Ciências Biológicas e da Saúde
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Item Anatomia dos órgãos vegetativos de espécies neotropicais de Gentianaceae Jussieu: contribuições à taxonomia e filogenia(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Dalvi, Valdnéa Casagrande; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://lattes.cnpq.br/9325662970222296; Sousa, Hildeberto Caldas de; http://lattes.cnpq.br/2721708708916905; Guimarães, Elsie Franklin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783543U6A família Gcntianaceae compreende cerca de 1615-1688 espécics e 87 gêncros organizadas cm 6 tribos (Chironicae. Exaceae, Gentianeae, Helieae, Potalieae e Succifolieae) além do gênero Voyria cuja posição ainda é incerta. Atualmente, esta classificação tem sido bem aceita pela comunidade científica, pois considera afinidades filogenéticas com base em dados moleculares os quais demonstram congruência com dados de morfologia externa, palinologia e quimiotaxonomia. Apresenta grande variação anatômica e morfológica, no entanto, apenas sinapomorfias moleculares, ou a junção destas com demais caracteres, consolidam a família e as seis tribos como monofiléticas. Em relação ao posicionamento das espécies e dos gêneros, as circunscrições não são bem estabelecidas. Os objetivos do presente trabalho são descrever a anatomia dos órgãos vegetativos de espécies de Gentianaceae penencentes aos gêneros Calolisianthus (Hclicae), Curtia e Hockinia (Saccifolieae) e Deianira (Chironicae); contribuir para o conhecimento a cerca da família e selecionar caracteres anatômicos úteis para a taxonomia e filogenia do grupo. Foram coletados indivíduos de Calolisianthus penduculatus, Deianira dumazioi, Curria tenella, Curtia tenuifolia Curtis patula e Curria diffusa em diferentes áreas de campos rupestres em Minas Gerais. Amostras de Curtia obtusifolia, Curtia conferta; Curtia verticillaris e Hockinia montana provenientes de exsicatas também foram analisadas; além de Declieuxia fruticosa e Declieuxia cordigera espécies de Rubiaceae utilizadas como grupo externo na análise cladística. Amostras de folhas, caules e raízes foram processadas conforme metodologia usual em anatomia vegetal para as técnicas de dissociação de epiderme, diafanização, inclusão em metacrilato e em parafina histológica, teste histoquímicos e microscopia eletrônica de varredura. Para análise cladística foram acrescidos dados da literatura de sete espécies pertencentes às tribos estudadas, sendo analisados 59 caracteres anatômicos. Análise de Máxima Parsimônia foram conduzidas utilizando o programa Paup* 4.0.b10. Todas as espécies analisadas estruturalmente apresentaram estômatos anomocíticos, situados no mesmo nível das demais células epidérmicas, caule com estômatos e floema interno, nectaríolos e coléteres. Foram caracteres diagnósticos para as diferentes espécies: tipo de mesofilo; tipo de feixe vascular; distribuição e tipo de estômatos; presença de hipoderme; presença de flanges cuticulares; contorno das células epidérmicas; presença de cristais; padrão de venação; formato de caule; número de aletas no caule; presença de aerênquima, micorrizas e estrias de Caspary evidentes nas raízes; tipo de crescimento radicular e variações no tipo e distribuição dos coléteres e nectaríolos. Na análise cladística, Gentianaceae apresentou-se monofilética, posição sustentada por 100% de valor de bootstrap , emergindo ainda três clados também monofiléticos que sustentaram os gêneros Calolisianthus (67% de bootstrap ), Curtia (89% de bootstrap ), e Hockinia (86% de bootstrap ) no entanto, Deianira apresentou-se como politomias devido a insuficiência de dados anatônicos sobre as espécies deste gênero, em especial, os referentes às estruturas secretoras. Dados das estruturas secretoras, padrão de venação, tipo de estômatos mostraram-se promissores para a filogenia do grupo. Ressalta-se, assim, a importância da utilização de caracteres anatômicos na resolução de problemas taxonômicos entre as direntes espécies de Gentianaceae, destacando ainda, a essencialidade de dados oriundos de diferentes fontes de caracteres para uma análise mais acurada das relações filogenéticas nas diferentes categorias taxonômicas de Gentianaceae.Item Anatomia e histolocalização de alumínio em espécies herbáceas e subarbustivas do Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-04) Castro, Laísa Maria de Resende; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/5023387764069051; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://lattes.cnpq.br/8468190143314464; Araújo, João Marcos de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794558T1A flora do Cerrado é constituída pelo estrato herbáceo-subarbustivo e o estrato arbustivo-arbóreo. O componente herbáceo-subarbustivo é uma flora sensível a variações de clima, solo e déficit hídrico, sendo dominante em vários tipos fitofisionômicos do Cerrado. Os solos deste bioma são ácidos, pobres em nutrientes e possuem elevados teores de alumínio. As plantas nativas utilizam estratégias de exclusão ou de absorção e desintoxificação do alumínio, de modo que não há efeito prejudicial