Solos e Nutrição de Plantas

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    Parametrização de modelos de produtividade e de balanço nutricional para Pinus e Eucalyptus em Corrientes - Argentina
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-30) Stahringer, Nicolás Ignacio; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/8103737736246809
    Na Argentina existem aproximadamente 1 200 000 ha plantados com espécies florestais de rápido crescimento, entre as quais destacam-se as dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Corrientes é a província que possui a maior superfície de florestas equiâneas no País com 473 983 ha, sendo aproximadamente 70 % Pinus e 30 % Eucalyptus. Na província existe carência de pesquisas em nutrição florestal e um crescente aumento da superfície com florestas equiâneas, principalmente sobre solos de baixa fertilidade. Considera-se que a escassez de conhecimentos na área pode afetar a sustentabilidade da produção florestal. Os objetivos deste trabalho, todos para povoamentos de Pinus e Eucalyptus em Corrientes – Argentina, foram: a) parametrizar e calibrar o modelo ecofisiológico 3-PG, b) avaliar o desempenho das parametrizações do 3-PG, c) desenvolver uma lógica que permita acoplar o manejo com desbastes ao 3-PG para estimar a distribuição diamétrica por ocasião de cada desbaste, d) ajustar equações de produção de biomassa e conteúdos de nutrientes, em função do diâmetro a 1,30 m de altura (dap), para calibrar modelos de balanço nutricional, e) obter as taxas de recuperação pelos extratores (TR ext ) para solos de Corrientes e f) gerar normas Kenworthy (KW) e DRIS, e suas respectivas faixas de suficiência. A fase de campo do trabalho foi feita em Corrientes durante 35 d ininterruptos. Nesta etapa foram abatidos e cubados 93 árvores e se amostrou a parte aérea e serrapilheira de: Eucalyputs grandis (seminal e clonal), Pinus taeda e o Pino híbrido (Pinus elliottii var. elliottii x Pinus caribaea var. hondurensis) em diferentes sítios florestais distribuídos em cinco empresas de referência localizadas em diferentes regiões da província. Em cada região, amostraram-se árvores de uma ou mais espécies, seguindo uma cronossequência e considerando três classes diamétricas (superior, média e inferior). Também se amostrou o solo de cada sítio florestal até 1 m de profundidade. Foram analisados macro e micronutrientes nas amostras de folhas, galhos, lenho, casca e serrapilheira; e determinada área foliar específica. Foi feita análise de rotina completa e análises físicas nas amostras de solo. Ajustaram-se equações alométricas para as respetivas parametrizações do 3-PG. Estimaram-se os parâmetros β e γ da função Weibull, a partir do diâmetro quadrático médio e dos diâmetros mínimo e máximo. Esta função foi usada no modelo de distribuição diamétrica (MDD) acoplado ao 3-PG. Equações de produção de biomassa e conteúdos de nutrientes em função do dap, junto com dados de alocação de nutrientes nas raízes e taxas de recuperação pela planta permitiram estimar o requerimento nutricional. Visando estimar o suprimento pelo solo, obtiveram-se TR ext de P, K, Ca e Mg usando diversos extratores e solos de Corrientes. Foram geradas normas KW e DRIS, a partir dos teores de populações de referência, para avaliar o grau de balanço e equilíbrio nutricional dos plantios florestais. As quatro parametrizações do 3-PG forneceram boas estimações de variáveis do crescimento, e, quando comparadas com outras, tiveram maior acurácia que algumas existentes para E. grandis (clonal) e P. taeda. Foi possível estimar a distribuição diamétrica por ocasião de cada desbaste a partir do MDD e determinar quantas árvores de cada classe diamétrica seriam desbastadas. Com as árvores remanescentes, e, estimando variáveis de entrada, é possível rodar o 3-PG em sucessivos períodos da rotação. Observou-se que simplesmente com o dap foi possível ajustar modelos que geraram boas estimativas de biomassa e conteúdos de nutrientes. Recomenda-se usar as equações ajustadas especificamente para cada espécie/híbrido para calcular a demanda nutricional. Em relação às normas KW e DRIS, assim como suas faixas de suficiência, também foi demonstrado que devem ser usadas as específicas para cada espécie/hibrido.
