Ciências Biológicas e da Saúde

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    Evidence of selective pressure and horizontal gene transfer among ruminal bacteria support a high prevalence of antibiotic resistance in the rumen microbiome
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-15) Sabino, Yasmin Neves Vieira; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://lattes.cnpq.br/0149212201652157
    Infections caused by multidrug resistant (MDR) bacteria represent a therapeutic challenge both in clinical settings and in livestock production. Although antibiotics have been frequently used in cattle production, the distribution of antibiotic resistant genes (ARGs) in microorganisms that colonize the gastrointestinal tract (GIT) of ruminants is not well understood. In this study, we investigated the resistome of 435 genomes of ruminal bacteria and archaea and compared some of their phenotypes in vitro to their genotypes based on annotations of ARGs. We found that the number and classes of ARGs detected in ruminal bacteria genomes varied according to the computational tools used to search for antibiotic resistance. Genes encoding resistance to tetracycline were highly abundant/distributed in the genomes of ruminal bacteria and analysis of the d N /d S ratio indicated that the tet(W) gene in particular is under positive selective pressure. Our findings also revealed that the tet(W) gene is located in an novel integrative and conjugative element (ICE), suggesting a potential mechanism for horizontal transfer of tetracycline resistance in the rumen microbiota. Transcriptomic analyses showed that several ARGs are active in the rumen microbiome and were highly expressed in the GIT of humans. Some of the resistance phenotypes predicted in silico (31.5%) were also confirmed in vitro. Our data provide insight into the ARG profile of ruminal bacteria and reveal the potential role of mobile genetic elements in shaping the resistome of the rumen microbiome, with implications in human and animal health.
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    Quantificação da variação morfológica dos escudos da cabeça em natimortos de Cheloniidae (Testudines) na praia de Guriri, São Mateus, ES, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-08) Oliveira, Monique Póvoa; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/0906090621357848
    Variações na morfologia e número de escudos epidérmicas do casco de tartarugas marinhas são comuns, o que pode levar à identificação taxonômica incorreta. Neste trabalho, espécimes natimortos de Cheloniidae foram coletados na praia de Guriri, São Mateus (ES), a fim de avaliar a variação morfológica observada. Cerca de 70% da amostra coletada (144 indivíduos) apresentaram variação no número de escudos inframarginais esperados para as espécies encontradas. Com base principalmente no número de escudos, foram encontrados oito morfótipos diferentes, incluindo os morfótipos de diagnóstico das espécies com maior número de desova na região, Caretta caretta (n = 55) e Lepidochelys olivacea (n = 12). Além disso, três indivíduos de Eretimochelys imbricata podem ser identificados como um terceiro morfótipo. Os outros cinco morfótipos encontrados mostraram características diagnósticas de mais de uma espécie, sendo previamente interpretados como espécimes de C. caretta que apresentam variações fenotípicas. A variação na forma da cabeça foi, portanto, quantificada pelo método da morfometria geométrica (GMM) usando pontos de referência para verificar a quais espécies os espécimes "anômalos" anteriormente classificados como C. caretta poderiam pertencer. Os resultados revelaram maior semelhança desses espécimes com os indivíduos indubitáveis de C. caretta, levando-nos a concluir que esses indivíduos apresentam variação de plasticidade dessa espécie. Além disso, considerando que há uma alta taxa de hibridação em populações que nidificam na costa brasileira, sugerimos que indivíduos anômalos de três dos cinco morfótipos “anômalos” encontrados poderiam ser o resultado da reprodução entre C. caretta com L. olivacea ou E. imbricata. Palavras-chave: Chelonioidea. Carettini. Morfometria geométrica. Escamas epidérmicas. Hibridização.