deste metal para o crescimento vegetativo, reprodução e para as funções metabólicas dessas espécies. Algumas espécies do Cerrado são acumuladoras de alumínio com teores acima de 1g kg-1 de matéria seca. Esse trabalho teve como objetivos: caracterizar anatomicamente espécies herbáceas e subarbustivas do Cerrado da Floresta Nacional de Paraopeba, MG; verificar se as estratégias adaptativas são semelhantes nas espécies desses dois estratos e; histolocalizar os sítios de acúmulo de alumínio visando fornecer subsídios para entender os mecanismos de tolerância ao Al. Amostras foliares e caulinares foram coletadas, fixadas em Karnovsky ou FAA50, e processadas de acordo com técnicas usuais de anatomia vegetal e micromorfologia. Para a caracterização anatômica, foram analisadas doze espécies, dividindo-se em dois grupos: monocotiledôneas com quatro espécies pertencentes às famílias: Iridaceae, Cyperaceae e Poaceae; e eudicotiledôneas com oito espécies pertencentes às famílias Asteraceae, Malvaceae e Rubiaceae. Para a histolocalização de alumínio foram analisadas apenas nove espécies: Aristida riparia (Poaceae); Rhynchospora sp (Cyperaceae); Trimezia juncifolia (Iridaceae); Lepidaploa barbata, Baccharis sp, Ichthyothere mollis (Asteraceae); Coccocypselum aureum, Borreria latifolia (Rubiaceae) e Waltheria sp (Malvaceae), sendo realizados testes com Chrome Azurol e Aluminon. Além da histoquímica foram realizadas a microanálise de raio-X e a determinação de Al na matéria seca. As espécies do estrato herbáceo-subarbustivo apresentaram estrutura semelhante, em vários aspectos a das espécies do estrato arbóreo do bioma Cerrado. As espécies Borreria latifolia e Coccocypselum aureum (Rubiaceae) foram consideradas hiperacumuladora e acumuladora de alumínio, respectivamente, junto com Aristida riparia (Poaceae) e Ichthyothere mollis (Asteraceae). As espécies herbáceas e subarbustivas estudadas, apesar de terem ciclo de vida curto, apresentam mecanismos de resitência ao Al semelhante às arbóreas. Segundo os testes histoquímicos para detecção de Al, os três grupos de plantas (hiperacumuladora, acumuladora e não acumuladora) apresentaram locais semelhantes de acúmulo ou inativação deste metal das espécies arbóreas, ou seja, as estratégias de imobilização do Al3+ independem do hábito vegetal.Item Anatomia foliar de espécies de Aspleniaceae e Polypodiaceae (Monilófitas) ocorrentes no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, MG, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-30) Ferrari, Flávia Bonizol; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Prado, Jefferson; http://lattes.cnpq.br/6751432425532870; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6Pteridophyta é um termo usado para denominar plantas vasculares desprovidas de sementes, que se dispersam por esporos e apresentam o ciclo de vida constituído de duas fases distintas, gametofítica e esporofítica. Existem aproximadamente 12.240 espécies de samambaias, com grande diversidade ocorrendo em regiões tropicais úmidas. No Brasil, estima-se a ocorrência de 1.200 a 1.300 espécies e, pelo menos, 50% desse total está representado no Estado de Minas Gerais. Os estudos de morfologia e anatomia são fundamentais para auxiliar na elucidação dos problemas taxonômicos nos diferentes grupos de plantas vasculares. Considerando-se o número reduzido de informações sobre a anatomia das monilófitas, foi realizada a caracterização anatômica de espécies de Aspleniaceae e Polypodiaceae ocorrentes no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), com o objetivo de selecionar caracteres relevantes na identificação das espécies. O material botânico foi coletado fértil e depositado no Herbário VIC da Universidade Federal de Viçosa. Foram realizadas diafanizações e cortes transversais da região mediana da lâmina foliar e das regiões proximal, mediana e distal do pecíolo. O material foi processado, corado e montado, conforme metodologia específica. As espécies de Asplenium apresentam epiderme uniestratificada e estômatos predominantemente polocíticos ou anomocíticos. Pêlos foram observados apenas em A. pseudonitidum. O mesofilo é homogêneo na maioria das espécies estudadas, com células braciformes ou lobadas. Em todas as espécies estudadas a venação é dicotômica, com extremidades livres. O pecíolo apresenta epiderme uniestratificada; pêlos foram observados em A. jucundum, A. pseudonitidum e A. harpeodes e escamas em A. oligophyllum e A. feei. O sistema vascular do pecíolo variou significativamente dentre as espécies estudadas, apresentando número variável de meristelos ao longo de toda extensão e xilema com diferentes conformações, em forma de “C”, “X”,”V” ou em forma de “cavalo-marinho”. As espécies de Polypodiaceae apresentam lâmina foliar com epiderme uniestratificada. Em Niphidium crassifolium e Microgramma squamulosa foi verificada a presença de hipoderme. Tricomas estão presentes em todas as espécies estudadas, exceto em M. squamulosa. Estômatos polocíticos e copolocíticos podem ser verificados em Campyloneurum e Serpocaulon, estômatos anomocíticos em Pecluma, Pleopeltis e M. squamulosa e estômatos diacíticos