Solos e Nutrição de Plantas

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    Parametrização de modelos de produtividade e de balanço nutricional para Pinus e Eucalyptus em Corrientes - Argentina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-30) Stahringer, Nicolás Ignacio; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/8103737736246809
    Na Argentina existem aproximadamente 1 200 000 ha plantados com espécies florestais de rápido crescimento, entre as quais destacam-se as dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Corrientes é a província que possui a maior superfície de florestas equiâneas no País com 473 983 ha, sendo aproximadamente 70 % Pinus e 30 % Eucalyptus. Na província existe carência de pesquisas em nutrição florestal e um crescente aumento da superfície com florestas equiâneas, principalmente sobre solos de baixa fertilidade. Considera-se que a escassez de conhecimentos na área pode afetar a sustentabilidade da produção florestal. Os objetivos deste trabalho, todos para povoamentos de Pinus e Eucalyptus em Corrientes – Argentina, foram: a) parametrizar e calibrar o modelo ecofisiológico 3-PG, b) avaliar o desempenho das parametrizações do 3-PG, c) desenvolver uma lógica que permita acoplar o manejo com desbastes ao 3-PG para estimar a distribuição diamétrica por ocasião de cada desbaste, d) ajustar equações de produção de biomassa e conteúdos de nutrientes, em função do diâmetro a 1,30 m de altura (dap), para calibrar modelos de balanço nutricional, e) obter as taxas de recuperação pelos extratores (TR ext ) para solos de Corrientes e f) gerar normas Kenworthy (KW) e DRIS, e suas respectivas faixas de suficiência. A fase de campo do trabalho foi feita em Corrientes durante 35 d ininterruptos. Nesta etapa foram abatidos e cubados 93 árvores e se amostrou a parte aérea e serrapilheira de: Eucalyputs grandis (seminal e clonal), Pinus taeda e o Pino híbrido (Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis) em diferentes sítios florestais distribuídos em cinco empresas de referência localizadas em diferentes regiões da província. Em cada região, amostraram-se árvores de uma ou mais espécies, seguindo uma cronossequência e considerando três classes diamétricas (superior, média e inferior). Também se amostrou o solo de cada sítio florestal até 1 m de profundidade. Foram analisados macro e micronutrientes nas amostras de folhas, galhos, lenho, casca e serrapilheira; e determinada área foliar específica. Foi feita análise de rotina completa e análises físicas nas amostras de solo. Ajustaram-se equações alométricas para as respetivas parametrizações do 3-PG. Estimaram-se os parâmetros β e γ da função Weibull, a partir do diâmetro quadrático médio e dos diâmetros mínimo e máximo. Esta função foi usada no modelo de distribuição diamétrica (MDD) acoplado ao 3-PG. Equações de produção de biomassa e conteúdos de nutrientes em função do dap, junto com dados de alocação de nutrientes nas raízes e taxas de recuperação pela planta permitiram estimar o requerimento nutricional. Visando estimar o suprimento pelo solo, obtiveram-se TR ext de P, K, Ca e Mg usando diversos extratores e solos de Corrientes. Foram geradas normas KW e DRIS, a partir dos teores de populações de referência, para avaliar o grau de balanço e equilíbrio nutricional dos plantios florestais. As quatro parametrizações do 3-PG forneceram boas estimações de variáveis do crescimento, e, quando comparadas com outras, tiveram maior acurácia que algumas existentes para E. grandis (clonal) e P. taeda. Foi possível estimar a distribuição diamétrica por ocasião de cada desbaste a partir do MDD e determinar quantas árvores de cada classe diamétrica seriam desbastadas. Com as árvores remanescentes, e, estimando variáveis de entrada, é possível rodar o 3-PG em sucessivos períodos da rotação. Observou-se que simplesmente com o dap foi possível ajustar modelos que geraram boas estimativas de biomassa e conteúdos de nutrientes. Recomenda-se usar as equações ajustadas especificamente para cada espécie/híbrido para calcular a demanda nutricional. Em relação às normas KW e DRIS, assim como suas faixas de suficiência, também foi demonstrado que devem ser usadas as específicas para cada espécie/hibrido.
