Solos e Nutrição de Plantas

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    Sistemas silvipastoris na transição Cerrado-Amazônia: composição molecular da matéria orgânica do solo e estrutura da comunidade microbiana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-11-22) Marota, Helen Botelho; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/5581461873535795
    As práticas agrícolas e as mudanças do uso do solo alteram a quantidade e a qualidade dos materiais aportados ao solo, com reflexos diretos na composição da matéria orgânica do solo (MOS) e na estrutura da comunidade microbiana. Esses efeitos podem ser intensificados com a maior diversidade florística dos sistemas de uso. Nesse sentido, a composição molecular da matéria orgânica e a estrutura da comunidade microbiana foram investigadas em áreas sob pastagens a pleno sol e em sistemas silvipastoris (SAFs) com diferentes níveis de sombreamento, em ambiente de transição Cerrado-Amazônia em Argissolo e Neossolo Quartzarênico. Técnicas isotópicas, termoquimólise (TMAH-GC) e análise de ácidos graxos de fosfolipídios (PLFA) foram aplicadas a matéria orgânica do solo, raízes e serapilheira. Os resultados confirmam a capacidade dos SAFs em estocar C, especialmente aqueles com maior proporção de gramíneas (menos sombreamento) nas frações da matéria orgânica associada a minerais (MAM) e particulada (MOP), mesmo no Neossolo Quartzarênico. A composição da MOS foi dominada por compostos alifáticos em ambas as frações da MOS, sendo sua abundância maior em Neossolo Quatzarênico e de compostos derivados de lignina em SAFs dos Argissolos. Os compostos derivados de cutina e suberina possuem abudância relativa maior na MAM dos Argissolos, enquanto compostos nitrogenados e os derivados de carboidratos são encontrados na MAM de ambos os solos. Os SAFs favorecem a estrutura e abundância diferenciada da comunidade microbiana em ambas as classes de solo estudadas. Os grupos bacterianos apresentam maior abundância relativa em todos os sistemas de uso, com predominância de bactérias gram-positivas em pastagens manejadas intensivamente, enquanto as gram-negativas prevalecem nos sistemas silvipastoris. Palavras-chave: Fracionamento físico. Composição isotópica do C e N. Termoquimólise. Análise de ácidos graxos. Cromatografia gasosa.
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    Recuperação de áreas mineradas de bauxita com eucalipto e espécies florestais nativas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-31) Valente, Fernanda Daniele de Almeida; Oliveira, Teógenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/4442151927265758
    As atividades de mineração, apesar da grande importância para o setor econômico mundial, causam grandes impactos nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo, o que leva a busca de estratégias de recuperação destas áreas. A presente tese foi dividida em quatro capítulos, os quais abordaram o crescimento e a estimativa de biomassa, produção e decomposição de serapilheira, fluxos de CO 2 e CH 4 e, por fim, atributos orgânicos do solo. Os objetivos no capítulo 1 foram o de avaliar o crescimento de três coberturas florestais implantadas em área minerada de bauxita: eucalipto (E. urophylla x E. grandis), angico (Anadenanthera peregrina) e plantio misto composto por 16 espécies florestais nativas no tempo (6, 18, 36 e 56 meses), em quatro tipos de adubação (orgânica - AO, química- AQ, padrão da empresa- AE e orgânica e química combinadas - AO+AQ), bem como estimar a biomassa e os estoques de C do fuste destas árvores aos 56 meses de idade pela volumetria com cubagem rigorosa não destrutiva. Para tanto, o diâmetro, em nível do coleto (DAS), o diâmetro a nível do peito (DAP) e a altura total (Ht) de todas as árvores plantadas foram medidos nas quatro idades. O volume do fuste foi estimado aos 56 meses de idade por meio da cubagem rigorosa das árvores pelo método não destrutivo para obtenção de equações alométricas. A adubação não influenciou na Ht de angico, porém, o DAS das