Solos e Nutrição de Plantas

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    Caracterização de solos e modificações provocadas pelo uso agrícola no assentamento Favo de Mel, na região do Purus Acre
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-12-14) Araújo, édson Alves de; Lani, João Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076P1; http://lattes.cnpq.br/8065197935054536; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Alvarenga, Ramon Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783596Y6
    Atualmente, no Acre, as pastagens extensivas e projetos de assentamento (PA) são responsáveis pela maior parte do desmatamento. Nos PA predomina a agricultura itinerante, onde o solo é utilizado por um período de dois anos. Posteriormente, é deixado em pousio para recuperação da fertilidade e, ou, incorporado à pastagem extensiva. O uso do solo por um período mais longo, e de forma mais sustentada, poderia ser alcançado se fossem adotadas práticas de manejo adequadas que evitassem a deterioração do solo quanto às suas características físicas, químicas e biológicas. A partir desta premissa, objetivou-se caracterizar os solos e avaliar suas alterações físicas e químicas, sob diferentes tipos de uso, e assim fornecer subsídios à tomada de decisão sobre um uso mais racional. Para tanto, selecionaram-se quatro locais inseridos nas mesmas condições de solo (Argissolo Amarelo distrófico, textura média/argilosa, relevo plano) no assentamento Favo de Mel, a leste do Acre, na região do Purus. Os usos avaliados foram: mata natural (testemunha); mata natural recém desbravada e submetida à queima intensiva; plantio de pupunha (Bactris gassipae) com dois anos e pastagem de braquiária (Brachiaria brizantha) com quatro anos. Também foram feitas entrevistas informais com os agricultores e o sistema radicular foi avaliado com imagens digitais. Conclui-se que o solo sob pastagem apresentou os maiores valores de densidade, o que sugere uma tendência à compactação. Os nutrientes e o carbono orgânico encontram-se em baixos teores, concentrados nos primeiros centímetros de solo, tendendo a aumentar com a intensidade e o tempo de uso do solo. O potássio decresceu, drasticamente, no ecossistema pastagem devido, possivelmente, às perdas por erosão e retirada pelo pastejo. A fração humina predominou nos quatro sistemas de uso do solo. As raízes da mata concentraram-se na maior parte de sua biomassa vegetal, nos primeiros 20 cm de profundidade do solo. Houve, também, alta correlação entre área e comprimento de raízes. Os agricultores do Favo de Mel são provenientes de assentamentos mal sucedidos, e o índice de desistência tem sido relativamente pequeno, o que comprova a importância do ambiente na permanência do homem no campo.
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    Gênese e classificação de solos desenvolvidos em semideserto polar - Ilha Seymour, Antártica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Souza, Katia Karoline Delpupo; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/9901106782351538; Oliveira, Fábio Soares de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4746873J6; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8
    Os ambientes periglaciais constituem um dos mais importantes componentes da paisagem global, principalmente no que diz respeito a processos regulatórios de água, temperatura e carbono. Processos intempéricos relacionados à ação do gelo e presença de permafrost são características peculiares desses ambientes, que englobam regiões de elevada altitude e/ou latitude por todo o planeta. Dentre os processos gerais de intemperismo e de formação de solo comuns às áreas livres de gelo da Antártica, observa-se que alguns desses processos tomam maior ou menor importância quando observados em detalhe para a formação de paisagens específicas. A ilha Seymour (Marambio) encontra-se na porção setentrional do Mar de Weddell e é formada por sedimentos originados desde o Cretáceo Superior até o Terciário Inferior, cortados por diques basálticos. Esses sedimentos são compostos por areias glauconíticas, siltes betuminosos, sulfetos e carbonatos advindos de fósseis. Os principais fatores que influenciam a pedogênese são: o clima árido e frio, favorecendo a presença de sais solúveis em abundância, a ocorrência de sedimentos ricos em sulfetos e a atividade da avifauna levando à formação de solos ornitogênicos. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram descrever propriedades de solos desenvolvidos em semideserto polar da Ilha Seymour; identificar e analisar fatores e processos pedogenéticos nos diferentes pedoambientes da ilha; e classificar tais solos nos sistemas de classificação Soil Taxonomy e WRB (FAO). Foram descritos perfis de solos representativos de diferentes pedoambientes e coletados amostras dos horizontes pedogenéticos. Em amostras de terra fina seca ao ar, promoveu-se o pré-tratamento para remoção de sais solúveis; rotinas químicas e físicas como pH em água, acidez potencial (H + Al), extração e determinação de bases trocáveis; carbono orgânico total, condutividade elétrica, granulometria e cor do solo seco. Os perfis foram classificados segundo a Soil Taxonomy e pelo sistema de classificação da World Reference Base for Soil Resources. A maioria dos solos apresentaram permafrost dentro da seção de controle, sendo, portanto, enquadrados como Gelisols e Cryosols pela Soil Taxonomy e WRB/FAO, respectivamente. De forma geral, apresentaram pouca crioturbação, explicada pela pouca umidade do sistema (permafrost seco). O intemperismo físico é menos atuante do que se observa na Antártica Marítima devido à diminuição da crioclastia. Da mesma forma, os solos indicam menor intemperismo químico em relação a regiões mais úmidas da Antártica, uma vez que a elevada aridez é fator limitante para o desencadeamento de reações químicas em geral. Destacamos a salinização, a fosfatização e a sulfurização como principais processos de formação de solos na ilha. Os solos são em sua maioria salinos, nátricos, eutróficos, alcalinos e com elevada CTC. De acordo com interpretação das características morfológicas, físicas, químicas, mineralógicas, classificação e condições ambientais específicas, os solos da Ilha Seymour foram agrupados em três grupos: solos alcalinos pouco evoluídos sobre arenitos e siltitos; solos sulfatados e solos ornitogênicos. Observou-se que a definição dos diferentes pedoambientes na ilha está intimamente ligada à diferenciação do relevo sendo este, determinante para a presença de permafrost seco ou cimentado por gelo. Outro fator determinante é a constituição do material de origem, com menor ou maior conteúdo de sulfetos, carbonatos e outros minerais. Diversos traços da paisagem sugerem uma condição paleoambiental mais úmida. Tanto a fosfatização, quanto a sulfurização são importantes fontes de acidez para esse sistema generalizadamente alcalino. Os sistemas Soil Taxonomy e WRB/FAO não possuem critérios de classificação adequados para classificar todos os solos desenvolvidos em áreas de transição climática que sejam afetados por sais, fosfatização e sulfidização.