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    Época de amostragem do solo na determinação da disponibilidade de nutrientes para o crescimento do milho e da soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-27) Contreras Porras, Eddie Elias; Venegas, Víctor Hugo Alvarez; http://lattes.cnpq.br/4533816119483006
    Os teores disponíveis de nutrientes das análises químicas do solo, além de serem utilizados principalmente para fazer as recomendações de corretivos e de fertilizantes, são utilizados para explicar as produtividades das culturas em função da fertilidade dos solos. Estudos revelaram que teores disponíveis de nutrientes correspondentes a diferentes épocas de amostragem, desde antes do plantio até depois da colheita, mostraram diversas relações com a produtividade das culturas, tais como: nenhuma relação, relações opostas e relações positivas. Neste sentido, os objetivos deste estudo foram: a) determinar a época de amostragem do solo em que os teores disponíveis de nutrientes se correlacionem com as produtividades das culturas e, b) avaliar se os teores disponíveis de nutrientes da mesma análise química de solo podem ser utilizados tanto para explicar a produtividade da cultura atual como para fazer as recomendações de corretivos e fertilizantes para a cultura seguinte. Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, utilizando plantas de milho, os tratamentos foram gerados pela combinação do fatorial 12 × 3, sendo 12 solos e três doses de fertilizante multinutriente (FMN-M). No segundo experimento, utilizando plantas de soja, os tratamentos foram gerados pela combinação do fatorial 12 × 3 × 3, sendo 12 solos, três classes de fertilidade decorrentes da aplicação das doses do FMN-M e, três doses de fertilizante multinutriente (FMN-S). As doses de fertilizante multinutriente (P, K, Ca, Mg e S) para os dois experimentos foram de 0,2; 0,6 e 1,0 vezes a dose recomendada. O delineamento experimental utilizado nos dois experimentos foi em blocos casualizados com quatro repetições. Amostras de solo foram coletadas em três épocas diferentes: a) antes da aplicação de calcário e fertilizante para o plantio de milho (AS1); b) após colheita da parte aérea das plantas de milho e antes da aplicação de calcário e fertilizante para a o plantio de soja (AS2) e, c) após colheita da parte aérea das plantas de soja (AS3). Em cada época de amostragem foram determinados os teores disponíveis de P, K, Ca, Mg e S. Após 40 d e 35 d de cultivo, foram colhidos a parte aérea das plantas de milho e soja respectivamente. Foram determinados as produções de matéria seca e conteúdos de nutrientes na parte aérea das plantas. As produções de matéria seca e os conteúdos de nutrientes na parte aérea das plantas de milho e de soja se correlacionaram melhor com os teores disponíveis de nutrientes correspondentes às amostras coletadas após colheita da parte aérea dessas plantas, tanto nas correlações com todos os solos como por grupo de solos. O agrupamento dos solos segundo o teor de MO resultou em maiores coeficientes de correlação para as correlações com os teores disponíveis de P, K e S e, segundo os teores iniciais de Ca e Mg para as correlações com esses nutrientes, tanto para as produções de matéria seca como para os conteúdos de nutrientes. Os teores disponíveis de nutrientes nas amostras coletadas após colheita da parte aérea das plantas de milho e antes do cultivo da soja permitiram explicar a produção de matéria seca do milho (cultura atual) e fazer as recomendações de corretivos e fertilizantes para a soja (cultura seguinte).
