biomassa seca do colmo variou de 48 a 54 t ha- 1. O incremento máximo previsto da biomassa seca do colmo foi de 12%, quando comparada com a simulação para o ciclo atual. Isto ocorreu devido ao aumento de radiação solar, temperatura média e precipitação. Já o teor de sacarose apresentou uma maior variação ao longo da série climática futura, variando de 17 a 27 t ha-1 e atingindo um incremento máximo de 16%. Esses resultados mostraram que a massa seca de sacarose é mais sensível às variações climáticas do que a biomassa seca do colmo.Item Caracterização das fases fenológicas de três cultivares de milho, utilizando o conceito de graus-dia(Universidade Federal de Viçosa, 1985-09-27) Nuñez, José Gregório Olivera; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3; Aspiazú, Celestino; Coelho, Dirceu Teixeira; Vieira, Hélio Alves; Galvão, José DomingosEste estudo foi realizado no campo experimental da Estação Lisimétrica do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, durante o período de 5 de outubro de 1984 a 22 de fevereiro de 1985. Quatro métodos de cálculo de graus~dia (Residual, Villa Nova, Villa Nova Modificado e Brown) foram comparados para a determinação dos graus-dia acumulados desde a emergência até a maturação fisiológica dos cultivares de milho Br 120, AG 260 e Píoneer 6875. O método de Brown foi o que apresentou menor variabilidade em todas as fases fenológicas dos três cultivares. Os resultados das análises de regressão entre estádios fenológicos e graus-dia, calculados pelo método de Brown, indicaram que um total de 99% da variação observada nos estádios de desenvolvimento dos três cultivares de milho foi explicado pelos graus-dia acumulados. Uma comparação entre dias do calendário e graus-dia na estimativa dos estádios de desenvolvimento dos três cultivares de milho mostrou que os graus-dia são melhores estimadores dos estádios fenológicos. Com base nas exigências de graus-dia dos três cultivares de milho e utilizando-se médias semanais de precipitaçâo e de evapotranspiração potencial para um período de 18 anos (1968-1985), foi feita uma análise agroclimática do milho durante a estação de crescimento de Viçosa, considerando seis diferentes datas de plantio.Item Coeficiente de cultura baseado no conceito de graus-dia e avaliação de métodos de estimativa de evapotranspiração da alface hidropônica sob ambiente protegido(Universidade Federal de Viçosa, 2007-12-10) Moura, Carlos Roberto Weide; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Oliveira, Rubens Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785359E1; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774783P0; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Steidle Neto, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706227Z1A produção e o consumo de alface cultivada em sistemas hidropônicos do tipo NFT (nutrient film technique), aumentaram consideravelmente nos últimos anos no Brasil. Sistemas automáticos para aplicação de solução nutritiva, baseados em estimativas de evapotranspiração (ETc), têm sido desenvolvidos, mas um dos grandes problemas refere-se ao seu custo de implantação. O método de Penman-Monteith, recomendado como padrão para a estimativa da evapotranspiração de referência, requer medições de radiação solar, temperatura, umidade relativa e velocidade do ar, inviabilizando a automação do sistema de cultivo em pequenas propriedades. Neste contexto, no presente trabalho teve-se como objetivos: a) propor a adoção de um coeficiente de cultura (Kc) específico para a produção de alface em sistemas hidropônicos do tipo NFT, utilizando-se o conceito de graus- dias acumulados (GDA) e os cultivares Grand Rapids, Regina e Great Lakes e; b) avaliar a precisão e exatidão de diferentes métodos para a estimativa de evapotranspiração após o transplantio da alface, visando à implementação de sistemas de automação de baixo custo. Para alcançar os objetivos propostos, foram conduzidos dois experimentos independentes, sendo que um conjunto de dados foi utilizado para obtenção do modelo do Kc e estimativa dos diversos parâmetros dos modelos de evapotranspiração e outro conjunto para validação das estimativas realizadas em base horária e diária. Os dois experimentos foram conduzidos na área experimental da Meteorologia Agrícola do Departamento de Engenharia Agrícola (DEA), situada no campus da Universidade Federal de Viçosa. As estimativas de evapotranspiração foram realizadas por meio dos métodos de Penman-Monteith-FAO (PMF), Penman-Monteith modificado para condições