Ciências Agrárias

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    Análise comparativa de cafeeiros (Coffea arabica L.) em sistema agroflorestal e monocultivo na Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-26) Campanha, Mônica Matoso; Finger, Fernando Luiz; http://lattes.cnpq.br/0443286008669758
    Na busca de novos conhecimentos acerca de sistema agroflorestal com café (Cojiíea arabica L.), este trabalho teve como objetivos analisar comparativamente cafeeiros sob sombreamento (SAP) e cultivados a pleno sol (SOLT) e avaliar a interferência potencial de alguns fatores na produção de café no SAF . Para isso, por um período de 19 meses, na Zona da Mata mineira, foi determinado em plantas de café, nos dois sistemas: o crescimento vegetativo, pelo número de nós, de folhas, tamanho e área foliar por ramo; o desenvolvimento reprodutivo, pelo número de nós produtivos, de botões florais e de frutos nos diferentes estádios de desenvolvimento (Chumbinho, verde, início de maturação, cereja e seco); a incidência de pragas e doenças (broca-dos-frutos, bicho-mineiro, cercosporiose e ferrugem); o estado nutricional; a produção e a produtividade. Foram quantificadas a queda e o teor de nutrientes nas serrapilheiras e realizada analise de rotina e determinação de umidade nos solos em cada sistema, além do monitoramento da temperatura do ar. O componente arbóreo do SAP foi caracterizado e seu crescimento acompanhado. Verificou-se que, no SAF, a sombra promovida pelas 133 árvores de 26 espécies, reduziu a amplitude térmica neste sistema, que apresentou em média, temperatura máxima de 2,6ºC abaixo daquela registrada no SOLT. Todas as amores obtiveram ganho em crescimento, sendo Casuarina sp., Eugenia uniflora, Licania tomentosa, Hovenia dulcis and Mangifera indica as mais abundantes. Nos dois sistemas, o periodo de maior crescimento vegetativo do cafeeiro coincidiu com o período de chuvas e temperaturas mais altas (primavera/verão). Os cafeeiros no SAF apresentaram menores crescimento de ramos e emissão de folhas, mas mostraram menor desfolha e, em média, folhas de maior tamanho; e iniciaram seu processo produtivo mais cedo, com menor número de nós produtivos e botões florais, refletindo em menor quantidade de frutos na colheita. A incidência do bicho- mineiro e broca-dos-frutos foi pequena nos sistemas, porém a lavoura sombreada foi mais infestada pela cercosporiose e ferrugem. Em ambos os sistemas, os cafeeiros apresentaram teores foliares adequados de N, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe e Mn, baixos de P e K e alto de S e B. Maiores teores de nutrientes foram encontrados na serrapilheira do SOLT, exceto Ca e Zn, no entanto, o SAF contribuiu com 6,l><103 kg.ha".ano'l de serrapilheira ao sistema, enquanto que o sistema a pleno sol, com 4,5><103 kg.ha'].ano", O SAF apresentou maior teor de umidade na camada de 20-40 cm do solo, além de valores de pH, Ca, Mg, K, Zn, V acima, e de Al, m e CTC a pH 7, abaixo daqueles mostrados pelo SOLT. A produção média dos dois anos, de 40 seha'l de café em coco do cafezal solteiro, foi superior a de 8,6 sc.ha'l de café em coco do cafeeiro em sistema agroflorestal. Analisando apenas os cafeeiros no SAF, constatou-se que o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro apresentou alta correlação positiva com a produção, destacando o número de folhas. A quantidade e qualidade da serrapilheira tende a influenciar a produção de café, observando que maior teor de manganês na mesma interferiu negativamente. As pragas e doenças mostraram-se pouco interferentes, enquanto que o estado nutricional da lavoura cafeeira foi fator relevante tanto para o crescimento como para produção. O número de folhas, de nós e a presença de frutos na planta interferiram e foram afetados pela condição nutricional da lavoura, sendo que cafeeiros com menor teor de cobre ou maior de zinco e nitrogênio nas folhas, tenderam a crescer mais e serem mais produtivos. AS características do solo no horizonte mais superficial (O-ZO cm) estiveram mais correlacionadas com a produção de café, que aquelas obtidas na profundidade de 20-40 cm, observando que a saturação de bases (V) e os teores de Ca, Mg e K da primeira camada do solo estiveram significativa e positivamente correlacionados com a produção. O solo ainda afetou o crescimento vegetativo do cafeeiro, o estado nutricional da lavoura e o teor de nutrientes. na serrapilheira. O crescimento do cafeeiro foi favorecido pelo maior teor de K, P e umidade na camada de 0-20 cm do solo, e pela redução do teor de A1 na camada de 20-40 cm. O estado nutricional das plantas de cafe, destacando o teor de P, sofreu influência positiva do teor de umidade, de matéria orgânica, pH e CTC dos solos, que influenciaram também a concentração de nutrientes na serrapilheira.