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    Caracterização de subprodutos do processamento do fosfato de irecê e sua avaliação como corretivo da acidez do solo e fonte de fósforo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Nunes, Vander Luis Novais; Barros, Nairam Félix de
    A correção da acidez e a fertilização do solo na agricultura são imprescindíveis para obtenção de altas produtividades. Similarmente ao que ocorre com os fertilizantes fosfatados, a demanda por calcário agrícola é superior à capacidade interna de produção e a tendência é que a aquisição destes insumos se torne cada vez mais dispendiosa. Dessa forma, a busca por subprodutos, resíduos e escórias industriais que possam substituir ou complementar a correção e fertilização do solo, mostra-se como uma importante alternativa. Com o início da exploração dos depósitos fosfáticos em Irecê (BA) pela empresa Galvani Fertilizantes, prevê-se a geração de dois subprodutos na produção do concentrado fosfático: um proveniente da etapa de deslamagem (SD) e o outro da flotação (SF). O SD e SF apresentam características químicas e físicas que os potencializam como corretivos de acidez do solo e fonte de P. Este estudo teve por objetivo caracterizar física, química e mineralogicamente o SD e SF e avaliá-los agronomicamente como corretivos de acidez do solo e, ou fonte P. Foram realizados dois experimentos, o primeiro em casa de vegetação com a cultura do sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), em que SD e SF foram comparados com a mistura de CaCO 3 + MgCO 3 (CA), aplicados em 20, 50 ou 100 % do volume de dois Latossolos Vermelho-Amarelo distróficos (LVAd), argiloso e arenoso, em quatro doses referentes à necessidade de calagem (NC) e dois tratamentos adicionais, sem corretivo. O segundo experimento foi conduzido em condições controladas, com a aplicação de grânulos de fosfato monoamônio (MAP), super fosfato simples (SS) e SD e das misturas de (MAP+SD e SS+SD) na região central de placas petri em um LVAd argiloso. Após 30 d de tratamento, o solo foi amostrado na forma de anéis concêntricos. Os resultados do primeiro experimento mostraram que o SF apresentou comportamento semelhante ou superior ao do CA, no que diz respeito à correção da acidez, fornecimento de Ca 2+ e Mg 2+ e produção de matéria seca da parte aérea do sorgo. Apesar do SD e SF não terem sido suficientes para satisfazer a demanda da cultura por P, constatou-se que parte do P absorvido pelo sorgo foi proveniente da solubilização do SF. As formas de aplicação localizadas em 20 e 50 % do volume de solo proporcionam maior produção de matéria seca para CA, SD e SF, nos solos argiloso e arenoso. O SD foi menos eficiente em relação ao SF como corretivo da acidez e fonte de P, devido à sua baixa reatividade, por apresentar-se granulado. No segundo experimento, observou-se que após 30 d de incubação, a dissolução do MAP foi completa, enquanto a do SS foi parcial e o SD permaneceu intacto. O MAP foi o fertilizante que favoreceu a maior difusão do P pelo solo (até 27 mm do grânulo), o que pode ser atribuído ao seu íon acompanhante NH 4+ . A difusão do P no SS e SD ocorreu até 7 e 0 mm, respectivamente. De acordo com o ajuste de combinação linear (linear combination fitting – LCF) as formas de P adsorvidas a oxidróxidos de Fe e Al e associadas a compostos orgânicos predominaram em todas as secções das placas de petri, o que é compatível com as características químicas e mineralógicas do LVAd. Na primeira secção 0-7 mm, o ajuste de combinação linear indicou a participação de fosfatos de Fe e Al amorfos (precipitados) e P adsorvido a oxidróxidos Fe e Al, o que pode ser atribuído à alta atividade de P na região mais próxima do grânulo de fertilizante.
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    Dinâmica do uso e cobertura do solo e os impactos sobre a matéria orgânica em ambientes de transição Floresta Amazônica - Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-21) Zeferino, Leiliane Bozzi; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/6859498557819341