aerodinâmicas de ambientes protegidos (PMAP), Penman-Monteith simplificado para ambiente protegido (PMAPS), Priestley Taylor (PT), Radiação Solar (RS) e Radiação Solar Simplificado (RSS), os quais foram, posteriormente, comparadas com os valores medidos. Para avaliar o desempenho dos métodos foram utilizados os seguintes índices estatísticos: a) coeficiente de correlação r (precisão); b) índice de concordância d (exatidão); c) erro médio de estimativa (MBE) e; d) raiz quadrada do quadrado do erro médio de estimativa (RMSE). Verificou-se que o modelo sigmoidal com quatro parâmetros se ajustou bem aos valores observados de Kc para os três cultivares avaliados no período pós-transplantio, proporcionando coeficientes de determinação ajustados de 0,99, 0,98 e 0,98 para os cultivares Grand Rapids, Regina e Great Lakes, respectivamente. Com relação às estimativas de valores horários de ETc, observou-se que os métodos PMAP e PMAPS apresentaram melhor desempenho estatístico quando comparados aos métodos PMF, PT, RS e RSS. O método PMF não apresentou resultados satisfatórios no período da tarde, em decorrência do aumento do déficit de pressão de vapor de água no ar. Para as estimativas diárias de ETc, os resultados deste trabalho sugerem melhor desempenho estatístico dos métodos PMF, PMAP e RS em relação aos métodos PMAPS, PT e RSS, independentemente do cultivar avaliado. No entanto, o método PMF subestimou sistematicamente a ETc no período inicial de crescimento da alface.Item Crescimento, necessidades hídricas e eficiência do uso da água do milho e do feijão-caupi em sistemas de cultivo exclusivo e consorciado no Semiárido brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-17) Souza, Luciana Sandra Bastos de; Moura, Magna Soelma Beserra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769996A1; Hamakawa, Paulo José; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/1186468548787818; Silva, Welliam Chaves Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707320P6; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4O objetivo desse trabalho foi analisar o crescimento, as necessidades hídricas e a eficiência do uso de água das culturas do milho e do feijão-caupi, submetidas a diferentes lâminas de água nos sistemas de plantio, exclusivo e consorciado, no Semiárido brasileiro. O experimento foi conduzido no Campo Experimental de Bebedouro (09°09 S; 40°22 W, 365,6m) da Embrapa Semiárido, localizado no município de Petrolina-PE. As culturas, nos diferentes sistemas de plantio (exclusivo e consorciado), foram submetidas a cinco lâminas de irrigação, aplicadas logo após o pendoamento no milho e na fase de floração do feijão-caupi aos 40 dias depois da semeadura. Combinando as configurações de sistema de cultivo e as diferentes lâminas de irrigação, as culturas do milho e do feijão-caupi foram submetidas a 15 tratamentos distintos. Foram utilizados três diferentes métodos para obtenção dos valores de coeficiente de cultura (Kc): balanço hídrico no solo, utilização da equação proposta pela FAO56 e ajuste da variável graus-dia aos valores de Kc. Para tanto, o monitoramento do teor de água no solo foi realizado diariamente por meio de uma sonda modelo Diviner 2000 (Sentek Pty Ltd., Austrália) e tubos de acesso instalados em cada tratamento. Realizaram-se medições de biomassa em intervalos semanais e de rendimento ao final do ciclo das culturas, que ocorreram aos 109 e 76 dias, para o milho e o feijão-caupi, respectivamente. Foram calculados índices morfofisiológicos para caracterizar o crescimento das culturas do milho e feijão-caupi nos diferentes sistemas de plantio. Além disso, foram utilizados indicadores que consideram a resposta produtiva da cultura e o desempenho de aplicação de água no sistema deprodução, que foram calculados por meio dos dados de rendimento total, da relação entre os preços da produção comercial de grãos de ambas as culturas, bem como dos valores de precipitação (P) e do volume de água aplicado por irrigação (I). O consorcio reduziu significativamente a fitomassa seca total da parte aérea, o índice de área foliar, a taxa de crescimento da cultura, a razão de massa foliar e a razão de área foliar do milho e feijão-caupi. O coeficiente de cultura em sistema exclusivo apresentou valores médios de 0,86, 1,10 e 0,52 para o milho e de 0,68, 1,04, 1,06 e 0,63 para o feijão-caupi, respectivamente para as fases inicial, intermediária e final. No sistema consorciado esses valores foram de 0,90, 1,30 e 0,72 para o milho e 0,86, 1,30 e 0,91 para o feijão-caupi, para