Ciências Biológicas e da Saúde
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Item A importância da profundidade do solo na distribuição de traços funcionais de plantas em gradiente altitudinal(Universidade Federal de Viçosa, 2021-11-08) Brahim, Bruna Pirola; Neri, Andreza Viana; http://lattes.cnpq.br/6298114245893879Sabendo-se que os traços funcionais estão diretamente relacionados à resposta das plantas aos fatores abióticos, este estudo teve por objetivo analisar o efeito de variáveis abióticas como altitude e profundidade do solo em traços funcionais de plantas ao longo do gradiente altitudinal nos campos de altitude no Parque Nacional do Caparaó, MG/ES, Brasil. Nesse estudo utilizamos 600 plots de 1 m 2 (1 x 1m) e os traços funcionais coletados foram comprimento e largura da folha e do fruto, formas de vida, síndromes de dispersão e tipos de pericarpo. Foram realizadas análises de componentes principais (PCA) para explorar o gradiente ambiental e funcional. Os resultados encontrados a partir dos violin plots e bar plots mostraram diferenças significativas entre as cotas altimétricas levando em consideração os traços funcionais foliares e as formas de vida. Por meio dos modelos lineares generalizados (GLM), observamos que existe uma interação entre a altitude e a profundidade do solo. Os resultados indicaram que, além da diminuição dos valores de cobertura em grandes elevações, um dos fatores determinantes para a distribuição dos traços funcionais é o efeito marginal da altitude em diferentes profundidades do solo. Palavras-chave: Vegetação de montanha. Afloramentos rochosos. Diversidade funcional. Efeito marginal. Campo de altitude.Item A impotância taxonômica e ecológica dos osmóforos em Chamaecrista Moench (Leguminosae)(Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-31) Rufino, Priscila de Castro; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://lattes.cnpq.br/8324862058755928Apoucouita é uma das seções de Chamaecrista Moench (Leguminosae) que, diferencia das outras seções, é caracterizada por reunir espécies de porte arbóreo que ocorrem em florestas tropicais. Adicionalmente, nas anotações das fichas de exsicatas das espécies desta seção, é comum o registro sobre a presença de um odor adocicado perceptível ao olfato humano que é exalado pelas flores. Tricomas secretores, coléteres, nectários, cavidades, canais, idioblastos e osmóforos já foram reportados para representantes de Leguminosae, mas carecem de estudos anatômicos sobre estruturas secretoras florais na seção Apoucouita. Objetivando contribuir com informações sobre estruturas secretoras florais em Leguminosae, este trabalho descreveu anatomicamente e histoquimicamente a região responsável pela produção e liberação de odor nas flores de uma espécie da seção Apoucouita, Chamaecrista ensiformis var ensiformis (Vellozo). Espécies pertencentes às outras seções do gênero também foram avaliadas comparativamente. As amostras foram obtidas em coletas de campo e posteriormente processadas conforme metodologias usuais para avaliar a caracterização estrutural das glândulas, bem como a natureza química da secreção produzida. As análises anatômicas juntamente com os resultados dos testes histoquímicos permitiram identificar a epiderme da antera como a região responsável pela produção e liberação do aroma em C. ensiformis var ensiformis (Vellozo). Nas demais espécies avaliadas não foram reconhecidas regiões secretoras anatomicamente equivalentes. Os dados obtidos contribuíram efetivamente para a inferência da presença de osmóforos somente para a espécie da seção Apoucouita. Palavras-chave: Anatomia. Antera. Histoquímica. OsmóforosItem A influência de regiões de contato entre membranas em Arabidopsis thaliana e da variabilidade genética em Pfaffia glomerata na resistência ao alumínio(Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-31) Santana, Brenda Vila Nova; Azevedo, Aristea Alves; http://lattes.cnpq.br/3323250079193229A toxidez do alumínio (Al 3+ ) é um dos maiores fatores limitantes da produtividade agrícola em solos ácidos, por isso, pesquisas sobre resistência ao metal em plantas têm sido de grande interesse. Para este trabalho, objetivou-se elucidar indutores do remodelamento de Regiões de Contato entre Membrana Plasmática e Retículo Endoplasmático (EPCS) em Arabidopsis thaliana, avaliando a importância destas regiões na resistência a íons trivalentes; e investigar as respostas de acessos (Ac22 e Ac43) e citótipos (diploide A22 e autopoliploide P28) de Pfaffia glomerata ao estresse por Al 3+ . Plântulas de A. thaliana foram submetidas ao alumínio (Al 3+ , 0 e 1000 M), lantânio (La 3+ , 0 e 500 M) ou gadolínio (Gd 3+ , 0 e 500 M), os quais induziram alteração no padrão de organização da proteína SYT1 (responsável por estabilizar as EPCS), modificando-o de reticulado para expressivamente pontoado. Entretanto, esta modificação não consistiu em um mecanismo de resistência, já que o crescimento de raiz do mutante syt1 foi igual ao do genótipo selvagem Col-0. Enquanto o tratamento com Al 3+ levou ao acúmulo do fosfoinositol PI(4)P e do PI(4,5)P 2 na membrana plasmática, La 3+ e Gd 3+ induziram o aumento de PI(4)P. Sugere-se que PI(4)P seja o responsável pela indução do padrão pontoado das EPCS em resposta ao Al, La e Gd. No segundo ensaio, P. glomerata foi submetida a 0, 100 e 500 M Al. Ac22 e Ac43 apresentaram redução gradual no valor de massa seca e o acúmulo de Al nas raízes foi expressivamente maior que nas folhas. Para ambos, o reagente Chrome Azurol S detectou Al nos vacúolos e núcleos na folha e na periferia das raízes, principalmente no ápice radicular, onde a descamação de células da coifa foi mais intensa. A baixa translocação de Al para a parte aérea e o armazenamento do metal em vacúolos garantiram a integridade dos tecidos foliares e a descamação de células da coifa apresentou-se como efeito da toxidez do Al, mas também como mecanismo de resistência. A variação na intensidade das respostas endossa a influência da variabilidade genética e sugerem o acesso 22 como o mais resistente. No terceiro ensaio, A22 e P28 de P. glomerata foram submetidos a 0 e 500 M Al. Ambos os citótipos apresentaram redução significativa no comprimento de raiz, mas apenas a matéria seca foliar de A22 reduziu significativamente. A presença de Al na periferia das raízes e a descamação da coifa em P28 não foi tão marcante quanto em A22. Nas folhas, o Al foi detectado no vacúolo em A22, e o resultado foi negativo em P28. Os valores de Fv/Fm, NPQ e ETR evidenciaram que não há limitação fotoquímica nos citótipos, mas houve redução significativa na taxa fotossintética de A22. A atividade de CAT, APX e SOD foi significativamente maior nas raízes do poliploide P28 em resposta ao estresse por Al. A poliploidia induzida de P. glomerata mostrou-se eficiente na criação de um genótipo mais resistente ao estresse por Al que o seu antecessor diploide A22. Palavras-chave: Sinaptotagmina. Chrome Azurol S. Poliploidia. Cultivo in vitro. Metabolismo.Item A sinalização diferencial de auxina mediada por diageotropica e entire modula a tolerância ao alumínio em tomate (Solanum lycopersicum L.)(Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-13) Silva, Regiane Kelly Gonzaga e; Araújo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/5579315054339069Solos ácidos (pH ≤ 5,5), associados a limitações nutricionais e hídricas são as maiores restrições à produção agrícola. Em solos ácidos o alumínio (Al) destaca-se como um dos maiores problemas por se encontrar solubilizado em sua forma catiônica rizotóxica Al 3+ . Essa forma, tóxica para a maioria das plantas, leva à inibição do alongamento radicular e, consequentemente, reduz a absorção de água e nutrientes. A auxina é um hormônio vegetal de importância crucial para diferentes aspectos do crescimento vegetal, apresentando influência direta no crescimento radicular. Tem sido demonstrado também que a inibição do crescimento radicular modulada por Al parece interagir com as vias de sinalização de auxina. Nesse contexto, a modulação das vias de biossíntese e/ou sinalização de auxina apresenta-se como uma oportunidade para modular o desempenho vegetal em resposta ao Al 3+ . Assim, o papel da percepção/sinalização diferencial de auxina em respostas à toxicidade por Al foi investigado em tomateiro (Solanum lycopersicum cv. Micro-Tom). Para tanto, plantas com baixa percepção de auxina, diageotropica (dgt) e com sinalização aumentada de auxina, entire (AUX/IAA9), foram submetidas a diferentes doses de Al 3+ (25 e 100 μM) e sua resposta analisada em detalhes. Foi possível observar que a redução na percepção de auxina (dgt) levou a uma maior sensibilidade ao Al, ao passo que o aumento na sinalização (entire) promoveu uma maior tolerância ao Al 3+ . Tais respostas foram mediadas, em larga extensão, por mudanças no metabolismo central, observadas por alterações na capacidade de usar reservas (e.g. açúcares, proteínas e aminoácidos) que, em última instância, afetaram o crescimento radicular. Plantas entire (tolerantes ao Al 3+ ) foram caracterizados por pequenos distúrbios no metabolismo central (e.g. fotossíntese e respiração), ao passo que plantas selvagem (Micro-Tom) e dgt (genótipos sensíveis Al 3+ ) foram caracterizadas por impactos significativos no metabolismo primário e no ciclo celular após exposição ao Al. Os resultados aqui obtidos sugerem que a modulação das vias de sinalização de auxina pode, portanto, fornecer uma oportunidade para melhorar o desempenho de culturas de importância agrícola em resposta ao estresse por Al 3+ , e que as alterações fisiológicas e metabólicas observadas parecem estar relacionadas, em larga escala, com a disponibilidade de energia para o reparo do DNA e o ciclo celular. Palavras-chave: Hormônios vegetais. Crescimento radicular. Metabolismo central. Toxidez.Item A Tribo Ingeae Benth. (Mimosoideae, Leguminosae) no Estado da Paraíba - Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-30) Vasconcelos, Gabriella Carla Leite de; Garcia, Flávia Cristina Pinto; http://lattes.cnpq.br/6742395926984680caracteriza-se pelo hábito arbóreo, folhas bipinadas (exceto em Inga), presença de nectários e numerosos estames formando um único tubo. Engloba 36 gêneros e 935 a 966 espécies de distribuição pantropical. No Brasil ocorrem 355 espécies, distribuídas nos quatroprincipais biomas: Floresta Amazônica (172 spp.), Floresta Atlântica (88 spp.), Caatinga (70 spp.) e Cerrado (68 spp). O presente trabalho consiste no estudo taxonômico de Ingeae no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram realizadas coletas e examinados espécimes depositados nos herbários ASE, CSTR, EAN, HST,HUEFS, IBT, IPA, JPB, MO, PEUFR, R, UFP e VIC. Os tipus dos herbários virtuais RB e K foram consultados. Para o Estado da Paraíba, foram registradas 35 espécies pertencentes a dez gêneros: Abarema Pittier(03 spp.), Albizia Durazz.(04spp.), Calliandra Benth.(07spp.), Chloroleucon (Benth.)Britton & Rose(03spp.), Enterolobium Mart.(02spp.), Inga Mill.(12spp.), além dos gêneros Pithecellobium Mart.,Samanea (Benth.) Merr., Zapoteca H.M.Hern.eZygia P.Browne, com uma espécie cada um. Uma nova espécie foi encontrada para o gêneroInga, e será submetida para publicação. Onze espécies são citadas como novas ocorrências para o Estado: Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico, Calliandra depauperata Benth., C. parviflora Benth., C. parvifolia (Hook. & Arn.) Speg., C. pinosa Ducke, C. subspicata Benth., Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, Samanea inopinata (Harms) Barneby & J.W.Grimes, Inga cayennensis Sagot ex Benth., Inga edulis Mart.eZygia latifiolia (L.) Fawc. & Rendle. Os gêneros mais representativos foram Inga e Calliandra, com 12 e sete espécies respectivamente. As áreas de Floresta Atlântica do Estado apresentaram maior diversidade específica, com 28 espécies reunidas emsetegêneros representados nessa formação, enquanto que na Caatinga foram registradas 21 espécies em nove gêneros. Pithecellobium, Zapoteca e Zygia não foram encontrados na Floresta Atlântica e Samanea não está representadona Caatinga.Foram detectados seis padrões de distribuição para as espécies deste estudo: Pantropical (01 spp.), Neotropical (08 spp.), América do Sul (12spp.), Brasil Atlântico Centro- Oeste/Norte (4spp.), Brasil Norte-Nordeste (3spp.) e Brasil Nordeste (05spp.).Foram elaboradas chaves para a identificação de gêneros e espécies, diagnoses, ilustrações, bem como dados de distribuição, habitats, floração, frutificação e comentários taxonômicos são apresentados para as espécies.Item Ação das auxinas na funcionalidade do xilema e ocorrência de “bitter pit” em maçãs(Universidade Federal de Viçosa, 2014-12-16) Miqueloto, Aquidauana; Finger, Fernando Luiz; http://lattes.cnpq.br/4927720107227860O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do ácido naftaleno acético (ANA) e do inibidor de transporte de auxina ácido 2,3,5-triiodobenzóico (TIBA) na diferenciação e funcionalidade dos vasos do xilema, expressão de genes que codificam para proteínas de transporte de Ca no tonaplasto, atividade da pectinametilesterase (PME) e a ocorrência de “bitter pit” (BP), bem como sua influência sobre os atributos físico-químicos em maçãs ‘Braeburn’. Macieiras ‘Braeburn’ foram pulverizadas com duas concentrações de ANA (10 e 20 mg L-1) e TIBA (10 e 20 mg L-1) e como tratamento controle, água destilada. As aplicações foram realizadas semanalmente, durante o período de 50 a 106 dias após a plena floração (DAPF). Os frutos foram colhidos semanalmente, durante o período de 60 a 106 DAPF, e a cada 15 dias dos 107 aos 164 DAPF (até a colheita comercial), e avaliados quanto a funcionalidade do xilema e composição mineral. Os frutos colhidos aos 164 DAPF foram avaliados quanto à permeabilidade de membrana, nível de expressão de genes que codificam para bombas eletrogênicas e transportadores de Ca e atividade da PME. Seis repetições de 100 frutos foram armazenadas em atmosfera do ar a 1 °C e UR 90-95%, por dois meses, e avaliados quanto a coloração da epiderme, respiração, produção de etileno, pH, firmeza de polpa, sólidos solúveis, acidez titulável, Ca solúvel total e incidência e severidade de BP. A aplicação de ANA 20 mg L-1 proporcionou maior funcionalidade do xilema nos sistemas cortical primário e secundário das regiões proximal e distal dos frutos, quando comparado ao das plantas tratadas com TIBA 20 mg L-1. As concentrações de Ca total, aos 60, 89 e 164 DAPF, e de Ca solúvel total aos 164 DAPF, na polpa da região distal dos frutos, foram maiores no tratamento com ANA (10 e 20 mg L-1), comparadas com os demais tratamentos. Frutos tratados com ANA (10 e 20 mg L-1) tiveram redução de ~50% na atividade da PME, na polpa da região distal dos frutos, em relação ao tratamento com TIBA (10 e 20 mg L-1). Os tratamentos com TIBA (10 e 20 mg L-1) aumentaram a expressão de CAX2 e H+-PPase em comparação aos tratamentos com ANA (10 e 20 mg L-1). Após dois meses de armazenamento, os frutos tratados com ANA (10 e 20 mg L-1) apresentaram menores taxas respiratórias e de produção de etileno e exibiram menor coloração vermelha da epiderme no lado mais exposto a radiação solar na planta, em relação aos frutos tratados com TIBA. Plantas tratadas com ANA 20 mg L-1 apresentaram frutos com maiores valores de acidez titulável e sólidos solúveis do que nos demais tratamentos. Os frutos submetidos a aplicação de auxina, mantiveram níveis mais elevados de Ca solúvel total após o armazenamento, o que contribui para a manutenção da integridade da membrana plásmatica e redução na