Ciências Agrárias

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    Avaliação de insolvência das cooperativas de crédito rural do estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-22) Bressan, Valéria Gama Fully; Braga, Marcelo José; http://lattes.cnpq.br/0249079418500669
    Esta pesquisa trata da avaliação da situação de insolvência nas cooperativas de crédito rural do Estado de Minas Gerais. O cooperativismo de crédito rural é uma alternativa que possibilita ao produtor obter crédito com mais facilidades. Minas Gerais possui o maior número de cooperativas de crédito, razão por que, para atender a essas demandas de crédito, é necessário que as cooperativas não estejam em estado de insolvência. A importância de avaliar a situação de insolvência advém das mudanças decorrentes da redução do Crédito Rural oficial e da implementação do Plano Real, que provocaram mudanças no sistema financeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da estrutura financeira, se as cooperativas de crédito estavam em estado de solvência ou insolvência, mediante verificação de indicadores financeiros das cooperativas do Estado de Minas Gerais, de 1998 a 2000, além de verificar a probabilidade de insolvência e o risco relativo de insolvência em decorrência dos indicadores financeiros. Na literatura, não há consenso a respeito da metodologia para determinar solvência/insolvência. Dessa forma, utilizou-se o conceito de insolvência como o fechamento da cooperativa, patrimônio líquido negativo e 40% de resultados finais negativos. Foram utilizados os modelos empíricos logit e o modelo de risco proporcional de Cox. O primeiro permite estimar a probabilidade de ocorrência de um evento e identificar as variáveis independentes que contribuem para a sua predição, enquanto o de Cox define o risco relativo de insolvência com base nos indicadores econômico-financeiros. Constatou-se que os indicadores importantes para predição de insolvência foram capitalização, cobertura voluntária e crescimento da captação total, e, para avaliação do risco relativo de insolvência, liquidez geral, encaixe e despesa com pessoal. Verificou-se, em agosto de 2001, que 98,06% das cooperativas de crédito rural do Estado de Minas Gerais estavam solventes e 1,94%, insolventes, O que indica que a maior parte das cooperativas encontrava-se solvente e o sistema tinha cumprindo seu papel de atender às demandas de crédito por parte do produtor rural.
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    Análise da gestão de recursos humanos em empresas de bovinos de corte na região do Triângulo Mineiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-13) Pereira, Mariana de Aragão; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://lattes.cnpq.br/9299570670392668
    As pressões mercadológicas por sistemas de produção economicamente viáveis, socialmente justos e ecologicamente corretos têm exigido dos produtores rurais novas formas de gerenciamento, objetivando aumentar a escala de produção, melhorar a qualidade dos produtos ofertados e reduzir custos. A histórica utilização de mão-de-obra abundante, barata e desqualificada no meio rural tem representado uma barreira à adoção de sistemas mais tecnificados. Neste trabalho, procurou-se descrever as práticas de gestão de recursos humanos que têm sido utilizadas pelos pecuaristas de corte, bem como analisar a eficiência do gerente nesta área. Seu desempenho foi ainda comparado à sua eficiência na área técnica. Por fim, foi observado o grau de importância atribuído à gestão de recursos humanos, conforme a opinião dos pecuaristas. Foram remetidos 320 questionários aos produtores do Triângulo Mineiro cadastrados na ABCZ, obtendo-se uma taxa bruta de resposta de 14,4%. Os dados foram processados pelo Statistical Package for Social Sciences (SPSS) e avaliados por meio de tabelas de freqüência e média. Os pecuaristas foram estratificados conforme o nível de produtividade. A escala de Likert foi usada para mensurar o grau de xiiimportância conferido pelos produtores à gestão de recursos humanos. Os resultados indicaram que os sistemas que compõem a área de recursos humanos têm sido parcialmente adotados e não se apresentam interconectados. Apesar de as empresas, em geral, apresentarem bons índices zootécnicos, superiores à média nacional, notou-se diferença de desempenhos entre estratos. As propriedades que obtiveram melhor “performance” na área técnica apresentaram melhores indicadores de recursos humanos. Esse resultado foi reforçado pelo uso da escala de opinião, através da qual se observou que à medida que, a importância atribuída à gestão de recursos humanos aumentava, a produtividade média do estrato mostrava-se maior. Portanto, a gestão com enfoque em desenvolvimento de recursos humanos possibilitou incrementos de eficiência produtiva. Aos pecuaristas cabe a utilização de modelos de gestão condizentes com a valorização do conhecimento e das pessoas, pois são elas as promotoras do desenvolvimento das empresas rurais. Para tanto, a capacitação gerencial e operacional se faz necessária, e a motivação e o comprometimento dos funcionários se tornam um desafio a ser vencido.