em N. crassifolium. O mesofilo é homogêneo na maioria das espécies analisadas, apenas em Pleopeltis é dorsiventral. Em relação ao padrão de venação, Pecluma apresenta venação aberta, nos demais gêneros a venação é do tipo reticulada. O pecíolo apresenta epiderme uniestratificada, com escamas em Pleopeltis e C. repens e pêlos em Pecluma. Em relação ao sistema vascular do pecíolo, verificou-se um número variável de meristelos, ocorrendo rearranjos, com a união dos meristelos em direção à região distal do pecíolo. Dentre os caracteres analisados, o tipo de estômato, os tipos de tricomas, da lâmina foliar e do pecíolo, o padrão de venação e a vascularização do pecíolo podem ser considerados caracteres promissores na identificação de gêneros e espécies de Aspleniaceae e Polypodiaceae ocorrentes no PESB.Item Aspectos ecológicos e anatômicos de epífitas vasculares da Trilha do Muriqui, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Araponga, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2009-09-18) Pereira, Jaqueline Dias; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://lattes.cnpq.br/2619916457893163; Meira Neto, João Augusto Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728376H9; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6As epífitas vasculares podem ocupar locais variados ao longo do fuste e nas copas das árvores, ficando expostas a diferentes condições de intensidade luminosa, nos diversos estratos do dossel florestal. Estudos sobre preferências das epífitas, por diferentes estratos do dossel, têm sido realizados, mas, os dados são escassos no que se refere à anatomia foliar e aspectos ecofisiológicos destas espécies. O hábito epifítico envolve várias estratégias adaptativas em resposta aos diversos estresses a que estas plantas estão expostas, especialmente aos estresses hídrico e nutricional, e muitos deles são evidenciados em suas folhas. O estudo foi realizado em um remanescente de Mata Atlântica, na Trilha do Muriqui, Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Araponga, MG. Objetivou-se identificar as espécies de epífitas em 10 forófitos, verificar as possíveis relações entre as características do forófito (rugosidade do súber, altura) e a comunidade de epífitas nele instalada, bem como caracterizar a anatomia foliar de todas as espécies e analisar a micromorfometria foliar em indivíduos da mesma espécie ao longo da estratificação vertical. Foram selecionados 10 forófitos com circunferência à altura do peito superior a 50 cm e que continham a maior quantidade de epífitas. O material botânico fértil, dos forófitos e das epífitas, foi depositado no Herbário VIC. Medições de luz foram realizadas por meio de um sensor quântico e medições de temperatura, umidade relativa do ar, altitude, taxa de evaporação e velocidade do vento foram realizadas com o aparelho Kestrel. Por meio de observações em campo e da análise de fotos digitais do tronco de cada forófito foi classificada a rugosidade do súber. Foram selecionadas amostras de 0,5 cm2 da região apical, mediana e basal de folhas expandidas; para avaliação anatômica o material foi processado e corado, conforme metodologia específica para montagem de lâminas permanentes. Foram realizados cortes transversais e longitudinais, diafanizações e dissociações epidérmicas em 23 espécies de epífitas, além de testes histoquímicos, para algumas espécies. Para a micromorfometria foliar de sete xiv espécies, que estavam presentes ao longo da estratificação vertical, foi utilizado o software Anati Quanti. A digitalização das imagens foi realizada em fotomicroscópio. As avaliações micromorfológicas foram feitas na região mediana de folhas expandidas. Foram encontradas 25 espécies de epífitas vasculares, distribuídas em 17 gêneros e 9 famílias, predominando as monilófitas. Os forófitos foram distribuídos em 8 espécies, 8 gêneros e 6 famílias. Não houve uma especificidade epífita-forófito, no entanto, algumas espécies são mais restritas a locais extremamente sombreados e Vriesea heterostachys foi a espécie generalista, sendo encontrada em todos os forófitos, ao longo da estratificação vertical. A maioria das espécies apresentou epiderme uniestratificada e apenas as espécies de Peperomia apresentaram epiderme multiestratificada. A presença de hipoderme aquífera foi evidenciada nas espécies de Bromeliaceae e Orchidaceae. Outros caracteres xeromórficos, além dos tecidos aquíferos, foram observados, como parede periclinal externa espessa e mesofilo compacto. As avaliações micromorfométricas, no geral, seguiram uma tendência de mesofilo mais espesso para os indivíduos expostos a maior luminosidade, porém não houve uma tendência demarcada nos indivíduos expostos a regiões intermediárias de luminosidade, na maioria das espécies. Espécies raras foram encontradas como Cochlidium punctatum e Sinningia cooperi. Os dados deste trabalho representam uma contribuição para o conhecimento das epífitas, espécies de fundamental importância na conservação da biodiversidade, além de fornecer dados ecológicos e anatômicos ao longo da estratificação vertical, raros na literatura, e subsídios para o manejo