árvores foi influenciado pela adubação aos 18, 36 e 56 meses de idade. O eucalipto, aos 6, 36 e 56 meses, apresentou maiores Ht’s nas adubações AO+AQ e AO e as menores em AE, assim como, o DAS. No tratamento com espécies nativas, a AE proporcionou as menores Ht’s aos 18, 36 e 56 meses, porém, a adubação não influenciou o DAS destas árvores. O eucalipto apresentou estimativas de biomassa e estoque de C quatro vezes maiores que aquelas de angico e o plantio misto de espécies nativas em AO+AQ. No capítulo 2, objetivou-se determinar a produção e a taxa de decomposição da serapilheira e seus componentes, bem como, a ciclagem de nutrientes do folhedo e galhos de três coberturas florestais ao longo de 30 meses de avaliação. Eucalipto e nativas não diferiram quanto a serapilheira aportada, bem como, serapilheira acumulada no solo. A taxa de decomposição da serapilheira de angico e nativas foi maior na época chuvosa. As maiores concentrações e conteúdos de P, K, Ca e Mg no folhedo foram observadas nas espécies nativas. No terceiro capítulo avaliou-se os fluxos de CO 2 e CH 4 nos solos das áreas mineradas e recuperadas com as três coberturas florestais, bem como, no solo da área sem cobertura e mata nativa não minerada. O efluxo de CO 2 do solo foi maior em área de vegetação natural (Mata) e menor nas áreas sem qualquer tipo de cobertura (Sem Cob). Entre as espécies plantadas o efluxo de CO 2 não variou significativamente, porém, observou-se maior efluxo de CO 2 nos meses de maior umidade do solo. A respiração heterotrófica do solo foi a que mais contribuiu para o efluxo total de CO 2 do solo, sendo a contribuição do litter responsável pelos maiores valores. Foi observado influxo de CH 4 pelo solo para todas as áreas estudadas. No último capítulo objetivou-se avaliar a influência das coberturas florestais e tratamentos de adubação nos estoques de C e N totais do solo e suas frações. Os estoques de C e N totais não apresentaram diferenças entre as coberturas florestais estudadas, exceto a mata nativa que apresentou os maiores estoques. O C lábil e o da biomassa microbiana foram os atributos que mais sinalizaram mudanças em decorrência das aplicações dos tratamentos após mineração de bauxita. A implantação de coberturas florestais em área pós mineração permitiu o aumento do IMC (Índice de Manejo de Carbono) em relação a área Sem cobertura camada de 0-60 cm.
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    Novos métodos de recomendação da necessidade de calagem e especiação de cálcio por espectroscopia XANES em solos de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-06-30) Teixeira, Welldy Gonçalves; Venegas, Víctor Hugo Alvarez; http://lattes.cnpq.br/9166644492226296
    A estimativa adequada da necessidade de calagem (NC) para um solo tem sido extensamente discutida, resultando em inúmeros métodos de recomendação propostos ao longo dos anos. Diante da diversidade de métodos de recomendação em uso no país e dos relatos constantes na literatura de que o método não estimou suficientemente a NC para o solo, surge a seguinte questão: quais critérios deveriam ser considerados para o desenvolvimento de métodos de recomendação mais eficientes? Além disso, a deficiência de Ca está frequentemente associada à toxidez por Al em solos ácidos e existe muito pouca informação disponível sobre a interação entre Ca e Al nos diferentes componentes do solo ao longo de uma ampla faixa de pH após a aplicação de doses crescentes de calcário. Para tentar responder questões pertinentes como essas, foram conduzidos dois estudos distintos que são apresentados no segundo e terceiro capítulos deste trabalho, além de uma revisão de literatura sobre os componentes da acidez do solo e a evolução dos métodos de recomendação da NC no Brasil, apresentada no primeiro capítulo. O primeiro estudo teve como objetivos reavaliar os métodos tradicionais de recomendação da NC utilizados no Brasil e desenvolver novos métodos para estimar a NC para solos do Estado de Minas Gerais. Vinte e quatro amostras de solos ácidos foram