Solos e Nutrição de Plantas

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    Recuperação de áreas mineradas de bauxita com eucalipto e espécies florestais nativas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-31) Valente, Fernanda Daniele de Almeida; Oliveira, Teógenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/4442151927265758
    As atividades de mineração, apesar da grande importância para o setor econômico mundial, causam grandes impactos nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, o que leva a busca de estratégias de recuperação destas áreas. A presente tese foi dividida em quatro capítulos, os quais abordaram o crescimento e a estimativa de biomassa, produção e decomposição de serapilheira, fluxos de CO 2 e CH 4 e, por fim, atributos orgânicos do solo. Os objetivos no capítulo 1 foram o de avaliar o crescimento de três coberturas florestais implantadas em área minerada de bauxita: eucalipto (E. urophylla x E. grandis), angico (Anadenanthera peregrina) e plantio misto composto por 16 espécies florestais nativas no tempo (6, 18, 36 e 56 meses), em quatro tipos de adubação (orgânica - AO, química- AQ, padrão da empresa- AE e orgânica e química combinadas - AO+AQ), bem como estimar a biomassa e os estoques de C do fuste destas árvores aos 56 meses de idade pela volumetria com cubagem rigorosa não destrutiva. Para tanto, o diâmetro, em nível do coleto (DAS), o diâmetro a nível do peito (DAP) e a altura total (Ht) de todas as árvores plantadas foram medidos nas quatro idades. O volume do fuste foi estimado aos 56 meses de idade por meio da cubagem rigorosa das árvores pelo método não destrutivo para obtenção de equações alométricas. A adubação não influenciou na Ht de angico, porém, o DAS das árvores foi influenciado pela adubação aos 18, 36 e 56 meses de idade. O eucalipto, aos 6, 36 e 56 meses, apresentou maiores Ht’s nas adubações AO+AQ e AO e as menores em AE, assim como, o DAS. No tratamento com espécies nativas, a AE proporcionou as menores Ht’s aos 18, 36 e 56 meses, porém, a adubação não influenciou o DAS destas árvores. O eucalipto apresentou estimativas de biomassa e estoque de C quatro vezes maiores que aquelas de angico e o plantio misto de espécies nativas em AO+AQ. No capítulo 2, objetivou-se determinar a produção e a taxa de decomposição da serapilheira e seus componentes, bem como, a ciclagem de nutrientes do folhedo e galhos de três coberturas florestais ao longo de 30 meses de avaliação. Eucalipto e nativas não diferiram quanto a serapilheira aportada, bem como, serapilheira acumulada no solo. A taxa de decomposição da serapilheira de angico e nativas foi maior na época chuvosa. As maiores concentrações e conteúdos de P, K, Ca e Mg no folhedo foram observadas nas espécies nativas. No terceiro capítulo avaliou-se os fluxos de CO 2 e CH 4 nos solos das áreas mineradas e recuperadas com as três coberturas florestais, bem como, no solo da área sem cobertura e mata nativa não minerada. O efluxo de CO 2 do solo foi maior em área de vegetação natural (Mata) e menor nas áreas sem qualquer tipo de cobertura (Sem Cob). Entre as espécies plantadas o efluxo de CO 2 não variou significativamente, porém, observou-se maior efluxo de CO 2 nos meses de maior umidade do solo. A respiração heterotrófica do solo foi a que mais contribuiu para o efluxo total de CO 2 do solo, sendo a contribuição do litter responsável pelos maiores valores. Foi observado influxo de CH 4 pelo solo para todas as áreas estudadas. No último capítulo objetivou-se avaliar a influência das coberturas florestais e tratamentos de adubação nos estoques de C e N totais do solo e suas frações. Os estoques de C e N totais não apresentaram diferenças entre as coberturas florestais estudadas, exceto a mata nativa que apresentou os maiores estoques. O C lábil e o da biomassa microbiana foram os atributos que mais sinalizaram mudanças em decorrência das aplicações dos tratamentos após mineração de bauxita. A implantação de coberturas florestais em área pós mineração permitiu o aumento do IMC (Índice de Manejo de Carbono) em relação a área Sem cobertura camada de 0-60 cm.
