Ciências Humanas, Letras e Artes
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Item Análise da eficácia do centro de referência da assistência social (CRAS) para a redução da vulnerabilidade social de famílias do Município de Belo Horizonte, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2010-11-29) Sampaio, Jacqueline Fonseca; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Ferreira, Marco Aurélio Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230Y0; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/6728702767018670; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Andrade, Viviane Delfino Albuquerque; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791117H1As mudanças demográficas e as transformações nas estruturas econômicas e nas instituições têm exercido pressão para a melhoria dos programas e serviços da Assistência Social. Ou seja, a emergência de novos grupos demandatários de direitos, novas necessidades, demandas e novos riscos exigem remodelagens nos padrões das políticas sociais, reposicionando o Estado e a família nesse processo. A Política Nacional de Assistência Social, instituída em 2004, definiu a assistência social como política de direito, firmando um compromisso entre os três entes federativos com uma nova concepção política capaz de viabilizar ações descentralizadas, por meio de uma gestão democrática. Nota-se, contudo, que a realidade prática nem sempre é condizente com o discurso da política. Nesse sentido, esta pesquisa consistiu em verificar a eficácia do Centro de Referência da Assistência Social CRAS no processo de redução das vulnerabilidades e contribuição para a inclusão social de famílias do Município de Belo Horizonte, MG, por meio da análise das atividades desenvolvidas no Centro. Especificamente, objetivou-se examinar a adequação dos objetivos, metas e ações do CRAS, em relação às orientações técnicas do governo federal, identificando as redes socioassistenciais de apoio ao seu funcionamento e atendimento às famílias, considerando o perfil socioeconômico das mesmas e o seu grau de vulnerabilidade social. Para tanto, fez-se uso de pesquisas documentais e bibliográficas, além de entrevista semiestruturada com os coordenadores de CRAS. A análise dos dados deu-se por meio da estatística descritiva, enquanto os dados coletados nas entrevistas foram submetidos à análise das falas. Constatou-se que não há adequação dos objetivos, metas e ações dos CRAS pesquisados em Belo Horizonte, em relação às orientações técnicas do governo federal. Limitações, como estrutura física inadequada, recursos materiais insuficientes para a escuta e acompanhamento das famílias, abrangência do território, como unidade de intervenção e deficiência na composição da equipe mínima necessária ao seu atendimento, têm conduzido a ações emergenciais, sem efetiva prática da intersetorialidade e, portanto, da integração das redes socioassistenciais na solução dos problemas sociais. O Índice de Organização Familiar, utilizado para dimensionar a vulnerabilidade social, apresenta limitações, pela diversidade de arranjos familiares e por não retratar os processos e trajetórias de exclusão social, em uma perspectiva dinâmica e multidimensional. As principais vulnerabilidades das famílias referiam-se a disponibilidade de recursos e acesso ao conhecimento, tendo sido o atendimento do CRAS associado principalmente a encaminhamentos para as áreas de assistência social (doação de cesta básica) sem um contato posterior para verificar a sua efetivação. Além disso, o número de famílias que recebem o atendimento e consequente encaminhamento é bem menor que o número de famílias cadastradas no serviço. Nesse sentido, apesar do aspecto inovador do desenho organizacional da política de assistência social, o reduzido investimento na área e a fragilidade dos serviços socioassistenciais têm levado ao desenvolvimento de ações pontuais e descontínuas, mediante práticas assistencialistas, incapazes de atender plenamente às contingências e situações concretas de vulnerabilidade e, portanto, de promover a universalização dos direitos socioassistenciais da cidadania.Item Os arranjos produtivos locais e seus reflexos na família de micro e pequenos confeccionistas de Ubá/MG e microrregião(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-30) Teixeira, Débora Pires; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Lírio, Viviani Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763739E6; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/2910697556921693; Andrade, Viviane Delfino Albuquerque; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791117H1; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4The