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    Análise da microbiota do colostro de vacas pluríparas e primíparas e de fezes de vacas e bezerros leiteiros no pós parto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-12-06) Silva, Juliana Soares da; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://lattes.cnpq.br/7552912190011230
    Neste trabalho, o objetivo foi avaliar a composição da microbiota do colostro e fezes de vacas pluríparas e primíparas, assim como das fezes dos bezerros no pós- parto. As análises da microbiota não cultivada do colostro (1, 2 e 3 dias após o parto) e das fezes das vacas e dos bezerros foram realizadas um dia após o parto utilizando sequenciamento de nova geração do rRNA 16S. As análises dos índices de riqueza (Chao 1), diversidade (Shannon e Simpson) e beta diversidade indicaram que a comunidade bacteriana do colostro de pluríparas e primíparas não diferiram entre a categoria animal (teste t, p < 0,05). Os filos Firmicutes, Tenericutes, Kiritimatiellaeota e Fibrobacteres foram significativamente mais abundantes (p < 0,05) em pluríparas quando comparado às primíparas, enquanto que Proteobacteria, Actinobacteria, Cloacimonetes e Fusobacteria foram mais abundantes (White’s nonparametric t-test, p < 0,05) em primíparas quando comparados com as pluríparas. As famílias Lachnospiraceae, Ruminococcaceae, Prevotellaceae, Rikenellaceae e Christensenellaceae foram mais abundantes nas pluríparas (White’s non-parametric t-test, p < 0,05) quando comparada às primíparas. Enquanto que Weeksellaceae e Burkholderiaceae foram mais abundantes nas primíparas quando comparado às pluríparas (White’s non- parametric t-test, p < 0,05). Os gêneros mais abundantes (>0,1%) foram Pseudomonas (1,2 e 0,64%), Fibrobacter (0,26 e 0,47%), Stenotrophomonas (0,53 e 0,21%), Sphingobacterium (0,48 e 0,16%) e Brevundimonas (0,34 e 0,12%), nas primíparas e pluríparas, respectivamente. As OTUs que foram identificadas em pelo menos 50% dos animais de uma das categorias (n ≥ 4) foram selecionadas para a análise de espécies indicadoras, resultando no total de 368 OTUs. As OTUs Otu01030 e Otu00891 foram classificadas como membros das famílias Rikenellaceae e Christensenellaceae, enquanto que a Otu00721 foi classificada como pertencente ao gênero Butyrivibrio e Otu00094 como do gênero Prevotella. Essas OTUs foram identificadas como indicadoras nas amostras de colostro de vacas pluríparas, independentemente se foram ou não observadas nas amostras de primíparas. A Otu00101, identificada como Brevundimonas, foi considerada como indicadora das amostras de colostro de primíparas, sendo observada apenas nas amostras desses animais. A análise da betadiversidade das fezes indicou que bezerros de pluríparas e bezerros de primíparas foram significativamente semelhantes entre si, assim como as pluríparas e primíparas (ANOSIM, p < 0,05). Os índices de riqueza e diversidade (Chao 1, Shannon e Simpson) indicaram que a comunidade bacteriana das fezes de pluríparas e primíparas, assim como das fezes dos bezerros de pluríparas e primíparas não diferem significativamente entre si (teste t, p > 0,05). Foram identificadas 47 famílias compartilhadas nas fezes dos animais adultos e bezerros após o nascimento, sendo que Ruminococcaceae, Lachnospiraceae e Christensenellaceae foram mais abundantes nas pluríparas e primíparas, enquanto Enterobacteriaceae, Clostridiaceae_1 e Ruminococcaceae foram mais abundantes nos bezerros. Apenas a família Lactobacillaceae foi mais abundante em bezerros nascidos de primíparas quando comparado aos bezerros nascidos de pluríparas (White’s non-parametric ttest, p < 0,05). O gênero Ruminococcus_1 foi significativamente mais abundante (White’s non-parametric t-test, p < 0,05) nas primíparas (0,74 ± 0,22%) quando comparado às pluríparas (0,23 ± 0,16%), enquanto Lactobacillus e Faecalibacterium apresentaram abundância relativa significativamente maior (White’s non-parametric t-test, p < 0,05) nas fezes dos bezerros de primíparas quando comparado à microbiota fecal dos bezerros de multíparas. Dessa forma, o colostro de pluríparas e primíparas diferem na abundância relativa dos filotipos e Lachnospiraceae, Ruminococcaceae e Prevotellaceae foram os grupos mais abundantes no colostro de multíparas. As fezes de bezerros originados de primíparas possuem microbiota com maior abundância de Lactobacillus e Faecalibacterium, os quais parecem estar relacionados com a saúde e desempenho dos bezerros.
