Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Resistência térmica de Alicyclobacillus acidoterrestris em sucos de frutas tropicais em diferentes valores de pH, temperatura e na presença de bacteriocinas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Oliveira, Wemerson de Castro; Mantovani, Hilário Cuquetto; 4906043209502220 Última atualização do currículo e
    A deterioração de sucos de frutas pela bactéria termoacidófila e esporulante Alicyclobacillus acidoterrestris acarreta prejuízos econômicos para a indústria de alimentos. Para evitar a deterioração e garantir a qualidade dos alimentos, técnicas de inativação microbiana têm sido conjugadas visando aumentar a eficiência do processamento de alimentos. Nesse trabalho foi analisado o efeito do pH, da temperatura e de duas bacteriocinas sobre a resistência térmica de endósporos de A. acidoterrestris DSM 2498 inoculado em diferentes sucos de frutas tropicas. Os efeitos mais pronunciados de inativação térmica dos endósporos de A. acidoterrestris foram obtidos nos valores de pH mais ácidos, sendo que o menor valor D (1,65 min) ocorreu a 95oC no suco de mamão com pH 2,5. Em contraste, o maior valor D (24,6 min) foi obtido na temperatura de 90°C no suco de maracujá com pH 4,5. Para os sucos de mamão e goiaba submetidos à temperatura de 95 oC, não houve diferença nos valores D quando o pH dos sucos foi ajustado para 2,5 ou 4,5. Constatou-se, pela análise de regressão polinomial, que a interação pH e temperatura apresentou maior influência na inativação térmica dos endósporos de A. acidoterrestris. Quando foi testado o efeito das bacteriocinas bovicina HC5 e nisina sobre a resistência térmica de endósporos de A. acidoterrestris, observou-se que a bovicina HC5 diminuiu mais acentuadamente a resistência térmica dos endósporos quando comparado à nisina. Os tratamentos mais eficazes foram aqueles onde os endósporos de A. acidoterrestris foram tratados com bovicina HC5 a 95°C nos sucos de mamão e maracujá. O tratamento com bovicina HC5 aumentou a eficiência do processamento térmico a 95 °C em 42,3% comparado ao controle, sendo ainda 27,8% mais eficaz do que a nisina nesta temperatura de processamento. Para a temperatura de 90 oC, os valores D indicaram menor resistência térmica dos endósporos de A. acidoterrestris em suco de mamão tratado com bovicina HC5 (D90°C= 2,3 min) e maior resistência térmica em suco de abacaxi sem aditivos (controle, D90°C= 8,4 min). Os resultados obtidos neste estudo indicam que o efeito combinado de pH e temperatura é eficaz contra endósporos de A. acidoterrestris e que viiias bacteriocinas bovicina HC5 e nisina reduzem a resistência térmica dos endósporos de A. acidoterrestris, demonstrando potencial para uso como biopreservativo de sucos de frutas.
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    Biossurfactantes e Polímeros de Bacillus subtilis RI4914 e sua Aplicação em Recuperação Avançada de Petróleo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-09-01) Fernandes, Péricles Leonardo; Tótola, Marcos Rogério; 9781385135118198
    Neste trabalho foram realizados experimentos com o intuito de avaliar-se a propriedade dos biossurfactantes produzidos pelo isolado Bacillus subtilis RI4914 em reduzir a tensão interfacial e promover a recuperação de óleo residual em colunas empacotas com areia. Foi observado que a solução de biossurfactantes é capaz de mobilizar até 40% do óleo residual das colunas, porém somente em concentrações elevadas (2,0 g L-1). Por outro lado, a utilização do sobrenadante da cultura do isolado RI4914 proporcionou recuperação de óleo superior à alcançada com a solução dos biossurfactantes e em concentração dez vezes menor da molécula. Tais resultados indicam a produção de compostos capazes de atuar sinergisticamente com os biossurfactantes na redução da tensão interfacial, alcançando valores de até 0,07 mN/m. Além disso, destaca- se a produção espontânea de polímero pela bactéria, molécula esta capaz de aumentar a viscosidade do sobrenadante e reduzir quase que pela metade o volume necessário para uma recuperação satisfatória de óleo residual. Os biossurfactantes apresentaram características físico-químicas comparáveis às do surfactante sintético SDS. Em termos de estabilidade, as moléculas demonstraram ter sua atividade pouco influenciada por condições extremas, principalmente no que se diz respeito às altas temperaturas. Esses resultados foram comprovados quando o sobrenadante da cultura foi avaliado quanto a sua capacidade em promover a recuperação do petróleo residual em salinidades variando entre 3 e 10% (p/v) de NaCl e em uma faixa de pH de 6,0 a 9,0. A recuperação de óleo pelo sobrenadante da cultura demonstrou ser também pouco influenciada pelas condições ambientais testadas, chegando a recuperar 88% do petróleo residual na presença de polímero. Esses resultados comprovam que os biossurfactantes descritos neste trabalho são substitutos em potencial para os surfactantes sintéticos frequentemente utilizados na indústria do petróleo.