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    Disponibilidade de zinco para café influenciada pela correção da acidez e localização de fósforo no solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-10-01) Hartmann, Lara Kich; Alvarez Vanegas, Víctor Hugo
    Com o objetivo de avaliar a resposta do café ( Coffea arabica L.) à adição de Zn e determinar seu nível crítico no solo por diferentes extratores e na planta, em relação à correção da acidez e à localização de P em amostras de três solos, realizou-se um ensaio em casa de vegetação, com a variedade Catuaí vermelho n ° H2077-2-5-44. Os tratamentos originaram-se de um fatorial completo (3 x 2 x 3 x 6), correspondendo a três solos (SSP – Latossolo Vermelho de São Sebastião do Paraíso, PAT – Latossolo Vermelho - Amarelo de Patrocínio e LAV – Latossolo Vermelho - Amarelo de Lavras); dois corretivos, sendo um deles, mistura de carbonatos de cálcio e magnésio e, o outro preparado, misturando-se 50 % de carbonatos e 50 % de sais neutros (sulfatos, nitratos e cloretos) de cálcio e magnésio; três modos de localização de P (5, 10 e 30 % do volume total do solo na dose de 200 mg/dm 3 na forma de superfosfato triplo); e seis doses de Zn (0, 5, 10, 20, 40 e 80 mg/dm 3 para os solos SSP e PAT e 0, 3, 6, 12, 24 e 48 mg/dm 3 para o 14solo LAV). Duas plantas de café foram cultivadas durante 14 meses, efetuando-se amostragem de solo antes e após os cultivos. Determinaram-se a produção de matéria seca da parte aérea das plantas e os teores de Zn e outros nutrientes nas folhas. Foi determinado nos solos, o Zn disponível por meio dos extratores Mehlich- 1, Mehlich-3 e DTPA-TEA. Os corretivos influenciaram a disponibilidade de Zn no solo, sendo que para o Mehlich-1 obtiveram-se maiores valores de Zn do que para Mehlich-3 e DTPA. Houve tendência para maior nível crítico no solo, quando a correção foi feita com mistura de carbonatos em comparação à mistura de carbonatos e sais neutros. Para os solos PAT e LAV, as folhas apresentaram maior teor de Zn do que as plantas cultivadas no solo SSP. Os corretivos de acidez influenciaram a concentração de Zn nas plantas nos solos SSP e LAV. A maior localização de P no solo levou a menores teores de Zn nas folhas em todos os solos. Considerando a localização de P no solo observou-se que, a localização em menor volume de solo, levou a um maior conteúdo de Zn na parte aérea das plantas. O conteúdo de Zn na parte aérea das plantas apresentou resposta linear e curvilinear às doses de Zn adicionadas ao solo. Observou-se que a localização de P alterou os níveis críticos no solo. No solo SSP, os maiores níveis críticos foram obtidos na localização de P em 10 % do volume de solo. No PAT, a localização de P em 30 % promoveu maior nível crítico no solo. No solo LAV, os maiores níveis críticos foram observados na localização de P em 5 % do volume de solo. O extrator Mehlich-1 apresentou maior variabilidade entre solos quanto à extração de Zn. As correlações entre teores obtidos por este extrator com características que representam a capacidade tampão do solo para a condição de não aplicação de Zn foram significativas, mas menores que as obtidas com o extrator Mehlich-3. O conteúdo de Zn na parte aérea das plantas apresentou alta correlação com os teores obtidos com os extratores utilizados. Isto não se verificou para o teor de Zn e a produção de matéria seca da parte aérea das plantas de café. Observou-se que os 15coeficientes de correlação linear simples entre os teores obtidos pelos extratores são altos e significativos, sugerindo uma capacidade preditiva semelhante com relação ao Zn disponível.