local productive arrangements (LPA) became one of the main policies local and regional development in Brazil, due to their ability to create processes of evolution of society, and result in economic and social development, inclusion and better life quality of the involved people. This study aimed to analyze the impact of LPA clothing from Ubá microregion on the studied businessmen families. This research consisted of two phases: in the first one the LPA foundation process was characterized, with the evaluation of the first three years of the arrangement operation (2005-2007). LPA managers were interviewed, a sample of 20 clothing workers, which was divided into two groups according to the degree of participation in the arrangement actions (attendance): group A, with a high degree of participation and involvement with LPA; and group B (control), with low degree of participation and involvement with LPA. In the second phase, the goal was to know the degree of involvement of the clothing workers in the LPA, to characterize the clothing and the businessmen families and to investigate the LPA consequences on both environments. In general, most of the actions proposed by the Action Plan in 2005 was held until 2007. Clothing workers of group A showed higher level of involvement with LPA, with greater awareness of the Plan of Action, and were more present in the arrangement actions as compared to the group B. Most of the industries are micro or small businesses, averaged 15 years, manufacture parts based on the "jeans" and their production is targeted to adult consumers. The participation of clothing workers in LPA improved the clothing business, such as structure and layout of the firms, access to credit, product quality, HR management, finance, employee training, and relationship with the network business and energy efficiency. Businessmen of group A observed greater improvement in their businesses. In the family clothing worker characterization, the sample was predominantly classified as a model nuclear family, with male heads, with 3.7 persons / home, 1.9 children per family and average monthly family income of R$5,450. LPA impact on the families were higher in the group A, and the changes in the domestic production system; stay in the work and family times; family budget arrangement; living with the family; and life consumption and quality were the factors that stood out. The degree of participation of clothing worker in LAP is directly linked to the clothing productive sector and the clothing worker family.Item Artesanato têxtil em Venda Nova do Imigrante: práticas, significados e memórias(Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-27) Bossatto, Leilane Rigoni; Reis, Lílian Perdigão Caixêta; http://lattes.cnpq.br/2710436780723053; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/0683184684556712; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/2022876282345858; Oliveira, Maria das Dores Rodrigues de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4263912H1Entre as formas de perpetuar as tradições de um povo tem-se a produção do artesanato característico das comunidades. Este se apropria de elementos que constituem a cultura material e imaterial se valendo de cores e formas das paisagens locais, do patrimônio histórico, da arquitetura típica, das lendas e festas populares. Geralmente, tem como características a beleza, a utilidade e a arte. Além de ser uma atividade produtiva, é também um meio de expressão cultural do homem. A relevância deste estudo pautou-se na inserção feminina neste contexto, em que a literatura apresenta e debate a expressiva participação das mulheres, as quais são proporcionadas significativas mudanças no âmbito econômico familiar, revelando como novas opções de geração de emprego e renda para o meio rural. No entanto, deixam-se algumas lacunas referentes à entrada feminina nas atividades artesanais, deste modo, atentou-se no que tange às motivações e percepções das artesãs para seu envolvimento no processo laboral. O trabalho busca analisar os sentidos e os significados conferidos ao artesanato na vida das mulheres, de contexto rural, e compreender as motivações para a realização dos mesmos. Objetivou- se examinar a percepção das artesãs quanto ao que a produção artesanal tem propiciado em suas relações, no âmbito social e cultural, no município de Venda Nova do Imigrante-ES. Esta pesquisa tem caráter qualitativo numa abordagem descritiva e exploratória, uma vez que, procurou caracterizar e compreender o sujeito deste estudo as mulheres artesãs. O percurso metodológico consistiu em entrevistas narrativas, aplicadas às artesãs do