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    Caracterização química e mineralógica de carvões vegetais coletados em diferentes ambientes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-16) Figueredo, Natália Aragão de; Passos, Renato Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3882320619443256; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; http://lattes.cnpq.br/8205839948217107; Tronto, Jairo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767158Z9
    Nas últimas décadas, as atividades antrópicas têm provocado uma série de alterações na paisagem terrestre e, mais recentemente, na atmosfera. O aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE s) e o possível aquecimento global do planeta vêm motivando diversos estudos de mitigação, principalmente o que refere à emissão dióxido de carbono. Dentre as formas de carbono aportadas em solos e sedimentos, foco de atenção vem sendo direcionado ao carbono pirogênico, principalmente pelo seu longo tempo de permanência no ambiente que contribui de forma efetiva de reserva estável de C, além de apresentar a potencialidade para melhorar a qualidade e a fertilidade dos solos. A reatividade química e a resistência física do biocarvão são essenciais para que este cumpra sua função outorgada (sequestro de C) e exerça benefícios também ao sistema solo-planta. Para contribuir ao avanço do conhecimento sobre o carvão vegetal aplicado ao solo foi realizada uma caracterização química e mineralógica de carvões vegetais coletados em diferentes ambientes e também avaliar a cinética de reação do Ca2+ e do fosfato desses carvões coletados. As amostras foram moídas em moinho de mesa e passadas em peneiras de 0,100; 0,149 e 0,25 mm de abertura de malha e foram avaliados: teores dos elementos químicos por calcinação (550 ºC) e extraíveis com HNO3 1 mol L-1; teor de C total e 13C/12C ( ) foram dosados em espectrômetro de massa de razão isotópica de fluxo contínuo; COT por Walkley e Black; Ca2+ e pH H2O e KCl conforme Embrapa, 1997; O P-rem foi determinado conforme Alvarez V. et al.(2001); PCZ por titulação potenciométrica; difratometria de raios X; espectroscopia de absorção molecular na região do infravermelho com transformada de Fourier e microscopia de eletrônica de varredura dos carvões. As amostras que estavam em contato diretamente com o solo (amostras 1, 2, 4 e 8) apresentaram valores mais altos de COT pelo método Walkey-Black, o que sugere que os componentes dos solos favorecem a oxidação desse carbono. Os valores de COT dos solos estudados que continham carvão foram muito baixos, o que demonstram a capacidade de retenção de C pelo carvão vegetal ou carbono pirogênico nesses solos. A amostra 12, que foi produzida em condições controladas em temperatura de 470°C apresentou 75,7 dag kg-1 de carbono total e 6,15 dag kg-1 de C orgânico total. O teor médio de C nos carvões em contato com o solo foi de 58 dag kg-1 e dos carvões sem contato com o solo foi de 71,19 dag kg-1. Nas amostras 4, 6, 8, 9 e 10, a razão isotópica do 13C/12C está relacionada às plantas com via fotossintética C3. Os teores de nutrientes foram baixos em todas as amostras. Em relação aos micronutrientes nas amostras de carvões coletados em contato com o solo, o mais abundante foi do Fe com teores entre 4,23 a 808,24 mg kg-1. Os valores de pH em H2O nas amostras de carvões em contato com o solo variaram de 4,42 a 7,24 com média de 6,8. O pH em KCl variou na faixa de 2,91 a 6,88, com média de 4,68. Em todas as amostras, o valor de ∆pH é negativo, caracterizando maior eletronegatividade no balanço de cargas nos carvões coletados. Identificou-se em todas as amostras em contato com o solo a presença de caulinita; quartzo; grafite e nas amostras 1 e 3 a gibbsita. Nos carvões produzidos a partir de madeira de eucalipto e sem contato com o solo, os difratogramas foram essencialmente amorfos, com apenas alguns picos de grafite. Os principais grupos nas amostras de carvões vegetais coletadas foram: O-H; C=O; C=C; C-O. A MEV realizada nesse estudo nas amostras 1, 2 e 12 é possível identificar a morfologia de estrutura do xilema de madeira, menos alterada na amostra 12, que teve condições controladas (470 ºC) de carbonização e nas amostras 1 e 2, as estruturas ficaram menos evidentes e percebe-se que houve influência dos componentes e organismos dos solos nestes carvões. A reação do Ca2+ na superfície do carvão ocorreu de forma rápida, em poucos minutos. Isto é de suma importância para manutenção de nutrientes no sistema solo e reduz as perdas por lixiviação Dessa forma, conclui-se que há uma interação entre o carvão e o solo, o que influencia nas características químicas e mineralógicas do carvão vegetal.
