Ciências Agrárias

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    Armazenabilidade, envelhecimento e classificação do vigor de sementes de soja por espectroscopia do infravermelho próximo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-10-30) Silva, Martha Freire da; Silva, Laércio Junio da; http://lattes.cnpq.br/8445216563289379
    O rápido declínio na qualidade fisiológica das sementes de soja é um grave problema para empresas e agricultores. A redução na qualidade das sementes acontece ainda no campo ou durante o armazenamento, sendo essencial a utilização de testes rápidos e assertivos, que possam inferir sobre o vigor e/ou potencial de armazenamento das sementes. Desta forma, esse trabalho teve por objetivos: i) avaliar a eficiência de diferentes tempos de envelhecimento artificial na predição da armazenabilidade de sementes de cultivares de soja; ii) analisar o efeito do envelhecimento natural e artificial na composição bioquímica, qualidade fisiológica e tolerância à deterioração de sementes de soja; e iii) averiguar o potencial da espectroscopia do infravermelho próximo (NIR) para identificar níveis de vigor em sementes de soja. Sementes recém-colhidas de seis cultivares de soja foram submetidas ao envelhecimento natural (armazenamento por oito meses sob condição refrigerada e não refrigerada) e artificial (envelhecidas a 41º C pelos períodos de 48, 96 e 144 horas) e analisadas quanto à germinação e vigor. As sementes recém-colhidas, armazenadas por oito meses na condição não refrigerada e envelhecidas artificialmente à 41 °C por 96 horas foram, ainda, avaliadas quanto ao teor de óleo, proteína, conteúdo de malonaldeído, ácidos graxos palmítico, esteárico, oleico, linoleico e linolênico e analisados os espectros NIR das sementes. O envelhecimento artificial, à temperatura de 41°C por 96 horas apresenta potencial para ser utilizado na predição do desempenho de sementes de soja no armazenamento. Quanto maior o conteúdo de ácido graxo oleico e de proteína solúvel e menor o de ácido linoleico e linolênico, maior é a qualidade fisiológica e potencial de armazenamento das sementes de soja. Os comprimentos de ondas da região do infravermelho próximo de maior importância para a classificação do vigor das sementes apresentam relação com o conteúdo de óleo e proteína das sementes. A espectroscopia NIR apresenta potencial para ser utilizada na classificação do vigor de sementes de soja. Palavras-chave: Deterioração. Vigor. Armazenamento. Óleo. Proteína. NIR.
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    Raleio de frutos e de poda pós-colheita em pessegueiros cultivados em clima tropical de altitude na região da “Zona da Mata Mineira”
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-19) Penso, Gener Augusto; Santos, Carlos Eduardo Magalhães dos; http://lattes.cnpq.br/6627951299894647
    A produção de fruteiras temperadas como pêssegos tem sido explorada em novas fronteiras agricolas, como em regiões tropicais. Essas regiões além de permitirem aumento na produção dessas espécies podem fornecer informações relevantes a áreas de cultivo temperada frente a cenários de mudanças climáticas eminentes. Nessas regiões há desafios quanto ao manejo de plantas e de frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes épocas de raleio de frutos de pessegueiro e sua Interação com as condições ambientais locais, e avaliar diferentes épocas de poda pós-colheita. Foram usadas as cultivares de pessegueiro “Tropic Beauty”, 'BRS Kampar e “BRS Rubimel” nos ciclos produtivos de 2017/18 e 2018/19, cultivadas no município de Ervália, MG, Brasil. Foram utilizadas épocas de raleio de frutos: TI — sem raleio; T2 — Raleio O DAPE; T3 — Raleio 14 DAPE; T4 — Raleio 28 DAPE; T5 — Raleio 42 DAPF; T6 — Raleio 56 DAPF; e Os tratamentos de poda: T1 — poda na 1º semana de outubro; T2 — poda na 1º semana novembro; T3 — poda 1º semana de dezembro; T4 — testemunha sem poda. Há possibilidade de antecipação de colheita de frutos nas condições avaliadas e relação a outras regiões produtoras. Houve elevada formação de frutos sem padrão comercial, mesmo quando realizado o raleio de frutos, mas quando não realizado o raleio houve aumento na quantidade desses frutos. Houve paralisação de crescimento vegetativo logo após a plena floração, com restrição de lançamento de folhas e novos ramos. Os frutos apresentaram maior crescimento em virtude da expansão celular e com menor influência da divisão celular. A realização da poda pós colheita realizada no início de outubro promoveu maior crescimento de ramos e emissão de folhas em pessegueiros cultivados em área de clima tropical de altitude. A poda pós colheita quando realizada no início de outubro promoveu maior formação de gemas produtivas no ciclo seguinte, reduzindo a porcentagem de nós cegos, e aumenta a produção de frutos por metro de tronco principal, sendo essencial sua realização para a produção de pessegueiros cultivados em áreas de clima tropical de altitude. Palavras-chave: Prunus persica L. Batsch. Inverno quente. Produção fora de época. Tamanho de fruto. Manejo de poda em pessegueiro. Formação de gemas florais. Crescimento vegetativo de pessegueiro. Desenvolvimento reprodutivos de pessegueiro.
