Ciências Biológicas e da Saúde

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    Aprimoramento do diagnóstico de Leishmaniose visceral canina por ELISA usando o antígeno NTPDase-2 de Leishmania (Leishmania) infantum chagasi e padronização do diagnóstico por imunocromatografia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-23) Souza, Anna Cláudia Alves de; Fietto, Juliana Lopes Rangel; http://lattes.cnpq.br/5714686709236004
    A leishmaniose visceral canina (LVC), causada pela Leishmania infantum chagasi é foco de diversos estudos, devido à relevância do cão como reservatório. No Brasil, a eutanásia de cães infectados é usada como controle da doença, orientada pelas técnicas de RIFI e ELISA. Porém estas técnicas apresentam limitações, que justificam o aprimoramento do diagnóstico. Em um trabalho prévio do nosso grupo, a proteína recombinante NTPDase-2 de L. infantum chagasi foi usada como antígeno em ensaios de ELISA, mostrando bom potencial para esta aplicação. O objetivo deste trabalho foi aprimorar o diagnóstico por ELISA. Para isto, foi feita a purificação manual e automatizada (FPLC). As purificações manuais forneceram maior grau de pureza e o processo em FPLC forneceu maior rendimento. Assim, várias purificações foram testadas, a fim de obter alto grau de pureza em sistema automatizado. Novos ELISAs foram realizados usando diferentes quantidades de antígeno (0,1 – 0,5 µg), diferentes diluições do soro de cães positivos e negativos (1:40; 1:80 e 1:160) e diferentes substratos de desenvolvimento de cor (TMB e OPD) para revelação. A influência da conformação do antígeno foi avaliada usando-o em condição nativa ou desnaturada. Na padronização do ELISA, 0,1 µg de antígeno e diluição do soro 1:160 foram as melhores condições. O uso de TMB e OPD não geraram diferenças significativas. Além disto, o antígeno renaturado também não levou à diferença significativa, indicando que o reconhecimento antígeno x anticorpo independente da conformação do antígeno. Quanto às purificações em FPLC, a melhor foi obtida usando 0,5 pellet bacteriano referente a 400 mL de indução, que forneceu grau de pureza de 96,6%. Além disso, foram feitos testes preliminares para a padronização deste antígeno em testes imunocromatográfcos. Foram padronizadas as conjugações da Proteína A e anti-IgG de cão a ouro coloidal de 40 nm. Para a linha controle, foi padronizada a concentração 2,5 µg/µL de IgG de cão na membrana de nitrocelulose e diluição do conjugado de 5x. Nossos dados confirmam que a NTPDase-2 tem potencial para o diagnóstico da LVC e que é possível melhorar os níveis de detecção de anticorpos variando as condições do ensaio. Além disto, foi possível iniciar a padronização de um teste imunocromatográfico que poderá futuramente trazer nova alternativa para o diagnóstico da LVC.