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    Decomposição de resíduos da colheita e transferência de carbono para o solo em plantações de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-15) Souza, Ivan Francisco de; Silva, Ivo Ribeiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799432D0; Barros, Nairam Félix de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783694P8; http://lattes.cnpq.br/7816282944245576; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Soares, Emanuelle Mercês Barros; http://lattes.cnpq.br/2680869902625278
    No Brasil as plantações de eucalipto são estabelecidas em regiões com diferentes condições edafoclimáticas que afetam a decomposição de resíduos da colheita e a transferência de C (Cres) deste material para a matéria orgânica do solo (MOS), que é considerada um dos principais indicadores da qualidade do solo e sustentabilidade da produção. Nestas plantações, o descascamento das árvores no campo proporciona maior aporte de compostos recalcitrantes e maior relação C:N dos resíduos, embora pouco se sabe sobre a influência da presença da casca na decomposição deste material e formação da MOS. Além disso, as baixas doses de N aplicadas nestas plantações e a manutenção dos resíduos na superfície do solo podem limitar a sua decomposição e Cres estabilizado na MOS e, por isso, a aplicação de N e incorporação deste material ao solo poderiam acelerar sua taxa de decomposição e favorecer a transferência de C para o solo. Os principais objetivos do presente estudo foram determinar a influência da manutenção da casca, da aplicação de N e da incorporação dos resíduos para a decomposição e transferência de C para a MOS. Além disso, objetivou-se determinar os principais fatores edafoclimáticos que controlam estes processos em condições de campo. Os experimentos foram instalados em áreas de Mata Atlântica, nos municípios de Eunápolis (BA), Aracruz (ES), Virginópolis (MG), Belo Oriente (MG) e áreas de Cerrado, nos municípios de João Pinheiro (MG), Três Marias (MG), Curvelo (MG), Itamarandiba (MG), Vazante (MG) e em Luiz Antônio (SP). Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro repetições. Em cada local o experimento consistiu de 12 tratamentos em esquema fatorial completo 3 X 2 X 2, incluindo os fatores resíduos da colheita de eucalipto (remoção e manutenção de resíduos sem e com casca), manejo dos resíduos (superficial e incorporados) e aplicação de N (0 e 200 kg ha-1). Para o referido estudo foi avaliada a massa de matéria seca remanescente após 0, 3, 6, 12 e 36 meses, estimados a taxa de decomposição (k) e os valores de tempo de meia-vida (t0,5) dos resíduos de eucalipto. A transferência de C deste material para a MOS foi avaliada após 12 meses, por meio do fracionamento físico do solo para a separação da matéria orgânica particulada (MOP) e associada aos minerais (MAM). A influência das variáveis climáticas e propriedades do solo sobre o t0,5 e Cres para o solo foi determinada por regressão linear múltipla. A incorporação dos resíduos favorece tanto a decomposição quanto a transferência de C dos resíduos para o solo. A partir da manutenção da casca a decomposição dos resíduos é acelerada e relativamente ocorre menor recuperação de C no solo. Tanto a decomposição quanto a estabilização da MOS são pouco influenciadas pela aplicação de N. O t0,5 dos resíduos de eucalipto é reduzido quando ocorrem maiores volumes de precipitação, temperaturas mais elevadas e incorporação dos resíduos, principalmente em solos arenosos. Em média, o t0,5 dos resíduos de eucalipto foi de 1,28 anos. A Cres para o solo é reduzida pelo aumento da temperatura e redução da acidez do solo e favorecida por maiores teores de argila e déficit de saturação de C. Em média, a taxa de recuperação de C dos resíduos no solo em 12 doze meses foi de 15 % do total decomposto.