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    Gênese e mineralogia de solos no gradiente climático árido-hiperárido no Deserto do Atacama, Norte do Chile
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-01) Gjorup, Davi Feital; Francelino, Marcio Rocha; http://lattes.cnpq.br/9775159377586140
    O Deserto do Atacama pode ser considerado o extremo de aridez no planeta, por conjugar as menores precipitações anuais registradas, e a mais longa história de aridez conhecida. Os solos de regiões áridas são relativamente pouco conhecidos, e em geral quanto maior a aridez, menor o nível de informações disponíveis. O Atacama é bem estudado do ponto de vista geológico e geoquímico, mas estudos pedológicos são raros. Este estudo se concentra em diferentes aspectos relacionados aos solos em um amplo gradiente climático seco no norte do Chile, incluindo a área core do deserto e áreas adjacentes (climas hiperárido, árido e semi-árido). Os solos dos diferentes conjuntos foram caracterizados morfológica, química, física e mineralogicamente, o que permitiu a discussão acerca dos principais fatores e processos envolvidos na sua gênese. O fator climático é importante no condicionamento dos processos de formação ao longo da climossequência. Teores de sais e matéria orgânica são correlacionados com a precipitação média anual, embora fatores geomorfológicos possam ter maior importância local. Sob clima semiárido os solos não são salinos, e ocorre colonização vegetal significativa e acúmulo de matéria orgânica. Sob os climas árido e semiárido a acumulação de minerais solúveis é o principal processo de formação dos solos. Bacias fechadas condicionam solos salinos em qualquer setor climático. O estudo dos regimes térmico e hídrico de um gradiente climático, pedológico e vegetacional de solos semiáridos de elevada altitude (>4500 m) apontam para um regime típico de ambientes periglaciais em todas as altitudes estudadas. Contudo, permafrost não foi detectado na profundidade dos solos. Fatores relacionados à altitude (temperatura média do ar e precipitação) são importantes na definição dos regimes pedoclimáticos, mas fatores locais, como textura dos solos e duração da radiação solar, também agem sobre o comportamento térmico e hídrico dos solos mais elevados. O estudo de distribuição e organização dos minerais solúveis nos solos submetidos aos climas árido e hiperárido evidenciou que a acumulação destes minerais é o principal processo de formação dos solos. No sistema hiperárido o processo de acumulação é muito avançado, e algum processo de redistribuição ocorre apenas dentro do perfil, com perdas negligenciáveis por lixiviação. No sistema árido, a intensidade do processo de acumulação varia em função da posição na paisagem. Nos solos bem drenados a acumulação coexiste com perdas por lixiviação, enquanto os solos mal drenados recebem sais provenientes de outros setores da paisagem. O processo de calcificação é generalizado na paisagem, embora pouco avançado. O processo de gipsificação é generalizado, e todas as fases do processo foram observadas – incluindo horizontes com gipsificação completa. O processo de salinização está vinculado à proximidade das fontes destes minerais, à posição na paisagem ou a taxas muito baixas de precipitação.
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    Classificação supervisionada de pedopaisagens do domínio dos mares de morros utilizando Redes Neurais Artificiais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-03) Carvalho Junior, Waldir de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/7992394393174495
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender a organização dos solos de paisagens dos mares de morros, reconhecer seus padrões e subsidiar seu mapeamento. A área de estudo situa-se na Região Noroeste fluminense, englobada pela folha topográfica Varre Sai do IBGE, que abrange parte dos municípios de Natividade, Porciúncula e Varre Sai. Para isso foram avaliadas as feições geomorfométricas que definem um padrão geomórfico das paisagens, sendo composta por altimetria, altimetria relativa, aspecto, curvatura, curvatura plana, perfil de curvatura, declividade, sentido do escoamento, escoamento acumulado e distância euclidiana da drenagem, sendo todas estas feições obtidas por técnicas de geoprocessamento. Todos os atributos foram obtidos a partir do modelo digital de elevação e, em razão disso, os dados primários de elevação foram os mais precisos possíveis. Através destes atributos geomorfométricos elaborou-se um padrão geomorfométrico das paisagens definidas e foram conduzidas classificações supervisionadas, utilizando-se redes neurais artificiais e o algoritmo de máxima verossimilhança, para fins de comparação. Os resultados mostraram ser possível a utilização de redes neurais artificiais para a classificação de paisagens de áreas montanhosas sob dissecação homogênea, com uma exatidão global de 70%, um pouco acima daquela obtida pelo algoritmo de máxima verossimilhança, que obteve uma exatidão global de aproximadamente 66%. Este estudo mostrou que a utilização de técnicas de geoprocessamento para gerar os atributos geomorfométricos, aliados a classificadores supervisionados, pode subsidiar o delineamento dos levantamentos de solos, tornando-os mais rápidos, menos dependentes da experiência do mapeador e menos onerosos, diminuindo a subjetividade dos mesmos. Constitui-se de uma abordagem nova no Brasil, que deve ser estendida para outras áreas com informações mais precisas de altimetria, para testar a sua eficácia.
