Ciências Humanas, Letras e Artes

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    Percursos formativos, profissionais e as práticas dos docentes coordenadores do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-10) Almeida, Valeska Carvalho e; Braúna, Rita de Cássia de Alcântara; http://lattes.cnpq.br/5235773128301937
    Este estudo teve como objetivo compreender e analisar os percursos formativos, profissionais e as práticas dos docentes formadores que atuam como coordenadores de área de conhecimento no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, tendo em vista elucidar a sua constituição como docente formador. Para isso, buscamos informações relacionadas ao perfil desses docentes, a seu percurso formativo e profissional e, por fim, às práticas pedagógicas desenvolvidas por eles na formação dos licenciandos no contexto do PIBID. Dada a natureza do objeto de pesquisa, optamos por uma abordagem de cunho qualitativo e baseada na História de Vida, enfocando o percurso profissional e os processos formativos dos docentes formadores que estão fazendo parte do Programa. Como instrumentos de geração de dados, utilizamos questionário e entrevista semiestruturada. Optamos por incluir, no estudo, as quatro áreas que participaram de todos os seis editais lançados pela CAPES até 2014, a saber: Física, Química, Matemática e Ciências Biológicas. Desta forma, os sujeitos escolhidos foram os respectivos coordenadores de área que atuam nos subprojetos das referidas áreas. A pesquisa foi realizada por meio das narrativas dos docentes formadores, focando em seus percursos de formação. Como participantes da pesquisa, contou-se com três sujeitos atuantes como coordenadores do PIBID das áreas de Química, Matemática e Ciências Biológicas, a área de Física ficou sem um representante visto que a participação na pesquisa não era obrigatória. A análise das narrativas foi realizada a partir da revisão de literatura realizada previamente, abarcando autores nacionais e internacionais do campo da formação de professores. A análise das narrativas foi organizada de acordo com as três dimensões que orientam este estudo, ou seja, formação de professores como: autoformação de professores, heteroformação de professores e ecoformação. Verificamos que nosso objetivo principal fora atendido, haja vista que nosso estudo identificou que o percurso formativo e profissional dos docentes formadores atuantes como coordenadores no PIBID imprime marcas sobremodo significativas, definidoras da singularidade profissional e pessoal de cada um. Esses profissionais foram se constituindo docentes formadores e atribuindo diferentes sentidos às suas vivências, mostrando-nos que a sua formação e suas práticas pedagógicas estão intrinsecamente relacionadas ao seu modo de ser e estar nos diversos contextos sócio históricos.
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    O trabalho docente no ensino básico, técnico e tecnológico: o caso do IF Sudeste MG - Campus Rio Pomba
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-16) Santiago, Raquel Vidigal; Ferenc, Alvanize Valente Fernandes; http://lattes.cnpq.br/7157927188294983
    Esta pesquisa teve por objetivo compreender como se efetiva o trabalho docente do Professor de Educação Básica, Técnica e Tecnológica, o Professor EBTT, Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba. Para se chegar a tal conhecimento, foram consideradas a caracterização e a análise do contexto em que acontecem a prática docente, as condições para o desenvolvimento profissional, o perfil do docente, os saberes à prática de ensino e os desafios da profissão. No desenvolvimento do trabalho, nos apoiamos nos estudos de Bourdieu (1983), Frigoto, Ciavata e Ramos (2005), Nóvoa (1999), Oliveira (2004 e 2010), Tardif (2011), Tardif e Lessard (2005), Van Zanten (2008), entre outros, visando a maior compreensão dos dados levantados, buscando articulação e complementação das abordagens quantitativas e qualitativas para esta investigação. Quanto aos instrumentos de coleta de dados, utilizamos análise de documentos e sites institucionais, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas. Por meio desse estudo, verificamos que a partir da implantação e expansão da rede federal de educação profissional, o cenário de atuação do Professor EBTT do Campus Rio Pomba torna-se diversificado, tendo este docente que atuar em várias áreas como pesquisa, extensão e gestão, além das atividades de ensino que, nesta Instituição, alcança diferentes níveis e modalidades, compreendendo a Educação Profissional Técnica de Nível Médio (educação propedêutica e técnica), o Ensino Superior em seus variados níveis e modalidades (bacharelados, licenciatura, tecnólogo e pós-graduação: especialização e mestrado) e em projetos e programas como o PRONATEC e EAD, que oferecem também cursos de formação inicial para o trabalho. Esse amplo cenário contribui para a intensificação do trabalho docente e para a diminuição do tempo dedicado às atividades de ensino. Assim, o Professor EBTT atende também a distintos perfis de alunos. Os Professores EBTT não têm formação pedagógica específica para atuação no magistério da educação básica, técnica e tecnológica, sendo os conhecimentos desenvolvidos em sala de aula oriundos dos saberes adquiridos em sua trajetória pessoal, acadêmica e das experiências profissionais anteriores ao magistério e na vivência da própria profissão. Dessa forma, as práticas de ensino se diferenciam de acordo com cada profissional, estando em fase de estruturação e consolidação. Quanto às condições de trabalho na Instituição, foi evidenciado que os professores as classificam como razoáveis e boas, mesmo havendo uma disparidade referente à infraestrutura entre os departamentos acadêmicos do Campus. Os Professores EBTT do Campus Rio Pomba integram um grupo de profissionais que vêm buscando ascender socialmente de classe por meio de conquistas acadêmicas, profissionais e sociais. Segundo depoimento dos professores, ainda não há um reconhecimento social da profissão no cenário nacional, porém os docentes estão satisfeitos com a carreira e pretendem aposentar-se nela.