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    O Gênero Calea L. (Neurolaeneae, Asteraceae) em Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-13) Silva, Genilson Alves dos Reis e; Nakajima, Jimi Naoki; http://lattes.cnpq.br/2796775421872058
    Asteraceae está entre as maiores famílias de angiospermas, com 24.000 a 30.000 espécies circunscritas em 43 tribos, representando um percentual superior a 9% da flora mundial. Para o Brasil são registrados 290 gêneros e 2.099 espécies, das quais 1.328 tem distribuição restrita ao país. O gênero Calea, pertencente à tribo Neurolaeneae, possui cerca de 125 espécies de distribuição neotropical e está representado no Brasil por 83 espécies. Considerando que o número de espécies registradas no Brasil aparenta ser o maior dentre todos os países de sua ocorrência, os estudos taxonômicos com o gênero são incipientes para conhecer a diversidade de Calea ocorrente na região sudeste, particularmente no estado de Minas Gerais que apresenta o maior número de espécies. Portanto, o objetivo deste trabalho é o de realizar um estudo taxonômico das espécies de Calea ocorrentes em Minas Gerais. O material botânico analisado foi obtido principalmente por meio de visitas e solicitação de empréstimo a 24 herbários que continham registros de espécimes coletadas em Minas Gerais, bem como por meio de excursões botânicas próprias. As espécies foram identificadas mediante consulta a literatura especializada, comparação com exsicatas ou imagens dos tipos e, posteriormente, descritas e ilustradas. Esta tese está apresentada na forma de três capítulos, que correspondem a manuscritos de artigos científicos formatados conforme as normas dos periódicos aos quais serão submetidos. O capítulo I apresenta o tratamento taxonômico para as 42 espécies e uma variedade, pertencentes às cinco seções de Calea, que ocorrem no Estado de Minas Gerais. Entre os táxons analisados 15 possuem distribuição restrita ao estado de Minas Gerais. Novos registros de Calea asclepiifolia e C. lutea foram estabelecidos para Minas Gerais; C. lantanoides para Rondônia; C. serrata para Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; e de C. teucriifolia para Piauí e Tocantins. Os lectótipos foram designados para C. brevifolia, C. coronopifolia, C. eupatorioides, C. graminifolia, C. myrtifolia, C. myrtifolia var. paucidentata, C. pilosa, C. pinnatifida, C. senecioides, C. subrotunda e C. tridactylita. Foi proposta a sinonímia de C. myrtifolia var. paucidentata sob C. myrtifolia. Além disso, são fornecidas descrições, comentários morfológicos, de distribuição geográfica e fenologia, chave para identificação dos táxons, além de ilustrações e mapas de distribuição geográfica. O capítulo II apresenta a descrição de uma nova espécie da seção Calea, denominada Calea diamantinensis. A nova espécie é endêmica de campos rupestres do município de Diamantina, o que justifica a escolha do epíteto específico. São apresentadas: descrição morfológica, comparação com a espécie próxima, ilustração, fotos, chave de identificação para as espécies do gênero ocorrentes no município de Diamantina, bem como comentários sobre posição taxonômica, hábitat, fenologia, distribuição e conservação. O capítulo III descreve uma nova espécie de Calea para a Floresta Atlântica, em fitofisionomia do tipo arbustal nebular. A nova espécie foi denominada Calea arachnoidea, em virtude do indumento aracnóide encontrado principalmente em folhas não expandidas, sobre o pedúnculo dos capítulos e na base das brácteas involucrais externas, que se constitui uma característica diagnóstica para esta espécie. C. arachnoidea, pertencente à seção Meyeria (DC.), e até o momento esta espécie é endêmica da região da Serra Negra, localizada na zona da mata mineira. São apresentadas: descrição morfológica e ilustração. As relações de afinidade entre C. arachnoidea e as espécies próximas são discutidas. Adicionalmente, fotos, mapa de distribuição e considerações sobre habitat e estado de conservação da nova espécie são apresentados, bem como uma chave de identificação das espécies de Calea sect. Meyeria no estado de Minas Gerais.