município, com o suporte de outros recursos utilizados na construção dos dados, tais como: diário de campo, gravação e fotografia. Os dados obtidos foram transcritos e submetidos à análise de conteúdo. Constatou-se que, Venda Nova do Imigrante-ES ainda preserva muitos elementos característicos da cultura no tempo da colonização. Os dados evidenciaram que o artesanato não é executado com função de geração de renda, mas como realização pessoal do grupo pesquisado. O envolvimento no processo laboral abarca outras motivações como: forma de manutenção das tradições, lazer, relacionamento interpessoal, terapia, diversão dentre outras razões. Portanto, o artesanato foi identificado como uma herança cultural, como atividade que traz consigo sentidos muito subjetivos, com influencia direta na melhoria da qualidade de vida.Item Avaliação de egressos de um programa de ação formativa para Promoção Social de famílias rurais(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-26) Oliveira, Maria das Dores Rodrigues de; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788186D2; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4263912H1; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Andrade, Viviane Delfino Albuquerque; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791117H1A pesquisa apresentada nessa dissertação consistiu numa avaliação de egressos de um programa de capacitação com vistas à promoção social de famílias rurais, na eminência de estimar as mudanças, possivelmente decorrentes das atividades educativas, a partir da análise de suas experiências cotidianas, nos contextos da vida pessoal, familiar e profissional, relativas ao trabalho artesanal. Partiu-se do pressuposto de que os desafios e necessidades enfrentados pela área de educação, no início do século XXI, decorrem de transformações sociais e culturais geradas pela revolução tecnológica e pela globalização. A superação do círculo da pobreza e a viabilização da inclusão social de diferentes segmentos da população, para uma sociedade mais justa e igualitária, supõem políticas de educação formal, não-formal e informal capazes de gerar mudanças na economia, na sociedade e no mundo do trabalho. Ao complementar o ciclo de implementação destas políticas, a avaliação dos resultados das atividades formativas constitui elemento-chave para subsidiar a emissão de juízos e instrumentalizar tomadas de decisões. A relevância social e científica desta proposta de investigação reside na geração de subsídios para as organizações dos sistemas de formação, no sentido de avaliar a aplicabilidade de seus programas e deliberar conscientemente sobre o prosseguimento e/ou redirecionamento de suas atividades educativas de cunho social. A análise reflexiva das experiências dos sujeitos, em conformidade com as proposições teóricas, fez uso do modelo de avaliação proposto por Donald Kirkpatrick, considerando os níveis e as implicações da avaliação e incluiu abordagens das categorias: educação, avaliação e trabalho com o artesanato têxtil. O delineamento contemplou a caracterização do público, motivações e aplicação de competências, supostamente adquiridas em treinamentos dirigidos a um segmento do público alvo do SENAR Minas, constituído de familiares de produtores e trabalhadores rurais, residentes nas Microrregiões da Mata de Ubá e de Juiz de Fora. A partir de pesquisa documental, utilizou-se uma amostra de doze grupos de egressos, treinados em 2005. Uma subamostra de três grupos apresentou evidências de atitudes, comportamentos, opiniões e percepções, acerca de experiências pós-treinamento, vivenciadas nas diferentes atividades do artesanato têxtil. No trabalho de campo, identificou-se a realidade concreta do treinado, com abordagem qualitativa e quantitativa, após um tempo mínimo de seis meses de finalização do treinamento. A técnica de entrevista focalizada em grupos ou grupo focal foi adaptada e testada para obtenção e/ou construção de dados envolvendo grupos de treinados. Os resultados evidenciaram elevação da autoestima, bem como da autoconfiança do egresso quanto à qualidade na produção das peças do artesanato têxtil, e quanto à utilização e conservação de materiais, utensílios e equipamentos de produção. Identificou-se comprometimento do treinado em utilizar racionalmente os recursos ambientais, preservar o meio ambiente e cumprir seus direitos e deveres no consumo de artigos têxteis. Constatou-se melhoria da capacidade gerencial em termos de planejamento e organização do trabalho, redução de custos e estabelecimento de metas para empreendimentos futuros. Tais resultados mostraram-se coerentes com os objetivos de promoção social do programa, uma vez