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    Distribuição espacial de atributos físico-químicos, mineralógicos e micromorfológicos de Latossolos, visando o mapeamento de áreas produtivas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-24) Viana, João Herbert Moreira; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/5963012432691034
    Neste trabalho foram estudados aspectos relacionados à gênese e mineralogia de um Latossolo Vermelho-Amarelo da região de Sete Lagoas, MG, cultivado sob plantio direto e irrigado por pivô central, assim como foi executado um levantamento detalhado de solos, visando avaliar o presente modelo de gênese e as possíveis implicações na produtividade dos cultivos realizados no local. Foram também avaliados a distribuição da resistência do solo, a partir de dados georreferenciados colhidos por um penetrômetro com aquisição automática de dados; a distribuição espacial dos principais atributos químicos usados para avaliação de fertilidade; a relação entre a produtividade do milho e o status nutricional do solo; e as características micromorfológicas, avaliadas em comparação a uma área equivalente próxima, em reserva sob cerrado. A mineralogia da fração argila do horizonte B w indicou a presença de caulinita e gibbsita dominando esta fração e, em menor proporção, os óxidos de ferro. Foram identificados nódulos ricos em ferro contendo magnetita muito alterada, em processo de transformação para hematita, e grãos de quartzo com inclusões de minerais magnéticos. A espectroscopia Mössbauer e o refinamento estrutural Rietveld, dos dados de DRX, indicaram a coexistência de magnetita, em estádio avançado de oxidação, e de hematita somorficamente substituída por Al. As análises mineralógicas indicaram que o modelo de gênese deste solo deve incluir a possibilidade de contribuições de materiais alóctones ao Grupo Bambuí. O mapeamento detalhado classificou o solo como Latossolo Vermelho-Amarelo, com uma inclusão de Latossolo Amarelo representando 21% da área. Os valores de resistência do solo obtidos se encontram abaixo dos considerados limitantes na maior parte da área. Os dados indicam a existência de bolsões de maior resistência sem a formação de uma camada contínua do tipo "pé de grade". A área em estudo apresenta fertilidade de média a alta em sua camada superficial, apresentando concentração de nutrientes nos primeiros centímetros da superfície. Foi observada grande variabilidade horizontal, mostrada pelos mapas interpolados e pelo coeficiente de variação dos dados. Os resultados indicaram que, para esta área, não houve relação aparente entre a produtividade e as análises químicas dos principais nutrientes e matéria orgânica, em razão dos níveis elevados de fertilidade já atingidos pelo sistema de manejo, indicando que a produtividade deve estar sendo determinada principalmente por outros fatores, como regime hídrico do solo. Os resultados mostraram que o solo em estudo apresenta características micromorfológicas típicas de sua classe, como elevada porosidade e estrutura microgranular fortemente desenvolvida. Os dados mostraram que a camada localizada entre 20 e 25 cm de profundidade, na área sob pivô, apresentou redução na porosidade observada e no comprimento de poros, em relação à área sob cerrado; essas alterações são atribuídas aos efeitos do uso agrícola.
