Solos e Nutrição de Plantas

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    Deltas dos rios Doce e ttapemirim: solos, com ênfase nos tiomórficos, água e impacto ambiental do uso
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997-09-23) Lani, João Luiz; Rezende, Sérvulo Batista de; http://lattes.cnpq.br/1639662511175931
    O Delta do rio Doce é uma extensa área de solos que na sua grande maioria foi submetida ao hidromorfismo. Os solos hidromórficos predominam na região do “Vale do Suruaca”. Aqueles foram, na sua maioria, drenados pelo DNOS - Departamento Nacional de Obras e Saneamento. sem maior atenção às consequências de uma drenagem excessiva. No delta, ocorrem diversos solos: Areias Quartzosas Marinhas. Gleissolos, Orgânicos, Podzol Hidromórfico, Aluviais e outros. Alguns como, por exemplo, os Gleissolos e Orgânicos podem ser sujeitos ao tiomorfismo. Com o objetivo de identificar esses solos, como eles se relacionam na paisagem; seu uso atual; os efeitos da subsidência dos solos Orgânicos, percorreu-se intensamente a área, coletaram-se amostras de solos, plantas e águas. Estas foram submetidas, conforme a pertinência, a diversas análises físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas. Maior ênfase foi dada aos solos tiomórlicos e, neste particular, incorporaram- se amostras provenientes da Fazenda AGRIL (Riacho - Aracruz, ES), do delta do rio ltapemirim e de Campos, RJ. Concluiu-se que, sem um planejamento amplo de uso dos solos do delta, de equilibrio delicado, os danos ecológicos poderão ser desastrosos. A drenagem excessiva e o uso do fogo intensificam a subsidência dos solos Orgânicos. A drenagem tem aumentado a incidência de pragas como o “mofofô” (Euetheola humilis, Burm) cujas larvas atacam o sistema radicular das pastagens. São, também, drásticos os efeitos da drenagem nos solos tiomórficos: o abaixamento excessivo do pH da água e, principalmente, do solo elimina toda a vegetação. O “cabeludinho” também conhecido como “beiço de égua” e a quaresmeira mirim (Tibouchina sp.), são as plantas que resistem, por mais tempo, aos efeitos adversos do baixo pH e dos altos teores de ferro e aluminio. A reinundação por 104 dias, em condições de laboratório, que não foram suficientes para elevar o pH a valores próximos da neutralidade, somente altíssimas aplicações de CaCO3 elevaram o pH a valores próximos de 6,0, mesmo assim, somente de alguns horizontes ou camadas. Águas transparentes e adstringentes podem servir de critério para identificar solos tiomórficos em condições de campo. O número de caramujos (Australorbis sp.), por outro lado, pode servir de critério de identificação das águas eutróficas e estas, por sua vez, podem ser um grande potencial de proliferação da esquistossomose, por fornecerem os elementos necessários à formação das suas conchas. Foram identificadas algumas lagoas próximas à estação da Petrobrás com salinidade e teores de enxofre comparativamente maiores do que os da água do mar, o que leva a crer na contaminação por efluentes de águas servidas industriais. Sugere-se mapear os solos tiomórficos, com urgência, e destina-los à preservação natural (Classe 6 do Sistema de Aptidão Agricola das Terras). De fato, nos levantamentos feitos pelo SNLCS e RADAMBRASIL, as áreas de solos tiomórficos foram bastante subestimadas. Estes solos requerem cuidados especiais ao seu manejo,em razão da sua extrema acidez após drenados, o que pode produzir um impacto desastroso ao meio ambiente.