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    Época de amostragem do solo na determinação da disponibilidade de nutrientes para o crescimento do milho e da soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-27) Contreras Porras, Eddie Elias; Venegas, Víctor Hugo Alvarez; http://lattes.cnpq.br/4533816119483006
    Os teores disponíveis de nutrientes das análises químicas do solo, além de serem utilizados principalmente para fazer as recomendações de corretivos e de fertilizantes, são utilizados para explicar as produtividades das culturas em função da fertilidade dos solos. Estudos revelaram que teores disponíveis de nutrientes correspondentes a diferentes épocas de amostragem, desde antes do plantio até depois da colheita, mostraram diversas relações com a produtividade das culturas, tais como: nenhuma relação, relações opostas e relações positivas. Neste sentido, os objetivos deste estudo foram: a) determinar a época de amostragem do solo em que os teores disponíveis de nutrientes se correlacionem com as produtividades das culturas e, b) avaliar se os teores disponíveis de nutrientes da mesma análise química de solo podem ser utilizados tanto para explicar a produtividade da cultura atual como para fazer as recomendações de corretivos e fertilizantes para a cultura seguinte. Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, utilizando plantas de milho, os tratamentos foram gerados pela combinação do fatorial 12 × 3, sendo 12 solos e três doses de fertilizante multinutriente (FMN-M). No segundo experimento, utilizando plantas de soja, os tratamentos foram gerados pela combinação do fatorial 12 × 3 × 3, sendo 12 solos, três classes de fertilidade decorrentes da aplicação das doses do FMN-M e, três doses de fertilizante multinutriente (FMN-S). As doses de fertilizante multinutriente (P, K, Ca, Mg e S) para os dois experimentos foram de 0,2; 0,6 e 1,0 vezes a dose recomendada. O delineamento experimental utilizado nos dois experimentos foi em blocos casualizados com quatro repetições. Amostras de solo foram coletadas em três épocas diferentes: a) antes da aplicação de calcário e fertilizante para o plantio de milho (AS1); b) após colheita da parte aérea das plantas de milho e antes da aplicação de calcário e fertilizante para a o plantio de soja (AS2) e, c) após colheita da parte aérea das plantas de soja (AS3). Em cada época de amostragem foram determinados os teores disponíveis de P, K, Ca, Mg e S. Após 40 d e 35 d de cultivo, foram colhidos a parte aérea das plantas de milho e soja respectivamente. Foram determinados as produções de matéria seca e conteúdos de nutrientes na parte aérea das plantas. As produções de matéria seca e os conteúdos de nutrientes na parte aérea das plantas de milho e de soja se correlacionaram melhor com os teores disponíveis de nutrientes correspondentes às amostras coletadas após colheita da parte aérea dessas plantas, tanto nas correlações com todos os solos como por grupo de solos. O agrupamento dos solos segundo o teor de MO resultou em maiores coeficientes de correlação para as correlações com os teores disponíveis de P, K e S e, segundo os teores iniciais de Ca e Mg para as correlações com esses nutrientes, tanto para as produções de matéria seca como para os conteúdos de nutrientes. Os teores disponíveis de nutrientes nas amostras coletadas após colheita da parte aérea das plantas de milho e antes do cultivo da soja permitiram explicar a produção de matéria seca do milho (cultura atual) e fazer as recomendações de corretivos e fertilizantes para a soja (cultura seguinte).