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    Caracterização da intensidade de degradação do solo e da cobertura vegetal de uma área no Médio Rio Doce, utilizando imagem IKONOS II
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Valente, Elton Luiz; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/2589985494956186
    A partir de uma imagem de satélite IKONOS II, de uma área no Médio Rio Doce, localizada entre os municípios de Governador Valadares e Tumiritinga, com 56,73 km 2 , foi realizada uma identificação da intensidade de degradação do solo e da cobertura vegetal. A análise da imagem foi realizada pelo sistema de fotointerpretação cujos resultados foram processados em softwares de SIG ArcInfo e ArcView (ESRI, 1996). Paralelamente foram empregados dados históricos da área e dados do meio físico contidos nos mapas de solos e mapas planialtimétricos, dos quais foram obtidas informações sobre hidrografia; relevo e rede viária. De forma complementar, foram efetuadas visitas ao campo para coleta de informações, compondo uma fonte primária de dados. Como resultados, foram obtidos os mapas de Geoformas, Cobertura Vegetal e Geoambientes e Degradação. Para obtenção do mapa de Geoambientes e Degradação foram identificadas as intensidades de degradação do solo e vegetação, tendo como referência as características presentes e pretéritas da área considerada. Foram efetuadas observações de campo sobre os processos e intensidades de degradação desses ambientes. Para tanto, foram elaboradas tabelas que correlacionam a intensidade de degradação com os indicadores presentes no solo e na vegetação da área estudada. Foram identificadas quatro classes de degradação (cd): cd 1 - muito baixa ou leve, que corresponde a 7,5% da área; cd 2 - baixa ou moderada, observada em 7,2% da área; cd 3 - alta ou forte - presente em 47,5% da área e cd 4 - muito alta ou muito forte - cuja ocorrência foi identificada em 37,8% da área.
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    Caracterização e gênese de solos em ambientes de Cordilheira e Campo de inundação periódica da sub-região do Pantanal de Poconé, Mato Grosso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-10) Sousa, Juberto Babilônia de; Muggler, Cristine Carole; http://lattes.cnpq.br/0985085839069147
    O presente estudo foi conduzido na sub-região do Pantanal de Poconé, estado de Mato Grosso. Foram estudados dois solos, sendo um Luvissolo Hipocrômico Órtico planossólico e um Gleissolo Háplico Tb Distrófico argissólico, representativos de ambientes distintos do Pantanal Mato- grossense, Cordilheira e Campo de inundação periódica, respectivamente. Objetivou-se compreender a gênese dos solos, a partir da caracterização e estudo de suas propriedades morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados mostraram que a diferença de umidade entre os solos está relacionada a pequena diferença de cota dos ambientes e refletiu-se nas propriedades dos solos. Entre as características morfológicas, é evidente o maior efeito de hidromorfismo no solo do ambiente Campo de inundação periódica. Para as características físicas, os resultados mostraram que os dois solos apresentam grande variação textural, desde texturas franco-argilo- arenosas até muito argilosas. As variações texturais ressaltam as descontinuidades litológicas nos perfis dos solos. Tais variações litológicas refletiram-se significativamente nas características físicas e químicasapresentadas nos solos. Os solos apresentaram valores de acidez média e teores de alumínio trocáveis bastante elevados. A ocorrência de variações nos teores de bases trocáveis é explicada pela variabilidade do material de origem e ao hidromorfismo na remoção e na acumulação de bases. Os teores de sódio são mais elevados no solo do ambiente Cordilheira, em especial nos horizontes mais inferiores. Os teores de carbono orgânico nos dois solos são baixos a muito baixos, o que está relacionado à variação de água disponível durante o ano e às altas temperaturas. Formas de ferro livre ocorrem em maiores teores no solo do ambiente Cordilheira, enquanto o solo do ambiente Campo de inundação periódica apresenta maiores teores de formas de ferro amorfas ou de baixa cristalinidade. Nas extrações de alumínio, observou-se a presença deste elemento nas formas de polímeros ou de baixa cristalinidade. A mineralogia da fração argila dos dois solos mostrou-se bastante semelhante, constituindo uma variabilidade de minerais, dentre os quais destacam-se a caulinita (Ct) e minerais 2:1, como a ilita (Il), vermiculita com hidróxi entre camadas (VHE) e, possivelmente, a esmectita (Es) no solo do ambiente Cordilheira; há ainda a ocorrência do quartzo (Qz). Os óxidos de ferro predominantes nos dois solos foram a hematita (Hm), goethita (GT) e lepidocrocita (Lp). No fracionamento do carbono orgânico em frações humina (FH), ácidos húmicos (FAH) e ácido fúlvico (FAF), destacou-se a fração humina, sendo que, em geral, a proporção apresentada nos dois solos foi FH > FAH > FAF.