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    Monodominância de aroeira: fitossociologia, relações pedológicas e distribuição espacial em Tumiritinga-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-27) Oliveira, Felipe Pinho de; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/1400027817105905; Soares, Vicente Paulo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781715A9
    O quadro de avançada degradação ambiental na região do médio rio Doce mineiro é atribuído por diversos autores à prática da pecuária extensiva somada às interações edáficas, climáticas, geomorfológicas e antrópicas. Como agravante da degradação na região, alguns pesquisadores começar a chamam a atenção para a expansão de fragmentos monodominados pela espécie florestal aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All.). Paralelo ao quadro de expansão de áreas monodominadas pela aroeira no médio Rio Doce, a espécie aparece na lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçada de extinção na categoria vulnerável desde 1992 até o presente. Em contrapartida a Portaria Normativa n° 83 de 26 de setembro de 1991 do IBAMA, permite a exploração da espécie em florestas secundárias, mediante plano de manejo florestal. Percebe-se que a falta de conhecimento sobre os fragmentos monodominados por aroeira acarreta na insegurança dos operadores do direito no que tange a autorização de intervenção nestes ambientes, seja esta visando a recuperação de áreas degradadas ou o manejo sustentável destes fragmentos. Na busca de elucidar algumas questões sobre as áreas sob monodominância de aroeira, este trabalho teve por objetivos principais caracterizar a composição florística, a estrutura horizontal e a estrutura paramétrica de povoamentos florestais sob monodominância de Myracrodruon urundeuva em Tumiritinga-MG; avaliar a existência de correlação entre atributos químicos e físicos do solo e a expansão de povoamentos monodominados pela aroeira; avaliar o desempenho do classificador da maximaverossimilhança e do classificador de redes neurais artificiais para mapear áreas ocupadas por fragmentos de aroeira em monodominância no município de Tumiritinga-MG; e avaliar o potencial de uso de dados de sensores remotos a bordo dos satélites Landsat TM-5 e Rapideye para o mapeamento de áreas monodominadas por aroeira. Para tanto o município de Tumiritinga foi amplamente percorrido, registrando com aparelho GPS de navegação e fotografias as formas de uso do solo predominantes no município, em especial os aroeirais . Dezesseis parcelas de inventário florestal foram distribuídas ao longo do município representando a diversidade de ambientes onde os aroeirais se manifestam. Nas parcelas de inventário foram registradas as circunferências, a altura total e a identificação botânica de todos os indivíduos com CAP > 15,7 cm. A partir dos dados foram feitas as análises de estrutura horizontal, estrutura paramétrica e florística dos fragmentos monodominados por aroeira no município de Tumiritinga utilizando o software Mata Nativa 2.0. Em onze das dezesseis parcelas de inventário, três amostras indeformadas compostas de solo foram coletadas e três amostras deformadas simples de solo foram coletadas de forma aleatória dentro das parcelas. Para cada fragmento foi selecionado uma pastagem adjacente de onde foram coletadas três amostras indeformadas simples de solo e três amostras deformadas compostas de solo, totalizando 33 amostras de solo sob aroeirais e 33 amostras de solo sob pastagens. A partir das amostras de solos foram realizadas as seguintes análises químicas: pH em H2O; teores de Ca2+, Mg2+, K+, Al3+, Na+ trocáveis; P disponível; H + Al; SB; t; T; V; m; MOS e ISNa; e as seguintes análises físicas: textura, Dp, Ds, Pt, Pmic, Pmac, Ko e retenção de água na capacidade de campo (-10 kPa) no ponto de murcha permanente (-1.500 kPa) e nas tensões equivalentes de -300 kPa e -500 kPa. Para avaliar a hipótese de igualdade entre as médias dos parâmetros químicos e físicos obtidos nos sistemas de monodominância de aroeira e de pastagem, foi aplicado o teste t para amostras independentes, a 5% de significância. Para a classificação da imagem Rapideye foram avaliados dois métodos de classificação supervisionada, a classificação pelo algoritmo da maximaverossimilhança e a classificação por Redes Neurais Artificiais. Foram testadas 19 combinações envolvendo bandas, componentes principais e o índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI). O treinamento da rede foi realizado por tentativa e erro. Para a classificação da imagem Landsat foi utilizado o algoritmo da máximaverossimilhança e foram testadas 10 combinações envolvendo bandas, componentes principais e o NDVI. A avaliação dos mapas temáticos produzidos foi realizada através dos coeficientes Kappa e Kappa condicional para a classe de uso do solo aroeira . A estrutura horizontal e a análise florística de fragmentos florestais inventariados no município de Tumiritinga MG comprovam a ocorrência monodominante da espécie florestal aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All) na região de estudo. A monodominância de aroeira é caracterizada por baixa diversidade de espécies e dominância refletida em 96% dos indivíduos amostrados, 96% da área basal medida e 96% do volume total de madeira estocado. Os parâmetros químicos K+, Ca2+, Mg2+, SB, T e t diferiram significativamente entre os sistemas pastagem e monodominância de aroeira, sendo os valores de todos os parâmetros superiores no sistema monodominância de aroeira. Os parâmetros físicos Dp, Pmic, Pt e teor de silte diferiram significativamente entre os sistemas pastagem e monodominância de aroeira, sendo os valores de Dp, Pmic e Ptot maiores em solos sob monodominância de aroeira e o teor de silte superior nas pastagens. O melhor resultado encontrado para a classificação da imagem Rapideye foi obtido pelo algoritmo da maximaverossimilhança que apresentou coeficiente Kappa igual a 80 e Kappa condicional 90. Para a imagem Landsat os coeficientes Kappa e Kappa condicional para a classe Aroeira foram respectivamente 80 e 76. Através dos mapas temáticos produzidos observou-se que 22% do município de Tumiritinga, 10.6758 ha, se encontra sob ocupação da aroeira em monodominância. Dado a dimensão que os povoamentos monodominados por aroeira ocupam na paisagem, as implicações que a monodominância da aroeira impõe sobre a biodiversidade, sob a conservação dos solos, e sob a sustentabilidade dos agroecossistemas locais, fazem-se necessários estudos complementares que busquem esclarecer os mecanismos edáficos e ecológicos envolvidos na manutenção e expansão das áreas monodominadas por aroeira. O conhecimento dos processos condicionantes deste sistema poderá subsidiar a elaboração de planos de manejo florestal sustentável que, conciliando a produção madeireira e não madeireira sejam capazes de aumentar a produtividade e a renda do produtor rural.