as referidas fases na ordem que foram mencionadas. A produtividade de grãos das culturas do milho e feijão-caupi em resposta à disponibilidade hídrica no solo foi reduzida nos plantios consorciados em relação aos plantios exclusivos e a eficiência de uso de água das culturas do milho e do feijão-caupi foi superior no plantio exclusivo em relação ao consorciado. Mesmo assim, em termos econômicos a adoção do consórcio mostrou ser mais vantajosa em todos os tratamentos. Essas informações são de grande importância para subsidiar a melhoria do manejo da água no Semiárido do Nordeste brasileiro.Item Desempenho produtivo e parâmetros agrometeorológicos da palma forrageira, clone Orelha de Elefante Mexicana, no Semiárido brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-27) Queiroz, Maria Gabriela de; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Silva, Sérvulo Mercier Siqueira e; http://lattes.cnpq.br/0654495217313534; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/2053330973064133; Silva, Maria da Conceição; Souza, Eduardo Soares deObjetivou-se analisar o efeito da aplicação de distintas lâminas de água sobre o desempenho do crescimento e da produtividade da palma forrageira, cv. IPA/200016 - Orelha de Elefante Mexicana, visando à quantificação de parâmetros agrometeorológicos como índices morfofisiológicos, consumo de água, coeficiente de cultura (Kc) e indicadores de desempenho do uso da água. O experimento foi conduzido na estação experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco, em Serra Talhada-PE, Semiárido brasileiro. As avaliações foram realizadas no período de junho/2012 a junho/2013, compreendendo o segundo ano produtivo da cultura. O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, e cinco tratamentos representados por diferentes lâminas de água, calculadas por meio da equação de Penman-Monteith, parametrizada conforme o Boletim 56 da FAO. Ao final do ciclo, foram aplicados 976, 1048, 1096, 1152 e 1202 mm de água. Os dados dos elementos meteorológicos foram obtidos de uma estação automática do INMET, localizada próxima ao experimento. Na ocasião da colheita, foram realizadas medidas morfológicas e de biomassa das plantas (i.e. altura e largura da planta; número de cladódios por planta; comprimento, largura, espessura, perímetro e área dos cladódios, etc.). A evapotranspiração (ET) foi calculada pelo método do balanço de água no solo (BAS), com seus componentes acumulados a cada 14 dias, totalizando 27 períodos. Determinaram-se: índices morfofisiológicos (taxa de assimilação líquida, TAL; taxa de crescimento absoluto, TCA; taxa de crescimento relativo, TCR; e, a área de cladódio específica, ACE); rendimento de matérias verde (MV) e seca (MS) e conteúdo de matéria seca; parâmetros de resposta da cultura (índice de cobertura do solo, ICS; índice de volume de produção, IVP; índice de distribuição dos cladódios na planta, IDCP; e, índice de distribuição de área fotossintética, IDAF); índices de resposta hídrica (i.e. altura e largura da planta por cada mm de água evapotranspirada, etc.); coeficiente de cultura, Kc; mediante a relação entre Evapotranspiração da cultura e Evapotranspiração de referência; e, indicadores de desempenho do uso da água (Eficiência no uso de água, EUA; fração de uso consultivo, FC; produtividade econômica da água, PEA; e, produtividade econômica da terra (PETcladódio e PETrendimento) com base nos valores de ET, precipitação, irrigação, valores monetários e rendimento MV e MS da cultura. Como resultados, verificou-se que as lâminas de água mais elevadas não influenciaram a maioria dos valores absolutos das variáveis de crescimento, assim como dos índices morfofisiológicos, parâmetros de resposta da cultura, índices de resposta hídrica, produtivos e indicadores de eficiência do uso da água (p>0,05). Todavia, os índices de resposta hídrica por causa da ET mostraram tendência de acréscimo com a redução da lâmina evapotranspirada. Em relação aos componentes do BAS, apenas a variação no armazenamento revelou diferença entre os tratamentos, com valores acumulados crescentes à medida que as lâminas foram superiores. A ET e o Kc da cultura foram determinados para a lâmina de água de 1048 mm, que representou o ponto de inflexão da produtividade da cultura, sendo seus valores iguais a 2,69 mm dia-1 e 0,52, nessa ordem. A FC foi de 0,90% e tendeu a decrescer com o aumento das lâminas aplicadas, demostrando que, em média, apenas 10% do total aplicado não foi utilizado na ET. A EUA, tanto para MV e MS, foi maior