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    Mudança tecnológica e novos arranjos institucionais na cadeia agroindustrial do leite em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-18) Estanislau, Maria Letícia Líbero; Gomes, Sebastião Teixeira; http://lattes.cnpq.br/9754381459549126
    A década de 90 representou um período de profundas transformações para toda a cadeia produtiva do leite. O processo de abertura da economia, a integração com o MERCOSUL, o fim da intervenção governamental e a estabilização econômica provocaram uma reorganização, voltada, principalmente, para a questão da competitividade. Como resposta ao novo ambiente institucional e, especificamente, com o objetivo de garantir melhor qualidade e volume de produção, o segmento industrial estimulou um processo de modernização da pecuária leiteira, com a introdução do método de coleta a granel do leite refrigerado. O novo sistema de coleta representou uma estratégia para melhorar a qualidade da matéria-prima, reduzir custos de transporte, proporcionando vantagens desde a produção até o consumo. Tendo como referencial teórico a Economia dos Custos de Transação, foi realizada uma análise da cadeia agroindustrial do leite em Minas Gerais, enfocando os efeitos destas transformações sobre as transações entre os agentes da cadeia, mais precisamente, sobre a especificidade dos ativos e sobre os custos de xiiitransação. O estudo buscou verificar se a mudança tecnológica, representada pela coleta granelizada, influenciou no surgimento de novas estruturas de governança. Na primeira parte da análise, mostra-se a evolução de todos os segmentos da cadeia de lácteos, com ênfase para as repercussões das mudanças ocorridas nos ambientes institucional, organizacional e tecnológico. Na segunda parte, a análise direciona-se para a experiência específica da implantação da coleta granelizada na cooperativa ITAMBÉ, como uma forma de abordar a estratégia tecnológica, como garantia de eficiência, e os seus efeitos sobre as transações da cadeia. Os efeitos da implantação da coleta granelizada na ITAMBÉ incluíram, além de redução nos custos para o produtor e para a indústria, uma tendência ao estabelecimento de relações mais formais na cadeia. A mudança tecnológica implicou alteração na especificidade do produto, criando condições para a emergência de novas instituições para governar as transações. O pagamento por qualidade configurou-se, no novo ambiente da década de 90, como uma estrutura de governança eficiente, pré- condição essencial para a emergência de contratos mais formais nas relações entre o produtor e a indústria. Mudanças significativas foram comprovadas em todos os segmentos da cadeia, mas a adoção de uma nova estrutura de governança é um processo gradativo, que, embora facilitado pela mudança no ambiente tecnológico, ainda deve demorar para se concretizar. Restam, ainda, muitas imperfeições harmoniosas entre na os cadeia, agentes, impedindo mas, a ocorrência certamente, as de relações transformações apresentadas no estudo representam um importante passo para a adoção de uma estrutura de governança mais eficiente, no sentido de permitir a garantia de competitividade e menores custos de transação.