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    Sistema especialista para dimensionamento e seleção de equipamentos para pré-processamento de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-15) Prado, Eduardo Vicente do; Melo, Evandro Castro; http://lattes.cnpq.br/8426749685806636
    Desenvolveu-se seleção de um equipamentos sistema para especialista pré-processamento para dimensionamento de café. Este de de de de e sistema especialista possui um banco de dados contendo cerca de 80 equipamentos cadastrados, um programa de busca que faz a seleção dos equipamentos dimensionados e um módulo de ajuda no padrão de ajuda do WINDOWS®, contendo ilustrações e explicações de como usar os equipamentos utilizados pelo sistema especialista. Uma das constantes preocupações da equipe de desenvolvimento deste trabalho, além da funcionalidade do sistema especialista, foi a interface entre este e o usuário. O sistema especialista foi desenvolvido em CLIPS®, que é uma linguagem própria para este fim. No entanto, o ambiente utilizado pelo CLIPS® possui uma interface com o usuário pouco interativa. Para resolver este problema, desenvolveu-se uma interface entre o sistema especialista e o usuário utilizando a linguagem de programação PASCAL Orientado a Objeto em ambiente DEPLHI®, versão 5.0, da BORLAND Inc., que trabalha em ambiente WINDOWS®, permitindo assim, o uso de telas mais interativas e intuitivas com o usuário. Como ferramenta de auxílio ao sistema especialista para a tomada de decisão, desenvolveu-se um modelo para a determinação da ocorrência de dias inadequados para a secagem de café em terreiro, tomando-se como referência o índice igual a 1,0 mm. O modelo foi desenvolvido a partir da metodologia proposta por ASSIS (1998). Utilizando-se valores de precipitação foi possível obter a probabilidade de ocorrência de quatro dias consecutivos impróprios para a secagem de café em terreiro para uma determinada região. O modelo de cadeia de MARKOV foi utilizado para obter a distribuição de quatro dias impróprios para secagem de café em terreiro, considerando as variáveis climatológica. Como resultado, o sistema especialista fornece a lista dos equipamentos dimensionados e selecionados em seu banco de dados, assim como seus respectivos fornecedores, telefones para contato e preços. Para a validação do sistema especialista foi utilizado o método de validação externa. Os avaliadores foram especialistas da área de café da Universidade Federal de Viçosa, que responderam a um questionário com perguntas relativas à interatividade sistema especialista/usuário e à funcionalidade do programa. Com base nas respostas dos especialistas, concluiu-se que o sistema especialista elaborado permite: - estimar o custo para a implantação do sistema dimensionado; - a interface com o usuário se apresenta de fácil interação, facilitando a entrada de dados e o entendimento dos dados de saída; - o modelo desenvolvido estima a ocorrência de quatro dias consecutivos impróprios para a secagem de café em terreiro; - o sistema especialista desenvolvido neste trabalho, além de permitir acesso a um nível de conhecimento numa área onde há escassez de recursos humanos, reduz de maneira sensível o tempo de dimensionamento e de seleção de equipamentos para pré-processamento de café.
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    Relações de preços e hedging no mercado de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-19) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro da; http://lattes.cnpq.br/1197578274933833
    Neste trabalho, procurou-se analisar os mercados futuros de café tendo como foco as bolsas de futuros do Brasil (BM&F), de Londres (LIFFE) e de Nova Iorque (NYBOT), como o objetivo principal de servir como referência para que os agentes possam melhor orientar suas estratégias operacionais quando forem utilizar o mercado futuro de café. Para isso foram feitas análises de co- integração, objetivando detectar semelhanças entre os preços praticados pelas bolsas e os praticados no mercado à vista com cálculos da razão ótima do hedge e da efetividade do hedge, com o intuito de mostrar a quantidade que deveria ser "hedgeada" no mercado futuro para minimizar o risco e quanto da proporção da variância da receita poderia ser eliminada por meio de adoção da razão ótima do hedge. Foram utilizadas séries de preços de quatro regiões de referência: Garça e Santos (São Paulo), Patrocínio (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo). Excetuando-se a região de Vitória, de onde foram utilizadas cotações de preços do café tipo Conillon, em todas as outras os preços cotados foram para o café Arábica. Valores médios para os diferenciais de preço em diferentes períodos e cálculos dos desvios-padrão serviram de base de apresentação para o comportamento dos preços tanto do mercado à vista quanto de futuros. As análises de co-integração indicaram que os preços à vista das regiões de Patrocínio, Garça e Santos tinham relação de equilíbrio de longo prazo com os preços futuros da BMF&F e NYBOT. Em outras palavras, o comportamento dos preços tanto à vista quanto futuros internos e externos está intimamente relacionado. Com relação aos preços cotados em Vitória (café Conillon), isso não se verificou. Comparando as três bolsas, constatou-se que as operações realizadas no mercado futuro da BM&F são aquelas que apresentam maior razão do hedge e, portanto, maior capacidade de reduzir o risco de preço da operação. O presente estudo permitiu concluir, em linhas gerais, que a melhor efetividade do hedge foi verificada na BM&F, seguida pela NYBOT. Apenas no caso do café (Conillon), a efetividade foi maior na bolsa de Londres. O desempenho favorável encontrado na BM&F, principalmente no ano de 2000, pode ser explicado, em grande parte, pela sua abertura para os agentes estrangeiros das operações do hedging.