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    Pedogênese e geoambientes na Serra Verde, parte da Mantiqueira mineira: atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-28) Simas, Felipe Nogueira Bello; Schaefer, Carlos Ernesto G. R.; http://lattes.cnpq.br/5666955641822847
    A região Sul mineira guarda, em serras elevadas de difícil acesso, remanescentes relativamente conservados de Mata Atlântica associados à inúmeras nascentes e cursos d’água. Passados mais de quinze anos desde a criação da APA Mantiqueira ainda não existe uma gestão ambiental efetiva na região, que vem sofrendo crescente pressão antrópica. Estudos ambientais multidisciplinares são necessários para subsidiar o planejamento e tomadas de decisão. Este trabalho teve como objetivo geral estratificar em Unidades Geoambientais o meio físico de parte da Mantiqueira mineira, conhecido por Serra Verde, no entorno da Mitra do Bispo, município de Bocaina de Minas, e estudar os atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos dos principais solos da região. O mapeamento geoambiental foi realizado através da interpretação de ortofotos da CEMIG em escala 1:10 000, carta do IBGE (1:50 000) e checagem de campo, com digitalização por meio dos programas ArcInfo/ArcView. Para o estudo pedológico, foram abertos quatro perfis de solo compondo uma toposeqüência típica das áreas granítico/gnáissicas dos altos da Mantiqueira. A análise do meio físico permitiu a distinção e mapeamento, em escala 1:17.000, de 9 Unidades Geoambientais, com vbase principalmente nos aspectos fito-geomorfológicos. Destacam-se as unidades Topos aplainados e cristas com candeia, Complexo rupestre de altitude, Encostas e grotas florestadas, Turfeiras de altitude, Vales com araucárias, e Patamares com floresta primária. Os solos são predominantemente gibbsíticos, distróficos e com elevada saturação por alumínio. O elevado acúmulo de matéria orgânica, textura arenosa e alta umidade favorecem a ocorrência de podzolização, com identificação de um Espodossolo. Atuam processos intensos de hidrólise e dissolução de minerais, com presença de formas poliméricas de Al adsorvidas e ligadas à matéria orgânica nos solos de menor maturidade pedogenética. A presença de gibbsita é atribuída à condições pretéritas de formação de profundo saprolito, favorecida pela intensa rede de falhas e fraturas, típicas desta zona da Mantiqueira. Com base nos cálculos de estoque de carbono, conclui-se que os solos da Mantiqueira representam importante compartimento de carbono seqüestrado protegido, com valores superiores a 700 t ha -1 .
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    Geoambientes da RPPN Serra do Caraça e feições do carste quartzítico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-31) Clemente, Nicolò; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/0200641888816994
    A RPPN Serra do Caraça se enquadra na borda leste da província geológica do Quadrilátero Ferrífero, estado do Minas Gerais. A Reserva abrange refúgios ecológicos montanos e altimontanos em litologia predominantemente quartzítica, sendo portanto um forte fator de distribuição dos geoambientes locais. No local, diferentes patamares com vegetação principalmente endêmica formam um complexo entre campos cerrados e enclaves de mata atlântica. Além disso, a área em estudo contempla um dos mais complexos sistemas cársticos em quartzitos do Brasil. É notório a ocorrência de feições como dolinas e cavidades. Nesse contexto, procurou-se identificar, caracterizar e mapear os geoambientes para entender as dinâmicas e as relações ecológicas, para subsidiar as estratégias de manejo e visitação do parque. Para definir as unidades geoambientais utilizou-se uma metodologia pedogeomorfológica, identificando as principais características ecogeográficas. Utilizaram-se imagens satelitais ASTER de alta resolução e mapa 1: 50.000 planialtimétrico, para auxiliar as campanhas de estudo in loco. Foram abertos doze perfis de solos em diferentes níveis da paisagem, contemplando os topos, afloramentos, encostas, vales de acúmulo e diques. Cada perfil foi descrito e os horizontes coletado, identificação dos principais processos pedogenéticos e posteriormente submetidos às análises físicas, químicas e mineralógicas. As rochas de cavidades naturais foram analisadas por difratometria de raios-X (XRD) e microscopia eletrônica de varredura com microssonda EDS acoplada (MEV/EDS), procurando assim entender a gênese deste sistema cárstico quartzítico. Também foram identificadas as principais fitofisionomias vegetais, através da descrição em campo e coleta, quando necessário. Produziu-se o mapa das unidades geoambientais, sendo cada unidade caracterizada pormenorizadamente, procurando estabelecer as interações entre eles. Foram identificadas nove unidades: Campos