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    Dinâmica de acumulação de canabinoides e o potencial anti- inflamatório de raiz, caule, folha e flor de plantas femininas e masculinas de maconha (Cannabis sativa L.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-09-06) Espósito, Laura Grandíllia Araújo; Silva, Derly José Henriques da; http://lattes.cnpq.br/2298175966650945
    A maconha (Cannabis sativa L.), ou cânhamo, industrialmente tem muitas aplicações, dentre elas a produção de têxteis, extratos agrícolas, produtos nutricionais enriquecidos com canabinoides e terpenos, naturalmente presentes na planta. Neste estudo, objetivou-se avaliar a dinâmica da distribuição e da acumulação dos 11 principais fitocanabinoides presentes nos tecidos de raiz, caule e folha de plantas femininas e masculinas, e flores de plantas femininas, bem como a sua bioatividade anti- inflamatória. Pretende-se, assim, contribuir com a tomada de decisão do melhor local e momento para a colheita, visando determinado fitocomposto, levando ao possível incremento da produtividade por planta, dos teores dos canabinoides de interesse, bem como contribuir no suporte para a produção de finalidade terapêutica, considerando seu potencial anti-inflamatório. Ao determinar o perfil fitoquímico dos extratos integrais de diferentes tecidos de plantas masculinas e femininas de maconha, foram observadas maiores concentrações dos canabinoides nos tecidos das plantas femininas (de 30-50%), sendo os maiores níveis registrados nos tecidos de flores, para a maioria dos canabinoides quantificados (CBDA; CBG; CBD; ∆9-THC; THCA). À exceção, o CBDV e o CBN apresentaram concentrações semelhantes em tecidos de folhas oriundas de plantas masculinas e femininas e o THCV e CBC apresentaram maiores teores em tecidos de plantas masculinas. A maioria dos canabinoides não foi detectada nos tecidos de raízes, embora baixas concentrações de canabinoides (CBDA e THCA) nas raízes de ambos os sexos tenham sido observadas, especialmente considerando a moderada capacidade anti-inflamatória dos extratos radiculares. Enquanto em todos os extratos de tecidos da espécie tenham sido observadas propriedades anti-inflamatórias moderadas, nos de flores femininas foram detectadas as maiores atividades. Associada ao CBD, foi observada a atividade anti-inflamatória mais forte, com a supressão da produção de óxido nítrico em 2 μg/mL, e as expressões reduzidas dos genes pró- inflamatórios COX-2, IL-6 e TNF-α em concentrações tão baixas quanto 2 ng/mL. Os extratos totais das inflorescências tópicas de maconha (1–50 μg/mL) e CBD sozinho (20–200 ng/mL) também estimularam respiração mitocondrial. Esses dados auxiliam o desenvolvimento de técnicas de manejo agrícola para a produção de maconha com perfis metabólicos específicos, a fim de apoiar seletivamente o campo da saúde, fornecendo informações qualificadas sobre este insumo industrial. Palavras-chave: Cannabis sativa; Cânhamo; Maconha; CBD; Anti-inflamatório.