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    Sistema de previsão e progresso da ferrugem do cafeeiro em diferentes altitudes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-14) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio
    O presente trabalho avaliou um sistema de previsão e o comportamento da ferrugem do cafeeiro em diferentes altitudes. O sistema de previsão baseou-se no molhamento foliar e na temperatura média durante o período de molhamento, associados à fisiologia da planta e à intensidade da doença em duas lavouras (Catuaí Vermelho) com alta carga pendente de frutos, com seis anos de idade, localizada no município de Coimbra, a 680 m de altitude, na região da Zona da Mata de Minas Gerais, e com carga média de frutos, com nove anos de idade, localizada no município de Carmo do Paranaíba, a 850 m de altitude, na região do Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais. O sistema de previsão constou do cálculo do valor de severidade da doença (VSD), semelhante ao modelo de Wallin (1962). Na lavoura com alta carga pendente de frutos (101,5 sacas beneficiadas/ha), o melhor resultado do sistema de previsão foi o tratamento que recomendou pulverizações quando a severidade atingia 30 VSDs. Para a lavoura com média carga pendente de frutos (22,4 sacas beneficiadas/ha), o sistema de previsão recomendou apenas uma única pulverização com fungicida sistêmico, para todos os tratamentos. A incidência final de folhas doentes na colheita (11,0%) não atingiu o nível de dano ao cafeeiro e também não diferiu dos tratamentos baseados no calendário (duas pulverizações com fungicida sistêmico e quatro com fungicida de contato). Portanto, o sistema de previsão foi tão eficiente quanto o calendário no controle da ferrugem do cafeeiro, porém utilizando menor número de pulverizações, em pelo menos um dos locais avaliados (Carmo do Paranaíba - Minas Gerais). Para estudo do efeito da altitude sobre o progresso da ferrugem do cafeeiro foram escolhidas lavouras, com alta carga pendente de frutos, da cultivar Catuaí Vermelho, no espaçamento de 2,8 x 0,7 m, em altitudes variando de 660 a 1.275 m, nos municípios de Simonésia e Alto Caparaó, na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Observou-se menor incidência da ferrugem nas lavouras plantadas em altitudes mais elevadas, principalmente naquelas acima de 1.000 m. A incidência máxima da ferrugem em 1998 a 2000 foi registrada de julho a outubro, de acordo com a altitude. Quanto maior a altitude mais a máxima incidência da doença tendeu a se deslocar para os meses de setembro a outubro. A maior incidência da ferrugem ocorreu na altitude de 850 m e a menor a 1.275 m, com incidência máxima de 40% de folhas de café com a doença.