incidência e severidade de BP. De acordo com os resultados obtidos as auxinas contribuem para a redução da ocorrência de BP e para a manutenção da qualidade dos frutos em maçãs 'Braeburn'.Item Ação do alumínio (Al) em Cococcypselum aureum (Rubiaceae), espécie do cerrado acumuladora de Al: uma abordagem morfofisiológica(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-21) Viana, Ivan Becari; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/3634076110574092Os efeitos do Al sobre espécies nativas acumuladoras de Al como Coccocypselum aureum (Rubiaceae), herbácea que cresce em solos do cerrado, ainda são pouco compreendidos. Neste estudo foi avaliado os efeitos do Al sobre parâmetros morfológicos anatômicos, bioquímicos e fisiológicos de C. aurem a fim de verificar se o Al é um elemento benéfico para a espécie e atua como estimulante no metabolismo primário e secundário. Indivíduos de C.aureum foram coletados em solo do cerrado e submetidos por 60 dias aos seguintes tratamentos em hidroponia: tratamento 1 sem Al por 60 dias; tratamento 2 sem Al durante 30 dias e 500 µM de Al por 30 dias subsequentes e tratamento 3 com 250 µM de Al nos primeiros 30 dias e 500 µM por mais 30 dias. No tratamento 1 após 60 dias de ausência de Al, as plantas de C. aureum apresentaram nas folhas cloroses e necroses, e na raiz, região do meristema apical, células com citoplasma e núcleo pouco densos o que esteve relacionado a elevada concentração de Zn nesse órgão. Plantas do tratamento 2 exibiram nos primeiros 30 dias a ocorrência de necroses e cloroses foliares, porém após a adição de Al nos 30 dias subsequentes houve uma total recuperação da parte aérea, além de um maior crescimento radicular. Em plantas do tratamento 3 após 60 dias, foram verificados os menores teores nutricionais, o menor crescimento radicular e produção de folhas, porém ainda assim, com aspecto morfológico sadio. No mesmo período de tempo, um destacamento de células semelhantes a células de borda próximo a região apical foi observado em ambos tratamentos com Al. Houve acúmulo do metal na epiderme (exceto folha), tecidos fundamentais e células do floema na raiz, caule e folha. Adicionalmente, acúmulo de Al também foi registrado em coléteres. Nas análises bioquímicas e fisiológicas, realizadas para os tratamentos 1 e 2, foi verificado que após 30 dias da adição de Al, as plantas do tratamento 2 apresentaram maior teor de clorofila a e b, maior taxa de fotossíntese, condutância estomática, transpiração e as maiores concentrações de glicose, frutose, amido na raiz e de proteínas na raiz e na folha. Apenas a concentração de sacarose foi superior na folha na ausência de Al. Ainda no tratamento 2 houve maior eficiência fotoquímica do PSII em 24, 48 h e 30 dias, após adição de Al, e um incremento significativo na taxa de transporte de elétrons em 48h e, em especial, aos 30 dias. Neste mesmo período, plantas do tratamento 2 também apresentaram maior produção de compostos fenólicos na raiz e na folha, sendo que na folha ocorreu uma sobreposição dos sítios de acúmulo de Al com fenólicos e alcaloides. Adicionalmente, na presença do metal aos 30 dias, houve aumento na abundância relativa de Al na raiz, no caule e na folha e de N, K, Mg e Fe na folha, de Fe e Cu no caule e P, S, Cu e Zn na raiz. Assim, concluímos que as plantas de C. aureum não se desenvolvem normalmente na ausência de Al e apresentam um desenvolvimento mais saudável na presença desse elemento, principalmente a folha, embora esse desenvolvimento tenha sido mais lento. Portanto, como já documentado para outras espécies acumuladoras de Al de diferentes famílias botânicas, o Al exerce uma ação benéfica sobre a espécie C. aureum. Palavras-chave: Herbácea. Cerrado. Acúmulo de Al.Item Aclimatação da maquinaria fotossintética do cafeeiro à alteração da força-dreno e à seca, em função da restrição do volume radicular(Universidade Federal de Viçosa, 2005-09-02) Ronchi, Cláudio Pagotto; Matta, Fábio Murilo da; http://lattes.cnpq.br/9736715018118319Neste trabalho, foram feitos dois experimentos, conduzidos separadamente e analisados como tal, para investigar (i) os efeitos da restrição do volume radicular no crescimento e aclimatação fotossintética em Coffea arabica e (ii) os efeitos de taxas de imposição e severidade do déficit hídrico sobre a fotossíntese e metabolismo de carboidratos em C. canephora. No primeiro, plantas de C. arabica cv Catuaí Vermelho IAC 44, cultivadas em vasos de diferentes volumes (3 L - pequeno, 10 L - médio e 24 L - grande), foram avaliadas em duas épocas, aos 115 e 165 dias após o transplantio (DAT), de modo a obterem- se diferentes graus de restrição radicular. Os efeitos da alteração na relação fonte:dreno foram estudados, procurando-se investigar os possíveis mecanismos, estomáticos e não-estomáticos, de aclimatação fotossintética. O aumento da restrição radicular causou forte redução no crescimento da planta, associada ao aumento na razão raiz:parte aérea. Os tratamentos não afetaram o potencial hídrico foliar, tampouco os teores foliares de nutrientes, com exceção da concentração de N, que se reduziu fortemente com o incremento da restrição radicular, apesar da disponibilidade adequada no substrato. As taxas fotossintéticas foram severamente reduzidas pelo cultivo das plantas nos vasos de pequeno volume, devido, principalmente, a limitações não-estomáticas, e.g., redução na atividade da Rubisco. Aos 165 DAT, os teores de hexoses, sacarose e aminoácidos diminuíram, enquanto os de amido e hexoses-P aumentaram, com a redução do tamanho do vaso. As taxas fotossintéticas correlacionaram-se significativa e negativamente com a razão hexose:aminoácidos, mas não com os níveis de hexoses per se. As atividades de invertase ácida, sintase da sacarose (SuSy), sintase da sacarose-fosfato (SPS), bisfosfatase da frutose-1,6-bisfosfato (FBPase), pirofosforilase da ADP-glicose (AGPase), fosforilase do amido (SPase), desidrogenase do gliceraldeído-3-P (G3PDH), fosfofrutocinase dependente de PPi (PPi-PFK) e desidrogenase do NADP:gliceraldeído-3-P (NADP-GAPDH), e as razões 3-PGA:Pi e glicose-6-P:frutose-6-P decresceram, particularmente nas plantas sob restrição radicular severa. A aclimatação da maquinaria fotossintética não esteve relacionada a limitações diretas pela redução da síntese de produtos finais da fotossíntese, mas sim a reduções na atividade da Rubisco. Aparentemente, a aclimatação fotossintética foi reflexo do status deficiente de nitrogênio, em função do aumento da restrição radicular. No segundo experimento, plantas de C. canephora (clone 109A) também foram cultivadas em vasos de volumes contrastantes (6 L - pequeno e 24 L - grande), durante 11 meses. Em seguida, foram submetidas ao déficit hídrico, via suspensão da irrigação, aplicando-se, neste caso, duas taxas de imposição (rápida, nos vasos pequenos, e lenta, nos vasos grandes), e dois níveis de déficit hídrico: potencial hídrico na antemanhã (Ψ am ) equivalente a -2,0 MPa (déficit moderado) e - 4,0 MPa (déficit severo). Foram estudadas as respostas da maquinaria fotossintética e do metabolismo de carboidratos à seca, em função tanto da taxa de imposição como da severidade do déficit hídrico. Após suspender-se a irrigação, os níveis de déficit moderado e severo foram atingidos aos quatro e seis dias nas plantas dos vasos de 6 L, e aos 12 e 17 dias naquelas dos vasos de 24 L, respectivamente. Os tratamentos aplicados não afetaram as concentrações de clorofilas e carotenóides. Pequenas alterações nos parâmetros de fluorescência foram observadas, mas apenas nas plantas sob déficit severo, imposto lentamente. Sob déficit severo, os níveis de prolina aumentaram 31 e 212% nas plantas dos vasos pequenos e grandes, respectivamente, em relação aos das plantas-controle. A seca (Ψ am = -4,0 MPa) aumentou