Solos e Nutrição de Plantas

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    Solos de Lions Rump, Antártica Marítima: Processos de Formação, Classificação, Mapeamento e monitoramento da camada ativa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-31) Almeida, Ivan Carlos Carreiro; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; http://lattes.cnpq.br/9045591206203235; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Oliveira, Fábio Soares de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4746873J6; Mendonça, Eduardo de Sá; http://lattes.cnpq.br/4735276653354808; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5
    Neste contexto, o presente estudo articula-se dentro de uma ampla rede de cooperação científica brasileira para a região Antártica, com foco especial na área conhecida como Lions Rump, localizada na Baía Rei George, na Antartica Marítima. O objetivo do trabalho foi caracterizar os processos de formação de solos da área, suas principais características físicas, químicas, mineralógicas e micromorfológicas, o regime térmico-hídrico, as formações geomorfológicas presentes, finalizando com a classificação e mapeamento dos solos. Para isto a área foi percorrida e vinte e seis perfis de solos foram descritos, amostrados e analisados. Os resultados indicaram que os solos foram formados, principalmente, a partir do intemperismo de rochas basálticas-andesíticas, apresentando a apatita como mineral acessório e elevado background de P. Propriedades químicas do solo, mineralogia e tipo de vegetação foram fortemente influenciadas pela duração da ocupação por pinguins e pela drenagem do solo. As principais formações vegetacionais da área foram determinantes para o regime térmico-hídrico da camada ativa dos solos. Os resultados obtidos permitiram agrupar os solos de Lions Rump em três grupos, em função da influência ornitogênica. Os solos ornitogênicos de pH ácido predominam nas posições da paisagem mais antigas e estáveis, onde a ocupação das aves foi mais duradoura. Apresentam densa cobertura vegetal com plantas superiores, baixo pH e saturação de bases, elevados teores de P, Al+3, carbono orgânico total (COT) e N total. Os solos ornitogênicos de pH neutro, semelhante aos anteriores, apresentam altos teores de P e densa cobertura vegetal, entretanto possuem alta saturação de bases e valores de pH próximos do neutro. Esses estão presentes em áreas recentemente ocupadas pela influência ornitogênica, especialmente nas morainas quaternárias e terraços soerguidos. A principal diferença entre os dois grupos de solos ornitogênicos foi o tempo de exposição à influência das aves e a quantidade de deposição de guano. Nesses solos ornitogênicos, a fosfatização é o principal processo de formação do solo, em que os minerais fosfatados são formados a partir da interação do guano com os minerais primários dos solos. Por sua vez, os solos não ornitogênicos apresentam pH básico, elevada saturação de bases, baixo COT e praticamente desprovidos de vegetação. Os principais solos identificados na área foram Typic Dystrogelepts ornithic e Typic Gelorthents ornithic, que possivelmente representam uma das primeiras áreas livres de gelo colonizados por pinguins na Antártica Marítima. O solo Typic Dystrogelepts ornithic representam os solos mais profundos, mais estruturados e avermelhados identificados em Lions Rump. Nas posições acima de 80 m de altitude acima do nível do mar, especialmente nas áreas de topo e manchas paraglaciais, destacam-se os solos Typic Haploturbels e Lithic Haploturbels, que representam a maior cobertura de solo na área estudada. Esses fazem parte do grupo dos Gelisols (Cryosols), que são solos com materiais gelic dentro dos primeiros 100 cm da superfície e permafrost dentro dos 200 cm da superfície. Nos solos Typic Haploturbels e Lithic Haploturbels presentes na borda das geleiras, o permafrost encontra-se nos primeiros 100 cm do solo e os processos de crioturbação são mais expressivos. Entre 40 e 80 m de altitude, aparecem os solos Typic Haploturbels e Lithic Haploturbels, que não apresentam influência de nidificação de aves e nem permafrost nos primeiros 200 cm do perfil. No primeiro nível dos terraços e praias, ao longo da zona costeira, dominam os solos Vitrandic Cryopsamments e Oxyaquic Cryopsamments. Em áreas muito limitadas ainda aparecem os solos Cryorthents ornithic, associados aos afloramentos de rochas (plugs basálticos) próximos da praia; e Typic Gelifluvents ornithic, em pequenos leques aluviais glaciares. Os processos de formação de solos salinização e podzolização, bem como feições redoximórficas não foram observados. O monitoramento da camada ativa e permafrost foram realizados pela instalação de sensores de umidade e temperatura do solo, e do ar, em dois sitios próximos, na mesma altitude, mesma classe de solo, ambos Cambissolo Gélico com cobertura vegetal diferenciada. Uma área era coberta por campo de musgo (Andrea gainii) situada em um canal de drenagem e a outra área, um pouco mais elevada, coberta por comunidade de liquens dominada por Usnea antarctic and Ochrolechia frigida. Resultados mostraram que em ambos os sítios de monitoramento os sensores não alcançaram o permafrost até 80 cm, mas devido às temperaturas registradas no verão estarem próximas de zero, provavelmente o permafrost está próximo dos 100 cm abaixo da superfície. No campo de musgo a variação da temperatura foi menor, esta menor amplitude está relacionada com o poder tampão da temperatura proporcionado pelo maior conteúdo de água neste sítio.
