Solos e Nutrição de Plantas

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    Recuperação de áreas mineradas de bauxita com eucalipto e espécies florestais nativas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-31) Valente, Fernanda Daniele de Almeida; Oliveira, Teógenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/4442151927265758
    As atividades de mineração, apesar da grande importância para o setor econômico mundial, causam grandes impactos nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, o que leva a busca de estratégias de recuperação destas áreas. A presente tese foi dividida em quatro capítulos, os quais abordaram o crescimento e a estimativa de biomassa, produção e decomposição de serapilheira, fluxos de CO 2 e CH 4 e, por fim, atributos orgânicos do solo. Os objetivos no capítulo 1 foram o de avaliar o crescimento de três coberturas florestais implantadas em área minerada de bauxita: eucalipto (E. urophylla x E. grandis), angico (Anadenanthera peregrina) e plantio misto composto por 16 espécies florestais nativas no tempo (6, 18, 36 e 56 meses), em quatro tipos de adubação (orgânica - AO, química- AQ, padrão da empresa- AE e orgânica e química combinadas - AO+AQ), bem como estimar a biomassa e os estoques de C do fuste destas árvores aos 56 meses de idade pela volumetria com cubagem rigorosa não destrutiva. Para tanto, o diâmetro, em nível do coleto (DAS), o diâmetro a nível do peito (DAP) e a altura total (Ht) de todas as árvores plantadas foram medidos nas quatro idades. O volume do fuste foi estimado aos 56 meses de idade por meio da cubagem rigorosa das árvores pelo método não destrutivo para obtenção de equações alométricas. A adubação não influenciou na Ht de angico, porém, o DAS das árvores foi influenciado pela adubação aos 18, 36 e 56 meses de idade. O eucalipto, aos 6, 36 e 56 meses, apresentou maiores Ht’s nas adubações AO+AQ e AO e as menores em AE, assim como, o DAS. No tratamento com espécies nativas, a AE proporcionou as menores Ht’s aos 18, 36 e 56 meses, porém, a adubação não influenciou o DAS destas árvores. O eucalipto apresentou estimativas de biomassa e estoque de C quatro vezes maiores que aquelas de angico e o plantio misto de espécies nativas em AO+AQ. No capítulo 2, objetivou-se determinar a produção e a taxa de decomposição da serapilheira e seus componentes, bem como, a ciclagem de nutrientes do folhedo e galhos de três coberturas florestais ao longo de 30 meses de avaliação. Eucalipto e nativas não diferiram quanto a serapilheira aportada, bem como, serapilheira acumulada no solo. A taxa de decomposição da serapilheira de angico e nativas foi maior na época chuvosa. As maiores concentrações e conteúdos de P, K, Ca e Mg no folhedo foram observadas nas espécies nativas. No terceiro capítulo avaliou-se os fluxos de CO 2 e CH 4 nos solos das áreas mineradas e recuperadas com as três coberturas florestais, bem como, no solo da área sem cobertura e mata nativa não minerada. O efluxo de CO 2 do solo foi maior em área de vegetação natural (Mata) e menor nas áreas sem qualquer tipo de cobertura (Sem Cob). Entre as espécies plantadas o efluxo de CO 2 não variou significativamente, porém, observou-se maior efluxo de CO 2 nos meses de maior umidade do solo. A respiração heterotrófica do solo foi a que mais contribuiu para o efluxo total de CO 2 do solo, sendo a contribuição do litter responsável pelos maiores valores. Foi observado influxo de CH 4 pelo solo para todas as áreas estudadas. No último capítulo objetivou-se avaliar a influência das coberturas florestais e tratamentos de adubação nos estoques de C e N totais do solo e suas frações. Os estoques de C e N totais não apresentaram diferenças entre as coberturas florestais estudadas, exceto a mata nativa que apresentou os maiores estoques. O C lábil e o da biomassa microbiana foram os atributos que mais sinalizaram mudanças em decorrência das aplicações dos tratamentos após mineração de bauxita. A implantação de coberturas florestais em área pós mineração permitiu o aumento do IMC (Índice de Manejo de Carbono) em relação a área Sem cobertura camada de 0-60 cm.