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    Invenção e diferença em uma sala de aula
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-24) Guimarães, Mirtes Aparecida dos Reis; Lopes, Eduardo Simonini; http://lattes.cnpq.br/4750476092036535
    Esta pesquisa teve como objetivo acompanhar a tessitura de processos relacionais no cotidiano da turma do quinto ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Senador Antônio Martins, tendo a atenção mobilizada pelas experiências de ruptura, a interrupção da rotina e a produção de maneiras de viver dos alunos, as quais potencialmente poderiam vir a conversar com a pluralidade de possibilidades relacionais por eles engendradas. Nesse sentido, a pesquisa possibilitou compreender como modos hegemônicos de subjetivação coexistem com movimentos de resistência na singularidade expressa no cotidiano escolar. A partir das cenas apresentadas, podemos perceber a complexidade das formas de narrar a alteridade, bem como a ocorrência de processos relacionais desvinculados da perspectiva que atribui ao outro o local de deficiente, criando com isso, novas possibilidades de diferentes processos de subjetivação. Assim, foi necessário viver junto com os sujeitos da pesquisa, afetar e deixar-se afetar por eles, aceitando o desafio de ir além do entendimento do “outro” como entidade inferior. Verificou-se durante a pesquisa que as tentativas de proibição da diferença não dão conta da multiplicidade expressa na cotidianeidade do viver e que entrar em uma diferença pode significar, para alguns, a ampliação do mundo e para outros, incômodo, mal- estar e dor.
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    Questões de gênero e sexualidade na escola: discutindo políticas públicas e formação pedagógica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-30) Rocha, Natalia Hosana Nunes; Silva, Lourdes Helena da; http://lattes.cnpq.br/1078601408056521
    A presente dissertação consiste em uma pesquisa que tem como tema as políticas públicas de gênero na educação e como objetivo principal analisar como as práticas pedagógicas que se propõem a discutir gênero em espaços escolarizados são influenciadas por diferentes diretrizes de políticas públicas de gênero e educação. Assim, tivemos como objeto de pesquisa os determinantes pedagógicos e políticos de processos formativos em educação e gênero das bolsistas estudantes de cursos de licenciaturas envolvidas no projeto. Os sujeitos da pesquisa foram as estudantes de graduação bolsistas, além das professoras e estudantes das escolas públicas envolvidos no projeto “Superando e transformando o cotidiano escolar enquanto espaço produtor e reprodutor de desigualdades sociais e violência de gênero”, que foi o recorte empírico desta dissertação de mestrado. Tal projeto foi desenvolvido em duas escolas públicas – uma municipal e outra estadual -, localizadas no município de Viçosa/MG, com estudantes do ensino Fundamental, consistindo basicamente na elaboração e realização de oficinas sobre desigualdades e violência de gênero. O foco privilegiado para análise foram os processos formativos das estudantes de graduação. As discussões sobre a perspectiva política do movimento feminista, bem como as políticas de gênero na educação feitas por revisão bibliográfica possibilitaram-nos refletir sobre aspectos que consideramos importantes na pesquisa. Entendemos que essas vêm sendo gestadas tanto pelo Ministério da Educação quanto pela Secretaria de Políticas para Mulheres, as quais se configuram como dois campos diferentes. Como referencial teórico-metodológico utilizamos o estudo de caso múltiplo, pois a análise incluiu as duas escolas em que o projeto aconteceu. A partir deste, elegemos a técnica do grupo focal, sendo essa realizada com três grupos: um com as bolsistas integrantes do projeto, um com os/as estudantes da escola A (estadual) e outro com os/as estudantes da escola B (municipal), sendo que, para cada um foi adotada uma organização específica, de