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    Caracterização de subprodutos do processamento do fosfato de irecê e sua avaliação como corretivo da acidez do solo e fonte de fósforo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Nunes, Vander Luis Novais; Barros, Nairam Félix de
    A correção da acidez e a fertilização do solo na agricultura são imprescindíveis para obtenção de altas produtividades. Similarmente ao que ocorre com os fertilizantes fosfatados, a demanda por calcário agrícola é superior à capacidade interna de produção e a tendência é que a aquisição destes insumos se torne cada vez mais dispendiosa. Dessa forma, a busca por subprodutos, resíduos e escórias industriais que possam substituir ou complementar a correção e fertilização do solo, mostra-se como uma importante alternativa. Com o início da exploração dos depósitos fosfáticos em Irecê (BA) pela empresa Galvani Fertilizantes, prevê-se a geração de dois subprodutos na produção do concentrado fosfático: um proveniente da etapa de deslamagem (SD) e o outro da flotação (SF). O SD e SF apresentam características químicas e físicas que os potencializam como corretivos de acidez do solo e fonte de P. Este estudo teve por objetivo caracterizar física, química e mineralogicamente o SD e SF e avaliá-los agronomicamente como corretivos de acidez do solo e, ou fonte P. Foram realizados dois experimentos, o primeiro em casa de vegetação com a cultura do sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), em que SD e SF foram comparados com a mistura de CaCO 3 + MgCO 3 (CA), aplicados em 20, 50 ou 100 % do volume de dois Latossolos Vermelho-Amarelo distróficos (LVAd), argiloso e arenoso, em quatro doses referentes à necessidade de calagem (NC) e dois tratamentos adicionais, sem corretivo. O segundo experimento foi conduzido em condições controladas, com a aplicação de grânulos de fosfato monoamônio (MAP), super fosfato simples (SS) e SD e das misturas de (MAP+SD e SS+SD) na região central de placas petri em um LVAd argiloso. Após 30 d de tratamento, o solo foi amostrado na forma de anéis concêntricos. Os resultados do primeiro experimento mostraram que o SF apresentou comportamento semelhante ou superior ao do CA, no que diz respeito à correção da acidez, fornecimento de Ca 2+ e Mg 2+ e produção de matéria seca da parte aérea do sorgo. Apesar do SD e SF não terem sido suficientes para satisfazer a demanda da cultura por P, constatou-se que parte do P absorvido pelo sorgo foi proveniente da solubilização do SF. As formas de aplicação localizadas em 20 e 50 % do volume de solo proporcionam maior produção de matéria seca para CA, SD e SF, nos solos argiloso e arenoso. O SD foi menos eficiente em relação ao SF como corretivo da acidez e fonte de P, devido à sua baixa reatividade, por apresentar-se granulado. No segundo experimento, observou-se que após 30 d de incubação, a dissolução do MAP foi completa, enquanto a do SS foi parcial e o SD permaneceu intacto. O MAP foi o fertilizante que favoreceu a maior difusão do P pelo solo (até 27 mm do grânulo), o que pode ser atribuído ao seu íon acompanhante NH 4+ . A difusão do P no SS e SD ocorreu até 7 e 0 mm, respectivamente. De acordo com o ajuste de combinação linear (linear combination fitting – LCF) as formas de P adsorvidas a oxidróxidos de Fe e Al e associadas a compostos orgânicos predominaram em todas as secções das placas de petri, o que é compatível com as características químicas e mineralógicas do LVAd. Na primeira secção 0-7 mm, o ajuste de combinação linear indicou a participação de fosfatos de Fe e Al amorfos (precipitados) e P adsorvido a oxidróxidos Fe e Al, o que pode ser atribuído à alta atividade de P na região mais próxima do grânulo de fertilizante.