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    Disponibilidade de zinco para café influenciada pela correção da acidez e localização de fósforo no solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-10-01) Hartmann, Lara Kich; Alvarez Vanegas, Víctor Hugo
    Com o objetivo de avaliar a resposta do café ( Coffea arabica L.) à adição de Zn e determinar seu nível crítico no solo por diferentes extratores e na planta, em relação à correção da acidez e à localização de P em amostras de três solos, realizou-se um ensaio em casa de vegetação, com a variedade Catuaí vermelho n ° H2077-2-5-44. Os tratamentos originaram-se de um fatorial completo (3 x 2 x 3 x 6), correspondendo a três solos (SSP – Latossolo Vermelho de São Sebastião do Paraíso, PAT – Latossolo Vermelho - Amarelo de Patrocínio e LAV – Latossolo Vermelho - Amarelo de Lavras); dois corretivos, sendo um deles, mistura de carbonatos de cálcio e magnésio e, o outro preparado, misturando-se 50 % de carbonatos e 50 % de sais neutros (sulfatos, nitratos e cloretos) de cálcio e magnésio; três modos de localização de P (5, 10 e 30 % do volume total do solo na dose de 200 mg/dm 3 na forma de superfosfato triplo); e seis doses de Zn (0, 5, 10, 20, 40 e 80 mg/dm 3 para os solos SSP e PAT e 0, 3, 6, 12, 24 e 48 mg/dm 3 para o 14solo LAV). Duas plantas de café foram cultivadas durante 14 meses, efetuando-se amostragem de solo antes e após os cultivos. Determinaram-se a produção de matéria seca da parte aérea das plantas e os teores de Zn e outros nutrientes nas folhas. Foi determinado nos solos, o Zn disponível por meio dos extratores Mehlich- 1, Mehlich-3 e DTPA-TEA. Os corretivos influenciaram a disponibilidade de Zn no solo, sendo que para o Mehlich-1 obtiveram-se maiores valores de Zn do que para Mehlich-3 e DTPA. Houve tendência para maior nível crítico no solo, quando a correção foi feita com mistura de carbonatos em comparação à mistura de carbonatos e sais neutros. Para os solos PAT e LAV, as folhas apresentaram maior teor de Zn do que as plantas cultivadas no solo SSP. Os corretivos de acidez influenciaram a concentração de Zn nas plantas nos solos SSP e LAV. A maior localização de P no solo levou a menores teores de Zn nas folhas em todos os solos. Considerando a localização de P no solo observou-se que, a localização em menor volume de solo, levou a um maior conteúdo de Zn na parte aérea das plantas. O conteúdo de Zn na parte aérea das plantas apresentou resposta linear e curvilinear às doses de Zn adicionadas ao solo. Observou-se que a localização de P alterou os níveis críticos no solo. No solo SSP, os maiores níveis críticos foram obtidos na localização de P em 10 % do volume de solo. No PAT, a localização de P em 30 % promoveu maior nível crítico no solo. No solo LAV, os maiores níveis críticos foram observados na localização de P em 5 % do volume de solo. O extrator Mehlich-1 apresentou maior variabilidade entre solos quanto à extração de Zn. As correlações entre teores obtidos por este extrator com características que representam a capacidade tampão do solo para a condição de não aplicação de Zn foram significativas, mas menores que as obtidas com o extrator Mehlich-3. O conteúdo de Zn na parte aérea das plantas apresentou alta correlação com os teores obtidos com os extratores utilizados. Isto não se verificou para o teor de Zn e a produção de matéria seca da parte aérea das plantas de café. Observou-se que os 15coeficientes de correlação linear simples entre os teores obtidos pelos extratores são altos e significativos, sugerindo uma capacidade preditiva semelhante com relação ao Zn disponível.
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    Carbono orgânico e nitrogênio em agregados de um latossolo vermelho sob duas coberturas vegetais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-08-23) Passos, Renato Ribeiro; Ruiz, Hugo Alberto; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256
    O objetivo deste trabalho foi caracterizar o carbono orgânico e o nitrogênio em diferentes classes de agregados de um Latossolo Vermelho distrófico de Minas Gerais sob vegetação natural de Cerradão e sob cultivo com milho durante 30 anos. Para isso, retiraram-se amostras do solo em quatro pontos diferentes, nas profundidades de 5-10 e 15-20 cm, definidas na área cultivada, em função da resistência à penetração, utilizando-se um penetrógrafo. As mesmas profundidades foram adotadas para a coleta das amostras de solo sob vegetação natural. Após coletado, o material foi seco ao ar e fracionado, por via seca, nas classes de agregados de: 4,75-2,0; 2,0-1,0; 1,0-0,5; 0,5-0,25; 0,25-0,105; e <0,105 mm de diâmetro. Nesses materiais, determinaram-se o carbono orgânico total, o carbono orgânico das frações ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e huminas, o carbono orgânico solúvel em água, o carbono orgânico lábil determinado com KMnO 4 15,6 e 33,0 mmol/L, o nitrogênio total e o nitrogênio mineralizado anaerobicamente. Os materiais ainda foram submetidos a um ensaio de respirometria, em que os valores da produção de CO 2 foram expressos em relação à massa de agregados e de carbono orgânico total. Esses valores foram ajustados a equações logísticas [Y = a/1+e -(b+cx) ] e estimou-se o tempo necessário para atingir a metade da produção máxima de CO 2 (t 1/2 ). A evolução de CO 2 se constitui em um método-referência para avaliar a atividade dos microrganismos que atuam na mineralização da matéria orgânica do solo, e o t 1/2 permite inferir a velocidade de mineralização e, conseqüentemente, a labilidade da matéria orgânica. Os resultados experimentais mostraram que a cobertura vegetal exerceinfluência sobre os teores de carbono orgânico e de nitrogênio. No solo sob cultivo com milho, as formas mais estáveis predominaram, enquanto as formas mais lábeis sobressaíram no solo sob vegetação natural. Os teores de carbono orgânico e de nitrogênio tenderam a aumentar com a diminuição do tamanho dos agregados. O carbono orgânico solúvel em água, o nitrogênio mineralizado anaerobicamente e a relação entre essas características constituem medidas adequadas para detectar mudanças na labilidade da matéria orgânica do solo, em função do manejo
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    Caracterização de solos e de substâncias húmicas em áreas de vegetação rupestre de altitude
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-30) Benites, Vinicius de Melo; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/0982975035780621
    As áreas de vegetação rupestres de altitude são ecossistemas bastante peculiares que ocorrem nas posições mais elevadas das principais sistemas montanhosos do Brasil. A flora é marcada por alto grau de endemismo e uma grande quantidade de espécies adaptadas morfológica e fisiologicamente as condições edafo climáticas locais. A vegetação apresenta diferenças florísticas de acordo com a litologia predominante podendo ser individualizados as áreas sobre quartzito daquelas sobre rochas ígneas e sobre concreções lateríticas. As tipologias vegetais ocorrentes nas áreas de vegetação rupestre de altitude foram individualizadas em estrato rupícola, estrato herbáceo (campos) e estrato arbustivo-arbóreo (matas e escrubes), sendo observado o controle edáfico sobre cada uma destas tipologias. Os solos nesse ecossistema são rasos, arenosos, pobres em nutrientes e ricos em ferro e alumínio trocáveis. Por estas razões, associadas às baixas temperaturas médias diárias, a decomposição da matéria orgânica é lenta, ocorrendo grandes acúmulos de substâncias húmicas no solo. Estas por sua vez passam a desempenhar um importante papel na retenção de umidade e de nutrientes, e na complexação de Fe e Al. A movimentação de matéria orgânica associada a Fe e Al, que caracteriza o processo de podzolização, ocorre com freqüência nos Complexos Rupestres de Altitude. Ocorrem Neossolos Litólicos, Organossolos, Cambissolos Húmicos e Hísticos, e Espodossolos. Grande parte destes solos não têm classificação definida pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solo nos níveis categóricos inferiores, sendo neste trabalho propostas emendas ao sistema. Observou-se o predomínio das frações humificadas na matéria orgânica do solo sendo grande parte desta composta por ácidos húmicos e fúlvicos. As características físico-químicas destes compostos revelaram sua natureza fortemente aromática e condensada, indicando um alto grau de humificação, características estas relacionadas a forte estabilidade destes compostos, o que resultou no acúmulo de matéria orgânica no solo. Algumas amostras assemelharam-se a ácidos húmicos extraídos de carvão, indicando um histórico de ação do fogo nestas áreas. As técnicas de espectroscopia no UV-visivel, termogravimetria e análise elementar condensada resultaram das em substâncias variáveis indicadoras húmicas, da produzindo natureza aromática e informação correlata e consistente. Substâncias húmicas extraídas de horizontes espódicos puderam ser discriminadas das demais, apresentando alta aromaticidade, indicada por baixas razões atômicas H:C, elevados índices termogravimétricos, e alta absorvância de luz na faixa de UV e visível. Pela análise discriminante dos ácidos húmicos, extraídos de solos sob diferentes tipologias vegetais e litologias, observaram-se diferenças significativas entre grupos, indicando o efeito da cobertura vegetal, como matéria prima, e do tipo de rocha, como condicionador das características da matriz mineral, nas características fisico quimicas destas substâncias.