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    Caracterização ambiental, classificação e mapeamento dos solos da Ilha da Trindade, Atlântico Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-05-27) Sá, Mariana Médice Firme; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/4164740177312753; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9
    Trindade é uma pequena ilha vulcânica situada no oceano Atlântico sul, a 1140 km da costa leste de Vitória (ES), e junto ao Arquipélago de Martin Vaz são os pontos mais orientais do território brasileiro. O único estudo mais detalhado acerca dos solos de Trindade foi realizado por Clemente et al., (2009), limitado a uma topossequência que não abrange a totalidade da ilha, e não inclui áreas de influência ornitogênica. Até hoje, pouco se sabe a respeito da mineralogia, das relações ecológicas e da gênese dos solos da ilha. Este estudo objetivou promover a caracterização morfológica, física, química e mineralógica dos solos da ilha da Trindade, bem como a classificação e o mapeamento dos solos e dos ambientes a eles associados. Foram descritas as paisagens e os solos da ilha, e coletadas amostras de 22 perfis de solos. Com base no Sistema Brasileiro de Classificação de solos (SBCS), os solos da ilha de Trindade pertencem a três ordens: Cambissolos, Organossolos e Neossolos. Em alguns casos, foram encontradas dificuldades de enquadramento no Sistema Brasileiro de Classificação de solos, que foram atribuídas, ora à ausência de conceituações mais adequadas, ora por apresentarem características consideradas atípicas para solos continentais. Os solos da ilha são jovens e pedregosos, de maneira geral, que apresentam argila de atividade alta com uma grande proporção de minerais primários facilmente intemperizáveis, além de riqueza em bases trocáveis. CTC alta e caráter eutrófico são típicos das áreas com rochas básicas e/ou compartimentos mais baixos e secos, menos intemperizados. Em menor proporção, os solos distróficos predominam nas partes mais elevadas da ilha, associados a rochas alcalinas. A ocorrência de solos fortemente ornitogênicos, associados ou não a ninhais atuais, foi confirmada, corroborando a hipótese de uma influência pretérita de aves mais expressiva do que os ninhais atuais observados na ilha. Alguns destes solos possuem peculiaridades marcantes em relação a outros solos ornitogênicos, descritos em Fernando Noronha, São Pedro e São Paulo e Abrolhos. O efeito do guano depositado pelas aves que nidificam em Trindade parece ser mais disperso, sobretudo nas áreas mais baixas da ilha, próximas ao mar. Foram encontrado o caráter ornitogênico em todas as três ordens encontradas na ilha, que foram classificados de acordo com o grau de desenvolvimento pedogenético e com o grau de influência da ornitogênese sobre a pedogênese. Muitos solos possuem elevada proporção de minerais de argila pouco cristalinos (amorfos) e propriedades ândicas, constatado pela mineralogia, difratometria de raio-X, pH NaF, P-rem, sugerindo que todos os solos possuem o caráter ândico.
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    Dispersantes químicos na análise granulométrica de latossolos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-11-28) Mauri, Jocimar; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ruiz, Hugo Alberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783550T5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4736674H7; Rocha, Genelício Crusoé; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796777Y9; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Donagemma, Guilherme Kangussú; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761607E3
    O resultado mais acurado da análise textural é dependente da completa dispersão da amostra de solo e da manutenção da estabilidade da fase dispersa. Pode considerar que o pH elevado da solução é determinante na dispersão de solos com cargas dependentes de pH. Nas mesmas condições de pH e pressão osmótica, quanto maior o raio iônico hidratado do íon, mais efetiva será a dispersão de argilas, por incrementar a dupla camada difusa. Por último, a remoção de agentes cimentantes também incrementa a dispersão da amostra de solo. Em decorrência dessas afirmativa, foram testados compostos de Na+ e Li+ como dispersantes químicos alternativos, frente à solução de NaOH 0,01 mol L-1, com objetivo de lograr dispersão mais efetiva de forma a minimizar a presença de pseudocomponentes, fundamentalmente pseudo-silte, na análise granulométrica de Latossolos. O trabalho foi realizado utilizando amostras de oito Latossolos do Estado de Minas Gerais, selecionados por apresentarem diferentes materiais de origem e teores de óxidos de ferro. Os tratamentos foram dispostos segundo um delineamento em blocos casualizados, correspondendo a um arranjo fatorial 8 x 2 x 7, com três repetições. Os fatores em estudo foram as amostras dos oito Latossolos, retiradas nos horizontes A e B e sete dispersantes. O NaOH foi utilizado como dispersante de referência, testando-se, adicionalmente soluções de LiOH, NaClO, [NaClO + NaOH], [HCl + NaOH], (NaPO3)n e [(NaPO3)n + NaOH]. A dispersão mecânica foi realizada utilizando-se agitador rotatório tipo Wagner, regulado para 50 rotações por minuto, durante 16 horas. Os dispersantes alternativos foram comparados com NaOH por meio de teste de Dunnett. Utilizando a maior proporção de argila para identificar a efetividade dos dispersantes, nenhum deles igualou-se ao NaOH. Utilizando o sinal > para indicar maior efetividade, a seqüência determinada foi: NaOH > [(NaPO3)n + NaOH] > [HCl + NaOH] > [NaClO + NaOH] > LiOH > (NaPO3)n > NaClO. Dentre os dispersantes alternativos, destacou-se a solução de [(NaPO3)n+NaOH], com resultados próximos aos do dispersante de referência, evidenciando a importância da elevação do pH até valores próximos de 12. A efetividade das outras soluções sódicas com pH elevado, [NaClO+NaOH] e [HCl+NaOH], foi reduzida pela elevação da pressão osmótica da solução, dificultando a dispersão da amostra de solo. O LiOH foi inferior ao dispersante de referência. Essa resposta é justificada pela tendência desse cátion alcalino, de formar ligações covalentes que bloqueiam cargas elétricas negativas do complexo de troca das argila, com diminuição da densidade de carga superficial. O (NaPO3)n e NaClO foram os dispersantes menos efetivos, pelo menor pH das suas soluções. Pode concluir-se que a solução de NaOH é a mais efetiva para dispersar amostras de solos com argilas que apresentam capacidade de troca catiônica dependente do pH, ao favorecer o incremento de cargas negativas, a repulsão entre partículas e consequentemente a dispersão da amostra de solo, com valores relativamente baixos da pressão osmótica da suspensão.
