Solos e Nutrição de Plantas

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    Caracterização de subprodutos do processamento do fosfato de irecê e sua avaliação como corretivo da acidez do solo e fonte de fósforo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Nunes, Vander Luis Novais; Barros, Nairam Félix de
    A correção da acidez e a fertilização do solo na agricultura são imprescindíveis para obtenção de altas produtividades. Similarmente ao que ocorre com os fertilizantes fosfatados, a demanda por calcário agrícola é superior à capacidade interna de produção e a tendência é que a aquisição destes insumos se torne cada vez mais dispendiosa. Dessa forma, a busca por subprodutos, resíduos e escórias industriais que possam substituir ou complementar a correção e fertilização do solo, mostra-se como uma importante alternativa. Com o início da exploração dos depósitos fosfáticos em Irecê (BA) pela empresa Galvani Fertilizantes, prevê-se a geração de dois subprodutos na produção do concentrado fosfático: um proveniente da etapa de deslamagem (SD) e o outro da flotação (SF). O SD e SF apresentam características químicas e físicas que os potencializam como corretivos de acidez do solo e fonte de P. Este estudo teve por objetivo caracterizar física, química e mineralogicamente o SD e SF e avaliá-los agronomicamente como corretivos de acidez do solo e, ou fonte P. Foram realizados dois experimentos, o primeiro em casa de vegetação com a cultura do sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), em que SD e SF foram comparados com a mistura de CaCO 3 + MgCO 3 (CA), aplicados em 20, 50 ou 100 % do volume de dois Latossolos Vermelho-Amarelo distróficos (LVAd), argiloso e arenoso, em quatro doses referentes à necessidade de calagem (NC) e dois tratamentos adicionais, sem corretivo. O segundo experimento foi conduzido em condições controladas, com a aplicação de grânulos de fosfato monoamônio (MAP), super fosfato simples (SS) e SD e das misturas de (MAP+SD e SS+SD) na região central de placas petri em um LVAd argiloso. Após 30 d de tratamento, o solo foi amostrado na forma de anéis concêntricos. Os resultados do primeiro experimento mostraram que o SF apresentou comportamento semelhante ou superior ao do CA, no que diz respeito à correção da acidez, fornecimento de Ca 2+ e Mg 2+ e produção de matéria seca da parte aérea do sorgo. Apesar do SD e SF não terem sido suficientes para satisfazer a demanda da cultura por P, constatou-se que parte do P absorvido pelo sorgo foi proveniente da solubilização do SF. As formas de aplicação localizadas em 20 e 50 % do volume de solo proporcionam maior produção de matéria seca para CA, SD e SF, nos solos argiloso e arenoso. O SD foi menos eficiente em relação ao SF como corretivo da acidez e fonte de P, devido à sua baixa reatividade, por apresentar-se granulado. No segundo experimento, observou-se que após 30 d de incubação, a dissolução do MAP foi completa, enquanto a do SS foi parcial e o SD permaneceu intacto. O MAP foi o fertilizante que favoreceu a maior difusão do P pelo solo (até 27 mm do grânulo), o que pode ser atribuído ao seu íon acompanhante NH 4+ . A difusão do P no SS e SD ocorreu até 7 e 0 mm, respectivamente. De acordo com o ajuste de combinação linear (linear combination fitting – LCF) as formas de P adsorvidas a oxidróxidos de Fe e Al e associadas a compostos orgânicos predominaram em todas as secções das placas de petri, o que é compatível com as características químicas e mineralógicas do LVAd. Na primeira secção 0-7 mm, o ajuste de combinação linear indicou a participação de fosfatos de Fe e Al amorfos (precipitados) e P adsorvido a oxidróxidos Fe e Al, o que pode ser atribuído à alta atividade de P na região mais próxima do grânulo de fertilizante.