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    Efeito de salinidade, pH, concentração de células e hidrofobicidade celular sobre a recuperação de petróleo em sistema poroso por Acinetobacter sp
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-28) Nobre, Patrícia Bernardes; Tótola, Marcos Rogério; 0788152971047858
    Considerando-se o cenário de aumento da demanda de energia no mundo e a depleção dos reservatórios de petróleo, o desenvolvimento de novas tecnologias de exploração, que propiciem aumento da capacidade de recuperação de óleo, é estratégico para a garantia do suprimento de energia. Neste trabalho, avaliou-se a capacidade das células de Acinetobacter sp. LBBMA LU1 em promover a recuperação de óleo residual em sistema poroso não- consolidado. A injeção da suspensão de células de Acinetobacter sp. reduziu a saturação de óleo residual, em todas as concentrações testadas. Após a injeção da suspensão de células (4 volumes porosos, D.O.600 = 10,0), apenas 26,0 % do óleo retido na coluna nela permaneceram. Esse valor foi reduzido para 22 % quando se utilizou suspensão com maior concentração de células (D.O.600 = 20,0). O total de óleo recuperado pela injeção de solução salina (recuperação secundária) e de suspensão de células (recuperação terciária) foi superior a 80% do volume de óleo originalmente contido nas colunas. A alta hidrofobicidade das células concorreu para a recuperação do petróleo residual, juntamente com fatores que influenciam a estabilidade da atividade celular, como a temperatura, o pH e a salinidade. O tratamento de esterilização da suspensão de células de Acinetobacter sp. LBBMA LU1 por autoclavagem, antes da injeção, demonstrou que a integridade das células é de importância para o processo de recuperação do petróleo residual. O efeito da variação do pH sobre a retenção de óleo em colunas mostrou-se pronunciado; no tratamento com pH 8,5, a recuperação foi 34 % maior do que a obtida no tratamento-controle (pH 7,4). Em pH 9,5, a recuperação foi 18 % superior à do controle. A salinidade do líquido de injeção das células (50 ou 100 g L-1) exerce expressiva influência sobre a saturação residual de petróleo, como demonstrado pela retenção do equivalente a cerca de 30 % a mais de petróleo do que no controle (sem adição de sal). Em resumo, conclui-se que a expressiva recuperação de óleo residual em sistema poroso não consolidado, resultante da injeção de células de Acinetobacter sp. LBBMA LU1 em suspensão, com acidez e salinidade definidas, demonstra o potencial da bactéria para inclusão em estudos a respeito de estratégias de recuperação avançada de petróleo.
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    Acumulação de lítio por Basidiomicetos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-12-16) Nunes, Mateus Dias; Kasuya, Maria Catarina Megumi; 4008301306049855
    Cogumelos são capazes de absorver e acumular lítio, entretanto, ainda não existe estudos sobre quais espécies de basidiomicetos são mais sensíveis a lítio, quais formas de lítio prejudicam mais o desenvolvimento dos fungos e dos cogumelos e qual a capacidade de absorção de lítio pelos cogumelos. Neste estudo, verificou-se que, dentre os 11 fungos avaliados, Pleurotus ostreatusroseus, Pholiota nameko e Pleurotus ostreatus são os menos sensíveis às diferentes formas de lítio testadas. O Li2SO4 é a forma de lítio que menos prejudicou o crescimento micelial dos fungos estudados. As formas e as concentrações de lítio testadas não prejudicam a formação e a produtividade dos cogumelos. P. ostreatus acumula, cerca de, 16% da concentração de lítio presente nos substratos, independentemente do tempo de interação do micélio com o substrato. Entretanto P. ostreatusroseus aumenta a acumulação de lítio com o tempo, assimilando até 90 % do lítio adicionado ao substrato Nossos resultados sugerem os fungos do gênero Pleurotus são acumuladores de lítio, mas que o P. ostreatusroseus apresenta maior potencial para ser utilizado na produção de cogumelos enriquecidos com esse mineral.