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    Condicionantes da eficiência na agropecuária do Nordeste
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-27) Santos, Fernando Antônio Agra; Carvalho, Fátima Marília Andrade de; http://lattes.cnpq.br/9815548463696424
    A diversidade no processo de desenvolvimento entre as regiões brasileiras desperta atenção, sobretudo devido ao estágio de atraso em que ainda se encontra a região Nordeste, em relação ao Centro-Sul. Entretanto, essas desigualdades não se dão apenas entre as regiões, visto que também há um desenvolvimento dual intra-regional. A identificação de variáveis que explicam as diferenças de eficiência torna-se fundamental à proposição de alternativas que visam à melhoria da eficiência produtiva e à ampliação da rentabilidade com base nas potencialidades regionais. Objetivou-se analisar o setor agropecuário do Nordeste por meio das medidas de eficiência técnica e de escala, assim como identificar os condicionantes das diferenças de eficiência entre as áreas em estudo. O referencial teórico aborda os conceitos e medidas de eficiência, enquanto os modelos analíticos discriminam, inicialmente, as áreas em eficientes e ineficientes, por meio da Análise Envoltória de Dados (DEA). Posteriormente, são identificadas e discutidas as principais variáveis que explicam as diferenças de eficiência, mediante a estimação dos parâmetros econométricos. Os resultados confirmaram a importância de este estudo ter sido desenvolvido em cada localidade, uma vez que são distintas as variáveis que explicam a eficiência nestas. Nas regiões cacaueiras, a adoção de técnicas para o controle de pragas e as práticas de irrigação têm contribuído para melhores níveis de produção e produtividade. Nos cerrados nordestinos, as áreas que tiveram maior percentual de estabelecimentos com uso de adubos e corretivos foram as mais eficientes, devido à necessidade de correção desses solos, que apresentam elevado nível de acidez. Nas áreas canavieiras, os investimentos em tecnologia e em qualificação profissional, bem como em assistência técnica, foram importantes para elevação da eficiência. No meio-norte, mereceram destaque as variáveis relativas ao uso de adubos e corretivos, às práticas de conservação do solo, ao uso de energia elétrica e à formação de capital humano. Nas microrregiões subcosteiras, o desenvolvimento de técnicas de irrigação, a ampliação no fornecimento de energia elétrica, bem como a assistência técnica, foram variáveis relevantes, já que explicam os melhores níveis de eficiência. No agreste, a ampliação das áreas cultivadas e o fornecimento de energia elétrica contribuíram, sobremaneira, para os melhores níveis de produção nas microrregiões que compõem essa área. Por fim, no semi-árido, as variáveis referentes à conservação do solo, aos financiamentos, à assistência técnica, aos investimentos e, sobretudo, à irrigação têm contribuído para melhores níveis de eficiência.
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    Impactos potenciais da ALCA nas cadeias agroindustriais do açúcar e do suco de laranja e as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-26) Reis, Brício dos Santos; Campos, Antônio Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0645613815176654
    No atual contexto das relações comercias entre Brasil e Estados Unidos e de iminente criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), dois produtos se destacam: o suco de laranja concentrado congelado (SLCC) e o açúcar. Essa relevância diz respeito a dois fatores: os intensos mecanismos de restrição, impostos pelo governo norte-americano, às importações das commodities citadas; e a eficiência da agroindústria brasileira no cenário internacional. Nesse sentido, esta pesquisa procura analisar os impactos potenciais do referido acordo, com destaque para os principais segmentos das cadeias citrícola e açucareira, levando em consideração, para isso, as diversas inter-relações existentes entre os agentes econômicos. Ademais, procura-se, ainda, tecer alguns comentários a respeito dos efeitos desse acordo sobre as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Dessa maneira, são utilizados dois Modelos Aplicados de Equilíbrio Geral (MAEG): o Global Trade Analysis Project (GTAP) e o Mathematical Programming Systems for General Equilibrium (MPSGE). O primeiro identifica as variações nos fluxos de mercadorias entre o Brasil e o resto do mundo originadas pela redução tarifária. Essas variações, por sua vez, são incorporadas ao segundo modelo, construído especificamente para a economia brasileira, com base em informações organizadas na forma de uma Matriz de Contabilidade Social (MCS), dando origem aos efeitos nas estruturas produtiva e de consumo no País. Dessa forma, os resultados obtidos indicam que o acordo de liberalização comercial no hemisfério, seja de forma ampla ou parcial, gera conseqüências favoráveis para a economia brasileira em termos de elevação da produção setorial (com exceção dos principais segmentos da cadeia de carnes), do nível de investimentos, da remuneração dos fatores produtivos no campo, da receita do governo e da renda das famílias. As atividades citrícola e açucareira, como esperado, são as mais beneficiadas. Entretanto, alguns resultados são desfavoráveis, como a redução substancial no saldo da balança comercial do Brasil, especialmente com os EUA, e a remuneração dos fatores produtivos no meio urbano.
