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    A representação de família e acolhimento para os adolescentes institucionalizados: um estudo de caso da Aldeia Infantil SOS
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-09-28) Firmino, Adriana Cristina; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/2914614356355561
    Nesta pesquisa, investigaram-se quais são a vivência e expectativa dos adolescentes em medida de proteção institucional na Aldeia Infantil SOS na perspectiva do direito à convivência familiar e comunitária. Especificamente, os objetivos foram: identificar as representações que os adolescentes têm sobre o cuidador/educador de referência (Mãe Social) e as relações entre os acolhidos e esse profissional; identificar as representações dos adolescentes em relação à convivência familiar e comunitária durante o período de institucionalização; delinear a trajetória dos adolescentes acolhidos na Aldeia Infantil SOS; e relacionar aos significados atribuídos ao acolhimento institucional. O campo empírico foi na Aldeia Infantil SOS, que atua na modalidade Casa Lar, devendo estar submetido a todas as determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e às Orientações Técnicas de Serviço de Acolhimento para Crianças e Adolescente, atendendo a crianças e adolescentes na faixa etária de 0 a 18 anos. O profissional, denominado cuidador/residente (Mãe Social), é o responsável pelos cuidados e proteção de todos os acolhidos. A amostra foi constituída por 11 adolescentes entre 13 e 15 anos de idade. A metodologia utilizada foi o suporte teórico método clínico piagetiano proposto por Deval, que tem como proposta investigar as tendências do pensamento dos adolescentes, isto é, como pensam, sentem, agem e percebem o entorno à sua volta.Os resultados apontaram para o fato de que a vivência e expectativa dos sujeitos pesquisados mostraram que, mesmo tendo o cuidador/residente como referência de alguém que provê os cuidados, é para o seio familiar que desejam retornar, seja na família de origem, seja na família substituta. Assim, o ECA destaca que, quando esgotadas todas as possibilidades de inserir esse público na família de origem, todos os esforços devem ser mantidos para que o interesse das crianças e adolescentes tenha prevalência. Contudo, conclui-se: para que a convivência familiar e comunitária seja de fato garantida, os adolescentes pesquisados dependerão de vários fatores, entre eles um acompanhamento sistemático às famílias que têm seus filhos em serviço de acolhimento, uma vez que, para cuidar, precisam ser cuidadas, tendo acesso às políticas públicas e direito a voz, para que a história dosadolescentes não seja construída pelos valores, experiências e aprendizagem dos adultos nos processos de decisões dos procedimentos familiares e institucionais. Além disso, a convivência familiar é necessária, colocando-a como prioridade na luta contra o abandono, a negligência, buscando entender como as famílias desses adolescentes produzem os sentimentos de incompetências por não terem “condições” de cuidar dos seus filhos, vítimas da falta de acesso à moradia, saúde, emprego, entre outros. Por isso, torna-se necessário aprofundar os diferentes contextos da história dessas famílias, buscando entender como reproduzem a denominação de famílias “desestruturadas” e “incapazes” de prover os cuidados e proteção a seus filhos.