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    Bioconversão de glicerina bruta da indústria do biodiesel em 1,3- propanodiol por bactérias isoladas de amostras ambientais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-18) Melo, Marcelo Rodrigues de; Mantovani, Hilário Cuquetto; 9387195648186878
    O biodiesel é produzido por meio de reações de transesterificação entre óleos vegetais ou gorduras animais e álcoois (metanol ou etanol), resultando na formação de ésteres metílicos ou etílicos e glicerina bruta. Composto por glicerol, sabões, álcool, sais inorgânicos, ácidos graxos livres e outras matérias orgânicas, esse co- produto da indústria do biodiesel pode ser utilizado como substrato para produção microbiana de 1,3-propanodiol. Este diol tem sido produzido principalmente por vias petroquímicas e utilizado na produção de poliésteres, poliéteres, poliuretanos, solventes, adesivos, laminados, resinas, detergentes, anticongelantes e cosméticos. Neste trabalho, amostras de líquido de rúmen, solo, esgoto e dejetos suínos foram enriquecidas em meio contendo 5 % (v/v) de glicerina bruta, resultando no isolamento de 48 culturas produtoras de 1,3-propanodiol. As amostras de solo, esgoto e dejetos suínos contribuíram com 31, 12 e cinco culturas, respectivamente. Duas dessas culturas foram selecionadas para novos estudos e identificadas como Clostridium butyricum Sb06 e Klebsiella pneumoniae Ec18. K. pneumoniae Ec18 apresentou crescimento em concentrações de substrato (glicerol ou glicerina bruta) e 1,3-propanodiol de 200 e 80 g/L, respectivamente. Por outro lado, o crescimento de C. butyricum Sb06 foi totalmente inibido em concentrações de 160 e 40 g/L de substrato e 1,3-propanodiol, respectivamente. O crescimento dos isolados C. butyricum Sb06 e K. pneumoniae Ec18 foi favorecido em condições de neutralidade e os produtos da fermentação mais inibitórios ao crescimento foram o butirato e o acetato, respectivamente. O crescimento de C. butyricum Sb06 em meio basal, com e sem controle do pH do meio de cultivo, foi limitado a concentração de aproximadamente 1,5 g/L de biomassa, o que limitou a produção de 1,3-propanodiol em 10,23 g/L, com rendimento de 0,56 mol1,3-propanodiol/molglicerol. O controle do pH do meio de cultivo de K. pneumoniae Ec18 resultou em aumento de 2,5 vezes na formação de biomassa e produção 13,96 e 21,43 g/L de 1,3-propanodiol, com rendimento de 0,43 e 0,42 mol1,3-propanodiol/molglicerol, em meio contendo 40 e 80 g/L de glicerina bruta, respectivamente. As condições de cultivo de K. pneumoniae Ec18, na presença de 80 g/L de glicerina bruta, foram otimizadas utilizando de forma sequencial o delineamento fatorial fracionado e a metodologia de superfície de resposta, resultando em aumento de 56 % na concentração final de 1,3-propanodiol e de 22 % no rendimento de 1,3-propanodiol, em relação ao cultivo nas condições não- otimizadas. Os resultados deste trabalho indicam que o isolado K. pneumoniae Ec18 possui potencial para bioconversão de glicerina bruta em 1,3-propanodiol. Entretanto, outros estudos deverão ser realizados para a adequação do sistema de cultivo e a redução da formação de co-produtos da fermentação que competem com a formação de 1,3-propanodiol.