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    Competitividade de produtos "in natura" e processados do Brasil no comércio exterior
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-28) Rosário, José Baptista Fernando do; Silva, Orlando Monteiro da
    O comércio substancialmente, exterior de produtos “in natura” sempre contribuiu, na geração de divisas para o país. Entretanto, o excesso de oferta desses produtos no mercado internacional, na década de 80, estimulado, principalmente, pela súbita alta de preços internacionais durante a década anterior e pelo aprofundamento do protecionismo à agricultura dos países desenvolvidos, acabou acarretando uma queda de preços, que, para alguns produtos, ainda persiste. Os preços baixos estimularam o processamento desses produtos, ou seja, a agregação de valor foi a saída estratégica encontrada por parte de muitos países para continuar participando de uma economia globalizada onde impera a competitividade. Dada esta tendência, este estudo procurou analisar a competitividade de alguns dos principais produtos agrícolas de exportação do Brasil , “in natura” e processados, nos complexos soja e laranja, e determinar os principais fatores que levaram à alteração na participação dos referidos produtos na pauta de exportações brasileiras. Os procedimentos analíticos deste trabalho basearam-se em indicadores de vantagem comparativa revelada e da taxa de câmbio real, sintetizando, respectivamente, a abordagem ex-post e um conceito macro. Além desses indicadores, fez-se uma análise comparativa da evolução dos preços de exportação entre o Brasil e o resto do mundo, representando o grau de capacitação detida pelas firmas (eficiência). Os resultados mostraram que o Brasil vem perdendo competitividade no mercado internacional de derivados de soja (farelo e óleo) e aumentando a vantagem relativa na exportação do produto “in natura” (soja em grão). Isso se deve, principalmente, ao desempenho exportador da Argentina, principal competidor do Brasil e atual líder no ranking das exportações mundiais de produtos processados do complexo. A perda de competitividade está associada, também, à desoneração do ICMS na exportação dos produtos do complexo, principalmente o produto “in natura”, devido a um diferencial tributário que retinha a soja em grão no país e estimulava o processamento desta. No que se refere ao complexo laranja, o Brasil apresentou vantagem comparativa na exportação do suco de laranja concentrado e desvantagem nos demais produtos, laranja “fruta” e suco de laranja não-concentrado. Em ambos os complexos, a taxa de câmbio influenciou, negativamente, o desempenho do Brasil no mercado internacional e os preços permaneceram favoráveis em quase todo o período analisado. Os desafios competitivos do Brasil são externos às empresas, razão por que algumas deficiências precisam ser dirimidas para consolidação da tendência das exportações brasileiras em favor dos produtos processados, dentre as quais a infra-estrutura de transportes, portuária e de armazenagem, que deve ser melhorada, e a política tributária, que deve ser revista.
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    Fatores externos condicionantes da competitividade da produção de leite no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-27) Campos, Beatriz Rodrigues; Gomes, Sebastião Teixeira; http://lattes.cnpq.br/2611552943005344
    O Brasil produziu em 1999 mais de dezenove milhões de toneladas de leite. Tal volume de produção situou o país entre os seis maiores produtores de leite do mundo. Entretanto, a produção nacional não tem sido suficiente para atender à demanda doméstica ao longo dos anos, de forma que o Brasil sempre realizou importações para suprir as necessidades do mercado interno. O presente estudo quer mostrar que a concessão de subsídios pela UE nas exportações de leite induziu às práticas de dumping e triangulação comercial no MERCOSUL, visto que tal política disponibilizava maiores volumes do produto, a preços altamente subsidiados, para que empresários argentinos realizassem práticas desleais de comércio no MERCOSUL. O objetivo deste trabalho é avaliar a influência de fatores externos à cadeia agroindustrial do leite, tais como protecionismo dos países desenvolvidos, práticas desleais de comércio e política cambial, na determinação da competitividade da atividade leiteira. Para tal, utilizou-se uma estrutura organizacional denominada Policy Analysis Matrix (PAM), desenvolvida por MONKE e PEARSON (1989). O método PAM permite estimar os efeitos da política econômica sobre a renda do produtor, bem como identificar as transferências entre produtores e consumidores. O critério utilizado na separação dos produtores em diferentes sistemas de produção foi baseado no genótipo dos animais, ou seja, no grau de sangue do rebanho. A divisão foi feita em três sistemas de produção, quais sejam, gado Zebu, seguido pelo gado Mestiço e pelas raças leiteiras européias, principalmente o gado Puro europeu. Essa diferenciação é necessária, visto que esses três grupos possuem diferenças significativas no grau de tecnologia adotados e, portanto, nos custos. As transferências associadas aos custos de produção, tanto para insumos comercializáveis quanto para fatores domésticos, mostraram-se negativas. Isto indica que as medidas de política têm efeito de uma tarifa à importação para os produtores de leite do Brasil. Verificou-se, também, que os sistemas de produção mais tecnificados são os que apresentam maiores distorções, sendo, portanto, os mais prejudicados com a implementação das políticas distorcivas. Considerando- se as transferências associadas à lucratividade, verificaram-se transferências negativas nos três sistemas de produção, Zebu, Mestiço e Puro, ou seja, dos produtores para a sociedade, o que indica que os produtores de leite tiveram seus lucros potenciais reduzidos em decorrência da condução da política econômica. A conclusão deste trabalho é que os produtores de leite nacionais têm transferido renda para a sociedade, visto que as políticas comerciais consideradas aumentam os preços dos insumos e deprimem os preços recebidos pelos produtores nacionais. Sendo as práticas de dumping e triangulação comercial as grandes responsáveis pela depreciação dos preços recebidos pelos produtores, pode-se concluir que o comportamento dos empresários argentinos está diretamente ligado às perdas de competitividade do produto brasileiro. Assim, esses empresários, utilizando-se do MERCOSUL, praticaram políticas desleais de comércio, enfraquecendo, assim, a competitividade do MERCOSUL frente a outros blocos econômicos.