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    A função do chaperone molecular BiP na resposta a estresses abióticos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-01) Miguel, Larissa Pereira; Reis, Pedro Augusto Braga dos; http://lattes.cnpq.br/2034669888727358
    A manutenção da homeostase em organismos vivos passa por mecanismos de percepção e propagação dos mais diversos sinais dentro da célula e do organismo como um todo por meio de complexas redes de sinalização.Vias de sinalização em planta possuem, muitas vezes, o papel de minimizar os efeitos deletérios de estresses bióticos e abióticos,por meio da ativação e repressão de genes específicos. Estes estresses são responsáveis por prejudicar o desenvolvimento e levar a perdas na produção. Desta maneira, diferentes estudos têm focadoem elucidar estasvias de sinalização com a finalidade de obter cultivares superiores. Dentre estas, a via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) e a via mediada por proteínas ricas em asparaginas (NRPs), que transduzem sinais de morte celular originados de estresse no retículo endoplasmático (RE) e osmótico, exercem um papel de atenuação dos estresses e alterações relacionadas ao desenvolvimento. A chaperona molecular residente do RE, BiP, foi demonstrada retardar a indução de morte celular em condições de estresse ea senescência natural,regulando, assim, ambas as vias de sinalização. No entanto, o mecanismo pelo qual BiP controla estas vias é totalmente desconhecido. Desta forma, osobjetivos do presente trabalho foram(I) avaliar o papel do domínio ATPase e da atividade chaperona de BiP no processo de modulação das vias de resposta a estresses no RE, osmótico e de morte celular programada (II) Identificar possíveis candidatos moduladores supressores do mecanismo de tolerância à seca mediado por BiP. Foram geradas mutações no gene de BiPD no sítio de hidrólise do ATP (T44G) e no sítio de ligação ao ATP (G233D), com o propósito de demonstrar se a região chaperona de BiP influência na sua modulação das vias de sinalização. A partir destes mutantes, diferentes técnicas foram utilizadas para demonstrar que estas mutações levaram à perda de função de BiP. Experimentos de estresse hídrico foram realizados demonstrando que as plantas transformadas com o gene mutado ficaram mais susceptíveis à morte celular. Através do tratamento com tunicamicina (indutor de estresse no RE), o nível de expressão de genes da UPR aumentou nas plantas BiPD-T44G e BiPD-G233D, além do fenótipo de morte celular ter sido mais agravante comprovado pelo experimento de Azul de Evans e de infiltração. Além disso, o comportamento da indução de genes NRPs foi alterado nestas plantas, uma vez que houve um aumento da indução destes genes quando comparados com a planta superexpressando BiP. Os resultados obtidos indicam que a função chaperone de BiP está relacionada com a forma que BiP atua em resposta a estresse hídrico e estresse no RE. De forma a identificar possíveis moduladores do mecanismo de tolerância mediado por BiP, foram realizadas mutações com EMS em plantas superexpressando BiPD, e por meio do sequenciamento do genoma das mesmas foram selecionados possíveis supressores do mecanismo de tolerância à seca de BiP. Dentre os genes identificados, ZAR1 foi selecionado para estudo.Primeiramente foi demonstrado que ZAR1 apresenta expressão aumentada em plantas superexpressando BiPD. Além disso, foram obtidas plantas superexpressando e silenciadas para o gene ZAR1. Ensaio de infiltração de tunicamicina em Arabidopsisthalianamostrou que plantas superexpressando ZAR1 apresentam menor grau de clorose decorrente do processo de morte celular, enquanto que em plantas knock-down para ZAR1 este processo foi acelerado. Estudos mostraram que o regulador de proteína G, RGS1, possui função de dessensibilizar a sinalização mediada por proteína G, além de estar envolvido na regulação em resposta à seca. Este mecanismo ainda não é totalmente conhecido, entretanto foi identificado queproteínas LRRRLK são responsáveispela fosforilação de RGS1 ativando sua modulação das proteínas G. ZAR1 possui sítio de ligação à proteína G e pertence à família das LRRRLK, desta maneira ensaio de co-imunoprecipitação e ensaio de complementação de fluorescência bimolecular foram realizados e, a interação entre ZAR1 e RGS1 foi provada.No entanto, posteriores estudos precisam ser realizados para identificar o mecanismo envolvido nesta interação, além de qual resposta é desencadeada após essa interação. Estes resultados indicam uma correlação direta entre ZAR1 e morte celular induzida por tunicamicina e apontam favoravelmente para um envolvimento direto de ZAR1 como supressor do mecanismo de ação de BiP.