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    NIK1 (Nuclear shuttle protein-interacting kinase), um novo componente da via de resposta a brassinosteróides
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-27) Ferreira, Marco Aurélio; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/1816104875180710
    O receptor LRR-RLK (Leucine-rich repeat receptor-like kinase), designado NIK1 (NSP-interacting kinases), está envolvido na resposta imunológica em plantas contra Germinivirus. NIK1 foi inicialmente descrito por interagir com a proteína viral NSP (nuclear shuttle protein), proteína que participa do transporte de DNA viral do núcleo para o citoplasma de células infectadas. Com alta similaridade estrutural a NIK1, BAK1 (Brassinosteroid Insensitive Associated Kinase1), também conhecida como SERK3 (Somatic Embryogenesis Receptor Kinase3), é um receptor LRR-RLK de membrana que desempenha um duplo papel em vias de sinalização, podendo atuar como um coreceptor de BRI1 na presença de BR ou mediar respostas de defesa contra patógenos. Na via de crescimento desencadeada por brassinosteróides (BRs), BAK1 interage com BRI1 (Brassinosteroid-insensitive1) na membrana plasmática e ativa a função de cinase desta proteína. Recentemente, através de dados de RNA-seq, foi demonstrado que inativação da função de NIK1 no nocaute nik1 (Salk_060808) induz a expressão de genes envolvidos na resposta a BRs e desenvolvimento, indicando uma possível comunicação cruzada entre a via de sinalização antiviral mediada por NIK1 e vias de sinalização de desenvolvimento. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o papel de NIK1 na via de resposta a BRs. Arabidopissis thaliana, linhagem nik1 nocaute, foi transformada com as construções de DNA 35S:BAK-NIK1_GFP e 35S:NIK1-BAK1_GFP, sendo que a expressão dos transgenes e localização subcelular na membrana das proteínas quiméricas foram confirmadas por RT-PCR e microscopia confocal, respectivamente. Análises fenotípicas de plantas expressando as construções quiméricas BAK1-NIK1 e NIK1-BAK1 indicaram deficiência na via de desenvolvimento induzido por BR, uma vez que o fenótipo destas plantas transgênicas se assemelharam muito ao mutante bak1-4, deficiente na sinalização por BR. Além disso, a ativação da via de sinalização por BRs foi avaliada por meio de crescimento de hipocótilo e de análise da expressão de genes marcadores induzidos por brassinolídeo (BL). Em nik1, o tratamento com BL estimulou o crescimento do hipocótilo e induziu genes marcadores associados à sinalização por BR, embora em menor intensidade do que em Col-0, indicando funcionamento da via de desenvolvimento induzida por BR nesta linhagem nocaute. Expressão de ambas as proteínas quiméricas em nik1 mutante, que expressa os genes BAK1 e BRI1 normalmente, restaurou o fenótipo insensível a BL, típico do nocaute bak1-4. Claramente, a expressão dos genes quiméricos interferiu negativamente com a via de sinalização de BR, uma vez que nas linhagens transgênicas, BL não estimulou o alongamento do hipocótilo e tampouco a indução da expressão de genes marcadores associados à via de sinalização de BR. Estes resultados indicam que as proteínas quiméricas atuam como alelos mutantes transdominantes negativos na sinalização por BR. Esta hipótese foi fundamentada pela capacidade de NIK1 de interagir com BAK1, conforme previamente demonstrado, e com o domínio cinase de BRI1, demonstrado nesta investigação por meio de duplo híbrido em leveduras. Embora não se tenha observado uma ativação aumentada da resposta a BR no nocaute nik1, provavelmente devido a redundância funcional da subfamília NIK, os fenótipos resultantes da expressão das proteínas quiméricas, contendo ou o domínio LRR ou o domínio de cinase de NIK1, sugerem que NIK1 atue como um regulador negativo da sinalização por BR.
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    Revisitando a superfamília NAC no genoma da soja: identificação e caracterização de novos membros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-26) Melo, Bruno Paes de; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://lattes.cnpq.br/0802300412651716
    A recente liberação de uma nova anotação do genoma da soja (Glycine max) levantou a possibilidade da existência de novos genes pertencentes à superfamília NAC (NAM, ATAF e CUC). Os genes NAC codificam fatores de transcrição envolvidos no controle da morfofisiologia dos vegetais e nas respostas aos estresses ambientais. Neste trabalho, nós realizamos a revisitação do genoma da soja e o confrontamos com a estrutura altamente conservada do domínio NAC na busca de genes ainda não descritos na literatura. Nossa varredura identificou 32 novos genes candidatos, atualizando a superfamília para 180 membros. Também reaizamos uma análise filogenética e agrupamos todos os genes em cinco grandes subfamílias, baseado na ortologia com genes de Arabidopsis thaliana e na proximidade filogenética com genes de soja cujas funções já foram caracterizadas. Por fim, procedeu-se à clonagem de três representantes da superfamília, sendo dois já descritos e um membro novo, que foi avaliado quanto à sua localização nuclear e sua capacidade de transativação em leveduras. Para validar as análises in silico da presença de novos genes NAC no genoma da soja e sua relação com respostas fisiológicas, quatro genes tiveram seus perfis de expressão gênica em condições de estresse monitorados por qRT-PCR, sendo que três deles eram novos membros encontrados nesta investigação. Estes resultados forneceram evidências de que os novos genes são provavelmente expressos e fundamentaram um inventário mais completo da superfamília de NAC da soja para futuras análises.
