Economia Doméstica

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    Aprisionamento parental: representações de família e punibilidade por crianças e adolescentes filhos de detentos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-30) Castro, Cláudia Gomes de; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/4573404849930525
    Estudos têm sido direcionados para a formação do conhecimento acerca das implicações do aprisionamento parental na vida de crianças e adolescentes filhos de detentos. Diante das indagações já realizadas, identificamos uma lacuna importante e relacionada ao nosso contexto sociocultural: qual a representação que crianças e adolescentes, filhos de detentos, possuem sobre família e punibilidade? Como os filhos de detentos percebem suas famílias? Quais as imagens construídas e desconstruídas pelo aprisionamento dos pais? Como essas crianças e adolescentes, separadas do convívio diário com seus pais, percebem a questão do afeto familiar? Quais as possíveis consequências do aprisionamento parental na vida dessas crianças e adolescentes? Dessa forma, o objetivo central desta pesquisa foi conhecer as representações que crianças e adolescentes possuem sobre família e punibilidade quando um ou ambos os pais estão aprisionados. A pesquisa é de caráter qualitativo e empregamos o Método Clínico Piagetiano adaptado às pesquisas em Ciências Humanas, pois, compartilhamos da concepção de Juan Delval (2001) que este método é capaz de permitir um melhor entendimento de como crianças e adolescentes elaboram suas representações sobre aspectos da realidade e do mundo social. Isto porque o método clínico consiste em uma intervenção sistemática do pesquisador, sobrepondo perguntas às respostas do pesquisado, buscando percorrer os caminhos e a compreensão do pensamento do sujeito. Foram entrevistados 26 sujeitos: 13 adultos e 13 crianças e adolescentes. Dentre as mais diversas implicações do aprisionamento parental na vida de crianças e adolescentes, concluímos que suas representações sobre família e punibilidade são oriundas das experiências que vivenciaram em decorrência do encarceramento de um familiar. As representações de Família estão associadas a cuidados, a presença física; à afetividade, mas, também, é identificada como lugar de briga e violência e não segue a tradicional representação de pais e filhos. A escola, muitas vezes, é o local onde o estigma se fortalece e representa uma dicotomia entre o sonho de uma vida melhor com a realidade das barreiras que lhe são colocadas a todo instante em busca de um futuro.Palavras-chave: Infância-Adolescência. Família. Punibilidade. Aprisionamento-parental. Método-clínico-piagetiano.
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    Mídia, corporalidade e discursos que nos (des)arrumam: uma análise sobre um reality show de transformação corporal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-19) Batista, Fabiano Eloy Atílio; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/0058785649666554
    A idealização corporal na sociedade contemporânea, subsidiada pelo setor midiático e pelo comércio da corpolatria, promove significativas modificações na (re)construção dos corpos, afetando significativamente a dinâmica de interação social dos sujeitos. Diante da supremacia das imagens idealizadas, a sociedade classifica as pessoas de acordo com sua forma física, estigmatizando e excluindo aqueles que não se inserem no modelo hegemônico de beleza. Para inserir o sujeito nos valores hegemônicos, a indústria da beleza e a mídia oferecem uma diversidade de mecanismos, sendo um deles o quadro Arruma meu marido, do programa Hora do Faro, apresentado por Rodrigo Faro, na Rede Record, que tem como pressuposto a “transformação” do participante. Para transformar uma pessoa “feia” e “infeliz” em uma pessoa “bonita” e “realizada”, o quadro conta com uma equipe multiprofissional do ramo da beleza, habilitada para fazer tratamentos nos dentes, no cabelo, na pele, além de mudanças no vestir e no comportamento. Dessa forma, a pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva, teve como objetivo analisar os enunciados produzidos pelo quadro da mídia televisiva Arruma meu marido, atendo-se aos discursos que recaem sobre o corpo e a aparência do participante, promovendo sua exclusão e inclusão social, buscando responder as seguintes questões: Quais discursos recaem sobre os participantes do quadro antes e após a transformação? Como se dá a participação da família no processo de mudança da corporalidade dos participantes? A coleta e análise de dados se deu pelo método documental, cujos arquivos foram compostos por três vídeos relativos às edições do programa, buscando-se descobrir, interpretar e compreender os sentidos e significados presentes nas imagens e discursos que recaem sobre os sujeitos os seus corpos. Os resultados revelam que a aparência torna-se um valor imprescindível para o reconhecimento do indivíduo dentro de um contexto social e familiar, sendo que alguns signos corpóreos (flacidez, sedentarismo, gordura, falta dos dentes, cabelos grandes e “mal cuidados”, dentre outros) simbolizam uma indisciplina ou um descaso com o corpo, sendo os indivíduos apontados pelo “fracasso” de sua própria corporalidade. Por outro lado, o programa cumpre a missão de arrumar o participante, promovendo sua inclusão familiar e social.