    A dinâmica do uso e cobertura do solo serve como ferramenta para definição de estratégias e políticas de gerenciamento e monitoramento de recursos naturais. Atualmente, temos testemunhado a importância das mudanças no uso e cobertura do solo em escala regional e global, como é o caso do aquecimento Global. Os objetivos do estudo foram: i) avaliar o uso e cobertura do solo na Bacia do Lontra - TO, entre os anos de 1986 e 2015, por meio de imagens de satélite; ii) projetar cenários futuros de uso e cobertura do solo frente a mudanças instituídas pelo Novo Código Florestal; iii) identificar e estratificar pastagens com diferentes tempos de implantação após conversão de áreas de vegetação nativa; iv) avaliar os estoques de C e N de frações da matéria orgânica do solo sob pastagens com diferentes tempos de implantação; v) avaliar o conteúdo e a distribuição do C do solo nas frações granulométricas da MOS, após a conversão floresta – pastagem; vi) simular os efeitos de diferentes práticas de manejo em pastagens nos estoques de C. A área de estudo é a bacia hidrográfica do Rio Lontra localizada na região Norte do estado do Tocantins, inserida na Amazônia Legal na transição entre a Floresta Amazônica e Cerrado. O mapeamento do uso e cobertura do solo foi realizado a partir da classificação de imagens Landsat - 5 e 8, sensores TM e OLI, para os anos de 1986, 1990, 1993, 1999, 2004, 2010 e 2015. No processo de classificação de imagens, adotando o algoritmo Random Forest, foram utilizadas 96 variáveis preditoras, envolvendo dados espectrais e ambientais (geológicos, pedológicos, climáticos, topográficos e distâncias euclidianas). A detecção de mudanças no uso e cobertura do solo foi obtida por meio de análise de concordância. As situações futuras projetadas constituíram-se: (i) na continuidade de padrão de mudanças do uso e cobertura do solo identificado desde 1986 até 2015, desconsiderando as medidas previstas no novo código florestal (cenário 1-S1); e (ii) a implantação das áreas de reserva legal, delimitadas no CAR (Cadastro Ambiental Rural) dos imóveis inseridos na bacia do rio Lontra, conforme previsto no Artigo 12 do código florestal brasileiro (cenário 2-S2). A projeção dos cenários foi realizada utilizando o pacote LULCC (Land Use and Land Cover Changes) para o software R. Os efeitos da conversão floresta – pastagem na matéria orgânica foi avaliado nos estoques do C e N do solo nas frações granulométricas da MOS (matéria orgânica particulada – MOP, matéria orgânica associada aos minerais – MAM). Para tanto, foram selecionadas cinco situações de estudo (SE): SE1 (Floresta Ombrófila sobre Neossolo Quartzarênico); SE2 (Floresta Ombrófila sobre Plintossolo Pétrico); SE3 (Cerrado Denso sobre Latossolo Vermelho-Amarelo Petroplíntico); SE4 (Cerrado Denso sobre Argissolo Vermelho- Amarelo) e SE5 (Cerrado Strictu Sensu sobre Neossolo Quartzarênico). Nestas áreas foram coletadas amostras de solo em pastagem com dois tempos distintos de implantação (entre 10 e 30 anos) e duas repetições de área, além de uma de vegetação nativa, referência das condições iniciais. A simulação das mudanças nos estoques de C e N na camada de 0–20 cm foi feita utilizando o modelo Century, versão 4.0, com o ajuste do modelo para determinação dos parâmetros de produção de biomassa do tipo de vegetação presente. Os estoques de C e N simulados no estado de equilíbrio da MOS sob vegetação nativa foram usados como as condições iniciais para ajuste do modelo de desmatamento e posterior estabelecimento da pastagem. Sete cenários futuros de produção para 2050 foram simulados para avaliar os efeitos de diferentes práticas de manejo das pastagens sobre os estoques de C e N no solo em comparação com a situação atual de ausência de práticas de manejo. A integração de variáveis ambientais às espectrais proporcionou maiores valores de acurácia global (de 91% a 94%), indicando que a adição de variáveis ambientais às espectrais pode ser alternativa para melhorar o monitoramento espaço- temporal em áreas de ecótono de regiões Neotropicais. A cobertura florestal entre 1986 – 2015 teve uma redução de 32,3 mil ha, enquanto que o uso com pastagens cresceu em aproximadamente 30 mil ha. O cenário S1 indicou intensa conversão de cobertura florestal nativa em pastagens, passando a representar mais de 80% do uso e cobertura do solo, frente a 11,3% e 5,1% das florestas e Cerrado Strictu Sensu. Já o cenário S2, que aborda a aplicação da legislação florestal brasileira, possibilitou a recomposição da cobertura florestal em relação ao primeiro ano de monitoramento, cobrindo 29,5% da área da bacia. As maiores taxas de perda de C-C 3 foram verificadas nas pastagens com menor tempo de implantação e na situação de estudo SE3. As maiores taxas de ganho de C-C 4 foram observadas na fração MOP das pastagens com 20 anos da SE2 e SE3. Práticas como o controle químico de espécies espontâneas, adubação de formação no momento de implantação das pastagens e sistemas silvipastoris, mostram-se como alternativas para maximizar o sequestro de carbono.