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    Genoma mitocondrial no estudo filogenético de carrapatos pertencentes às famílias Ixodidae e Argasidae
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-10-20) Lima, Paulo Henrique Costa de; Siqueira, Cláudio Lísias Mafra de; http://lattes.cnpq.br/8801524582994047
    Dentro da família Ixodidae, relatos recentes descreveram que o cruzamento de carrapatos de populações do táxon Amblyomma cajennense provenientes de diferentes regiões geográficas, apresentavam desempenho reprodutivo com taxa de fertilidade reduzida, podendo este táxon englobar um complexo de espécies diferentes, com subtipos determinados pela distribuição biogeográfica. Por estudos morfológicos, filogenéticos e de biogeografia, concluiu-se que este carrapato deveria ser diferenciado em seis clados definidos por regiões geográficas, todos pertencentes ao Complexo A. cajennense. Considerando este contexto, buscou-se neste estudo ampliar a base de conhecimentos acerca do genoma mitocondrial completo do carrapato Amblyomma sculptum, e diferenciá-lo do Amblyomma cajennense, ambos subtipos e pertencentes ao Complexo A. cajennense. Dentre os achados, destacam-se o gene ND5 e as regiões controle 1 e 2 com características que os credenciam a atuarem como marcadores moleculares evolutivos para a diferenciação destes dois subtipos de carrapatos. Análises comparativas futuras fazem-se necessárias com sequências mitogenômicas dos demais membros do Complexo A. cajennense. Na família Argasidae existem indivíduos que são morfologicamente de difícil identificação. Esta dificuldade ocorre tanto com espécimes adultos, quanto em estádios imaturos, constituindo assim, um importante obstáculo para o estabelecimento de arranjos taxonômicos mais precisos para esta família de carrapatos, sendo um ponto negativo para estudos filogenéticos e epidemiológicos. Desta forma, para o estudo referente à família Argasidae, realizou-se análises comparativa e filogenética do mitogenoma de Nothoaspis amazoniensis para com outros membros desta família, com o objetivo de promover uma melhor compreensão das inter- relações evolutivas entre os carrapatos argasídeos. Como conclusão, evidenciou-se que a abordagem filogenômica posicionou o mitogenoma de N. amazoniensis em um clado monofilético característico do arranjo taxonômico Cladísta, englobado por representantes das regiões Afrotropical e Neotropical, com parasitismo específico em morcegos, o que pode ser um indicativo de um processo evolutivo de coevolução entre vetor e seu hospedeiro. Paralelamente, também se investigou para o N. amazoniensis, a interação parasita-hospedeiro baseando-se na presença de material genético proveniente da ação hematófaga realizado por este argasídeo em seus hospedeiros. O mitogenoma completo referente ao hospedeiro de N. amazoniensis foi sequenciado, montado e anotado, caracterizando-o como oriundo de animal membro da ordem Chiroptera. Por análise filogenética comparando esta sequência contra outras de representantes da Ordem Chiroptera, depositadas em bancos de dados biológicos, obteve-se a identificação desta em nível de gênero, denominando-a como Pteronotus sp. PV-RO-BRA. Considerando os dados referentes à coleta do argasídeo N. amazoniensis, e aos resultados apresentados para este morcego, neste estudo, conclui-se que o N. amazoniensis apresenta uma dependência evolutiva, não somente ao seu provável hospedeiro do gênero Pteronotus, mas de uma forma geral, ao conjunto de condições específicas ecológicas bióticas e abióticas encontradas em seu ecossistema. No atual estudo, a abordagem filogenômica e o estabelecimento de genomas mitocondriais completos, como estratégias moleculares, foram de fundamental importância na inferência filogenética de carrapatos pertencentes às famílias Ixodidae e Argasidae, como também, no estudo sobre a associação evolutiva entre o N. amazoniensis, seu hospedeiro e o ecossistema habitado.