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    Dinâmica do uso e cobertura do solo e os impactos sobre a matéria orgânica em ambientes de transição Floresta Amazônica - Cerrado
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-21) Zeferino, Leiliane Bozzi; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/6859498557819341
    A dinâmica do uso e cobertura do solo serve como ferramenta para definição de estratégias e políticas de gerenciamento e monitoramento de recursos naturais. Atualmente, temos testemunhado a importância das mudanças no uso e cobertura do solo em escala regional e global, como é o caso do aquecimento Global. Os objetivos do estudo foram: i) avaliar o uso e cobertura do solo na Bacia do Lontra - TO, entre os anos de 1986 e 2015, por meio de imagens de satélite; ii) projetar cenários futuros de uso e cobertura do solo frente a mudanças instituídas pelo Novo Código Florestal; iii) identificar e estratificar pastagens com diferentes tempos de implantação após conversão de áreas de vegetação nativa; iv) avaliar os estoques de C e N de frações da matéria orgânica do solo sob pastagens com diferentes tempos de implantação; v) avaliar o conteúdo e a distribuição do C do solo nas frações granulométricas da MOS, após a conversão floresta – pastagem; vi) simular os efeitos de diferentes práticas de manejo em pastagens nos estoques de C. A área de estudo é a bacia hidrográfica do Rio Lontra localizada na região Norte do estado do Tocantins, inserida na Amazônia Legal na transição entre a Floresta Amazônica e Cerrado. O mapeamento do uso e cobertura do solo foi realizado a partir da classificação de imagens Landsat - 5 e 8, sensores TM e OLI, para os anos de 1986, 1990, 1993, 1999, 2004, 2010 e 2015. No processo de classificação de imagens, adotando o algoritmo Random Forest, foram utilizadas 96 variáveis preditoras, envolvendo dados espectrais e ambientais (geológicos, pedológicos, climáticos, topográficos e distâncias euclidianas). A detecção de mudanças no uso e cobertura do solo foi obtida por meio de análise de concordância. As situações futuras projetadas constituíram-se: (i) na continuidade de padrão de mudanças do uso e cobertura do solo identificado desde 1986 até 2015, desconsiderando as medidas previstas no novo código florestal (cenário 1-S1); e (ii) a implantação das áreas de reserva legal, delimitadas no CAR (Cadastro Ambiental Rural) dos imóveis inseridos na bacia do rio Lontra, conforme previsto no Artigo 12 do código florestal brasileiro (cenário 2-S2). A projeção dos cenários foi realizada utilizando o pacote LULCC (Land Use and Land Cover Changes) para o software R. Os efeitos da conversão floresta – pastagem na matéria orgânica foi avaliado nos estoques do C e N do solo nas frações granulométricas da MOS (matéria orgânica particulada – MOP, matéria orgânica associada aos minerais – MAM). Para tanto, foram selecionadas cinco situações de estudo (SE): SE1 (Floresta Ombrófila sobre Neossolo Quartzarênico); SE2 (Floresta Ombrófila sobre Plintossolo Pétrico); SE3 (Cerrado Denso sobre Latossolo Vermelho-Amarelo Petroplíntico); SE4 (Cerrado Denso sobre Argissolo Vermelho- Amarelo) e SE5 (Cerrado Strictu Sensu sobre Neossolo Quartzarênico). Nestas áreas foram coletadas amostras de solo em pastagem com dois tempos distintos de implantação (entre 10 e 30 anos) e duas repetições de área, além de uma de vegetação nativa, referência das condições iniciais. A simulação das mudanças nos estoques de C e N na camada de 0–20 cm foi feita utilizando o modelo Century, versão 4.0, com o ajuste do modelo para determinação dos parâmetros de produção de biomassa do tipo de vegetação presente. Os estoques de C e N simulados no estado de equilíbrio da MOS sob vegetação nativa foram usados como as condições iniciais para ajuste do modelo de desmatamento e posterior estabelecimento da pastagem. Sete cenários futuros de produção para 2050 foram simulados para avaliar os efeitos de diferentes práticas de manejo das pastagens sobre os estoques de C e N no solo em comparação com a situação atual de ausência de práticas de manejo. A integração de variáveis ambientais às espectrais proporcionou maiores valores de acurácia global (de 91% a 94%), indicando que a adição de variáveis ambientais às espectrais pode ser alternativa para melhorar o monitoramento espaço- temporal em áreas de ecótono de regiões Neotropicais. A cobertura florestal entre 1986 – 2015 teve uma redução de 32,3 mil ha, enquanto que o uso com pastagens cresceu em aproximadamente 30 mil ha. O cenário S1 indicou intensa conversão de cobertura florestal nativa em pastagens, passando a representar mais de 80% do uso e cobertura do solo, frente a 11,3% e 5,1% das florestas e Cerrado Strictu Sensu. Já o cenário S2, que aborda a aplicação da legislação florestal brasileira, possibilitou a recomposição da cobertura florestal em relação ao primeiro ano de monitoramento, cobrindo 29,5% da área da bacia. As maiores taxas de perda de C-C 3 foram verificadas nas pastagens com menor tempo de implantação e na situação de estudo SE3. As maiores taxas de ganho de C-C 4 foram observadas na fração MOP das pastagens com 20 anos da SE2 e SE3. Práticas como o controle químico de espécies espontâneas, adubação de formação no momento de implantação das pastagens e sistemas silvipastoris, mostram-se como alternativas para maximizar o sequestro de carbono.