acordo com os objetivos. A partir da análise dos grupos focais, percebemos como o projeto realizado nas duas diferentes escolas influenciou a formação das bolsistas no que diz respeito às questões de gênero. Observou-se as dificuldades em realizar a discussão de gênero e sexualidade para além do discurso hegemônico que normatiza e disciplina sujeitos pelos marcadores de gênero, fortemente constituídos na identidade da professora e reproduzido pelas várias instituições sociais. Consideramos que as bolsistas passam a compreender e a ressignificar sua prática quando começam as oficinas com o grupo de estudantes assumidamente gays, lésbicas, interessados/as em discutir as suas identidades sexuais. Percebemos que as questões de gênero e sexualidade têm sido abordadas nos cursos de formação inicial das licenciaturas ou na formação continuada – quando há essa abordagem –, de forma simplista e essencialista que pouco tem contribuído para uma formação para os/as professores/as que têm que discutir gênero na sala de aula. Compreendemos que políticas educacionais com perspectiva de gênero somente serão eficazes quando fizerem parte do contexto e da realidade concreta dos sujeitos que atuam no espaço escolar e que as efetivem na prática cotidiana das escolas. Percebemos, a partir dessa pesquisa, que o grande desafio para as políticas públicas educacionais é encontrar estratégias para incluir, no currículo escolar e não menos importante, na formação docente, gênero e sexualidade para além de um discurso biológico.
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    Cartografias cotidianas: entrelaçando as práticas escolares e suas possibilidades de (re)invenções
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-24) Fonseca, Poliane Lacerda; Herneck, Heloisa Raimunda; http://lattes.cnpq.br/3374276766638549
    Esta dissertação tem como objetivo apresentar uma pesquisa voltada para as relações estabelecidas nos cotidianos entrelaçados entre uma professora,26 crianças e eu, em especial as relações de gênero. Talvez seja possível afirmar que a instituição escolar é organizada segundo o poder hegemônico que deseja formar cidadãos cujas práticas sugerem adesão aos modelos de comportamento e de pensamentos dispostos socialmente. Entretanto, nas práticas cotidianas, os sujeitos fazem usos diferenciados dessas disposições, de acordo com suas necessidades, ora aceitando e incorporando-as, ora criando questionamentos, ora criando resistências. Foi a partir do interesse em visibilizar os questionamentos, as resistências cotidianas e a possibilidade de enxergar a escola como um lugar de criação que essa pesquisa aconteceu. O estudo teve como objetivo principal, portanto, mergulhar no cotidiano escolar, atentando para as redes tecidas nas práticas dos sujeitos que faziam parte desse ambiente e compreender os processos de (re)invenções em que crianças e adultos faziam diferentes usos de regras e outras imposições. Para isso utilizei como metodologia a pesquisa cartográfica, laçando mão de instrumentos como revisão bibliográfica, observações em uma sala de aula do 4o ano do Ensino Fundamental, em uma escola da rede estadual de ensino, no município de Viçosa-MG, e de entrevista narrativa com a professora responsável pela turma observada. Os resultados foram apresentados em forma de narrativas, em uma tentativa de que a minha aproximação com o campo e a minha vivência a partir de emoções, gestos e todos os sentimentos encontrados e experimentados possam influenciar as produções de mapas de pensamentos sobre essa aventura cartográfica. Em um constante diálogo estabelecido entre teoria e prática, os estudos nos/dos/com os cotidianos e os estudos de gênero fizeram parte desta tessitura, a partir das escritas de autores e autoras como Anderson Ferrari, Carlos Eduardo Ferraço, Felix Guattari, Gilles Deleuze, Guacira Lopes Louro, Joan Scott, Michel Foucault e Suely Rolnik, que serviram como fontes de aprendizado e inspiração para a produção textual.