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    Anotação e montagem de transcriptomas de intestino médio e ovários do carrapato Amblyomma sculptum, antes e após a infecção por Rickettsia amblyommii
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-29) Moreira, Higo Nasser Sant’anna; Siqueira, Cláudio Lísias Mafra de; http://lattes.cnpq.br/3049631592691033
    O objetivo deste trabalho foi construir um catálogo de genes para o genoma funcional dos órgãos internos do carrapato A. sculptum, bem como, avaliar os padrões de expressão gênica no intestino médio (MDG) e ovários (OVA) frente à condições de não-infecção (MNI e ONI) e infecção por Rickettsia amblyommii (MI e OI). Como primeiro passo, foi realizada a construção de um transcriptome de referência à partir da montagem de 9 transcriptomas (200 milhões de reads) derivados do intestino médio (3), dos ovários (2) e das glândulas salivares (4). O De novo assembly gerou um total de 460,445 contigs, a partir dos quais foram preditas 27.308 CDS expressas em no transcriptome total do A. sculptum. O mapeamento das reads derivadas de cada órgão contra o transcriptoma de referencia permitiu a identificação de 25,569 CDS expressas nos intestinos (MDG), 21,230 CDS expressas em ovários (OVA), enquanto que 10.697 CDS foram derivados dos transcriptomas de glândula salivar (SG). A anotação do transcriptoma de referência (27.308 CDS) permitiu a identificação de 23,228 CDS relacionados a processos housekeeping, enquanto que 2.177 CDS apresentaram sequência de peptídeos (SignalP) e foram anotadas como proteínas secretads.Um total de 261 CDS foram anotadas como elementos transponíveis, 20 CDS foram relacionadas à transcritos virais, enquanto que 1,622 permaneceram sem anotação, sendo anotadas com Unknown. Entre as 29 classes de genes housekeeping, destacam-se aqueles relacionados com Sinal de transdução (3.158 CDS), seguido de 1887 CDS anotadas com os transportadores e 1.523 CDS relacionados maquinaria de transcrição. A avaliação individualizada dos transcriptomas MDG e OVA no tocante a infecção e não infecção por R. amblyommii (infectados vs não infectado) revelou um padrão oposto entre os dois órgãos, com quase todos os processos celulares am MDG superexpressos em resposta à infecção por riquétsia, enquanto a maioria dos processos celular em ovário (OVA) foram down regulados em resposta à infecção por R. amblyommii. Essa down regulação de processes em ovários de carrapatos infectados por rickettsiae corrobora estudos in vitro com outras especíceis de carraátos infectados com Rickettsia spp. o que concorda com outros estudos in vivo com foco ovipostue de carrapatos infectados. com queda das funções fisiológicas da femeas ingurgitada e queda no rendimento da oviposição. Também foi observado up-regulação de proteínas no intestino, em resposta à infecção, sendo essas relacionadas com processes de infecção rickettsial em ́celulas de mamíferos bem como outros invertebrados, tais como actina, complexo Arp 2/3, domínio WASP, proteína tirosina quinase, clatrinas, intergrinas e ontre outras. Estes resultados sugerem que, de forma semelhante à verificada em células de mamíferos e em outras 17 espécies de carrapatos, estas proteínas estar envolvidas durante o processo de infecção do trato intestinal de A. sculptum. No entanto, a down regulação das principais vias metabólicas, maquinaria de replicação e de síntese proteica em ovários em resposta à infecção por Rickettsia (OI contra ONI) indica que esta batéria se constiui uma carga metabólica e fisiológica para os ovários. Alpem de sugerir possível alvos a sere avaliados na interação rickettsia-carrapato, estes resultados também dão suporte à outros estudos e estratégicas para uma melhor compreensão da biologia deste vetor, bem como para o desenvolvimento de estratégias de combate e controle biológico, como vacinas e acaricidas.