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    Elementos terras raras e tório nas raízes de cafeeiro em solos com aplicação de fosfogesso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Souza, Pedro Renato Leandro de; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://lattes.cnpq.br/5718205327821896
    O fosfogesso é um sub-produto da indústria de fertilizantes fosfatados, produzido durante a obtenção do ácido fosfórico. É também conhecido como gesso agrícola, utilizado como um condicionar de solo que promove o aprofundamento do sistema radicular, em razão da correção da deficiência de Ca e excesso de Al em sub-superfície, aumentando a tolerância das culturas à estiagem. Não obstante, o fosfogesso pode conter pequenas quantidades de elementos terras-raras (ETR’s) e tório (Th), que podem se acumular nos solos agrícolas. A utilização de grandes quantidades de fosfogesso na cafeicultura, principalmente em áreas próximas as indústrias de fertilizantes, pode possibilitar absorção de quantidades significativas destes elementos pelas plantas, com consequências ainda pouco conhecidas na fisiologia e rendimento do café. Além disso, ainda são escassos os estudos sobre fatores que possam influenciar na absorção destes elementos em condição de campo. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar o acúmulo de ETR’s e Th em raízes de cafeeiro em função da dose e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, em condições de campo. Foram coletadas raízes de plantas de café (Coffea arabica L) cultivadas em um Latossolo Vermelho distrófico que recebeu no transplantio das mudas, uma dose de fosfogesso de Araxá em faixas de 0,3 m. As coletas foram realizadas na profundidade de 0 a 60 cm, em trincheiras a 20 cm do colo das plantas. Após a coleta, as raízes foram lavadas em água Milli-q, sendo posteriormente, secadas a 60 °C. Após secagem, as raízes foram trituradas e submetidas à digestão nítrico-perclórica. Os teores de ETR’s e Th nos extratos foram quantificados por espectrometria de massa com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os resultados obtidos permitiram concluir que: (i) Os ETR's e Th presentes no fosfogesso podem ser absorvidos pelas plantas de café, com acúmulo preferencial de ETRL em relação ao ETRP; (ii) O acúmulo de ETR’s e Th nas raízes do cafeeiro varia em função do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, porém, o efeito do tempo não é uniforme para todos os elementos; (iii) A taxa de recuperação dos ETR's e Th pelas raízes do cafeeiro foi muito baixa, sendo inversamente proporcional ao raio iónico do elemento, independentemente do teor adicionado ao solo e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso; (iv) A taxa de recuperação apresentou uma tendência de redução com aumento da dose, havendo um aumento desta taxa com o aumento do tempo de exposição.
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    Modelagem de níveis críticos de P e de K no solo e da demanda nutricional para soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-23) Lins, Caio Buainain; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/2032289486784205
    O Brasil é o segundo maior exportador e produtor de soja (Glycine max L. Merill) do mundo, sendo a maior parte dela produzida na região central do país. A produção de soja poderá praticamente dobrar até 2050. Esse aumento pode, entretanto, ser limitado pelos gastos com fertilização que podem chegar a 50 % dos custos de produção na cultura da soja. Por isso, a necessidade de utilização de modelos que permitam estimar com exatidão a demanda nutricional inferior da soja em função da produtividade almejada. Também seria de grande utilidade identificar como se caracterizam os fatores produtivos nas lavouras de soja com demanda nutricional inferior. Pois, isso permitiria obter níveis críticos dos nutrientes no solo mais ajustados a cada condição de eficiência e de demanda nutricional das lavouras de soja o que contribuiria para fertilizações mais sustentáveis. O presente trabalho teve como objetivos: determinar os valores superiores de eficiência nutricional e os valores inferiores de demanda nutricional da cultura da soja nas condições de solo e clima tropical do Brasil Central; bem como, caracterizar os fatores produtivo das lavouras de soja que se relacionam com a demanda nutricional inferior ou eficiência nutricional superior dos talhões com elevada produtividade, nas condições de solo e clima tropical do Brasil Central. Também teve como objetivo: determinar e comparar os níveis críticos de P e K dos solos do Brasil Central, obtidos com base na modelagem do nutriente requerido pela soja e por meio de diferentes métodos de determinação da produtividade de máxima eficiência econômica, para lavouras de soja com eficiência nutricional superior e média. A demanda inferior de P na planta e no grão correspondeu em média a 8,69 e 5,39 kg t -1 de soja produzida, respectivamente. A demanda inferior de K na planta e no grão correspondeu em média a 25,15 e 11,27 kg t -1 de soja produzida, respectivamente. A diferença das medias entre as demandas medias e inferior de P na planta e no grão corresponderam, respectivamente, a 2,19 e 0,75 kg t -1 de grão produzido. A diferença das medias entre as demandas medias e inferior de K na planta e no grão corresponderam, respectivamente, a 9,73 e 1,66 kg t -1 de grão produzido. Cultivares de soja com maior cilo de maturação possuem maior eficiência de utilização de P e K. A modelagem do requerimento de P e K pode ser utilizada para obter os níveis críticos de P e K no solo para lavouras de soja com condições de eficiência nutricional superior e média. Os níveis críticos de P e K do solo, calculados a partir do método que determinou a produtividade de máxima eficiência econômica por meio da derivada do lucro em função da produtividade foram aqueles que com maior frequência se relacionaram com os maiores lucros, para condições de lavouras de soja com cubP,K_Pl superior e médio da região Central do Brasil.