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    Currículo e escola do campo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-10-30) Faria, Mariana de Sousa; Coelho, Edgar Pereira; http://lattes.cnpq.br/8761964566966845
    Essa dissertação se caracteriza metodologicamente como um estudo de caso e tem como objetivo central analisar as mudanças curriculares que aconteceram em uma das escolas públicas municipais de Miradouro, Minas Gerais, a partir da implementação da política pública municipal de Educação do Campo. Para apreender as contradições incorporadas, avanços e limites que as prescrições curriculares carregam, desde o momento de sua construção até a incorporação pelas escolas, foi feito um estudo qualitativo a partir da pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas semiestruturadas aos sujeitos envolvidos no processo de construção curricular do município em questão. O espaço conquistado pelos sujeitos do campo em Miradouro legalizou uma política pública de Educação do Campo que nos levou a afirmar que há possibilidades para os movimentos sociais do campo inserirem suas reivindicações em âmbitos governamentais. No entanto, ao entrarem em parceria com o Estado, algumas ações se perdem em reprodução do discurso de terminologias que eram próprias dos movimentos sociais populares do campo, ou seja, são criadas políticas públicas de Educação do Campo para responder às demandas dos sujeitos do meio rural, porém com caráter regulador do Estado e permeado por ações fundadas no capitalismo, que busca resultados e redução de gastos. Nesse sentido, as mudanças curriculares que se idealizam adaptadas aos sujeitos que chegam às escolas do campo se encontram limitadas por uma grade curricular externa e exigências burocráticas de um Estado que visa a formação de determinado tipo de trabalhador. No caso específico, o município de Miradouro passou por uma mudança na liderança política que também acarretou mudanças de visão do projeto educativo e curricular da Educação do Campo, levando às escolas municipais a aderirem ao Empreendedorismo no Campo, e ao fechamento de algumas salas para aderir ao sistema de multisseriação. A realidade encontrada e analisada nos leva a enfatizar a necessidade de gestar uma educação que seja, de fato, inclusiva e genuinamente reflexiva, gestada e operacionalizada pelas identidades camponesas, onde as escolas rurais assumem suas identidades próprias que revelem a grande diversidade que existe também nos espaços rurais. Assim, o currículo das escolas do campo deve ser construído a partir das identidades dos sujeitos rurais, principais mobilizadores das propostas de Educação do Campo e articuladores de um projeto emancipatório enraizado na cultura e na luta pela sua consolidação na sociedade.
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    A formação profissional no Brasil: análise dos discursos sobre o PRONATEC
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-17) Queiroz, Mariana Ribeiro Cardoso; De Mari, Cezar Luiz; http://lattes.cnpq.br/3974504893822055
    A partir da década 2000, com os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e da então Presidente Dilma Rousseff (2011-2014), o Brasil tem vivido um momento de expansão da educação profissional, que se traduz na abertura de oportunidades para capacitação profissional, sobretudo, de jovens. Nesse cenário de expansão é criado em 2011, no governo da Presidente Dilma Rousseff, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), que visa à expansão e a democratização da oferta de cursos de educação profissional de nível médio e de formação inicial e continuada de trabalhadores. Essa dissertação tem como objetivo analisar o papel do PRONATEC no campo da educação profissional técnica de nível médio no Brasil, considerando as orientações da Confederação Nacional das Indústrias, do Banco Mundial e de confederações do campo do trabalho em educação. Para concretizar o referido objetivo foram analisados quatro documentos, a fim de identificar as convergências e divergências entre suas propostas para a educação profissional técnica. Os documentos analisados foram: Aprendizagem para todos: Investir no conhecimento das pessoas e Habilidades para promover o desenvolvimento, do Banco Mundial (2011); Educação para o mundo do trabalho: a rota para a produtividade, da CNI (2014) e dois documentos do campo do trabalho em educação que divergem do posicionamento defendido pelo BM e pela CNI: Os riscos do PRONATEC para a educação técnica profissional, da CNTE (2011) e Posicionamento da CONTEE sobre Projeto de Lei 1209/2011, da CONTEE (2011). Estes documentos são analisados à luz da análise do discurso crítica (Fairclough, 2001) enquanto gêneros de governança, na medida em que desempenham a função de ordenamento, orientação e aconselhamento, e a partir do referencial gramsciano, que embasa a análise sócio-política dessa pesquisa. A partir das análises é possível compreender que as orientações do BM e da CNI sobre o papel da educação profissional técnica de nível médio tem suas bases na ideologia do capital humano, necessidade de formação qualificada superficial e aligeirada, conforme as demandas do mercado de trabalho simples, empregabilidade, parceria com o setor privado, sobretudo com Sistema S e a centralidade da educação profissional como salvífica, responsável pelo desenvolvimento econômico e superação da pobreza. Já as confederações do campo do trabalho divergem dessas ideologias e defendem uma educação profissional técnica omnilateral, pública, de qualidade, orientada pelo trabalho enquanto princípio educativo, que relaciona trabalho, ciência e cultura, objetivando o pleno desenvolvimento das aptidões dos estudantes e trabalhadores para a vida produtiva e social, sem reduzir a formação profissional exclusivamente às necessidades do mercado de trabalho simples. Ademais, cabe ressaltar que as análises realizadas caminham no sentido de enfatizar que os discursos revelam que as orientações do BM e da CNI tem encontrado um terreno de consenso junto aos governos que por sua vez, têm assumido agendas profissionais para a formação flexível.
