Ciências Biológicas e da Saúde
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Item Avaliação epidemiológica e histopatológica dos tumores sebáceos em cães(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-22) Cota, Jéssica Miranda; Conceição, Lissandro Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/3983052694318744Foram analisados os aspectos clínicos de 482 tumores das glândulas sebáceas em cães, diagnosticados no período de 2009 a 2018. No estudo, 36,7% (177/482) dos casos foram diagnosticados como hiperplasia nodular sebácea (HNS), 32,6% (157/482) como epitelioma sebáceo (ES), 17,6% (85/482) adenomas sebáceos (AS), 11,4% (55/482) carcinoma sebáceo epiteliomatoso (CSE) e 1,7% (8/482) carcinomas sebáceos (CS). Não houve predileção sexual. Os animais com idade entre oito e 13 anos foram os mais acometidos. As raças Cocker Spaniel, Poodle, Shih Tzu, Lhasa Apso e Labrador foram as mais prevalentes. Clinicamente, a maioria das lesões apresentou-se solitária e localizada na região da cabeça. Dos casos de CSE, com seguimento clínico conhecido, em 13,8% (5/36) foram observados recorrência local, associada à margem cirúrgica incompleta. Destes, o tempo médio de recorrência pós-cirúrgica foi de 120 dias. O comprometimento do linfonodo regional foi observado em 5,5% (2/36) casos de CSE e um animal apresentou metástase pulmonar. O tempo médio de sobrevida após a excisão cirúrgica foi de dois anos para os casos de CSE caninos. Além disso, foram utilizados critérios histológicos e imunohistoquímica (IHQ) como métodos auxiliares para incluir os tumores com predomínio de células basalóides de reserva na categoria ES (n=14) ou CSE (n=14) em cães. Os critérios histológicos utilizados foram assimetria e necrose e a IHQ para verificar a expressão do receptor para o anticorpo Ki-67 (clone MIB1, código M7240). Após o diagnóstico, os tumores foram avaliados na histologia quanto a assimetria, infiltração do estroma, percentual de necrose e IM. As lesões diagnosticadas como CSE eram multilobulares e assimétricas. A presença de infiltração do estroma não foi um achado histológico frequente nos tumores diagnosticados como CSE. O IM e o percentual de necrose foram maiores nos tumores diagnosticados como CSE quando comparado aos ES (p<0,05). Na avaliação macroscópica os CSE eram frequentemente maiores que os ES (p<0,05). Além disso, houve associação significativa no número de mitoses de acordo com o tamanho do tumor (p<0,01). Este estudo sugere que a assimetria, o percentual de necrose e índice mitótico podem ser consideradas variáveis uteis na diferenciação entre o ES e CSE.Item Estudo retrospectivo de neoplasias melanocíticas cutâneas espontâneas em cães: caracterização histopatológica, morfométrica e sequenciamento de TP53(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-29) Ortiz Bedoya, Sirley Adriana; Vilória, Marlene Isabel Vargas; http://lattes.cnpq.br/8892394400240937Cães são susceptíveis à tumores melanocíticos e a sobrevida de cães com melanoma geralmente é pequena devido ao prognóstico desfavorável. Pesquisas que auxiliem no discernimento do comportamento biológico e fatores prognósticos desta neoplasia na espécie canina permitirão estabelecer um diagnóstico e prognóstico mais precisos. Neste trabalho foram realizados dois experimentos. O primeiro teve como objetivo a caracterização histopatológica e morfométrica de neoplasias melanocíticas cutâneas espontâneas em caninos. O segundo objetivou o sequenciamento do gene tp53 em 25 neoplasias melanocíticas. Em ambos experimentos, os casos foram resgatados do arquivo de biopsias do laboratório de histopatologia da Universidade Federal de Viçosa e do laboratório PROVET. No experimento I, de cada caso, registrou-se raça, sexo, idade, tamanho e localização das lesões. Os casos foram avaliados por dois patologistas em lâminas histológicas coradas com hematoxilina e eosina e/ou despigmentadas para comprobação do diagnóstico e caracterização histopatológica: pigmentação, presença ou ausência do infiltrado pagetoide, atividade juncional e ulceração. O índice mitótico foi determinado e registrado para cada tumor. Determinou-se a proporção celular e tipo celular, infiltrado linfocitário, vasos sanguíneos e necrose. O pleomorfismo nuclear foi avaliado em uma escala de 1 a 3, por 3 patologistas distintos, os quais não compartilharam entre si seus diagnósticos e as interpretações, sendo os casos classificados mediante uma concordância dos três diagnósticos. A área e diâmetros dos núcleos de células epitelioides, fusiformes e eritrócitos foram mesurados. No experimento II, 25 neoplasias melanocíticas cutâneas