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    Diversidade e evolução do tamanho de genomas: uma perspectiva em Formicidae e Bromeliaceae
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-23) Moura, Mariana Neves; Cristiano, Maykon Passos; http://lattes.cnpq.br/7371010649780052
    O tamanho do genoma, também denominado conteúdo de DNA, quantidade de DNA ou DNA C-valor, foi descrito como um traço que "encontra-se exclusivamente na interseção do fenótipo e genótipo" e o tamanho do genoma em eucariotos varia em cinco ordens de magnitude, com uma distribuição enviesada em torno de valores pequenos, cerca de 2 picogramas (pg). Na família Formicidae o método para estimar o tamanho do genoma ainda é pouco difundido, o que torna difícil comparar estudos e compreender a evolução desse traço. Neste estudo, reunimos e investigamos a informação sobre o tamanho do genoma em formigas, compilando o conteúdo de DNA estimado. Analisamos também o método aplicado, o tipo de tecido utilizado e o padrão interno. Todos os valores foram colocados em uma árvore filogenética e os valores médios das subfamílias foram então comparados estatisticamente (Capítulo 1). Padronizamos um protocolo de citometria de fluxo (FCM) em formigas; analisamos, entre os padrões internos atualmente utilizados em citometria de fluxo para insetos, o que é o mais recomendado para formigas; avaliamos a eficácia da citometria de fluxo na análise de diferenças no conteúdo de DNA entre colônias de diferentes locais, ou seja, testamos a aplicabilidade da citometria de fluxo em estudos envolvendo genética de populações (Capítulo 2). Também expandimos o banco de dados de tamanho de genoma para Formicidae; estabelecemos um protocolo de determinação de composição de bases AT/GC através de citometria de fluxo em formigas; examinamos os padrões de distribuição e variação do tamanho do genoma e da composição de bases entre os táxons; fornecemos uma perspectiva filogenética sobre a evolução do tamanho de genoma na família e reconstruímos o estado ancestral desse traço (Capítulo 3). Drosophila melanogaster foi um padrão interno melhor do que Scaptotrigona xanthotricha, uma vez que a maioria das formigas estudadas possui tamanho do genoma (valor 1C) correspondente ao de S. xanthotricha, o que resulta em uma sobreposição de picos nos histogramas; como D. melanogaster tem um tamanho de genoma menor isso não acontece, sendo o padrão interno mais apropriado para formigas. O tampão Galbraith foi mais eficaz para Myrmicinae e Pseudomyrmecinae, e LB01 para Ectatomminae e Ponerinae. O tampão OTTO também funcionou, mas com um coeficiente de variação maior que o considerado aceitável (<5%). No capítulo 2, o tamanho do genoma estimado variou entre as populações das quatro espécies estudadas essa variação pode estar relacionada ao estresse na colonização de novos ambientes. A citometria de fluxo mostrou ser um método eficaz de quantificação de DNA em formigas e aplicável em estudos de genética de populações. O coeficiente de variação entre os dias não foi significativamente diferente, o que reflete a eficácia do método e a estabilidade do equipamento. Novas estimativas de tamanho do genoma foram apresentadas para 100 espécies de formigas, 92 das quais correspondendo a novas espécies e o tamanho médio do genoma da família Formicidae foi de 0,38 pg. A relação AT/GC obtida para a família foi AT = 62,40% e GC = 37,60%. No capítulo 3, a família Formicidae foi recuperada como um clado com alto valor de probabilidade posterior na análise filogenética. O tamanho do genoma ancestral reconstruído para Formicidae foi de 0,38 pg de acordo com o método de Inferência Bayesiana e 0,37 pg de acordo com os métodos ML e Parcimônia e diferenças significativas no tamanho de genoma foram observadas entre as subfamílias amostradas. Os resultados deste estudo sugerem que a evolução do DNA C-valor em Formicidae ocorreu devido à perda e acumulação de regiões não codificadoras, principalmente elementos transponíveis e, em alguns casos específicos, por duplicação completa do genoma. No entanto, os processos por trás dessas expansões e retrações do genoma ainda precisam ser entendidos, principalmente através de estudos de diversificação de espécies, a fim de verificar se essas mudanças no conteúdo de DNA estão relacionadas ao processo de colonização da espécie, como sugerido no nível intraespecífico.