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    ONGs e ideologias de desenvolvimento: o caso do IDACO
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-07-30) Kiener, Cordélia Inês; Pereira, José Roberto
    A partir da década de 80 verificou-se, no Brasil, o renascer da sociedade civil e de uma nova forma de organização que, embora privada, não possui fins lucrativos e que se destinguiu de outro tipo de organizações como as desportivas, religiosas, recreativas. Estas novas organizações, conhecidas como Organizações Não Governamentais tem atuado, cada vez mais, na definição de políticas públicas, na defesa dos direitos civis e sociais, expondo suas ideologias e estratégias de desenvolvimento. Entendemos, neste trabalho, ideologia como idéia-valor conforme definido por Dumont, desempenhando um papel fundamental nas sociedades e nos processos de desenvolvimento não sendo, portanto, uma idéia falsa, secundária ou de interesse limitado. Categorias como pessoa, indivíduo, mero indivíduo e sujeito caracterizam diferentes universos de idéia-valor e são utilizados para compreender a sociedade brasileira. Muitas ONGs que atuam no contexto da cultura brasileira, marcada pela presença de duplicidade de valores, enfrentam a difícil tarefa de conciliar os valores centrais do individualismo moderno, como a igualdade e liberdade, com os valores tradicionais/holísticos presentes na sociedade brasileira. O trabalho pela cidadania, democracia, solidariedade são considerados, por muitas ONGs, o meio de alcançar a dignidade, justiça social e desenvolvimento dos segmentos sociais com que trabalham. Neste estudo de caso, procura-se identificar e analisar os valores que orientam as ações e discursos dos membros e funcionários do IDACO, para compreender como esses valores configuram a ideologia de desenvolvimento desta ONG. Conclui-se que esta ONG tem, nos seus objetivos e resultados esperados, forte presença de valores culturais modernos, aliados a formas de desenvolvimento baseados em aumento de produção e de receitas para a promoção de melhoria nas condições de vida de seu público. Esta ONG considera seu público constituído, basicamente, por meros indivíduos, que devem se transforme em sujeitos, valor máximo da modernidade individualista. Verifica-se, no entanto, que os membros e funcionários do IDACO utilizam-se de valores holísticos para alcançarem parte de seus objetivos e resultados, o que confirma a presença de duplicidade de valores neste tipo de organização, assim como em toda a sociedade brasileira. Termina-se o trabalho sugerindo uma reflexão mais profunda sobre as limitações e conseqüências da imposição de valores do individualismo moderno sobre os valores holísticos que dominaram, até um passado recente, a sociedade brasileira.