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    Matéria orgânica e nutrientes de solos em sistemas silvipastoris
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-12) Marquez Peña, Diego Fernando; Oliveira, Teogenes Senna de; http://lattes.cnpq.br/9559863890657259
    Sistemas silvipastoris (SSP) são uma opção de uso do solo relevante no sequestro de C e N e na recuperação de áreas degradadas.Objetivou-se conhecer a contribuição das árvores em pastagens arborizadas sobre as frações da matéria orgânica e algumas propriedades químicas do solo. Para tanto, pastagens arborizadas com espécies nativas (SSP) e pastagens a pleno sol, bem como remanescentes florestais foram selecionadas em três propriedades de Divino-MG, Zona da Mata mineira, bioma Mata Atlântica. Nessas propriedades predominavam pastagens com gramíneas do gênero Brachiaria e espécies arbóreas diversas, sendo: Pau cebola (Erythrina falcata), Orvalheira (Machaerium stipitatum)e Óleo pardo (Myroxylon peruiferum) no sistema silvipastoril 1 (SSP1); Bico de pato (Machaerium nyctitans), Ipê preto (Zeyheria tuberculosa)e Ipê amarelo (Tabebuia alba) no SSP2; e Jacarandá caviúna (Dalbergia nigra), Cinco folhas (Sparattoperma leucanthum) e Fedegoso (Senna macranthera) no SSP3. Nessas áreas, foram realizadas coletas de solo nas profundidades de 0-10, 10-30 e 30-50 cm,nas quais foram determinados o C orgânico total, N total, C e N lábeis e da biomassa microbiana, a acidez ativa e potencial, P e K disponível, Ca2+ e Mg2+ trocáveis,polissacarídeos, lipídeos e polofenois. Os solos dos SSPs apresentaram estoques de C superiores às pastagens a pleno sol(1 73,86Mg ha-1 ; 103,62 Mg ha-1 ; 137,5Mg ha-1, respectivamente)e intermediários em relação à floresta nativa (148,62Mg ha-1 ; 190,22 Mg ha-1;3 177,45 Mg ha-1, respectivamente) na profundidade de 0-50 cm, sendo maiores no SSP1, seguido do SSP2 e SSP3. Todas as árvores contribuíram de forma diferenciada para a melhoria da qualidade do solo, enquanto umas foram mais importantes para elevar a disponibilidade de nutrientes, outras contribuíram mais para a dinâmica da matéria orgânica.
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    Influência das propriedades do solo na riqueza de cupins ao longo de gradientes altitudinais do Brasil e da Colômbia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-03-05) Vargas Niño, Andrea Patricia; Schaefer, Carlos Ernesto; http://lattes.cnpq.br/4640936519423804
    A diminuição da riqueza de espécies com o aumento da altitude é um dos padrões mais consistentes de distribuição espacial. Fatores como temperatura, precipitação, velocidade do vento, e a radiação solar variam com a altitude produzindo uma diminuição geral da complexidade estrutural do hábitat. Contudo, os mecanismos que determinam a variação da riqueza são pouco compreendidos. Os cupins são organismos abundantes nas regiões tropicais e subtropicais, cumprindo nos ecossistemas a função de consumidores primários e decompositores de matéria orgânica. O objetivo geral do presente trabalho foi estudar a variação da riqueza de cupins e a variação das propriedades do solo em gradientes altitudinais e pedológicos de sistemas montanhosos do Brasil e da Colômbia. Os objetivos específicos foram i) quantificar a riqueza de cupins e quantificar as propriedades físicas e químicas do solo ao longo de gradientes altitudinais; ii) avaliar a variação na composição de guildas de cupins para ser correlacionadas com as propriedades físicas e químicas do solo ao longo de gradientes altitudinais; iii) quantificar as propriedades físicas e químicas dos cupinzeiros de campos de altitude do Brasil para avaliar sua contribuição no estoque do carbono do solo. A questão central deste trabalho foi compreender por que há variação na riqueza de cupins em diferentes altitudes. Para tentar responder essa pergunta foram testadas as seguintes hipóteses: i) existe uma diminuição na qualidade do recurso alimentar e de nidificação disponível com o incremento da altitude; ii) o teor de silte, argila, matéria orgânica e atividade da argila do solo, assim como o teor de matéria orgânica da serapilheira afetam a riqueza de espécies de cupins humívoros e intermediários; iii) a profundidade do solo afeta a riqueza de espécies de cupins xilófagos e intermediários porque define o porte da vegetação que será o recurso alimentar desses cupins. No gradiente altitudinal da Colômbia foi observado que a riqueza e abundancia de cupins de todas as guildas, foi afetada negativamente pela altitude sendo beneficiada a guilda de xilófagos pela oferta de madeira. Também foi observado que o solo deixou de ser utilizado como nicho pelos cupins com o incremento da altitude. Os resultados das analises químicas mostraram um pH muito ácido variando entre 3.8 a 4.6 e uma saturação por alumínio acima do 78%. Nos dois gradientes altitudinais do Brasil, a riqueza de cupins no geral foi afetada negativamente pela altitude, porém riqueza e abundancia da guilda de humívoros não foi afetada, devido a que os solos estudados apresentaram um