rupestres, Campos cerrados, Brejos e turfeiras, Matas de encosta, Matas nebulares e Matas de candeias. Particular ênfase foi dada aos ambientes desenvolvidos sobre intrusões de rochas metabásicas, que proporcionaram solos distróficos porém texturalmente mais argilosos, com maior retenção hídrica e consequentemente desenvolveram fitofisionomias contrastantes, de maior porte. Todos os outros perfis se mostraram com texturas substancialmente arenosas, alumínicos e ácidos. Os dados levaram a entender que na RPPN, a taxa de pedogênese é menor que a morfogênese, sendo os ambientes definidos pelo controle morfoestrutural. As análises MEV/EDS das amostras de rochas mostraram mobilidade do Fe e Al intergranulares, podendo capear saprolitos e formar concreções nas paredes das grutas. A caracterização das unidades geoambientais permitiu esclarecer as relações entre os diferentes níveis da paisagem da Serra do Caraça, corroborada pelas análises físicas, químicas e mineralógicas dos solos, que em geral se mostraram gibbsiticos, com distrofismo e elevada saturação por alumínio. Assim, dado às condições extremas desses solos, as espécies vegetais ocorrentes indicam um alto grau de especialização e endemismo, que sujerem adaptações que otimizam a ciclagem biogeoquímica, tolerância à toxidez, e bioacumulação de alumínio.
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    Manejo agroecológico e qualidade da água no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-28) Sousa, Tommy Flávio Cardoso Wanick Loureiro de; Cardoso, Irene Maria; http://lattes.cnpq.br/3032278847819639
    No território da Serra do Brigadeiro, importante pela rica biodiversidade, paisagens singulares e grande potencial agroecológico, inúmeras pesquisas sistematizaram e apontaram muitos benefícios do manejo agroecológico, em especial com sistemas agroflorestais. Estes benefícios foram também apontados pelas próprias famílias agricultoras, após anos de transição agroecológica. Dentre os benefícios, destacam‐se o aumento da quantidade e qualidade da água nas nascentes e cursos d’água de propriedades em transição agroecológica. Entretanto, ainda muitas propriedades permanecem com manejo convencional. O presente estudo foi desenvolvido buscando diagnosticar as principais fontes de poluição da água nas comunidades rurais dessa região e verificar os benefícios do manejo agroecológico na dinâmica da água. Inicialmente diagnosticou‐se a atual situação do saneamento básico nas comunidades localizadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), que influencia diretamente a qualidade da água e do solo. O estudo abrangeu todas as comunidades localizadas em uma área de 2 km ao redor dos limites do parque. O acesso aos serviços de saneamento básico são precários e podem estar afetando negativamente a qualidade da água de afluentes de rios importantes como o Doce e o Paraíba do Sul, na solução do problema de saneamento, especialmente em áreas rurais, devem ser consideradas soluções individuais, como algumas tecnologias sociais, que são acessíveis economicamente e tecnicamente eficazes. Em uma das Bacias Hidrográficas na área de amortecimento do Parque (a Bacia do São Joaquim) analisou‐se a qualidade da água, com o objetivo de determinar o índice de qualidade da água (IQA) em seis pontos. Dois destes pontos estão localizados em microbacias influenciadas pelo manejo tido como convencional e dois pelo manejo agroecológico, estando os outros dois pontos localizados à montante e à jusante da bacia hidrográfica. Relacionou‐se os IQAs obtidos com os diferentes tipos de manejo dos solos adotados na bacia. Os resultados encontrados permitem concluir que o sistema de manejo agroecológico adotado na bacia do rio São Joaquim contribuiu para conservação e recuperação da qualidade da água. Entretanto, por ainda não ser praticado em todas as propriedades, o manejo agroecológico não influenciou a qualidade da água da bacia hidrográfica como um todo. Ainda nesta Bacia determinou‐se a qualidade da água, indiretamente, através da análise histológica de lesões em peixes, um ótimo bioindicadores de poluição. As análises feitas também indicaram diferenças entre as microbacias agroecológicas e convencionais, e os resultados apontaram sinais de degradação da qualidade da água nas bacias convencionais, provavelmente influenciados pela contaminação das águas dessas propriedades por agrotóxicos. Todo estudo foi desenvolvido através de metodologias participativas, onde o diálogo entre o saber popular e científico foi importante na construção de um novo saber prático, acessível e, portanto, capaz de contribuir para solucionar problemas de poluição ambiental inerentes ao manejo convencional. Para isto é importante apoiar o processo de transição agroecológica já em curso em algumas propriedades do entorno do Parque.
