Ciências Humanas, Letras e Artes

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    Estilos de vida e aspectos reprodutivos de mulheres que já completaram 50 anos de idade, em função do tipo de trabalho realizado - Viçosa - MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-14) Santos, Anna Paula Rodrigues dos; Tinôco, Adelson Luiz Araújo
    O objetivo desta pesquisa foi caracterizar e descrever alguns aspectos do período reprodutivo, da vida social, cultural e da saúde de dois grupos distintos de mulheres da cidade de Viçosa – M.G.: mulheres que permaneceram no âmbito doméstico e mulheres que exerceram o trabalho remunerado. Para tanto, foi coletada uma amostra constituída de 214 mulheres, casadas, com filhos, que já tinham completado 50 anos de idade, fazendo-se uso, para a coleta dos dados da entrevista semi-estruturada, que obedeceu à técnica de pesquisa de campo denominada bola de neve. Buscou-se fazer uma análise temática, associada a dados quantitativos, por intermédio dos objetivos específicos, que foram: identificar os aspectos físico-biológicos, indicativos de envelhecimento, percebidos pela mulher que já completou seu período fértil; comparar diferenças no estilo de vida entre os dois grupos de mulheres, categorizadas, em termos de participação no mercado de trabalho; analisar alguns fatores reprodutivos e epidemiológicos, entre os dois grupos diferenciados de mulheres - natalidade, fecundidade, nupcialidade, dentre outros. Constatou-se, em relação à percepção do envelhecimento que a maioria das mulheres se considerava idosa a partir dos 60 anos. Fisicamente, para representar a velhice, a maioria das mulheres definiu o envelhecimento através do aparecimento das doenças, do sentimento de dependência e da inutilidade. Com relação à menopausa, grande parte das mulheres não a considerava fator determinante da velhice. Verificou-se em relação aos grupos estudados que, independente do tipo de trabalho realizado, a renda e a escolaridade eram baixas, entre 1 e 2 salários mínimos e máximo de 4 anos de estudo formal. Quanto às características reprodutivas e de saúde, independente do tipo de trabalho realizado, as mulheres, em geral, não fizeram uso do planejamento familiar, seja por falta de informações ou, provavelmente, pela inexistência de um programa eficiente de informação e controle da natalidade no período de reprodução. Observou-se que este quadro está mudando com as mulheres mais jovens, onde houve quedas quanto ao número de filhos tidos, o que levou à conclusão de que estas gerações já estavam tendo acesso a esse tipo de informação. Em relação à idade de ocorrência da menopausa em ambos os grupos, a média foi de 44 e 46 anos respectivamente; sendo que a maioria delas não fazia tratamento de reposição hormonal. Houve uma maior ocorrência de doenças do aparelho reprodutor e das glândulas mamárias no grupo de mulheres que trabalharam fora de casa. Concluiu-se que o trabalho remunerado para as mulheres não passou de uma extensão do trabalho doméstico e era realizado para ajudar a complementar a renda familiar. Que não existem grandes diferenças estatísticas entre parâmetros que diferenciem a mulher que permaneceu no âmbito doméstico com a que realizou o trabalho remunerado, isto porque os 2 grupos estudados pertencem à gerações não muito diferentes; mas mesmo diante disto, pode-se notar pequenas diferenças, mas significantes nos estilos de vida destas gerações, o que para os profissionais da área é de fundamental importância, pois, incentiva novos estudos de comparações entre outras gerações.