pH mais elevado, variando entre 3.8 a 5.6, uma saturação por aluminio menor variando entre 41 e 98% e maior teor de matéria orgânica beneficiando a guilda de humívoros. Os cupins intermediários e xilófagos foram afetados positivamente por solos mais profundos que condicionam o porte da vegetação que o local pode sustentar e a oferta de recursos para esses insetos. Adicionalmente, as análises das propriedades químicas assim como liberação do CO2 e CH4 dos cupinzeiros de campos de altitude, sugerem que os cupinzeiros de campos de altitude contribuem na maior estabilidade da matéria orgânica contribuindo assim para o estoque de carbono dentro dos campos de altitude estudados. Concluindo, a acidez do solo representa uma diminuição na qualidade do recurso alimentar e de nidificação possivelmente levando a exclusão competitiva entre espécies de humívoros por restrição de recurso limitante. Existe um padrão geral de diminuição de riqueza de cupins com o aumento da altitude, porém a diminuição ou não da riqueza de uma guilda específica depende das características própias do local de estudo na faixa de 1000 a 2000 m.
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    Emissão de gases de efeito estufa e dinâmica da população microbiana e do carbono no solo em povoamento de eucalipto implantado no bioma Pampa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-31) Oliveira, Fernanda Cristina Caparelli de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://lattes.cnpq.br/3590623952616069
    A contribuição da agricultura para as emissões dos gases de efeito estufa (GEE) tem sido abordada em vários estudos. Os solos podem atuar como fonte ou dreno destes gases. O sequestro de C no solo pode contribuir para a mitigação das mudanças climáticas em algumas regiões, dependendo das opções disponíveis para as práticas de manejo e uso do solo. Este estudo está dividido em 2 experimentos, os quais foram conduzidos em uma área localizada no município de São Gabriel (30°26’ S; 54°31’ W), região da Depressão Central, Rio Grande do Sul, Brasil. O experimento 1 teve como objetivos: (1) avaliar as emissões de CO2 e CH4 em uma área de substituição do Bioma Pampa por plantio de Eucalipto; (2) avaliar as emissões de CO2 na floresta de eucalipto frente à diferentes entradas de C ao solo; (3) determinar a contribuição da respiração autotrófica para os fluxos de CO2; (4) avaliar a concentração de CO2, CH4 nas camadas do solo sob o bioma Pampa e o plantio de eucalipto, (5) determinar a contribuição relativa do CO2 de eucalipto para as camadas do solo. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados (DBC) com 4 repetições. Nas áreas de eucalipto, para a quantificação da concentração de CO2, CH4 e razão isotópica do carbono (13C/12C), os tratamentos consistiram em 2 posições no talhão (L ou EL), 2 manejos da serapilheira [com (+S) e sem (-S)], 2 aportes de C radicular [com (+R) e sem (-R)] e um tratamento adicional (Bioma Pampa). Nos pampas, para a comparação da concentração de CO2, CH4 e 13 C/12C e fluxo de CO2, CH4 com o plantio de eucalipto, foi utilizado o delineamento sistemático. Durante 29 meses de crescimento da floresta de eucalipto, as emissões de CO2 foram maiores na área do Pampa do que no plantio florestal. O mesmo foi observado para a concentração de CO2 ao longo do perfil do solo, até 1 m de profundidade. O estabelecimento de plantios de eucalipto não alterou as emissões de CH4. A contribuição da respiração autotrófica para a respiração do solo aumentou linearmente ao longo do experimento sendo a menor contribuição observada em Fevereiro 2014. O experimento 2 teve como objetivos: 1)avaliar a taxa de decomposição dos resíduos da colheita de eucalipto; 2) Identificar os grupos de microorganismos responsáveis pela decomposição dos resíduos; 3) Avaliar o efeito da qualidade dos resíduos de eucalipto para as frações da MOS; 4) Quantificar o conteúdo de C derivado do resíduo incorporado no PLFA e na MOS. Utilizado o DBC com 4 repetições, com os tratamentos foram arranjados em parcelas subdivididas. A parcela constituiu dos 4 tempos de coleta (0, 3, 6, 12 meses posteriores à instalação do experimento). Na subparcela, os tratamentos consistiram de um fatorial 3x2x2, sendo 3 composições do resíduo (sem resíduo, resíduo completo e resíduo completo menos casca), 2 tipos de manejo (resíduos incorporados e deixados na superfície) e níveis de N (0 e 200 kg/ha). A incorporação dos resíduos aumenta taxa de decomposição e reduz a estabilização de C no solo. Quando deixados na superfície houve uma redução na taxa de decomposição e para resíduos com casca a taxa de decomposição era 20 % menor. Bactérias gram-negativa e Fungos foram os grupos microbianos mais responsáveis pela decomposição dos resíduos. A presença da casca e a adição de N aumentaram a estabilização do C no solo e a incorporação de C dos resíduos pelos G- ve e Fungos. O estabelecimento de plantios de eucalipto nas áreas do Pampa mostrou um grande potencial para mitigar as emissões de GEE e aumentar a estabilização do C no solo.