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    Solos de Hope Bay, Península Antártica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-27) Pereira, Thiago Torres Costa; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Ker, João Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763842Z5; http://lattes.cnpq.br/8278516582581479; Costa, Liovando Marciano da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787252H9; Oliveira, Fábio Soares de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4746873J6; Andrade, Felipe Vaz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761472U5
    A Antártica representa um ambiente peculiar para formação de solos e estudo de muitos de seus processos. Os solos são formados em áreas livres de gelo costeiras e vales glaciais entre cadeias de montanhas, representando 0,32 %, ou 45.000 km2 do continente. A respeito do aumento das pesquisas nos últimos anos, poucos estudos em solos e permafrost na Antártica focaram a área peninsular, onde transições climáticas ocorrem entre as Ilhas Shetlands do Sul, úmidas, e o Mar de Weddell, seco. Os estudos deste trabalho se concentraram em Hope Bay, situado no extremo norte da Península Antártica, representando a transição entre estas duas áreas. Atualmente, é inegável a influência do permafrost sobre os recursos hídricos, propriedades do solo, e desenvolvimento da vegetação. Além destes, uma série de questões estão relacionadas às mudanças no balanço de carbono em reflexo à degradação do permafrost pelo aumento de temperatura. Estas regiões com presença de permafrost são fortemente sujeitas a elevadas transferências de energia em superfície, cujos ecossistemas são reconhecidamente sensíveis às mudanças climáticas, sendo o estudo e monitoramento do permafrost e camada ativa, muito significativos em pesquisas prognósticas envolvendo tais mudanças. Além das questões envolvendo o regime térmico, outras relacionadas com o aporte de materiais orgânicos depositados principalmente por pinguins, que resultam na formação dos minerais de argila fosfatados e na caracterização dos solos ornitogênicos, são fundamentais para o entendimento dos processos de pedogênese local e relações ecológicas das regiões costeiras. Como suporte aos estudos, características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas foram trabalhadas de modo a avançar no entendimento não somente sobre os solos em Hope Bay, mas também, compreendendo o reflexo da transição climática sobre as diferenciações pedogenéticas existentes no local foco de estudo e o arquipélago das Shetlands do Sul. Além destes estudos, foram realizadas investigações micromorfológicas na tentativa de contribuir para o aperfeiçoamento dos trabalhos sobre a gênese de solos criogênicos submetidos a condições severas de temperatura e baixa umidade. Espera-se com isso, que todos os dados e informações apontadas possam dar suporte aos estudos futuros que envolvam solos e dinâmica do permafrost em ambientes costeiros, especialmente da Península Antártica.
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    Classificação, cobertura vegetal e monitoramento térmico da camada ativa de solos da Peninsula Fildes, Ilha Rei George e Ilha Ardley, Antártica Marítima
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-31) Michel, Roberto Ferreira Machado; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; http://lattes.cnpq.br/9952967245812027; Vieira, Rosemary; http://lattes.cnpq.br/5717546460597615; Fernandes, Raphael Bragança Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728400J8; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4
    A Península Fildes e Ilha Ardley estão estre as primeiras áreas expostas após o último máximo glacial, à partir do qual diversos processos morfogenéticos e pedogenéticos se desenvolveram, com destaque para os processos geomorfológicos periglaciais e pedológicos criogênicos. As principais características morfológicas, químicas e físicas das diferentes classes de solos e os processos pedogenéticos atuantes foram estudados, juntamente com a sua distribuição da vegetação, geoformas e tipos de solos. O estudo foi realizado como parte do Projeto TERRANTAR; e serve de subsídio para o monitoramento ambiental dos ecossistemas da Península Fildes e Ilha Ardley. Os trabalhos foram conduzidos nos laboratórios do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa, a partir das amostras coletadas durante as XXVI e XXVII Operações Antárticas Brasileiras. Os solos apresentaram grande variabilidade nas propriedades físico-químicas em função da grande variação e mistura de materiais de origem, e dos diferentes graus de influencia da fauna. A cobertura vegetal, constituída principalmente de líquens e briófitas, apresentou distribuição estreitamente relacionada com o aporte nutricional oriundo das atividades ornitogênicas, concentrando-se em ecossistemas costeiros. A área em estudo mostra elevada variabilidade pedológica evidenciando, porém, o predomínio de tipos de terreno derivados de intemperísmo físico recente. Arenossolos/Entisolos e Criossolos/Gelisolos são as principais classes de solos encontradas na Península Fildes e Ilha Ardley, Cambissolos/Inceptisolos e Gleysolos/Inceptisolos ocorrem em menor proporção, todos sob regime gélico. A área apresenta-se afetada pela atividade humana em áreas específicas, podendo ser considerada um ponto estratégico para o monitoramento de mudanças climáticas e impactos antrópicos sobre a flora e fauna. O contexto do presente trabalho e dos três artigos apresentados perpassam os três aspectos fundamentais do meio físico e biótico com capacidade de resposta às mudanças climáticas na Antártica: (1) caracterização da questão regional do comportamento climático da camada ativa; (2) monitoramento da evolução da vegetação em área de elevada diversidade; (3) espacialização dos solos criogênicos em área de elevado interesse. Junta-se, assim, efeitos do clima solo e vegetação dentro da maior área livre de gelo da Antártica Marítima.