e preservação do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, importante remanescente florestal.Item Avaliação de técnicas de histolocalização do alumínio em folhas de espécies de Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-30) Carvalho Júnior, Wellington Geraldo Oliveira; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://lattes.cnpq.br/5358233611324756; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/5023387764069051; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7As técnicas de histolocalização são ferramentas importantes para o entendimento das estratégias de acúmulo de alumínio em espécies vegetais com ocorrência em solos ácidos, condição comum no Cerrado. Objetivou-se identificar a presença dessa estratégia em espécies de Cerrado, detectar e quantificar os sítios de acúmulo, testando a eficiência de cinco reagentes (aluminon, azurine, chrome azurol S, hematoxilina e pirocatecol violeta) e duas técnicas de processamento (sem inclusão e com inclusão em metacrilato), além de avaliar a presença de alumínio nos sítios de acúmulo de compostos fenólicos. Amostras foliares de nove espécies selecionadas foram submetidas à quantificação de alumínio. Para estudo anatômico, os fragmentos foram fixados em FAA50 e seccionados transversalmente, sem e com inclusão em metacrilato. Os cortes foram submetidos aos reagentes para detecção de alumínio e compostos fenólicos. Entre as espécies estudadas, Miconia albicans, Palicourea rigida, Qualea grandiflora, Salvertia convallariodora e Symplocos nitens podem ser consideradas acumuladoras de alumínio, sendo notada variação no teor do elemento de 1 292,0 a 4 852,4 mg.kg-1. No entanto, não há relação entre o teor de alumínio e a intensidade da reação conferida pelos reagentes, bem como do número de sítios evidenciados. As paredes pecto-celulósicas e os cloroplastos são os principais sítios de acúmulo. Além de mais eficazes, a hematoxilina, o chrome azurol S e o pirocatecol violeta fornecem resultados mais homogêneos, sendo mais indicados para uso. A inclusão em metacrilato não prejudicou a histolocalização do alumínio. Das espécies acumuladoras de alumínio, somente P. rigida não possui compostos fenólicos. Nas demais espécies, os sítios de acúmulo de compostos fenólicos diferem dos do alumínio, sugerindo a não complexação entre essas substâncias nas espécies estudadas.Item Avaliação dos efeitos fitotóxicos do flúor em Spondias dulcis Forst. F. (Anacardiaceae), espécie tropical sensível(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-25) Santos, Bruno Francisco Sant'anna dos; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Araújo, João Marcos de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794558T1; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764362Z1; Oliveira, Denise Maria Trombert de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782092P6; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8A degradação de diversas formações vegetais no entorno de alguns pólos industriais no Brasil encontra-se, significativamente, relacionada à presença de flúor na atmosfera. O uso de plantas tem se revelado uma metodologia adequada e de baixo custo para a detecção dos efeitos de poluentes atmosféricos, entretanto, a universalidade do uso de determinadas espécies bioindicadoras tem sido questionada. Objetivou-se caracterizar, de forma acurada, os sintomas morfoanatômicos causados pelo flúor em Spondias dulcis, espécie tropical sensível ao flúor, fornecendo subsídios para utilização da espécie, em campo, no prognóstico e diagnóstico de injúria pelo poluente; selecionar parâmetros visuais, microscópicos e fisiológicos a serem utilizados como biomarcadores em programas de biomonitoramento; avaliar o efeito das imissões de flúor de uma fábrica de alumínio sobre parâmetros macro e microscópicos em S. dulcis; avaliar se S. dulcis pode ser empregada como espécie bioindicadora e correlacionar as alterações visuais, microscópicas e fisiológicas causadas pelo flúor na lâmina foliar desta espécie. As plantas foram expostas aos efeitos fitotóxicos do flúor em experimentos de longa e curta duração, em laboratório, e no campo. Foram feitas coletas para estudos morfoanatômico, micromorfológico, estrutural (quantitativo e qualitativo), ultraestrutural e fisiológico, além da quantificação do teor de poluente, a partir de técnicas usuais. As necroses com coloração típica, tiveram início, principalmente, a partir da base dos folíolos e com maior intensidade na porção apical das plantas. O conteúdo de flúor aumentou nas plantas expostas em laboratório, havendo aparente correlação com o tempo de exposição. No campo, as plantas expostas nas adjacências da fonte emissora também apresentaram maior quantidade do poluente nas folhas. Os danos na superfície dos folíolos foram caracterizados como plasmólise, erosão das ceras epicuticulares, infestação por hifas fúngicas e ruptura da parede periclinal externa das células epidérmicas. Em laboratório, os danos surgiram em ambas as faces simultaneamente mas, no campo, os danos tiveram início a partir da face abaxial. Estruturalmente, observou-se acúmulo de