que apontaram para a existência de uma relação positiva entre o treinamento e as mudanças na vida pessoal, social, profissional e familiar dos treinados, em decorrência da capacidade produtiva e da integração social e familiar. Constatou-se que o desenho metodológico para avaliações de programas educativos que visam à promoção social, envolvendo grupos de treinados, foi economicamente viável e permitiu identificar mudanças concretas, na realidade dos treinados.Item Câncer: repercussões na família e a humanização em uma Casa de Apoio na perspectiva dos cuidadores(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-09) Magalhães, Cibelle Aparecida Cota; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/2022876282345858; Nehmy, Rosa Maria Quadros; http://lattes.cnpq.br/6053572851848727; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/1491471288550832; Siqueira-batista, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/7992589011048146A presente pesquisa foi baseada nos pressupostos de que a doença de um dos membros familiares pode influenciar e alterar, positivamente ou negativamente, a organização e a estrutura familiar; e de que a humanização e o trabalho voluntário são importantes em instituições de saúde, principalmente daquelas especializadas em tratamentos oncológicos. Neste sentido, objetivou-se analisar, na perspectiva dos cuidadores de pacientes oncológicos, a repercussão do câncer na família e a humanização, a vivência e o trabalho voluntário em uma Casa de Apoio a pacientes com câncer localizada em Muriaé MG. Para tanto, realizou-se um estudo de caso numa abordagem qualitativa, de natureza descritiva cuja amostra foi constituída por vinte e dois cuidadores, uma coordenadora e três voluntárias. O método de coleta de dados utilizado nessa pesquisa foi a entrevista semi-estruturada e o método utilizado para análises dos dados foi a Análise de Conteúdo. As análises das entrevistas semiestruturadas foram realizadas mediante categorias temáticas previamente definidas a partir de indicadores empíricos e teóricos, tendo em vista os objetivos propostos para essa pesquisa. Foram três as categorias temáticas: A família e o câncer , A humanização na Casa de Apoio e A Vivência na Casa de Apoio . Algumas dessas categorias foram subdivididas em subcategorias e essas em temas. Além dessas categorias, analisou-se também a Casa de Apoio quanto à estrutura física, finalidade, funcionamento, equipe de trabalho e voluntariado; e caracterizou-se a população do estudo nos aspectos socioeconômicos e culturais. Constatou-se que a família, vista como um sistema, é influenciada e alterada quando um de seus membros é acometido pelo câncer. Quanto à Casa de Apoio, pode-se dizer que ela é essencial para continuidade do tratamento dos pacientes oncológicos e que coloca em prática muitos dos pressupostos da humanização. Entretanto, notou-se a necessidade de revisão da comunicação profissional-usuários. Em relação ao voluntariado, percebeu-se que esse se faz importante no cotidiano da Casa de Apoio, mas que necessita de uma coordenação específica. Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados satisfatoriamente e que essa pesquisa poderá contribuir para a ampliação das discussões sobre a família no processo saúde-doença e sua interface com as instituições de saúde e suas novas configurações de atendimento e acolhimento a partir da humanização e do voluntariado.Item Capital humano, oportunidades de trabalho e incentivos públicos: motivações e decisões da família quanto ao investimento em ensino superior(Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-08) Rodrigues, Joelma Castro; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Noronha, José Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/7377162407855190; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/0011570695734284; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Deus, Maria Alba Pereira de; http://lattes.cnpq.br/9860141898522353A pesquisa apresentada nessa dissertação, constituiu-se de um estudo que tem como embasamento teórico a teoria do Capital Humano, segundo a qual, quanto mais alta a escolaridade de um indivíduo, mais altos são os seus rendimentos salariais. Porém, no Brasil, onde significativa parte da população é classificada como pobre, há menos ativos públicos destinados ao investimento em Capital Humano, fazendo com que as economias das famílias tornem-se a maior fonte de investimento em Educação, principalmente quando se analisa a questão do ensino superior. Assim, buscou-se analisar a questão do investimento na educação superior, considerando a atual situação da educação de jovens no Brasil, partindo-se de dados que apontaram para, quanto mais atraentes as alternativas de trabalho para os indivíduos em idade de estudar, menos atrativos são os estudos e menor é o investimento em educação. A pesquisa foi realizada no município de Córrego Fundo-MG, que tem sua economia baseada em atividades de extração e beneficiamento do minério cal. O processo decisório das famílias do referido município foi analisado no que concerne ao investimento em capital humano, considerando as políticas públicas locais de incentivo ao investimento em ensino superior. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo, quanti-qualitativo, de cunho longitudinal, que partiu da análise de documentos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação de Córrego Fundo e pela Secretaria Acadêmica do Centro Universitário de Formiga UNIFOR/MG, relativos aos anos de 1995 a 2009. Além da análise documental, foram aplicados questionários, tendo sido os mesmos aplicados a jovens que se matricularam e a jovens que não se matricularam na educação superior no período de tempo delimitado para o estudo. Com este instrumento buscou-se analisar o contexto sócio-cultural e econômico em que estavam inseridos os participantes, bem como a situação acadêmica daqueles que se matricularam no ensino superior. A amostra foi selecionada com base no número de novas matrículas a cada ano, para os jovens que cursaram ensino superior. Para os jovens não matriculados, a amostra foi calculada em número compatível com o de matrículas, visto que foi feita uma análise comparativa. Buscou-se analisar o processo decisório das famílias do município, em dois períodos distintos: antes e depois da existência do incentivo financeiro oferecido pela prefeitura municipal para os matriculados no ensino superior. Os resultados apontaram a existência de dois tipos de auxílio em forma de bolsas de estudo subsidiados, um pelo município Lei Municipal 479/2010 e outro pela instituição de ensino o projeto Amigos do Bairro. Constatou-se que, a partir da oferta dos benefícios, houve um aumento de 700% no número de jovens de Córrego Fundo matriculados no ensino superior. Contatou-se, ainda, que a maioria dos jovens que se matricularam no ensino superior não teriam condições de fazê-lo sem a existência dos auxílios, devido a restrições de renda na família. Verificou-se também que mais de 80% dos jovens participantes da pesquisa conciliaram trabalho e estudo durante o ensino superior, afirmando que o trabalho era necessário, não havendo condições de dedicação exclusiva aos estudos. Constatou-se ainda que entre os jovens que cursaram ensino superior havia mais pessoas empregadas e com situação empregatícia legalizada. Constatou-se que as atividades que caracterizam o município, quais sejam estas de extração e beneficiamento da cal, absorvem em maior proporção, os jovens que não cursaram ensino superior e que, entre estes jovens, a maioria não prosseguiu nos estudos por falta de condições financeiras.Constatou-se, por fim, que os jovens participantes da pesquisa, em sua maioria, consideravam o ensino superior como uma possibilidade de ascender cultural e socialmente e, mesmo entre os jovens que não se matricularam no ensino superior, a maioria valorizava os estudos e consideravam que maiores níveis de escolaridade poderiam ter lhes proporcionado melhor qualidade de vida.Item Influências da família e da escola no consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio entre crianças de classes sociais diferentes(Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-06) Vieira, Denise Maria; Oliveira, Maria do Carmo Fontes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788219A6; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/6906545701574001; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760237T8Vários estudos apontam o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio como um dos principais fatores para o aumento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil. Algumas ações vêm sendo desenvolvidas no País para reverter esse quadro, como programas educacionais e de intervenção nutricional. Contudo, cresce a cada dia o consumo de alimentos ultraprocessados com alto teor de açúcar, gordura e sódio e, consequentemente, o número de doenças relacionadas ao seu consumo. De acordo com o Ministério da Saúde, 260 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se a alimentação da população fosse adequada. Assim, tornam- se cada vez mais urgentes ações que promovam práticas alimentares mais saudáveis, as quais devem ser promovidas e incentivadas desde a infância, sendo a família e a escola fundamentais nesse processo. Este estudo teve como objetivo