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    Valores de referência de qualidade para metais pesados em solos no Estado do Espírito Santo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-08) Paye, Henrique de Sá; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Mello, Jaime Wilson Vargas de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789445D2; http://lattes.cnpq.br/5692181977444636; Neves, Júlio César Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783076D4; Silva, Juscimar da; http://lattes.cnpq.br/1823571141094864; Costa, Aureliano Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788668Z1
    O desenvolvimento equilibrado e sustentável requer controle eficiente dos efeitos ambientais dos processos produtivos. Para isso, os órgãos de monitoramento ambiental necessitam de indicadores capazes de servir como referência para a avaliação continuada dos impactos ambientais causados pelas atividades antrópicas. Dessa forma, é evidente a necessidade de estabelecer valores orientadores que permitam identificar áreas poluídas ou contaminadas e, concomitantemente, avaliar o potencial de risco ao meio ambiente e à saúde humana. O conhecimento dos teores naturais de uma determinada substância é o mais simples e direto método para o estabelecimento de valores orientadores. Dessa forma, a adoção de valores de referência de qualidade (VRQ) se impõe no contexto como uma excelente ferramenta para identificar áreas contaminadas e contaminantes de interesse, em locais específicos, de modo a fornecer uma orientação quantitativa em estudos de avaliação de risco, e na tomada de decisão nas questões de prevenção, remediação, reciclagem e disposição de resíduos em solos. Nesse sentido, o presente estudo tratou de caracterizar geoquimicamente 56 amostras representativas de solo, nas bacias hidrográficas Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo, com a finalidade de obter os teores naturais de metais pesados e investigar os principais fatores envolvidos na distribuição desses elementos nos solos. A partir dessas informações, foram estabelecidos os valores de referência de qualidade (VRQ) utilizando-se para isso, técnicas de análise univariada e multivariada. Para tanto, foram determinados os teores totais de As, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Pb, Ti, V e Zn, por ataque ácido, com digestão em forno microondas, conforme o protocolo analítico SW-846 3052 da Environmental Protection Agency (U.S.EPA). A dosagem dos elementos foi obtida por espectrofotometria de emissão óptica com plasma induzido (ICP OES). Os teores médios encontrados para a maioria dos metais pesados estudados foram, em geral, inferiores aos reportados na literatura internacional. Os teores de cádmio ficaram abaixo do limite de detecção (LD) do método para todas as amostras. A partir das correlações de Pearson e da análise de componentes principais (ACP) foi possível selecionar os atributos dos solos (Fe, areia silte+argila e carbono orgânico) que melhor se correlacionaram com os teores de metais pesados e verificar a importância dessas variáveis nos resultados. A análise de agrupamento hierárquico (AAH) possibilitou a formação de grupos e indicou que a distribuição de metais pesados nos solos do ES pode ser explicada principalmente pelo tipo de relevo (geomorfologia) e pela geologia. A análise discriminante (AD) possibilitou avaliar o grau de acerto na distribuição das amostras entre os grupos, e também permitiu alocar novas amostras nos grupos previamente formados, a partir das funções de classificação. Os VRQ foram obtidos a partir do percentil 75 e 90 da distribuição de freqüência dos resultados analíticos se encontram próximos ou abaixo daqueles obtidos para o Estado de São Paulo e para solos brasileiros. Os valores correspondentes aos percentis 75 e 90 obtidos para o conjunto de 56 amostras de solo podem ser considerados os VRQ´s ou backgroud. Os VRQ obtidos para solos do Espírito Santo a partir do percentil 75 e 90 para os seguintes metais pesados em mg kg-1 são: As (< 12,83 14,28), Cd ( < 0,13), Co (10,21 14,56), Cr (54,13 68,81), Cu (5,91 10,78), Mn (137,80 253,01), Mo (1,74 3,36), Ni (9,17 17,22), Pb (< 4,54 8,92), Ti (8775,97 10188,89), V (109,96 129,35) e Zn (29,87 49,32). A adoção de VRQ´s obtidos para grupos de solos tem a vantagem de representar convenientemente as situações anômalas. Obviamente, esses valores tornam menos complexa e laboriosa a gestão das áreas contaminadas ou suspeitas de contaminação. Portanto, sugere-se que os maiores e menores valores dos percentis 75 e 90 obtidos para os diferentes grupos sejam considerados a flutuação do background ou a faixa de Valores de Referência de Qualidade para metais pesados nos solos das Bacias Hidrográficas do Riacho, Reis Magos e Santa Maria da Vitória no Estado do Espírito Santo.