incubadas com calcário dolomítico, cujas doses foram determinadas por sete métodos tradicionais de recomendação. Esses métodos são baseados nos seguintes critérios: acidez trocável, saturação por bases, acidez trocável e teores de Ca e Mg (duas versões propostas para o Estado de Minas Gerais), pH em solução tampão SMP, acidez potencial e teor de matéria orgânica. Além disso, foram incluídos o tratamento controle (sem correção) e duas doses adicionais para melhor constituir o espaço experimental. Os resultados obtidos pelo procedimento de incubação foram utilizados para construir as curvas de neutralização. As equações de regressão calculadas a partir das curvas de neutralização foram usadas para determinar a quantidade de calcário necessária para atingir pH H 2 O 5,8 (NC 5,8 ) ou 6,0 (NC 6,0 ). Funções relacionando a NC determinada por incubação (NC 5,8 e NC 6,0 ) com ΔpH (pH H 2 O desejado - pH H 2 O inicial) multiplicado pelo teor de matéria orgânica ou pelo teor de acidez potencial de 17 solos consistiram nos novos métodos de recomendação da NC desenvolvidos neste estudo. Os resultados deste estudo revelaram que o método da acidez trocável subestima a NC e os demais métodos tradicionais de recomendação superestimam a NC, conforme determinada pelo método de incubação padrão para atingir pH 5,8 ou 6,0. A NC estimada pelos novos métodos de recomendação coincidiu com a NC determinada por incubação para atingir pH 5,8 ou 6,0, assim como a NC estimada pelo método SMP coincidiu com a NC determinada por incubação para atingir pH 6,0. Os novos métodos são melhores que os métodos tradicionais de recomendação, exceto o método SMP, pois estimam com exatidão a quantidade de calcário necessária para atingir o valor de pH desejado. A NC estimada pelos novos métodos de recomendação pode ser selecionada por meio de um algoritmo, que busca a mínima NC para atender as exigências nutricionais da planta (Ca + Mg) sem exceder o teor de acidez potencial, o que poderia aumentar excessivamente o pH do solo. O segundo estudo teve como objetivos determinar as mudanças na especiação de Ca em solos ácidos corrigidos com doses crescentes de calcário utilizando espectroscopia de absorção de raios-X próximo à estrutura da borda (XANES); verificar se a desidratação por aquecimento a 120 °C provoca mudanças no ambiente de ligação molecular do Ca em diferentes componentes da matriz do solo e determinar as espécies dominantes de Ca em valores de pH adequado para a maioria das culturas no Brasil. Três amostras de solos ácidos foram incubadas com doses crescentes de calcário para atingir níveis de pH entre o pH natural do solo e pH > 8 (calagem em excesso). Padrões de Ca para as análises dos dados de XANES incluíram: CaCO 3 puro (calcita), sulfato de cálcio, apatita (fosfato de cálcio), cloreto de cálcio, formas orgânicas de Ca (Ca-celulose e Ca-oxalato), Ca adsorvido à matéria orgânica natural do solo (Ca-ácido húmico e Ca-turfa) e Ca adsorvido em fases minerais (Ca-montmorilonita, Ca-caulinita, Ca-goethita, Ca-baierita e Ca- hidróxido de Al não cristalino). Os resultados deste estudo revelaram que as formas orgânicas de Ca, Ca adsorvido aos óxidos de alumínio e Ca adsorvido à matéria orgânica natural são asespécies de Ca dominates ao longo de toda a faixa de pH dos solos (4,4 a 8,2). A maior parte do Ca adicionado pela calagem é adsorvida principalmente aos óxidos de alumínio e à matéria orgânica natural do solo. Nenhuma mudança clara na especiação de Ca com o aumento do pH foi revelada pelas análises de ajuste de combinação linear, mas calcita não dissolvida proveniente de doses excessivas de calcário foi a espécie dominante em pH > 8. O aquecimento a 120 °C alterou a configuração de ligação do Ca na montmorilonita, mas não provocou mudança espectral aparente nas outras espécies de Ca. Em valores de pH adequado para a maioria das culturas no Brasil (5,8 ou 6,0), as formas orgânicas de Ca e Ca adsorvido à matéria orgânica natural, seguido de Ca adsorvido aos óxidos de alumínio são as espécies de Ca dominantes.