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    Gênese e mineralogia de solos no gradiente climático árido-hiperárido no Deserto do Atacama, Norte do Chile
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-01) Gjorup, Davi Feital; Francelino, Marcio Rocha; http://lattes.cnpq.br/9775159377586140
    O Deserto do Atacama pode ser considerado o extremo de aridez no planeta, por conjugar as menores precipitações anuais registradas, e a mais longa história de aridez conhecida. Os solos de regiões áridas são relativamente pouco conhecidos, e em geral quanto maior a aridez, menor o nível de informações disponíveis. O Atacama é bem estudado do ponto de vista geológico e geoquímico, mas estudos pedológicos são raros. Este estudo se concentra em diferentes aspectos relacionados aos solos em um amplo gradiente climático seco no norte do Chile, incluindo a área core do deserto e áreas adjacentes (climas hiperárido, árido e semi-árido). Os solos dos diferentes conjuntos foram caracterizados morfológica, química, física e mineralogicamente, o que permitiu a discussão acerca dos principais fatores e processos envolvidos na sua gênese. O fator climático é importante no condicionamento dos processos de formação ao longo da climossequência. Teores de sais e matéria orgânica são correlacionados com a precipitação média anual, embora fatores geomorfológicos possam ter maior importância local. Sob clima semiárido os solos não são salinos, e ocorre colonização vegetal significativa e acúmulo de matéria orgânica. Sob os climas árido e semiárido a acumulação de minerais solúveis é o principal processo de formação dos solos. Bacias fechadas condicionam solos salinos em qualquer setor climático. O estudo dos regimes térmico e hídrico de um gradiente climático, pedológico e vegetacional de solos semiáridos de elevada altitude (>4500 m) apontam para um regime típico de ambientes periglaciais em todas as altitudes estudadas. Contudo, permafrost não foi detectado na profundidade dos solos. Fatores relacionados à altitude (temperatura média do ar e precipitação) são importantes na definição dos regimes pedoclimáticos, mas fatores locais, como textura dos solos e duração da radiação solar, também agem sobre o comportamento térmico e hídrico dos solos mais elevados. O estudo de distribuição e organização dos minerais solúveis nos solos submetidos aos climas árido e hiperárido evidenciou que a acumulação destes minerais é o principal processo de formação dos solos. No sistema hiperárido o processo de acumulação é muito avançado, e algum processo de redistribuição ocorre apenas dentro do perfil, com perdas negligenciáveis por lixiviação. No sistema árido, a intensidade do processo de acumulação varia em função da posição na paisagem. Nos solos bem drenados a acumulação coexiste com perdas por lixiviação, enquanto os solos mal drenados recebem sais provenientes de outros setores da paisagem. O processo de calcificação é generalizado na paisagem, embora pouco avançado. O processo de gipsificação é generalizado, e todas as fases do processo foram observadas – incluindo horizontes com gipsificação completa. O processo de salinização está vinculado à proximidade das fontes destes minerais, à posição na paisagem ou a taxas muito baixas de precipitação.
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    Classificação supervisionada de pedopaisagens do domínio dos mares de morros utilizando Redes Neurais Artificiais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-03) Carvalho Junior, Waldir de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/7992394393174495
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender a organização dos solos de paisagens dos mares de morros, reconhecer seus padrões e subsidiar seu mapeamento. A área de estudo situa-se na Região Noroeste fluminense, englobada pela folha topográfica Varre Sai do IBGE, que abrange parte dos municípios de Natividade, Porciúncula e Varre Sai. Para isso foram avaliadas as feições geomorfométricas que definem um padrão geomórfico das paisagens, sendo composta por altimetria, altimetria relativa, aspecto, curvatura, curvatura plana, perfil de curvatura, declividade, sentido do escoamento, escoamento acumulado e distância euclidiana da drenagem, sendo todas estas feições obtidas por técnicas de geoprocessamento. Todos os atributos foram obtidos a partir do modelo digital de elevação e, em razão disso, os dados primários de elevação foram os mais precisos possíveis. Através destes atributos geomorfométricos elaborou-se um padrão geomorfométrico das paisagens definidas e foram conduzidas classificações supervisionadas, utilizando-se redes neurais artificiais e o algoritmo de máxima verossimilhança, para fins de comparação. Os resultados mostraram ser possível a utilização de redes neurais artificiais para a classificação de paisagens de áreas montanhosas sob dissecação homogênea, com uma exatidão global de 70%, um pouco acima daquela obtida pelo algoritmo de máxima verossimilhança, que obteve uma exatidão global de aproximadamente 66%. Este estudo mostrou que a utilização de técnicas de geoprocessamento para gerar os atributos geomorfométricos, aliados a classificadores supervisionados, pode subsidiar o delineamento dos levantamentos de solos, tornando-os mais rápidos, menos dependentes da experiência do mapeador e menos onerosos, diminuindo a subjetividade dos mesmos. Constitui-se de uma abordagem nova no Brasil, que deve ser estendida para outras áreas com informações mais precisas de altimetria, para testar a sua eficácia.