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    Domínios funcionais em Cel9B de Thermobifida fusca e prospecção de celulases bacterianas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-20) Filho, José Carlos de Oliveira; Borges, Arnaldo Chaer; 621966657609179
    Thermobifida fusca Cel9B, também denominada de E1, é uma endoglucanase muito ativa sobre carboxi-metil celulose. É composta pelo domínio catalítico (CD) da família 9 ligado a um domínio de ligação a carboidrato da família 4 (CBM4), seguido por um domínio tipo imunoglobulina na extremidade amina e um domínio de ligação a carboidrato da família 2 (CBD2), ligado ao CD por um linker na extremidade carboxílica da proteína. Para estudar o papel do domínio catalítico e dos dois domínios de ligação a carboidratos presentes nessa enzima, foram construídas três formas variantes, clonadas e expressas em Escherichia coli. As massas moleculares de E1 e suas formas variantes foram determinadas por espectrometria de massa, e os valores obtidos foram correspondentes àqueles preditos in silico a partir da sequência de DNA. A enzima tipo selvagem e suas formas variantes foram purificadas e ensaios enzimáticos e de ligação foram realizados sobre vários substratos. O domínio catalítico mostrou as maiores atividades sobre os substratos celulósicos, porém a presença de CBD2 melhorou seu desempenho enzimático sobre celulose microcristalina e celulose amorfa tratada com ácido fosfórico, substratos nos quais detectou-se ligação de CBD2. Adicionalmente, a presença desse domínio auxiliou na degradação de xiloglucana. CBD2 apresentou ligação a α-quitina, porém E1 não possui atividade sobre esse polímero. CBM4 interferiu negativamente na degradação dos substratos celulósicos e também xiloglucana porque sua presença diminuiu a atividade enzimática nesses casos. Por outro lado, a presença de CBM4 melhorou o desempenho enzimático do CD de Cel9B sobre xilana, porém sua ligação a esse substrato não foi detectada. O alinhamento de membros da família de CBM4 de Cellulomonas fimi, Thermotoga maritima e T. fusca mostrou que resíduos de aminoácidos aromáticos envolvidos na ligação ao substrato estão presentes em posições conservadas em E1 e o modelo gerado para sua estrutura mostrou região potencial para ligação de substrato. Neste trabalho foi obtido também um banco de bactérias celulolíticas provenientes do solo da mata do Belvedere, crescimento secundário de mata Atlântica, e do solo de mata de eucalipto, plantada na mesma região. O meio ágar arginina glicerol foi o mais eficaz para o isolamento de bactérias celulolíticas a partir do solo de mata do Belvedere ou mata de eucalipto, porém o meio ágar extrato de solo demonstrou um maior potencial para isolamento de microrganismos diversos, uma vez que proporcionou o crescimento exacerbado de fungos, não presentes nas mesmas condições nos outros meios. Os isolados mostraram diversidade de características macro e microscópicas, sendo em sua maioria organismos Gram positivos, e das 317 bactérias isoladas, 57 foram detectadas como produtoras de celulases pelo teste de celulose azure. O isolado 103 possui o conjunto de celulases mais ativas contra esse substrato, nas condições testadas. Este isolado é o candidato para continuação dos estudos nesta linha de pesquisa no laboratório de Microbiologia Industrial da Universidade Federal de Viçosa. A diversidade de enzimas celulolíticas obtidas pode propiciar o uso de seus determinantes genéticos em evolução direcionada às características requeridas para processos industriais de bioconversão de resíduos celulósicos.