compostos fenólicos no parênquima lacunoso e nas proximidades das terminações xilemáticas. O acúmulo de grãos de amido foi nítido na nervura mediana, contudo, a análise ultra-estrutural também demonstra este evento entre a margem e a nervura. As membranas celulares e os cloroplastos foram extremamente afetados pelo poluente. O acúmulo de material granuloso ocorreu dentro e nas proximidades das terminações xilemáticas. Houve redução na concentração de pigmentos fotossintéticos em folíolos sem sintoma. Na epiderme, os danos causados pelo flúor estavam principalmente associados aos estômatos, porém, a concentração interna de CO2 não variou, demonstrando que a redução na fotossíntese está associada a um componente metabólico. A interpretação conjunta dos danos fisiológicos e microscópicos permite concluir que a redução na fotossíntese dos FSS não ocorre devido a mecanismos de difusão de carbono e nem a danos na fase luminosa da fotossíntese, mas sim a alterações na estrutura dos cloroplastos e que o acúmulo de amido deve ser reflexo da inativação de células do floema, responsável pela translocação de fotoassimilados para as raízes. Os eventos microscópicos descritos antecederam o surgimento de sintomas em todos os experimentos, desta forma, possuem valor prognóstico. Estes resultados confirmam o potencial de S. dulcis como bioindicadora de reação e de parâmetros visuais, microscópicos e fisiológicos como biomarcadores.Item Avaliações de biomarcadores anatômicos e fisiológicos em plantas expostas ao arsênio(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-02) Silva, Kellen Lagares Ferreira; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Cano, Marco Antonio Oliva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787546T4; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760725A9; Costa, Alan Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766682J7; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6Avaliações anatômicas e fisiológicas de plantas de Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), Borreria verticillata (Rubiaceae) e Cajanus cajan (Leguminosae) foram realizadas após exposição ao arsênio. As avaliações anatômicas incluíram: a caracterização em microscopia de luz e eletrônica de varredura; a histolocalização de um possível sítio de acúmulo do arsênio nas raízes e folhas e a análise morfométrica dos tecidos foliares. Os parâmetros fisiológicos avaliados foram as trocas gasosas e emissão de fluorescência da clorofila a. A influência do arsênio no crescimento foi analisada e o fator de transferência (FT) e o fator de acumulação (FBA) foram calculados a partir do teor deste elemento acumulado nas folhas, caules e raízes. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, na Unidade de Crescimento de Plantas da Universidade Federal de Viçosa. As plantas foram mantidas em solução de Hoagland e o arsênio foi adicionado na forma de arseniato de sódio (Na2HAsO4.7H2O); S. terebinthifolius e B. verticillata foram submetidas a concentrações de 0; 2,5; 5,0; 7,5; e 10,0 mg L-1 As e C. cajan a 0; 0,5; 1,0; 1,5; e 2,5 mg L-1 As. O tempo de exposição das plantas ao arsênio variou entre as espécies: S. terebinthifolius, 47 dias, C. cajan, 27 dias e B. verticillata, 10 dias. As alterações anatômicas nas folhas das três espécies foram evidentes, mas apenas B. verticillata translocou o arsênio para parte aérea da planta, com FT e FBA>1, mostrando que os danos observados, pelo menos nas outras duas espécies, ocorreram em função de efeitos indiretos do arsênio. A raiz, nas três espécies, sofreu alterações anatômicas pouco expressivas, se compararmos com a quantidade de arsênio presente neste órgão, pois todas apresentaram FBA>1, talvez pela compartimentalização deste elemento no vacúolo das células. O teste histoquímico para detecção de arsênio não foi conclusivo, necessitando de outras análises para sua interpretação e não sendo localizado um sítio de acúmulo de arsênio nas raízes e folhas das espécies estudadas. Não foi possível observar um marcador estrutural específico ao arsênio, uma vez que as alterações observadas foram também descritas em resposta a outros poluentes. Os parâmetros fisiológicos de C. cajan mostram a sensibilidade desta espécie ao arsênio pois, a menor dose deste elemento, afetou tanto as trocas gasosas, como os parâmetros da fluorescência da clorofila a. Em S. terebinthifolius e B. verticillata, os danos causados na fotossíntese foram provavelmente em função da redução na condutância estomática, sendo a primeira mais sensível, pois os parâmetros de fluorescência da clorofila a não foram alterados em B. verticillata e sofreram alterações características de uma fotoinibição reversível em S. terebinthifolius.Item Borreria verticillata (Rubiaceae): Caracterização Nutricional e Respostas Morfofisiológicas ao Arsênio(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-20) Silva, Samara Arcanjo e; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://lattes.cnpq.br/4852438622233033; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/5023387764069051; Castro, Evaristo Mauro de; http://lattes.cnpq.br/4974948773862170O arsênio (As) é um elemento tóxico aos seres vivos liberado no ambiente por fontes naturais e antrópicas. A fitorremediação utilização de plantas na recuperação de ambientes contaminados requer a seleção de espécies tolerantes ao poluente. Borreria verticillata é encontrada em ambientes com alta concentração de As no solo, a exemplo do Morro do Galo (Nova Lima/MG). Estudos desenvolvidos em solução nutritiva de Hoagland constataram maior tolerância nas plantas provenientes do Morro do Galo do que em plantas oriundas de local sem o metaloide (Mata do Paraíso, Viçosa/MG). A escolha da solução nutritiva é um aspecto importante devido à competição entre o arsenato e o fosfato pelos mesmos transportadores de membrana. Este trabalho teve como objetivo estudar o desenvolvimento de plantas de B. verticillata nas soluções nutritivas de Hoagland e de Clark de modo a determinar a formulação mais indicada para estudos de suas respostas morfofisiológicas ao As com o intuito de elucidar mecanismos de tolerância presentes nas populações aclimatada e não aclimatada ao As. Plantas de B. verticillata das populações do Morro do Galo (MG) e da Mata do Paraíso (MP) foram cultivadas em solução de Hoagland e de Clark à 1⁄2 força durante 40 dias e o crescimento e a eficiência nutricional foram determinados. As plantas apresentaram respostas mais homogêneas quando cultivadas na solução de Clark. Quando cultivadas na solução de Hoagland as plantas da MP mostraram-se superiores no acúmulo de nutrientes e no crescimento e semelhantes às plantas do MG na eficiência nutricional. A solução de Clark mostrou-se mais indicada para o estudo da tolerância da espécie ao As devido à resposta semelhante das duas populações e à menor concentração de fósforo. Dessa forma, plantas de B. verticillata provenientes do MG e da MP foram cultivadas em solução de Clark à 1⁄2 força contendo 0,0 e 66,0 μM de As por 4 dias para a investigação dos mecanismos envolvidos na tolerância diferencial ao As nas duas populações. Para tal, estudou-se o acúmulo e a distribuição de As e macronutrientes e as respostas morfofisiológicas das plantas a este elemento. O maior acúmulo de As nas raízes foi responsável pela ocorrência de danos mais severos nesse órgão, no entanto, também foram observados sintomas de toxidez na parte aérea em ambas as populações. A presença de As na solução nutritiva promoveu alterações nas características nutricionais das plantas do MG, como o aumento do acúmulo de cálcio nas raízes, redução do fator de translocação de fósforo, cálcio e enxofre, além de aumento na produção de idioblastos cristalíferos e fenólicos nas raízes, incremento na atividade da dismutase do superóxido e síntese de compostos tiolados nas folhas. Já as plantas da MP exibiram incremento no número de idioblastos fenólicos nas raízes e aumento na atividade da polifenoloxidase nas folhas. As estratégias de detoxificação de As apresentadas pelas plantas do MG conferiram a esta população maior tolerância ao metaloide, sugerindo a possível utilização na revegetação de ambientes contaminados.Item Caracterização morfoanatômica de espécies de Gentianaceae ocorrentes em áreas de cerrado e de campo rupestre em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-20) Delgado, Marina Neves; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4753668Z3; Guimarães, Elsie Franklin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783543U6; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Paiva, élder Antonio Sousa e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790601A9A família Gentianaceae apresenta em torno de 1600-1700 espécies predominantemente herbáceas sendo que 25 gêneros ocorrem no Brasil, principalmente nos cerrado e campos rupestres. As espécies estão incluídas em 6 tribos e 86 gêneros. A tribo Chironieae apresenta em torno de 159 espécies e 23 gêneros, como Schultesia e Deianira, e a tribo Helieae compreende 184 espécies em 22 gêneros, dentre eles Calolisianthus. O limite taxonômico entre as espécies de Gentianaceae é muitas vezes confuso e necessita ser elucidado. O objetivo do presente trabalho é contribuir com dados morfoanatômicos de algumas espécies de Gentianaceae para compreender algumas estratégias adaptativas de espécies dos gêneros Deianira, Schultesia e Calolisianthus, assim como fornecer subsídios para elucidação da taxonomia desses gêneros. As amostras foram coletadas, no cerrado da FLONA de Paraopeba (MG) e no campo rupestre da Serra de Ouro Branco (MG) e processadas, segundo as técnicas usuais, para estudos em microscopia de luz e eletrônica de varredura. As espécies estudadas foram Deianira erubescens, Deianira pallescens, Deianira nervosa, Deianira chiquitana, Schultesia gracilis, Calolisianthus pendulus, Calolisianthus amplissimus e Calolisianthus specisosus. As espécies de Deianira apresentam raízes com córtex formado por parênquima amilífero, micorrizas arbusculares do tipo Arum, crescimento secundário usual (D. pallescens e D. chiquitana) ou não usual com floema interxilemático (D. erubescens e D. nervosa); folhas anfiestomáticas (exceto em D. nervosa cujas folhas são hipoestomáticas), mesofilo homogêneo, na