Ciências Humanas, Letras e Artes
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Item Análise das condições de trabalho dos educadores numa perspectiva ergonômica: o caso do Laboratório de Desenvolvimento Infantil(Universidade Federal de Viçosa, 2007-06-28) Alexandre, Adla Alves; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Juvêncio, José de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791683Z9; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/8517909683449742; Santana, ângela Maria Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798448T8; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0A forma de organização do espaço de uma sala-ambiente onde são realizadas atividades pedagógicas e a dinâmica definida para a relação entre os seus diversos componentes irão refletir o cenário da aprendizagem e do processo de desenvolvimento infantil. Considerando este aspecto, o espaço deve, além de atender a seus objetivos, proporcionar conforto, bem-estar, saúde e segurança aos seus usuários para a realização do seu trabalho. Logo, problematiza-se que o fato de o trabalhador/educador atuar em um ambiente projetado para atender às crianças poderá ocasionar problemas referentes à saúde, ao bem-estar, à segurança e ao conforto, o que influenciará, diretamente, a sua qualidade de vida no trabalho. O objetivo deste estudo foi analisar as condições de trabalho e suas implicações nas atividades realizadas na sala-ambiente e sobre a qualidade de vida no trabalho (QVT) dos educadores que atuam nas instituições de educação infantil com crianças de 2 a 5 anos de idade. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI), localizado no campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais, sendo a população do estudo as educadoras da sala 3, que atendem a crianças de 3 a 4 anos de idade. Para a realização da coleta de dados foram utilizadas entrevistas com os educadores e observações das atividades realizadas na sala, utilizando-se filmagens e fotografias como instrumentos de registro. Os dados obtidos indicam que há aspectos positivos e negativos em relação à QVT das educadoras; que as funções prescritas pela instituição são condizentes com a rotina e as atividades desenvolvidas; que as educadoras adotam posturas inadequadas na realização destas, havendo necessidade de uma intervenção ergonômica nesse sentido; e que, em relação ao mobiliário, a cuba, onde é realizada a higienização das crianças, é o equipamento que mais causa prejuízo à manutenção de posturas adequadas. A análise dos dados obtidos subsidiou a estruturação de uma proposta de instrumento de avaliação das condições de trabalho dos educadores de crianças de 2 a 5 anos de idade, considerando o uso do corpo. Este instrumento é composto por três fichas de observação, relacionando-se as posturas corporais adotadas nas diferentes áreas de interesse e o tempo de permanência, a freqüência de comportamentos e a representação das posturas adotadas durante a execução do trabalho. Concluiu-se que a organização do ambiente nas salas não oferece condições de trabalho às educadoras, no que se refere à adoção de posturas laborais adequadas na realização de determinadas atividades, e que a partir da análise das suas condições de trabalho podem ser feitos um diagnóstico e uma proposta de ação para promover melhoria na sua QVT.Item Estudo de representação sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo por crianças e adolescentes, em uma perspectiva piagetiana(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-30) Rocha, Mônica; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Coria, Marianela Del Carmen Denegri; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/0922265800429328; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; Mello, Rita Márcia Andrade Vaz de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760230H9Crianças e adolescentes vivem num mundo economicamente globalizado e buscam conhecer e explicar tudo o que está à sua volta. Por isso, compreender a forma como as crianças pensam e quais as suas ideias sobre as interfaces do mundo econômico permite a compreensão de como constroem esse conhecimento social. Diante disso, questionou-se como as crianças e os adolescentes de 4 a 13 anos constroem a representação sobre o conhecimento a respeito dos recursos monetários e sua relação com o consumo? A hipótese consistiu em: as crianças desde os 4 anos fazem representações sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo. Essas representações se modificam, progressivamente, à medida que os sujeitos se desenvolvem cognitivamente. Assim, em cada nível de desenvolvimento terão ideias diferentes sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo, norteadas por sua estrutura de pensamento. No entanto, nem todas as crianças do mesmo estágio de desenvolvimento cognitivo estão no mesmo nível de representação desse conhecimento social. Os objetivos deste estudo foram analisar e descrever as representações das crianças e dos adolescentes de 4 a 13 anos sobre os recursos monetários e suas relações com o consumo. O estudo está ancorado na pesquisa qualitativa e baseado no método clínico piagetiano. A amostra foi composta por 60 estudantes de escolas públicas, sendo 10 sujeitos nas faixas etárias médias de 4, 6, 7, 10, 11 e 13 anos. Para a coleta dos dados, foi construída a entrevista clínica, que constou de perguntas básicas e complementares e do material concreto. A análise dos dados partiu do estabelecimento das seguintes categorias: recursos monetários, consumo e relação dinheiro vs. consumo. A classificação das respostas dos sujeitos ocorreu por níveis (nível pré-I, nível I, nível II e nível III). Os resultados indicaram que a construção do conhecimento social sobre os recursos monetários e sua relação com o consumo passa por níveis evolutivos, desde os mais simples até os mais complexos, confirmando a hipótese da pesquisa. As crianças do nível pré-I representam o dinheiro como as notas e moedas, que se encontram em qualquer loja e servem para comprar. Acompanham seus pais nas compras, mas eles não compram tudo o que as crianças desejam. As crianças do nível I consideram o dinheiro como proveniente do banco. Para elas, as moedas e as cédulas são os tipos de recursos utilizados para comprar as coisas. Fazem compras com seus pais, mas estes não compram tudo o que querem porque não possuem dinheiro suficiente. Para elas, o dinheiro serve para comprar e para guardar. Os sujeitos do nível II representam o dinheiro como meio de pagamento utilizado nas compras e usam as moedas, as cédulas e os cartões fabricados na fábrica de dinheiro. Gostam de realizar compras sozinhos ou com seus pais, mas estes não compram tudo o que desejam porque, primeiro, compram os produtos alimentícios de que necessitam. O dinheiro possui as funções de comprar, pagar, emprestar e poupar. Para os adolescentes do nível III, o dinheiro é um meio de troca para se obterem produtos, e para isso usam-se cédulas, moedas, cartões e cheque confeccionados na fábrica de dinheiro que está ligada ao governo federal. Fazem compras, porém não compram tudo o querem, pois dispõem de pouco dinheiro e não podem se endividar. O dinheiro serve de troca por produtos e serviços que procuram consumir e para fazer aplicações e usá-lo futuramente. Pode-se inferir que os sujeitos constroem o conhecimento sobre os recursos monetários e a relação com o consumo a partir de suas experiências e conforme as possibilidades que suas estruturas cognitivas permitem, pois o conhecimento social é construído a partir da interação e transmissão social. As representações dos sujeitos mostram a evolução de seus conhecimentos, numa progressão contínua, pois os sujeitos mais velhos conseguem explicar suas ideias com mais detalhes do que os mais novos, que ainda dependem dos aspectos visíveis dos objetos para representar suas ideias.