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    Ecologia da monodominância de aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All.) em floresta tropical estacional no médio Rio Doce, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-30) Oliveira, Felipe Pinho de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/1400027817105905
    O presente trabalho de tese tem como foco o estudo de povoamentos puros ou monodominados pela espécie florestal Myracrodruon urundeuva (Fr. All.) conhecida popularmente por aroeira, aroeira-verdadeira ou aroeira-do-sertão. Florestas monodominantes são descritas ao redor do mundo visto que os mecanismos que levam à dominância de determinadas espécies podem auxiliar a compreensão da diversidade em florestas tropicais. Adicionalmente, observa-se que a monodominância de M. urundeuva implica na dinâmica produtiva de agroecossistemas locais. Os fatores que determinam a monodominância em florestas tropicais são incertos, podem variar entre florestas, e no caso da monodominância de M. urundeuva, permanecem não elucidados. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi investigar causas e consequências da monodominância de Myracrodruon urundeuva na região do médio rio Doce, MG. Hipóteses consagradas em estudos da monodominância tropical, somadas a observações de campo, registros etnográficos e revisão de literatura, orientaram a condução de experimentos em campo e laboratório. Dezesseis fragmentos florestais monodominados por M. urundeuva no município de Tumiritinga, e quatro fragmentos no município de Aimorés, serviram de base para a coleta de solos, materiais botânicos, instalação de equipamentos e estudos fitossociológicos. Foram ajustados modelos matemáticos para cálculo de volume de árvores individuais de M. urundeuva; estudadas a composição florística, as estruturas horizontal, interna e paramétrica de florestas sob monodominância de M. urundeuva, e analisadas alterações fitossociológicas em fragmentos monodominados após intervenções de manejo; a fitotoxidez de folhas, cascas e raízes de M. urundeuva foi avaliada através de bioensaios de germinação e desenvolvimento radicular de Cucumis sativus; a rizosfera de M. urundeuva foi estudada por meio de técnicas combinadas de biologia molecular e análises morfológicas, em especial para identificação de comunidades de FMA’s. Parâmetros químicos e físicos de solos, bem como a dinâmica da matéria orgânica e análise de bioindicadores de qualidade do solo, foram avaliados em fragmentos florestais com monodominância e comparados com solos de usos adjacentes. A dinâmica da água no solo em um fragmento florestal monodominado e em uma área de regeneração natural adjacente, foi monitorada por sistemas dataloggers em diferentes profundidades. O conteúdo de umidade volumétrica, obtido após calibração de sensores TDR em laboratório, permitiu estudar o comportamento termal e físico-hídrico dos solos durante um ano hidrológico. Os estudos fitossociológicos demonstraram que a monodominância de Myracrodruon urundeuva é caracterizada por valores de densidade absoluta e dominância relativa superiores a todos os casos de monodominância revisados no presente estudo. Observou-se que o manejo nestes sistemas deve em especial favorecer a redução da dominância nas classes diamétricas inferiores, acompanhada da introdução de espécies para a cobertura do solo. Foi observado efeito fitotóxico de metabólitos secundários de M. urundeuva, sendo que o extrato metanólico de folhas inibiu o crescimento radicular da espécie alvo com a maior intensidade. Foi verificada associação de FMA’s com M. urundeuva em monodominância, e os perfis de géis DGGE indicam haver diferenças estruturais nas comunidades microbianas dos solos estudados. A diversidade, densidade e atividade de microorganismos no solo foram afetadas pelos sistemas de uso estudados e demonstraram que solos sob monodominância estão em condição de estresse. A monodominância de M. urundeuva foi observada exclusivamente em solos argilosos e eutróficos com elevada saturação de Ca2+ e a monodominância alterou a constituição e dinâmica da matéria orgânica do solo. Foi observado que os solos sob monodominância de M. urundeuva permanecem grande parte do ano com conteúdo de umidade próximo ou abaixo do ponto de murcha