quando se considerou a lâmina evapotranspirada, em relação aos valores de P+I, em média de, 14,02 kg MV m-3 e 0,87 kg MS m-3, respectivamente. O valor médio da Produtividade econômica da água (5,50 e 6,18 US$ m-3) indica que o produtor terá um retorno econômico bruto de 5,50 e 6,18 dólares para cada m-3 de água fornecida (P+I) e evapotranspirada (ET) pela cultura, respectivamente.Item Determinação da transpiração da cana-de-açúcar por métodos térmicos(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-28) Boehringer, Davi; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Steidle Neto, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706227Z1; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/1907749934127865; Grossi, José Antônio Saraiva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784442D6; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6O objetivo principal foi avaliar a aplicabilidade de métodos térmicos para medição do fluxo de seiva da cana-de-açúcar sob condições ambientais distintas. Para a avaliação dos métodos (balanço de energia e pulso de calor), foram realizadas campanhas de medição da transpiração e do fluxo de seiva da cana-de-açúcar em uma casa de vegetação. O experimento foi conduzido na área experimental do setor de Meteorologia Agrícola, pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. O monitoramento dos dados meteorológicos no interior da casa de vegetação foi realizado por meio de um sistema computadorizado de aquisição de dados. Ele foi capaz de monitorar o fluxo de seiva da cana-de-açúcar e de controlar a potência elétrica aplicada nos terminais resistivos da fonte de calor. Constatou-se que as necessidades hídricas da cultura da cana-deaçúcar, em escala horária e diária, podem ser determinadas, de forma adequada, por meio de medições do fluxo de seiva com o método do balanço de energia em um segmento de caule. No entanto, em decorrência do grande volume de seiva armazenada nos colmos e da baixa velocidade de deslocamento da seiva em comparação com outras culturas, o método do pulso de calor não pôde ser implementado por meio da metodologia clássica proposta na literatura. Somente com a aplicação de pulsos mais prolongados, em escala de minutos ao invés de segundos, foi possível detectar variações de temperatura que pudessem ser mensuradas pelo sistema de aquisição de dados. Desta forma, para que possa ser aplicada para a cana-de-açúcar, a teoria do método do pulso de calor precisa ser adaptada a partir de estudos específicos. Notou-se que, tanto a temperatura da seiva acima, quanto a temperatura abaixo da fonte de aquecimento comportam-se de maneira distintas após a aplicação do pulso de calor nos diversos horários do dia, respondendo às variações da transpiração para um dia de céu claro. Foi observado também que o componente do armazenamento de calor no caule não pode ser desconsiderado no balanço de energia como foi proposto por alguns autores para medições realizadas em outras culturas. Por outro lado, devido ao diâmetro expressivo dos colmos, é necessário instalar quatro termopares para obtenção da temperatura da seiva nos níveis acima e abaixo da fonte de aquecimento, sendo dois inseridos no centro e outros dois na superfície do colmo. Um termopar adicional deve ser colocado no centro da manta de isolamento térmico, ao nível da fonte de aquecimento, para quantificação da condução axial e radial de calor. A transpiração de plantas individuais de cana-de-açúcar foi ligeiramente subestimada pelo método do balanço de energia em escala horária (RMSE = 14,6 g planta-1 h-1; MBE = -4,7 g planta-1 h-1; r = 0,9065; d = 0,9432) e diária (RMSE = 97,1 g planta-1 d-1; MBE = -56,2 g planta-1 d-1; r = 0,9369; d = 0,9488), com diferenças da ordem de 4% em relação aos valores máximos de transpiração medidos. Com a realização de novas pesquisas para aprimoramento desta técnica, o método do balanço de energia tem grande potencial para se tornar a técnica de referência na calibração de outros métodos utilizados para quantificação do fluxo de vapor d’água da cana-de-açúcar para a atmosfera.Item Disponibilidade e demanda hídrica na produtividade da cultura do eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-18) Alves, Maria Emília Borges; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; http://lattes.cnpq.br/7781401249062489; Drumond, Luis César Dias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787240Z7; Fernandes, André Luis Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5673761424920408O setor de florestas