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    Elementos terras raras e tório nas raízes de cafeeiro em solos com aplicação de fosfogesso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Souza, Pedro Renato Leandro de; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://lattes.cnpq.br/5718205327821896
    O fosfogesso é um sub-produto da indústria de fertilizantes fosfatados, produzido durante a obtenção do ácido fosfórico. É também conhecido como gesso agrícola, utilizado como um condicionar de solo que promove o aprofundamento do sistema radicular, em razão da correção da deficiência de Ca e excesso de Al em sub-superfície, aumentando a tolerância das culturas à estiagem. Não obstante, o fosfogesso pode conter pequenas quantidades de elementos terras-raras (ETR’s) e tório (Th), que podem se acumular nos solos agrícolas. A utilização de grandes quantidades de fosfogesso na cafeicultura, principalmente em áreas próximas as indústrias de fertilizantes, pode possibilitar absorção de quantidades significativas destes elementos pelas plantas, com consequências ainda pouco conhecidas na fisiologia e rendimento do café. Além disso, ainda são escassos os estudos sobre fatores que possam influenciar na absorção destes elementos em condição de campo. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar o acúmulo de ETR’s e Th em raízes de cafeeiro em função da dose e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, em condições de campo. Foram coletadas raízes de plantas de café (Coffea arabica L) cultivadas em um Latossolo Vermelho distrófico que recebeu no transplantio das mudas, uma dose de fosfogesso de Araxá em faixas de 0,3 m. As coletas foram realizadas na profundidade de 0 a 60 cm, em trincheiras a 20 cm do colo das plantas. Após a coleta, as raízes foram lavadas em água Milli-q, sendo posteriormente, secadas a 60 °C. Após secagem, as raízes foram trituradas e submetidas à digestão nítrico-perclórica. Os teores de ETR’s e Th nos extratos foram quantificados por espectrometria de massa com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os resultados obtidos permitiram concluir que: (i) Os ETR's e Th presentes no fosfogesso podem ser absorvidos pelas plantas de café, com acúmulo preferencial de ETRL em relação ao ETRP; (ii) O acúmulo de ETR’s e Th nas raízes do cafeeiro varia em função do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, porém, o efeito do tempo não é uniforme para todos os elementos; (iii) A taxa de recuperação dos ETR's e Th pelas raízes do cafeeiro foi muito baixa, sendo inversamente proporcional ao raio iónico do elemento, independentemente do teor adicionado ao solo e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso; (iv) A taxa de recuperação apresentou uma tendência de redução com aumento da dose, havendo um aumento desta taxa com o aumento do tempo de exposição.
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    Extração de ferro e manganês por Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA em solos de Minas Gerais e da Bahia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-08-31) Aspiazú, Ignacio; Alvarez Venegas, Víctor Hugo; http://lattes.cnpq.br/3592195038275623
    Os objetivos deste trabalho foram determinar as taxas de recuperação de Fe e de Mn pelos extratores Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA; e modelar as variações dessas taxas em relação às características ligadas à capacidade tampão do solo. Foram realizados dois experimentos na Universidade Federal de Viçosa, utilizando 15 solos, seis dos quais foram estudados na ausência e presença de calagem e cada um recebeu seis doses dos micronutrientes Fe ou Mn, sendo que cada micronutriente foi considerado em um experimento diferente. Os experimentos foram montados simultaneamente, em delineamento em blocos casualizados, com três repetições. A extração foi feita com os métodos Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA e a dosagem por espectrofotometria de absorção atômica. Os teores de Fe e Mn recuperados pelo Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA aumentaram com o aumento das doses aplicadas desses nutrientes aos solos, sem ou com calagem. A capacidade de extração do Fe dos solos seguiu, nas médias dos solos, a seguinte ordem: Mehlich-1 > Mehlich-3 > DTPA, enquanto a capacidade de extração do Mn dos solos foi, nas médias dos solos: Mehlich-3 > Mehlich-1 > DTPA. Os teores obtidos pelos extratores Mehlich- 3 e DTPA foram os que mais variaram em relação à capacidade tampão do solo. Nos solos com calagem foram obtidas menores taxas de recuperação do Fe e do Mn. As taxas de recuperação de Fe e Mn dos solos pelos extratores usados estão relacionadas com os teores de matéria orgânica, de argila e com o equivalente de umidade. Apesar dos teores diferentes de Fe disponível, os extratores Mehlich-1, Mehlich-3 e DTPA estão altamente correlacionados uns com os outros, sugerindo uma capacidade preditiva semelhante com relação ao Fe disponível. No caso do Mn, somente existe correlação entre Mehlich-1 e DTPA nos solos sem calagem e entre Mehlich-3 e DTPA nos solos com calagem.