o extravazamento de eletrólitos em 183%, independentemente do tamanho do vaso. A taxa fotossintética reduziu-se em 44 e 96%, a Ψ w de -2,0 e -4,0 MPa, respectivamente, em relação às plantas-controle, sem, contudo, observarem-se alterações expressivas nesses parâmetros, em função das diferentes taxas de imposição do déficit hídrico. O déficit hídrico reduziu a condutância estomática e a transpiração, mas apenas quando foi severo. De modo geral, o metabolismo de carboidratos, em resposta à seca, foi afetado pela taxa de imposição do déficit hídrico. Não obstante, as atividades de enzimas- chave do metabolismo do carbono (AGPase, invertase ácida, SuSy, SPS, FBPase, G3PDH, SPase, PPi-PFK) foram pouco ou nada afetadas pelas taxas de imposição e severidade do déficit.Item Acúmulo de alumínio em cloroplastos: implicações ultraestruturais e fisiológicas(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Santana, Brenda Vila Nova; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/3323250079193229O alumínio (Al) é um metal tóxico para a maioria das espécies cultivadas e se liga primariamente a tecidos, estruturas e organelas não fotossintetizantes, o que evita, por consequência, o contato do metal com os cloroplastos. Entretanto, em Rudgea viburnoides, espécie nativa de Cerrado hiperacumuladora de Al, o metal foi detectado nos cloroplastos sem que efeitos nocivos fossem verificados. Por isso, neste trabalho, dados estruturais, fisiológicos e metabólicos de R. viburnoides foram comparados com os de Alibertia edulis, espécie nativa de Cerrado não acumuladora de Al, visando avaliar os possíveis efeitos do acúmulo de Al nos cloroplastos. Em área de Cerrado strictu sensu da Floresta Nacional (FLONA) de Paraopeba – MG, folhas de primeiro e terceiro nó de ambas as espécies foram selecionadas para quantificação de nutrientes, histolocalização do Al, análise estrutural e química sob microscopia eletrônica de transmissão, avaliação de parâmetros fotossintéticos e de fluorescência, além da análise do metabolismo primário e secundário. A concentração de Al nas folhas de A. edulis foi próxima de 1g Al kg -1 de matéria seca (MS), enquanto em R. viburnoides, folhas de primeiro nó acumularam 10 g Al kg -1 MS e as de terceiro, 16 g Al kg -1 MS. Apesar do elevado acúmulo de Al, as espécies estudadas não apresentaram limitação na absorção de nutrientes e houve relação entre a maior concentração de Ca, Mg e Fe e a maior concentração de Al em folhas de terceiro nó de R. viburnoides. A histolocalização do Al confirmou a presença do metal em folhas de R. viburnoides inclusive no interior dos cloroplastos, enquanto em A. edulis o resultado do teste foi negativo. Cloroplastos saudáveis com a presença de plastoglóbulos foram observados em folhas de ambas as espécies e, naquelas de terceiro nó de R. viburnoides, o maior número de plastoglóbulos foi associado ao sequestro de Al no seu interior. Apesar de A, g s e E terem sido maiores em folhas de primeiro nó de R. viburnoides, folhas do terceiro nó apresentaram médias equivalentes às de folhas de terceiro nó de A. edulis. Com isso, junto aos dados de fluorescência, não foi constatada limitação fotoquímica na fotossíntese em nenhuma das espécies. A. edulis apresentou concentrações maiores de amido, aminoácidos e proteínas em relação a R. viburnoides, sugerindo que, na segunda espécie, estes compostos foram degradados e os esqueletos de carbono foram desviados do metabolismo primário para a produção de compostos fenólicos, como flavonoides e fenilpropanoides, os quais agem como antioxidantes e são capazes de quelar o Al. A elevada concentração de Al nas folhas de R. viburnoides e a presença do metal nos cloroplastos não gerou comprometimento estrutural e/ou fisiológico da organela, devido aos ajustes metabólicos que a espécie apresentou. O processo de destoxificação de Al foi constituído pelo maior teor de Ca, Mg e Fe nas folhas, pelo maior número de plastoglóbulos e pelo investimento em vias de biossíntese de compostos fenólicos em R. viburnoides.Item Acúmulo de isoflavonas durante o enchimento do grão de soja e mapeamento de locos que controlam essa característica(Universidade Federal de Viçosa, 2004-03-12) Colombo, Lucinete Regina; Barros, Everaldo Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/2983600944854240Este trabalho foi realizado com a linhagem BARC-8 e a variedade comercial IAC-100, com os objetivos de: analisar a expressão do(s) gene(s) que codifica(m) a(s) enzima(s) sintase de isoflavona (IFS) em soja, e avaliar o acúmulo de isoflavonas ao longo do enchimento do grão em plantas cultivadas em duas diferentes temperaturas; mapear e identificar marcadores do tipo microssatélites e RAPD ligados a QTLs associados à determinação do conteúdo de isoflavonas em sementes de soja. Em um primeiro experimento, as plantas da linhagem BARC-8 e da variedade comercial IAC-100 foram cultivadas em dois regimes de temperaturas: 33/22 e 28/13 °C – dia/noite. Foram detectadas seis formas de isoflavonas ao longo do enchimento do grão de soja (daidzina, genistina, glicitina, malonildaidzina, malonilgenistina e malonilglicitina) tanto para IAC-100 como para BARC-8. Os resultados das análises de variância indicaram ter havido variação significativa para teor de isoflavonas em função do genótipo, da temperatura e dos estádios de desenvolvimento, bem como interação entre os três fatores analisados. A análise da cinética de acúmulo do RNA de IFS, pela técnica de RT-PCR, evidenciou que não há uma relação entre o acúmulo de isoflavonas e a quantidade de transcritos para IFS durante o enchimento do grão. Estudos posteriores deverão ser conduzidos, visando fazer uma análise quantitativa, para poder inferir como se comporta a expressão da IFS ao longo do enchimento do grão e se ocorre influência da temperatura sobre o acúmulo do seu transcrito. No segundo experimento, foi utilizada uma população de 93 plantas F 2 , obtidas do cruzamento entre BARC-8 e IAC-100, que são contrastantes para os teores de daidzina, genistina, malonildaidzina, malonilgenistina, isoflavonas totais e proteína. Os teores das isoflavonas foram determinados por cromatografia líquida de alta eficiência e o teor protéico pelo método de Kjeldahl. A população foi analisada, utilizando-se marcadores microssatélites e RAPD. Foram obtidos 22 grupos de ligação pouco saturados, contendo 82 marcadores, além de 25 marcas não ligada. Na análise de marca simples foram identificados 13 marcadores que explicaram a variação dos teores de daidzina. Destes, o marcador Satt318 explicou 17,39%. Na regressão múltipla, as marcas Satt318, Satt232 e Satt518 explicaram, juntas, cerca de 31,5% desta característica. Seis marcadores explicaram a variação dos teores de genistina. Destes, o Satt318 explicou 16,05% da variação. Na análise de regressão múltipla, as marcas Satt318, Satt350, Satt127 e OPK20 explicaram, juntas, cerca de 34% da variação. Onze marcadores foram identificados para malonildaidzina. Destes, o Satt318 explicou 16,13%. Na análise de regressão múltipla, as marcas Satt318, Satt232, Satt417 e Satt197 explicaram, juntas, cerca de 33% da variação. Dezesseis marcadores foram encontrados para malonilgenistina. Destes, o Satt318 explicou 12,05% da variação. Na análise de regressão múltipla, as marcas Satt318, Satt468, Satt495, Satt350, Satt127 e Satt499 explicaram, juntas, cerca de 45% da variação. Dez marcadores foram identificados para isoflavona total. Destes, o Satt318 explicou 13,59% da variação. Na análise de regressão múltipla, as marcas Satt318, Satt468 e OPAW04 explicaram, juntas, cerca de 26% da variação. Sete marcadores foram identificados para proteína total. Destes, o OPK20 explicou 10,06%. Na análise de regressão múltipla, as marcas OPK20, Satt512, OPU02 e Satt398 explicaram, juntas, cerca