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    Coberturas de solo para o cultivo de hortaliças agroecológicas em unidades familiares
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-26) Cardona Casas, Nancy Aidé; Cardoso, Irene Maria; http://lattes.cnpq.br/0692573379218741
    A proteção do solo é fundamental para garantir a reprodução dos sistemas de agricultura familiar de base agroecológica ao longo do tempo. Existem várias fontes de resíduos vegetais nas unidades de produção familiar que podem ser aproveitadas como coberturas para a proteção solo. No entanto, seu uso por parte dos agricultores nem sempre é verificada, além de que há poucos estudos sobre estes materiais. Estudar os resíduos vegetais disponíveis nesses sistemas poderia contribuir para incentivar seu uso como cobertura. Nesse trabalho objetivou-se identificar a percepção dos agricultores em relação à prática de cobertura do solo e identificar e avaliar os resíduos usados ou com potencial de uso como cobertura nas unidades familiares. Especificamente objetivou-se avaliar a decomposição e liberação de nutrientes de quatro tipos de coberturas e seu efeito sobre o solo, a produção de alface e supressão de Tiririca (Cyperus rotundus L.). Para tanto, foram feitas entrevistas semiestruturadas e observação das práticas de manejo das coberturas nas propriedades de sete agricultores. Os agricultores conhecem os benefícios das coberturas do solo e aceitam essa prática como importante para o cultivo de hortaliças. No entanto, tem grande dificuldade em priorizar essa prática, pois alegam falta de mão de obra para tal. Existem vários resíduos vegetais com potencial de uso como o lírio do brejo, serapilheira da capoeira e do bambu. Dentre as coberturas mais usadas pelos agricultores está a bananeira. Foi avaliada a liberação de nutrientes de quatro das coberturas identificadas (serapilheira de capoeira e bambu, bananeira e grama), a partir do uso de câmeras de decomposição instaladas na horta de um dos agricultores entrevistados. O conteúdo das câmeras foi coletado aos 5, 15, 30 e 45 dias após a instalação do experimento. Em cada tempo de coleta foram analisados os conteúdos de N, P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn, Mn, a taxa de decomposição do material da câmera, o fluxo de CO 2 , o carbono da matéria orgânica particulada e associada aos minerais derivado das coberturas e do solo. Para avaliar a produtividade sob o efeito das coberturas foi medido o diâmetro das plantas de alface, número de folhas, peso da matéria fresca e seca. Foi avaliada também a umidade e temperatura do solo em superfície e a população de Tiririca por meio de uso de moldura de madeira. Os quatro materiais avaliados podem ser utilizados como cobertura morta, embora apresentem características distintas. A capoeira decompôs mais lentamente, portanto reduz o trabalho para sua reposição nos canteiros. A bananeira, disponibilizou mais nutrientes, em especial K e Mg, decompondo mais rapidamente. A bananeira, a capoeira e o bambu apresentaram os maiores fluxos de CO 2 . No tratamento com bananeira esse fluxo derivou principalmente do resíduo e não do solo como no tratamento com bambu. As coberturas não prejudicaram a produção de alface, diminuíram a temperatura (3,97 ºC) e aumentaram a umidade (22,6 %) do solo. As coberturas diminuíram o crescimento de Titirica (Cyperus rotundus L). nos canteiros durante o ciclo do cultivo (81,17 % aos 20 dias após plantio) e reduziram a mão-de-obra no seu controle, compensando de alguma forma o gasto de mão-de-obra desprendido com o manejo da cobertura. Os agricultores podem, portanto, diversificar e intensificar o uso das coberturas em função da disponibilidade do material na propriedade, da mão de obra e das exigências nutricionais das olerícolas.