permanente nas camadas superficiais e intermediárias de solos. A monodominância de M. urundeuva pode ser explicada pelo conjunto de características intrínsecas à espécie associadas a características do meio onde a espécie se desenvolve e modifica. A eficiência reprodutiva, as elevadas taxas de crescimento de plântulas, a resistência à herbivoria e ataque de patógenos, associadas à tolerância ao estresse hídrico e a exploração de nichos específicos através de associações com FMA’s, parece conferir elevado ingresso e sobrevivência de plântulas de M. urundeuva em sistemas pós-distúrbio e garantir vantagens adaptativas e competitivas frente a outras espécies. Possíveis efeitos alelopáticos, associados à condição de estresse hídrico, solos de horizonte A decapitado, com ausência de banco de sementes e ausência de serrapilheira, e elevada biomassa radicular, parecem modificar condições no sub-bosque, impedir ou retardar o ingresso de outras plantas, e, desta forma, manter o status quo monodominante.
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    Biocarvão associado a fertilizante e sua influência no aproveitamento de fósforo pela planta
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-10-29) Santos, Sara Ramos dos; Melo, Leônidas Carrijo Azevedo; http://lattes.cnpq.br/4234219298594068
    A adubação fosfatada tem sua eficiência diminuída devido à fixação de fósforo (P) em solos tropicais intemperizados. Assim, o uso de fertilizantes com alguma proteção aos íons fosfato pode diminuir sua adsorção pelo solo e aumentar a absorção pela cultura, o que aumenta a eficiência da adubação. O biocarvão, produto da pirólise de biomassa em condições limitadas de oxigênio, pode ser uma alternativa para produzir fertilizantes de eficiência aumentada por potencialmente interagir com o P, diminuindo sua sorção ao solo. As características do biocarvão dependem do tipo de biomassa e temperatura de pirólise empregada. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e avaliar a eficiência agronômica de fertilizantes fosfatados associados ao biocarvão. O biocarvão foi produzido a partir duas fontes de biomassa: bagaço de cana-de-açúcar e serragem de madeira, as quais foram pirolisadas em duas temperaturas (350 °C e 700 °C). Os biocarvões obtidos foram denominados: SM350 – serragem de madeira pirolisada a 350 oC; SM700 – serragem de madeira pirolisada a 700 oC; BC350 – bagaço de cana-de- açúcar pirolisado a 350 oC e BC700 – bagaço de cana-de-açúcar pirolisado a 700 oC. Após a caracterização química e física, os biocarvões foram granulados com superfosfato triplo (ST) na proporção 3:1 mais a adição de quatro por cento de fécula de mandioca como agente aglutinante. A avaliação agronômica dos fertilizantes foi realizada pelo cultivo de milho em casa de vegetação em Latossolo argiloso, o qual teve sua acidez corrigida com CaO + MgO (3:1). Foram realizados dois cultivos sucessivos para avaliar o efeito residual da adubação fosfatada. Os fertilizantes fosfatados a base de biocarvão foram comparados com a fonte convencional (ST), num esquema fatorial (5x2)+1, sendo cinco fertilizantes (SFT; ST-BC350; ST-BC700; ST-SM350; ST- SM700) e duas doses de P (100 e 400 mg dm-3 de P), além do tratamento controle (sem P). O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, totalizando 44 unidades experimentais. Foram avaliados a produção de massa de matéria seca, acúmulo de P no milho, além do P disponível no solo após os cultivos. Os resultados indicam que em termos de produção de matéria seca, conteúdo de P na planta e P disponível no solo, a dose de 400 mg dm-3 apresentou resultados superiores em ambos os cultivos. O tratamento ST-BC350 apresentou maior teor de massa de matéria seca (no segundo cultivo), conteúdo de P e taxa de recuperação em relação aplicação do ST sozinho. Isto se deve a algumas caraterísticas deste biocarvão que o torna superior, como, por exemplo, maior CTC. A taxa de recuperação em ambos os cultivos e a eficiência agronômica no segundo cultivo ocorreu de maneira inversa, ou seja, quanto maior a dose menor a taxa de recuperação. De maneira geral, a simples associação de biocarvão com fertilizante fosfatado solúvel não aumentou a eficiência de uso de P pelo milho, quando cultivado em solo argiloso com elevada capacidade de fixação de P.