de 26% da variação. No mapeamento por intervalo composto, foi identificado um único QTL associado ao teor da isoflavona daidzina no grupo de ligação K, que explicou 28% desta característica. As marcas que mais explicaram as diferentes características avaliadas não foram alocadas no mapa de ligação e, estudos posteriores deverão ser conduzidos, visando aumentar o grau de saturação do mapa. Isto poderá permitir a identificação de QTLs para as diferentes características analisadas.Item Acúmulo e fitotoxidade do flúor em Arabidopsis thaliana (Brassicaceae)(Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-01) Marques, Ana Paula Pires; Azevedo, Aristéa Alves; http://lattes.cnpq.br/2850028239312498O flúor (F), elemento mais eletronegativo da tabela periódica, é liberado para atmosfera por diversas atividades industriais, sendo facilmente absorvido pelas plantas através das folhas. A sua fácil absorção e alta reatividade com biomoléculas torna o F um dos poluentes atmosféricos mais fitotóxicos, pois gera danos oxidativos e altera o desenvolvimento celular. Embora existam muitas informações sobre os efeitos do F na fisiologia e estrutura das plantas, ainda é necessário compreender melhor os mecanismos de tolerância desenvolvidas pelas plantas em resposta ao estresse, e isso se torna mais fácil em uma espécie modelo. Além disso, conhecer os efeitos do F sobre uma espécie modelo de ensaios moleculares é extremamente importante para que análises posteriores de transcriptoma, proteoma e metaboloma sejam realizadas afim de elucidar os mecanismos de ação do poluente. Arabidopsis thaliana é uma planta modelo muito utilizada em trabalhos moleculares e ecotoxicológicos e, apesar das inúmeras vantagens de se trabalhar com essa espécie, são raros os estudos sobre os efeitos do F na mesma. Desta forma, objetivou-se compreender os efeitos do F em A. thaliana, e os mecanismos de defesa dessa espécie envolvidos no combate à fitotoxidez causada por este elemento. Para isso, plantas de A. thaliana foram submetidas à nevoeiros com 0, 20, 40 e 80 mg F L-1 por dez dias consecutivos, aplicando-se 15 mL de solução duas vezes ao dia. Ao término do experimento foram feitas coletas para a determinação do teor de F, e para avaliações das alterações morfoanatômicas, micromorfológicas, e fisiológicas. A. thaliana acumulou altíssimas concentrações de F nas folhas, mesmo nas plantas expostas a 20 mg F L-1, as quais não desenvolveram sintomas visuais de fitotoxidez, o que a caracteriza como espécie hiperacumuladora e tolerante. Nos tratamentos com 40 e 80 mg F L-1, necroses foliares iniciaram com 96 e 48 h, respectivamente, após a primeira aplicação dos nevoeiros, ocorrendo como pequenas manchas acinzentadas distribuídos pela lâmina foliar, incluindo margem e ápices. Foi observada redução na produção de biomassa e murcha foliar em função do aumento de F nos nevoeiros. Os danos na superfície das folhas foram caracterizados pelo aspecto plasmolisado das células, erosão das ceras epicuticulares, deformações das cristas estomáticas e da base dos tricomas, além da ruptura da parede periclinal externa das células epidérmicas. Estruturalmente, foram observadas deformações nas nervuras medianas das folhas, redução do tamanho dos feixes vasculares, e estreitamento da lâmina foliar nas regiões onde as células do parênquima lacunoso colapsaram. Entretanto, nos locais com ocorrência de hipertrofia celular e aumento do número de células no mesofilo houve um aumento da espessura. A face abaxial da folha foi mais afetada pelo F do que a adaxial, sendo observadas reentrâncias, redução do tamanho das células e ruptura da epiderme nessa face, enquanto que a epiderme da face adaxial se manteve intacta. Foi verificado aumento significativo na área dos elementos de vasos na nervura mediana em folhas expostas ao poluente mas sem injúria aparente. O F aumentou os níveis de aldeído malônico, indicando a ocorrência de estresse oxidativo, o qual contribuiu para a redução da assimilação interna de carbono (A), pigmentos fotossintetizantes (por degradação) e respiração (Rd). Além disso, o F elevou a concentração interna de carbono (Ci) e redução da condutância estomática (gs), ocasionada pela obliteração dos ostíolos por fragmentos de ceras epicuticulares, e perda da turgidez pelas células-guarda. Esses resultados sugerem aparentes limitações bioquímicas à fotossíntese, com possíveis reduções da atividade de enzimas do ciclo de Calvin, tais como a RuBisCO. A. thaliana demonstrou elevada tolerância ao F, já que a menor concentração utilizada neste trabalho (correspondente ao dobro da detectada em regiões poluídas) não promoveu danos severos e ainda resultou no elevado acúmulo do poluente nos tecidos. A. thaliana é uma espécie promissora em estudos sobre os mecanismos moleculares de combate ao estresse oxidativo causado pelo F.Item After all, what do wasps want? The choice of sexual partner in the paper wasps Polistes(Universidade Federal de Viçosa, 2015-05-20) Souza, André Rodrigues de; Neto, José Lino; http://lattes.cnpq.br/9060535102862386The choice of sexual partner is of fundamental importance, as there are deep consequences for the animal fitness. This is particularly important when females are genetically monogamic and must store male sperm for a long time and when incestuous copulations may increase probability for the expression of recessive deleterious alleles. Social paper wasps like Polistes fit this situation, but surprisingly little is known about how sexual selection operates in this taxon. Here, we examine proximal and ultimate causes involved in the choice of sexual partner in Polistes paper wasps. We conducted laboratory assays with Polistes simillimus to examine if male visual ornamentation mediates female choice. Also, we examined in the field wether visual ornamentation in Polistes dominula males is used to mediate male- male competition. Finally, we examined, under laboratory conditions, the occurrence of intersexual nestmate discimination by chemical cues in Polistes versicolor. The results suggest that mate choice is a widespread phenomena in Polistes; It is mediated by visual and chemical information; and fitness benefits associated with male individual quality and genetic compatibility are likely candidates to explain the ultimade causes for the evolution of mate choice in these wasps.Item Alterações estruturais em folhas de Panicum maximum Jacq. submetidas à chuva simulada com flúor(Universidade Federal de Viçosa, 2000-06-29) Hara, Suzana; Silva, Eldo Antônio Monteiro daPlantas de Panicum maximum (colonião) foram submetidas a chuvas simuladas com soluções de flúor (15 μg.ml^-1), com o objetivo de identificar as alterações causadas pelo flúor na ultra-estrutura das superfícies epidérmicas e dos cloroplastos. Os sintomas visíveis, ao final do tratamento, foram clorose nas folhas em expansão e clorose e necrose nas folhas totalmente expandidas. Na microscopia eletrônica de varredura, a superfície adaxial não apresentou alterações na cera epicuticular entre os tratamentos e estádios foliares. Na superfície abaxial houve leve redução da cera epicuticular com o desenvolvimento foliar e com o tratamento com flúor. Em alguns casos, a face abaxial das folhas totalmente expandidas (com necrose) apresentava depressão da superfície com perda do contorno das células. Foi observado na varredura enrugamento em ambas as superfícies epidérmicas, nos diferentes estádios foliares e tratamentos, o que, provavelmente, não foi uma resposta ao flúor. Nos cortes transversais da região com clorose (folha em expansão) e abaixo da necrose (folhas totalmente expandidas), observaram-se as seguintes alterações nos cloroplastos das células da bainha: redução do tamanho; formato tendendo a lenticular, diferindo da forma irregular