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    Serviços gerais e trabalho doméstico: a participação masculina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-15) Saraiva, Francisca Cruz; Botelho, Maria Izabel Vieira; http://lattes.cnpq.br/7721499074895578
    Vários estudos têm enfatizado a divisão sexual do trabalho doméstico, a relação família-trabalho interligando, assim, as esferas produtiva e reprodutiva. Entretanto, esses estudos não têm refletido a respeito das novas ocupações desempenhadas pelos homens no processo de reestruturação da atividade produtiva. Ou seja, permanece a ausência de análise sobre o significado e as implicações de atividades domésticas, tipicamente femininas, realizadas por homens então no chamado Setor de Serviços. Este estudo tem como objetivos verificar a influência do exercício de tarefas femininas por trabalhadores do sexo masculino, especialmente no que se refere às suas percepções sobre o trabalho doméstico, no seu comportamento no âmbito familiar a partir de sua experiência profissional em empresas prestadoras de serviços em Fortaleza-CE. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semi-aberta e de um questionário. A análise foi feita com base nessa entrevista e a partir dos dados distribuídos em freqüência simples. Em relação às possíveis alterações em seu comportamento no tocante ao trabalho doméstico, percebeu-se, que, apesar de realizarem praticamente as mesmas tarefas nas empresas, eles permanecem pouco participantes no trabalho exigido em suas casas. Reconhecem que realizam nas empresas um tipo de trabalho semelhante ao trabalho doméstico, valorizando-o enquanto uma atividade geradora de renda. Para eles, trata -se de um trabalho qualquer e com garantias trabalhistas que não são cumpridas em outras atividades do setor informal.
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    Identificação de barreiras arquitetônicas na percepção de idosos, Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-19) Ferreira, Eliane de Fátima; Silva, Neusa Maria da
    Esta pesquisa visou identificar a percepção dos idosos quanto a barreiras arquitetônicas em suas residências e possíveis ajustes habitacionais necessários ou já realizados, considerando-se alguns aspectos demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos. Para atingir os objetivos propostos foram feitas, como estratégia de coleta de dados, entrevistas com 50 pessoas, de idade igual ou superior a 60 anos de idade, residentes na zona urbana de Viçosa. Por tratar-se de pesquisa exploratória e pela natureza dos dados, as técnicas escolhidas, para análise destes, foram a distribuição de freqüência simples e a análise das porcentagens. Os dados indicaram que os idosos, em sua maioria, eram do sexo feminino, com idade média de 72 anos; moravam acompanhados; possuíam nível de escolaridade correspondente ao ensino fundamental completo; eram aposentados e recebiam rendimentos inferiores a três salários mínimos. Quase todos moravam, havia mais de 15 anos, em casas próprias. A maioria apresentava algum tipo de patologia, como a hipertensão arterial, o diabetes, a artrite e a artrose, associada à deficiência visual e auditiva. Em relação aos acidentes domésticos que ocorreram nos últimos cinco anos, verifica-se que 16 idosos sofreram algum tipo de acidente, sendo a queda o mais citado, resultando em fraturas de 11 idosos. Dentre as barreiras arquitetônicas mais comuns, o maior problema estava no piso, por ser este escorregadio e, ou, apresentar desnível. No banheiro, os idosos citaram da altura inadequada do vaso sanitário e a dificuldade no manuseio das torneiras. Esta última dificuldade foi constatada também na cozinha, além da posição inadequada do fogão e da altura da pia. No quarto, os interruptores situados distantes da cabeceira da cama e a altura inadequada da cama foram as principais barreiras citadas, enquanto na sala, as janelas e maçanetas, de difícil manuseio, também foram apontadas. A área externa da residência foi o local que apresentou o maior índice percentual de barreiras arquitetônicas, em razão da existência de escadas. Quase a metade dos idosos havia realizado reformas, sendo as mais comuns a troca de piso e a pintura nas paredes. Ao mesmo tempo, a outra metade da amostra pretendia fazer algum tipo de ajuste na residência, enquanto a maioria dos idosos não pretendia fazê-lo. Portanto, apesar de os idosos constataram as barreiras arquitetônicas em todos os cômodos analisados, todos os ajustes, tanto os já efetuados quanto os a serem efetuados, não foram e nem serão realizados para melhor atender às necessidades dos idosos, já que o principal motivo destes era a estética, com vistas na manutenção das residências.