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    Monitoramento nutricional de palma de óleo (Elaeis Guineensis) utilizando métodos de aprendizagem de máquina e dados espectrais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-05-18) Teixeira, Rayanne Oliveira; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/0492080848542303
    A palma de óleo (Elaeis guineenses), é uma oleaginosa que fornece dois principais produtos, o óleo de palma e o óleo de palmiste, extraídos da polpa do fruto e semente, respectivamente. Os países Indonésia e Malásia, são os principais produtores mundiais, e o Brasil ocupa o 10º lugar do ranking, com grande maciço concentrados no Estado do Pará. Monitorar a condição nutricional destas lavouras permite ter mais informações sobre as taxas de extração e remobilização de nutrientes e consequentemente melhor compreensão sobre a nutrição e sua relação com as produtividades de cachos de frutos. O fato de muitos materiais genéticos terem produções mensais, exige uma forma de monitoramento nutricional que seja mais rápido, assertivo e com informações capazes de subsidiar as estratégias de manejo de fertilização da palma de óleo. Neste contexto, foi proposto utilizar ferramentas de programação e imagens do satélite Sentinel 2A, para compreender o comportamento espectral da cultura através dos índices de vegetação e relacionar estas variáveis com os resultados de tecido foliar. Com base neste banco de dados, foi possível calcular diversos índices de vegetação, treinar e validar diferentes algoritmos capazes de predizer a condição nutricional de macronutrientes, micronutrientes e produtividade dos plantios de forma eficaz. Além do tradicional NDVI, foi possível selecionar índices que apresentaram melhor performance para avaliação nutricional da palma, destacando-se o GRNDVI, MSAVI, ARI, VARI e NDWI. Quando se trata de produtividade, os índices Red_edge_NDVI, RGVI, GRNDI e LAI foram os que melhor se ajustaram na base de dados deste estudo. Os algoritmos, Cubist, Ranger e Random Forest mostram-se eficientes para predizer a produtividade. Os resultados obtidos neste trabalho evidenciam o grande potencial desta ferramenta para monitoramento dos plantios. Quanto maior o detalhamento e estratificação das informações por material genético e idade, a tendencia é obter melhores ajustes dos modelos e seleção dos índices cada vez mais apropriados para monitorar a condição nutricional e produtividade dos plantios de palma de óleo. Palavras-chave: Machine learning; Diagnose foliar; Amazonia; Índices de vegetação.
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    Silagem de capim-braquiária consorciado com calopogônio ou adubado com nitrogênio, com inoculante microbiano
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-20) Silveira, Tâmara Chagas da; Ribeiro, Karina Guimarães; http://lattes.cnpq.br/1455764924568604
    Foram conduzidos dois ensaios para avaliação do valor nutritivo e do perfil fermentativo de silagens de capim-braquiária (Urochloa decumbens Stapf cv. Basilisk), adubado com nitrogênio ou consorciado com calopogônio (Calopogonium mucunoides), com ou sem o uso de inoculante microbiano. O experimento foi conduzido na Unidade de Ensino Pesquisa e Extensão em Forragicultura (UEPE- Forragicultura) do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa- UFV, Campus de Viçosa. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 4 × 2, sendo o capim-braquiária manejado sem aplicação de N (controle, 0N), adubado com 50 kg/ha de N (50N), adubado com 100 kg/ha de N (100N), e, em consórcio com calopogônio (LEG), com inoculante (CI) e sem inoculante (SI), no delineamento em blocos casualizados, com duas repetições de área e duas repetições de tratamento por bloco. Ensaio 2018 - O inoculante reduziu a concentração de ácido acético (AA) nas silagens do tratamento 100N (20,1 g kg -1 de MS para 12,8 g kg -1 de MS). A menor concentração de ácido butírico (AB) (2,33 g kg -1 de MS) foi observada na silagem de capim-braquiária adubado com 100 kg de N, sem inoculante, enquanto que, nas silagens inoculadas, os tratamentos 50N e LEG proporcionaram menores concentrações de AB em relação ao controle, sem diferirem de 100N. Silagem do tratamento 50N, não inoculada, manteve mais baixa concentração de N-NH 3 em relação aos demais. O maior valor de nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA) foi observado em silagens do tratamento 100N, quando inoculada. O uso de inoculante aumentou os valores da proteína verdadeira de rápida degradação (B1) nas silagens 50N, 100N e LEG. Maior valor da proteína indigestível (C), foi observado em silagem 0N inoculada, relativamente a não inoculada. Ensaio 2019 - O uso de inoculante reduziu a população de mofo nas silagens. Maior concentração de PB (72,0 g kg de MS) e mais baixa concentração de NIDA foi observada em silagens produzidas com o capim-braquiária adubado com 100 kg de N (100N). As silagens inoculadas apresentaram maior concentração de PB e mais baixa de NIDA. Maiores valores da fração A foram observados nas silagens com manejos 100N e LEG. Silagensinoculadas apresentaram maiores concentrações da fração B1 e menores concentrações da fração C. O inoculante aumentou a fração da proteína verdadeira de degradação intermediária (B2) na silagem de capim-braquiária adubado com 100 kg de N e reduziu na LEG. A adubação nitrogenada e o uso de inoculante microbiano melhoraram as características fermentativas e a composição química de silagens de capim-braquiária. Palavras-chave: Calopogonium mucunoides. Degradabilidade in situ. Frações proteicas. Perfil fermentativo. Urochloa decumbens.