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    Solos e interações pedogeomorfológicas nas Montanhas Ellsworth, Antártica Continental
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-11-06) Souza, Caroline Delpupo; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://lattes.cnpq.br/9807469005020310
    As paisagens de deserto polar podem ser consideradas únicas no planeta. Os processos desenvolvidos sob condições climáticas extremas, como frio intenso e severa aridez induzem a formação de feições pedológicas e geomorfológicas singulares. Em um ambiente onde o agente biológico assume papel secundário é possível analisar a formação do solo a partir de uma ótica minimalista, onde os processos comuns a outras regiões do planeta transcorrem muito lentamente; e processos endêmicos agregam valiosas informações à Ciência do Solo. Neste contexto se insere as Montanhas Ellsworth. Esta área representa uma das grandes lacunas em estudos de caráter pedológico na Antártica, principalmente no que diz respeito à formação de solo em escala detalhada. Faltam também estudos de cronossequência de solos para avaliar comparativamente os estágios de intemperismo e as taxas de formação de solos em superfícies recentemente deglaciadas. Carece ainda de estudos cujo foco de análise seja as interações pedogeomorfológicas sob condições climáticas extremas. Por fim, há ainda muito a avançar nos estudos da dinâmica térmico e hídrica em permafrost seco. Assim, esse trabalho de tese se desenvolveu a partir de tais lacunas. A expedição ao continente gelado da equipe do Laboratório Terrantar se deu em duas etapas: uma primeira no verão de 2012/2013 e outra no verão de 2013/2014; momentos nos quais foram coletados 28 perfis de solo e foram tomadas fotografias da superfície do solo e das unidades de relevo. Os solos da porção sul das Montanhas Ellsworth possuem características típicas de solos de deserto polar e se assemelham grandemente com solos de outras regiões desérticas da Antártica. São, de forma geral, esqueléticos/psamíticos, pouco profundos, com desenvolvimento incipiente de estrutura e com valores de cromas pequenos. Todos os solos acumulam sal em maior ou menor grau, a depender das condições de drenagem locais e exposição de suas superfícies; possuem pavimento pedregoso e apresentam discretas, porém típicas feições de crioturbação. Sua mineralogia demostra a grande relação genética entre os solos e os materiais de origem vii subjacente. Entretanto, a assembleia mineralógica dos solos analisados não apresentou grande variação entre os diferentes materiais parentais, já que o clima extremamente frio e severamente árido determina baixos níveis de intemperismo químico e pedogênese. O intemperismo e a pedogênese estão altamente condicionados ao clima e a natureza recente das superfícies de alteração locais. A cronossequência de solos revelou que os solos se enquadram nos estágios 2, 3 e 3,5 de intemperismo, condizente com a região climática na qual Ellsworth se encontra. Os solos mais desenvolvidos estão localizados em cotas altimétricas mais elevados por se tratarem de superfícies mais antigas que estão expostas há mais tempo pela retração da geleira local. A geomorfologia da área do vale glacial dos Montes Edson pode ser entendida a partir de três conjuntos de unidades de relevo distintas: (i) feições paraglaciais como glaciar rochoso e feições associadas; (ii) feições supraglaciais como o sistema deposicional morâinico; e (iii) feições periglaciais como solos com padrões. Todas essas feições estão relacionadas às variações do manto de gelo da Antártica Ocidental. O regime térmico dos solos de Mount Dolence é característico de solos de deserto polar afetados por permafrost seco. Embora a temperatura do ar não atinja elevados valores positivos, as variações na temperatura do solo são mais intensas durante o verão, o que mostra a resposta do solo à radiação solar. A superfície côncava (mais protegida) apresenta temperaturas mais extremas que a superfície convexa (mais exposta). A camada ativa é submetida a forte sublimação da água, de modo que o conteúdo de umidade do subsolo e sua redistribuição são insignificantes. Por fim, que feições periglaciais ativas ainda sobrevivem nesta paisagem cujas isotermas são extremamente baixas. Isso se dá graças a pulsos ocasionais de aquecimento que esta região sofre desde o Ultimo Máximo Glacial. Assim, observar a paisagem das Montanhas Ellsworth é vislumbrar uma paisagem essencialmente fóssil.