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    Atividade lúdica e a criança hospitalizada: um estudo na pediatria do Hospital São Sebastião, em Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-05-16) Cardoso, Luciana Machado Fiel; Marques, Marques
    Baseado nos estudos de Wong e em um referencial sociointeracionista-construtivista, oriundos das idéias de Wallon, Winnicott, Vygostki e Piaget, desenvolveu-se uma metodologia de estudo para investigar a relação da criança com as atividades lúdicas desenvolvidas em ambiente hospitalar. A permanência da criança em um ambiente desconhecido, a doença física e a dor fazem parte da rotina da criança hospitalizada, gerando uma situação estressante. As crianças durante os primeiros anos de vida possuem um número limitado de mecanismos de comportamento para resolver os eventos que lhes causam estresse. Em certos casos, há, inclusive, o risco de ocorrer sério comprometimento do seu desenvolvimento integral, com o desencadeamento de problemas emocionais, que se manifestam por meio de comportamentos como: rejeição aos remédios e ao tratamento, regressão emocional, problemas alimentares, distúrbios de sono, regressão esfincteriana, estados depressivos ou até mesmo distúrbios de conduta, que podem perdurar por muitos anos. Atualmente, uma das formas mais valorizadas para amenizar esses problemas é a realização de programas de familiarização de hospitais, por meio de atividades lúdicas, que partem do reconhecimento da criança hospitalizada como uma pessoa integral, inserida num contexto familiar, social e cultural e que, por isso, deve ser atendida também do ponto de vista afetivo/emocional, o que estimulará a continuidade de seu desenvolvimento. Através de brincadeiras, brinquedos e jogos, as potencialidades e a afetividade das crianças se harmonizam. A amostra desta pesquisa foi constituída de 20 crianças hospitalizadas, na faixa etária de 2 anos e 6 meses a 6 anos, cujas causas da internação lhes permitiram participar do programa de atividades lúdicas do hospital. Foram elaborados questionários, roteiros de entrevistas e fichas de observações para cada objetivo específico. O comportamento da criança na rotina hospitalar, bem como durante as atividades lúdicas, foi registrado minuciosamente por pesquisadores treinados. Para isso, foram analisados os prontuários médicos, juntamente com as fichas de identificação das crianças; observados os comportamentos das crianças na rotina diária; registradas as atividades na área de brinquedo dramático e a aplicação de uma atividade sobre a autopercepção das crianças antes e depois das atividades lúdicas; além de visitas domiciliares após a hospitalização. Os resultados indicam que a metodologia de coleta de dados escolhida para analisar o comportamento das crianças hospitalizadas foi adequada, uma vez que os dados obtidos por meio das planilhas referentes ao comportamento delas nos eventos foram consistentes, ou seja: evidenciaram que as atividades lúdicas no hospital auxiliam na recuperação da criança doente, permitindo a interiorização e a expressão da vivência dessa criança por meio do jogo, o que lhe dá condições para elaborar a sua vivência e enfrentar, sem estresse e traumas, a realidade da hospitalização; reduziram o tempo de internação hospitalar; e aumentaram, conseqüentemente, a rotatividade dos leitos.
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    Dupla jornada da mulher e qualidade de vida: a influência do nível socioeconômico nas estratégias de conciliação entre o tempo laboral e o tempo familiar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-09-20) Ladeira, Kátia de Freitas; Loreto, Maria das Dores Saraiva de
    A intensa participação da mulher no espaço público, com possibilidades incontestáveis de inserção no mercado de trabalho, tem provocado um custo no desenvolvimento de sua vida cotidiana, em virtude dos conflitos que surgem na conciliação do tempo laboral e familiar. Ou seja, à medida que a mulher assume responsabilidades extra-familiares, intensifica-se a ocorrência do fenômeno da dupla jornada de trabalho, diante da existência dos papéis e das prescrições sociais sexistas. A partir daí, tornam-se importantes os estudos que visem analisar esse vínculo trabalho/família, avaliando suas inter-relações e identificando suas contradições, a fim de gerar conhecimentos aplicáveis à melhoria do ambiente laboral e familiar da mulher trabalhadora. Nessa perspectiva, esta pesquisa examinou o padrão e a contribuição do trabalho feminino em três aspectos dimensionais: trabalho, trabalhador e ambiente de trabalho, como também suas estratégias de conciliação do uso do tempo e seus possíveis efeitos sobre a qualidade de vida. Fizeram parte do universo da pesquisa mulheres contratadas pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, de diferentes níveis sociais, das quais 103 participaram da amostra, tendo sido submetidas a entrevistas por meio de questionários. Os resultados mostraram que todas as mulheres