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    Sorção e labilidade de metais pesados em latossolos de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-14) Santos, Guilherme Cadinelli dos; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://lattes.cnpq.br/3521785213949153
    Com o presente trabalho, objetivou-se estudar a sorção e a labilidade de Cd, Cu, Ni, Pb e Zn em 12 amostras (6 superficiais e 6 subsuperficiais) de Latossolos de Minas Gerais, a fim de verificar quais atributos dos solos estariam regulando tais fenômenos. Foram conduzidos dois experimentos de laboratório: i) um estudo de adsorção, utilizando dez concentrações crescentes dos metais, ajuste dos dados às isotermas de Langmuir e de Freundlich e correlação dos coeficientes com das isotermas as principais características físicas e químicas, mineralógicas das amostras de solo - pH, CTC efetiva, teores orgânico, de carbono argila, gibbsita, caulinita, goethita e hematita; ii) extração de formas lábeis de metais pesados por meio de resina de troca catiônica, a partir da incubação de uma dose dos metais com as amostras de solo e extração em três épocas, aos 15, 30 e 45 dias de incubação. Neste experimento, os tratamentos se originaram de um arranjo fatorial 12x5, sendo 12 amostras de solo e adição de 5 metais. foram Os tratamentos distribuídos delineamento em inteiramente casualizado com três repetições, totalizando 180 experimentais. Os unidades dados de adsorção ajustaram - se adequadamente isotermas, não às havendo diferença entre os graus de ajuste. Os fatores que mais influenciaram a capacidade máxima de adsorção foram pH (Cd e Cu), CTC efetiva (Cu e Ni), teor de hematita goethita (Pb) e de e teor de carbono orgânico (Zn). Os valores do coeficiente a, relacionado ligação, à energia de correlacionaram-s e com os valores de pH e de CTC efetiva para os metais Cd, Cu, Ni e Zn. O coeficiente k da isoterma de Freundlich correlacionou-s e positivamente com os valores de pH e de CTC efetiva (Cd, Cu, Ni e Zn) e com os teores de hematita e de goethita e, negativamente, com os teores de argila e de gibbsita (Pb). O coeficiente n da isoterma de Freundlich correlacionou-s e positivamente com os valores de pH e de CTC efetiva (Cd, Ni, Pb e Zn) e com os teores de hematita e goethita e, negativamente, com os teores de caulinita, gibbsita e argila (Cu). teores Foram de obtidos formas baixos lábeis de metais, o que foi atribuído à intensidade adsorção das dos reações metais de nos colóides do solo. A partir da variação dos teores dasformas lábeis de metais, foi possível separar os solos estudados em dois grupos: i) solos com maior labilidade de metais – LB, LAd, LVwf (2) e ii) solos com menor labilidade de metais – LVe, LVj e LVwf. A maior labilidade foi atribuída à presença de gibbsita e de caulinita, enquanto que a menor labilidade foi atribuída à presença de hematita e de goethita. tempo A de verificada influência do incubação foi de forma mais nítida somente para o Ni, o que foi atribuído rapidez com processam as à grande que se reações de adsorção e à tendência mais pronunciada desse elemento de manter-se retido no solo de forma não específica. Houve diferenças dos teores de formas lábeis de metais entre os horizontes A e B das amostras estudadas. diferenças foram aos teores de Tais atribuídas argila e de carbono orgânico presentes.