plantadas no Brasil desempenha um papel fundamental no cenário sócio-econômico do país, ao contribuir com a produção de bens e serviços, agregação de valor aos produtos florestais e para a geração de empregos, divisas, tributos e renda. Estabelecer relações entre consumo de água pela cultura do eucalipto e a disponibilidade de água no solo pode contribuir na predição do potencial produtivo dos plantios florestais, tendo em vista que as distintas condições climáticas, às quais a cultura está exposta nas diversas regiões em que é feito seu cultivo, influenciam na sua produtividade e duração do ciclo. Dentro deste contexto, a realização de simulações a fim de avaliar o efeito de maiores suprimentos de água sobre as produtividades obtidas nestas condições pode gerar informações importantes para o manejo da cultura do eucalipto. Porém, são poucas as informações existentes sobre as necessidades hídricas da cultura do eucalipto, necessitando de investigações quanto a esta demanda. Destaca-se, quanto ao uso da irrigação em florestas plantadas, o suprimento de água para a cultura do eucalipto na fase de plantio e a associação de polímeros hidroretentores (hidrogel) a esta irrigação, com o intuito de elevar a retenção de água e, desta forma, reduzir o número de irrigações e os volumes aplicados, sendo este recurso amplamente utilizado por empresas plantadoras de eucalipto. Em decorrência dos aspectos abordados, o presente estudo teve os seguintes objetivos: estudar as relações entre a cultura do eucalipto e o suprimento de água, avaliar o uso de hidrogel no plantio do eucalipto, estimar as necessidades hídricas da cultura do eucalipto com base na estimativa do coeficiente de cultura (Kc) do eucalipto e estabelecer uma relação entre a produtividade do eucalipto e o suprimento de água por meios de simulações. Desta forma, uma primeira experimentação buscou associar diferentes doses de hidrogel à evapotranspiração da cultura, sob dois diferentes tipos de solo e duas freqüências de irrigação. Neste estudo, concluiu-se que o uso de hidrogel teve efeito positivo sobre a sobrevivência e crescimento das mudas de eucalipto em pós-plantio. A redução da evaporação pela adição do hidrogel disponibiliza um maior volume de água às plantas, reduzindo a mortalidade das mesmas. Foram observados benefícios sob as duas condições estudadas, plantio em casa de vegetação e plantio fora da casa de vegetação. Porém, ainda é prematuro o estabelecimento de valores ideais para a utilização do hidrogel. A segunda parte deste trabalho foi estimar o coeficiente de cultura (Kc) do eucalipto utilizando a metodologia do coeficiente dual de cultura (Kc dual), proposta por Allen et al. (1998). Esta estimativa se baseou em dados observados de clima e de altura da cultura, de um experimento conduzido na região do Rio Doce, MG, considerando até 1,5 ano após o plantio, as fases inicial e média de desenvolvimento da cultura. Assim, os valores médios para os coeficientes de cultura estimados são de 0,57; 0,13 e 0,70 para Ke (coeficiente de evaporação da água do solo), Kcb (coeficiente basal da cultura) e Kc (coeficiente de cultura único), respectivamente, na fase inicial de desenvolvimento e de 0,01; 0,81 e 0,82 para Ke, Kcb e Kc, respectivamente, na fase de média de desenvolvimento da cultura. Os valores estimados não devem ser considerados valores definitivos, pois as estimativas não substituem os valores medidos em campo. Na terceira e última parte, estabeleceu-se uma estimativa a produtividade da cultura do eucalipto sob diversas condições de suprimento de água, tendo como referência os dados observados em experimento conduzido na região do Rio Doce, MG, durante um ciclo completo da cultura do eucalipto, entre os anos de 2001 e 2008. Utilizou-se o software IRRIPLUS para se simular a lâmina de irrigação considerada recomendada (IRRI- 1) e, a partir desta lâmina, foram criados mais dois cenários de disponibilidade hídrica (IRRI-2 e IRRI-3), para estimar as produtividades da cultura por meio do modelo 3-PG, comparando-se com valores reais observados em condições de sequeiro (NI) e sob irrigação real aplicada (IR). Esta irrigação real aplicada foi inferior à recomendada pelo IRRIPLUS. Assim, observou-se uma estreita correlação com os dados observados de biomassa de parte aérea (BPA) nos tratamentos IR e NI, o que permitiu que as demais variáveis, diâmetro a altura do peito (DAP,) volume (V), altura da planta (Ht) e incremento médio anual (IMA) fossem estimadas com segurança, sob as mesmas condições e sob influência