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    Avaliação da atividade antimelanoma in vitro e in vivo de um derivado de dibenzoilmetano de uso tópico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) França, Andressa Antunes Prado de; Diaz, Marisa Alves Nogueira; http://lattes.cnpq.br/1081080156647658
    O câncer, atualmente, é a segunda causa de morte por doenças no Brasil, e o câncer de pele do tipo melanoma é a principal causa de morte dentre as afecções da pele. Neste sentido, considerando-se o impacto social e relevância da doença, buscam-se novas opções de terapias que sejam mais eficazes contra esses agravos. Os dibenzoilmetanos constituem uma classe de compostos que vem sendo amplamente investigada, devido às suas já conhecidas propriedades fotoprotetoras, anti-inflamatórias e antitumorais. Assim, o presente estudo teve como objetivo a avaliação das propriedades antimelanoma de um derivado de dibenzoilmetano com finalidade de aplicação tópica. O composto 1,3-Difenil-2-benzil-1,3-propanodiona foi sintetizado a partir de 1,3-difenil-1,3-propanodiona (dibenzoilmetano). Os ensaios in vitro de citotoxicidade com MTT foram realizados com 3 x 10 3 células plaqueadas por poço em placas de 96 poços, e o composto nas concentrações 0,25 µg/mL, 2,5 µg/mL, 25 µg/mL e 250 µg/mL, com tratamento das células por 48h. O composto apresentou IC 50 de 53,05 µg/mL para as células da linhagem B16F10, derivadas de melanoma murino, e 225,5 µg/mL para as células da linhagem melan-A, derivadas de melanoblastos normais murino, com índice de seletividade de 4,25. Isto significa que o composto é 4,25 vezes mais seletivo para as células de melanoma do que para os melanócitos, o que indica potencial terapêutico para testes in vivo. O teste in vivo foi realizado com base em um modelo de melanoma murino, utilizando-se camundongos da linhagem C56Bl/6, com inoculação subcutânea de 1 x 10 5 células B16F10 na região cervical, e tratamento tópico no mesmo sítio onde foi induzido o tumor. O tratamento foi realizado utilizando-se um gel transdérmico, contendo o composto nas concentrações de 1 mg/mL e 3 mg/mL, e 2% de Aristoflex® como agente gelificante, 5% de propilenoglicol como umectante, 10% de dimetilsulfóxico (DMSO) como promotor de absorção e álcool 70% como inibidor microbiano (q.s.p). O tratamento foi iniciado 24 horas após a indução do tumor, e durou 21 dias. Terminado este período, os animais foram eutanasiados, e foram coletados o tumor, fígado, rim e pulmões dos animais para análises histológicas, além do sangue, para análise do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) do soro. A avaliação do volume tumoral indicou diferenças significativas entre os animais não tratados e os animais tratados, com os animais tratados apresentando menores tumores. Além disso, o VEGF também se apresentou aumentado nos animais não tratados, o que pode representar um possível mecanismo pelo qual o composto esteja agindo sobre as células tumorais. A avaliação histológica das amostras de tumor mostraram amplas áreas necróticas no material coletado a partir dos animais tratados, e indicativos de morte celular por apoptose. Ademais, o fígado se apresentou mais preservado nos animais tratados do que nos animais doentes sem tratamento, ou tratados com a formulação sem o composto ativo (branco). Nas amostras de rim não foram encontradas alterações histológicas, e nas amostras de pulmão, não foi identificado nenhum foco de metástase. A partir destes resultados, pode-se concluir que o composto apresentou significativo papel terapêutico contra o melanoma, com base na rota de distribuição transdérmica da droga.