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    Emissões de CO2 , particionamento da respiração e qualidade da matéria orgânica em solos sob cultivo de eucalipto no Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-08-29) Vasconcelos, Aline de Almeida; Silva, Ivo Ribeiro da; http://lattes.cnpq.br/7212421622708679
    O Cerrado brasileiro contribuí com 20-30 % da produção primária global, e a conversão de áreas nativas com o corte e queima de vegetação seguida do cultivo do solo resulta em mudanças na dinâmica da matéria orgânica do solo (MOS), com alterações nas emissões dos gases causadores de efeito estufa (CO 2 ) da biosfera para a atmosfera e na composição da MOS. Sistemas de cultivo conservacionistas que privilegiam o aporte de resíduos ao solo e menor revolvimento deste podem mitigar a redução nos conteúdos de C do solo e ocasionar mudanças na qualidade da MOS causada pela substituição dos sistemas naturais. Plantações de eucalipto estão inseridas neste contexto, como potenciais sequestradoras de C da atmosfera, pela expressiva produção de biomassa vegetal em curto espaço de tempo. No entanto, pouco se sabe sobre as emissões de CO 2 por florestas plantadas de eucalipto. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar o potencial das florestas plantadas de eucalipto na emissão de CO 2 , estimar a contribuição relativa da respiração das raízes e da MOS no CO 2 emitido pelo componente solo utilizando a composição isotópica do carbono do CO 2 e determinar a variabilidade sazonal das emissões dos gases CO 2 no capitulo 1 e determinar as alterações moleculares da matéria orgânica do solo pela adição de resíduo de eucalipto por meio da técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) no Capitulo II. Para isso, no experimento do Capitulo I foram feitas determinações dos fluxos CO 2 do solo, e da sua composição isotópica em floresta adulta de eucalipto, mantendo como referência uma de cerrado nativo adjacente. Foram instalados encaixe de câmaras para monitoramento dos fluxos de CO 2 em superfície e razão isotópica do CO 2 dos diversos compartimentos in situ. Além de instalados tubos de coleta de ar em profundidade nas camadas 0 - 10; 10-20; 20-40; 40-60 e 60 - 100 cm, distribuídos na linha e entrelinha, todas as determinações foram realizadas por meio do parelho cavity ringdown laser spectroscopy (CRDS). A umidade e a temperatura do solo foram medidas por ocasião das coletas nas época seca e época chuvosa. O cálculo utilizado para particionamento da respiração foi o proposto por Millard et al. (2010). No experimento do Capítulo II, foram extraídos a matéria orgânica associada aos minerais (MAM) de três solos com diferenças texturais, teores de Fe e teores iniciais de carbono (C) da região de Cerrado provenientes de experimento de incubação com resíduo de plantas de eucalipto enriquecido com 13 C e 15 N para avaliação das alterações da composição molecular via 13 C e 15 N NMR multiple cross polarization (MultCP). As maiores emissões de CO 2 foram encontradas na época chuvosa, sendo que o eucalipto apresentou menores fluxos que a mata nativa na época chuvosa e não diferiu na época seca. Na condição seca, o eucalipto possui menor respiração heterotrófica, enquanto que na época chuvosa não ocorreu diferença. As concentrações de CO 2 em profundidade entre os usos diferiram nas camadas mais profundas. Em relação a qualidade da MOS por meio da 13 C RMN, observou-se maior predominância do grupo O-alkyl C (28%) e que a estabilização da MAM do solo parece estar mais relacionada as características mineralogia e amorficidade dos óxidos de Fe e Al do que ao teor de Fe, textura e déficit de saturação de C. A adição do resíduo vegetal reduziu a aromaticidade em 29%, principalmente pela redução dos compostos aromáticos não protonados. Observou-se por 15 N NMR a predominância de compostos amida e essa foi maior nos solos com maior nos solos com maiores teores iniciais de C e não houve padrão em relação as outras características do solo avaliadas.