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    Distribuição espacial de atributos físico-químicos, mineralógicos e micromorfológicos de Latossolos, visando o mapeamento de áreas produtivas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-24) Viana, João Herbert Moreira; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/5963012432691034
    Neste trabalho foram estudados aspectos relacionados à gênese e mineralogia de um Latossolo Vermelho-Amarelo da região de Sete Lagoas, MG, cultivado sob plantio direto e irrigado por pivô central, assim como foi executado um levantamento detalhado de solos, visando avaliar o presente modelo de gênese e as possíveis implicações na produtividade dos cultivos realizados no local. Foram também avaliados a distribuição da resistência do solo, a partir de dados georreferenciados colhidos por um penetrômetro com aquisição automática de dados; a distribuição espacial dos principais atributos químicos usados para avaliação de fertilidade; a relação entre a produtividade do milho e o status nutricional do solo; e as características micromorfológicas, avaliadas em comparação a uma área equivalente próxima, em reserva sob cerrado. A mineralogia da fração argila do horizonte B w indicou a presença de caulinita e gibbsita dominando esta fração e, em menor proporção, os óxidos de ferro. Foram identificados nódulos ricos em ferro contendo magnetita muito alterada, em processo de transformação para hematita, e grãos de quartzo com inclusões de minerais magnéticos. A espectroscopia Mössbauer e o refinamento estrutural Rietveld, dos dados de DRX, indicaram a coexistência de magnetita, em estádio avançado de oxidação, e de hematita somorficamente substituída por Al. As análises mineralógicas indicaram que o modelo de gênese deste solo deve incluir a possibilidade de contribuições de materiais alóctones ao Grupo Bambuí. O mapeamento detalhado classificou o solo como Latossolo Vermelho-Amarelo, com uma inclusão de Latossolo Amarelo representando 21% da área. Os valores de resistência do solo obtidos se encontram abaixo dos considerados limitantes na maior parte da área. Os dados indicam a existência de bolsões de maior resistência sem a formação de uma camada contínua do tipo "pé de grade". A área em estudo apresenta fertilidade de média a alta em sua camada superficial, apresentando concentração de nutrientes nos primeiros centímetros da superfície. Foi observada grande variabilidade horizontal, mostrada pelos mapas interpolados e pelo coeficiente de variação dos dados. Os resultados indicaram que, para esta área, não houve relação aparente entre a produtividade e as análises químicas dos principais nutrientes e matéria orgânica, em razão dos níveis elevados de fertilidade já atingidos pelo sistema de manejo, indicando que a produtividade deve estar sendo determinada principalmente por outros fatores, como regime hídrico do solo. Os resultados mostraram que o solo em estudo apresenta características micromorfológicas típicas de sua classe, como elevada porosidade e estrutura microgranular fortemente desenvolvida. Os dados mostraram que a camada localizada entre 20 e 25 cm de profundidade, na área sob pivô, apresentou redução na porosidade observada e no comprimento de poros, em relação à área sob cerrado; essas alterações são atribuídas aos efeitos do uso agrícola.
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    Caracterização da intensidade de degradação do solo e da cobertura vegetal de uma área no Médio Rio Doce, utilizando imagem IKONOS II
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Valente, Elton Luiz; Dias, Luiz Eduardo; http://lattes.cnpq.br/2589985494956186
    A partir de uma imagem de satélite IKONOS II, de uma área no Médio Rio Doce, localizada entre os municípios de Governador Valadares e Tumiritinga, com 56,73 km 2 , foi realizada uma identificação da intensidade de degradação do solo e da cobertura vegetal. A análise da imagem foi realizada pelo sistema de fotointerpretação cujos resultados foram processados em softwares de SIG ArcInfo e ArcView (ESRI, 1996). Paralelamente foram empregados dados históricos da área e dados do meio físico contidos nos mapas de solos e mapas planialtimétricos, dos quais foram obtidas informações sobre hidrografia; relevo e rede viária. De forma complementar, foram efetuadas visitas ao campo para coleta de informações, compondo uma fonte primária de dados. Como resultados, foram obtidos os mapas de Geoformas, Cobertura Vegetal e Geoambientes e Degradação. Para obtenção do mapa de Geoambientes e Degradação foram identificadas as intensidades de degradação do solo e vegetação, tendo como referência as características presentes e pretéritas da área considerada. Foram efetuadas observações de campo sobre os processos e intensidades de degradação desses ambientes. Para tanto, foram elaboradas tabelas que correlacionam a intensidade de degradação com os indicadores presentes no solo e na vegetação da área estudada. Foram identificadas quatro classes de degradação (cd): cd 1 - muito baixa ou leve, que corresponde a 7,5% da área; cd 2 - baixa ou moderada, observada em 7,2% da área; cd 3 - alta ou forte - presente em 47,5% da área e cd 4 - muito alta ou muito forte - cuja ocorrência foi identificada em 37,8% da área.