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    Caracterização molecular de diferentes sorotipos de Actinobacillus pleuropneumoniae obtidos no Sudeste do Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-18) Rossi, Ciro César; Bazzolli, Denise Mara Soares; 1054546991930547
    Actinobacillus pleuropneumoniae é o principal micro-organismo responsável pela pleuropneumonia suína. A existência de 15 diferentes sorotipos descritos para esta bactéria, com diferentes graus de virulência, torna de grande importância a sorotipagem, o estudo de fatores de virulência e o acesso à variabilidade genética de isolados clínicos de A. pleuropneumoniae. Este trabalho demonstrou a aplicabilidade de duas técnicas de PCR (PCR multiplex com os genes apx e PCR-REA com o gene apxIVA) previamente desenvolvidas na caracterização dos sorotipos de A. pleuropneumoniae e representou o primeiro estudo de variabilidade genética desta bactéria no Brasil, padronizando técnicas moleculares inéditas no estudo deste micro- organismo. Os resultados mostram que os 91 isolados clínicos de A. pleuropneumoniae utilizados neste trabalho são dos sorotipos 2, 5, 7 e 8. Uma grande variabilidade genética nos isolados foi observada examinados pelas técnicas de ERIC-PCR, BOX-PCR e (GTG)5-PCR, o que pode estar relacionado à presença, em elevado número de cópias, do elemento transponível ISApl1 no genoma dos micro-organismos, uma vez que o genoma desta bactéria é relativamente pequeno (2,2 Mpb). A reação de BOX-PCR, particularmente, proporcionou um maior poder discriminativo, uma vez que um fragmento específico para isolados de A. pleuropneumoniae foi observado e a técnica permitiu a separação dos isolados em um maior número de grupos com base em características em comum, como sorotipo, região e ano de isolamento. Adicionalmente, ferramentas de bioinformática foram utilizadas para caracterizar o gene omlA, que codifica uma proteína da membrana externa de A. pleuropneumoniae e constitui um fator de virulência nesta bactéria. As análises demonstraram a conservação no promotor do gene e a existência de uma região conservada na estrutura da proteína OmlA, provavelmente envolvida na ligação da proteína à membrana da bactéria. O grande polimorfismo presente nas sequências interna e final do gene omlA dos 15 sorotipos permitiu separá-los por reconstrução filogenética e demonstrou a possível diferenciação destes sorotipos em dois eventos evolutivos distintos
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    Morfologia celular, perfil de ácidos graxos e ativação de macrófagos por Salmonella enterica sorovar Enteritidis no estado viável não cultivável
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-13) Carmo, Camila Pinheiro; Santos, Míriam Teresinha dos; 1076507388602401
    O patógeno de origem alimentar, Salmonella spp. é capaz de entrar no estado viável não cultivável (VNC) em resposta a condições ambientais adversas. A presença de células VNC é um problema de saúde pública, uma vez que as células neste estado não são detectadas pelas metodologias tradicionais utilizadas de rotina em laboratórios, resultando em avaliação inadequada de alimentos contaminados com patógenos. Os objetivos desse trabalho foram caracterizar o gene ssaB do isolado Salmonella enterica subespécie enterica sorovar Enteritidis PT4, avaliar a ativação de macrófagos e as alterações do envelope celular por microscopia de força atômica e por meio do perfil de ácidos graxos desta estirpe no estado VNC. O gene ssaB apresentou alta identidade entre os demais sorovares avaliados e o produto do gene apresentou similaridade com outras espécies de bactérias patogênicas. Por análise filogenética da sequência de aminoácidos, foi possível observar que a estirpe em estudo ficou próxima a outros sorovares de S. enterica subsp. enterica, incluindo linhagens do sorovar Enteritidis e distante de S. enterica subsp. arizonae e de outras espécies da família Enterobactericeae. Os macrófagos foram ativados em contato com células VNC de Salmonella, porém as células neste estado foram incapazes de impedir ou diminuir a produção de H2O2 pelos macrófagos como as células em fase logarítmica. As células de Salmonella Enteritidis no estado VNC apresentaram perfil de ácidos graxos diferente das células em condição ótima de crescimento e similar ao perfil de células submetidas ao estresse frio, porém o perfil das células VNC não apresentou alteração com o aumento do tempo de permanência nesta condição. Samonella Enteritidis no estado VNC apresentou redução nas dimensões celulares (área, volume, perímetro, comprimento e diâmetro) e transição da forma bacilar para a forma cocóide. Neste trabalho conclui-se que a morfologia celular e o perfil de ácidos graxos de Salmonella Enteritidis PT4 no estado VNC são diferentes dos de células na fase exponencial e nossos resultados sugerem que Salmonella Enteritidis no estado VNC apresenta uma menor virulência devido ao impedimento da produção de H2O2 por macrófagos.