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    Análise proteômica de glândulas salivares do carrapato Amblyomma sculptum
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-06-23) Barros, Edvaldo; Siqueira, Cláudio Lísias Mafra de; http://lattes.cnpq.br/9351943615435543
    Os carrapatos são artrópodes hematófagos obrigatórios de grande importância médica e veterinária. Estes artrópodes tem desenvolvido adaptações evolutivas que permitem aos mesmos a sobrevivência por longos períodos de tempo sem se alimentarem ou que, após se alimentarem até a ingurgitação, vivam com a presença de altos níveis de substâncias que estimulam o estresse oxidativo. Além disso, apresentam uma anatomia bem conciliada ao seu modo de vida e aquisição de alimentos. Dentre os principais órgãos do carrapato, as glândulas salivares apresentam grande repertório de proteínas, que desempenham papéis essenciais para o seu desenvolvimento e para a manutenção de sua relação com os hospedeiros vertebrados. Essas proteínas também podem facilitar a transmissão de agentes patogênicos aos hospedeiros. Nesse projeto, o sialome do carrapato Amblyomma sculptum foi analisado utilizando cromatografia líquida acoplada com a espectrometria de massas. Essa abordagem combinada permitiu a identificação de 501 proteínas, das quais, aproximadamente, 15% foram classificadas como proteínas secretadas putativas. As classes do grupo de proteínas secretadas putativas que mais se destacaram foram: a) família das proteínas ricas em glicina; b) família das enzimas secretadas e c) ferritinas. As proteínas ricas em glicina podem desenvolver várias funções, dentre elas, a formação do cone de cemento e a resposta a estresse. Proteínas vinculadas com o citoesqueleto, com a maquinaria de modificação proteica e com o transporte intracelular também foram identificadas, as quais foram reunidas no grupo “putative housekeeping proteins”. A diferença na abundância das proteínas entre os gêneros macho e fêmea, encontradas nas glândulas salivares dos carrapatos A. sculptum, foi indicada pela identificação de proteínas em apenas um dos sexos. As proteínas ricas em glicina, do citoesqueleto e chaperonas foram identificadas em maior número em machos do que em fêmeas, sugerindo que esse gênero esteja melhor preparado para a produção de cemento, resposta ao estresse, modificação proteica e transporte intracelular do que as fêmeas. A caracterização funcional das proteínas permitiu uma correlação dentro de um contexto biológico e facilitou um melhor entendimento sobre o sialome de carrapatos A. sculptum. Essa informação pode auxiliar na identificação de novos candidatos a alvos para o controle de carrapatos, no entanto, estudos adicionais devem ser realizados com o objetivo de melhorar o conhecimento das vias de controle das diferentes funções celulares.
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    Estudo da família de fatores de transcrição Whirly em soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-24) Dadalto, Silvana Pinheiro; Fietto, Luciano Gomes; http://lattes.cnpq.br/0685179668761044
    Plantas submetidas a estresse possuem complexos mecanismos de defesa, que resultam na expressão de proteínas relacionadas à defesa ou a um estado de adaptação. Esta mudança ocorre com a participação de fatores de ranscrição, proteínas que regulam a transcrição de determinandos genes. A família Whirly compreende fatores de transcrição que possuem a capacidade de se ligar ao ssDNA e apresentam-se na forma de tetrameros. Esta família tem papel na proteção ao DNA e formação de nucleóides em cloroplastos e mitocôndrias. Outra característica importante é o transporte das proteínas Whirly do cloroplasto para núcleo, em um processo conhecido como sinalização retrógrada, que está relacionado à resposta a estresses como excesso de luz e ataque por patogenos. Em soja não há, ate o momento, nenhum estudo sobre esta importante família. Assim este trabalho visa o estudo desta família em soja, e tras no capítulo 1uma revisão sobre a familia Whirly com ênfase a resposta a estresses bióticos. No capitulo dois a família Whirly de soja é descrita e a expressão de GmWHY1A é analisada durante resfriamento e após infecção por Phakopsora pachyrhizi. A família Whirly em soja é composta por 18 membros, codificados por sete loci. Os membros foram nomeados com base na similaridade com proteínas Whirly de Arabidospsis thaliana e em análises in silico. Foram divididos em três grupos: 1- com localização predita para o croloplasto; 2- preditas como mitocondriais, e 4- formado por proteínas com localização indeterminada. Cada gene teve sua expressão mensurada em raízes, caule, cotilédones, folhas e trifólios. GmWHY1A foi escolhido para estudos posteriores pelas suas características de expressão e pela similaridade com AtWNHY1. GmWHY1foi reprimido após tratamento com etefon e foi positivamente regulado apos tratamento com Acido salicílico e jasmonato. Durante o estresse por frio e após a infecção por Phakopsora pachyrhizi, GMWHY1A foi reprimido. Tomados em conjunto esses dados sugerem que a expressão de Whirly pode ser regulada através do contato com o fungo.