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    Caracterização e gênese de solos em ambientes de Cordilheira e Campo de inundação periódica da sub-região do Pantanal de Poconé, Mato Grosso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-03-10) Sousa, Juberto Babilônia de; Muggler, Cristine Carole; http://lattes.cnpq.br/0985085839069147
    O presente estudo foi conduzido na sub-região do Pantanal de Poconé, estado de Mato Grosso. Foram estudados dois solos, sendo um Luvissolo Hipocrômico Órtico planossólico e um Gleissolo Háplico Tb Distrófico argissólico, representativos de ambientes distintos do Pantanal Mato- grossense, Cordilheira e Campo de inundação periódica, respectivamente. Objetivou-se compreender a gênese dos solos, a partir da caracterização e estudo de suas propriedades morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Os resultados mostraram que a diferença de umidade entre os solos está relacionada a pequena diferença de cota dos ambientes e refletiu-se nas propriedades dos solos. Entre as características morfológicas, é evidente o maior efeito de hidromorfismo no solo do ambiente Campo de inundação periódica. Para as características físicas, os resultados mostraram que os dois solos apresentam grande variação textural, desde texturas franco-argilo- arenosas até muito argilosas. As variações texturais ressaltam as descontinuidades litológicas nos perfis dos solos. Tais variações litológicas refletiram-se significativamente nas características físicas e químicasapresentadas nos solos. Os solos apresentaram valores de acidez média e teores de alumínio trocáveis bastante elevados. A ocorrência de variações nos teores de bases trocáveis é explicada pela variabilidade do material de origem e ao hidromorfismo na remoção e na acumulação de bases. Os teores de sódio são mais elevados no solo do ambiente Cordilheira, em especial nos horizontes mais inferiores. Os teores de carbono orgânico nos dois solos são baixos a muito baixos, o que está relacionado à variação de água disponível durante o ano e às altas temperaturas. Formas de ferro livre ocorrem em maiores teores no solo do ambiente Cordilheira, enquanto o solo do ambiente Campo de inundação periódica apresenta maiores teores de formas de ferro amorfas ou de baixa cristalinidade. Nas extrações de alumínio, observou-se a presença deste elemento nas formas de polímeros ou de baixa cristalinidade. A mineralogia da fração argila dos dois solos mostrou-se bastante semelhante, constituindo uma variabilidade de minerais, dentre os quais destacam-se a caulinita (Ct) e minerais 2:1, como a ilita (Il), vermiculita com hidróxi entre camadas (VHE) e, possivelmente, a esmectita (Es) no solo do ambiente Cordilheira; há ainda a ocorrência do quartzo (Qz). Os óxidos de ferro predominantes nos dois solos foram a hematita (Hm), goethita (GT) e lepidocrocita (Lp). No fracionamento do carbono orgânico em frações humina (FH), ácidos húmicos (FAH) e ácido fúlvico (FAF), destacou-se a fração humina, sendo que, em geral, a proporção apresentada nos dois solos foi FH > FAH > FAF.