assumiam uma dupla jornada de trabalho, variando apenas sua intensidade. No caso das mulheres do nível de apoio e parte do intermediário, as responsabilidades na execução do trabalho doméstico eram quase que totais, enquanto as entrevistadas que tinham o nível superior transferiam para a empregada doméstica esse trabalho, o que contribui para reforçar o preconceito de que trabalho doméstico é “coisa” de mulher. Outro aspecto identificado foi que as mulheres que tinham o nível superior estendiam o trabalho profissional para o âmbito doméstico, tendo sido questionado se esse tempo estaria ou não implicando uma tripla jornada de trabalho. Do ponto de vista estatístico, as variáveis que tiveram maior associação com a dupla jornada estavam relacionadas com o perfil pessoal e familiar, o ambiente de trabalho e a qualidade de vida das mulheres entrevistadas. Para reduzir a ação dos fatores negativamente associados com a dupla jornada de trabalho, torna-se necessária a adoção de mecanismos interdisciplinares, de acordo com as características e relações do grupo familiar, para um equilíbrio mais eqüitativo de gênero na reprodução social. Tudo isto conjugado com jornadas de trabalho mais flexíveis, salários dignos, eficiente rede de serviços de apoio à unidade familiar, oportunidades de lazer cultural e comunitário, visando o fortalecimento dos vínculos e da comunicação intra e extra familiar, bem como a redução dos fatores de tensão, conflitos/estresse, de forma a promover o capital social, para que a emancipação da mulher não seja contrária à melhoria da qualidade de vida da família.
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    A educação infantil como um direito da criança e da família: um estudo sobre o atendimento a crianças na faixa etária de 0 a 3 anos em creches públicas no município de Aracaju-SE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-17) Costa, Rosilene Silva Santos da; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/3386596534328164
    Os principais objetivos deste estudo foram conhecer e analisar as motivações e as expectativas das famílias de crianças usuárias de creches públicas da cidade de Aracaju, assim como as metas institucionais e as práticas educativas desenvolvidas nestas instituições, procurando identificar em que medida os objetivos e o funcionamento das instituições correspondem a uma visão da creche como espaço de políticas assistencialistas ou de políticas educacionais mais amplas. Dentro desta perspectiva, foram analisadas questões norteadoras como: o atendimento nas creches vem assumindo um caráter educativo ou ainda está predominantemente marcado pelo assistencialismo? Qual é a proposta pedagógica deste trabalho? Quais os objetivos dos programas? De que forma as políticas adotadas nas creches podem superar o caráter assistencialista, passando a ser entendida como um direito da criança e da família? Como se dá a participação das famílias no programa? As famílias procuram na creche a guarda das crianças e os cuidados quanto à higiene e alimentação, ou visam o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social de suas crianças? Os procedimentos metodológicos utilizados para a investigação foram análises documentais, observação não-participativa nas creches e realização de entrevistas semi-estruturadas com pessoas que estão envolvidas com o programa de creches municipais em Aracaju-SE (coordenadora, diretores, chefe de divisão, pedagogas, assistente social, recreadora e crecheiras) e com as mães das crianças ali matriculadas. Neste contexto, os dados foram submetidos a análises tabulares. Os resultados mostraram que o atendimento nas creches em estudo possui característica eminentemente assistencialista e que as atividades de cunho socioeducativo são praticamente inexistentes. O cotidiano das creches evidencia não somente uma atitude de alheamento em relação à função educativa que hoje a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) exige destas instituições, como também a incapacidade de cumprir de maneira adequada até mesmo as funções tradicionais de guarda e cuidados básicos com as crianças. Por outro lado, nas creches estudadas foram encontrados problemas decorrentes de baixos salários, deficiência de pessoal qualificado e falta de infra-estrutura, o que dificulta o cumprimento das funções que essas instituições se destinam. As conclusões do estudo confirmam que, no Brasil, apesar dos avanços verificados nos estudos relativos ao processo de desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos e da legislação educacional em vigor, ainda predomina, tanto nas famílias usuárias, quanto no ambiente dos técnicos e especialistas atuantes nas creches, como também em nível dos setores da administração pública por elas responsáveis, a percepção destas como espaço assistencial, cuja responsabilidade maior é a guarda das crianças e, complementarmente, a compensação de algumas carências, principalmente nutricionais, impostas pela situação socioeconômica de suas famílias.