verificar a influência da família e da escola sobre o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio entre crianças de 7 a 9 anos de idade. A amostra foi composta por 45 crianças, sendo 25 matriculadas em uma escola pública e 20 em uma escola particular da cidade de Viçosa, MG. Uma subamostra foi composta de 28 mães, sendo 13 mães de crianças da escola pública e 15 de crianças da escola particular. Os participantes da escola pública foram denominados grupo A (GA), e os participantes da escola particular, grupo B (GB). Para obtenção dos dados junto às crianças, foi utilizada a técnica de grupo focal e observação direta, com o objetivo de avaliar as preferências, o consumo e a percepção delas quanto aos alimentos que consomem nos intervalos das principais refeições. Quanto às mães, os dados foram obtidos através da aplicação de questionários e de reuniões com elas. Verificou-se que os grupos se diferenciavam quanto a classe econômica, escolaridade das mães, número de filhos, médias de idade das mães e ocupação destas. Por meio das oficinas de grupos focais, verificou-se que, embora as crianças pertencessem a grupos com características diferentes, elas tinham gostos semelhantes, preferindo alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio. Semelhanças quanto à percepção de quais alimentos são bons ou ruins para a saúde também foram encontradas entre os dois grupos. As crianças referiam-se aos alimentos como balas, pirulitos, refrigerantes, biscoitos recheados e salgadinhos tipo chips como alimentos que fazem mal à saúde, e a alimentos como frutas, legumes e verduras, como aqueles bons para a saúde. No entanto, as crianças do GA relataram consumir mais os alimentos de sua preferência, ao passo que as crianças do GB disseram consumir alimentos de sua preferência com menor frequência. Foi feito um levantamento, junto às mães, de 17 variedades de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio, consumidos por seus filhos, nos últimos seis meses. Foi avaliado também o quanto as mães das crianças eram autoeficazes em consumir uma dieta com redução de açúcar, gordura e sódio. Entre as crianças do GA a frequência de consumo desses alimentos foi maior em relação às do GB. Embora as crianças dos dois grupos compartilhassem preferências e percepções semelhantes em relação aos alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio, os comportamentos diante desses alimentos variavam de acordo com a classe econômica, escolaridade materna e autoeficácia das mães em seguir uma dieta com redução de açúcar, gordura e sódio. Os resultados mostraram que as crianças do GA pertenciam às classes econômicas C e D e eram filhas de mães com baixa escolaridade e baixa autoeficácia em reduzir o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio. Essas crianças tinham grande disponibilidade desses alimentos nos ambientes familiar e escolar e grande autonomia para seu consumo. As crianças do GB pertenciam às classes econômicas A e B e eram filhas de mães com alta escolaridade e maior autoeficácia em reduzir o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio. As crianças deste grupo tinham menos disponibilidade de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio tanto no ambiente familiar quanto no escolar e menor autonomia para seu consumo. Este estudo confirma a necessidade de intervenções de educação nutricional junto às mães, visando aumentar a autoeficácia destas para a redução do consumo de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio, uma vez que os resultados mostraram relação entre autoeficácia das mães e maior ou menor consumo desses alimentos por parte das crianças. Família e escola devem compartilhar dos mesmos ideais em relação à educação alimentar das crianças, sendo fundamental o desenvolvimento de parceria entre elas.Item Interfaces do consumo alimentar de crianças atendidas em instituições de educação infantil: um estudo de caso(Universidade Federal de Viçosa, 2012-04-25) Silva, Cláudia Soares Monteiro da; Oliveira, Maria do Carmo Fontes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788219A6; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; http://lattes.cnpq.br/7919666116504375; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760237T8A alimentação corresponde a uma das necessidades básicas das pessoas e deve ser considerada não somente sob o aspecto nutricional, mas também sob os aspectos social, afetivo e cultural. A complexidade apresenta-se, principalmente, em ambiente institucional frequentado por crianças que utilizam o sistema do autosserviço durante as refeições. É desafiador propiciar de fato a segurança alimentar e nutricional sob o aspecto