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    Ensino, pesquisa e extensão: origem, trajetória e reconfiguração institucional na Universidade Federal de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-05-15) Castro, Maria Gontijo; Alves, Daniela Alves de; http://lattes.cnpq.br/0297170778335612
    Esta pesquisa tem como objetivo caracterizar e analisar a significação dada pela UFV, ao longo de sua trajetória institucional, à trilogia ensino, pesquisa e extensão. Para tanto, adota a perspectiva da “reconstrução histórica” trazendo para análise as práticas que marcaram os três cenários institucionais - Escola Superior de Agricultura e Veterinária (1926-1948), Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (1948-1969) e Universidade Federal de Viçosa (desde 1969) - considerando as peculiaridades administrativas e estruturais destes contextos em diálogo com políticas de incentivo à pesquisa e à extensão na universidade brasileira. Nesta caracterização, ficou evidente o sentido diferenciado que a trilogia de origem, oriunda da adaptação do modelo americano dos Land Grant Colleges, carrega em contraste com a forma mais contemporânea de seu tratamento na legislação (Constituição Federal de 1988), a primeira orientando uma prática “funcionalizada” da instituição e a segunda como princípio social e político que baliza o padrão de qualidade da universidade brasileira. A análise da mediação dessas orientações no quadro recente de “reconfiguração institucional”, delimitada pelo período de 1988-2010, foi feita a partir de um estudo de caso ancorado no paradigma indiciário, tomando como campo empírico ações institucionais que proclamam apologia à trilogia. Através da abordagem histórica dessas ações, apreendidas neste estudo como “ritos institucionais”, foi possível identificar a presença de disputas e hierarquias internas em torno da afirmação institucional do ensino, da pesquisa e da extensão, aspectos que incidem na organização da relação dos atores atuantes na universidade, particularmente dos gestores das unidades administrativas. O “jogo institucional” de afirmação da trilogia atribuiu relevo à extensão, vista neste estudo como fonte de mudança institucional dado o reordenamento conceitual (de extensão rural para extensão universitária), de gestão e de prática que a mesma sofre neste período. A análise empírica apontou sinais de uma universidade em processo de mudança movida por tendências em disputa sobre o sentido e direção da prática acadêmica na universidade, dinâmica que se faz prospectiva neste trabalho para se pensar a formação acadêmica no contexto de uma universidade em transformação.