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    O menor infrator na comarca de Viçosa-MG: família, instituições e sociedade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-12) Oliveira, Áurea Alice Campos; Coelho, France Maria Gontijo
    Este estudo objetivou tipificar o perfil socioeconômico, o padrão das relações familiares e a trajetória de vida dos menores infratores de Viçosa, procurando identificar em que medida esses menores se ajustam ao perfil tradicional de “menor infrator”, que associa pobreza à marginalidade e à desestruturação familiar, típico de grandes centros urbanos. Foi feita uma pesquisa documental nos arquivos do Fórum da Comarca de Viçosa, para identificação dos processos com menores infratores e seus endereços, compreendidos entre 1990 e 1999. Foi aplicado um questionário a uma amostra de menores e às suas famílias. As análises foram feitas sobre o perfil do menor infrator, o perfil familiar e sobre as relações familiares e sociais do menor e sua percepção de mundo. Assim, o perfil do menor infrator de Viçosa aproxima-se do menor infrator dos grandes centros quanto à origem social, pois ambos são oriundos de classes sociais pobres, mas não exclusivamente quanto à desestruturação familiar e alguns aspectos. No entanto, distancia-se daquele perfil, na medida em que não são “meninos de rua”, têm a família como referência, têm boas expectativas de futuro e conhecem o significado da idéia de solidariedade. O alarme social da questão da infração do menor é preocupante, bem como a situação da inadequação do quadro institucional da assistência e do apoio, não só em Viçosa, mas em todo o País.
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    A atuação do SENAR no município de São Geraldo - MG: uma análise das conseqüências da delimitação entre o rural e o urbano
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-28) Gomes, Silvane Guimarães Silva; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://lattes.cnpq.br/8587405395381596
    Este trabalho teve como objetivo analisar a pertinência dos critérios de seleção dos participantes dos cursos e treinamentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), num espaço que pode ser considerado "cidade rural". A pesquisa foi realizada em São Geraldo-MG, um pequeno município com uma população total de 7.716 habitantes. A pesquisa de campo seguiu a abordagem qualitativa, sendo utilizada a entrevista semiestruturada para coleta de dados e técnicas de análise de conteúdo para tratamento dos mesmos. Foram entrevistados 22 participantes dos cursos de Transformação Caseira de Produtos de Origem Animal em Embutidos e Defumados, Produção de Derivados do Leite e Produção de Conservas Vegetais, Compotas, Frutas Cristalizadas e Desidratados. O referencial teórico foi construído a partir do pensamento de autores contemporâneos, que foram trazidos à reflexão com o intuito de se buscar compreender que o espaço rural deixa de ser um espaço exclusivamente agrícola, porque novas ocupações econômicas emergem desse espaço, através de um produtor rural pluriativo que combina a atividade agrícola com a não-agrícola, dentro e,ou fora da propriedade, para complementar a renda familiar e gerar ocupação para os membros da família. A pesquisa revelou que muitas pessoas inscritas que exerciam atividades que se "enquadravam" no perfil de rural exigido pelo SENAR, não se encontravam no espaço dito rural, e sim dentro do perímetro urbano de São Geraldo. Revelou ainda que nem sempre a ocupação desse participante no curso estava de acordo com o descrito na ficha de inscrição que é enviada para o SENAR. Os resultados da pesquisa mostraram que são reais as dificuldades encontradas pelos participantes dos cursos para colocar em prática os ensinamentos veiculados. As limitações de ordem financeira foram freqüentemente citadas, juntamente com as dificuldades de ordem estrutural. Ambas as questões apontaram para a necessidade de o SENAR buscar conhecer as razões práticas e o "sistema cognitivo" que fundamentam a mentalidade e as práticas dos moradores de cidades rurais, como São Geraldo.