maioria das espécies, ou dorsiventral em D. nervosa, calotas de fibras ou esclereídes e fibras associados ao feixe. S. gracilis apresenta raiz com aerênquima e micorrizas arbusculares do tipo Paris e vesículas, caule fistuloso, quadrangular em secção transversal, com aletas e folhas hipoestomáticas com mesofilo homogêneo. As espécies de Calolisianthus apresentam raízes com micorrizas arbusculares do tipo Arum e com amido nas células parenquimáticas; caule quadrangular, em secção transversal, com aletas e folhas hipoestomáticas, com cutícula espessa, mesofilo homogêneo (exceto em C. pendulus que apresenta folhas dorsiventrais), esclereídes e fibras associados ao feixe da nervura mediana, coléteres na face adaxial da folha (região interpeciolar) e glândulas na base foliar. As glândulas presentes na base da folha de C. pendulus e C. speciosus ocorrem, também, no ápice da folha e no cálice das três espécies estudadas e são nectários extraflorais (NEFs). Os NEFs na base da folha e no cálice de C. speciosus secretam grande quantidade de néctar, atraindo muitas formigas. Os NEFs são constituídos por unidades secretoras, os nectaríolos, formadas por 3-8 células em arranjo de roseta com um canal central. As paredes periclinais internas e as anticlinais opostas ao canal são espessas e impregnadas por compostos lipídicos. Unidades secretoras isoladas (nectaríolos) podem ser observadas ao longo da folha, nas duas faces, em C. amplissimus e também em C. pendulus e C. speciosus. Coléteres que secretam mucilagem ocorrem na face adaxial da base das folhas (região intrapeciolar) e no cálice das espécies de Calolisianthus estudadas. Os coléteres de C. speciosus apresentam pedúnculo curto e cabeça multisseriada, formada por células secretoras periféricas separadas das células mais internas por um grande espaço apoplástico onde a mucilagem se acumula. A caracterização morfoanatômica de espécies de Gentianaceae, ocorrentes nos cerrado e campos rupestres, evidencia a grande riqueza estrutural das herbáceas fornecendo dados que podem contribuir para esclarecer problemas taxonômicos da família, melhor identificar as espécies de Deianira e Calolisinthus e compreender as suas estratégias adaptativas.Item Efeitos do arsênio em raízes de plântulas de Cajanus cajan (L.) DC (Fabaceae)(Universidade Federal de Viçosa, 2009-03-09) Barbosa, Alice Pita; Meira, Renata Maria Strozi Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706996Y7; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4718401A2; Silva, Kellen Lagares Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760725A9; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6A contaminação ambiental por arsênio (As) constitui um problema sério em várias regiões do mundo, visto que este elemento apresenta elevada toxidade para os seres vivos. Metodologias físico-químicas para detecção deste poluente no ambiente são bastante laboriosas, sendo o uso de espécies vegetais sensíveis uma boa alternativa para processos de bioindicação. Avaliações dos efeitos tóxicos do As em raízes de plântulas de Cajanus cajan (Fabaceae) foram realizadas após exposição ao poluente. Para isso, procedeu-se a análise do crescimento das raízes laterais e principal; caracterização anatômica, incluindo análises micromorfométricas e histoquímica; e avaliação da genotoxidade, por meio da determinação do índice mitótico. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, na Unidade de Crescimento de Plantas da Universidade Federal de Viçosa. No primeiro experimento, plântulas de C. cajan foram expostas, em solução nutritiva, às concentrações de 0,0 e 1,5 mg L-1 de As, na forma de arsenato de sódio, durante dez dias consecutivos. No experimento posterior foram utilizadas as concentrações de 0,0; 0,5; 1,0 e 2,0 mg L-1 de As e a exposição teve duração de três dias. A sensibilidade de C. cajan foi confirmada. Verificou-se que o As promoveu redução no crescimento da raiz principal e das laterais, estas últimas não visualizadas no tratamento com 2,0 mg L-1 de As. Contudo, microscopicamente, foi possível notar que os primórdios foram formados, mas permaneceram retidos no córtex. Notou-se que as raízes adquiriram aspecto gelatinoso e coloração escurecida com o passar do tempo de exposição. Também foram detectados problemas na formação da coifa e encurvamento do ápice radicular. A anatomia mostrou ser uma ferramenta eficiente na detecção da sensibilidade de C. cajan. Alterações anatômicas mais severas, como desintegração tecidual, nas regiões adjacentes às raízes laterais, na zona de ramificação, sugerem que esta possa ser uma importante via de entrada do poluente. Nessa mesma região células do felogênio e do câmbio apresentaram formato e planos de divisão incomuns, o que acarretou a formação de um xilema secundário assimétrico. Na zona de alongamento foram observadas células com formato alterado, indicando perda de turgidez celular. O As promoveu aumento na proporção ocupada pelo cilindro vascular, redução na proporção de espaços intercelulares no córtex, em função do maior adensamento celular nessa região, e também redução na área, em secção transversal, dos