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    Uso de hidrogel e aplicação de esgoto sanitário por gotejamento subsuperficial no cultivo do feijão-caupi
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-30) Araújo, Edcássio Dias; Cunha, Fernando França da; http://lattes.cnpq.br/4861640024471847
    A disponibilidade de água em quantidade e/ou qualidade já é um problema atual, dessa forma é importante procurar estratégias para diminuir a demanda por água tratada, aumentar a produção de alimentos e ao mesmo tempo melhorar a eficiência no uso da água. Nesse sentido, o uso de hidrogel é uma alternativa para aumentar à capacidade de retenção de água no solo e consequentemente a água disponível para as plantas. O uso de esgoto sanitário (ES) na agricultura é uma estratégia promissora, a qual possibilita reduzir o consumo de água, diminuir a poluição e preservar os recursos hídricos, disponibilizar água e nutrientes para as plantas e reciclar nutrientes para o solo. A disposição de ES no cultivo do feijão-caupi é promissora, pois é uma cultura de ciclo curto, baixa exigência hídrica e tem tolerância a salinidade do solo. Os sistemas de irrigação por gotejamento são reconhecidos como mais eficientes e seguros para a disposição de ES, pois evitam o contato direto do ES com a parte aérea das plantas, reduzindo as chances de contaminação do ambiente, operador e consumidor. É imprescindível o estudo de técnicas alternativas e mais sustentáveis de produção agrícola, como a aplicação de hidrogel e de ES no estabelecimento do feijão-caupi. A aplicação de ES por meio de irrigação por gotejamento subsuperficial (GSS) contribui para mitigação dos problemas atuais de disponibilidade de água versus produção de alimento. Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa. O primeiro trabalho constituiu pela combinação de oito doses de hidrogel (Agrogel®) e duas fontes de hidratação, com quatro repetições. As doses foram de 0; 0,02; 0,04; 0,06; 0,08; 0,10; 0,12 e 0,14% de hidrogel no substrato seco. As fontes de hidratação foram o esgoto sanitário sintético (ESS) e a água destilada (AD). Observou-se que a capacidade de campo, o ponto de murcha permanente e a água disponível no substrato aumentam com as doses crescentes de hidrogel nos substratos hidratados com água destilada ou esgoto sanitário sintético. O hidrogel aplicado próximo das sementes afetam negativamente a emergência do feijão-caupi. Para os experimentos com a aplicação de ESS em diferentes profundidades de GSS no cultivo do feijão-caupi, as parcelas experimentais consistiram nos seguintes tratamentos: T1: vazão de 1,6 L h-1 e T2: 3,8 L h-1. As subparcelas foram compostas pelas seguintes profundidades de instalação do gotejo, S0: 0; S1: 5; S2: 10; S3: 15; S4: 20; S5: 25 e S6: 30 cm. Verificou-se que a emergência das plantas de feijão-caupi é comprometida com o aumento da profundidade de instalação dos gotejadores, assim como, as variáveis fisiológicas e o desenvolvimento das raízes do feijão-caupi fertirrigado com ESS. Além disso, o aumento da profundidade de instalação do gotejador afetou negativamente a produção de grãos e o desenvolvimento vegetativo do feijão-caupi. Em relação, as variáveis químicas do solo, a fertirrigação com ESS em profundidade incrementa a concentração de P, K, Ca e Mg no solo, e a concentração de sódio no solo é menor para as maiores profundidades de instalação dos gotejadores. Palavras-chave: Vigna unguiculata. Água Disponível. Nutrientes. Emergência. Fósforo.