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    Formulação do fungo Duddingtonia flagrans em farelo de arroz no controle de nematoides parasitos gastrintestinais de bovinos e equinos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-05-15) Fausto, Guilherme Costa; Araújo, Jackson Victor de; http://lattes.cnpq.br/3079883344284036
    A criação de bovinos e equinos vem crescendo em todo o território nacional, porém um grande obstáculo à criação desses animais é a presença de nematóides parasitos gastrintestinais e pulmonares. Estes são responsáveis por perdas econômicas ao debilitar o animal parasitado, promovendo queda na produtividade, e em alguns casos, podendo levar ao óbito. O controle destes parasitos vem sendo realizado, tradicionalmente, com drogas anti-helmínticas. Contudo, devido ao aparecimento da resistência a esses compostos, muito se tem discutido sobre formas alternativas de controle. Uma alternativa viável e promissora no combate aos nematoides gastrointestinais, que vem sendo estudada, é a utilização de fungos nematófagos. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos da utilização do produto Bioverm ® como veiculador da amostra de D. flagrans, administrado na dose de 1g da formulação contendo 1x10 5 clamidósporos para cada 10 kg de peso corporal, sobre a carga parasitária em bovinos e equinos. A formulação foi avaliada por meio da contagem de ovos por grama de fezes (OPG), coprocultura e contagem de larvas nas pastagens, além da avaliação do ganho de peso. Em equinos, foi observada influência significativa do Bioverm ® sobre o ganho de peso e OPG. A recuperação de larvas a partir de coproculturas revelou a predominância de pequenos estrôngilos em relação aos grandes estrôngilos. Houve também diferença estatística entre a média dos grupos e no número de larvas de pequenos estrôngilos recuperadas na pastagem. Também foi observada alta correlação entre a quantidade de larvas recuperadas da pastagem e a temperatura média durante o período experimental. No experimento realizado com bovinos, não houve diferença significativa em relação ao ganho de peso médio diário. Em relação ao OPG, na comparação entre os grupos, observou-se nos meses de fevereiro, maio e julho, valores maiores no grupo controle em relação ao grupo tratado. A recuperação de larvas a partir de coproculturas revelou a predominância de Haemonchus, seguido por Cooperia e Oesophagostomum respectivamente. Não houve diferença significativa no número médio total de larvas recuperadas na pastagem quando comparado os grupos controle e tratados. A análise entre as médias mensais de OPG e os dados de precipitação pluviométrica, umidade relativa do ar e temperatura, demonstrou uma correlação positiva, somente no grupo controle e em relação à temperatura. O uso dos clamidósporos de D. flagrans presentes no Bioverm ® demonstrou auxiliar no controle biológico de parasitas gastrointestinais de bovinos e equinos.
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    Relação entre variáveis da síndrome metabólica em equinos da raça Mangalarga Marchador sob diferentes condições de manejo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-19) Barros, Thauan Carraro de; Valente, Fabricio Luciani; http://lattes.cnpq.br/1824691379263142
    A síndrome metabólica equina (SME) é uma condição de extrema importância nos equinos e que predispõe os animais acometidos ao desenvolvimento de laminite. SME é caracterizada pela manifestação de três fatores: obesidade ou adiposidade regional, resistência à insulina e laminite clínica ou subclínica. Estímulo à atividade física é uma das medidas de manejo recomendadas para a prevenção e o tratamento da SME. Existem vários testes para o diagnóstico da resistência à insulina, bem como para a SME. Assim, este trabalho tem por objetivo avaliar os sinais clínicos, a resistência à insulina e o acúmulo de gordura em animais com diferentes condições de manejo. Para isso, 17 equinos da raça Mangalarga Marchador com diferentes escores corporais e de propriedades com diferentes tipos de manejo foram utilizados. Os animais foram submetidos a exame clínico e anamnese, bem como avaliação de variáveis morfométricas, adiposidade e sinais de laminite. Em seguida, foram submetidos ao teste de resistência à insulina por teste de glicose oral e mensuração da glicemia e insulinemia em três tempos. Os dados obtidos foram analisados por correlação ou testes de frequência de acordo com cada caso, considerando nível de significância de 5%. Os valores para glicose sérica não variaram entre os grupos (p=0,787), porém diferiram ao longo do tempo (p<0,001), as alterações no exame físico podem ter sido influenciadas pelo sistema de manejo da propriedade, animais sedentários apresentam maiores camadas de gordura localizadas. Conclui-se que as formas de manejo podem alterar os sinais clínicos durante a contenção, animais sedentários tendem a ter maior acúmulo de gordura localizada e outros testes devem ser realizados a fim de diagnosticar a resistência à insulina.