elementos de vaso. O teste histoquímico revelou acúmulo de compostos fenólicos na região do cilindro vascular e acúmulo de pectinas ao redor da raiz, possivelmente em função da ocorrência de alterações na composição química e/ou da estrutura da parede celular. A determinação do índice mitótico nos ápices radiculares evidenciou que o As apresenta elevado grau de genotoxidade, uma vez que houve um decréscimo no número de células em divisão mitótica com o incremento de As na solução nutritiva. Esse fator, aliado à redução nas taxas de alongamento celular, observada nas células corticais, são fatores que explicam a redução nas taxas de crescimento radicular.Item Rudgea viburnoides (Cham) Benth. (Rubiaceae): acúmulo de alumínio, composição mineral e metabolismo antioxidativo em diferentes fitofisionomias de Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-20) Malta, Priscila Gonçalves; Ribeiro, Cleberson; http://lattes.cnpq.br/5023387764069051; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; http://lattes.cnpq.br/0106584297015044; Meira Neto, João Augusto Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728376H9; Kuki, Kacilda Naomi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784674P6A acidez dos solos permite que o alumínio (Al) se torne disponível para as plantas, podendo induzir efeitos tóxicos no seu metabolismo. Entretanto, as espécies de plantas nativas do Cerrado desenvolvem em solos ácidos e com altas concentrações de Al, apresentando mecanismos de tolerância a esse metal. A família Rubiaceae está bem representada no bioma e constitui uma das famílias que mais possuem representantes classificados como acumuladores de Al. O estudo se propôs a avaliar a distribuição do Al nos tecidos de Rudgea viburnoides (Rubiaceae); analisar os efeitos das diferentes classes de solo do Cerrado da Floresta Nacional (FLONA) de Paraopeba, MG, sobre o perfil nutricional e acúmulo do metal na planta; e identificar os possíveis mecanismos de defesa presentes nesta espécie toleranle ao Al. Para averiguação da composição química do solo em cinco diferentes ambientes na FLONA (cerrados sensu Stricto sobre Latossolo Amarelo - Css LA; sobre Latossolo Vermelho Amarelo - Css LVA e no Cambissolo Amarelo Css Cxb e em áreas de Cerradão Distrófico - CD e Mesotrófico - CM sobre Latossolo Vermelho), amostras foram coletadas aleatoriamente em profundidades de 0 a 20, 20 a 40 e 40 a 60 cm, com três repetições. Diferentes técnicas foram ulilizadas para a histolocalização do Al nos orgãos vegetativos de R. viburnoides: microscopia de luz usando os reagentes chrome azurol S 05% e hematoxilina 0.2%; microscopia confocal com o fluoróforo lumogallion 10 µM; e microscopia eletrônica de varredura com um espectrômetro de energia dispersiva de raios-X (EDS) acoplado. Os teores de K, Ca, Mg, P, Si, Fe e Al foram determinados na matéria seca dos órgãos vegetativos. Amostras foram fixadas em solução de formalina em sulfato ferroso e incluidas em parafina histológica para histolocalização de fenólicos e comparação com a distribuição do Al, visando investigar uma possível complexação. Enzimas do sistema antioxidativo e o teor de fenóis solúveis totais também foram determinados. Os solos da FLONA de Paraopeba, em geral, apresentam elevada acidez e altos teores de Al. Os valores mais baixos de pH (4.35 a 4,5) foram constados no CD. Os teores de Al apresentaram variação ao longo do perfil com menores teores registrados no Css Cxb. Os cerrados sensu stricto apresentaram baixos teores de nutrientes e matéria orgânica (MO), enquanto que o CM apresentou maior disponibilidade de Ca e o CD menores valores de K e Mg. A composição mineral das plantas variou entre as áreas estudadas, sendo que a parte aérea, em geral, apresentou maior teor de Al. Os indivíduos oriundos do Css Cxb apresentaram maiores concentrações de Al nas folhas e raízes. As paredes pecto-celulósicas e os cloroplastos foram os principais sitios de acúmulo, embora a relação entre o acúmulo de Al nos cloroplastos com o mecanismo de tolerância necessita ser investigada, bem como os sítios de acúmulo do metal dentro da organela. O sistema antioxidativo de R. viburnoides, nas diferentes fitofisonomias, não apresentou variações na atividade da catalase e da superóxido dismutase, enquanto que a peroxidase teve menor atividade nas plantas do CM em relação às plantas do Css LA. As diferenças de luminosidade encontradas nas areas estudadas podem estar influenciando nas diferenças relatadas na atividade dessa enzima. A histolocalização dos compostos fenélicos não coincidiu com a de Al nos órgãos da planta. Os maiores teores de fenóis solúveis totais evidenciados nos indivíduos do CD foram relacionados com a concentraofio de Mn no solo da fitofisionomia. A ocorrência de R. viburnoides em ambientes com diferentes caracteristicas está relacionada a um ajuste eficaz no aparelho fisiológico em resposta aos variados estresses abióticos que as plantas nativas estão submetidas. A tolerância da espécie à altas concentrações de Al no solo está relacionada ao acúmulo do metal nos tecidos, podendo também haver outros mecanimos associados à detoxifcação.