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    Dinâmica do uso e cobertura do solo e os impactos sobre a matéria orgânica em ambientes de transição Floresta Amazônica - Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-21) Zeferino, Leiliane Bozzi; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/6859498557819341
    A dinâmica do uso e cobertura do solo serve como ferramenta para definição de estratégias e políticas de gerenciamento e monitoramento de recursos naturais. Atualmente, temos testemunhado a importância das mudanças no uso e cobertura do solo em escala regional e global, como é o caso do aquecimento Global. Os objetivos do estudo foram: i) avaliar o uso e cobertura do solo na Bacia do Lontra - TO, entre os anos de 1986 e 2015, por meio de imagens de satélite; ii) projetar cenários futuros de uso e cobertura do solo frente a mudanças instituídas pelo Novo Código Florestal; iii) identificar e estratificar pastagens com diferentes tempos de implantação após conversão de áreas de vegetação nativa; iv) avaliar os estoques de C e N de frações da matéria orgânica do solo sob pastagens com diferentes tempos de implantação; v) avaliar o conteúdo e a distribuição do C do solo nas frações granulométricas da MOS, após a conversão floresta – pastagem; vi) simular os efeitos de diferentes práticas de manejo em pastagens nos estoques de C. A área de estudo é a bacia hidrográfica do Rio Lontra localizada na região Norte do estado do Tocantins, inserida na Amazônia Legal na transição entre a Floresta Amazônica e Cerrado. O mapeamento do uso e cobertura do solo foi realizado a partir da classificação de imagens Landsat - 5 e 8, sensores TM e OLI, para os anos de 1986, 1990, 1993, 1999, 2004, 2010 e 2015. No processo de classificação de imagens, adotando o algoritmo Random Forest, foram utilizadas 96 variáveis preditoras, envolvendo dados espectrais e ambientais (geológicos, pedológicos, climáticos, topográficos e distâncias euclidianas). A detecção de mudanças no uso e cobertura do solo foi obtida por meio de análise de concordância. As situações futuras projetadas constituíram-se: (i) na continuidade de padrão de mudanças do uso e cobertura do solo identificado desde 1986 até 2015, desconsiderando as medidas previstas no novo código florestal (cenário 1-S1); e (ii) a implantação das áreas de reserva legal, delimitadas no CAR (Cadastro Ambiental Rural) dos imóveis inseridos na bacia do rio Lontra, conforme previsto no Artigo 12 do código florestal brasileiro (cenário 2-S2). A projeção dos cenários foi realizada utilizando o pacote LULCC (Land Use and Land Cover Changes) para o software R. Os efeitos da conversão floresta – pastagem na matéria orgânica foi avaliado nos estoques do C e N do solo nas frações granulométricas da MOS (matéria orgânica particulada – MOP, matéria orgânica associada aos minerais – MAM). Para tanto, foram selecionadas cinco situações de estudo (SE): SE1 (Floresta Ombrófila sobre Neossolo Quartzarênico); SE2 (Floresta Ombrófila sobre Plintossolo Pétrico); SE3 (Cerrado Denso sobre Latossolo Vermelho-Amarelo Petroplíntico); SE4 (Cerrado Denso sobre Argissolo Vermelho- Amarelo) e SE5 (Cerrado Strictu Sensu sobre Neossolo Quartzarênico). Nestas áreas foram coletadas amostras de solo em pastagem com dois tempos distintos de implantação (entre 10 e 30 anos) e duas repetições de área, além de uma de vegetação nativa, referência das condições iniciais. A simulação das mudanças nos estoques de C e N na camada de 0–20 cm foi feita utilizando o modelo Century, versão 4.0, com o ajuste do modelo para determinação dos parâmetros de produção de biomassa do tipo de vegetação presente. Os estoques de C e N simulados no estado de equilíbrio da MOS sob vegetação nativa foram usados como as condições iniciais para ajuste do modelo de desmatamento e posterior estabelecimento da pastagem. Sete cenários futuros de produção para 2050 foram simulados para avaliar os efeitos de diferentes práticas de manejo das pastagens sobre os estoques de C e N no solo em comparação com a situação atual de ausência de práticas de manejo. A integração de variáveis ambientais às espectrais proporcionou maiores valores de acurácia global (de 91% a 