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    Aspectos físicos, fisiológicos e de qualidade do café em função da secagem e do armazenamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-31) Afonso Júnior, Paulo Cesar; Corrêa, Paulo Cesar; http://lattes.cnpq.br/8730650867675806
    A melhoria da qualidade do café pode ser obtida aumentando-se a eficiência do uso adequado de técnicas de secagem, armazenamento e preparo dos frutos e grãos. Assim, desenvolveu-se este trabalho com a finalidade de equacionar e analisar alguns aspectos da secagem dos frutos e grãos de café que permitam prever as alterações da qualidade do produto preparado de diferentes formas (cereja, descascado e despolpado) e os reflexos desse processo durante o período de armazenagem do produto, em diferentes condições de armazenamento. Para se alcançar esses objetivos foram determinadas algumas propriedades térmicas e físicas necessárias ao conhecimento do processo de secagem (isotermas de adsorção e dessorção, curvas de secagem, massas específicas aparente e real, volume, porosidade, calor específico, condutividade e difusividade térmica e calor latente de vaporização). Realizou-se também o estudo da perda de qualidade fisiológica das sementes de café quando submetidas à secagem com temperatura variando entre 30 e 60 °C, para duas condições de umidade relativa do ar de secagem (20 e 40 %), além do estudo da armazenabilidade dessas sementes durante um período de seis meses sob condições de ambiente não controlado e com temperatura controlada de 15 °C. Outro objetivo visado foi o estudo da alteração da cor, da qualidade da bebida e composição química dos frutos e grãos de café quando submetidos à secagem com temperatura variando entre 30 e 60 °C, para diferentes níveis de umidade relativa do ar de secagem (30, 40, 50 e 60 %), e durante o armazenamento durante um período de 12 meses sob condições de ambiente não controlado e com temperatura controlada de 15 °C. De acordo com os resultados obtidos pôde-se concluir que: a) a equação exponencial, proposta neste trabalho, pode ser utilizada para predizer os valores de umidade de equilíbrio higroscópico do café, independentemente da forma de preparo do produto e da maneira pela qual o equilíbrio foi obtido (dessorção ou adsorção); b) Para as faixas de temperatura e umidade relativa estudadas, a histerese dos cafés cereja, descascado e despolpado, tende a crescer com a redução da temperatura e elevação da umidade relativa do ar; c) a equação proposta por Page foi a que melhor representou os dados experimentais, independentemente da forma de preparo do produto, quando comparada com as equações de Thompson, Exponencial e de Difusão, nesta última utilizando-se os oito primeiros termos da série; d) a taxa de secagem foi influenciada pela temperatura e umidade relativa do ar de secagem, independentemente da forma de preparo do produto; e) a forma de preparo cereja apresenta menor taxa de secagem, não sendo observadas diferenças significativas nas taxas de secagem dos cafés descascado e despolpado; f) o volume e as massas específicas real e aparente do café, das diferentes formas de preparo analisadas, aumentam com a elevação do teor de umidade do produto; enquanto a porosidade cresce com o aumento da umidade dos frutos e grãos de café, até um valor máximo, passando em seguida a decrescer; g) o volume dos frutos e grãos de café dos diferentes tipos de preparo, diminui com a perda de umidade dos mesmos, sendo a contração volumétrica do café cereja da ordem de 39% de seu volume inicial, para uma redução de umidade de 2,27 b.s. para 0,11 b.s. Para o café descascado a contração do volume de seus grãos, para uma diminuição do teor de umidade de 0,60 b.s. para 0,11 b.s., foi de aproximadamente 12% de seu volume inicial, não havendo grandes diferenças entre os valores obtidos para os grãos de café descascado e despolpado, que apresentaram uma redução de volume de 13% para uma diminuição do teor de umidade de 0,62 para 0,11 b.s.; h) para a faixa de temperatura de 25 a 65 °C, o calor latente de vaporização da água dos frutos de café cereja variou de 2403,6224 a 2858,5450 kJ.kg -1 , para teores de umidade na faixa de 0,12 a 2,10 base seca. Já para os grãos de café descascado e despolpado essa variação foi de 2450,9820 a 2783,5840 kJ.kg -1 e 2487,3220 a 2808,0010 kJ.kg -1 , para teores de umidade variando de 0,12 a 0,50 base seca; i) o calor específico dos frutos de café cereja variou de 1,2136 a 2,5251 kJ.kg -1 .oC -1 , a condutividade térmica de 0,0843 a 0,1415 W.m -1 .°C -1 e a difusividade térmica de 1,0555x10 -7 a 1,5730x10 -7 m 2 .s -1 , para teores de umidade variando de 0,11 a 0,68 base seca; j) o calor específico dos grãos de café descascado variou de 1,2254 a 2,4653 kJ.kg -1 .oC -1 , a condutividade térmica de 0,0934 a 0,1735 W.m -1 .