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    Sistema para cálculo do balanço nutricional e recomendação de corretivos e fertilizantes para cana-de-açúcar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-08) Freire, Fernando José; Alvarez V., Víctor Hugo; http://lattes.cnpq.br/8371992516325399
    As recomendações de adubação praticadas no País baseiam-se, essencialmente, em curvas de resposta, em que nutrientes são aplicados em doses crescentes e seus efeitos observados no incremento da produção. Recomendações de caráter mais preditivo seriam de aplicação mais generalizada. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um Sistema para cálculo do balanço nutricional e recomendação de corretivos e fertilizantes para a cultura da cana-de-açúcar (SBNR-C), tendo como base a demanda nutricional para uma determinada produtividade de colmos. No cálculo da demanda para formação de toda a matéria seca da planta é necessária a informação dessa produtividade e, no caso do P, S e Zn, é necessária, também, a informação de uma medida do poder tampão do solo. Com isso, o SBNR-C estima os níveis críticos de produção e com os resultados da análise de nutrientes calcula o balanço nutricional, que indica a necessidade ou não de correção do solo e aplicação de fertilizantes. A dose a ser recomendada do nutriente deverá ser acrescida de doses suplementares, calculadas para não permitir a exportação e a gradual exaustão do solo, viabilizando o cultivo sustentável. O modelo proposto para recomendar calcário mostrou-se consistente por recomendar de forma variável para qualquer produtividade, permitindo que a recomendação apresente um inter-relacionamento mais amplo com o sistema solo-planta e torne-se mais universalizado, além de estimar o pH final obtido para qualquer que seja a recomendação. A estimativa dos níveis críticos e as doses recomendáveis de K em ressocas mostraram-se coerentes com as doses recomendadas em cana planta e soca, diferenciando-se, principalmente, deste último cultivo, o que não prevê nenhuma tabela de recomendação de fertilizantes para cana-de-açúcar no País. A estimativa do efeito residual de P em soca e ressoca mostrou-se consistente, podendo-se inferir que quanto menor o tempo de cultivo da cana planta, por exemplo, com o uso de variedades mais precoces, maior será o efeito residual de P em socas. O ajuste de um modelo preditivo para quantificar o N potencialmente mineralizável em cana planta, soca e ressoca, utilizando os teores de matéria orgânica e a argila do solo, permitiu estimar o suprimento deste nutriente e, de forma consistente, recomendar N. A simulação da recomendação para Zn, B e Cu mostraram níveis críticos compatíveis com resultados experimentais encontrados na literatura. As poucas informações existentes para Fe e Mn não permitiram sua completa modelagem. Versões futuras do SBNR -C poderão dispor destas informações. O SBNR-C representa uma ferramenta eficaz na recomendação de corretivos e de fertilizantes para a cana-de-açúcar. Sistema que deve ser continuamente aperfeiçoado à medida que novas informações de pesquisas sobre o manejo nutricional da cultura forem surgindo. Em sua maioria, o Sistema foi resultado de trabalhos realizados com cana-de-açúcar no Brasil, porém uma parte deles e suas estimativas foram oriundos dos conhecimentos práticos vigentes. Mais do que uma hipótese, o Sistema representa um retroalimentado com novas pesquisas.
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    Dessorção, extração e fracionamento de zinco, cobre e manganês em solos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-05-04) Nascimento, Clístenes Williams Araújo do; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://lattes.cnpq.br/2562022438053334
    A pesquisa sobre a avaliação da disponibilidade de micronutrientes tem apresentado resultados discordantes, em grande parte em decorrência dos teores considerados disponíveis pelos diversos extratores. O conhecimento das formas químicas em que se encontram esses elementos nos solos, e suas relações com os teores disponíveis, são importantes para a previsão do comportamento dos micronutrientes no sistema solo-planta. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo estudar a influência da calagem e de doses de zinco, cobre e manganês sobre a dessorção, extração e fracionamento desses elementos em amostras de seis solos. Essas amostras, submetidas ou não a calagem, receberam os micronutrientes em estudo nas doses de 0,0, 0,30 e 0,60 μmol/cm³ e permaneceram incubadas por 30 dias. Terminada a incubação, os teores dos micronutrientes foram determinados utilizando-se os extratores Mehlich-1, Mehlich-3, DTPA e EDTA. As amostras foram submetidas a um fracionamento dos micronutrientes nas formas trocável, matéria orgânica, óxido de manganês, óxido de ferro amorfo e óxido de ferro cristalino, residual, além dos teores totais. A dessorção dos micronutrientes foi avaliada mediante extrações sucessivas com resina de troca catiônica. Concluiu-se que com a aplicação das doses nos solos sem calagem, Zn, Cu e Mn foram retidos, principalmente, nas frações trocável e matéria orgânica. De modo geral, a calagem provocou redução nos teores trocáveis e aumento nas frações de óxidos de ferro e de manganês. Para os solos sem calagem, a fração Zn trocável foi altamente correlacionada com todos os extratores. Para o Cu, a fração matéria orgânica foi a principal responsável pelos teores obtidos pelos extratores, com exceção do EDTA. Apenas o Mehlich-3 apresentou boa correlação com o Mn na fração trocável. Nos solos com calagem, todos os extratores apresentaram elevada correlação com o Zn na fração orgânica. O Cu ligado à matéria orgânica foi melhor correlacionado com os teores obtidos pelos extratores DTPA e Mehlich-3. Para o Mn, o DTPA apresentou a maior seletividade para a fração trocável, enquanto o Mehlich-1 foi o menos seletivo em relação as frações extraídas. Nos solos sem calagem, a labilidade das frações de Zn decresceu na seguinte ordem: Tr = MO > OxMn > OxFeA >>OxFeC, com os extratores EDTA, Mehlich-1 e Mehlich-3 apresentando as melhores correlações com o total dessorvido. Para o Mn a ordem de labilidade apresentada foi Tr >> MO > OxFeA, sendo o Mehlich-3 o melhor extrator a indicar os teores lábeis do elemento. Não houve dessorção de Cu pela resina. A calagem provocou forte decréscimo nos teores de Mn dessorvidos e ausência de dessorção para o Zn. Nessa condição, o DTPA foi o único extrator a estimar adequadamente a labilidade do Mn nos solos.