qualitativo da alimentação e da sustentabilidade ambiental a crianças que se encontram em estágio inicial de formação do hábito alimentar e manifestam, de maneira relevante, a rejeição alimentar característica da idade. O objetivo proposto foi analisar o consumo alimentar de crianças de 3 a 6 anos de idade que frequentavam o Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI) e o Laboratório de Desenvolvimento Humano (LDH), quanto à qualidade da alimentação nesses laboratórios e à geração de resíduos orgânicos, considerando-se os hábitos de consumo das respectivas famílias. A amostra foi composta por 39 crianças de 3 a 6 anos de idade e 37 famílias. A escolha dessa faixa etária foi devida ao fato de que nesse período a criança manifesta maior rejeição alimentar e participa mais ativamente do seu próprio processo de alimentação, servindo-se à mesa. Este estudo possui caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa e quantitativa. Os procedimentos realizados se referiram à pesquisa documental para caracterização do aspecto socioeconômico e do consumo alimentar das crianças; registro fotográfico dos pratos das crianças e pesagem dos alimentos antes e depois do almoço, para verificação do consumo e quantificação dos resíduos orgânicos gerados e coleta de dados antropométricos das crianças para avaliação nutricional. No estudo dos hábitos da família, foi feita uma entrevista através da aplicação de um questionário semiestruturado. O tratamento dos dados ocorreu através da estatística descritiva, sendo utilizado o programa SPSS para possibilitar a maior inter-relação de determinados dados. Analisaram-se também os relatos das famílias para diagnóstico das percepções e ações realizadas. Os resultados permitiram concluir que as famílias eram predominantemente do tipo nuclear, com nível de escolaridade entre graduação e pós-graduação e renda entre 4 e 20 salários mínimos. O consumo alimentar das crianças dessa faixa etária foi caracterizado pelo consumo expressivo de arroz e feijão e baixo consumo de hortaliças. A geração de resíduos orgânicos era elevada, alcançando altos percentuais de perdas em relação ao peso das preparações distribuídas. Um percentual de 71,8% das crianças apresentou alimentação de boa qualidade, e 74% delas também mostraram um bom estado nutricional, classificado em extrofia. Quanto aos hábitos da família, verificou-se que a montagem dos pratos geralmente era realizada pelo adulto, com a participação da criança; a realização da coleta seletiva foi mais comum entre as famílias das crianças da sala 5. A partir dos relatos dos pais, foi exposto que era comum a rejeição alimentar, principalmente em relação às hortaliças. Os pais reagiam de maneiras diferenciadas, desde a acomodação, ao defrontar-se com a ineficácia dos estímulos realizados, até a tomada de atitudes mais incisivas para que a criança pudesse se alimentar melhor. O conhecimento e percepções das famílias quanto ao consumo sustentável e descarte de resíduos orgânicos apresentaram-se em diferenciados níveis de conhecimento e de envolvimento, desde a falta de informação e indiferença até o conhecimento e consciência ambiental de maior amplitude. A boa qualidade da alimentação foi mais frequente entre as crianças que montaram os seus pratos na hora da refeição em casa do que entre aquelas que eram servidas pelos adultos. Não foi encontrado incremento na qualidade da alimentação com o aumento da escolaridade dos pais e das mães, bem assim com a realização do estímulo à alimentação saudável e com o aumento do nível de renda. Verificou-se relação entre os hábitos da família e os hábitos da criança quanto à geração de resíduos orgânicos, sendo a variação percentual do hábito de deixar restos nos pratos após as refeições nas famílias correspondente à variação da quantificação dos restos deixados nos pratos pelas crianças nos laboratórios. Esta análise apontou para o sentido de que os hábitos da família repercutiam diretamente nos hábitos da criança no LDI e no LDH e vice-versa. Podese afirmar, também, que o sistema de servir à mesa nas referidas instituições não comprometeu a segurança alimentar das crianças, sendo resguardados o aspecto qualitativo e a sustentabilidade da alimentação. Contudo, recomenda-se que sejam realizadas determinadas estratégias complementares para aprimorar ações, visando a um consumo alimentar mais variado e sem desperdício, bem como a redefinição de procedimentos referentes à distribuição das refeições para maior maximização de recursos. A importância do desenvolvimento de parcerias com a família é de fundamental importância para o êxito do programa de atendimento e melhoria da qualidade de vida.