°C -1 e a difusividade térmica de 1,3519x10 -7 a 1,6964x10 -7 m 2 .s -1 , para teores de umidade variando de 0,11 a 0,60 base seca; k) o calor específico dos grãos de café despolpado variou de 1,1290 a 2,3848 kJ.kg - .oC -1 , a condutividade térmica de 0,1033 a 0,1762 W.m -1 .°C -1 e a difusividade térmica de 1,3373x10 -7 a 2,0810x10 -7 m 2 .s -1 , para teores de umidade variando de 0,11 a 0,62 base seca; l) a germinação e o vigor das sementes de café diminuem com a redução da umidade relativa e com o aumento da temperatura do ar de secagem, e ainda, com o período de armazenamento; m) a germinação e o vigor das sementes de café descascado e despolpado aumentam com a redução da temperatura de armazenagem para 15°C, porém o ambiente com temperatura controlada não foi capaz de inibir a perda de qualidade das sementes durante o armazenamento; n) os valores das coordenadas L, a e b do sistema Hunter para quantificação e avaliação da cor dos grãos beneficiados de café aumentou com a elevação do tempo de armazenamento do produto, da temperatura e da umidade relativa do ar de secagem, sendo menos acentuada a contribuição da umidade relativa do ar de secagem na variação da coloração do produto durante o armazenamento, independentemente da forma de preparo e condição de armazenagem; o) os frutos e grãos de café armazenados em ambiente com temperatura controlada de 15 °C apresentaram resultados melhores de coloração, quando comparados com os obtidos para o produto armazenado em ambiente não controlado, independentemente da forma de preparo estudada; p) a qualidade da bebida dos grãos de café das formas de preparo descascado e despolpado não foi alterada durante o armazenamento pelas diferentes combinações de temperatura e umidade relativa do ar de secagem, independentemente da condição de armazenagem; q) os frutos de café cereja apresentaram redução na qualidade da bebida durante o período de armazenamento, sendo mais acentuado esse declínio para o produto mantido em ambiente não controlado, independentemente da combinação de temperatura e umidade relativa do ar de secagem estudada; r) os melhores resultados de acidez titulável dos frutos e grãos de café foram obtidos para o produto armazenado em ambiente com temperatura controlada de 15 °C, sendo que a acidez do produto aumenta com o prolongamento do período de armazenamento; s) os grãos descascados e despolpados apresentaram menor influência da variação da temperatura e umidade relativa do ar de secagem sobre a acidez dos grãos de café, enquanto os frutos cereja mostraram redução dos índices de acidez titulável com a elevação da temperatura do ar de secagem; t) a armazenagem em ambiente com temperatura controlada de 15 °C não apresentou vantagens na redução dos efeitos do processo de secagem sobre os teores de fenólicos totais dos produtos analisados, sendo que os teores desses compostos aumentam com a elevação do tempo de armazenagem; u) os teores de compostos fenólicos aumentam com a elevação da temperatura do ar de secagem, tendo pouca influência a variação da umidade relativa do ar secante na composição de fenólicos dos frutos e grãos de café; v) a armazenagem em ambiente com temperatura controlada de 15 °C não apresentou vantagens na redução dos efeitos do processo de secagem sobre os teores de gordura dos produtos analisados, sendo que os teores desses compostos aumentaram nos primeiros meses de armazenagem com a elevação do tempo de armazenagem, para, a partir do oitavo mês de armazenamento, apresentarem uma redução dos índices de gordura dos produtos das diferentes formas de preparo analisadas; w) os resultados obtidos indicaram menor teor de gordura para os frutos e grãos de café submetidos à secagem com temperaturas menos elevadas e maiores valores de umidade relativa do ar de secagem; x) os frutos e grãos de café apresentaram redução na composição de açúcares redutores com o aumento do período de armazenamento e da temperatura de secagem e, ainda, com a diminuição da umidade relativa do ar de secagem, independentemente da condição de armazenagem; y) os melhores resultados para os teores de açúcares não redutores dos frutos e grãos de café foram obtidos para o produto armazenado durante menor período de tempo, sendo que as diferentes combinações de temperatura e umidade relativa do ar de secagem pouco influenciaram na composição desses compostos, independentemente da condição de armazenagem; z) a armazenagem em ambiente com temperatura controlada de 15 °C apresentou vantagens na redução dos efeitos do processo de secagem sobre a atividade enzimática da polifenoloxidase dos frutos e grãos de café, sendo que a atividade dessa enzima diminuiu com o aumento do tempo de armazenagem, da temperatura e da umidade relativa do ar de secagem.