das lâminas de irrigação recomendadas pelo software IRRIPLUS®. As variáveis avaliadas apresentaram incremento positivo, respondendo linearmente ao acréscimo no suprimento de água, apresentando ganhos relativos proporcionais ao acréscimo nas lâminas aplicadas.Item Efeito do CO2 na eficiência quântica do eucalipto e sua utilização na modelagem de seu crescimento pelo 3-PG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-21) Baesso, Raquel Couto Evangelista; Huaman, Carlos Alberto Martinez Y; http://lattes.cnpq.br/3370953480222387; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/0377334660607354; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Pezzopane, José Eduardo Macedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720574Z3; Loos, Rodolfo Araújo; http://lattes.cnpq.br/9008212960366699Nas últimas décadas tem sido crescente a preocupação mundial quanto às mudanças no clima devido ao aumento de emissão global de gases de efeito-estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Sabe-se, por experimentação, que as plantas reagem a aumentos na concentração de CO2 crescendo mais e demandando menos água. Da mesma forma, sabe-se também que as mudanças climáticas serão condições ambientais resultantes de modificações na frequência e intensidade dos processos de clima e, consequentemente, de tempo. Diante de um potencial de novo sistema climático com agravamento de eventos extremos, o objetivo deste trabalho consistiu em analisar o comportamento das variações das trocas gasosas em plantios clonal jovem e adulto de eucalipto, sob elevadas concentrações de CO2 (570 e 760 μmol mol-1); estimar a eficiência quântica (α) do dossel; e simular a produtividade do eucalipto, por meio do modelo de crescimento 3-PG, baseada em cenários climáticos de mudanças previstas. As maiores taxas fotossintéticas foram registradas em plantio jovem de eucalipto, quando ocorreram aumentos na concentração de CO2 no inverno, com uma diferença de até 30% em comparação com o plantio adulto. Houve redução na condutância estomática e na transpiração nas altas concentrações de CO2. A resposta dos estômatos (redução) ao aumento da concentração intercelular (Ci) de CO2, seguido do aumento da fotossíntese e redução da transpiração (E), favoreceu a eficiência instantânea da transpiração. Os resultados de α apresentaram aumento de 17% no plantio jovem e 27% no plantio adulto sob elevada concentração de CO2, comparado à concentração-controle (~380 μmol mol-1). A eficiência quântica teve variação relativamente pequena entre o inverno e o verão. Na simulação da redução da respiração no plantio florestal, o incremento médio anual (IMA, m3 ha-1 ano-1) apresentou tendência de aumento, e nisso o IMA apresentou tendência de redução. Sobre a transpiração, a variação no uso eficiente do carbono não promoveu grandes diferenças. Na maioria dos cenários futuros, a transpiração manteve-se abaixo da transpiração-controle, sendo esse comportamento esperado, em que o aumento da concentração intercelular de CO2 provocou redução na transpiração. O modelo de crescimento florestal foi coerente na estimativa da produtividade de plantios de eucalipto, em cenários de mudanças climáticas.Item Efeito do estresse hídrico sobre o crescimento de cultivares de cana-de-açúcar(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-20) Batista, Evandro Lima da Silveira; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Lyra, Gustavo Bastos; http://lattes.cnpq.br/2677800541601144; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/8593231680678185; Barbosa, Marcio Henrique Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782585E6; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546O presente estudo teve como objetivos principais: 1) Ajustar os modelos de crescimento expolinear, logístico e Gompertz ao acúmulo de matéria seca da parte aérea da cana-de-açúcar para os cultivares RB92579, RB855453, RB867515 e RB928064; e 2) Determinar as taxas de crescimento dos cultivares mencionadas sob distintos níveis de estresse hídrico, referidos no presente trabalho como: ausência de estresse (10 kPa), estresse leve (60 kPa), moderado (90 kPa) e severo (120 kPa). Foram conduzidos dois experimentos independentes, sendo o primeiro em condições de campo, e o segundo em casa-de-vegetação, ambos localizados na Universidade Federal de Viçosa. Os dados do ambiente e da planta foram coletados no período de 26/08/11 até o dia 18/05/12 (primeiro experimento) e 18/12/11 até 22/05/12 (segundo experimento). No primeiro experimento, os