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    Determinação dos teores naturais de metais pesados em solos do estado de Minas Gerais como subsídio ao estabelecimento dos valores de referência de qualidade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-04-27) Caires, Sandro Marcelo de; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742755P2; Fontes, Renildes Lúcio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781182P3; Carvalho Júnior, Waldir de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700936P6; Burak, Diego Lang; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706238E8
    Diante do contexto de preservação dos recursos naturais para promover o desenvolvimento sustentável, este trabalho teve como objetivo principal determinar os teores naturais de metais pesados como subsídio para a produção dos valores de referência de qualidade dos solos do Estado de Minas Gerais. Foram coletadas amostras de solos distribuídas por todo o território em locais de mínima intervenção antrópica aparente e com vestígios de mata nativa ou secundária. As amostras de solos foram preparadas para compor a TFSA com o máximo cuidado para evitar contaminação. Subamostras foram submetidas a análises químicas e físicas de rotina. Foram testados diferentes métodos analíticos com o objetivo de avaliar o melhor procedimento para determinar dos teores de metais pesados nos solos. Os metais pesados utilizados neste estudo foram: As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb e Zn, bem como os elementos Al e Fe. Os métodos utilizados foram o EPA 3051a, EPA 3052 e o método da água régia. Os metais pesados dos extratos produzidos foram dosados em ICP-OES. Os resultados obtidos foram comparados entre si pelo teste t de Student. O método escolhido foi o EPA 3051a por garantir as melhores recuperações dos metais pesados da amostra de solo padrão utilizada para a calibração dos métodos e as melhores recuperações de As nos solos estudados. Realizada as análises, foi montado um banco de geodados com variáveis qualitativas referentes às classes de solos e tipos de materiais de origem, e quantitativas compondo os resultados das análises químicas e físicas e os teores de metais pesados obtidos pelo método EPA 3051a. Os teores dos metais pesados para as Classes de Argissolos, Cambissolos e Latossolos foram comparadas entre si pelo teste t de Student, encontrando diferenças (p < 0,01) entre teores de um mesmo elemento em razão das classes de solo. Com o objetivo de subtrair os valores anômalos, foi utilizado o percentil 75 para estabelecer os valores de referência de qualidade dos teores de metais pesados nas classes de solos estudadas. Utilizando técnicas de estatística multivariada, cada classe de solo em razão dos seus respectivos materiais de origem foi analisada, buscando evidencias das particularidades do solo em razão do material de origem, relacionando os metais pesados como indicadores desta diferença. Isto foi alcançado para Argissolo e Cambissolo. Por fim, foi montado um modelo matemático utilizando os atributos significativos dos solos em estudo para estratificá-los em grupos. Tais grupos servem para subsidiar a tomada de decisão da existência de contaminação de metais pesados de origem antrópica numa amostra de solo que não pertença ao grupo de amostras até então estudadas, e, no caso da não existência de contaminação, aloca-lá num determinado grupo de amostras de solo pertencentes ao banco de geodados até então organizado. Os teores naturais obtidos, correspondentes ao percentil 75, para os metais pesados As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, Mn, Ni, Pb e Zn, em mg kg-1, para os Argissolos foram: (= 49,31), (= 265,50), (= 0,70), (= 10,99), (= 67,14), (= 1,42), (= 384,21), (= 25,07), (= 3,26), (= 1,35); para os Cambissolos foram: (= 0,001), (= 332,43), (= 1,05), (= 18,28), (= 77,81), (= 4,17), (= 528,02), (= 27,47), (= 15,38), (= 0,42) e para os Latossolos foram: (= 14,01), (= 267,64), (= 0,40 ); (= 28,29), (= 197,26), (= 83,38), (= 345,76), (= 53,48), (= 1,43), (= 37,42). Acredita-se que com os valores supracitados represente a realidade natural das respectivas classes de solos e, que os mesmos, possibilitem um monitoramento dos solos do Estado de Minas Gerais para uma melhor gestão ambiental de sua qualidade.