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    Parasites of Didelphis aurita opossums captured in urban environments from Southeastern Brazil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-31) Santos, Marcos Antônio Bezerra; Campos, Artur Kanadani; http://lattes.cnpq.br/1969054260766795
    Didelphis spp. are marsupials well adapted to anthropogenic activity, playing important role in the dissemination of pathogens to humans and domestic animals due to their circulation between the wild and the urban environment. Several parasite species, consisting of vectors of zoonotic pathogens (i.e. ticks and fleas), helminths and protozoa affect these marsupials. The aim of this study was to evaluate the parasitic fauna of D. aurita, and identify arthropod borne pathogens transmitted by ticks and fleas. From January to June 2019, 58 D. aurita were captured and ectoparasites, blood, spleen and fecal samples were collected for molecular and parasitological tests. DNA of ticks, blood and spleen samples was extracted and screened for Rickettsia, Borrelia, Babesia spp. and Anaplasmataceae by conventional Polymerase Chain Reaction (PCR). Blood and spleen DNA samples of 57 animals were further screened for Toxoplasma gondii by real time PCR (qPCR). Two tick species were identified, Ixodes loricatus in 41.38% (24/58) and Amblyomma sculptum in 1.72% (1/58) of the animals. For fleas, Ctenocephalides felis felis was detected in 60.34% (35/58) of the animals, and Xenopsyla cheopis in 5.17% (3/58). PCR analysis detected Anaplasmataceae DNA in 34.04% (n = 16/47) pool samples of C. felis felis, and in 66.66% (n = 2/3) pool samples of X. cheopis. Sequence analysis of the products revealed Wolbachia pipientis symbiont in all positive samples. Tick, blood and spleen samples scored negative for other pathogens assessed by conventional PCR. T. gondii DNA was detected in 26.32% (15/57) of the animals and BLAST analysis demonstrated 100% homology with sequences available in the GenBank database. Fecal samples were evaluated by parasitological procedures. Eggs and oocysts were analyzed at different magnifications (400x and 1000x), and their identification, together with adult nematodes, was established on morphological and morphometric features. Of all samples analyzed, 87.76% (n = 43/49) scored positive for at least one gastrointestinal parasite, being 83.67% (41/49) for helminths, and 65.30% (32/49) for protozoa. For Cryptosporidium, only 13 samples were evaluated due to insufficient amount of feces obtained of some animals. A frequency of 23.08% (3/13) was reported for this parasite. Samples positive for Eimeria spp. oocysts were allowed to sporulate in 2.5% potassium dichromate (K 2 Cr 2 O 7 ), and detailed morphometric analyses were performed to determine the species present. Opossums were infected with from one to five Eimeria spp. Four of the eimerians were discovered, described and named by others: E. auritanensis, E. caluromydis, E. gambai, and E. philanderi. Additionally, sporulated oocysts of a species new to science, herein named as Eimeria vicoensis n. sp., were detected. Data herein obtained demonstrated the parasitism in D. aurita by some species of ectoparasites, including those commonly found in domestic animals (C. felis felis and A. sculptum), and high infection rates by several helminths and protozoa species, including those with zoonotic potential. These findings imply that these opossums may be involved in zoonotic cycles of these parasites in urban environments; however, further studies are needed to elucidate the extent to which these animals are involved in the dissemination of these pathogens. Keywords: Didelphidae. Ticks. Fleas. Helminths. Protozoa.