94%), indicando que a adição de variáveis ambientais às espectrais pode ser alternativa para melhorar o monitoramento espaço- temporal em áreas de ecótono de regiões Neotropicais. A cobertura florestal entre 1986 – 2015 teve uma redução de 32,3 mil ha, enquanto que o uso com pastagens cresceu em aproximadamente 30 mil ha. O cenário S1 indicou intensa conversão de cobertura florestal nativa em pastagens, passando a representar mais de 80% do uso e cobertura do solo, frente a 11,3% e 5,1% das florestas e Cerrado Strictu Sensu. Já o cenário S2, que aborda a aplicação da legislação florestal brasileira, possibilitou a recomposição da cobertura florestal em relação ao primeiro ano de monitoramento, cobrindo 29,5% da área da bacia. As maiores taxas de perda de C-C 3 foram verificadas nas pastagens com menor tempo de implantação e na situação de estudo SE3. As maiores taxas de ganho de C-C 4 foram observadas na fração MOP das pastagens com 20 anos da SE2 e SE3. Práticas como o controle químico de espécies espontâneas, adubação de formação no momento de implantação das pastagens e sistemas silvipastoris, mostram-se como alternativas para maximizar o sequestro de carbono.
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    Alterações eletroquímicas e sua relação com a produção de gás metano em solos alagados por barragens
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-30) Sousa, Daniel Vieira de; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781671U3; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; http://lattes.cnpq.br/2542929944445782; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; Borges Júnior, Meubles; http://lattes.cnpq.br/6602399563731624
    As emissões de gases do efeito estufa (GEE) têm aumentado vertiginosamente desde eras geológicos até os dias atuais. Atualmente a utilização de combustíveis fósseis, e alterações no uso da Terra, são as maiores responsáveis pelas grandes emissões destes gases para a atmosfera. O carbono contido no solo representa mais de três vezes o carbono contido em toda a biomassa terrestre e cerca de duas vezes o carbono contido na atmosfera, sendo, dessa forma, uma potencial fonte emissora de CO2 e CH4. Os processos biogeoquímicos que ocorrem em solos e ou sedimentos para emissão de gases como o dióxido de carbono e metano, são controlados por processos como a redução de compostos minerais, principalmente óxidos, amorfos e mal cristalizados em ambientes anaeróbios. Estes processos levam a formação de um habitat propício para o crescimento populacional de bactérias metanogênicas, com a conseqüente produção de gases do efeito estufa. Atualmente há diversos trabalhos que defendem que barragem de usinas hidroelétricas oferece uma grande contribuição na emissão de gases do efeito estufa. Nesta pesquisa objetivou-se estudar quais as características do exercem mais influencia para a produção de gases do efeito estufa em solos alagados em lagos de hidroelétricas. O capítulo I é dedicado a revisão de literatura, onde são abordados temas que se julgam relevantes. No capítulo II se objetivou estudar a dinâmica eletroquímica de solos da zona da mata mineira passíveis de serem submetidos a alagamento devido a construção de hidroelétricas. Como resultado obteve-se que quanto maior for a atividade de Fe, maior será o potencial de redução do solo, o que leva ao estabelecimento de habitats, apropriados para o estabelecimento de populações de bactérias metanogênicas. Os teores de Fe, CO e N, são os que mais exercem influencia no processo de oxiredução de solos alagados. O capítulo III teve por objetivo estudar dinâmica e reatividade do carbono orgânico do solo (COS), bem como dedicado a estimar a produção de CH4 em solos alagados por lagos de usinas hidroelétricas, com o intuito de identificar quais características exerce mais influência na produção de metano, provinda do eventual alagamento dos solos. Como resultados foram obtidos que a reatividade do COS recebe influencia da textura do solo, sendo que quanto mais fina a textura maior a presença de frações livres. O N total se mostra um importante fator a ser analisado devido sua relação com a degradação de compostos orgânicos e atividade microbiana.