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    Matéria orgânica e nutrientes de solos em sistemas silvipastoris
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-12) Marquez Peña, Diego Fernando; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/9559863890657259
    Sistemas silvipastoris (SSP) são uma opção de uso do solo relevante no sequestro de C e N e na recuperação de áreas degradadas.Objetivou-se conhecer a contribuição das árvores em pastagens arborizadas sobre as frações da matéria orgânica e algumas propriedades químicas do solo. Para tanto, pastagens arborizadas com espécies nativas (SSP) e pastagens a pleno sol, bem como remanescentes florestais foram selecionadas em três propriedades de Divino-MG, Zona da Mata mineira, bioma Mata Atlântica. Nessas propriedades predominavam pastagens com gramíneas do gênero Brachiaria e espécies arbóreas diversas, sendo: Pau cebola (Erythrina falcata), Orvalheira (Machaerium stipitatum)e Óleo pardo (Myroxylon peruiferum) no sistema silvipastoril 1 (SSP1); Bico de pato (Machaerium nyctitans), Ipê preto (Zeyheria tuberculosa)e Ipê amarelo (Tabebuia alba) no SSP2; e Jacarandá caviúna (Dalbergia nigra), Cinco folhas (Sparattoperma leucanthum) e Fedegoso (Senna macranthera) no SSP3. Nessas áreas, foram realizadas coletas de solo nas profundidades de 0-10, 10-30 e 30-50 cm,nas quais foram determinados o C orgânico total, N total, C e N lábeis e da biomassa microbiana, a acidez ativa e potencial, P e K disponível, Ca2+ e Mg2+ trocáveis,polissacarídeos, lipídeos e polofenois. Os solos dos SSPs apresentaram estoques de C superiores às pastagens a pleno sol(1 73,86Mg ha-1 ; 103,62 Mg ha-1 ; 137,5Mg ha-1, respectivamente)e intermediários em relação à floresta nativa (148,62Mg ha-1 ; 190,22 Mg ha-1;3 177,45 Mg ha-1, respectivamente) na profundidade de 0-50 cm, sendo maiores no SSP1, seguido do SSP2 e SSP3. Todas as árvores contribuíram de forma diferenciada para a melhoria da qualidade do solo, enquanto umas foram mais importantes para elevar a disponibilidade de nutrientes, outras contribuíram mais para a dinâmica da matéria orgânica.
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    Biocarvão associado a fertilizante e sua influência no aproveitamento de fósforo pela planta
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-10-29) Santos, Sara Ramos dos; Melo, Leônidas Carrijo Azevedo; http://lattes.cnpq.br/4234219298594068
    A adubação fosfatada tem sua eficiência diminuída devido à fixação de fósforo (P) em solos tropicais intemperizados. Assim, o uso de fertilizantes com alguma proteção aos íons fosfato pode diminuir sua adsorção pelo solo e aumentar a absorção pela cultura, o que aumenta a eficiência da adubação. O biocarvão, produto da pirólise de biomassa em condições limitadas de oxigênio, pode ser uma alternativa para produzir fertilizantes de eficiência aumentada por potencialmente interagir com o P, diminuindo sua sorção ao solo. As características do biocarvão dependem do tipo de biomassa e temperatura de pirólise empregada. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e avaliar a eficiência agronômica de fertilizantes fosfatados associados ao biocarvão. O biocarvão foi produzido a partir duas fontes de biomassa: bagaço de cana-de-açúcar e serragem de madeira, as quais foram pirolisadas em duas temperaturas (350 °C e 700 °C). Os biocarvões obtidos foram denominados: SM350 – serragem de madeira pirolisada a 350 oC; SM700 – serragem de madeira pirolisada a 700 oC; BC350 – bagaço de cana-de- açúcar pirolisado a 350 oC e BC700 – bagaço de cana-de-açúcar pirolisado a 700 oC. Após a caracterização química e física, os biocarvões foram granulados com superfosfato triplo (ST) na proporção 3:1 mais a adição de quatro por cento de fécula de mandioca como agente aglutinante. A avaliação agronômica dos fertilizantes foi realizada pelo cultivo de milho em casa de vegetação em Latossolo argiloso, o qual teve sua acidez corrigida com CaO + MgO (3:1). Foram realizados dois cultivos sucessivos para avaliar o efeito residual da adubação fosfatada. Os fertilizantes fosfatados a base de biocarvão foram comparados com a fonte convencional (ST), num esquema fatorial (5x2)+1, sendo cinco fertilizantes (SFT; ST-BC350; ST-BC700; ST-SM350; ST- SM700) e duas doses de P (100 e 400 mg dm-3 de P), além do tratamento controle (sem