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    Classificação supervisionada de pedopaisagens do domínio dos mares de morros utilizando Redes Neurais Artificiais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-08-03) Carvalho Junior, Waldir de; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://lattes.cnpq.br/7992394393174495
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender a organização dos solos de paisagens dos mares de morros, reconhecer seus padrões e subsidiar seu mapeamento. A área de estudo situa-se na Região Noroeste fluminense, englobada pela folha topográfica Varre Sai do IBGE, que abrange parte dos municípios de Natividade, Porciúncula e Varre Sai. Para isso foram avaliadas as feições geomorfométricas que definem um padrão geomórfico das paisagens, sendo composta por altimetria, altimetria relativa, aspecto, curvatura, curvatura plana, perfil de curvatura, declividade, sentido do escoamento, escoamento acumulado e distância euclidiana da drenagem, sendo todas estas feições obtidas por técnicas de geoprocessamento. Todos os atributos foram obtidos a partir do modelo digital de elevação e, em razão disso, os dados primários de elevação foram os mais precisos possíveis. Através destes atributos geomorfométricos elaborou-se um padrão geomorfométrico das paisagens definidas e foram conduzidas classificações supervisionadas, utilizando-se redes neurais artificiais e o algoritmo de máxima verossimilhança, para fins de comparação. Os resultados mostraram ser possível a utilização de redes neurais artificiais para a classificação de paisagens de áreas montanhosas sob dissecação homogênea, com uma exatidão global de 70%, um pouco acima daquela obtida pelo algoritmo de máxima verossimilhança, que obteve uma exatidão global de aproximadamente 66%. Este estudo mostrou que a utilização de técnicas de geoprocessamento para gerar os atributos geomorfométricos, aliados a classificadores supervisionados, pode subsidiar o delineamento dos levantamentos de solos, tornando-os mais rápidos, menos dependentes da experiência do mapeador e menos onerosos, diminuindo a subjetividade dos mesmos. Constitui-se de uma abordagem nova no Brasil, que deve ser estendida para outras áreas com informações mais precisas de altimetria, para testar a sua eficácia.
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    Efeitos da compactação sobre características físicas, químicas e microbiológicas de dois Latossolos e no crescimento de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-03) Silva, Sérgio Ricardo; Barros, Nairam Félix de; http://lattes.cnpq.br/8067599760812752
    Durante a retirada de madeira de povoamentos florestais o tráfego de máquinas tem incrementado a compactação do solo, que altera propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, prejudicando o crescimento de raízes e a produtividade do eucalipto. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da compactação sobre propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, e crescimento do eucalipto; bem como a influência da intensidade de trânsito e carga de madeira de um forwarder sobre a compactação do solo. Para isso, foram desenvolvidos seis experimentos: quatro sob condições de laboratório e casa de vegetação e dois em condições de campo. No laboratório foram estudados os efeitos da compactação sobre propriedades físicas do solo, fluxo difusivo de nutrientes, atividade microbiana, mineralização de carbono e nitrogênio, e crescimento de raízes e do eucalipto. Os ensaios de campo avaliaram a compactação do solo e o crescimento de árvores de acordo com o número de passadas e a carga de madeira de um forwarder. Em laboratório a compactação aumentou a densidade do solo, microporosidade, resistência à penetração, retenção de água a 0,01 e 1,5 MPa; fluxo difusivo de K, Zn, Cu, Fe e Mn (em geral); N-NH 4+ , N-NO 3- (no LVA), mineralização de N (no LA); e reduziu a porosidade total, macroporosidade, condutividade hidráulica, fluxo difusivo de P (no LVA), N-NO 3- (no LA), C-CO 2 (no LVA), C MIC (no LA); matéria seca de raízes e total; densidade radicular e conteúdo de nutrientes na planta. Verificou-se que o solo caulinítico (LA) foi mais sensível à compactação do que o solo oxídico-gibbsítico (LVA). O trânsito do forwarder aumentou a densidade, microporosidade e a resistência do solo à penetração; reduziu a estabilidade de agregados em água, porosidade total, macroporosidade e a infiltração de água no solo. A compactação ocasionada pelo forwarder não alterou a produção de matéria seca de tronco e altura das plantas até 406 dias de idade. A maior parte dos efeitos da compactação foi manifestada por apenas duas ou quatro passadas do forwarder. Conclui-se que as modificações promovidas pela compactação na estrutura do solo, ocasionaram alterações nas propriedade físicas, químicas e microbiológicas, afetando os processos de transporte de água e nutrientes no solo, a ciclagem de C e N e o crescimento e nutrição do eucalipto, sendo a umidade do solo e a intensidade de trânsito os principais fatores que ampliaram esses efeitos.