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    Demanda de nutrientes pela soja e diagnose de seu estado nutricional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-11) Kurihara, Carlos Hissao; Alvarez Venegas, Víctor Hugo; http://lattes.cnpq.br/3115802395961858
    O critério atualmente adotado para a avaliação do estado nutricional e recomendação de adubação para a cultura da soja nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, baseado no estabelecimento de níveis críticos, tem permitido a obtenção de produtividades médias em torno de 3.000 kg/ha. Contudo, para a obtenção de produtividades mais elevadas e econômicas, sem prejuízos ao equilíbrio ambiental, deve-se visar à definição de modelos quantitativos que permitam estimar a demanda por nutrientes em função do potencial de produção almejado, associado ao estabelecimento e manutenção do balanço nutricional das plantas. A partir de um banco de dados formado pelo monitoramento nutricional de lavouras comerciais de soja cultivadas no sistema plantio direto, nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, foram estabelecidos modelos matemáticos para a estimativa da demanda nutricional em função do potencial produtivo almejado e dos teores de nutrientes na folha índice, no estádio de florescimento pleno, ou então, em função da produtividade e do coeficiente de utilização biológica (CUB) estimado para os diferentes órgãos da planta. Os métodos de diagnose do estado nutricional Chance Matemática (ChM), Índices Balanceados de Kenworthy (IBK), Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) e Diagnose da Composição Nutricional (CND) mostraram- se concordantes em indicar que o teor ótimo de nutrientes na folha índice é a própria média da população de referência. Já os teores ótimos de Ca, S, Mn e Zn na folha índice permanecem praticamente inalterados em produtividades inferiores a 3.600 kg/ha e aumentam a partir deste potencial produtivo. E os teores ótimos de N, P, K, Mg, B, Cu e Fe não variaram mesmo para produtividades superiores a 4.800 kg/ha. Constatou-se que os valores de referência para a diagnose do estado nutricional são influenciados pelo tipo de folha índice amostrado (terceiro trifólio com ou sem pecíolo). O limbo foliar apresenta teores maiores de N, P, Cu, Fe, Mn e Zn e menores de K, em relação aos pecíolos. A predição dos teores de nutrientes na planta em função dos teores na folha índice, e da máxima produção de matéria seca em função do acúmulo de nutrientes na folha índice, podem ser efetuadas de forma adequada com os teores do terceiro trifólio associado ou não ao pecíolo, desde que a amostragem seja realizada no estádio de florescimento pleno. Verificaram-se diferenças na sensibilidade do DRIS em diagnosticar o estado nutricional de N, P e S em solos muito argilosos, e de P em solos arenosos, em razão da adoção de normas gerais ou específicas para a classe textural.