P). O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, totalizando 44 unidades experimentais. Foram avaliados a produção de massa de matéria seca, acúmulo de P no milho, além do P disponível no solo após os cultivos. Os resultados indicam que em termos de produção de matéria seca, conteúdo de P na planta e P disponível no solo, a dose de 400 mg dm-3 apresentou resultados superiores em ambos os cultivos. O tratamento ST-BC350 apresentou maior teor de massa de matéria seca (no segundo cultivo), conteúdo de P e taxa de recuperação em relação aplicação do ST sozinho. Isto se deve a algumas caraterísticas deste biocarvão que o torna superior, como, por exemplo, maior CTC. A taxa de recuperação em ambos os cultivos e a eficiência agronômica no segundo cultivo ocorreu de maneira inversa, ou seja, quanto maior a dose menor a taxa de recuperação. De maneira geral, a simples associação de biocarvão com fertilizante fosfatado solúvel não aumentou a eficiência de uso de P pelo milho, quando cultivado em solo argiloso com elevada capacidade de fixação de P.
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    Hidróxidos duplos lamelares como matrizes hospedeiras de fosfato e como fonte de fósforo para plantas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-08-18) Benício, Luíz Paulo Figueredo; Costa, Liovando Marciano da; http://lattes.cnpq.br/4956282543805115
    O fósforo é um importante elemento para o crescimento e desenvolvimento das plantas. No entanto em regiões tropicais apresenta limitações devido aos fenômenos de fixação e adsorção pelas partículas minerais do solo. Este fenômeno, faz com que seja gastas grandes quantidades de fertilizantes, visando corrigir uma deficiência do solo e também suprir a necessidade das plantas. No entanto os fertilizantes fosfatados são oriundos de um recurso não renovável, as rochas fosfáticas, as quais as reservas andam em eminente esgotamento. Por isso é necessário que se desenvolvam tecnologias capazes de melhorar a utilização do fósforo na agricultura. Uma forma de realizar isto é o desenvolvimento de materiais capazes de suprir a demanda de fósforo das plantas, sem que hajam perdas elevadas deste elemento para o solo. O objetivo deste trabalho a intercalação de fosfato em Hidróxidos Duplos Lamelares (HDLs), e testar estes materiais como uma nova tecnologia de fertilizante fosfatado. A tese é composta por três capítulos, onde o primeiro é uma revisão detalhada sobre os HDLs desde sua síntese, caracterização, aplicabilidade até suas potencialidades. O segundo capítulo foi desenvolvida uma investigação científica onde foram sintetizados diferentes HDLs, com diferentes composições (MgAl, MgFe e MgFeAl) em diferentes razões molares entre estes elementos contendo fosfato em sua estrutura. Depois da síntese, estes materiais foram caracterizados quanto a sua composição química e sua estrutura. Depois foram submetidos a testes de cinética de liberação do fósforo, para verificar o caráter de liberação sustentada destes materiais, e qual apresenta melhores características para ser utilizado como fertilizante. No terceiro capítulo também foi desenvolvida uma investigação científica onde a partir dos resultados do segundo capítulo, foi selecionado o melhor material, e sinretizado para que fosse utilizado em um ensaio biológico como fertilizante fosfatado. O ensaio consistiu em utilização de diferentes doses de fósforo em dois solos com textura diferentes, utilizando como fonte de fósforo um HDL e o superfosfatotriplo. Os resultados obtidos mostraram que nas condições que o ensaio foi desenvolvido, o HDL obteve melhores resultados para produção de matéria seca, altura e conteúdo foliar de fósforo, quando comparado ao supertriplo. O HDL também apresentou melhor eficiência agronômica, mantendo-se bem semelhante independente do tipo de solo, enquanto o supertriplo tem sua eficiência reduzida quando é utilizado em solo argiloso, ou seja aquele com maior capacidade de retenção de fósforo. Com os resultados obtidos nos experimentos, pode-se concluir que os HDL, apresentam como materiais potenciais a serem utilizados como fertilizantes fosfatados. No entanto, necessita de mais estudos para contornar algumas limitações e validar a tecnologia. Palavras Chave: Adubação fosfatada, liberação lenta, slow-release, Neubauer, hidrotalcita, milho, fertilizantes inteligentes.