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    Decomposição de resíduos da colheita e transferência de carbono para o solo em plantações de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-15) Souza, Ivan Francisco de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/7816282944245576; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278
    No Brasil as plantações de eucalipto são estabelecidas em regiões com diferentes condições edafoclimáticas que afetam a decomposição de resíduos da colheita e a transferência de C (Cres) deste material para a matéria orgânica do solo (MOS), que é considerada um dos principais indicadores da qualidade do solo e sustentabilidade da produção. Nestas plantações, o descascamento das árvores no campo proporciona maior aporte de compostos recalcitrantes e maior relação C:N dos resíduos, embora pouco se sabe sobre a influência da presença da casca na decomposição deste material e formação da MOS. Além disso, as baixas doses de N aplicadas nestas plantações e a manutenção dos resíduos na superfície do solo podem limitar a sua decomposição e Cres estabilizado na MOS e, por isso, a aplicação de N e incorporação deste material ao solo poderiam acelerar sua taxa de decomposição e favorecer a transferência de C para o solo. Os principais objetivos do presente estudo foram determinar a influência da manutenção da casca, da aplicação de N e da incorporação dos resíduos para a decomposição e transferência de C para a MOS. Além disso, objetivou-se determinar os principais fatores edafoclimáticos que controlam estes processos em condições de campo. Os experimentos foram instalados em áreas de Mata Atlântica, nos municípios de Eunápolis (BA), Aracruz (ES), Virginópolis (MG), Belo Oriente (MG) e áreas de Cerrado, nos municípios de João Pinheiro (MG), Três Marias (MG), Curvelo (MG), Itamarandiba (MG), Vazante (MG) e em Luiz Antônio (SP). Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro repetições. Em cada local o experimento consistiu de 12 tratamentos em esquema fatorial completo 3 X 2 X 2, incluindo os fatores resíduos da colheita de eucalipto (remoção e manutenção de resíduos sem e com casca), manejo dos resíduos (superficial e incorporados) e aplicação de N (0 e 200 kg ha-1). Para o referido estudo foi avaliada a massa de matéria seca remanescente após 0, 3, 6, 12 e 36 meses, estimados a taxa de decomposição (k) e os valores de tempo de meia-vida (t0,5) dos resíduos de eucalipto. A transferência de C deste material para a MOS foi avaliada após 12 meses, por meio do fracionamento físico do solo para a separação da matéria orgânica particulada (MOP) e associada aos minerais (MAM). A influência das variáveis climáticas e propriedades do solo sobre o t0,5 e Cres para o solo foi determinada por regressão linear múltipla. A incorporação dos resíduos favorece tanto a decomposição quanto a transferência de C dos resíduos para o solo. A partir da manutenção da casca a decomposição dos resíduos é acelerada e relativamente ocorre menor recuperação de C no solo. Tanto a decomposição quanto a estabilização da MOS são pouco influenciadas pela aplicação de N. O t0,5 dos resíduos de eucalipto é reduzido quando ocorrem maiores volumes de precipitação, temperaturas mais elevadas e incorporação dos resíduos, principalmente em solos arenosos. Em média, o t0,5 dos resíduos de eucalipto foi de 1,28 anos. A Cres para o solo é reduzida pelo aumento da temperatura e redução da acidez do solo e favorecida por maiores teores de argila e déficit de saturação de C. Em média, a taxa de recuperação de C dos resíduos no solo em 12 doze meses foi de 15 % do total decomposto.