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    Sistemas de cultivo de milho de longo prazo no Cerrado: dinâmica de P no solo e fluxo de gases de efeito estufa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-19) Freitas, Larissa Espinosa; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://lattes.cnpq.br/8576912622079606
    Em condições de cultivo de longo prazo, a atividade microbiológica e a manutenção da matéria orgânica do solo podem ser peças chaves para a reversibilidade do P adsorvido. Os cultivos sucessivos também podem influenciar a dinâmica da emissão de gases de efeito estufa (GEEs), uma vez que adubações consecutivas, uso de leguminosas e o revolvimento ou não do solo são fatores importantes neste processo. Neste cenário, este estudo objetivou avaliar como o manejo e o cultivo de longo prazo influencia as formas de P, capacidade de recuperação do P adsorvido, comunidade microbiana e fluxo de GEEs de um Latossolo Vermelho que há mais de duas décadas é submetido ao cultivo predominante de milho sob diferentes sistemas manejos. A área de estudo foi um experimento de longa duração já implementado, no qual foram avaliados os seguintes tratamentos: revolvimento do solo para o cultivo do milho; ausência de revolvimento do solo, com sucessão soja-milho e; área de vegetação nativa típica de Cerrado (referência). Nessas áreas foram coletas amostras de solo para avaliação das formas de P e atividade enzimática para um primeiro capítulo que objetivou avaliar o efeito de diferentes formas de uso e preparo de solo, no longo prazo, sobre a dinâmica de P e de enzimas ligadas ao ciclo deste nutriente. No segundo capítulo, amostras de solo foram coletadas e acondicionadas em vasos para a montagem de um experimento com plantas de milho em casa de vegetação, c que teve por objetivo avaliar o efeito do revolvimento do solo e da adição de fungos solubilizadores de fosfatos (FSPs) na recuperação de P adsorvido depois de quase duas décadas de cultivo. No terceiro capítulo, câmaras foram instaladas na área experimental de campo para a coleta dos gases CH4, CO2 e N2O, entre julho de 2019 e fevereiro de 2020, objetivando avaliar como os sistemas de manejo de longo prazo afetam o fluxo de GEEs. Os resultados obtidos revelaram incremento das formas lábeis inorgânicas nas camadas superficiais de todos os sistemas de manejo. A substituição da vegetação nativa pela agricultura reduziu o teor de carbono do solo, efeito minorado na camada mais superficial. O cultivo mínimo foi capaz de manter ou melhor a atividade de enzimas do solo, componentes considerados importantes na nutrição de plantas e qualidade do solo. A adição de FSPs demonstrou ser capaz de melhorar a dinâmica do P no solo e o desempenho das plantas, de forma semelhante à adubação química. As práticas de preparo do solo e a adubação nitrogenada de cobertura não alteraram as emissões dos GEEs do solo das áreas cultivadas, em comparação ao observado na vegetação nativa. A reversibilidade do P do solo foi incrementada com a adição de FSPs em um solo com acúmulo de formas não lábeis, demostrando o potencial dessa estratégia para o melhor aproveitamento do nutriente imobilizado. Não se verificaram diferenças das emissões de GEEs das áreas cultivadas e nativa, entretanto, ressalta-se que tal resultado não se pode ser utilizado para se justificar a livre remoção da vegetação nativa. Palavras-chave: Adsorção de fosfato. Efeito estufa. Cultivo mínimo. Fracionamento de P.