modelos de crescimento (expolinear, logístico e Gompertz) foram capazes de simular bem a matéria seca acumulada pelos cultivares ao longo do período estudado. Os valores de coeficiente de determinação ajustado (R2aj) estiveram acima de 92,09% para todos os modelos avaliados. A partir do ajuste dos parâmetros do modelo de crescimento expolinear, constatou-se que, ao final do período experimental, a massa seca foi ligeiramente maior para o cultivar RB855453 em comparação ao RB867515, os quais se destacaram em relação aos cultivares RB928064 e RB92579. Em decorrência do efeito do estresse hídrico no crescimento e acúmulo de massa seca da parte aérea da cana-de-açúcar sob condições de casa-de-vegetação, foi constatado que o modelo sigmoidal com três parâmetros proporcionou melhor ajuste aos dados de matéria seca e de estatura dos colmos. Na ausência de estresse hídrico, os valores máximos da taxa de crescimento da cultura (TCC) estiveram compreendidos entre 0,22 e 0,31 g°Cd-1, enquanto os valores máximos da taxa de elongação do colmo (TEC) estiveram compreendidos entre 0,20 e 0,25 cm°Cd-1, independente da cultivar. Em contraste, sob estresse severo, os valores máximos da TCC estiveram entre 0,050 e 0,068 g°Cd-1 e da TEC entre 0,07 e 0,09 cm°Cd-1, também independente do cultivar avaliado. Sob ausência de estresse hídrico, a TCC máxima do cultivar RB867515 foi em média cerca de 7,5, 36,8 e 40,8 % maior que a TCC máxima dos cultivares RB855453, RB92579 e RB928064, respectivamente. Nessa condição, esse cultivar alcançou a TEC máxima somente aos 1100 °Cd, enquanto para os demais cultivares, os valores máximos foram observados aos 900 °Cd, aproximadamente.Item Efeitos de lâminas de irrigação sobre as características de crescimento, produção e qualidade de óleo essencial de capim-limão(Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-30) Pinto, Daniela Alencar; Melo, Evandro de Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787549E4; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; http://lattes.cnpq.br/8722889708068489; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723069A2; Souza, Maurício Novaes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4775371Z0O capim-limão, Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf é uma espécie medicinal, amplamente conhecida e utilizada em diversos países para fins medicinais e tem seu uso e aplicação nas indústrias farmacêuticas, alimentícias, de cosméticos e perfumaria. Devido às poucas informações sobre as práticas de cultivo para otimização de sua produção, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de lâminas de irrigação sobre a produção de biomassa, o rendimento e composição do óleo essencial. O experimento foi montado em ambiente protegido para possibilitar o controle das lâminas de irrigação e também avaliar tal possibilidade para situações em que as condições climáticas normais sejam inadequadas. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualisados com cinco tratamentos e três repetições, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Na etapa um, os tratamentos consistiram da aplicação de lâminas referentes a 50%, 75%, 100%, 125% da evapotranspiração da cultura (ETc), irrigando duas vezes por semana e de 100% da evapotranspiração da cultura (ETc), irrigando uma vez por semana, sendo denominados de T1, T2, T3, T4 e T5 respectivamente. Na etapa dois, os tratamentos consistiram da aplicação de lâminas referentes a 50%, 75%, 100%, 125% da ETc irrigando uma vez por semana e de 100% da ETc, irrigando a cada 14 dias, sendo denominados de T6, T7, T8, T9 e T10 respectivamente. O corte do capim-limão foi realizado após 60 dias do início dos tratamentos. Avaliou-se a altura de plantas, o número de perfilhos por touceira, a massa seca da parte aérea, o rendimento e a composição do óleo essencial. O T5, caracterizado por um estresse hídrico e intervalo de irrigação moderados, foi o que apresentou a maior produção de matéria seca, maior produtividade do capim-limão e maior estimativa da produtividade de óleo essencial e uma maior concentração de citral, na primeira etapa. Na etapa dois deste trabalho, o T6 correspondente a um estresse hídrico crescente acentuado foi o que apresentou maior estimativa da produtividade de óleo essencial. De acordo com os resultados observados, não foi possível definir uma melhor lâmina, porém, concluiu que uma única irrigação semanal, para as condições estudadas neste experimento, foi a de melhor resultado.
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