encontrada no controle; redução da quantidade e tamanho de grãos de amido; aumento do número e tamanho dos plastoglóbulos; e estroma mais denso e estrutura de grana e tilacóides mais evidentes. Nos cloroplastos das células do mesófilo houve leve aumento do retículo periférico, e o aumento do número e tamanho dos plastoglóbulos foi mais evidente na região abaixo da necrose. Na região da necrose, todas as células apresentavam-se plasmolisadas. Adjacentes à necrose, os sintomas foram semelhantes aos que ocorreram na região da clorose e abaixo da necrose, no entanto mais intensos e com início de desorganização da estrutura de grana e tilacóides. O conjunto de alterações causadas pelo flúor em P. maximum indicou que este poluente não tem uma ação específica sobre todas as espécies. Recomendam-se estudos mais detalhados para caracterizar melhor a injúria por flúor em P. maximum.Item Alterações fisiológicas causadas pelo arsênio, genotoxidade e importância do mecanismo mismatch repair no reparo do DNA em Arabidopsis thaliana(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-02) Barbosa, Alice Pita; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://lattes.cnpq.br/3328314264518039O arsênio (As) é um elemento não só tóxico, mas também altamente genotóxico aos seres vivos. Muitas lacunas precisam ser preenchidas com relação aos processos causadores de toxidade do As em plantas, bem como os mecanismos de tolerância e sensibilidade a este metalóide. Para isso, plantas de Arabidopsis thaliana (WT, mutantes msh2 e transgênicas repórteres em mutações) e Allium cepa foram expostas a 0, 2, 8 e 16 mg As L -1, durante cinco dias, em sistema hidropônico ou em meio de cultura. As plantas acumularam grandes teores de As nas raízes e apresentaram elevado fator de translocação para a parte aérea, e também alterações no acúmulo de nutrientes. Os sintomas visuais se intensificaram com o aumento da concentração de As na solução nutritiva. As raízes adquiriram coloração escura e aspecto gelatinoso, danificado e aumento no comprimento e densidade dos pêlos; a parte aérea apresentou aumento dos teores de antocianinas e sinais de senescência precoce, bem como alterações na espessura de tecidos. O estresse oxidativo e a redução dos teores de fósforo foram apontados como os principais efeitos do As capazes de causar toxidez, evidenciando os danos indiretos deste elemento no organismo. Foram verificadas importantes alterações fotossintéticas, bem como indícios de danos ao processo de respiração celular devido o aumento da expressão de genes codificantes de oxidases alternativas. Também foram observadas alterações nos teores de açúcares em folhas jovens, maduras e raízes. O As promoveu fragmentação do DNA nos ápices radiculares de A. cepa e aumento das taxas de mutação pontual e de recombinação-não homóloga em A. thaliana. O significativo aumento da expressão dos genes msh2 e msh7, codificadores de enzimas-chave do processo mismatch repair, que realiza o reparo de bases danificadas ou erroneamente inseridas no DNA, sugeriu a importância deste mecanismo no combate à genotoxidade do As em A. thaliana. Isso foi confirmado pela maior sensibilidade observada nas plantas mutantes msh2 ao As, detectada visualmente via aumento da peroxidação de lipídios. Observou-se inibição da atividade da protease caspase-3, associada ao processo de morte celular programada, reforçando a capacidade de inibição da atividade enzimática pelo As.Item Alterações fisiológicas em plantas de batata com metabolismo alterado de sacarose(Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-02) Antunes, Werner Camargos; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://lattes.cnpq.br/6454495897097940A importância relativa da sacarose na osmorregulação das células- guarda (CG) bem como o papel fisiológico da sintase da sacarose (SuSy) em folhas permanece pouco entendido. Neste trabalho, foram investigadas estas questões via análises dos efeitos da modulação da atividade sacarolítica em CG e, conjuntamente, com uma caracterização fenotípica dos efeitos da redução da expressão do gene da SuSy em plantas transgênicas. Análises de trocas gasosas e de parâmetros biométricos em plantas de batata (Solanum tuberosum L. Désirée) transgênicas antisenso da isoforma SuSy 3, sob controle do promotor constitutivo CaMV 35S, e plantas com superexpressão do gene de invetase de levedura sob controle do promotor S1Δ4, específico de CG, foram investigadas. Por um lado, observou-se redução da condutância estomática (g s ) e uma ligeira redução na taxa da assimilação líquida de CO 2 (A) com a redução na atividade sacarolítica em CG (i.e., plantas SuSy 3 antisenso); o fenótipo oposto foi observado nas plantas transgênicas com aumento da atividade sacarolítica especificamente em CG (i.e., plantas com superexpressão da invertase). Os aumentos em A nas plantas com superexpressão da invertase pôde ser explicado como resultante de menores limitações estomáticas à fotossíntese, em relação aos das plantas-controle. Entretanto, as mudanças em A não foram relacionadas com alterações nas taxas máximas de assimilação do CO 2 derivadas de curvas A/C i daqueles genótipos. A redução moderada em A nas plantas SuSy 3 antisenso foi acompanhada por incrementos na área foliar e massa seca da parte aérea, o quê, provavelmente, poderia estar relacionada com a redução na densidade dos tubérculos. Ainda, plantas SuSy 3 antisenso apresentaram aumentos na atividade da sintase da sacarose-fosfato (SPS) e pirofosforilase da ADP-glicose (AGPase), e um decréscimo na atividade da SuSy e invertases ácidas, refletindo em aumentos nos teores de sacarose e amido nas folhas. Os aumentos nas atividades da SPS e da AGPase podem estar ligados à redução no teores de ortofosfato inorgânico. Não foram observads mudanças significativas na composição da parede celular do limbo foliar. Por outro lado, nas plantas com superexpressão da invertase, nenhuma das mudanças nas atividades enzimáticas e nos níveis de açúcares analisados foi observada. Ressalta-se um incremento nos teores do ácido 3-fosfoglicérico e hexoses-P. Analisando-se em conjunto, estes resultados suportam a hipótese de que mudanças em g s foram principalmente devido a mudanças no metabolismo de sacarose, exclusivamente em CG. Não se obteve evidências, neste trabalho, de que a SuSy 3 possa estar envolvida significativamente na síntese de parede celular nas folhas.Item Alterações metabólicas diurnas em microalgas com acúmulo diferencial de reservas em duas fases do crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-13) Covell, Lidiane; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/3894513047549064Existe um crescente interesse na utilização de microalgas para a produção de biocombustíveis, alimentos e outros produtos de valor comercial. As microalgas possuem grande capacidade de fixar CO2 atmosférico e acumular carbono, sobretudo na forma de amido e lipídeos. Entretanto, ainda pouco é conhecida a regulação da biossíntese de amido e lipídeos ao longo do curso diário da fotossíntese e as relações das variações desses metabólitos com o crescimento e a produção final de biomassa. Assim, faz-se necessário uma maior compreensão das vias metabólicas e sua regulação para compreender a fisiologia e os mecanismos envolvidos na biossíntese de amido e lipídeos. Dessa forma o presente trabalho objetivou estudar a biossíntese e degradação do amido, de açúcares e lipídeos ao longo do dia. Foram selecionadas duas espécies de microalgas verdes com diferentes taxas de crescimento e contrastantes quanto a produção de amido e lipídeos totais. Com base nestes critérios foram utilizadas Chlamydomonas reinhardtii CC125, que possui um elevado acúmulo de amido e baixo teor lipídico, e Monoraphidium irregulare BR023, que possui menor conteúdo