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    Fertilizantes fosfatados alternativos e cinética de adsorção de fósforo em solos de diferentes mineralogias tratados com biocarvão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-13) Barreto, Matheus Sampaio Carneiro; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/8035772872276716
    A demanda mundial por alimentos, fibras e energia obriga a exploração de novas áreas e aumento de produtividade em áreas cultivadas. Em solos tropicais, com elevado grau de intemperização, o P é o nutriente mais limitante à produção vegetal, havendo a necessidade de fertilizações em quantidade e frequência elevadas. O desenvolvimento de novas fontes de P reutilizando subprodutos industriais e, ou, fontes marginais apresenta relevância para assegurar o fornecimento de fertilizantes, preservando recursos naturais. No solo, os fenômenos químicos de sorção e dessorção são os principais processos que controlam a dinâmica de P. Os oxihidróxidos de Fe e Al possuem elevada capacidade de reter o P, tornando a mineralogia importante fator de controle da disponibilidade deste nutriente. A adição de materiais orgânicos como o biocarvão pode contribuir para reduzir a sorção de P. Assim, o objetivo principal deste estudo foi avaliar a eficiência agronômica de fertilizantes fosfatados alternativamente acidulados com efluente ácido e estudar a cinética de sorção e fracionamento de P em solos de diferentes mineralogias tratados com biocarvão. No capítulo I, no estudo sobre fertilizantes, foi montado um experimento em casa de vegetação com os tratamentos arranjados em um esquema fatorial (8 x 2) +1 , sendo oito fertilizantes fosfatados: Araxá, Patos de Minas e Bayovar in natura, estes mesmos em suas formas parcialmente aciduladas (FNPA) com efluente e duas fontes solúveis de P (superfosfato simples e superfosfato triplo), em duas doses de P (300 e 600 mg dm -3 ), mais um controle, sem a aplicação de P. Foram cultivados milho, soja e aveia-branca em sucessão. Foram avaliados a eficiência agronômica e os teores de metais pesados no tecido vegetal. A acidulação com efluente foi eficiente no aumento da reatividade e consequente melhoria da eficiência agronômica dos fosfatos naturais. Não houve incrementos nos teores de metais potencialmente tóxicos nos tecidos foliares com a aplicação das fontes de P. No capítulo II, no estudo sobre interação solo-P, em um solo de fertilidade construída, utilizou-se um novo método de fracionamento com extração sequencial que, em resumo, estabelece as frações de P nos compartimentos: solúvel, lábil, associado aos oxihidróxidos de Fe e Al de baixa cristalinidade, com baixa energia de viiretenção de P (ABE), e associado aos oxihidróxidos de Fe e Al de alta cristalinidade com alta energia de retenção de P (AAE). Foi coletada uma amostra após cada etapa do fracionamento para especiação do P por espectroscopia de absorção de raiosX (XANES), com intuito de estabelecer quais são as espécies extraídas em cada etapa. A técnica XANES confirmou que diferentes frações de P no solo são extraídas durante as etapas de fracionamento. No capítulo III, no estudo de cinética de adsorção, dois solos de mineralogia contrastante foram tratados com ou sem calagem e, ou, biocarvão e postos para agitar numa solução com concentração de P equivalente a 50 % da capacidade máxima de adsorção de P de cada tratamento, durante os tempos de 0,5; 1, 3, 12, 24, 72, 120, 240 e 480 h. Após cada tempo, foi coletado o sobrenadante e determinado o P na solução de equilíbrio. Ao final dessa etapa de adsorção, iniciou-se o fracionamento de P pelo método descrito no capítulo II nos tempos de 1, 12, 24, 120, 240, 480 h. Assim, foram determinados o modelo cinético de adsorção e os efeitos dos tratamentos na distribuição de P nos diferentes compartimentos ao longo dos tempos de agitação. A adsorção de P é rápida, principalmente no solo de mineralogia gibbsítica, assumindo um modelo cinético de pseudo-segunda ordem. A calagem reduziu a velocidade da adsorção e manteve o P em frações mais lábeis por mais tempo. A adição de biocarvão não apresentou alteração significativa sobre a cinética de adsorção de P.