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    Socialização, inclusão e exclusão social e educacional dos surdos: um olhar sobre a identidade dos sujeitos participantes dos projetos EAMES e SAB
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-06-21) Leandro, Fúlvia Ventura; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/5173304156792483
    A presente pesquisa objetiva analisar a identidade surda pelos surdos participantes do projeto Ensino e Aprendizagem e Metodologias de Ensino para Surdos – EAMES e das famílias do projeto Sala de Aprendizagem Bilíngue-SAB, no sentido de negar ou aceitar a surdez e a Língua de Sinais - Libras. A motivação para o estudo surgiu, inicialmente, pela experiência minha com a comunidade surda de Viçosa/MG. Os participantes da pesquisa foram treze pessoas, sendo quatro surdos do projeto e seus respectivos familiares, além de seis membros das famílias de seis surdos do projeto SAB, já que os surdos participantes do projeto SAB são crianças, tornando inviável entrevistá-los visando obter as informações necessárias aos propósitos desta pesquisa. Em termos metodológicos, a pesquisa é do tipo qualitativa, constituída por um estudo de caso. Para a coleta de dados, utilizou-se entrevistas semiestruturadas, realizadas individualmente com os surdos e com o membro familiar mais próximo. Os dados revelaram que todas as famílias participantes da pesquisa desconheciam as especificidades da surdez e da língua de sinais, quando a surdez foi diagnosticada. Mesmo com a regulamentação da Língua Brasileira de Sinais, as famílias entrevistadas tinham poucos conhecimentos sobre suas particularidades. Entretanto, após o familiar surdo conhecer a Libras, ficou mais fácil aceitar a surdez. Os surdos entrevistados, por sua vez, conheceram a Libras na fase adulta. A maioria deles relatou situações de preconceitos decorrentes da surdez. Admitiram que mesmo conhecendo a Libras, ainda enfrentavam dificuldades de inserção na sociedade, dada aos problema de comunicação com os ouvintes. Em relação às identidades, dois dos surdos demostraram possuir inicialmente a identidade de transição, passando para o estágio da identidade surda propriamente dita. Os outros dois surdos possuíam a identidade de transição, porém apresentavam aspectos da identidade surda incompleta. Todos reconheceram que a Libras trouxe um novo significado para suas vidas. Em termos gerais, os surdos e suas famílias vivem em um contexto onde a negação e a aceitação da surdez estão relacionadas à interpelação do contexto inserido. Todos os sujeitos da pesquisa presumem que se a sociedade usasse a Libras como língua oficial do país, as experiências vivenciadas teriam uma conotação mais positiva.
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    A educação infantil como um direito da criança e da família: um estudo sobre o atendimento a crianças na faixa etária de 0 a 3 anos em creches públicas no município de Aracaju-SE
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-10-17) Costa, Rosilene Silva Santos da; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/3386596534328164
    Os principais objetivos deste estudo foram conhecer e analisar as motivações e as expectativas das famílias de crianças usuárias de creches públicas da cidade de Aracaju, assim como as metas institucionais e as práticas educativas desenvolvidas nestas instituições, procurando identificar em que medida os objetivos e o funcionamento das instituições correspondem a uma visão da creche como espaço de políticas assistencialistas ou de políticas educacionais mais amplas. Dentro desta perspectiva, foram analisadas questões norteadoras como: o atendimento nas creches vem assumindo um caráter educativo ou ainda está predominantemente marcado pelo assistencialismo? Qual é a proposta pedagógica deste trabalho? Quais os objetivos dos programas? De que forma as políticas adotadas nas creches podem superar o caráter assistencialista, passando a ser entendida como um direito da criança e da família? Como se dá a participação das famílias no programa? As famílias procuram na creche a guarda das crianças e os cuidados quanto à higiene e alimentação, ou visam o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social de suas crianças? Os procedimentos metodológicos utilizados para a investigação foram análises documentais, observação não-participativa nas creches e realização de entrevistas semi-estruturadas com pessoas que estão envolvidas com o programa de creches municipais em Aracaju-SE (coordenadora, diretores, chefe de divisão, pedagogas, assistente social, recreadora e crecheiras) e com as mães das crianças ali matriculadas. Neste contexto, os dados foram submetidos a análises tabulares. Os resultados mostraram que o atendimento nas creches em estudo possui característica eminentemente assistencialista e que as atividades de cunho socioeducativo são praticamente inexistentes. O cotidiano das creches evidencia não somente uma atitude de alheamento em relação à função educativa que hoje a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) exige destas instituições, como também a incapacidade de cumprir de maneira adequada até mesmo as funções tradicionais de guarda e cuidados básicos com as crianças. Por outro lado, nas creches estudadas foram encontrados problemas decorrentes de baixos salários, deficiência de pessoal qualificado e falta de infra-estrutura, o que dificulta o cumprimento das funções que essas instituições se destinam. As conclusões do estudo confirmam que, no Brasil, apesar dos avanços verificados nos estudos relativos ao processo de desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos e da legislação educacional em vigor, ainda predomina, tanto nas famílias usuárias, quanto no ambiente dos técnicos e especialistas atuantes nas creches, como também em nível dos setores da administração pública por elas responsáveis, a percepção destas como espaço assistencial, cuja responsabilidade maior é a guarda das crianças e, complementarmente, a compensação de algumas carências, principalmente nutricionais, impostas pela situação socioeconômica de suas famílias.