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    Distribuição de arsênio e oxidação de materiais sulfetados de áreas de mineração de ouro no Estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-07) Santana Filho, Salomão; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://lattes.cnpq.br/7942059669663657
    O presente trabalho buscou avaliar a distribuição de arsênio em solos e sedimentos, bem como a potencialidade de geração de águas ácidas e a mobilidade do arsênio em amostras de materiais sulfetados de áreas de mineração de ouro localizadas em Riacho dos Machados, Santa Bárbara e Paracatu, no Estado de Minas Gerais. Foram coletadas amostras de estéril, rejeito e minério e também amostras de solos e sedimentos a montante, dentro e a jusante das áreas mineradas. As amostras de perfís de solos e sedimentos foram previamente preparadas e caracterizadas quanto a granulometria, densidade de partículas, teor de matéria orgânica, pH, As parcial, As total e análises seqüenciais, determinando-se as frações de As solúvel, trocável, ligado a óxidos de Al, ligado a óxidos de Fe amorfos, ligado a carbonatos, ligado a matéria orgânica, ligado a óxidos de Fe cristalinos e fração residual. As amostras de materiais sulfetados foram, também, previamente preparadas e caracterizadas quanto à granulometria, densidade de partículas, determinação do potencial de neutralização, potencial de acidificação, balanço ácido-base, teores de As e S e relação As/S. Nessas amostras, também foram realizados testes de lixiviação, sendo coletado o lixiviado a cada semana por um período de 70 dias. Nas soluções lixiviadas foram determinados os teores de As, S e Fe e pH. Os resultados obtidos nas análises de solos permitem concluir que todas as áreas estudadas apresentam teores elevados de As. De modo geral, as camadas superficiais de solo tendem a apresentar teores mais elevados de As, o que foi atribuído à ciclagem biogeoquímica e à deposição de particulados ricos em As. Não obstante, em todas as camadas dos solos estudados as frações solúvel e trocável exibiram valores abaixo do limite de detecção por Espectrofotometria de Emissão Atômica com Plasma Induzido (ICP-OES) e a fração residual apresentou valor muito elevado, confirmando, assim, a baixa disponibilidade do As para o ambiente. De maneira geral, os sedimentos coletados a jusante e dentro das áreas mineradas apresentaram maiores valores de As em relação às amostras coletadas a montante. Também, com relação a sedimentos, verificou-se o mesmo comportamento das amostras de solos, ou seja, de maneira geral a disponibilidade do As para o ambiente é baixa, apesar dos altos teores de As total. As análises de materiais sulfetados também revelaram teores elevados de As. A determinação do balanço ácido- base permitiu separar grupos de amostras com maior potencialidade de geração de águas ácidas. De acordo com os resultados dos testes de lixiviação e outras características dos materiais sulfetados, conclui-se que a tendência de geração de drenagem ácida e liberação de As para o ambiente foi maior nas amostras provenientes de Riacho dos Machados, seguidas pelas de Paracatu e, por último, pelas de Santa Bárbara. Apesar de as regiões serem naturalmente anômalas com respeito aos teores de As em solos e sedimentos, conclui-se que a atividade minerária apresenta potencialidade de dispersão do As no ambiente. O conhecimento das características dos materiais sulfetados e da sua dinâmica em relação à geração de drenagem ácida e liberação de As constitui importante ferramenta para minimizar os impactos ambientais ocasionados.