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    Relações entre o Mercosul e as exportações brasileiras de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-07) Resende, Ricardo Moysés; Gomes, Marília Fernandes Maciel; http://lattes.cnpq.br/7117166614617688
    A cafeicultura brasileira tem passado, nos últimos anos, por diversas crises e incertezas, em decorrência das forças de mercado e das políticas inadequadas ao setor, que provocaram redução na participação do País no mercado internacional. Apesar de o Brasil sempre ter ocupado posição de destaque na produção e exportação mundial, têm sido registrado sucessivas perdas em sua participação no comércio mundial, visto que sua cota nas exportações mundiais de café, no início da década de 1960, passou de 40% para 20% do total mundial, em 2000. Essa queda de participação do País no mercado mundial justifica a análise da competitividade nas exportações de café, com o intuito de verificar sua vantagem comparativa em relação a outros exportadores, e das transformações ocorridas no comércio desse produto após a implementação do Mercosul. O objetivo geral deste trabalho é verificar se, após a inserção do Brasil no Mercosul, houve grandes alterações nas exportações brasileiras de café, tornando possível ao País retomar parcela de seu antigo mercado externo. Os índices de intensidade de comércio, de orientação regional e de vantagens comparativas reveladas e o modelo de Constant Market Share foram utilizados na análise. Os dados empregados são anuais e englobam o período de 1990 a 2000, que foi subdividido em dois subperíodos; de 1990 a 1994, definido como pré-Mercosul, e de 1995 a 2000, período pós-Mercosul. Os valores dos índices de intensidade de comércio e de orientação regional foram todos maiores que um, o que indica que não houve aumento na intensidade de comércio, bem como reorientação de comércio entre o Brasil e o Mercosul, dado que esses índices apresentaram grandes oscilações após a implementação do acordo de comércio. Os valores positivos do índice de vantagens comparativas reveladas das exportações de café mostram que a cafeicultura no Brasil é altamente competitiva, em terceiros mercados. No que se refere ao modelo de Constant Market Share, verificou-se que no período total de análise (1990 a 2000) e no subperíodo de 1990 a 1994, o crescimento das exportações brasileiras de café é explicado pelo efeito do comércio internacional, e, no subperíodo 1995 a 2000, a queda nas exportações é explicada pelos efeitos do comércio mundial e pelo destino das exportações. Conclui-se que o Mercosul não afetou as exportações brasileiras de café, ou seja, não propiciou aumento na intensidade de comércio do produto em direção aos membros do bloco econômico.
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    Uso de tecnologia da informação por produtores de café associados à cooperativa regional de cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-27) Francischini, Ricardo; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://lattes.cnpq.br/2046918851870191
    O processo de globalização da economia e a saída do governo do setor cafeeiro inseriram a cafeicultura brasileira em um ambiente extremamente competitivo, cuja eficiência econômica é fator vital para se manter nessa situação. A informação neste ambiente torna-se recurso relevante como forma de reduzir as incertezas, melhorando o processo de tomada de decisão dos administradores. Dessa forma, os produtores buscam implementar sistemas que forneçam informações relevantes de forma rápida e com baixo custo. A Internet é uma tecnologia que atende a essa necessidade, porque incorpora várias outras fontes de informação. Contudo, poucos são os produtores que utilizam este sistema, e os fatores que interferem em sua utilização são desconhecidos. Assim, o presente trabalho objetivou investigar os fatores que determinam o uso da Internet pelos cafeicultores da região de Guaxupé, em Minas Gerais, bem como os motivos que impedem sua utilização e os benefícios alcançados com a informática. Objetivou-se, também, avaliar a Internet através da satisfação do usuário. Dessa forma, foram selecionados 87 produtores, aplicando-se questionários a 81 deles. O modelo logit empregado indicou que as variáveis domicílio do produtor rural, número de atividades e tempo de utilização do computador pela empresa apresentaram correlação positiva com o uso da Internet, enquanto a variável tempo que explora a cafeicultura se correlacionou negativamente. As variáveis área com café e participação em outra atividade fora do setor agrícola foram não-significativas. Os principais benefícios alcançados com o uso da Internet foram rapidez, custo baixo e volume de informações. Quanto à satisfação dos produtores em usar esta tecnologia, eles se demonstraram satisfeitos com o volume de informação recebido e consideraram o sistema muito importante para os negócios, de fácil uso e barato. Os resultados permitem, então, avaliar a Internet como ferramenta que propicia satisfação ao usuário.