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    Instituição de educação infantil e família: limites e possibilidades de um projeto participativo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-05-31) Neves, Naise Valeria Guimarães; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://lattes.cnpq.br/7002222306662004
    O tema tratado nesta dissertação é recorrente no cenário mais amplo da sociedade e está relacionado à forma como se constrói a relação da escola com a família. Historicamente, ambas se apresentam como instituições. À primeira vista, essas duas instituições - família e escola - poderiam se articular no sentido de somar esforços e interesses para garantir a continuidade da formação proposta aos indivíduos de determinada cultura. Entretanto, essa realidade se mostra com muitas facetas e, algumas vezes, ambígua e conflituosa. Buscou- se, nesta pesquisa, apreender como se configuram as relações entre a família e os profissionais do Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI), a partir das representações sociais que ambas têm de si e do outro sobre participação e atribuição de papéis. Especificamente, os objetivos foram: apresentar um breve relato sobre a trajetória histórica da Creche UFV e do LDI no período de 1988 a 2003; descrever o programa de envolvimento da família proposto pelo LDI; identificar como ocorre a participação das famílias nesse laboratório e analisar aspectos dessa participação na perspectiva das famílias usuárias e da instituição de educação infantil; descrever as ações relativas ao envolvimento das famílias desenvolvidas pela instituição de educação infantil, analisando como essas ações são percebidas pelas famílias e pelo LDI; e confrontar as representações sociais das famílias e dos profissionais do LDI, levantando as convergências e divergências sobre a participação e atribuições de papéis, em relação a si mesmo e ao outro. Os fundamentos teóricos utilizados foram construídos diante da possibilidade de apreender como se dá a construção das relações de interação entre a instituição de educação infantil e a família. Utilizou-se como instrumento metodológico a entrevista semi-estruturada, realizada em dois blocos, durante a fase sistemática desta investigação. Inicialmente, a entrevista foi conduzida com a coordenadora, juntamente com a supervisora pedagógica do LDI. Posteriormente, foram feitas entrevistas individuais com as famílias e os profissionais do LDI selecionados. Para análise das informações obtidas, utilizou-se o método de análise de conteúdo proposto por Bardin. A descrição e a análise das representações sociais das profissionais do LDI e das famílias sobre a interação família/instituição possibilitaram a construção das seguintes categorias analíticas: atribuição de papéis e concepção de participação. No percurso desta pesquisa, teve-se a possibilidade de compreender os conceitos e explicações construídos pelos entrevistados, a partir de suas experiências cotidianas, revelando as representações sociais enquanto constituidoras de saberes que expressam determinada realidade social, com base nas estruturas cognitivas, afetivas e sociais desses indivíduos.