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    Caracterização de estirpes de Staphylococcus aureus e dispersão de biofilmes por uma lectina tipo C de Bothrops jararacussu
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-29) Aguilar, Ananda Pereira; Ribon, Andréa de Oliveira Barros; http://lattes.cnpq.br/8173710952837463
    A grande diversidade de estirpes de Staphylococcus aureus em circulação nos rebanhos leiteiros reforça a necessidade de uma melhor caracterização dessas bactérias a fim de gerar informações que possam ser usadas no controle da mastite bovina. Neste trabalho, hipotetizou-se que estirpes de S. aureus geneticamente relacionadas causam diferentes formas de mastite. As bactérias S. aureus 302 e S. aureus 322, foram isoladas de vacas com mastite persistente e não-persistente, respectivamente, e apresentaram os mesmos genes de virulência e perfis de bandas idênticos quando genotipadas por análise em multilocus de repetições em tandem de número variável (MLVA). Por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), utilizado como um método genotípico adicional, comprovou-se que as bactérias são geneticamente relacionadas. Apesar dessa proximidade, ensaios in vitro de produção de biofilme, hemólise, invasão e persistência em células mamárias bovinas MAC-T e virulência in vivo em modelo Galleria mellonella comprovaram diferenças significativas entre as estirpes. Os resultados sugerem que apenas a caracterização molecular é insuficiente para correlacionar sintomas da doença à uma determinada estirpe. S. aureus 302 e S. aureus 322, além de S. aureus 469 (mastite persistente) e S. aureus 366 (mastite não-persistente) foram contrastadas por uma abordagem proteômica. Extratos de proteínas totais foram preparados a partir de bactérias crescidas até a fase exponencial e separados por eletroforese bidimensional. Um total de 35 spots com abundância diferencial foi detectado, dos quais três foram exclusivos de S. aureus 302 quando comparada a S. aureus 322 e S. aureus 366 e podem representar marcadores que indicam a persistência da bactéria no animal. Este trabalho também avaliou a dispersão de biofilmes de S. aureus NRS 155 e S. epidermidis NRS 101 pela lectina BjcuL, isolada de Bothrops jararacussu. Essa lectina não impediu a adesão inicial das células e foi capaz de inibir a formação de biofilmes quando pré-aderida a superfícies abióticas. Houve uma melhor atividade sobre biofilme pré-formado de S. aureus NRS 155 em comparação S. epidermidis NRS 101. Por qRT-PCR, detectou-se uma alteração na expressão de genes envolvidos no controle do operon ica, responsável pela produção do polissacarídeo de adesão intercelular. Finalmente, BjcuL foi capaz de restaurar a susceptibilidade de bactérias em biofilme pré-formado a antibióticos como gentamicina e ampicilina, revelando o potencial da estratégia antibiofilme no controle de infecções de S. aureus.