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    Solos, ambiente e dinâmica climática da camada ativa na Peninsula Potter, Antártica Marítima
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-29) Poelking, Everton Luís; Schaefer, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723204Y8; Simas, Felipe Nogueira Bello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766936J5; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4; http://lattes.cnpq.br/0442353211173400; Francelino, Márcio Rocha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794183U4; Vieira, Gonçalo Brito Teles Guapo
    Neste trabalho foram investigadas as principais propriedades físicas e químicas dos criossolos a fim de classificar e mapear os solos segundo WRB; relacionar as características dos geoambientes e distribuição das comunidades vegetais nas áreas livres de gelo da Península Potter; investigar a dinâmica climática na região e relacionar com a dinâmica termal de temperatura e umidade dos criossolos na Ilha Rei George, Antártica Marítima. Com levantamento de 18 perfis de solos em 2008 foram realizadas análises físico-químicas a fim de caracterização e classificação destes solos pela WRB. O mapa de geomorfologia da península foi utilizado como base para mapeamento das classes de solos. O mapeamento da vegetação foi obtida pela classificação de uma imagem Quickbird. Foi também analisada a variabilidade intra-sazonal da temperatura do ar relacionada com as taxas de mudança de recuo da geleira polar Club, através de uma série de nove cenas de imagens de satélite Landsat e dados de temperatura atmosférica 1986-2010 da estação Climatológica de Jubany. Com base em dados pontuais de terreno, técnicas de detecção remota e ferramentas SIG, foram analisadas a distribuição espacial das comunidades vegetais da Península Potter, bem como os fatores condicionantes. Por fim foram relacionar os dados de temperatura e umidade dos solos com dados climáticos da região para elucidar o comportamento da dinâmica termal da camada ativa em relação a alterações climáticas. Em geral os solos de Potter apresentam pouco desenvolvimento físico, químico e morfológico, com características muito semelhantes ao material de origem. A influência da atividade da avifauna contribui para formação de solos ornitogênicos. Apesar de responderem por pequenas manchas restritas à atividade da avifauna, representam maiores teores principalmente de P, C e N. Comunidades vegetais na Península Potter ocupam 23% da área livre de gelo, ocupando posições de paisagem diferente, mostrando diminuição da diversidade e biomassa a partir da zona costeira para áreas do interior da península, onde as condições sub deserto prevalecem. Há uma dependência clara entre relevo e solos com vegetação, solos com maior umidade ou ácido mal drenados, com pH neutro são favoráveis para subformações de musgos; de solos ornithogenicos ricos em matéria orgânica, próximos às colônias de pingüins têm uma maior biomassa e diversidade, com as associações de musgos e gramíneas; felseenmeers estável e superfícies rochosas planas crioplanadas são os locais preferidos para Usnea e Himantormia lugubris. Subformações Líquenes e musgos cobrem a maior área com vegetação em ambientes variados. Os resultados da série temporal de temperaturas do ar mostraram um recuo consistente ao longo dos últimos 22 anos da frente polar Glaciar Club, resultou em um aumento de 120,47 ha de área livre de gelo em Potter. Durante o período de 25 anos estudados, houve aumento na temperatura de 1,64 ºC nas temperaturas no outono, 1,58 ºC das temperaturas na Primavera, 0,7 ºC no inverno e 0,47 ºC no verão. As influências da temperatura atmosférica no recuo da geleira demonstrar atraso de cerca de um ano. Apesar das evidências de aumento da temperatura média do ar nas últimas décadas na região, a retração na frente da geleira Polar Club apenas com a série de temperaturas atmosféricas, não é suficiente para explicar a variação observada para a frente da geleira em Potter. O método do Valor Informativo indica uma capacidade preditiva do modelo da ordem de 89% para classes de Algas e de 87% para classe de musgos e gramíneas. As demais classes: Musgos, Liquens, e Liquens e Musgos tiveram também resultados satisfatórios com capacidade preditiva de 79, 78 e 71% respectivamente. Deste modo, poder-se afirmar que o modelo possui uma boa capacidade preditiva. Os quatro sítios estudados encontram-se em uma faixa de altitude que varia de 45 a 89 m, porém a dinâmica termal no período estudado mostrou ligeiras diferenças devido as características específicas de cada solo influenciaram neste comportamento. Apesar de encontrar-se em zona de permafrost contínuo, apenas dois sítios (S1 e S2) demostraram presença possivelmente já nos primeiros 100 cm de profundidade. Os resultados apresentados neste trabalho poderão subsidiar futuros investigações com modelagem da dinâmica termal da camada ativa e seu comportamento em longo prazo.