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    Dosagem em análises químicas de fertilidade do solo por métodos de rotina e por espectrofotometria de emissão ótica em plasma induzido
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-14) Milagres, João José de Miranda; Alvarez Venegas, Víctor Hugo; http://lattes.cnpq.br/5599912452764314
    Neste trabalho, objetivou-se comparar as dosagens em análises químicas de fertilidade do solo por métodos de rotina com as dosagens obtidas por espectrofotometria de emissão ótica em plasma induzido (ICP- OES), utilizando os extratores Mehlich-1 (P, K, Fe, Zn, Cu e Mn), KCl 1,0 mol/L (Ca 2+ , Mg 2+ e Al 3+ ), Mehlich-3 (P, K, Ca, Mg, Al, Fe, Zn, Cu e Mn) e DTPA-TEA (Fe, Zn, Cu e Mn). Foram empregadas amostras da camada superficial (0-20 cm) de 36 solos de Minas Gerais e Bahia, com ampla variação em suas características e propriedades físicas e químicas. Os seguintes métodos de dosagens foram utilizados: P por espectrofotometria de absorção molecular (EAM), K por fotometria de emissão em chama (FEC), acidez trocável (Al 3+ ) por titulometria (TIT), Ca, Mg, Fe, Cu, Mn e Zn por espectrofotometria de absorção atômica (EAA) e P, K, Ca, Mg, Al, Fe, Zn, Cu e Mn por ICP-OES. Ajustou-se o método ICP-OES, definindo os comprimentos de onda de cada elemento para cada método de extração. O ICP-OES possibilita a verificação da ocorrência de interferências espectrais viique muitas vezes são minimizadas com a adoção de medidas corretivas fornecidas pelo próprio aparelho. Dos elementos estudados, as interferências mais preocupantes foram as de Cu sobre o P. A confecção das curvas de calibração do ICP-OES obedeceu aos critérios da faixa ótima de detecção do aparelho, bem como da faixa esperada de ocorrência dos nutrientes no solo, tomando-se o cuidado de minimizar o efeito de matriz. Avaliou-se a precisão e a reprodutibilidade dos métodos de dosagens utilizando três solos com ampla variação em suas características físicas e químicas, sendo estes solos analisados em dez séries com três repetições por série. O coeficiente de variação dentro da série representou a precisão e entre séries a reprodutibilidade. Os métodos de dosagem mostraram-se precisos e com boa reprodutibilidade, para todos os extratores. Quando os teores dos elementos nas amostras utilizadas, apresentaram-se baixos, tanto a precisão quanto a reprodutibilidade do ICP-OES foram melhores que as dos métodos de rotina. Para determinar o grau de aproximação entre os teores obtidos com o ICP-OES e com os métodos de rotina, os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 2 x 36, correspondendo aos 2 métodos de dosagem e aos 36 solos, no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Para as dosagens no ICP-OES, não se fez necessária a utilização de reagentes de trabalho, entretanto, para a leitura do extrato de KCl 1,0 mol/L, o mesmo foi diluído 4 vezes a fim de não causar entupimentos nem danos ao aparelho em virtude do possível acúmulo de sais. A igualdade entre os métodos de dosagem foi verificada através da aplicação de um teste de identidade entre métodos e ocorreu somente para Ca 2+ , extraído por KCl 1,0 mol/L. Para os outros elementos, o ICP apresentou pequena superestimação, de maneira geral em relação aos métodos de rotina. As diferenças absolutas entre os teores obtidos pelo ICP- OES e pelos métodos de rotina, correlacionaram-se melhor com o pH, para a maioria das determinações. Não foi observada correlação entre as diferenças absolutas dos teores de P, por diferentes métodos de dosagem, com o teor de matéria orgânica dos solos.