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    Geoambientes e relação solo-vegetação no Parque Nacional das Sempre-Vivas, Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-31) Araújo, Raphael Wakin de; Schaefer, Carlos Ernesto G. R.; http://lattes.cnpq.br/0475997898333405
    O Parque Nacional (PARNA) das Sempre-Vivas, localizado no norte de Minas Gerais, e inserido na Serra do Espinhaço Meridional, foi criado em dezembro de 2002 como uma unidade de proteção integral da natureza. O Parque é composto por um conjunto montanhoso, basicamente quartzítico, de ambientes elevados, ainda pouco estudados, e sem um plano de manejo. A paisagem ecotonal complexa do PARNA mostra-se com grande riqueza e diversidade de espécies, composta por fitofisionomias florestais, savânicas e campestres, características de um Complexo Rupestre de Altitude. O presente estudo identificou, mapeou e descreveu os geoambientes encontrados no setor sul, o mais representativo e diversificado do PARNA, além de analisar quinze perfis de solos coletados e descritos nestas áreas. Para estratificar os geoambientes, levou-se em consideração as características pedológicas, geomorfológicas e as fisionomias da vegetação de cada unidade. Este trabalho também analisou a composição florística e a estrutura das comunidades de 4 fitofisionomias representativas do Parque e avaliou a correlação das variáveis físico- químicas do solo com a distribuição das espécies nas áreas estudas. Para as análises físicas e químicas dos solos, foram coletadas amostras de solo superficial, em todas as parcelas de todas as fitofisionomias. O estudo da relação solo-vegetação foi realizado através de uma análise de correspondência canônica (CCA). Ao todo foram identificados e descritos 14 geoambientes no setor sul do Parque e os dados gerais da CCA indicam um gradiente fitofisionômico que acompanham basicamente a textura mas que não evidenciam um gradiente claro para características químicas, já que todos os solos são muito pobres em nutrientes. Desta forma, este trabalho, visa contribuir com o conhecimento e o entendimento destes ambientes ainda pouco estudados e de grande valor para a preservação do PARNA-SV.
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    Efluxo de CO2 do solo no inverno em cafezais cultivados nos sistemas agroflorestais e a pleno sol
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Lopes, Vanessa Schiavon; Cardoso, Irene Maria; http://lattes.cnpq.br/6161628383925417
    Modelos de mudanças climáticas preveem que a temperatura média global do ar aumentará de 2 °C a 5 °C no final do século XXI. Uma maneira de mitigar a mudança climática global é proteger e aumentar os estoques de carbono da biosfera. Práticas agrícolas denominadas sistemas agroflorestais, que incluem o consórcio com árvores, permitem maior sequestro de C do que os sistemas em monocultivos. Vários fatores bióticos e abióticos têm sido identificados como controladores na dinâmica e no armazenamento de carbono do solo. A contribuição destes fatores precisa ser entendida para avaliar as implicações das mudanças ambientais sobre o ciclo do carbono. No entanto no ciclo do carbono não apenas o sequestro do carbono do solo, mas também o efluxo de CO 2 , ainda pouco estudado em sistemas agrícolas, precisam ser quantificados. Este trabalho objetivou quantificar emissões efluxo de CO 2 do solo sob cafezais, na Zona da Mata Mineira, em sistemas agroflorestais e a pleno sol e identificar as variáveis: níveis de sombreamento, características físicas, químicas, biológica e os fatores ambientais que influenciam o efluxo de CO 2, no inverno (estação também seca na região). Os resultados mostraram que nesta estação os valores de efluxos de CO 2 do solo para a atmosfera são pequenos e não houve diferença entre os efluxos nos sistemas avaliados. As sombras das árvores não influenciaram o efluxo no período avaliado. As variáveis químicas (estoque de carbono, estoque de nitrogênio e carbono lábil), físicas (macroporosidade e porosidade total) juntamente com a umidade do solo controlaram a dinâmica da respiração do solo no inverno. A biomassa microbiana não contribuiu para a respiração do solo no inverno. No entanto, estudos de longo prazo e submetidos à frequência de variabilidade climática inter-anual são necessários para conclusões mais definitivas. Além disso, sugere-se avaliar a contribuição das raízes e da qualidade da matéria orgânica do solo no efluxo de CO 2 do solo para a atmosfera.