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    Biomassa de forragem e de raizes, gases de efeito estufa e estoque de carbono em pastagem de capim-braquiária em monocultivo ou consorciado com amendoim forrageiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-19) Anjos, Albert José dos; Ribeiro, Karina Guimarães; http://lattes.cnpq.br/4068855673199757
    A tese foi em elaborada em quatro capítulos, que abordam estudos sobre as características produtivas e químicas da biomassa de forragem e de raízes, do fluxo de gases causadores de efeito estufa e do estoque de carbono nas frações da matéria orgânica do solo em pastos de capim-braquiária em monocultivo ou consorciado com amendoim forrageiro sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm). Capítulo I. Objetivou-se avaliar a biomassa, o acúmulo e a taxa de acúmulo de forragem e a composição química e botânica de pastos de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) em monocultivo (0) e em consórcio com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte), sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm), quatro a cinco anos após a implantação, em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós-pastejo de 10 cm. Verificou-se que a biomassa seca de gramínea foi influenciada pelos anos, enquanto a biomassa seca de leguminosa e a biomassa seca total de forragem foi afetada pelos sistemas e pelos anos, verificando-se maior biomassa seca de gramínea, de leguminosa e total no segundo ano. Todos os sistemas de consórcio apresentaram maior biomassa seca total em relação ao monocultivo (0). Observou-se efeito de sistemas sobre o percentual de leguminosa, com maior valor no espaçamento de 50 cm (36,3%) em relação ao de 60 cm (23,3%). O acúmulo de forragem foi influenciado pelos sistemas e pelos anos, todavia, a taxa de acúmulo foi afetada apenas pelos sistemas. O acúmulo de forragem nos espaçamentos de 40 e 70 cm foi 65 e 54% mais alto que no monocultivo. No segundo ano de avaliação, detectou-se acúmulo de forragem 30% maior que no primeiro ano. Dentro dos espaçamentos avaliados, as maiores taxas de acúmulo foram encontradas nos espaçamentos de 40 e 70 cm, com valores de 44,7 e 43,9 kg ha-1 dia-1 de MS, respectivamente, em comparação aos 28,1 kg ha-1 dia-1 de MS para o monocultivo. O teor de PB do capim-braquiária foi afetado pela interação sistemas e anos, enquanto os teores de PB do amendoim forrageiro foram afetados pelos anos. O amendoim forrageiro em consorcio com capim-braquiária propicia incrementos satisfatórios na biomassa, na taxa de acúmulo e na composição química da forragem, quatro a cinco anos após seu estabelecimento, independentemente do espaçamento entre linhas. O percentual de leguminosa mantem-se dentro da faixa que propicia benefícios aos sistemas, variando de 23 a 36%, o que implica em pastos consorciados com mais altas concentrações de proteína bruta aos animais em pastejo. Devido aos benefícios quantitativos e qualitativos da inclusão do amendoim forrageiro em pastos de capim-braquiária, recomenda-se sua inclusão em sistemas com lotação intermitente para ovinos. Capítulo II. A decomposição de biomassa de raízes é de extrema importância para a ciclagem e liberação de nutrientes no solo em ecossistemas de pasto, sendo também relacionada ao ciclo de carbono. Objetivou-se avaliar a biomassa e a composição química de raízes de pastos de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) em monocultivo e consorciado com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte), sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm), quatro a cinco anos após a implantação, em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós- pastejo de 10 cm. A biomassa de raízes foi influenciada pela interação espaçamentos × anos, com menor valor para o monocultivo relativamente aos espaçamentos de 40, 50, 60 e 70 cm, no ano 2. As concentrações de lignina e de C foram influenciadas pelo ano, com valores de 153 e 115 g kg-1 de MO, e, 277 e 139 g C kg-1de MO, com valores 25 e 50% maiores, respectivamente, no ano 1 em relação ao ano 2. A concentração de N foi influenciada pelo espaçamento, com maior concentração no espaçamento 70 cm e menor no monocultivo, e pelo ano, com redução de 45% do ano 1 para o ano 2. A relação lignina/NIDA e C/N foi influenciada pelos efeitos de espaçamentos e de anos, enquanto a relação lignina/N foi influenciada apenas pelos anos. A concentração de NIDA teve efeito da interação espaçamentos × anos, com os espaçamentos de 40 e 50 cm apresentando maiores concentrações no ano 1, enquanto o espaçamento 80 cm apresentou maior concentração no ano 2. Os conteúdos de C e N foram influenciados apenas pelos espaçamentos, com maior conteúdo de C no espaçamento de 50 cm (1.424 kg C ha-1), enquanto o maior conteúdo de N foi observado nos espaçamentos de 40 e 50 cm (122 e 138 kg N ha-1, respectivamente). Recomenda-se que o amendoim forrageiro seja implantado nos espaçamentos entre linhas de 40 e 50 cm, visando o maior sequestro de C e conteúdo de N nas raízes, assim como a melhoria na reciclagem de nutrientes no solo. Capítulo III. Áreas de pasto produtivo, quando comparadas a áreas de pasto degradadas, e até mesmo em comparação a áreas de vegetação nativa, apresentam capacidade superior para estocar carbono no solo. Objetivou-se avaliar os efeitos do monocultivo e consórcio de capim- braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte) sobre o estoque de carbono no solo avaliado em quatro sistemas, consistindo de pastos de capim-braquiária em monocultivo e consorciado com amendoim-forrageiro sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 60 e 80 cm), durante dois anos. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós-pastejo de 10 cm. A quantidade de C na matéria orgânica particulada (MOP), nas profundidades avaliadas de 0-5 e 0-10 cm, foi influenciada pelo fator ano, enquanto na profundidade de 5-10 cm foi afetada pela interação de anos e espaçamentos (p = 0.0333), onde o acréscimo na quantidade de C na MOP variou de 0,2 (80 cm) a 1,84 (monocultivo) Mg C ha- . Entretanto, o C na MOAM não foi afetado por nenhum dos tratamentos. Do ano 1 para o ano 2, o acréscimo no total de C no solo foi de 2,37 Mg ha-1. Embora a inclusão do amendoim forrageiro não tenha demonstrado benefícios no estoque de C no solo, sugere-se que estudos de maior duração sejam efetuados visando melhor entender a relação entre o consórcio do capim- braquiária e o amendoim-forrageiro no sequestro de C no solo. Capítulo IV. A avaliação da emissão de gases causadores do efeito estufa em nível regional é amplamente necessária, pois as métricas utilizadas em relatórios oficiais de emissão são, em grande parte, oriundas de estimativas geradas em regiões extremamente diferentes. Objetivou-se avaliar o fluxo de carbono no solo em pastos de capim-braquiária em monocultivo e consorciado com amendoim forrageiro sobre o fluxo de carbono no solo. O fluxo de C-CO2 e C-CH4 no solo foram avaliados em três sistemas: pasto de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) em monocultivo, pasto de capim-braquiária consorciado com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte), e, área de solo descoberto, sem a presença de biomassa vegetal (controle). O experimento teve duração de dois anos e foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições de área. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós-pastejo de 10 cm. Verificou-se que o fluxo de C-CO2 foi influenciado pelos sistemas (p>0.0001), pelos anos (p>0.0001) e pelas estações (p>0.0001). A menor emissão foi observada no solo descoberto (controle), não diferindo entre monocultivo e consorcio, enquanto no ano 1 o fluxo de C-CO2 foi 47% superior ao ano 2, como consequência da maior temperatura de solo no ano 1. Entre as estações, a maior emissão de C- CO2 foi observada no período chuvoso. Não foram observados efeitos de nenhum dos fatores estudados sobre o fluxo de C-CH4 do solo. Embora a inclusão do amendoim forrageiro não tenha demonstrado efeitos na emissão de C no solo, sugere-se que estudos mais prolongados sejam efetuados visando melhor entender essa relação. Palavras-chave: Arachis pintoi. Composição botânica. Fluxo. Matéria orgânica. Relação C/N
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    Avaliação da resposta inflamatória uterina em jumentas e éguas inseminadas com sêmen criopreservado de asininos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-11-28) Costa, Lorraine Marcele Lopes da; Silva, Yamê Fabres Robaina Sancler da; http://lattes.cnpq.br/1672245471809112
    Existe um grande interesse no fomento da criação e reprodução asininos e seus híbridos na equideocultura mundial. No entanto, essa espécie vem sendo ameaçada de extinção em diversos países, devido à atividade crescente de abate clandestino que tem por objetivo a comercialização de subprodutos, como a pele. Estudos voltados para criopreservação do sêmen de jumentos mostraram bons resultados quanto à viabilidade espermática, no entanto, a capacidade de concepção das jumentas com esse sêmen é baixa, alcançando índices que variam de 0% a 11%. Em contrapartida, em estudos com éguas, o uso do sêmen asinino criopreservado mostrou resultados superiores na taxa de fertilidade (33-53%). Diversos estudos buscaram elucidar os resultados negativos desta biotécnica na espécie asinina, como o efeito tóxico dos crioprotetores e a congelabilidade do sêmen asinino. O processo de congelamento do sêmen, que submete os espermatozoides a grandes variações de temperatura, associado à remoção de componentes imunomodulatórios do plasma seminal e a incorporação de crioprotetores, como o glicerol, são fatores que podem contribuir para o insucesso dessa biotécnica na espécie asinina, mas não explicam as diferenças no índice de concepção em comparação às fêmeas equinas. A resposta inflamatória do útero ao entrar em contato com o sêmen congelado pode diferir entre éguas e jumentas e pode ser causa da redução da taxa de prenhez na espécie asinina. Assim, é necessário compreender melhor os mecanismos envolvidos no processo inflamatório nas duas espécies após inseminação, a fim de estabelecer as diferenças que podem explicar as diferenças nas taxas de concepção. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo avaliar e comparar o processo inflamatório uterino nas jumentas e éguas inseminadas com sêmen asinino criopreservado. Palavra-chave: Endometrite. Citologia endometrial. Eosinófilos. Polimorfonucleares. Fluxo sanguíneo. Proteínas de fase aguda.