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    Gestão financeira e suas implicações na saúde, na família e no trabalho de um grupo de servidores institucionais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-05-19) Enes, Claudia Maciel; Silva, Neuza Maria da; http://lattes.cnpq.br/4793065358870737
    Este estudo buscou analisar as práticas de gestão financeira adotadas por um grupo de servidores da Universidade Federal de Ouro Preto, bem como analisar as interferências de tais práticas nas relações familiares, no trabalho e na saúde desses funcionários. O estudo abordou assuntos que descrevem a importância do controle orçamentário, demonstrando a interferência desses na vida das pessoas. A metodologia utilizada foi a quantitativa-qualitativa, exploratória e descritiva, tendo como ferramentas de referência a técnica de entrevista com roteiro semiestruturado e o Programa R Core Team (2015), para análise de dados. Foram entrevistados 33 homens e 40 mulheres, sendo a maioria delas casadas, com idade mediana de 37 anos e especialização como nível de escolaridade predominante. Possuíam residência própria e plano de saúde, e o salário que recebiam da instituição era a única fonte de renda. Com relação à renda familiar, identificou-se que a maioria se encontrava na faixa de R$3.000,00 a R$10.000,00, destacando-se a existência de maior número de mulheres nessa faixa salarial. Verificou-se que os servidores em geral realizavam o controle dos gastos financeiros, e seus planos de compras eram feitos no médio prazo, ou seja, de três a 10 anos. Com relação às ferramentas de controle utilizadas por eles, constatou-se a prevalência do uso de planilhas eletrônicas e cadernos de anotações. Em relação às prioridades de gastos, alimentação e saúde sobressaíram. Conclui-se que os servidores realizavam práticas de gestão e controle de suas finanças e, sobretudo, que essas práticas tinham ligação e impactos diretos nas suas relações familiares, no trabalho e na saúde. Ressalta-se, assim, a importância da implantação de programas de educação financeira dentro do ambiente de trabalho como forma de aperfeiçoamento, apresentando-se como relevante no que diz respeito à maximização da riqueza pessoal.
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    Empreendedorismo na terceira idade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-04-11) Mendes, Mayara dos Santos Alves; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://lattes.cnpq.br/0170920904643593
    As questões voltadas ao envelhecimento populacional, mercado de trabalho e empreendedorismo passaram a ser amplamente discutidas atualmente. Assim, o acelerado ritmo de envelhecimento no Brasil cria novos desafios para a sociedade contemporânea, onde esse processo ocorre em um cenário de profundas transformações urbanas, industriais e familiares. O crescente aumento da população idosa provoca a necessidade de estudos ligados a sua qualidade de vida e geração de renda, ou seja, fatores que promovam a inserção social, e reafirmação de sua identidade, o que infelizmente pode ser dificultado pelos empecilhos encontrados em sua inserção no mercado de trabalho. Acredita-se hoje que o empreendedor seja o “motor da economia”, um agente de mudanças, sendo uma alternativa viável a esta situação de dificuldade de inserção ao mercado de trabalho pode ser encontrada no empreendedorismo. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a percepção do idoso sobre as consequências do empreendedorismo na sua vida pessoal e na economia familiar. A pesquisa desenvolvida teve caráter exploratório-descritivo e utilizou a abordagem quanti- qualitativa, adequada para o alcance dos objetivos almejados. Foi realizada em Belo Horizonte – MG. A escolha do município de Belo Horizonte para realizar a pesquisa ocorreu por se tratar da capital do terceiro estado em número de empreendedores individuais e, por essa razão, acredita-se que terá um maior número de idosos empreendedores. Os idosos empreendedores constituíram a população estudada nesta pesquisa, ou seja, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, empreendedores proprietários ou sócio proprietários de empreendimentos que atuam de forma legalizada e que iniciaram seus empreendimentos quando alcançaram a terceira idade, nos mais diversos ramos da cidade de Belo Horizonte. A amostra foi obtida por meio do método bola de neve (snowball). Belo Horizonte foi dividida, para melhor abrangência e para fins de comparação, em duas regiões distintas: Região Centro Sul (Bairros Lourdes, Barro Preto e Savassi), e, Região Norte e Nordeste (Bairros Taquaril e Baleia). Os dados foram coletados por meio de entrevista fundamentada em um roteiro semiestruturado. A coleta de dados se deu no período de agosto de 2015 a janeiro de 2016. Após a coleta, os dados quantitativos foram analisados e, para as questões discursivas, foi realizada uma análise de conteúdo. Os empreendedores idosos que compuseram o presente estudo eram pessoas ativas que gozavam de saúde e vitalidade. O aumento deste segmento populacional torna necessário mais estudo a respeito do idoso que é capaz de oferecer sua experiência de vida para a sociedade.