de amido e maior conteúdo de lipídeo. A cepa de M. irregulare apresentou ao final do cultivo 2,5x106 células/mL, sendo inferior ao verificado para o cultivo de C. reinhardtii (3,5x106 células/mL). Para proteínas foram encontrados valores médios inferiores em M. irregulare aos observadoss em C. reinhardtii. Comportamento similar entre as cepas foi observado para os teores de aminoácidos totais. Verificou-se menores taxas de síntese e degradação de amido para M. irregulare em ambas as fases quando comparado com as respectivas taxas para C. reinhardtii. Foram observadas maiores intensidades de fluorescência para lipídeos em M. irregulare, o que indica que esta espécie apresenta maior teor de lipídeo durante o cultivo em relação a C. reinhardtii. Conclui-se que: (i) os teores de proteínas e aminoácidos estão relacionados diretamente com a taxa de crescimento celular; (ii) lipídeo apresenta variação constante ao longo do dia; (iii) amido apresenta comportamento em ritmo circadiano; (iv) a taxa de degradação mais rápida do amido acompanha o aumento do crescimento, como em C. reinhardtii.Item Alterações morfoanatômicas e fisiológicas nas folhas e nectários extraflorais de Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) em resposta à chuva ácida simulada(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-19) Rezende, Franklin Patrocínio; Silva, Luzimar Campos da; http://lattes.cnpq.br/6444727141959753A chuva ácida é um problema ambiental de escala Global. Este fenômeno promove alterações florísticas e é um dos problemas associados à degradação de florestas tropicais. A Mata Atlântica brasileira é um dos mais ricos hotspots de biodiversidade do mundo e a mesma está sujeita ao impacto da chuva ácida. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar as alterações morfoanatômicas e fisiológicas de Cedrela fissilis à chuva ácida simulada. Essa espécie possui nectários extraflorais nas folhas que são de extrema importância nas relações planta-inseto. Mudas de C. fissilis foram expostas à chuva ácida simulada durante 19 dias consecutivos em casa de vegetação. A solução ácida foi preparada utilizando-se solução estoque de ácido sulfúrico 1N diluído em água destilada, até se obter pH 3,0. O controle foi realizado utilizando-se água destilada. Foram aplicados 50 ml de solução em casa planta diariamente utilizando-se borrifadores manuais. Os efeitos visuais foram avaliados em folhas; os anatômicos, micromorfológicos e histoquímicos foram avaliados em folhas e nectários extraflorais. Foram avaliados, também, trocas gasosas, teor de pigmentos e atividade de enzimas do sistema antioxidativo dessas plantas. O tratamento induziu menos de 30% de dano visual, caracterizado por pequenos pontos necróticos na lâmina foliar. Os sintomas anatômicos e micromorfológicos consistiram em alterações no formato das células epidérmicas, rompimento das mesmas, hipertrofia celular, rompimento e alteração no padrão de divisões das células do mesofilo. Em testes histoquímicos, C. fissilis apresentou acúmulo de compostos fenólicos na epiderme abaxial em ambos os tratamentos, e maior acúmulo na face adaxial das plantas expostas à chuva ácida. Maior acúmulo de carboidratos também foi observado na epiderme da face adaxial das folhas do tratamento. Os nectários extraflorais apresentaram flacidez e rompimento de células da epiderme secretora e retração de protoplasto no parênquima nectarífero. Houve reação positiva para carboidratos e compostos fenólicos em todo o nectário nos testes histoquímicos. A chuva ácida induziu aumento significativo nas taxas de transpiração (E) e redução na eficiência no uso da água (EUA) e na eficiência de carboxilação da Rubisco nas plantas do tratamento. O teor de clorofila B foi menor nas plantas do tratamento, enquanto o de carotenoides aumentou nas mesmas. A atividade da superóxido dismutase (SOD) aumentou nas plantas do tratamento com chuva ácida, enquanto houve redução da atividade da catalase (CAT). Esses resultados indicam que C. fissilis possui diferentes estratégias na neutralização do estresse causado pela chuva ácida, como defesas antioxidativas enzimáticas e não enzimáticas. Dessa forma, C. fissilis apresentou diferentes graus de dano nas diferentes variáveis analisadas. Palavras-chave: Bioindicadores. Poluição atmosférica. Estruturas secretoras. Alterações anatômicas. Alterações fisiológicas.Item Alterações morfoanatômicas foliares em três espécies de Mata Atlântica expostas à deposição particulada em Congonhas (MG)(Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-17) Soares, Graciele Daiane Diniz; Silva, Luzimar Campos da; http://lattes.cnpq.br/3067047528020574A Mata Atlântica é um bioma ameaçado pela grande destruição em virtude da intensa atividade antrópica de exploração e ocupação desordenada do ambiente. Parte do estado de Minas Gerais possui vegetação de Mata Atlântica, onde há intensa atividade minero-metalúrgica, a qual é responsável pela emissão de poluentes atmosféricos, dentre eles está o material particulado (MP). Pouco se sabe acerca do impacto da deposição particulada em plantas nativas do Brasil, porém, acredita-se que poluição atmosférica pode estar contribuindo para o declínio da Mata Atlântica. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar, através de biomonitoramento passivo, a responsividade de Croton urucurana, Lithraea molleoides e Luehea sp. expostas à constante poluição atmosférica emitida pela atividade minerária em uma cidade de Minas Gerais. O experimento de biomonitoramento ocorreu longo de um ano, em dois locais do município Congonhas – MG, sudeste do Brasil: Lobo Leite e Parque Ecológico da Cachoeira (PEC). Foram analisados parâmetros meteorológicos e de qualidade do ar. Foram avaliados nas folhas das três espécies as alterações visuais, anatômicas e micromorfológicas. Foi realizada a quantificação do teor de ferro nas folhas e a histolocalização deste metal foi realizada através de teste histoquímico. Análises químicas de solo também foram realizadas. A avaliação dos parâmetros de qualidade do ar indicou os altos índices de partículas totais em suspensão e de partículas inaláveis em Lobo Leite. A quantificação mostrou que as três espécies estudadas tinham alto teor de ferro nas folhas e através da histoquímica foi possível observar presença deste metal nos tecidos foliares. Croton urucurana apresentou danos apenas nos indivíduos localizados em Lobo Leite. Foi observado retenção de MP, acompanhado de lesões nos tricomas e erosão de cera epicuticular. Também se observou colapso epidérmico e colapso de células parenquimáticas do mesofilo e da nervura central. Foram observados danos em plantas da espécie Lithraea molleoides localizadas em Lobo Leite e no PEC. A abrasão do material particulado ocasionou descamação da cera epicuticular, perda de turgidez na crista estomática e obliteração de estômatos. Houve hipertrofia de células parenquimáticas, colapso de células epidérmicas e subepdérmicas com formação de tecido de cicatrização. Também foi observado colapso do canal secretor. Foram observados danos em plantas da espécie Luehea sp. nos dois locais de monitoramento. Foi observado quebra e perda de turgidez de tricomas da epiderme e de células parenquimáticas, com formação de muitos espaços intercelulares. Pode-se concluir que os altos índices de poluentes atmosféricos em Congonhas são capazes de causar danos na vegetação nativa em ambos os locais de monitoramento, sendo Lobo Leite o local que apresenta um maior número de danos. Palavras-chave: Biomonitoramento passivo. Croton urucurana. Danos anatômicos. Ferro. Lithraea molleoides. Luehea sp. Material particulado.Item Alterações morfofisiológicas e metabólicas causadas pelo glifosato em duas espécies neotropicais e na espécie modelo Arabidopsis thaliana.(Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-09) Silva, Larisse de Freitas; Silva, Luzimar Campos da; http://lattes.cnpq.br/8151104296269659Glifosato (N-(fosfonometil) glicina) é um herbicidas mais utilizados no mundo. Poucos estudos elucidam quais são os efeitos que ele pode provocar em espécies não agricultáveis e na espécie modelo Arabidopsis thaliana Deste modo, o presente trabalho tem como objetivos: avaliar os efeitos que o glifosato provoca nas espécies arbóreas Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae) e Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi (Clusiaceae) tendo em vista as alterações bioquímicas, fisiológicas e anatômicas em resposta ao estresse provocado por ele e quais ajustes metabólicos que ocorrem no sistema antioxidante de A. thaliana quando exposta ao mesmo herbicida. Para tal, indivíduos de H. chrysotrichus e G. gardneriana com oito meses de idade foram submetidos a aplicação na parte aérea, do herbicida RoundUp® ultra, contendo 65% (m/m) de glifosato [N- (fosfonometil) glicina] como ingrediente ativo concentrações de 0, 360, 720, 1080 e 1440 g. ia ha -1 . 72 HAA (horas após a aplicação), foram avaliados os parâmetros bioquímicos e aos 7 DAA (dias após a aplicação) foram obtidos fragmentos foliares para análises anatômicas em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. O glifosato provocou alterações no metabolismo do carbono, fotossíntese e fluorescência em H. chrysotrichus. Foram observadas alterações no sistema antioxidativo enzimático e houve incremento da peroxidação lipídica em ambas espécies. Ocorreram altrações anatômicas a nível ultraestrutural, estrutural e visual, esta última apenas em H. chrysotrichus. H. chrysotrichus mostrou-se ser a espécie mais sensível ao herbicida por apresentar danos mais pronunciados, tendo, portanto, potencial biosindicador/biosensor de áreas impactadas pelo herbicida glifosato. Plantas de A. thaliana foram germinadas em placa de petri contendo meio de cultivo e 20 M de glifosato, após 14 dias, houve coleta das plantas e realização das análises bioquímicas. Houve detecção histoquímica de O 2.- e de peroxidação lipídica nas plantas tratadas e aumento de oxidação de proteínas, indicando que a produção de ROS colocou a planta sob estresse. Ocorreu aumento da atividade das principais enzimas do sistema antioxidativo e do ciclo ascorbato-glutationa nas plantas tratadas, acompanhado da diminuição do teor de H 2 O 2 . Glicose-6 fosfato desidrogenase (G6PDH) e 6-fosfogluconato desidrogenase (6PGDH) foram as desidrogenases com maior atividade nas plantas tratadas. Além disso, 6PGDH se mostrou a enzima mais estável quando tratamos A. thaliana com diferentes poderes redutores e oxidantes, sugerindo que esta enzima pode ser crucial para o fornecimento de poder redutor nesta espécie quando tratada com o herbicida glifosato. A. thaliana apesar de apresentar sintomas de estresse como redução de crescimento e murcha da parte aérea quando tratada com Glyphose é capaz de reajustar seu sistema antioxidante de forma a minimizar os danos causados por este estresse, o que garante a sua sobrevivência neste tempo de exposição e doses utilizadas.Item Alterações na assimilação e metabolismo do carbono em plantas de soja sob condições de atmosfera enriquecida com CO 2(Universidade Federal de Viçosa, 2003-07-08) Lobo, Francisco de Almeida; Cano, Marco Antonio Oliva; http://lattes.cnpq.br/0296723198831816Duas linhagens de soja [Glycine max (L.) Merr.], originadas do Programa de Melhoramento da Qualidade da Soja do Instituto de Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (BIOAGRO), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), foram previamente selecionadas como contrastantes em teores de proteínas nas sementes, taxas fotossintéticas líquidas e produções, com o objetivo de serem avaliadas as alterações na assimilação e no metabolismo do carbono, quando submetidas ao dobro da concentração de CO 2 atmosférico atual (≈720 μmol mol -1 ). As hipóteses testadas foram: (a) plantas sob elevada concentração de CO 2 atmosférico aumentam a taxa fotossintética e a eficiência instantânea no uso da água, (b) o excedente de fotoassimilados, nas plantas crescidas sob 720 μmol mol -1 de CO 2 , contribui para o incremento da biomassa total e da produção de sementes, retarda a senescência foliar e promove maior atividade dos nódulos, incrementando os teores protéicos das sementes e (c) o processo de aclimatação fotossintética depende do tempo de exposição das plantas às elevadas concentrações de CO 2 atmosférico. As plantas foram cultivadas em câmaras de topo aberto, dentro de casa-de-vegetação, sendo que, no interior destas câmaras, as concentrações de CO 2 atmosférico foram permanente monitoradas para que a metade delas permanecesse nas condições atmosféricas atuais e a outra metade, com o dobro da concentração de CO 2 atual. Para atender aos objetivos do trabalho, foram realizadas determinações de intercâmbio gasoso, componentes do rendimento e produção final, teor de carbono e proteína bruta das sementes, teor de carboidratos não estruturais nas folhas, atividade de enzimas do metabolismo do carbono nas folhas e teor de ureídeos na seiva do xilema, em dois experimentos de enriquecimento atmosférico com CO 2 , um a partir da floração, e outro durante todo o ciclo de vida das plantas. Verificou-se que, independentemente da linhagem, as plantas cultivadas sob elevada concentração de CO 2 atmosférico tiveram um incremento na taxa fotossintética da ordem de 75%, na fase de formação das sementes, e de 300%, na fase de início de maturação, quando submetidas aos tratamentos diferenciados de concentração de CO 2 a partir da floração. A eficiência instantânea no uso de água destas plantas aumentou em 142,2%, na fase de formação de sementes, e em 189,2% no início de maturação. Para aquelas plantas mantidas permanentemente sob elevada concentração de CO 2 atmosférico, verificou-se um incremento de 46% na taxa fotossintética, independentemente da linhagem e da etapa de desenvolvimento. Neste caso, a eficiência instantânea no uso de água aumentou em 230,4%, na etapa de completa formação das vagens, e 218,5%, na etapa de formação de sementes. Em ambos experimentos, a maior eficiência instantânea no uso de água foi determinada pelo incremento nas taxas fotossintéticas. Constatou-se que a aclimatação fotossintética foi reversível, que ocorreu somente quando as plantas foram mantidas permanentemente sob elevada concentração de CO 2 e que diferiu entre as linhagens. As plantas cultivadas sob elevada concentração de CO 2 atmosférico apresentaram um incremento na biomassa total e na de sementes da ordem 25,6% e de 30,9%, respectivamente, não apresentando qualquer alteração significativa no índice de colheita, quando os tratamentos diferenciados de CO 2 foram aplicados a partir da floração. Nas plantas que permaneceram todo o ciclo de vida sob o efeito de altas concentrações de CO 2 , esses incrementos foram respectivamente da ordem de 58,0% e 22,1%, porém com redução no índice de colheita que passou de 0,37 para 0,29. O teor de proteína bruta das sementes foi semelhante para as populações de planta, independentemente das linhagens ou dos tratamentos com CO 2 , quando estes foram aplicados a partir da floração, e em média igual a 41,9%. Contudo, as plantas expostas continuamente à elevada concentração de CO 2 atmosférico tiveram reduzido o teor protéico de suas sementes que foi igual a 30,4% em comparação com o controle sob concentração de CO 2 atmosférico atual, que foi igual a 33,7%. Não foi verificado qualquer retardamento na senescência foliar de ambas linhagens sob elevada concentração de CO 2 atmosférico, e tampouco essa condição propiciou qualquer alteração na atividade dos nódulos na etapa de formação de sementes.