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    Análise da administração de uma cooperativa de costureiras por meio da Gestão Participativa de Projetos (GPP) - Carmo da Mata/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-28) Castro, Eloísia Maria Canuto de; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://lattes.cnpq.br/4302141420221767
    Esta pesquisa se constituiu um estudo de caso, com o objetivo de analisar o processo da gestão de uma cooperativa formada por costureiras do Município de Carmo da Mata, MG, para compreender os mecanismos sociais, econômicos e políticos utilizados na inserção e permanência no mercado capitalista, utilizando-se do método de Gestão Participativa de Projetos GPP. Para obtenção dos dados do estudo, foi utilizado o método GPP, que é uma técnica de descrição, planejamento, monitoramento e avaliação de pequenos projetos coletivos autogestionados de produção, agregação de valor e comercialização. Verificou-se, através da aplicação do método GPP, que um dos principais fatores de insucesso da cooperativa estava no processo de gestão da mesma. As dificuldades gestoras envolviam as áreas de mercado, produção, organização e parcerias. Os resultados mostram que a xvcooperativa vivencia uma situação de parcerias favorável, mas aquém do necessário. Sua organização é considerada boa, mas também não é a desejada, e o produto fruto de sua produção não é competitivo no mercado, sendo necessário envidar esforços para modificar esta situação de produção, com vistas a atender o mercado demandante. Pelos estudos realizados, conclui-se que a cooperativa ainda não possui características ideais para se tornar auto-sustentável. Acredita-se que os dados conseguidos neste estudo possam ser úteis para novas reflexões sobre o cooperativismo; e contribuir para conscientizar a sociedade de que o mesmo surge como uma opção de inserção no mercado de trabalho e renda de uma camada social à margem do acesso a este; e também pode contribuir para o desenvolvimento do país.
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    Influência da propaganda de produtos e serviços para adultos sobre o telespectador infantil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-10) Rodrigues, Edilene Cristina; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/7044471407622233
    A propaganda é um dos instrumentos de comunicação que exercem forte influência nas crianças, já que muitas vezes explora os desejos infantis, fixando valores materialistas e estimulando a idéia de que a posse de bens traz felicidade e realizações. Exerce ainda grande influência sobre as atitudes, divulga determinados padrões de comportamento e estilos de vida além, é claro, dos apelos de consumo, muitas vezes abusivos, que não consideram sua falta de experiência e se aproveitam de sua credulidade. As crianças não assistem somente a programas destinados a elas, mas principalmente a programas destinados aos adultos, indicando, com isso, gostar mais da publicidade destinada aos adultos do que daquelas que lhe são destinadas, o que tem conduzido a publicidade a utilizar personagens infantis. Sendo assim, buscou-se com o presente trabalho investigar as respostas em nível de conhecimento, atitudinais e comportamentais de crianças de 9 a 10 anos de idade aos comerciais de produtos e serviços para adultos, veiculados pela televisão. O trabalho baseou-se no modelo de socialização do consumidor, sendo este um processo de aprendizagem de competências, conhecimentos e atitudes relacionadas com o consumo. A pesquisa foi estruturada em duas fases: a primeira fase foi composta de entrevistas semi-estruturadas realizadas com 66 crianças da quarta série do ensino fundamental, oriundas das 4 escolas que participaram do estudo (2 públicas e 2 privadas); a segunda constou de uma observação participativa durante a exibição de um vídeo gravado com 11 propagandas previamente escolhidas e mostradas a 8 crianças. Dentre as principais conclusões, constatou- se que as crianças, além de irem à escola regularmente, possuem outras atividades regulares e de lazer, entre elas assistir à televisão. Quanto ao conhecimento, as crianças conhecem os produtos/marcas e serviços anunciados para adultos, principalmente aqueles em que aparece uma criança ou artista participando, bem como aqueles anúncios humorísticos, com slogans e jingles de fácil memorização. Em relação às atitudes, as crianças mostraram ter predisposições favoráveis em relação às propagandas de produtos e serviços para adultos. Em se tratando da intenção comportamental de consumo, notou-se que esta intenção está muito ligada ao poder aquisitivo das famílias, sendo as crianças das escolas públicas as que fazem mais pedidos. Observou-se que os produtos pedidos também variam de modo significativo entre as crianças de escolas públicas e crianças de escolas privadas. É fundamental ressaltar a importância e a necessidade de educadores e pais orientarem as crianças sobre as intenções e os objetivos das propagandas de produtos e serviços para adultos veiculados pela televisão, já que possuem aspectos positivos e negativos, dependendo de como essas propagandas são utilizadas e compreendidas pelas crianças.