Economia Doméstica

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    Mídia, corporalidade e discursos que nos (des)arrumam: uma análise sobre um reality show de transformação corporal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-19) Batista, Fabiano Eloy Atílio; Farias, Rita de Cássia Pereira; http://lattes.cnpq.br/0058785649666554
    A idealização corporal na sociedade contemporânea, subsidiada pelo setor midiático e pelo comércio da corpolatria, promove significativas modificações na (re)construção dos corpos, afetando significativamente a dinâmica de interação social dos sujeitos. Diante da supremacia das imagens idealizadas, a sociedade classifica as pessoas de acordo com sua forma física, estigmatizando e excluindo aqueles que não se inserem no modelo hegemônico de beleza. Para inserir o sujeito nos valores hegemônicos, a indústria da beleza e a mídia oferecem uma diversidade de mecanismos, sendo um deles o quadro Arruma meu marido, do programa Hora do Faro, apresentado por Rodrigo Faro, na Rede Record, que tem como pressuposto a “transformação” do participante. Para transformar uma pessoa “feia” e “infeliz” em uma pessoa “bonita” e “realizada”, o quadro conta com uma equipe multiprofissional do ramo da beleza, habilitada para fazer tratamentos nos dentes, no cabelo, na pele, além de mudanças no vestir e no comportamento. Dessa forma, a pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva, teve como objetivo analisar os enunciados produzidos pelo quadro da mídia televisiva Arruma meu marido, atendo-se aos discursos que recaem sobre o corpo e a aparência do participante, promovendo sua exclusão e inclusão social, buscando responder as seguintes questões: Quais discursos recaem sobre os participantes do quadro antes e após a transformação? Como se dá a participação da família no processo de mudança da corporalidade dos participantes? A coleta e análise de dados se deu pelo método documental, cujos arquivos foram compostos por três vídeos relativos às edições do programa, buscando-se descobrir, interpretar e compreender os sentidos e significados presentes nas imagens e discursos que recaem sobre os sujeitos os seus corpos. Os resultados revelam que a aparência torna-se um valor imprescindível para o reconhecimento do indivíduo dentro de um contexto social e familiar, sendo que alguns signos corpóreos (flacidez, sedentarismo, gordura, falta dos dentes, cabelos grandes e “mal cuidados”, dentre outros) simbolizam uma indisciplina ou um descaso com o corpo, sendo os indivíduos apontados pelo “fracasso” de sua própria corporalidade. Por outro lado, o programa cumpre a missão de arrumar o participante, promovendo sua inclusão familiar e social.