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    Sistema para cálculo do balanço de nutrientes e recomendação de calagem e adubação de pastagens para bovinos de corte
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-08-25) Santos, Helder Quadros; Cantarutti, Reinaldo Bertola; http://lattes.cnpq.br/2257931141515804
    A exploração pecuária brasileira fundamenta-se na alimentação dos animais em pasto. No entanto, a maioria das pastagens é cultivada com baixa ou nenhuma aplicação de fertilizantes, o que é apontado como uma das principais razões para sua baixa produtividade. Atualmente, as recomendações de adubação para pastagens, embora sejam fundamentadas em resultados experimentais, contam com algum subjetivismo. Com o objetivo de recomendar corretivos e fertilizantes para pastagens tropicais pastejadas por bovinos de corte com melhor fundamentação conceitual, desenvolveu-se um sistema (FERTICALC-Pastagem) cujo princípio básico é o balanço nutricional no sistema pecuário. Para tanto, procurou-se estabelecer uma estrutura modular considerando os componentes animal, planta e solo das pastagens. Esses módulos, denominados submodelos, foram desenvolvidos independentemente, mas se inter-relacionam por meio de variáveis de entrada e saída. A recomendação de fertilizante se faz a partir da diferença entre o suprimento dos nutrientes e a demanda nutricional pelo pasto. A demanda dos nutrientes é calculada com base no conteúdo nutricional do pasto que se relaciona com a produtividade animal projetada, a intensidade de exploração da pastagem e a espécie forrageira e sua eficiência de recuperação do nutriente aplicado ao solo. O suprimento de nutrientes é estimado com base no teor dos nutrientes indicados pela análise química do solo e na reciclagem dos nutrientes adicionados ao solo na forma de resíduos vegetais e animais (excretas). Um fator de sustentabilidade foi incorporado à estimativa do suprimento dos nutrientes visando manter uma quantidade de nutrientes no solo proporcional a intensidade de exploração da pastagem. As simulações mostraram que por meio do FERTICALC-Pastagem recomenda-se, com exceção do fósforo, menor quantidade de nutrientes para estabelecer do que para a manutenção da pastagem. Para sistemas extensivos de produção as doses dos nutrientes estimadas pelo FERTICALC-Pastagem foram, em geral, compatíveis com as doses obtidas por outros sistemas de recomendação. Nesses sistemas de produção, as recomendações dependem, principalmente, da demanda nutricional e do suprimento pelo solo. Por outro lado, para sistemas intensivos as doses estimadas pelo FERTICALC-Pastagem foram maiores do que as atualmente recomendadas, sendo função da elevada demanda e da quantidade de nutrientes reciclados e recuperados pelas plantas. Dos sistemas de recomendação comparados, o FERTICALC-Pastagem foi o único em que as recomendações variaram de forma contínua com a disponibilidade de nutrientes e com a produtividade vegetal esperada.
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    Sistema de recomendação de corretivos e fertilizantes para a cultura da soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-07) Santos, Flávia Cristina dos; Neves, Júlio César Lima; http://lattes.cnpq.br/3175898658800639
    Com o objetivo de recomendar corretivos e fertilizantes para a cultura da soja, desenvolveu-se um sistema (SIRSo) cujo princípio básico é o balanço nutricional, ou seja, a recomendação se faz a partir da diferença entre o requerimento de nutrientes pela planta e o suprimento, representado pelo nutriente do solo, resíduos orgânicos e calagem (Ca e Mg). O sistema considera ainda o fator sustentabilidade, visando uma quantidade de nutriente a ser mantida no solo para garantir uma produtividade mínima desejada, em cultivos subseqüentes. Para recomendar calagem utilizam-se dois métodos: neutralização do Al 3+ e elevação dos teores de Ca 2+ + Mg 2+ e saturação por bases. Para recomendar adubação, uma série de equações foi gerada, utilizando dados da literatura a respeito de solos, adubação e nutrição da soja. O requerimento de nutrientes varia com a produtividade esperada de grãos, características do solo e com a taxa de recuperação pela planta do nutriente aplicado ao solo. O suprimento pelo solo depende da disponibilidade do nutriente e da taxa de recuperação pelo extrator do nutriente aplicado. O suprimento pelos resíduos orgânicos depende da produção de matéria seca da planta antecessora à soja, teor de nutrientes na matéria seca, taxa de liberação dos nutrientes dos resíduos orgânicos e taxa de recuperação pela planta dos nutrientes provenientes desses resíduos. O suprimento de Ca e Mg pela calagem depende da quantidade de calcário recomendada, teor de óxidos de Ca e Mg do calcário e da taxa de recuperação pela planta desses nutrientes. Foram feitas comparações entre as recomendações geradas pelo SIRSo e as das tabelas em uso no país. Em grande parte, o SIRSo recomenda maiores quantidades de fertilizantes comparadas às tabelas, principalmente para P e K considerando as maiores produtividades, fato esse confirmado pela análise de sensibilidade que mostrou grande variação da dose a ser recomendada desses nutrientes com a produtividade de grãos e o fator sustentabilidade.