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    Crescimento inicial de Dendrocalamus asper em resposta a relações cálcio:magnésio, silício e zinco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-24) Paula, Rodrigo Nascimento de; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://lattes.cnpq.br/7575249453472493
    O interesse crescente pela cultura do bambu no Brasil vem de encontro com a necessidade de evoluir com o conhecimento do manejo nutricional. Estudos demonstram a importância de nutrientes como cálcio e magnésio, sendo que o magnésio chega a superar a quantidade quando comparado com o cálcio nos tecidos do bambu. Outro elemento, o silício, aparece como principal componente da massa de nutrientes em estudos com bambu, além disso, a literatutua demonstra vários estudos com efeitos positivos do zinco em gramíneas. Tem-se como objetivo deste trabalho avaliar a produção de biomassa de Dendrocalamus asper, cultivado em vasos, sob efeito de relações cálcio e magnésio (Ca:Mg), e de doses de silício. O experimento foi instalado no viveiro de pesquisa do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, em arranjo fatorial 5 x 5 (5 níveis de relação Ca:Mg e 5 níveis de doses de silício), mais um tratamento adicional com zinco em vasos de 25 L, disposto no delineamento experimental de blocos ao acaso. Os tratamentos consistiram de cinco relações Ca:Mg (3:1; 2:1; 1:1; 1:2; 1:3), sendo as doses calculadas com base nos resultados da análise de caracterização química do solo, elevando-se a saturação por bases até o nível de 50%; cinco doses de silício, equivalentes a 0, 2, 4, 6 e 8 t ha-1 de Agrosilício Plus® ha-1, um tratamento adicional com Zn, equivalente a dose de 5 kg ha-1 . Os produtos utilizados foram Carbonato de Cálcio e Hidróxido de Magnésio. Para o silício utilizou-se Bugram Protect® via solo. Para o Zn utilizou-se como fonte sulfato de zinco. Todos os tratamentos receberam as mesmas quantidades de NPK, em adubações de plantio e cobertura, totalizando 45 g vaso-1 de P2O5, 20 g vaso-1 de N e 50 g vaso-1 de K2O. As avaliações foram realizadas após 207 dias de cultivo, quantificando o número de brotos, massa seca de folhas, galhos, colmos, parte aérea, rizomas, sistema radicular e massa seca total. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente, através da análise de variância, teste de Dunnett e Tukey e análise de regressão. Como resultado, não houve efeito significativo, pelo teste Dunnett a 5% de probabilidade, para aplicação Zn, quando comparado com os demais tratamentos. Obteve-se resposta significativa, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey para a relação Ca:Mg 1:3, para massa seca de sistema radicular e massa seca total. Houve resposta significativa para maior dose de Si (equivalente a 8 t ha-1 de Agrosilício Plus®). Pela análise de regressão é possivel observar que os modelos ajustados indicam que a dose ótima, onde haverá maior crescimento é atingida em doses de Si superiores as testadas para essa idade e condição de cultivo. Os resultados demonstram respostas positivas do crescimento de Dendrocalamus asper com maior disponibilidade de Mg e Si no substrato. Palavras-chave: Bambu. Adubação. Calagem. Nutrição mineral.