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    Dinâmicas locais e atos parentais de escolha de estabelecimentos de ensino público estaduais reputados em Viçosa (MG)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-09-28) Oliveira, Leonardo Rodrigues de; Lacerda, Wânia Maria Guimarães; http://lattes.cnpq.br/6452370371459099
    Diante das transformações ocorridas nas configurações e práticas familiares e dos sistemas educativos locais faz-se necessário o esforço de compreensão das interações entre família, escola e o contexto local em que estes atores sociais se encontram. O objetivo dessa pesquisa foi compreender e interpretar as dinâmicas locais que fundamentam a constituição dos atos parentais de escolha de dois estabelecimentos de ensino públicos reputados da cidade de Viçosa (MG). Os atos parentais de escolhas por estabelecimentos de ensino foram pesquisados a partir da análise dos fluxos de estudantes entre escolas públicas de Viçosa, da análise do contexto socioespacial de residência dos estudantes e sua espacialização no município e através da análise de conteúdo aplicado em entrevistas semiestruturadas, realizadas junto a famílias que demandaram vagas em duas escolas públicas reputadas de Viçosa (MG). Os dados coletados foram analisados a partir dos pressupostos teóricos da sociologia da educação e de conceitos chave da geografia crítica. Os resultados apontam que os atos parentais de escolhas dos estabelecimentos de ensino reputados de Viçosa estão amplamente associados às características socioespaciais em que as escolas e famílias estão inseridas e à configuração e quantidade de capitais que as famílias possuem em mãos no ato de escolha do estabelecimento de ensino demandado. Os dados analisados demonstraram que as características dos bairros onde as escolas estão localizadas dentro do município interferem nas escolhas pelos estabelecimentos de ensino, intensificando a demanda pelas duas escolas pesquisadas e, ao mesmo tempo, provocando estratégias familiares de evitamento dos outros estabelecimentos de ensino públicos do município. As características dos diferentes bairros, observadas através do IDH intraurbano do município, indiciou que as escolhas estão associadas ao perfil socioeconômico dos bairros, proporcionando melhor acesso à informações sobre a oferta educacional da cidade e a formação de territórios e/ou territorialidades, que atribuem à essas escolhas um caráter de seletividade. Através das dinâmicas socioespaciais do município e do fluxo de alunos para as duas escolas pesquisadas, foi possível evidenciar a hierarquização dos estabelecimentos públicos em um contexto de interdependência competitiva, onde os dois esteblecimentos de ensino pesquisados ocupavam as posições no alto da hierarquia. Através da análise das entrevistas, observou-se que as famílias que reúnem melhores condições (econômicas, sociais e culturais) para escolher um estabelecimento de ensino se aproveitam das oportunidades disponíveis para se desviarem das designações do cadastro escolar e efetuarem suas escolhas. Aquelas famílias que não acessam os mecanismos ou não possuem recursos para decifrá-los como oportunidades, e aquelas famílias que não conseguem efetivar suas escolhas nas escolas pesquisadas, por outro lado, acabam acatando a designação do cadastro escolar.
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    A educação salesiana na cidade de Ponte Nova – Minas Gerais e a formação de professoras na Primeira República
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-18) Carvas, Giovanna Maria Abrantes; Azevedo, Denilson Santos de; http://lattes.cnpq.br/9111480960129788
    Este estudo refere-se aos resultados obtidos por meio da investigação acerca do processo histórico e educacional que possibilitou a constituição de uma cultura educacional singular na cidade de Ponte Nova – Minas Gerais, a partir da criação da Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora (ENNSA), no ano de 1896. A periodização abordada insere nosso objeto de estudo no período da Primeira República Brasileira (1889 - 1930), momento cujos eventos contribuíram para que a educação fosse vista, pelo Estado, como sinônimo de progresso e, pela Igreja, como campo fértil para ações com objetivo de garantir sua influência na sociedade. É justamente nesse contexto que ocorre a instalação da ENNSA, a partir da relação de interesses entre representantes da política local e da Igreja católica. A fim de atender aos objetivos do presente estudo realizamos uma pesquisa documental que teve como fonte de informação os registros escritos oficiais encontrados, principalmente, no arquivo interno da Instituição e que se referem, sobretudo, aos dados administrativos concernentes às matrículas e às conclusões do curso, bem como às reuniões pedagógicas e aos relatórios produzidos para fins de inspeção. A análise desse material, somada aos estudos produzidos acerca das escolas normais mineiras, nos permitiu conhecer o modelo de formação oferecido pela instituição salesiana em questão bem como aspectos relacionados à cultura da escola, que possibilitaram a formação de, aproximadamente, 640 professoras primárias durante os primeiros trinta de atuação. Em síntese, compreendemos que a Escola Normal organizava o seu currículo e desenvolvia suas práticas de maneira a garantir que a educação feminina oferecida pelas irmãs salesianas estivesse aliada aos preceitos religiosos valorizados pelas famílias católicas da época, ou seja, uma instrução atrelada ao papel “fundamental” da mulher: mãe e esposa, responsável pelo lar e pela educação dos mais jovens.