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    Fertilizantes fosfatados alternativos e cinética de adsorção de fósforo em solos de diferentes mineralogias tratados com biocarvão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-13) Barreto, Matheus Sampaio Carneiro; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/8035772872276716
    A demanda mundial por alimentos, fibras e energia obriga a exploração de novas áreas e aumento de produtividade em áreas cultivadas. Em solos tropicais, com elevado grau de intemperização, o P é o nutriente mais limitante à produção vegetal, havendo a necessidade de fertilizações em quantidade e frequência elevadas. O desenvolvimento de novas fontes de P reutilizando subprodutos industriais e, ou, fontes marginais apresenta relevância para assegurar o fornecimento de fertilizantes, preservando recursos naturais. No solo, os fenômenos químicos de sorção e dessorção são os principais processos que controlam a dinâmica de P. Os oxihidróxidos de Fe e Al possuem elevada capacidade de reter o P, tornando a mineralogia importante fator de controle da disponibilidade deste nutriente. A adição de materiais orgânicos como o biocarvão pode contribuir para reduzir a sorção de P. Assim, o objetivo principal deste estudo foi avaliar a eficiência agronômica de fertilizantes fosfatados alternativamente acidulados com efluente ácido e estudar a cinética de sorção e fracionamento de P em solos de diferentes mineralogias tratados com biocarvão. No capítulo I, no estudo sobre fertilizantes, foi montado um experimento em casa de vegetação com os tratamentos arranjados em um esquema fatorial (8 x 2) +1 , sendo oito fertilizantes fosfatados: Araxá, Patos de Minas e Bayovar in natura, estes mesmos em suas formas parcialmente aciduladas (FNPA) com efluente e duas fontes solúveis de P (superfosfato simples e superfosfato triplo), em duas doses de P (300 e 600 mg dm -3 ), mais um controle, sem a aplicação de P. Foram cultivados milho, soja e aveia-branca em sucessão. Foram avaliados a eficiência agronômica e os teores de metais pesados no tecido vegetal. A acidulação com efluente foi eficiente no aumento da reatividade e consequente melhoria da eficiência agronômica dos fosfatos naturais. Não houve incrementos nos teores de metais potencialmente tóxicos nos tecidos foliares com a aplicação das fontes de P. No capítulo II, no estudo sobre interação solo-P, em um solo de fertilidade construída, utilizou-se um novo método de fracionamento com extração sequencial que, em resumo, estabelece as frações de P nos compartimentos: solúvel, lábil, associado aos oxihidróxidos de Fe e Al de baixa cristalinidade, com baixa energia de viiretenção de P (ABE), e associado aos oxihidróxidos de Fe e Al de alta cristalinidade com alta energia de retenção de P (AAE). Foi coletada uma amostra após cada etapa do fracionamento para especiação do P por espectroscopia de absorção de raiosX (XANES), com intuito de estabelecer quais são as espécies extraídas em cada etapa. A técnica XANES confirmou que diferentes frações de P no solo são extraídas durante as etapas de fracionamento. No capítulo III, no estudo de cinética de adsorção, dois solos de mineralogia contrastante foram tratados com ou sem calagem e, ou, biocarvão e postos para agitar numa solução com concentração de P equivalente a 50 % da capacidade máxima de adsorção de P de cada tratamento, durante os tempos de 0,5; 1, 3, 12, 24, 72, 120, 240 e 480 h. Após cada tempo, foi coletado o sobrenadante e determinado o P na solução de equilíbrio. Ao final dessa etapa de adsorção, iniciou-se o fracionamento de P pelo método descrito no capítulo II nos tempos de 1, 12, 24, 120, 240, 480 h. Assim, foram determinados o modelo cinético de adsorção e os efeitos dos tratamentos na distribuição de P nos diferentes compartimentos ao longo dos tempos de agitação. A adsorção de P é rápida, principalmente no solo de mineralogia gibbsítica, assumindo um modelo cinético de pseudo-segunda ordem. A calagem reduziu a velocidade da adsorção e manteve o P em frações mais lábeis por mais tempo. A adição de biocarvão não apresentou alteração significativa sobre a cinética de adsorção de P.