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    Gênese e geoquímica de solos em ambiente cárstico no cerrado da região de Planaltina de Goiás
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-13) Lynch, Leila de Souza; Martins, éder de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784196P4; Fontes, Maurício Paulo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721443T4; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772076E0; Moreau, Ana Maria Souza dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723538D4; Abrahão, Walter Antônio Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798343H6
    O presente trabalho teve por objetivo investigar a origem de solos desenvolvidos em uma topossequência inserida em um ambiente cárstico no Cerrado, em especial de um Latossolo Vermelho desenvolvido sobre o calcário, frente às hipóteses de autoctonia e aloctonia de solos desenvolvidos sobre rochas carbonáticas. O contexto geomorfológico pode ser definido como uma depressão cárstica intraplanáltica, formada sobre unidade pelito-carbonatada relacionada ao Grupo Paranoá. A topossequência compreende um pequeno remanescente da superfície de aplainamento Sul-Americana, na forma de chapada embutida na depressão. A descrição morfológica dos solos, a caracterização química e mineralógica dos solos e potenciais materiais de origem, assim como a análise do contexto em que a topossequência está inserida, serviram de base para este estudo. As análises químicas compreenderam análises de dissolução seletiva, como ataque sulfúrico e extrações com citrato-ditionito e oxalato ácido de amônio, e também foi realizada a análise total, na qual foi determinada a composição de elementos maiores e um grande número de elementos-traço, para as amostras de solos e seus potenciais materiais de origem. Adicionalmente, foi analisada a distribuição de Elementos Terras Raras (ETRs) e feito um estudo da sistemática isotópica Sm-Nd e razões 87Sr/86Sr nas amostras de solos, saprolitos e rochas, com o intuito de melhor discriminar a contribuição dos diferentes materiais de origem presentes na área, aos solos da topossequência. As concentrações de ETRs das amostras foram normalizadas para o PAAS. Aos dados originados da sistemática isotópica Sm-Nd, e da determinação das razões 87Sr/86Sr, foi aplicada a abordagem de modelos de mistura. Foram construídos modelos de misturas binárias, baseados nas razões isotópicas determinadas (87Sr/86Sr, 143Nd/144Nd e 147Sm/144Nd) e nas concentrações de Sm e Nd. A descrição dos perfis de solos, aliada à caracterização química e mineralógica, evidenciam que o material pelítico relacionado ao Grupo Paranoá aflora ainda na vertente da chapada, exercendo influência sobre os solos da topossequência. Este material se situa imediatamente abaixo da cobertura detrítico-laterítica e é a causa do aumento em profundidade da razão Ct/(Ct+Gb) nos perfis situados no terço-superior e médio da vertente, além de explicar o fato de a maior parte dos solos analisados serem mais cauliníticos. Estas análises também indicaram a ausência de carbonatos nos solos situados sobre o calcário. Há evidências químicas e morfológicas da ocorrência de distintos ciclos de deposição de materiais e de pedogênese na topossequência estudada. Estas evidências indicam que a maior parte destes solos tem origem a partir de depósitos coluviais de materiais pré-intemperizados, especialmente os solos desenvolvidos sobre o calcário. Os padrões de distribuição de Elementos Terras Raras (ETRs) dos solos demonstram uma gradação entre o padrão apresentado pelo material de cobertura e o padrão do saprolito de rocha metapelítica. Os padrões de distribuição de ETRs nos calcários calcítico e dolomítico são distintos das demais amostras, além dos teores de ETRs serem extremamente baixos, não podendo responder pelos teores encontrados nos solos. As análises da distribuição de ETRs, das razões isotópicas e a construção de alguns modelos de misturas, especialmente aquele baseado nas concentrações de Sm e Nd das amostras, permitiram definir como materiais de origem dos solos da topossequência: 1) o material relacionado à cobertura detrítico-laterítica, e 2) o saprolito das rochas metapelíticas do Grupo Paranoá. Evidenciaram, ainda, que o calcário não contribui para as fases minerais dos solos, sendo este um componente que exerce influência somente sobre suas fases solúveis, devido à sua elevada taxa de dissolução, afetando características como a soma de bases e o pH. Concluiu-se que os solos, em sua maior parte, são desenvolvidos a partir de depósitos pré-intemperizados, originados dos dois materiais mencionados acima. Conseqüentemente, o Latossolo Vermelho sobre o calcário apresenta uma origem para-autóctone, uma vez que se desenvolveu a partir de materiais pré-intemperizados, transportados a curta distância. Constatou-se que as razões isotópicas, nos estudos com perfis de intemperismo, são mais adequadas como traçadores das fases minerais mais solúveis, podendo servir como uma ferramenta para estimar a taxa de dissolução relativa dos minerais. Já a análise da distribuição de ETRs se mostrou bastante útil ao estabelecimento de relações entre os solos e os potenciais materiais de origem, tanto pela análise do padrão de distribuição de toda a série, como pela construção de modelos de mistura baseados em suas concentrações. Foi proposto um modelo para a evolução da topossequência estudada, compreendendo quatro fases distintas. A fase inicial corresponderia a um ambiente lacustre, formado sobre a unidade pelito-carbonatada do Grupo Paranoá. Com o avanço do ciclo cárstico, teria ocorrido a regressão dos lagos e formação das lentes de calcário calcítico e, em seguida, de eventuais depósitos argilosos silicáticos sobre o calcário. A terceira etapa compreenderia a erosão das partes mais altas da paisagem, correspondendo às cotas de ocorrência da cobertura detríticolaterítica, com deposição dos colúvios sobre as lentes de calcário e depósitos lacustres argilosos. A última etapa corresponderia a uma segunda fase de erosão, esta correspondendo às cotas de afloramento das rochas metapelíticas do Grupo Paranoá, expostas pelo ciclo de erosão anterior, com a deposição destes colúvios sobre os anteriormente depositados. O LVd situado no topo da chapada, o LVAd no terço superior e o Plintossolo Pétrico Concrecionário seriam os únicos perfis não desenvolvidos destes depósitos. Para os demais perfis estudados, é acreditada uma origem para-autóctone.