caninas, fixadas em formol tamponado e embebidos em parafina, foram utilizadas para detecção de mutações do gene tp53 nos exons 5 ao 8. No experimento I, os melanomas apresentam maior tamanho quando comparados aos melanocitomas. Microscopicamente, os melanocitomas foram mais pigmentados quando comparados aos melanomas. A presença de infiltrado pagetoide esteve ausente na maioria tumores melanocíticos estudados e a atividade juncional foi observada nos melanomas e melanocitomas com frequências similares. A ulceração esteve ausente na maioria dos melanocitomas mas foi frequente nos melanomas. A maioria das lesões melanocíticas apresentaram 3 subtipos celulares: redondas, epitelioides e fusiformes. Com relação à atipia/pleomorfismo, os melanocitomas apresentaram grau discreto, enquanto os melanomas mostraram graus variando de discreto a intenso, com aumento gradual do índice mitótico à medida que o pleomorfismo aumento. Além disso, houve diferença significativa para o tamanho nuclear entre os graus de atipia/pleomorfismo dos tumores estudados. O infiltrado linfocitário foi observado com maior intensidade nos melanomas, principalmente nos melanomas classificados no grau 2. A proporção de necrose não diferiu entre melanocitomas e melanomas, porém quando considerado o grau de atipia/pleomorfismo os melanomas de grau 3 apresentaram maior porcentagem. No experimento II, todas as neoplasias melanocíticas apresentaram inserção de três bases (TAC) no éxon 5, e mutações em íntrons. Em conclusão, a avaliação da atipia/pleomorfismo em células epitelioides é um procedimento eficiente, visto que estas células representam uma grande proporção nos tumores melanocíticos e são mais fácies de avaliar que os núcleos das células fusiformes. A escala de atipia/pleomorfismo é uma ferramenta útil que pode ser facilmente aplicada na rotina de diagnóstico de tumores melanocíticos e contribuiria na avalição unificada entre patologistas, Entretanto, são necessários mais estudos para se avaliar a aplicação desta ferramenta com o prognóstico clínico. As mutações encontradas nas regiões avaliadas do gene tp53 aparentemente não foram relevantes para definir o diagnóstico nos tumores melanocíticos deste estudo.Item Expressão de alfa-b cristalina em tumores mamários caninos e sua relação com angiogênese(Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-15) Miranda, Jéssica Lelis de; Valente, Fabrício Luciani; http://lattes.cnpq.br/5203849346389208Tumores mamários são as neoplasias mais frequentes em cadelas, sendo que em até 90% dos casos correspondem a processos malignos. A retirada cirúrgica com margens é o tratamento mais eficaz para tal enfermidade, porém na maior parte dos casos podem ocorrer recidivas e metástases. Mesmo com indicações clínicas, como tamanho da massa e velocidade de evolução, a histopatologia ainda é o método determinante para classificação de malignidade. A alfa-b cristalina (CRYAB) é membro da família de proteínas de choque térmico e sua relação com a oncogênese vem sendo estudada recentemente, vinculada principalmente com a evolução da doença. O objetivo deste trabalho é avaliar a expressão de CRYAB em tumores mamários caninos e correlacionar os achados com a angiogênese. Para isso, foram coletados dados de 31 animais atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa, realizados exames ultrassonográficos em modo B e Doppler para avaliação das massas, remoção cirúrgica e avaliação microscópica das neoplasias, classificando-as. Cortes histológicos também foram utilizados para reação de imuno-histoquímica (IHQ) com anticorpos anti-VEGF e anti-CRYAB, analisados de acordo com a quantidade de células marcadas e a intensidade da marcação. As variáveis qualitativas foram analisadas por teste de qui-quadrado ou o teste exato de Fisher, conforme o caso. A comparação das variáveis ultrassonográficas, do tumor e da avaliação microscópica foi realizada por análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Tukey, teste t de Student, Kruskal-Wallis ou Mann-Whitney. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Houve correlação entre dados clínicos dos animais (faixa etária, porte, uso de anticoncepcionais, castração, gestações prévias, estadiamentoiii clínico), dados do tumor (malignidade, pleomorfismo, formação tubular, número de mitoses, graduação histológica), dados ultrassonográficos (ecotextura, índice de resistividade, velocidades média, máxima e mínima) e da IHQ (quantidade e intensidade de VEGF e CRYAB, além da marcação de macrófagos). A expressão de CRYAB está relacionada com dados clínicos e ultrassonográficos, além da expressão de VEGF e angiogênese.