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    Pedogênese e geoambientes na Serra Verde, parte da Mantiqueira mineira: atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-28) Simas, Felipe Nogueira Bello; Schaefer, Carlos Ernesto G. R.; http://lattes.cnpq.br/5666955641822847
    A região Sul mineira guarda, em serras elevadas de difícil acesso, remanescentes relativamente conservados de Mata Atlântica associados à inúmeras nascentes e cursos d’água. Passados mais de quinze anos desde a criação da APA Mantiqueira ainda não existe uma gestão ambiental efetiva na região, que vem sofrendo crescente pressão antrópica. Estudos ambientais multidisciplinares são necessários para subsidiar o planejamento e tomadas de decisão. Este trabalho teve como objetivo geral estratificar em Unidades Geoambientais o meio físico de parte da Mantiqueira mineira, conhecido por Serra Verde, no entorno da Mitra do Bispo, município de Bocaina de Minas, e estudar os atributos físicos, químicos, mineralógicos e micromorfológicos dos principais solos da região. O mapeamento geoambiental foi realizado através da interpretação de ortofotos da CEMIG em escala 1:10 000, carta do IBGE (1:50 000) e checagem de campo, com digitalização por meio dos programas ArcInfo/ArcView. Para o estudo pedológico, foram abertos quatro perfis de solo compondo uma toposeqüência típica das áreas granítico/gnáissicas dos altos da Mantiqueira. A análise do meio físico permitiu a distinção e mapeamento, em escala 1:17.000, de 9 Unidades Geoambientais, com vbase principalmente nos aspectos fito-geomorfológicos. Destacam-se as unidades Topos aplainados e cristas com candeia, Complexo rupestre de altitude, Encostas e grotas florestadas, Turfeiras de altitude, Vales com araucárias, e Patamares com floresta primária. Os solos são predominantemente gibbsíticos, distróficos e com elevada saturação por alumínio. O elevado acúmulo de matéria orgânica, textura arenosa e alta umidade favorecem a ocorrência de podzolização, com identificação de um Espodossolo. Atuam processos intensos de hidrólise e dissolução de minerais, com presença de formas poliméricas de Al adsorvidas e ligadas à matéria orgânica nos solos de menor maturidade pedogenética. A presença de gibbsita é atribuída à condições pretéritas de formação de profundo saprolito, favorecida pela intensa rede de falhas e fraturas, típicas desta zona da Mantiqueira. Com base nos cálculos de estoque de carbono, conclui-se que os solos da Mantiqueira representam importante compartimento de carbono seqüestrado protegido, com valores superiores a 700 t ha -1 .
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    Absorção e distribuição de cádmio e zinco em plantas de alface e cenoura
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-12) Pereira, Juliana Maria Nogueira; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0535352341664146
    Objetivando estudar a absorção de cádmio e zinco e respectiva distribuição em plantas de alface e cenoura, conduziu-se oito experimentos em casa de vegetação, onde as variedades comerciais de alface (Mimosa e Regina de Verão) e cenoura (Brasília e Nantes), foram submetidas a doses crescentes de cádmio (0, 0,4, 1,6, 3,2 e 9,6 mg dm -3 ) e zinco (0, 2, 6, 18 e 36 mg dm -3 ), em vaso contendo 2,5 dm 3 de amostras de um Latossolo Vermelho-amarelo, textura média. Adicionou-se corretivo (CaCO 3 :MgCO 3 , na proporção 4:1) para elevar o pH em H 2 O a 5,8 e fertilização básica com macro e micronutrientes, exceto o zinco. A alface foi coletada após 44 dias de crescimento no vaso com os tratamentos e a cenoura após 57 dias. Os tratamentos foram dispostos no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Após análise química do material vegetal, foram determinados os teores e conteúdos de P, K, Ca, Mg, Fe, Mn, Cu, Zn e Cd na parte aérea e raiz. As produções de matéria seca (MS) da parte aérea e de raízes das variedades de alface decresceram com o aumento das doses de Cd estudadas. A produção de matéria seca total da ‘Regina de Verão’ foi maior que da ‘Mimosa’. A concentração de Cd na parte aérea das variedades de alface decresceu com o aumento das doses de Cd em magnitude semelhante. Nas raízes, contudo, o decréscimo foi maior na ‘Mimosa’. A absorção e distribuição do Cd são diferenciadas entre as variedades de alface, ocorrendo maior absorção e translocação para a parte aérea na variedade Regina de Verão. A adição de Zn não influenciou a produção de MS da parte aérea, diminuindo, contudo, a MS da raiz na ‘Regina de Verão’. Os teores de Zn encontrados na parte aérea das variedades de alface, muito maiores do que o limite considerado tóxico na maioria das culturas e a ausência de efeito prejudicial sobre a produção de MS, indicam que as duas variedades de alface estudadas são tolerantes a altas concentrações do elemento. Na cenoura não foi observado efeito do Cd e Zn sobre a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes em nenhuma das variedades. Houve maior absorção e translocação dos elementos para a parte aérea em resposta à sua adição às amostras de solo. Quanto ao Zn, a resposta das variedades com relação à absorção e transporte do elemento para a parte aérea foi diferenciado, indicando a presença de mecanismos específicos atuando na sua absorção e transporte.