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    Isolamento e identificação do perfil de zeinas do germoplasma tropical de milho para produção de cobertura comestível e biofilme
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-13) Sant’ana, Rita de Cássia Oliveira; Oliveira, Maria Goreti de Almeida
    Prolaminas referem-se a uma classe de proteína de armazenamento solúvel em álcool presentes nos cereais, sendo que essas proteínas são chamadas zeínas no grão de milho. Esse grupo de polipeptídeos de diferente peso molecular é responsável por mais de 50% das proteínas totais do milho e é comumente extraída da farinha de glúten de milho, um subproduto do processamento de moagem a seco de milho, que contém até 70% de zeinas. Quatro tipos de zeína, α, β, γ e δ já foram identificadas, apresentando essas diferentes sequências aminoacídicas e pesos moleculares. Solução aquosa de álcool é utilizada para extrair α-zeína diretamente, ao passo que a extração das outras zeinas requer um agente redutor, principalmente o β-mercaptoetanol. Isso limita o uso direto de filmes a base de zeinas nos alimentos. Realizar o perfil cromatográfico de diferentes padrões pertencentes ao Banco Germoplasma utilizando um novo método de extração da zeína usando agente redutor não tóxico e avaliar a utilização dessa proteína isolada na produção de filmes e coberturas comestíveis. Quatro métodos diferentes de isolamento foram testados, três já publicados na literatura e um novo método com agente redutor não tóxico. O perfil das frações de proteína extraídas foi obtido por meio de eletroforese em gel desnaturante de poliacrilamida na presença de dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE), sendo as zeínas extraídas utilizadas na produção de filmes e coberturas. O perfil eletroforético das prolaminas do milho permitiu identificar a presença de quatro frações de zeína nos materiais extraídos na presença de um agente redutor, não havendo nenhuma diferença desses perfis dos isolados obtidos com agente redutor não tóxico. Sendo assim, a substituição do agente redutor tóxico na extração de zeínas pode ser uma alternativa para viabilizar a aplicação de zeína extraída extraida diretamente do grão de milho diretamente na produção de biofilmes com a finalidade de aplicação na indústria alimentícia. A cobertura de zeína ficou evidenciado que o armazenamento utilizando a cobertura de zeína foi eficiente para manter a umidade dos grãos das espigas e aumentar a luminosidade e brilho. Esse aspecto já é positivo levando em consideração que a perda da umidade das espigas gera o murchamento dos grãos e, consequentemente, perda na vida de prateleira dos mesmos, assim como a luminosidade melhora o aspecto visual das espigas. Sendo assim, sugere-se mais estudos com relação à composição da cobertura de zeína para que possa haver melhorias em outros aspectos de conservação.
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    Síntese e avaliação da atividade anticâncer de novas amidas derivadas do ácido fotossantônico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-08-16) Silva, Simone Augusto; Alvarenga, Elson Santiago de; simone augusto silva
    Os produtos naturais são fonte de compostos químicos com características variadas que, em alguns casos, vem sendo utilizados como modelos para a síntese de novas substâncias bioativas. Dessa forma, a primeira etapa do presente trabalho foi a conversão fotoquímica da α- santonina [12], uma lactona sesquiterpênica de origem natural, no ácido fotossantônico [17]. A transformação in situ do ácido [17] no respectivo cloreto de ácido com cloreto de oxalila possibilitou a utilização deste intermediário em reações de substituição nucleofílica pelo tratamento com diferentes aminas, resultando na síntese de 18 novos compostos [18-35] com rendimentos elevados para a maioria das amidas. Essas substâncias foram caracterizadas pela análise dos espectros no IV, RMN de 1 H e 13 C, experimentos bidimensionais COSY e HETCOR e por espectrometria de massas. As estruturas [12] e [17-35] tiveram a atividade anticâncer avaliada sobre a linhagem de células leucêmicas Jurkat. Na concentração de 100 µ molL -1 foi possível constatar que as substâncias [17], [22], [26], [29], [30], [31], [32] e [34] foram as que mais inibiram a proliferação da linhagem de células testada. Com exceção do composto [31], que se manteve consideravelmente ativo mesmo na menor concentração avaliada, a diminuição da concentração proporcionou uma queda na atividade anticâncer desses compostos. Embora o valor obtido na determinação do IC 50 para [31] tenha sido superior ao verificado para o fármaco comercial etoposídio (VP-16), foi possível observar que a metodologia sintética utilizada foi favorável ao desenvolvimento de uma substância mais ativa que o precursor [17] sobre a inibição da proliferação da linhagem de células Jurkat. Esses resultados sugerem que a utilização de alguns produtos naturais como modelos em síntese orgânica é uma estratégia que possibilita a obtenção de derivados sintéticos mais ativos. Entretanto, são necessários novos estudos de atividade dos compostos sintetizados sobre outras linhagens de células objetivando um maior conhecimento do potencial anticâncer dos mesmos, assim como novos ensaios que possibilitem um maior conhecimento sobre o potencial biológico da nova classe de compostos sintetizada.