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    Análise financeira do carvão vegetal e do coque na siderurgia mineira, no período de 1995 a 1999
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-04-11) Paiva, Maria Cristina Silva de; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://lattes.cnpq.br/5644330234102632
    Analisou-se, neste trabalho, a competitividade do termorredutor carvão vegetal em relação ao termorredutor coque mineral, em uma empresa siderúrgica localizada na região do Vale do Aço, Estado de Minas Gerais. O objetivo principal foi a análise financeira da utilização do carvão vegetal adquirido pela empresa siderúrgica no mercado local, do carvão vegetal de produção própria e do coque mineral importado usado na produção do ferro-gusa. Incorporou-se a este estudo a análise de risco, com a finalidade de determinar as condições de competitividade relativa dos termorredutores, em razão das alterações nas variáveis econômicas que determinam o custo da empresa com o carvão vegetal e com o coque. As análises financeiras basearam-se na determinação do preço médio posto-usina do carvão adquirido no mercado, do preço médio posto-usina do coque mineral importado e do custo médio de produção do carvão vegetal produzido pela unidade florestal da siderúrgica. As análises de riscos foram realizadas pela técnica de simulação de Monte Carlo, processadas pelo software @RISK. Mediante essas análises, concluiu-se que a taxa de câmbio é a variável decisiva para que o carvão vegetal adquira vantagem em relação ao coque. Determinou-se que a taxa de câmbio, que viabiliza o carvão vegetal de mercado em relação ao coque mineral, deva ser igual ou maior a R$/US$ 0,80. Dada essa taxa de câmbio, o preço posto-usina favorável ao carvão vegetal de mercado deve ser menor ou igual a R$ 70,00 por tonelada, e o preço posto -usina que inviabiliza o coque deve ser maior ou igual a US$ 120,00, por tonelada. Verificou-se que o carvão de produção própria será favorável, em relação ao carvão vegetal, ao mercado quando seu custo posto-usina for menor que R$ 70,00, por tonelada. Verificou-se que os reflorestamentos da empresa siderúrgica conseguem trabalhar com custos de madeira compatíveis com o custo competitivo do carvão, com taxa de juros abaixo de 12% ao ano e com produtividade dos reflorestamentos de 45 estéreis por hectare.
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    Gerenciamento rural e gestão da qualidade total em empresas rurais produtoras de leite
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-24) Silva, Aluísio Goulart; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://lattes.cnpq.br/2851492632293521
    O Gerenciamento da Empresa Rural deve ser desenvolvido com base em alguns padrões de qualidade necessários para adequar os processos e produtos agropecuários às novas exigências do mercado globalizado. Considerou-se a hipótese de que a estrutura gerencial das empresas dos entrevistados goianos não esteja adequada ao perfil da nova realidade competitiva desencadeada pela Globalização, no contexto de cadeia produtiva, enfocando a Qualidade. Referenciais teóricos do Gerenciamento Rural e da Gestão da Qualidade subsidiaram a elaboração dos questionários aplicados a 15 produtores de leite, de Piracanjuba-GO, e a seus funcionários. O objetivo geral foi analisar o gerenciamento praticado pelos produtores, identificando os principais fatores críticos administrativos condicionantes da má qualidade dos seus processos produtivos, e os objetivos específicos foram determinar pontos fortes e fracos do gerenciamento praticado, os quais interferem na melhoria dos processos e produtos, e comparar o gerenciamento praticado ao preconizado pela gestão da qualidade. Observaram-se menos pontos fortes do que fracos. Entre os principais pontos fracos destacaram -se a falta de estrutura gerencial definida para viabilizar o planejamento da produção, o uso de ferramentas organizacionais e o sistema de controle e custo de produção; a falta de interesse dos produtores em melhorar a sua situação e a de sua empresa; o baixo nível de profissionalização dos produtores e de seus funcionários, decorrente da falta de treinamento técnico e gerencial; e a falta de incentivo governamental e de mercado, com vistas na melhoria da qualidade dos produtos. No momento da pesquisa não havia comprometimento da maioria dos entrevistados com o gerenciamento de suas empresas, e nenhuma delas utilizava, formalmente, um dos métodos administrativos preconizados nesta pesquisa, o que refletia uma desmotivação geral. Verificou-se ausência de orientação técnica, visto que não havia técnicos na região para auxiliá-los na identificação dos problemas, na investigação das causas e suas implicações, na busca de alternativas para solucioná-los, assegurando os resultados, e na precaução contra novos problemas. Constatou-se, também, que a produção era efetivada sob condições impostas pela indústria do leite, e não com base nas necessidades da cadeia da qual faziam parte, o que caracteriza a falta força da classe produtora e inviabiliza a implantação de um program a de qualidade com o grupo entrevistado, razão da necessidade de se criarem mecanismos para informá-los sobre conceitos e princípios da qualidade, já que esta depende, realmente, de um gerenciamento rural bem estruturado.