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    Influência de condições de clima e de solo na distribuição de áreas com plantio direto no Estado do Paraná
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-01-30) Silva, Gilson Pereira; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/5849769904763300
    O presente trabalho teve por objetivo avaliar a distribuição de áreas com adoção de plantio direto (PD), em diferentes regiões do Estado do Paraná, em relação a aspectos climáticos e às características físicas e químicas dos solos dessas regiões. Os dados meteorológicos utilizados foram: precipitação (PRE), temperatura máxima (Tx), temperatura mínima (Tn), temperatura média (Tm), umidade relativa (UR), insolação (INS), velocidade do vento a 10 m de altura (Vv), evapotranspiração potencial (ETP), evapotranspiração real (ETR) e excedente hídrico (EXC). Os dados meteorológicos, originalmente em médias diárias, foram transformados em médias de dois períodos do ano: primavera/verão e outono/inverno. No primeiro caso, fez-se uma média das médias mensais dos meses de outubro a março e, no segundo, de abril a setembro, para todas as variáveis, com exceção de insolação e precipitação, para as quais considerou-se o total médio do período. As características dos perfis de solo foram: teor de argila; CTC total (T); carbono orgânico (C); SiO 2 , Al 2 O 3 e Fe 2 O 3 do ataque sulfúrico; Ki; Kr; material de origem (MO); relevo (REL); e teor de caulinita (CT) e goethita (GT) e índice de intemperismo (INT) obtidos por alocação. Com o auxílio do programa GENES, os dados foram analisados por técnicas multivariadas: análise de agrupamento, componente principal e análise discriminante. Os resultados permitiram concluir que: (i) as localidades sob clima Cfa podem ter áreas com plantio direto no máximo até 20% do total do estado, principalmente no período primavera/verão; (ii) as estações sob clima Cfb podem ter área com plantio direto acima de 20% do total do estado, principalmente no período primavera/verão; e (iii) as condições climáticas, na maioria dos casos, suplantam as características do solo para a utilização do plantio direto em determinada área.
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    Ambientes naturais da bacia hidrográfica do rio Cachoeira, com ênfase aos domínios pedológicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-24) Nacif, Paulo Gabriel Soledade; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/8537690856693034
    Objetivou-se, com o presente trabalho, caracterizar os solos da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (BHRC) e desenvolver estudos básicos sobre os seus recursos naturais, visando a apresentação de uma proposta de estruturação hierárquica das paisagens naturais neste sistema hidrológico. Para a caracterização dos solos, foram realizadas análises físicas, químicas e mineralógicas. Na delimitação da estrutura hierárquica das paisagens da BHRC, foram realizados estudos de geologia, geomorfologia, vegetação, clima e pedologia, que permitiram a proposição de uma estratificação ambiental para a área. Os estudos demonstraram que as variações geológicas, geomorfológicas e climáticas imprimem grande diversidade pedológica ao sistema. Os principais solos da BHRC são os Chernossolos, Vertissolos, Planossolos, Argissolos, Latossolos, Neossolos e Gleissolos. Estes solos apresentam grandes variações em seus atributos morfológicos, físicos-químico e mineralógicos, que refletem as suas condições de equilíbrios físico-químicos com os diferentes ambientes da área em estudo. A delimitação de ambientes homogêneos na BHRC foi estabelecida por meio da hierarquização da abrangência dos fenômenos naturais. Nessa proposta as informações de escalas menores emolduram, seqüencialmente, informações cada vez mais detalhadas sobre os ambientes estudados, de acordo com os critérios preestabelecidos. Desse modo, a BHRC foi dividida, no 1o nível hierárquico, em zonas ambientais – nas quais as classes são formadas por diferentes tipos de vegetações; para constituição do 2o nível hierárquico, as zonas foram divididas, em províncias – formadas pelos diferentes compartimentos dos relevos presentes em cada zona; e, para constituição do 3o nível hierárquico, as províncias foram divididas em unidades ambientais – formadas pelos diferentes domínios pedológicos presentes em cada província.