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    Vias de sinalização mediadas por ácido salicílico e metil-jasmonato e papel de GmbZIP89 em resposta à infecção por Phakopsora pachyrhizi em genótipos contrastantes de soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-09-09) Barros, Vanessa de Almeida; Fietto, Luciano Gomes; http://lattes.cnpq.br/5910234854658350
    Uma resposta de defesa efetiva contra patógenos depende de uma grande reprogramação gênica, regulada principalmente por fatores de transcrição. Várias famílias de fatores de transcrição estão ligadas à resposta da planta ao ataque de patógenos e entre elas está a família bZIP (Basic Leucine Zipper). O transfator GmbZIP89 é diferencialmente expresso durante a infecção de P. pachyrhizi em soja, o fungo biotrófico causador da ferrugem asiática. Esse fator possui alta similidaridade com G/HBF-1 responsivo à estresse bióticos e GmbZIP105 responsivo à P. pachyrhizi. Isso sugere que GmbZIP89 possa estar envolvido na resposta a ferrugem asiática. O objetivo deste trabalho foi investigar o papel de GmbZIP89 e da sinalização hormonal durante a infecção por P. pachychizi em soja. Mostramos que no início de infecção ocorre uma resposta via jasmonato (JA) e etileno (ET), seguida da sinalização via ácido salicílico (SA) e em estágios tardios ocorre a indução de resposta via JA. Supomos que TGA2 e ORA59 estejam envolvidos no crosstalk JA/SA durante a infecção. SA pode induzir a expressão de TGA2 e inibir a expressão de ORA59 comprometendo a indução de genes responsivos a JA. Mostramos que nos estágios iniciais e tardios de infecção, P. pachyrhizi mimetiza o ataque de um patógeno necrotrófico, elicitando reposta mediada por JA. Efetores secretados pelo fungo provavelmente levam a regulação transcricional de JAZ1 e COI1, mediando a ativação da resposta via JA. Esses efetores também parecem modular a expressão de GmbZIP89 que pode atuar na ativação de genes responsivos a JA ou na repressão transcricional de genes responsivos a SA, em ambos os casos inibindo a defesa mediada por SA. A inibição da resposta via SA garante uma grande vantagem adaptativa para o fungo, pois impede a morte celular decorrente da ativação da via. A manutenção da integridade do tecido foliar é crucial para patógenos biotróficos que necessitam de tecido vivo para obtenção de nutrientes e, dessa forma, é crucial para a colonização e disseminação de P. pachyrhizi.
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    Identificação de interações proteína-proteína do fator de transcrição GmbZIPE2 de soja (Glycine max)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-22) Fontes, Patrícia Pereira; Fietto, Luciano Gomes; http://lattes.cnpq.br/5869368044435319
    Em vias de defesa envolvidas na interação planta/patógeno e planta/ambiente, a modulação da transcrição é etapa fundamental na ativação de respostas intracelulares. Esses mecanismos são regulados principalmente pelos fatores de transcrição (FT), que entre os mais estudados em plantas estão a família basic leucine zipper motif (bZIP). Interações dos bZIP com outras proteínas modulam a atividade destes transfatores por diversos mecanismos, e essa modulação afeta vias de transdução de sinais nas plantas. O GmbZIPE2 (Glyma05g168100.1) de soja tem sua expressão alterada em resposta à infecção por patógenos e ao tratamento com fitormônios de defesa, sugerindo que esse transfator possa estar envolvido em vias de sinalização de interação planta-patógeno. O objetivo deste trabalho foi identificar interações proteicas do GmbZIPE2 utilizando o ensaio de duplo-híbrido de leveduras. Identificamos que a proteína GmbZIPE2 foi capaz de interagir com G. max uncharacterized LOC100786585 (RbcX), identificada no Phytozome como Chaperonin-like Rbcx Protein, que atua como chaperona no dobramento da Rubisco, e a proteína G. max uncharacterized LOC100777895, cuja função biológica descrita no Uniprot é relacionada à montagem do fotossistema II (PSII). Uma vez que interage com proteínas envolvidas com a fotossíntese e que podem atuar como moléculas sinalizadoras do estado fotossintético da célula, o GmbZIPE2 pode estar relacionado à transmissão de sinais do cloroplasto para o núcleo, atuando na via de sinalização retrógada.