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    Análise de situações de estresse e de adaptação no trabalho infantil em Governador Valadares-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-20) Rocha, Luciana Margarete Mendes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://lattes.cnpq.br/3997118638327234
    O trabalho infantil vem sendo uma preocupação constante na maioria dos países, em virtude da relevância da infância e adolescência como fases de formação e desenvolvimento de adultos mais capazes. Muitos são os estudos que abordam o tema do trabalho infantil, no entanto são escassos aqueles que tratam dos prejuízos por ele causados, principalmente em crianças/ adolescentes trabalhadoras das áreas urbanas dos municípios brasileiros. Percebendo o trabalho infantil como resultante, entre outros fatores, de uma decisão familiar, a presente pesquisa utilizou um modelo de administração de recursos familiares em situações de crise/estresse, pressupondo-se que a tomada de decisão acerca do trabalho infantil tenha sido estimulada pela existência de eventos estressores na vida familiar. Objetivou-se a análise das causas e das implicações do trabalho precoce, em função das características pessoais e familiares da criança/adolescente trabalhadora, das influências de eventos estressores, da percepção, das decisões sobre o curso de ação e da adaptação no processo de administração de recursos em situações de crise/estresse. O estudo foi realizado no município de Governador Valadares- MG, com crianças/adolescentes de 10 a 15 anos incompletos, moradoras da área urbana do município, que exerciam atividades tanto no mercado laboral quanto em nível doméstico, com ou sem remuneração. Os dados, analisados por meio da estatística descritiva e da correlação de Spearman, mostraram que a família com tendência à nuclearização, numa tentativa de melhorar de vida, por causa do estado de pobreza em que se encontra e da influência de alguns outros eventos estressantes, tende a envolver seu filho menor de idade em atividades laborais, o que diminui seu tempo disponível para o lazer e o estudo, gerando insatisfações que nem sempre eram associadas ao trabalho infantil, pelo próprio valor moral/socializador que se atribuía à atividade laboral. As situações de adversidade e estresse familiar estiveram positivamente afetadas pelo nível de coesão e flexibilidade familiar, o que mostra que a família, como locus de construção de identidades e como espaço privilegiado para o desenvolvimento e bem-estar das crianças/adolescentes, desempenhou um papel decisivo na minimização dos níveis de estresse e no próprio processo de adaptação infantil e familiar. Entretanto, uma visão mais técnica não pode deixar de elucidar os casos de alto estresse e estresse em nível intermediário que estavam associados ao tipo de tarefa realizada, mostrando que o trabalho mais árduo e expositor da criança/adolescente a riscos não pôde ter seus prejuízos minimizados pelos valores e pelas formas de enfrentamento individuais/familiares, devido às fontes externas de estresse que se associavam à própria atividade laboral. Desta forma, para que o trabalho realizado por adolescentes não se transforme numa forma de exploração e nem interrompa precocemente a infância, tirando das crianças/adolescentes seus direitos e sua plena cidadania, que é o modo como elas constroem a si e ao mundo, é necessário conscientização das famílias e da sociedade, vontade política, competência técnica e conduta interinstitucional das ações que tenham como foco de atenção o trinômio criança família sociedade.
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    Representações sobre família e conjugalidade homoafetiva na cidade de Ervália - Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-04-25) Carmo, Andréa de Lima Costa do; Lopes, Maria de Fátima
    Esta dissertação se trata de uma pesquisa realizada na cidade de Ervália – Minas Gerais, onde busquei analisar - através de observações, entrevistas e percepções de entrevistados - as suas vivências, subjetividades e como se dão as relações familiares e de conjugalidade homoafetiva - dramas sociais, conflitos, estigmas, expectativas - de sujeitos inseridos em um contexto de uma cidade pequena, localizada na zona da mata mineira.
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    Sistema Único de Assistência Social: um estudo sobre a matricialidade sociofamiliar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-04-30) Lima, Renato Gama de; Lopes, Maria de Fatima; http://lattes.cnpq.br/7834769583033192
    Tal leitura busca problematizar o lugar simbólico da Família na Política de Assistência Social, uma vez que se propõe a discutir o conceito de Matricialidade Sociofamiliar, um dos eixos estruturantes do SUAS. Discutimos de que forma a noção de matricialidade sociofamiliar coloca em xeque o conceito de família e como, de certa forma, (re)constrói essa categoria no âmbito das políticas públicas de assistência social? Para trabalhar essa questão a pesquisa esta organizada numa analise de conjuntura, investigando o campo de disputas onde se gesta a constituição da Assistência Social como Política Pública. Então refletiremos sobre a efetivação da Política Nacional de Assistência Social com o surgimento e implantação do Sistema Único de Assistência Social, enfatizando uma mudança de paradigmas no trato da Política de Assistência Social como compromisso de Estado, com leis e regras a serem observadas. E problematizamos colocação da família no centro das ações da Política de Assistência Social, explorando a diferença da relação entre Assistência enquanto ajuda pública e/ou direito de cidadania. A assistência social como política pública integra um sistema mais amplo de proteção social, e não está imune à estrutural subordinação do social às relações econômicas e políticas que priorizam a rentabilidade do capital. Entretanto, o seu deslocamento do caráter de ajuda pública para efetivação no campo dos direitos, da focalização para a universalização dos acessos e da responsabilidade estatal, supõe lutas coletivas e pactos consistentes na direção da priorização do social em detrimento do econômico.